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Fundos de investimento ganham da poupança com Selic a 14,25% ao ano
Com a decisão do Banco Central de manter, nesta quarta-feira (21), a taxa básica de juros (Selic ) em 14,25% ao ano, os fundos de renda fixa ganham da poupança na maioria dos cenários desenhados, considerando prazos de resgate e valores de taxas de administração distintos. A estimativa é da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). Mesmo com o rendimento da poupança em 0,68% ao mês, segundo cálculo da associação, a caderneta perde para os fundos de renda fixa que têm taxa de administração até 2% ao ano em quaisquer prazos. A caderneta ganha dos fundos que têm taxa de administração de 2,5% ao ano se o resgate for feito em até um ano e perde quando o prazo é superior a esse período. Quando a taxa sobe para 3% ao ano, a caderneta ganha quando o resgate ocorre em até dois anos e empata se o prazo for superior. Taxa básica de juros (Selic) ALTERNATIVAS Outras aplicações também ganham força no cenário de Selic a 14,25% ao ano. Os cálculos são do professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) e colunista da Folha Samy Dana. A inflação para este ano está prevista em 9,75% e isso deve ser levado em consideração antes de definir em qual produto aplicar. Mesmo com remuneração de 80% do CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro, taxa de juros nos empréstimos entre bancos), o CDB leva vantagem sobre a caderneta de poupança. Enquanto o rendimento da poupança fica em 7,44% ao ano, o CDB aplicado pelo mesmo período renderia 8,04%. Se o período for elevado para mais de dois anos, o rendimento anualizado desse CDB subiria para 8,82%, já que a alíquota do Imposto de Renda sobre os juros obedece a uma tabela regressiva que começa em 22,5% e vai caindo gradativamente até alcançar 15%. No caso da LCI/LCA (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio, respectivamente), a taxa de retorno fica ainda mais atrativa por causa da isenção de IR para pessoas físicas. De acordo com Samy Dana, se o investidor conseguir uma taxa de 70% do CDI, a remuneração será de 9,02%. Se a taxa for de 90% do CDI, o retorno sobe para 11,74%. O Tesouro Selic (título público pós-fixado que segue o juro básico), com custo de 0,3% de custódia e zero de corretagem, tem retorno em até seis meses de 10,81% e de 11,86% acima de 24 meses. Juros em alta - Retorno de investimentos com taxa básica (Selic) em 14,25% ao ano
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Fundos de investimento ganham da poupança com Selic a 14,25% ao anoCom a decisão do Banco Central de manter, nesta quarta-feira (21), a taxa básica de juros (Selic ) em 14,25% ao ano, os fundos de renda fixa ganham da poupança na maioria dos cenários desenhados, considerando prazos de resgate e valores de taxas de administração distintos. A estimativa é da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). Mesmo com o rendimento da poupança em 0,68% ao mês, segundo cálculo da associação, a caderneta perde para os fundos de renda fixa que têm taxa de administração até 2% ao ano em quaisquer prazos. A caderneta ganha dos fundos que têm taxa de administração de 2,5% ao ano se o resgate for feito em até um ano e perde quando o prazo é superior a esse período. Quando a taxa sobe para 3% ao ano, a caderneta ganha quando o resgate ocorre em até dois anos e empata se o prazo for superior. Taxa básica de juros (Selic) ALTERNATIVAS Outras aplicações também ganham força no cenário de Selic a 14,25% ao ano. Os cálculos são do professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) e colunista da Folha Samy Dana. A inflação para este ano está prevista em 9,75% e isso deve ser levado em consideração antes de definir em qual produto aplicar. Mesmo com remuneração de 80% do CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro, taxa de juros nos empréstimos entre bancos), o CDB leva vantagem sobre a caderneta de poupança. Enquanto o rendimento da poupança fica em 7,44% ao ano, o CDB aplicado pelo mesmo período renderia 8,04%. Se o período for elevado para mais de dois anos, o rendimento anualizado desse CDB subiria para 8,82%, já que a alíquota do Imposto de Renda sobre os juros obedece a uma tabela regressiva que começa em 22,5% e vai caindo gradativamente até alcançar 15%. No caso da LCI/LCA (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio, respectivamente), a taxa de retorno fica ainda mais atrativa por causa da isenção de IR para pessoas físicas. De acordo com Samy Dana, se o investidor conseguir uma taxa de 70% do CDI, a remuneração será de 9,02%. Se a taxa for de 90% do CDI, o retorno sobe para 11,74%. O Tesouro Selic (título público pós-fixado que segue o juro básico), com custo de 0,3% de custódia e zero de corretagem, tem retorno em até seis meses de 10,81% e de 11,86% acima de 24 meses. Juros em alta - Retorno de investimentos com taxa básica (Selic) em 14,25% ao ano
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Horário eleitoral gratuito começa nesta sexta; veja regras
DE SÃO PAULO O horário eleitoral gratuito do primeiro turno terá início a partir das 5h desta sexta-feira (26), quando poderão ser veiculadas as inserções, e vai até o dia 29 de setembro. Com a mudança na lei eleitoral, em 2015, a propaganda gratuita agora durará 35 dias, dez a menos do que no passado. Também não há mais blocos para candidatos a vereador, somente para prefeito. BLOCOS Os blocos serão transmitidos em dois períodos diários de 10 minutos cada, de segunda-feira a sábado, somente para candidatos a prefeito. No rádio, acontecerão de 7h às 7h10 e de 12h às 12h20. Na TV, de 13h às 13h10 e de 20h30 às 20h40. TEMPO POR COLIGAÇÃO O empresário Doria, candidato pela primeira vez e desconhecido do público, é o que terá mais tempo no bloco e maior número de inserções: são três minutos e seis segundos nos dois blocos diários, e mais 13 minutos e três segundos diários para as inserções. O espaço de cada candidato é definido com base na representatividade da bancada de sua coligação na Câmara, que define 90% do tempo -o restante é dividido igualitariamente entre os partidos. No caso de Doria, sua coligação Acelera São Paulo é formada por PSDB, DEM, PP, PPS, PV, PMB, PHS, PSL, PTdoB, PRP e PSB. Em seguida, vem o prefeito e candidato à reeleição Fernando Haddad (PT), com a coligação Mais São Paulo, que inclui PT, PR, PDT, PCdoB e PROS, com dois minutos e 35 segundo de bloco, somados a dez minutos e 54 segundos de inserção. Depois está a candidata do PMDB, Marta Suplicy, com um minuto e 57 segundos de tempo nos blocos, e oito minutos e 13 segundos de inserção. O PMDB está coligado com o PSD. Celso Russomanno, do PRB, contará com um minuto e 12 segundos, além de cinco minutos e quatro segundos de inserções. Elas só podem durar 30 ou 60 segundos -portanto, o candidato terá direito a cinco inserções de um minuto, ou dez de 30 segundos. Os quatro segundos restantes são somados, até que se alcance 30 segundos quando se ganha uma nova inserção. Ao longo do horário eleitoral do primeiro turno, Doria terá direito a 914 inserções; Haddad a 763; Marta a 575 e Russomanno a 354. O candidato do Solidariedade, Major Olímpio, contará com 21 segundos no bloco de horário eleitoral, e um minuto e 32 segundos de inserções diárias. Já a deputada federal Luiza Erundina, candidata pelo PSOL e terceira colocada na mais recente pesquisa Datafolha, com 10% de intenção de voto, aparece com apenas dez segundos de tempo no bloco e 45 segundos de inserções. Ela terá direito a 53 inserções durante o período do horário eleitoral do primeiro turno. Ricardo Young, da Rede, terá nove segundos no bloco e 41 segundos de inserções. Por último vêm Levy Fidelix (PRTB), com seis segundos e 27 segundos de inserção, e Altino Prazeres (PSTU) e Henrique Áreas (PCO), com cinco segundos cada no bloco e 22 segundos de inserção diária. Na prática, os três últimos candidatos não terão inserções diárias, uma vez que não atingem a marca dos 30 segundos necessários. INSERÇÕES As inserções serão de 30 a 60 segundos, somando 70 minutos diários, veiculadas entre 5h e 24h, todos os dias. Do total, 42 minutos serão dedicados aos candidatos a prefeito e 28 minutos a candidatos a vereador. SEGUNDO TURNO O horário eleitoral do segundo turno começará no dia 15 de outubro e vai até o dia 28 do mesmo mês.
