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��E a bola rola na Copa S�o Paulo, uma tradi��o de olho no futuro, reencontro no ver�o das �guas de cada ano com a expectativa do que vir� em breve. Quais as pr�ximas atra��es neste inesgot�vel futebol brasileiro que se renova numa velocidade alucinante? � o que veremos a seguir, logo ap�s o intervalo deste domingo sem bola.
Na sexta super, premi�re da s�rie, o S�o Paulo, campe�o do ano passado, n�o revelou nenhuma surpresa, diante do Cerro Porteno. Apenas deu um show de toque de bola, precis�o nos passes, velocidade e v�rias coreografias improvisadas por Cat� e Toninho, j� veteranos da competi��o, que foram do genial ao hil�rio. Cat�, ent�o, parecia ter recebido o esp�rito irreverente de Garrincha. A tal ponto que reproduziu fielmente uma jogada do Man� que se repete � eternidade no filme "Garrincha, Alegria do Povo": bola entre as pernas do primeiro Jo�o paraguaio e do segundo tamb�m; Man� Cat�, ent�o, recebe uma rasteira do vento, cai, rola como a bola, levanta-se e perfura outro t�nel sob as pernas dos dois jo�es seguintes. O que acontece depois j� n�o mais interessa.
Isso, sem falar no gol de placa que o endiabrado ponta tricolor marcou, numa disparada pelo meio, tabelinha vertiginosa com Jamelli, e o tiro certeiro, na cara do goleiro. Por falar em Jamelli, o menino fez dois dos quatro do seu time. Mas entra na hist�ria da Copa pelo gol perdido: uma sequ�ncia irresist�vel de passe entre todo o time, a limpada de bola na �rea e o toque cerebral, r�gua e compasso, por cima do goleiro. Congele-se a imagem quando a bola, caprichosamente, bate no travess�o.
Eu disse que o S�o Paulo n�o apresentou nenhuma novidade, e esclare�o  dentro das quatro linhas. Pois, no banco, estava Murici, o novo treinador dos meninos tricolores. E, enquanto a bola se divertia no gramado com aquela molecada arrelienta, a cada drible, a cada toque surpreendente, a cada matada no peito, a cada passe de trivela, era o Murici que estava em campo. O mesmo Murici, quase de fraldas, que surgiu no inesquec�vel torneio Dente-de-Leite inventado por Roberto Petri e Ely Coimbra, na extinta TV Tupi, h� uns 30 anos, sei l�. Em cada jogo, uma festa de gols e fantasia. S� vendo o que esse menino fazia com a bola. Indescrit�vel.
Ao ser lan�ado no time titular do S�o Paulo, j� beirando os 20 anos de idade, em 75, creio, prometia mais do que Zico. Mas uma entrada criminosa de M�rio, volante do Botafogo, arrebentou-lhe o joelho direito e Murici nunca mais se recuperou. Zanzou pelo M�xico, voltou, e cedo teve de pendurar as chuteiras.
Sexta � noite, no Pacaembu, n�o sei por que magia, 11 meninos com a camisa tricolor, por 45 minutos, vestiram aquelas chuteiras de ouro.
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No in�cio, eram os ingleses, inventores do futebol, que sa�am pelo mundo ensinando t�ticas e estrat�gias aos b�rbaros iniciantes nesse jogo fascinante da bola. Tanto que os italianos, que nem de "football" chamam o calcio que eles juram ter inventado, aos treinadores chamam de "mister".
Mas, j� na segunda d�cada do s�culo que se esvai, os h�ngaros, de Dori Kruschner a Bella Guttman, viraram os mestres do mundo da bola. E assim foi at� os 70, quando, de repente, os iugoslavos se multiplicaram pelos continentes, de varinha de marmelo na m�o.
N�o � esse o caso do Bragantino, que at� campe�o j� foi, mas a vinda de Drascovic, ex-Equador, � para ser saudada com uma ta�a do melhor vinho branco dos B�lc�s.