poder
Horário eleitoral gratuito começa nesta sexta; veja regrasDE SÃO PAULO O horário eleitoral gratuito do primeiro turno terá início a partir das 5h desta sexta-feira (26), quando poderão ser veiculadas as inserções, e vai até o dia 29 de setembro. Com a mudança na lei eleitoral, em 2015, a propaganda gratuita agora durará 35 dias, dez a menos do que no passado. Também não há mais blocos para candidatos a vereador, somente para prefeito. BLOCOS Os blocos serão transmitidos em dois períodos diários de 10 minutos cada, de segunda-feira a sábado, somente para candidatos a prefeito. No rádio, acontecerão de 7h às 7h10 e de 12h às 12h20. Na TV, de 13h às 13h10 e de 20h30 às 20h40. TEMPO POR COLIGAÇÃO O empresário Doria, candidato pela primeira vez e desconhecido do público, é o que terá mais tempo no bloco e maior número de inserções: são três minutos e seis segundos nos dois blocos diários, e mais 13 minutos e três segundos diários para as inserções. O espaço de cada candidato é definido com base na representatividade da bancada de sua coligação na Câmara, que define 90% do tempo -o restante é dividido igualitariamente entre os partidos. No caso de Doria, sua coligação Acelera São Paulo é formada por PSDB, DEM, PP, PPS, PV, PMB, PHS, PSL, PTdoB, PRP e PSB. Em seguida, vem o prefeito e candidato à reeleição Fernando Haddad (PT), com a coligação Mais São Paulo, que inclui PT, PR, PDT, PCdoB e PROS, com dois minutos e 35 segundo de bloco, somados a dez minutos e 54 segundos de inserção. Depois está a candidata do PMDB, Marta Suplicy, com um minuto e 57 segundos de tempo nos blocos, e oito minutos e 13 segundos de inserção. O PMDB está coligado com o PSD. Celso Russomanno, do PRB, contará com um minuto e 12 segundos, além de cinco minutos e quatro segundos de inserções. Elas só podem durar 30 ou 60 segundos -portanto, o candidato terá direito a cinco inserções de um minuto, ou dez de 30 segundos. Os quatro segundos restantes são somados, até que se alcance 30 segundos quando se ganha uma nova inserção. Ao longo do horário eleitoral do primeiro turno, Doria terá direito a 914 inserções; Haddad a 763; Marta a 575 e Russomanno a 354. O candidato do Solidariedade, Major Olímpio, contará com 21 segundos no bloco de horário eleitoral, e um minuto e 32 segundos de inserções diárias. Já a deputada federal Luiza Erundina, candidata pelo PSOL e terceira colocada na mais recente pesquisa Datafolha, com 10% de intenção de voto, aparece com apenas dez segundos de tempo no bloco e 45 segundos de inserções. Ela terá direito a 53 inserções durante o período do horário eleitoral do primeiro turno. Ricardo Young, da Rede, terá nove segundos no bloco e 41 segundos de inserções. Por último vêm Levy Fidelix (PRTB), com seis segundos e 27 segundos de inserção, e Altino Prazeres (PSTU) e Henrique Áreas (PCO), com cinco segundos cada no bloco e 22 segundos de inserção diária. Na prática, os três últimos candidatos não terão inserções diárias, uma vez que não atingem a marca dos 30 segundos necessários. INSERÇÕES As inserções serão de 30 a 60 segundos, somando 70 minutos diários, veiculadas entre 5h e 24h, todos os dias. Do total, 42 minutos serão dedicados aos candidatos a prefeito e 28 minutos a candidatos a vereador. SEGUNDO TURNO O horário eleitoral do segundo turno começará no dia 15 de outubro e vai até o dia 28 do mesmo mês.
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Suspeito de celebrar morte de menino sírio em rede social pode ir para cadeia
A polícia alemã fez uma operação de busca na casa de um homem de 26 anos que mora em Berlim e é acusado de comemorar a morte do garoto Aylan, cujo corpo foi encontrado em uma praia nesta semana. Os guardas apreenderam um computador e dois celulares durante a ação, realizada no sábado pela manhã. Valeska Jakubowski, porta-voz da polícia alemã, disse que o suspeito, cujo nome não foi divulgado, está sendo investigado por "difamar a memória do morto e incitar o ódio". Se condenado, ele pode pegar até três anos de prisão. De acordo com a polícia, o homem escreveu "nós não estamos lamentando, mas celebrando isso", acima da imagem do corpo de Aylan Kurdi, menino sírio de três anos que foi encontrado morto por afogamento no começo da semana na costa da Turquia. Autoridades alemãs estão combatendo extremistas de direita que usam as redes sociais para divulgar o ódio e a perseguição a imigrantes. A imagem de Aylan caído na areia causou forte comoção no mundo nos últimos dias. O corpo do garoto foi enterrado Kobani, na Síria, nesta sexta-feira (4), por seu pai, Abdullah Kurdi, que também perdeu a esposa e outro filho de cinco anos na tentativa de travessia.
mundo
Suspeito de celebrar morte de menino sírio em rede social pode ir para cadeiaA polícia alemã fez uma operação de busca na casa de um homem de 26 anos que mora em Berlim e é acusado de comemorar a morte do garoto Aylan, cujo corpo foi encontrado em uma praia nesta semana. Os guardas apreenderam um computador e dois celulares durante a ação, realizada no sábado pela manhã. Valeska Jakubowski, porta-voz da polícia alemã, disse que o suspeito, cujo nome não foi divulgado, está sendo investigado por "difamar a memória do morto e incitar o ódio". Se condenado, ele pode pegar até três anos de prisão. De acordo com a polícia, o homem escreveu "nós não estamos lamentando, mas celebrando isso", acima da imagem do corpo de Aylan Kurdi, menino sírio de três anos que foi encontrado morto por afogamento no começo da semana na costa da Turquia. Autoridades alemãs estão combatendo extremistas de direita que usam as redes sociais para divulgar o ódio e a perseguição a imigrantes. A imagem de Aylan caído na areia causou forte comoção no mundo nos últimos dias. O corpo do garoto foi enterrado Kobani, na Síria, nesta sexta-feira (4), por seu pai, Abdullah Kurdi, que também perdeu a esposa e outro filho de cinco anos na tentativa de travessia.
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Em último debate, Marta e Haddad se enfrentam e Doria é pouco questionado
DE SÃO PAULO De olho em uma vaga no segundo turno, os candidatos à Prefeitura de São Paulo Marta Suplicy (PMDB) e Fernando Haddad (PT) se enfrentaram durante debate promovido pela Rede Globo na noite desta quinta-feira (29). Foi o último encontro dos candidatos antes do primeiro turno da eleição, neste domingo (2). Haddad e a atual gestão voltaram a ser os principais alvos de críticas dos candidatos. Doria, que lidera a disputa, com 30% das intenções de voto, segundo o Datafolha, foi pouco questionado por seus adversários. Um dos principais embates do encontro foi uma discussão entre Marta e o petista sobre a inspeção veicular obrigatória. Haddad, que tem 11% no Datafolha, questionou se a adversária, que está com 15%, pretendia cobrar uma taxa pelo serviço e disse: "Não sei quem te botou isso na cabeça, se foi o [ex-prefeito] Kassab", disse Haddad. A peemedebista disse que a inspeção não será obrigatória. "As pessoas que forem vão tornar a cidade menos poluente. Quem não quer, não vai e pronto." Marta e Doria responderam perguntas um do outro em quatro ocasiões. Mesmo em dificuldade nas pesquisas, a peemedebista não atacou diretamente o líder da disputa, com exceção de uma ocasião em que o acusou de não conhecer bem o programa Saúde da Família. Ela disse concordar com ele em temas como combate à pichação e aproveitou seu espaço para atacar o prefeito. Doria elogiou a ideia dos CEUs (Centro Educacional Unificado), bandeira de Marta, e a quantidade de regularização fundiária promovida no governo dela. No terceiro bloco do encontro, o tucano e Celso Russomanno (PRB), que tem 22% no Datafolha, se aliaram para criticar a "indústria da multa". O candidato do PRB, que esteve à frente das pesquisas no início da campanha, também foi pouco criticado pelos adversários. Doria foi criticado por Luiza Erundina (PSOL) por se apresentar como empresário e defender privatizações embora tenha recebido uma série de repasses de dinheiro público em convênios de suas empresas, como mostrou reportagem da Folha. O tucano rebateu afirmando que tem uma visão administrativa "moderna, atual". "Você é tão velho quanto qualquer político velho deste país", disse Erundina. GOVERNO TEMER No primeiro bloco do encontro, Erundina questionou Marta sobre as mudanças no ensino médio propostas pelo governo de Michel Temer, também do PMDB. A peemedebista disse que a proposta no Congresso é um "passo na direção certa", mas precisa ser mais debatida. "Não está formatada, de jeito nenhum", afirmou. A candidata do PSOL disse que "em nenhum momento" vê Marta fazer autocrítica sobre o governo Temer e, que dessa maneira, não conseguirá administrar a cidade. "A crise que estamos vivendo não é fruto deste governo de poucos meses. É culpa de Dilma Rousseff", respondeu Marta Suplicy. Outro tema nacional lembrado no debate foi a Operação Lava Jato. Haddad foi questionado por Major Olimpio (SD) sobre reportagem da Folha de quinta-feira sobre delatores que afirmam que dinheiro desviado da Petrobras pagou dívidas da campanha petista de 2012. O prefeito disse que suas contas da eleição anterior foram aprovadas pela Justiça Eleitoral e não deu mais detalhes sobre o assunto. Na mesma ocasião, o petista afirmou que não é "político profissional". O discurso de não ser "político" é um dos principais motes da campanha de Doria, que voltou a afirmar durante o debate que é um "gestor". O tucano voltou a prometer no encontro que acabará com o projeto "De Braços Abertos", de atuação na cracolândia, criado por Fernando Haddad. Celso Russomanno prometeu criar atendimento para animais de estimação. (CATIA SEABRA, PAULA REVERBEL, CAROLINA LINHARES, DANIELA LIMA E THAIS BILENKY)
poder
Em último debate, Marta e Haddad se enfrentam e Doria é pouco questionadoDE SÃO PAULO De olho em uma vaga no segundo turno, os candidatos à Prefeitura de São Paulo Marta Suplicy (PMDB) e Fernando Haddad (PT) se enfrentaram durante debate promovido pela Rede Globo na noite desta quinta-feira (29). Foi o último encontro dos candidatos antes do primeiro turno da eleição, neste domingo (2). Haddad e a atual gestão voltaram a ser os principais alvos de críticas dos candidatos. Doria, que lidera a disputa, com 30% das intenções de voto, segundo o Datafolha, foi pouco questionado por seus adversários. Um dos principais embates do encontro foi uma discussão entre Marta e o petista sobre a inspeção veicular obrigatória. Haddad, que tem 11% no Datafolha, questionou se a adversária, que está com 15%, pretendia cobrar uma taxa pelo serviço e disse: "Não sei quem te botou isso na cabeça, se foi o [ex-prefeito] Kassab", disse Haddad. A peemedebista disse que a inspeção não será obrigatória. "As pessoas que forem vão tornar a cidade menos poluente. Quem não quer, não vai e pronto." Marta e Doria responderam perguntas um do outro em quatro ocasiões. Mesmo em dificuldade nas pesquisas, a peemedebista não atacou diretamente o líder da disputa, com exceção de uma ocasião em que o acusou de não conhecer bem o programa Saúde da Família. Ela disse concordar com ele em temas como combate à pichação e aproveitou seu espaço para atacar o prefeito. Doria elogiou a ideia dos CEUs (Centro Educacional Unificado), bandeira de Marta, e a quantidade de regularização fundiária promovida no governo dela. No terceiro bloco do encontro, o tucano e Celso Russomanno (PRB), que tem 22% no Datafolha, se aliaram para criticar a "indústria da multa". O candidato do PRB, que esteve à frente das pesquisas no início da campanha, também foi pouco criticado pelos adversários. Doria foi criticado por Luiza Erundina (PSOL) por se apresentar como empresário e defender privatizações embora tenha recebido uma série de repasses de dinheiro público em convênios de suas empresas, como mostrou reportagem da Folha. O tucano rebateu afirmando que tem uma visão administrativa "moderna, atual". "Você é tão velho quanto qualquer político velho deste país", disse Erundina. GOVERNO TEMER No primeiro bloco do encontro, Erundina questionou Marta sobre as mudanças no ensino médio propostas pelo governo de Michel Temer, também do PMDB. A peemedebista disse que a proposta no Congresso é um "passo na direção certa", mas precisa ser mais debatida. "Não está formatada, de jeito nenhum", afirmou. A candidata do PSOL disse que "em nenhum momento" vê Marta fazer autocrítica sobre o governo Temer e, que dessa maneira, não conseguirá administrar a cidade. "A crise que estamos vivendo não é fruto deste governo de poucos meses. É culpa de Dilma Rousseff", respondeu Marta Suplicy. Outro tema nacional lembrado no debate foi a Operação Lava Jato. Haddad foi questionado por Major Olimpio (SD) sobre reportagem da Folha de quinta-feira sobre delatores que afirmam que dinheiro desviado da Petrobras pagou dívidas da campanha petista de 2012. O prefeito disse que suas contas da eleição anterior foram aprovadas pela Justiça Eleitoral e não deu mais detalhes sobre o assunto. Na mesma ocasião, o petista afirmou que não é "político profissional". O discurso de não ser "político" é um dos principais motes da campanha de Doria, que voltou a afirmar durante o debate que é um "gestor". O tucano voltou a prometer no encontro que acabará com o projeto "De Braços Abertos", de atuação na cracolândia, criado por Fernando Haddad. Celso Russomanno prometeu criar atendimento para animais de estimação. (CATIA SEABRA, PAULA REVERBEL, CAROLINA LINHARES, DANIELA LIMA E THAIS BILENKY)
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Mortes: Das dificuldades até a transformação pela fé
Foram muitas as recusas de Joide Miranda aos convites da mãe para acompanhá-la à igreja. A insistência chegava a provocar brigas entre os dois. Um dia, porém, passando de carro na frente do local, ele resolveu fazer uma surpresa. Entrou durante um culto e sentou ao lado dela. Era assim que Joide descrevia o início de sua transformação. Foram algumas palavras do pastor, os cantos de uma missionária, e ele estava de joelhos no chão, chorando. Nascido em Cuiabá, Joide teve uma vida conturbada. Um pai violento e um vizinho abusivo o fizeram sair de casa ainda na adolescência. Conheceu a prostituição e as drogas, mas também o caminho para o Rio, França, Espanha e Grécia. Foi também nessa época que começou a mudar o próprio corpo. Silicone nos seios, nos quadris, e logo parecia o que dizia ser: uma mulher. Voltou ao Brasil e, após aquela surpresa à mãe, decidiu desfazer a transformação. Foram seis anos de acompanhamento religioso, psicológico e familiar, além de cirurgias, até Joide, já com 26 anos, se descrever como ex-travesti. A mudança foi contada por ele mesmo em seu blog, em palestras e em seus cultos na Igreja Batista Nacional Peniel. Enfrentou desconfiança, crítica e ameaça, mas nunca parou de contar sua história. Mantinha a alegria, a tranquilidade, as palavras positivas. "Ele nunca foi contra quem está homossexual. Joide achava que eles precisam ser amados, acolhidos na igreja", afirma a mulher, Edna. Morreu dia 12, aos 51 anos, após uma parada cardíaca. Deixa mulher, filho, mãe, três irmãs, sobrinhos e amigos. [email protected] - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas -
cotidiano
Mortes: Das dificuldades até a transformação pela féForam muitas as recusas de Joide Miranda aos convites da mãe para acompanhá-la à igreja. A insistência chegava a provocar brigas entre os dois. Um dia, porém, passando de carro na frente do local, ele resolveu fazer uma surpresa. Entrou durante um culto e sentou ao lado dela. Era assim que Joide descrevia o início de sua transformação. Foram algumas palavras do pastor, os cantos de uma missionária, e ele estava de joelhos no chão, chorando. Nascido em Cuiabá, Joide teve uma vida conturbada. Um pai violento e um vizinho abusivo o fizeram sair de casa ainda na adolescência. Conheceu a prostituição e as drogas, mas também o caminho para o Rio, França, Espanha e Grécia. Foi também nessa época que começou a mudar o próprio corpo. Silicone nos seios, nos quadris, e logo parecia o que dizia ser: uma mulher. Voltou ao Brasil e, após aquela surpresa à mãe, decidiu desfazer a transformação. Foram seis anos de acompanhamento religioso, psicológico e familiar, além de cirurgias, até Joide, já com 26 anos, se descrever como ex-travesti. A mudança foi contada por ele mesmo em seu blog, em palestras e em seus cultos na Igreja Batista Nacional Peniel. Enfrentou desconfiança, crítica e ameaça, mas nunca parou de contar sua história. Mantinha a alegria, a tranquilidade, as palavras positivas. "Ele nunca foi contra quem está homossexual. Joide achava que eles precisam ser amados, acolhidos na igreja", afirma a mulher, Edna. Morreu dia 12, aos 51 anos, após uma parada cardíaca. Deixa mulher, filho, mãe, três irmãs, sobrinhos e amigos. [email protected] - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas -
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Dólar atinge maior nível desde 2002 com mercado de olho em Orçamento
A expectativa pela divulgação da proposta de Orçamento do governo brasileiro para 2016 prevendo deficit primário derrubou o principal índice da Bolsa brasileira nesta segunda-feira (31) e provocou uma disparada do dólar em relação ao real. Às 10h45 (de Brasília), o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha valorização de 2,65%, cotado em R$ 3,680 na venda. Já o dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, avançava 2,62%, para R$ 3,681. Neste momento, o dólar à vista está em seu maior valor desde 13 de dezembro de 2002, quando valia R$ 3,730 –ou R$ 6,14 hoje, após correção inflacionária. O dólar comercial também operava no maior valor desde 13 de dezembro de 2002, quando fechou cotado R$ 3,740 –ou R$ 6,15 hoje. No mercado de ações, o Ibovespa tinha queda de 2,91%, para 45.783 pontos. O volume financeiro girava em torno de R$ 900 milhões. O mau humor nos mercados internacionais, com investidores preocupados com o crescimento chinês, também colaborava para a perda da Bolsa brasileira. Segundo operadores, o clima de aversão ao risco no mercado local reflete principalmente a possibilidade de a proposta de Orçamento para 2016 que será enviada pelo governo ao Congresso nesta segunda trazer projeção de deficit primário para o ano que vem. Com isso, dizem, os investidores passariam a enxergar maior probabilidade de o Brasil perder seu grau de investimento –selo de bom pagador atestado por agências internacionais de classificação de risco. A perda forçaria grandes fundos a retirar investimentos que possuem no país, agravando ainda mais o cenário econômico. "Sem a recriação da CPMF (o chamado imposto do cheque), o governo não tem muitas alternativas para cobrir o rombo de R$ 80 bilhões. Tudo indica que a meta de superavit primário de 2016, de 0,7% do PIB, seja reduzida novamente e é possível que haja corte de programas sociais", disse Celson Plácido, analista da XP Investimentos, em relatório. Para Marcio Cardoso, sócio-diretor da Easynvest Corretora, o orçamento com possível previsão de deficit primário "mostra que a qualidade do trabalho feito pelo governo foi muito ruim". Ele ressalta que o PIB para o ano que vem projetado pelo Focus está muito fraco, e o setor de serviços apresenta queda, "o afugenta o investidor de Bolsa". "A chance maior de perda do grau de investimento afasta principalmente os estrangeiros do mercado brasileiro. No último mês houve saída de recursos externos da Bovespa, e em agosto não deve ser diferente. Com a alta taxa de juros que temos no país, o risco de investir em Bolsa não é atraente, e a volatilidade deve continuar", afirmou. O economista Alberto Ramos, do banco americano Goldman Sachs, disse que o governo "está aparentemente jogando a toalha" em aprovar novos esforços fiscais. "Provavelmente será uma batalha difícil, dado o fraco apoio político do governo no Congresso e a falta de apetite no Legislativo para votar impostos ou cortes em programas sociais", afirmou em nota. A forte valorização do dólar nesta segunda ocorre mesmo após o Banco Central do Brasil ter reforçado sua atuação no mercado de câmbio para reduzir a volatilidade da moeda americana. Nesta segunda-feira, o BC fará um leilão de venda de até US$ 2,4 bilhões com compromisso de recompra em 4 de novembro de 2015 e 2 de dezembro de 2015. A autoridade também sinalizou que deve rolar integralmente os contratos de swaps cambiais que vencem em outubro. A operação equivale a uma venda futura de dólares.
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Dólar atinge maior nível desde 2002 com mercado de olho em OrçamentoA expectativa pela divulgação da proposta de Orçamento do governo brasileiro para 2016 prevendo deficit primário derrubou o principal índice da Bolsa brasileira nesta segunda-feira (31) e provocou uma disparada do dólar em relação ao real. Às 10h45 (de Brasília), o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha valorização de 2,65%, cotado em R$ 3,680 na venda. Já o dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, avançava 2,62%, para R$ 3,681. Neste momento, o dólar à vista está em seu maior valor desde 13 de dezembro de 2002, quando valia R$ 3,730 –ou R$ 6,14 hoje, após correção inflacionária. O dólar comercial também operava no maior valor desde 13 de dezembro de 2002, quando fechou cotado R$ 3,740 –ou R$ 6,15 hoje. No mercado de ações, o Ibovespa tinha queda de 2,91%, para 45.783 pontos. O volume financeiro girava em torno de R$ 900 milhões. O mau humor nos mercados internacionais, com investidores preocupados com o crescimento chinês, também colaborava para a perda da Bolsa brasileira. Segundo operadores, o clima de aversão ao risco no mercado local reflete principalmente a possibilidade de a proposta de Orçamento para 2016 que será enviada pelo governo ao Congresso nesta segunda trazer projeção de deficit primário para o ano que vem. Com isso, dizem, os investidores passariam a enxergar maior probabilidade de o Brasil perder seu grau de investimento –selo de bom pagador atestado por agências internacionais de classificação de risco. A perda forçaria grandes fundos a retirar investimentos que possuem no país, agravando ainda mais o cenário econômico. "Sem a recriação da CPMF (o chamado imposto do cheque), o governo não tem muitas alternativas para cobrir o rombo de R$ 80 bilhões. Tudo indica que a meta de superavit primário de 2016, de 0,7% do PIB, seja reduzida novamente e é possível que haja corte de programas sociais", disse Celson Plácido, analista da XP Investimentos, em relatório. Para Marcio Cardoso, sócio-diretor da Easynvest Corretora, o orçamento com possível previsão de deficit primário "mostra que a qualidade do trabalho feito pelo governo foi muito ruim". Ele ressalta que o PIB para o ano que vem projetado pelo Focus está muito fraco, e o setor de serviços apresenta queda, "o afugenta o investidor de Bolsa". "A chance maior de perda do grau de investimento afasta principalmente os estrangeiros do mercado brasileiro. No último mês houve saída de recursos externos da Bovespa, e em agosto não deve ser diferente. Com a alta taxa de juros que temos no país, o risco de investir em Bolsa não é atraente, e a volatilidade deve continuar", afirmou. O economista Alberto Ramos, do banco americano Goldman Sachs, disse que o governo "está aparentemente jogando a toalha" em aprovar novos esforços fiscais. "Provavelmente será uma batalha difícil, dado o fraco apoio político do governo no Congresso e a falta de apetite no Legislativo para votar impostos ou cortes em programas sociais", afirmou em nota. A forte valorização do dólar nesta segunda ocorre mesmo após o Banco Central do Brasil ter reforçado sua atuação no mercado de câmbio para reduzir a volatilidade da moeda americana. Nesta segunda-feira, o BC fará um leilão de venda de até US$ 2,4 bilhões com compromisso de recompra em 4 de novembro de 2015 e 2 de dezembro de 2015. A autoridade também sinalizou que deve rolar integralmente os contratos de swaps cambiais que vencem em outubro. A operação equivale a uma venda futura de dólares.
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'Não era propina', diz África do Sul sobre US$ 10 mi para dirigente
O ministro de Esporte da África do Sul, Fikile Mbalula, defendeu nesta quarta-feira (3) a "legalidade" dos US$ 10 milhões (aproximadamente R$ 31,7 milhões) ao futebol caribenho, que a justiça americana considera como um suborno para conseguir sediar a Copa do Mundo de 2010. "O fato de que um pagamento de US$ 10 milhões a um programa aprovado de desenvolvimento do futebol não constitui propina. Quem acusa tem que provar suas acusações", afirmou Mbalula; Segundo ele, a quantia paga ao futebol caribenho estava destinada a associações locais e era parte do projeto sul-africano de transformar a Copa do Mundo de 2010 em um motivo de orgulho para a África e todos os africanos, incluindo a diáspora. Segundo Mbalula, o governo sul-africano está aguardando "mais detalhes" da investigação que o FBI faz contra a Fifa. Foi a corporação americana que apontou a transferência, dirigida ao secretário-geral da entidade, Jérome Valcke, para posterior encaminhamento a Concacaf. O diretor-geral do Departamento de Esportes e Lazer, Alec Moemi, explicou que existe "diferença-chave" entre o pagamento de suborno e o apoio legítimo para um projeto de desenvolvimento, que foi a justificativa dada para o encaminhamento dos US$ 10 milhões. O ministro dos Esportes ainda se disse surpreso com a renúncia de Joseph Blatter da presidência da Fifa, e garantiu que o dirigente "era um bom amigo da África do Sul". Fikile Mbalula afirmou ainda que o país tem obrigação de "defender a legalidade da Copa de 2010 e a reputação da África do Sul".
esporte
'Não era propina', diz África do Sul sobre US$ 10 mi para dirigenteO ministro de Esporte da África do Sul, Fikile Mbalula, defendeu nesta quarta-feira (3) a "legalidade" dos US$ 10 milhões (aproximadamente R$ 31,7 milhões) ao futebol caribenho, que a justiça americana considera como um suborno para conseguir sediar a Copa do Mundo de 2010. "O fato de que um pagamento de US$ 10 milhões a um programa aprovado de desenvolvimento do futebol não constitui propina. Quem acusa tem que provar suas acusações", afirmou Mbalula; Segundo ele, a quantia paga ao futebol caribenho estava destinada a associações locais e era parte do projeto sul-africano de transformar a Copa do Mundo de 2010 em um motivo de orgulho para a África e todos os africanos, incluindo a diáspora. Segundo Mbalula, o governo sul-africano está aguardando "mais detalhes" da investigação que o FBI faz contra a Fifa. Foi a corporação americana que apontou a transferência, dirigida ao secretário-geral da entidade, Jérome Valcke, para posterior encaminhamento a Concacaf. O diretor-geral do Departamento de Esportes e Lazer, Alec Moemi, explicou que existe "diferença-chave" entre o pagamento de suborno e o apoio legítimo para um projeto de desenvolvimento, que foi a justificativa dada para o encaminhamento dos US$ 10 milhões. O ministro dos Esportes ainda se disse surpreso com a renúncia de Joseph Blatter da presidência da Fifa, e garantiu que o dirigente "era um bom amigo da África do Sul". Fikile Mbalula afirmou ainda que o país tem obrigação de "defender a legalidade da Copa de 2010 e a reputação da África do Sul".
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Aplicativos ajudam no gerenciamento de contas e do lixo
Aplicativos para smartphones e tablets oferecem praticidade e mobilidade para quem quer tornar o negócio mais sustentável. Há modelos para controlar a conta de água e luz, gerenciar o lixo e até estimular os funcionários a irem de bike ao trabalho. A maioria é gratuita. No ar na web há oito anos, o portal Rota da Reciclagem –que indica onde estão cooperativas de catadores e empresas que compram materiais recicláveis– ganhou um aplicativo em 2012. "Essa convergência multimídia tem melhorado a experiência das pessoas na utilização do serviço", diz Valéria Michel, diretora de meio ambiente da Tetra Pak, responsável pelo projeto. O programa é usado pela consultoria em sustentabilidade Eccaplan. Criada em 2008, a empresa trabalha, entre outros serviços, com a gestão de resíduos em companhias e grandes eventos, como o festival gastronômico Taste of São Paulo. "Usamos o Rota de Reciclagem para identificar os melhores locais para destinar os resíduos", afirma Fernando Beltrame, presidente da consultoria. Só na edição deste ano da Casa Cor SP, mostra de decoração realizada entre maio e julho no Jockey Club, foram mais de 12 toneladas de material doados. Em outras circunstâncias, terminariam na caçamba de lixo. Para Gabriela Yamaguchi, gerente do Instituto Akatu, os aplicativos têm potencial para gerar uma mudança de comportamento nas pessoas. "O grande valor da tecnologia nesse sentido é a possibilidade de acompanhamento de informações de consumo e gasto", diz. Em parceria com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o instituto lançou uma série de aplicativos relacionados ao consumo consciente. Um deles, o Nossa Energia, permite calcular o consumo médio de energia de cada aparelho eletrônico e eletrodoméstico e seu impacto nas finanças. Esse monitoramento, segundo Yamaguchi, é importante para planejar ações preventivas. "Empresas pequenas costumam ter uma copa, por exemplo, onde muitos aparelhos ficam no modo 'stand by', consumindo uma energia desnecessária. Desligados quando fora de uso, em um mês, esses aparelhos podem gerar uma economia equivalente a seu uso direto por quatro meses", aponta. * Nossa energia A calculadora contabiliza o gasto de cada eletrônico e eletrodoméstico do ambiente SISTEMA iOS e Android QUANTO grátis IDIOMA português Nosso transporte Compara custos financeiros e emissão de carbono gastas para deslocamento de carro, transporte público, bicicleta ou a pé SISTEMA iOS e Android QUANTO grátis IDIOMA português Rota da reciclagem Mostra onde estão, nas proximidades do usuário, cooperativas de catadores e empresas que compram materiais recicláveis SISTEMA iOS e Android QUANTO grátis IDIOMA português Eco Charger Avisa quando a bateria do celular está 100% e o carregador pode ser retirado da tomada SISTEMA Android QUANTO grátis IDIOMA português
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Aplicativos ajudam no gerenciamento de contas e do lixoAplicativos para smartphones e tablets oferecem praticidade e mobilidade para quem quer tornar o negócio mais sustentável. Há modelos para controlar a conta de água e luz, gerenciar o lixo e até estimular os funcionários a irem de bike ao trabalho. A maioria é gratuita. No ar na web há oito anos, o portal Rota da Reciclagem –que indica onde estão cooperativas de catadores e empresas que compram materiais recicláveis– ganhou um aplicativo em 2012. "Essa convergência multimídia tem melhorado a experiência das pessoas na utilização do serviço", diz Valéria Michel, diretora de meio ambiente da Tetra Pak, responsável pelo projeto. O programa é usado pela consultoria em sustentabilidade Eccaplan. Criada em 2008, a empresa trabalha, entre outros serviços, com a gestão de resíduos em companhias e grandes eventos, como o festival gastronômico Taste of São Paulo. "Usamos o Rota de Reciclagem para identificar os melhores locais para destinar os resíduos", afirma Fernando Beltrame, presidente da consultoria. Só na edição deste ano da Casa Cor SP, mostra de decoração realizada entre maio e julho no Jockey Club, foram mais de 12 toneladas de material doados. Em outras circunstâncias, terminariam na caçamba de lixo. Para Gabriela Yamaguchi, gerente do Instituto Akatu, os aplicativos têm potencial para gerar uma mudança de comportamento nas pessoas. "O grande valor da tecnologia nesse sentido é a possibilidade de acompanhamento de informações de consumo e gasto", diz. Em parceria com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o instituto lançou uma série de aplicativos relacionados ao consumo consciente. Um deles, o Nossa Energia, permite calcular o consumo médio de energia de cada aparelho eletrônico e eletrodoméstico e seu impacto nas finanças. Esse monitoramento, segundo Yamaguchi, é importante para planejar ações preventivas. "Empresas pequenas costumam ter uma copa, por exemplo, onde muitos aparelhos ficam no modo 'stand by', consumindo uma energia desnecessária. Desligados quando fora de uso, em um mês, esses aparelhos podem gerar uma economia equivalente a seu uso direto por quatro meses", aponta. * Nossa energia A calculadora contabiliza o gasto de cada eletrônico e eletrodoméstico do ambiente SISTEMA iOS e Android QUANTO grátis IDIOMA português Nosso transporte Compara custos financeiros e emissão de carbono gastas para deslocamento de carro, transporte público, bicicleta ou a pé SISTEMA iOS e Android QUANTO grátis IDIOMA português Rota da reciclagem Mostra onde estão, nas proximidades do usuário, cooperativas de catadores e empresas que compram materiais recicláveis SISTEMA iOS e Android QUANTO grátis IDIOMA português Eco Charger Avisa quando a bateria do celular está 100% e o carregador pode ser retirado da tomada SISTEMA Android QUANTO grátis IDIOMA português
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Bacia que alimenta o Cantareira tem só 12,6% de cobertura florestal
Uma das regiões mais ricas do Estado de São Paulo, a bacia PCJ é também uma das mais pobres em árvores. Da água dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí dependem 5,5 milhões de pessoas, mas elas contam com apenas 12,6% de florestas nativas. A estatística devastadora foi colhida em levantamento da organização não governamental SOS Mata Atlântica obtido pela Folha. A pesquisa com dados de satélite cobriu 70 municípios paulistas da bacia PCJ, num total de 14.178 quilômetros quadrados. Desses 5,5 milhões de habitantes, cerca de 3 milhões moram na décima maior região metropolitana do Brasil, a de Campinas. O PIB per capita nela é de R$ 48 mil, bem acima dos R$ 27 mil do país. Também sai desse manancial, por transposição, a água do sistema Cantareira, que abastece outros 5,3 milhões de habitantes da Grande São Paulo. Antes da crise hídrica, o sistema provia 9 milhões. A diferença é que, em torno das represas do Cantareira, 21,5% do terreno ainda é guarnecido por matas. ESPONJA SECA A cobertura da bacia PCJ fica abaixo até do que restou de mata atlântica no Estado, 13,9%. Se as leis florestais fossem cumpridas, a parcela preservada deveria ficar por volta de 30%. Cidades como Valinhos (12,3% de vegetação nativa) e Saltinho (8%) precisaram recorrer ao racionamento de água. O rio Piracicaba tinha secado, perto de Paulínia (4,8%), há dois anos. Florestas como a mata atlântica funcionam como esponjas. Liberam lentamente a água da chuva e permitem sua infiltração no solo, recarregando o lençol freático. Cada quilômetro quadrado de mata conservada produz água o suficiente para abastecer 2.600 pessoas. Há 12 casos extremos entre os 70 municípios monitorados pela SOS, com menos de 5% de sua área dotada de vegetação nativa. A pior situação é a de Hortolândia: restou só 1,3% com árvores. FILA INDIANA O levantamento da SOS Mata Atlântica também mostrou que quase todos os rios da bacia PCJ carecem de florestas por perto. De 25.556 km de margens mapeadas, meros 6.155 km (24%) ostentam fragmentos de vegetação nativa maiores que 1 hectare (10 mil metros quadrados). Quem percorre os rios, contudo, pode ter impressão diferente. Boa parte das margens ostentam árvores. Muitas vezes, porém, elas estão em "fila indiana", como diz Malu Ribeiro, da SOS. Por essa razão, a ONG combina a análise da qualidade e da quantidade das águas com o grau de cobertura florestal em volta. E o trabalho vai além da PCJ -levantamentos foram feitos na região do Cantareira e nas bacias dos rios Paraíba do Sul (SP/RJ) e Guandu (RJ). No caso do Paraíba, a bacia conta com bem mais florestas que a PCJ: 26,4% da área tem vegetação natural. A situação do Guandu e seus afluentes é ainda melhor: 62,2% de conservação e 2.558 km (61,9%) de rios com áreas de mata próximas. O Estado do Rio, que depende muito dessas duas bacias, também enfrenta sua crise hídrica. Mas, pelo menos, está mais bem servido de florestas em torno delas. Nas águas em disputa pelas regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas, o equilíbrio entre matas e água é mais precário. "Após mais de 20 anos, o Piracicaba ainda é um rio recém-saído da UTI", lamenta Malu Ribeiro. "Nunca foi olhado como um manancial, só como um meio para diluir esgotos." Os levantamentos da ONG revelam, porém, que as últimas derrubadas de mais de três hectares na bacia PCJ pararam depois de 2008. Também fica claro, nas imagens de satélite, que as principais manchas contínuas de vegetação nativa se encontram em unidades de conservação. É o caso do Parque Estadual de Itapetininga, do Monumento Natural da Pedra Grande e das áreas de proteção ambiental (APAs) de Jundiaí e Cabreúva. "É mais um exemplo de como as unidades de conservação são importantes para deter o desmatamento de nossas florestas naturais", diz Márcia Hirota, diretora da SOS Mata Atlântica. QUALIDADE DA ÁGUA É BOA, MAS NÃO É ÓTIMA Para ver de perto o impacto da ausência de florestas nos mananciais paulistas, a Folha acompanhou por dois dias uma miniexpedição da SOS Mata Atlântica para avaliar a qualidade da água no Jaguari, o "rio da onça" (nas raízes tupi-guaranis) que alimenta a famigerada represa do Cantareira. O Jaguari nasce na serra da Mantiqueira, perto de Campos do Jordão (SP). O volume que não é desviado para a Grande SP segue para oeste e encontra o Atibaia em Americana para formar o Piracicaba, espinha dorsal da bacia PCJ. O primeiro ponto de coleta fica em Extrema (MG). O balconista do bar do Filipe se queixa de que a água está suja, fazendo espuma. A coleta e análise de 16 parâmetros para estabelecer a qualidade média da água é feita com ajuda do caiaque cheio de instrumentos pilotado por Dan Robson Dias. O percurso repete parte de outro levantamento da SOS, feito dois anos antes. A análise constata que, apesar da espuma, a qualidade da água ali está boa, como em 2013. Ribeiro observa, contudo, que tão perto das cabeceiras o teor de oxigênio dissolvido (6,8 miligramas por litro) deveria ser maior, perto de 8 mg/l. Ou seja, a qualidade é boa, mas não ótima. Nenhum dos sete locais amostrados pela SOS no Jaguari obteve essa qualificação em 2015 (nem em 2013). Preocupante ainda é a profundidade no meio do rio, que caiu de oito para quatro metros. Uma das causas para isso é o assoreamento dos rios, que tem muito a ver com desmate. Uma vez retirada a cobertura de árvores, muito mais água escorre pela superfície e retira a camada superior de terra -a mais fértil-, que chega aos corpos de água e se deposita no fundo. Calcula-se que o Brasil pode estar desperdiçando até R$ 30 bilhões por ano com perda de solos e assoreamento. No segundo dia, o grupo segue de carro até o alto de um morro em Joanópolis (SP) para avistar a represa Jaguari. Vários braços estão secos -no lugar de terra rachada ou capim, já crescem arbustos no leito do reservatório. A junção do Jaguari com o Piracicaba termina numa laje de pedra. Com o nível baixo da água, ela avança para o meio do rio, onde dois pescadores se instalam em cadeiras de plástico.
cotidiano
Bacia que alimenta o Cantareira tem só 12,6% de cobertura florestalUma das regiões mais ricas do Estado de São Paulo, a bacia PCJ é também uma das mais pobres em árvores. Da água dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí dependem 5,5 milhões de pessoas, mas elas contam com apenas 12,6% de florestas nativas. A estatística devastadora foi colhida em levantamento da organização não governamental SOS Mata Atlântica obtido pela Folha. A pesquisa com dados de satélite cobriu 70 municípios paulistas da bacia PCJ, num total de 14.178 quilômetros quadrados. Desses 5,5 milhões de habitantes, cerca de 3 milhões moram na décima maior região metropolitana do Brasil, a de Campinas. O PIB per capita nela é de R$ 48 mil, bem acima dos R$ 27 mil do país. Também sai desse manancial, por transposição, a água do sistema Cantareira, que abastece outros 5,3 milhões de habitantes da Grande São Paulo. Antes da crise hídrica, o sistema provia 9 milhões. A diferença é que, em torno das represas do Cantareira, 21,5% do terreno ainda é guarnecido por matas. ESPONJA SECA A cobertura da bacia PCJ fica abaixo até do que restou de mata atlântica no Estado, 13,9%. Se as leis florestais fossem cumpridas, a parcela preservada deveria ficar por volta de 30%. Cidades como Valinhos (12,3% de vegetação nativa) e Saltinho (8%) precisaram recorrer ao racionamento de água. O rio Piracicaba tinha secado, perto de Paulínia (4,8%), há dois anos. Florestas como a mata atlântica funcionam como esponjas. Liberam lentamente a água da chuva e permitem sua infiltração no solo, recarregando o lençol freático. Cada quilômetro quadrado de mata conservada produz água o suficiente para abastecer 2.600 pessoas. Há 12 casos extremos entre os 70 municípios monitorados pela SOS, com menos de 5% de sua área dotada de vegetação nativa. A pior situação é a de Hortolândia: restou só 1,3% com árvores. FILA INDIANA O levantamento da SOS Mata Atlântica também mostrou que quase todos os rios da bacia PCJ carecem de florestas por perto. De 25.556 km de margens mapeadas, meros 6.155 km (24%) ostentam fragmentos de vegetação nativa maiores que 1 hectare (10 mil metros quadrados). Quem percorre os rios, contudo, pode ter impressão diferente. Boa parte das margens ostentam árvores. Muitas vezes, porém, elas estão em "fila indiana", como diz Malu Ribeiro, da SOS. Por essa razão, a ONG combina a análise da qualidade e da quantidade das águas com o grau de cobertura florestal em volta. E o trabalho vai além da PCJ -levantamentos foram feitos na região do Cantareira e nas bacias dos rios Paraíba do Sul (SP/RJ) e Guandu (RJ). No caso do Paraíba, a bacia conta com bem mais florestas que a PCJ: 26,4% da área tem vegetação natural. A situação do Guandu e seus afluentes é ainda melhor: 62,2% de conservação e 2.558 km (61,9%) de rios com áreas de mata próximas. O Estado do Rio, que depende muito dessas duas bacias, também enfrenta sua crise hídrica. Mas, pelo menos, está mais bem servido de florestas em torno delas. Nas águas em disputa pelas regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas, o equilíbrio entre matas e água é mais precário. "Após mais de 20 anos, o Piracicaba ainda é um rio recém-saído da UTI", lamenta Malu Ribeiro. "Nunca foi olhado como um manancial, só como um meio para diluir esgotos." Os levantamentos da ONG revelam, porém, que as últimas derrubadas de mais de três hectares na bacia PCJ pararam depois de 2008. Também fica claro, nas imagens de satélite, que as principais manchas contínuas de vegetação nativa se encontram em unidades de conservação. É o caso do Parque Estadual de Itapetininga, do Monumento Natural da Pedra Grande e das áreas de proteção ambiental (APAs) de Jundiaí e Cabreúva. "É mais um exemplo de como as unidades de conservação são importantes para deter o desmatamento de nossas florestas naturais", diz Márcia Hirota, diretora da SOS Mata Atlântica. QUALIDADE DA ÁGUA É BOA, MAS NÃO É ÓTIMA Para ver de perto o impacto da ausência de florestas nos mananciais paulistas, a Folha acompanhou por dois dias uma miniexpedição da SOS Mata Atlântica para avaliar a qualidade da água no Jaguari, o "rio da onça" (nas raízes tupi-guaranis) que alimenta a famigerada represa do Cantareira. O Jaguari nasce na serra da Mantiqueira, perto de Campos do Jordão (SP). O volume que não é desviado para a Grande SP segue para oeste e encontra o Atibaia em Americana para formar o Piracicaba, espinha dorsal da bacia PCJ. O primeiro ponto de coleta fica em Extrema (MG). O balconista do bar do Filipe se queixa de que a água está suja, fazendo espuma. A coleta e análise de 16 parâmetros para estabelecer a qualidade média da água é feita com ajuda do caiaque cheio de instrumentos pilotado por Dan Robson Dias. O percurso repete parte de outro levantamento da SOS, feito dois anos antes. A análise constata que, apesar da espuma, a qualidade da água ali está boa, como em 2013. Ribeiro observa, contudo, que tão perto das cabeceiras o teor de oxigênio dissolvido (6,8 miligramas por litro) deveria ser maior, perto de 8 mg/l. Ou seja, a qualidade é boa, mas não ótima. Nenhum dos sete locais amostrados pela SOS no Jaguari obteve essa qualificação em 2015 (nem em 2013). Preocupante ainda é a profundidade no meio do rio, que caiu de oito para quatro metros. Uma das causas para isso é o assoreamento dos rios, que tem muito a ver com desmate. Uma vez retirada a cobertura de árvores, muito mais água escorre pela superfície e retira a camada superior de terra -a mais fértil-, que chega aos corpos de água e se deposita no fundo. Calcula-se que o Brasil pode estar desperdiçando até R$ 30 bilhões por ano com perda de solos e assoreamento. No segundo dia, o grupo segue de carro até o alto de um morro em Joanópolis (SP) para avistar a represa Jaguari. Vários braços estão secos -no lugar de terra rachada ou capim, já crescem arbustos no leito do reservatório. A junção do Jaguari com o Piracicaba termina numa laje de pedra. Com o nível baixo da água, ela avança para o meio do rio, onde dois pescadores se instalam em cadeiras de plástico.
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Osorio critica gramado do Palmeiras e lamenta saída de jogadores  
O técnico do São Paulo, Juan Carlos Osorio, criticou o gramado da Allianz Arena, palco do clássico deste domingo (28) contra o Palmeiras.   O treinador elogiou a estrutura do estádio, mas disse que, pelo que ele viu no amistoso entre Brasil e México, o gramado deixava a desejar.   "Parece que o estádio é ótimo, mas a grama não. Pelo que eu vi no jogo contra o México, não estava em ótima condição. Mas não é uma desculpa, o gramado é igual para os dois times e os jogadores técnicos dele também sofrerão", afirmou.   O gramado já foi criticado pelo técnico Dunga após o amistoso e por Alexandre Mattos, superintendente de futebol do próprio Palmeiras.   O treinador ainda lamentou nesta sexta-feira (26) as recentes saídas dos zagueiros Paulo Miranda e Rodrigo Caio e do volante Denilson e afirmou que, por isso, o time já não é tão forte quanto antes.   "É muito difícil para qualquer clube repôr a ausência de três jogadores. Estamos trabalhando para fazê-lo, mas o time hoje já não é tão forte quanto há  duas semanas", disse o treinador.   O técnico colombiano afirmou que não sabia que a situação financeira do São Paulo era tão difícil e pediu à diretoria do clube para que não acontecesse mais uma saída em massa.   E o primeiro nome que Osorio quer manter é o zagueiro Dória, cujo empréstimo termina no próximo dia 30.   "Tenho a expectativa de mantê-lo conosco. Pedi à diretoria para fazermos um esfoço grande", disse o técnico, que na próxima semana aguarda a reapresentação do zagueiro Lucão, que disputou o Mundial sub-20 com a seleção brasileira.
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Osorio critica gramado do Palmeiras e lamenta saída de jogadores  O técnico do São Paulo, Juan Carlos Osorio, criticou o gramado da Allianz Arena, palco do clássico deste domingo (28) contra o Palmeiras.   O treinador elogiou a estrutura do estádio, mas disse que, pelo que ele viu no amistoso entre Brasil e México, o gramado deixava a desejar.   "Parece que o estádio é ótimo, mas a grama não. Pelo que eu vi no jogo contra o México, não estava em ótima condição. Mas não é uma desculpa, o gramado é igual para os dois times e os jogadores técnicos dele também sofrerão", afirmou.   O gramado já foi criticado pelo técnico Dunga após o amistoso e por Alexandre Mattos, superintendente de futebol do próprio Palmeiras.   O treinador ainda lamentou nesta sexta-feira (26) as recentes saídas dos zagueiros Paulo Miranda e Rodrigo Caio e do volante Denilson e afirmou que, por isso, o time já não é tão forte quanto antes.   "É muito difícil para qualquer clube repôr a ausência de três jogadores. Estamos trabalhando para fazê-lo, mas o time hoje já não é tão forte quanto há  duas semanas", disse o treinador.   O técnico colombiano afirmou que não sabia que a situação financeira do São Paulo era tão difícil e pediu à diretoria do clube para que não acontecesse mais uma saída em massa.   E o primeiro nome que Osorio quer manter é o zagueiro Dória, cujo empréstimo termina no próximo dia 30.   "Tenho a expectativa de mantê-lo conosco. Pedi à diretoria para fazermos um esfoço grande", disse o técnico, que na próxima semana aguarda a reapresentação do zagueiro Lucão, que disputou o Mundial sub-20 com a seleção brasileira.
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Renan segue calendário de votação da PEC do Teto
Após confirmada a permanência de Renan Calheiros (PMDB-AL) no comando do Senado, foi cumprida nesta quinta-feira (8) mais uma etapa regimental para garantir a votação final, em segundo turno, na próxima terça (13), da PEC do teto de gastos, uma das prioridades legislativas do governo de Michel Temer em 2016. As incertezas do início desta semana, com o afastamento temporário de Renan da Presidência do Senado, colocaram dúvidas também sobre a manutenção do calendário de votação da PEC. Com a decisão da maioria do STF (Supremo Tribunal Federal), na noite de quarta (7), de manter o peemedebista no comando da Casa, houve um rearranjo na fase de tramitação da proposta. Pelo regimento, entre os primeiro e segundo turno, devem ocorrer três sessão de discussão. Elas estavam previstas para ocorrer entre terça (6) e esta quinta (8). Foram remarcadas para quinta, sexta (9) e segunda (10). Com pressa de "recuperar o tempo perdido", em suas próprias palavras, Renan fez algo incomum no Senado. Para cumprir todos os prazos ainda nesta quinta, o senador abriu e fechou sessões de forma que as três necessárias para deixar a PEC pronta para votar, de acordo com o regimento, já fossem todas realizadas. Assim, a previsão na Casa é que só haja novamente trabalhos no plenário na próxima terça (13), 10h. A ideia é iniciar, de imediato, a apreciação da proposta. Nesta manhã, Renan abriu os trabalhos com esse assunto. Foi questionado pela oposição, que tenta adiar a votação da proposta, em uma série de questões regimentais. Negou todos os argumentos apresentados, como o fato de ter convocado discussões da PEC em sessões extraordinárias. No fim das contas, sob protestos de petistas, passou para o item seguinte da pauta, sem deixar que o mérito da PEC entrasse em discussão, como prevê o regimento da Casa. Os debates ficaram para o restante do dia. Pec dos gastos DISCUSSÕES Renan acabou alvo de acusações. "É que Vossa Excelência está muito apressado de entregar. Ontem [quarta-feira], com a decisão do Supremo, tem que entregar a mercadoria agora. A mercadoria é a PEC 55, rasgando o regimento", afirmou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que não concordou com o resultado do julgamento do STF na quarta. "A mercadoria Vossa Excelência já entregou quando fez uma aliança tácita com o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO)", respondeu Renan. Para Caiado, o presidente do Senado referiu-se à defesa tanto por parte do senador do DEM, como de Lindbergh, do cumprimento da decisão do STF de afastar Renan na Presidência. Os dois senadores foram uns dos poucos que se manifestaram publicamente nesse sentido nos últimos dias. Senadores da base do governo Temer lembraram que, apesar das reclamações da oposição, houve um acordo de lideranças que já previa a votação do segundo turno da PEC no próximo dia 13.
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Renan segue calendário de votação da PEC do TetoApós confirmada a permanência de Renan Calheiros (PMDB-AL) no comando do Senado, foi cumprida nesta quinta-feira (8) mais uma etapa regimental para garantir a votação final, em segundo turno, na próxima terça (13), da PEC do teto de gastos, uma das prioridades legislativas do governo de Michel Temer em 2016. As incertezas do início desta semana, com o afastamento temporário de Renan da Presidência do Senado, colocaram dúvidas também sobre a manutenção do calendário de votação da PEC. Com a decisão da maioria do STF (Supremo Tribunal Federal), na noite de quarta (7), de manter o peemedebista no comando da Casa, houve um rearranjo na fase de tramitação da proposta. Pelo regimento, entre os primeiro e segundo turno, devem ocorrer três sessão de discussão. Elas estavam previstas para ocorrer entre terça (6) e esta quinta (8). Foram remarcadas para quinta, sexta (9) e segunda (10). Com pressa de "recuperar o tempo perdido", em suas próprias palavras, Renan fez algo incomum no Senado. Para cumprir todos os prazos ainda nesta quinta, o senador abriu e fechou sessões de forma que as três necessárias para deixar a PEC pronta para votar, de acordo com o regimento, já fossem todas realizadas. Assim, a previsão na Casa é que só haja novamente trabalhos no plenário na próxima terça (13), 10h. A ideia é iniciar, de imediato, a apreciação da proposta. Nesta manhã, Renan abriu os trabalhos com esse assunto. Foi questionado pela oposição, que tenta adiar a votação da proposta, em uma série de questões regimentais. Negou todos os argumentos apresentados, como o fato de ter convocado discussões da PEC em sessões extraordinárias. No fim das contas, sob protestos de petistas, passou para o item seguinte da pauta, sem deixar que o mérito da PEC entrasse em discussão, como prevê o regimento da Casa. Os debates ficaram para o restante do dia. Pec dos gastos DISCUSSÕES Renan acabou alvo de acusações. "É que Vossa Excelência está muito apressado de entregar. Ontem [quarta-feira], com a decisão do Supremo, tem que entregar a mercadoria agora. A mercadoria é a PEC 55, rasgando o regimento", afirmou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que não concordou com o resultado do julgamento do STF na quarta. "A mercadoria Vossa Excelência já entregou quando fez uma aliança tácita com o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO)", respondeu Renan. Para Caiado, o presidente do Senado referiu-se à defesa tanto por parte do senador do DEM, como de Lindbergh, do cumprimento da decisão do STF de afastar Renan na Presidência. Os dois senadores foram uns dos poucos que se manifestaram publicamente nesse sentido nos últimos dias. Senadores da base do governo Temer lembraram que, apesar das reclamações da oposição, houve um acordo de lideranças que já previa a votação do segundo turno da PEC no próximo dia 13.
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Doença rara e progressiva faz homem repensar a morte
Há pouco mais de cinco anos, quando o ítalo-brasileiro Michele Lebani, 80, caminhava em um parque, surgiu a falta de ar. Segundo o primeiro médico que visitou, não era nada sério. O problema era que a ausência do ar não passava. De certo modo, até hoje não passou. Lebani nasceu na bela Costa Amalfitana, na região de Salerno, na Itália. Em 1952, aos 15 anos, veio com a família para o Brasil. Ano passado ele completou 50 anos de casado com sua mulher, Neide, mas as comemorações foram suspensas por causa de uma nova companheira que deve estar presente por toda a vida. Ele tem uma doença conhecida como fibrose pulmonar idiopática. Trata-se de uma condição em que a parte do pulmão responsável por fazer as trocas gasosas entre sangue e o ar inspirado acaba sendo reduzida, ao ser substituída por um tecido fibroso, como se fosse uma cicatriz, inerte e sem função. "Idiopática" porque não se sabe a origem da doença. "E quando é assim, é o pior prognóstico", diz o pneumologista Carlos Pereira, da Universidade Federal de São Paulo, que atende Lebani. "Após o diagnóstico, a expectativa de vida é de três a quatro anos". O tempo é curto também porque o diagnóstico definitivo demora a acontecer. No caso de Lebani foram quase dois anos. Em 70% dos casos dá pra bater o martelo só com a exames de imagem (radiografia e tomografia). Nos demais, só com uma biópsia. A chave para o diagnóstico, afirma o médico, é o som produzido pelos "estertores em velcro", no jargão da área, uma assinatura da doença. Segundo ele, 90% dos casos podem ser identificados dessa maneira. Ele avalia que muitos médicos generalistas e até especialistas não sabem identificar corretamente a fibrose pulmonar idiopática. Existem alguns possíveis gatilhos para a doença: quem fuma tem maior risco, assim como quem tem refluxo gastroesofágico (a entrada do material gástrico nas vias aéreas pode desencadear o processo). Também há o risco de infecções virais iniciarem o problema, afirma Pereira. Os sintomas aparecem de repente e são facilmente confundidos com outras doenças pulmonares (como tuberculose) e com doenças cardíacas. Além da falta de ar progressiva, podem surgir tosse e irritação nas vias aéreas. Após chegar ao Brasil, Lebani trabalhou em um depósito de material para construção, em serralheria e como metalúrgico. Depois virou empresário, atuando na área de loteamentos e construção civil. Ele foi fisicamente ativo por toda a vida e não esperava que uma doença assim pudesse acometê-lo. O empresário já tinha tido uma experiência marcante em relação à sua saúde, quando teve de tirar o que parecia ser o começo de um câncer na garganta. A remoção do tumor levou junto um pedaço de uma prega vocal, deixando sua voz rouca. Desafiou a sorte também outras vezes: uma vez foi atropelado por um caminhão, outra por um ônibus e em três ocasiões foi ameaçado com armas de fogo em tentativas de roubo, relata à reportagem. "Após o diagnóstico da fibrose pulmonar, não me apavorei. Tentei pensar da mesma forma de quando fui operar a garganta: ainda bem que descobri a tempo", diz. Com a doença, a capacidade pulmonar, ou seja, a quantidade de ar que cabe no órgão, é reduzida. No caso de Lebani, essa capacidade está atualmente em 50% -o suficiente para as atividades diárias dentro de casa, para dirigir e para trabalhar em seu escritório, no centro de São Paulo. "Quando tenho algo para fazer, eu nem penso na doença. É como se ela não existisse". Em um futuro não muito distante, pode ser que Lebani tenha de utilizar cilindros de oxigênio para garantir que o organismo receba a quantidade adequada do gás. "O melhor dos cenários é a não progressão -não há recuperação da função perdida", afirma o pneumologista. "Prefiro pensar na vida como um tanque de gasolina. Na largada alguns têm combustível para viver 100 anos, outros têm 50 e outros menos ainda. O que interessa é você viver bem com tudo que o seu tanque te permite", diz Lebani. "Quando chega a hora, você não escapa, então não adianta se preocupar com o que vai acontecer. Se todos soubessem a hora que vão morrer, ficariam malucos." "Se eu tiver que usar um balão de oxigênio, fazer o quê? Eu uso. Mas talvez eu não tenha motivação para sair de casa." Ele foi à Espanha e viu a seleção italiana ganhar a Copa do Mundo de 1982 e viajou para várias cidades europeias, mas hoje conta ter perdido a vontade de viajar. "Não quero conhecer mais nada. Acho que só a Sicília, na Itália". A doença, progressiva, parou de evoluir em Lebani, após uso de um novo remédio à base de esilato de nintedanibe (vendido com o nome de Ofev, da farmacêutica alemã Boehringer Ingelheim). A droga atua inibindo a proliferação e movimento dos fibroblastos, células que, ao se alojarem no pulmão causam a fibrose. Estima-se que no Brasil mais de 15 mil pessoas sofram com a doença, a grande maioria ainda não diagnosticada. "O que as sociedades médicas e associações de pacientes querem é a incorporação do medicamento na lista de medicamentos de alto custo do SUS", diz Pereira. A um custo que pode superar R$ 13 mil ao mês, a judicialização para o acesso à droga, como costuma acontecer com novas drogas lançadas, é o principal recurso dos pacientes que querem ter essa possibilidade.
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Doença rara e progressiva faz homem repensar a morteHá pouco mais de cinco anos, quando o ítalo-brasileiro Michele Lebani, 80, caminhava em um parque, surgiu a falta de ar. Segundo o primeiro médico que visitou, não era nada sério. O problema era que a ausência do ar não passava. De certo modo, até hoje não passou. Lebani nasceu na bela Costa Amalfitana, na região de Salerno, na Itália. Em 1952, aos 15 anos, veio com a família para o Brasil. Ano passado ele completou 50 anos de casado com sua mulher, Neide, mas as comemorações foram suspensas por causa de uma nova companheira que deve estar presente por toda a vida. Ele tem uma doença conhecida como fibrose pulmonar idiopática. Trata-se de uma condição em que a parte do pulmão responsável por fazer as trocas gasosas entre sangue e o ar inspirado acaba sendo reduzida, ao ser substituída por um tecido fibroso, como se fosse uma cicatriz, inerte e sem função. "Idiopática" porque não se sabe a origem da doença. "E quando é assim, é o pior prognóstico", diz o pneumologista Carlos Pereira, da Universidade Federal de São Paulo, que atende Lebani. "Após o diagnóstico, a expectativa de vida é de três a quatro anos". O tempo é curto também porque o diagnóstico definitivo demora a acontecer. No caso de Lebani foram quase dois anos. Em 70% dos casos dá pra bater o martelo só com a exames de imagem (radiografia e tomografia). Nos demais, só com uma biópsia. A chave para o diagnóstico, afirma o médico, é o som produzido pelos "estertores em velcro", no jargão da área, uma assinatura da doença. Segundo ele, 90% dos casos podem ser identificados dessa maneira. Ele avalia que muitos médicos generalistas e até especialistas não sabem identificar corretamente a fibrose pulmonar idiopática. Existem alguns possíveis gatilhos para a doença: quem fuma tem maior risco, assim como quem tem refluxo gastroesofágico (a entrada do material gástrico nas vias aéreas pode desencadear o processo). Também há o risco de infecções virais iniciarem o problema, afirma Pereira. Os sintomas aparecem de repente e são facilmente confundidos com outras doenças pulmonares (como tuberculose) e com doenças cardíacas. Além da falta de ar progressiva, podem surgir tosse e irritação nas vias aéreas. Após chegar ao Brasil, Lebani trabalhou em um depósito de material para construção, em serralheria e como metalúrgico. Depois virou empresário, atuando na área de loteamentos e construção civil. Ele foi fisicamente ativo por toda a vida e não esperava que uma doença assim pudesse acometê-lo. O empresário já tinha tido uma experiência marcante em relação à sua saúde, quando teve de tirar o que parecia ser o começo de um câncer na garganta. A remoção do tumor levou junto um pedaço de uma prega vocal, deixando sua voz rouca. Desafiou a sorte também outras vezes: uma vez foi atropelado por um caminhão, outra por um ônibus e em três ocasiões foi ameaçado com armas de fogo em tentativas de roubo, relata à reportagem. "Após o diagnóstico da fibrose pulmonar, não me apavorei. Tentei pensar da mesma forma de quando fui operar a garganta: ainda bem que descobri a tempo", diz. Com a doença, a capacidade pulmonar, ou seja, a quantidade de ar que cabe no órgão, é reduzida. No caso de Lebani, essa capacidade está atualmente em 50% -o suficiente para as atividades diárias dentro de casa, para dirigir e para trabalhar em seu escritório, no centro de São Paulo. "Quando tenho algo para fazer, eu nem penso na doença. É como se ela não existisse". Em um futuro não muito distante, pode ser que Lebani tenha de utilizar cilindros de oxigênio para garantir que o organismo receba a quantidade adequada do gás. "O melhor dos cenários é a não progressão -não há recuperação da função perdida", afirma o pneumologista. "Prefiro pensar na vida como um tanque de gasolina. Na largada alguns têm combustível para viver 100 anos, outros têm 50 e outros menos ainda. O que interessa é você viver bem com tudo que o seu tanque te permite", diz Lebani. "Quando chega a hora, você não escapa, então não adianta se preocupar com o que vai acontecer. Se todos soubessem a hora que vão morrer, ficariam malucos." "Se eu tiver que usar um balão de oxigênio, fazer o quê? Eu uso. Mas talvez eu não tenha motivação para sair de casa." Ele foi à Espanha e viu a seleção italiana ganhar a Copa do Mundo de 1982 e viajou para várias cidades europeias, mas hoje conta ter perdido a vontade de viajar. "Não quero conhecer mais nada. Acho que só a Sicília, na Itália". A doença, progressiva, parou de evoluir em Lebani, após uso de um novo remédio à base de esilato de nintedanibe (vendido com o nome de Ofev, da farmacêutica alemã Boehringer Ingelheim). A droga atua inibindo a proliferação e movimento dos fibroblastos, células que, ao se alojarem no pulmão causam a fibrose. Estima-se que no Brasil mais de 15 mil pessoas sofram com a doença, a grande maioria ainda não diagnosticada. "O que as sociedades médicas e associações de pacientes querem é a incorporação do medicamento na lista de medicamentos de alto custo do SUS", diz Pereira. A um custo que pode superar R$ 13 mil ao mês, a judicialização para o acesso à droga, como costuma acontecer com novas drogas lançadas, é o principal recurso dos pacientes que querem ter essa possibilidade.
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Globo compra direito de transmissão dos Jogos Olímpicos no Brasil até 2032
O COI (Comitê Olímpico Internacional) anunciou nesta quinta-feira (10) que o Grupo Globo adquiriu os direitos de transmissão no Brasil e em todas as plataformas para os Jogos Olímpicos até 2032 foram concedidos ao Grupo Globo. O acordo incluiu transmissão em TV aberta (licença não exclusiva) e por assinatura, internet e telefone celular (em regime de exclusividade). "Este acordo de longo prazo com nosso parceiro Grupo Globo demonstra a confiança que temos neles como a maior organização de mídia do Brasil. É também uma expressão de nossa confiança no Brasil e no povo brasileiro. Em breve, o Rio de Janeiro vai receber o mundo como o anfitrião dos primeiros Jogos Olímpicos realizados na América do Sul. Será um momento histórico, unindo a população do Brasil e do mundo em uma celebração dos valores olímpicos e as conquistas dos atletas. Além de transmitir os Jogos Olímpicos até 2032, o Grupo Globo se comprometeu em promover durante todo o ano o esporte e os valores olímpicos, o que contribuirá para assegurar um legado positivo a longo prazo dos Jogos Olímpicos do próximo ano", disse o presidente do COI, Thomas Bach. "Estamos muito orgulhosos de ser encarregados de transmitir os Jogos Olímpicos, maior acontecimento esportivo do mundo, até 2032. Nosso relacionamento com o COI e com o Movimento Olímpico vem de muitos anos e a renovação deste acordo de longo prazo mostra a crença que o Grupo Globo tem no país, no espírito olímpico e no futuro. Por meio da Agenda Olímpica de 2020, o COI estabeleceu uma visão estratégica clara para o desenvolvimento do esporte e para a promoção dos valores olímpicos no mundo todo. Temos toda a confiança no futuro brilhante do Movimento Olímpico", disse por meio de assessoria de imprensa Roberto Irineu Marinho, presidente do Grupo Globo. O acordo abrange os Jogos Olímpicos de Inverno em Pyeongchang, na Coreia do Sul, em 2018, os Jogos de Tóquio, no Japão, em 2020, os Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim, na China, no 2022, assim como todos os Jogos Olímpicos até 2032. A Globo se torna o segundo grupo de comunicação com a parceria com o COI até 2032, na sequência do acordo da norte-americana NBCU para direitos de transmissão nos EUA, que foi anunciado em maio de 2014. COI e Globo não divulgaram os valores do acordo válido para o Brasil. Já o contrato norte-americano foi no valor de US$ 7,6 bilhões (também válido para todas as plataformas de mídia). O acordo de 2014 a 2032 com a NBCU ainda contempla um bônus de US$ 100 milhões a ser utilizado para a promoção do Movimento Olímpico e seus valores entre 2015 e 2020. A venda dos direitos de transmissão são a maior fonte de arrecadação do COI, comparável apenas com o programa de patrocinadores da entidade. Pelos direitos da Olimpíada de Atenas, em 2004, por exemplo, a Globo pagou cerca de US$ 5 milhões. Já os Jogos de Pequim-2008 custaram em torno de US$ 15 milhões. Em Londres-2012, a transmissão para o Brasil foi da Rede Record, que ficou com a exclusividade do evento na TV aberta por US$ 60 milhões. Os Jogos Rio-2016 custaram cerca de US$ 200 milhões às emissoras brasileiras Globo, Record e Band –que vão transmitir o megaevento no ano que vem.
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Globo compra direito de transmissão dos Jogos Olímpicos no Brasil até 2032O COI (Comitê Olímpico Internacional) anunciou nesta quinta-feira (10) que o Grupo Globo adquiriu os direitos de transmissão no Brasil e em todas as plataformas para os Jogos Olímpicos até 2032 foram concedidos ao Grupo Globo. O acordo incluiu transmissão em TV aberta (licença não exclusiva) e por assinatura, internet e telefone celular (em regime de exclusividade). "Este acordo de longo prazo com nosso parceiro Grupo Globo demonstra a confiança que temos neles como a maior organização de mídia do Brasil. É também uma expressão de nossa confiança no Brasil e no povo brasileiro. Em breve, o Rio de Janeiro vai receber o mundo como o anfitrião dos primeiros Jogos Olímpicos realizados na América do Sul. Será um momento histórico, unindo a população do Brasil e do mundo em uma celebração dos valores olímpicos e as conquistas dos atletas. Além de transmitir os Jogos Olímpicos até 2032, o Grupo Globo se comprometeu em promover durante todo o ano o esporte e os valores olímpicos, o que contribuirá para assegurar um legado positivo a longo prazo dos Jogos Olímpicos do próximo ano", disse o presidente do COI, Thomas Bach. "Estamos muito orgulhosos de ser encarregados de transmitir os Jogos Olímpicos, maior acontecimento esportivo do mundo, até 2032. Nosso relacionamento com o COI e com o Movimento Olímpico vem de muitos anos e a renovação deste acordo de longo prazo mostra a crença que o Grupo Globo tem no país, no espírito olímpico e no futuro. Por meio da Agenda Olímpica de 2020, o COI estabeleceu uma visão estratégica clara para o desenvolvimento do esporte e para a promoção dos valores olímpicos no mundo todo. Temos toda a confiança no futuro brilhante do Movimento Olímpico", disse por meio de assessoria de imprensa Roberto Irineu Marinho, presidente do Grupo Globo. O acordo abrange os Jogos Olímpicos de Inverno em Pyeongchang, na Coreia do Sul, em 2018, os Jogos de Tóquio, no Japão, em 2020, os Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim, na China, no 2022, assim como todos os Jogos Olímpicos até 2032. A Globo se torna o segundo grupo de comunicação com a parceria com o COI até 2032, na sequência do acordo da norte-americana NBCU para direitos de transmissão nos EUA, que foi anunciado em maio de 2014. COI e Globo não divulgaram os valores do acordo válido para o Brasil. Já o contrato norte-americano foi no valor de US$ 7,6 bilhões (também válido para todas as plataformas de mídia). O acordo de 2014 a 2032 com a NBCU ainda contempla um bônus de US$ 100 milhões a ser utilizado para a promoção do Movimento Olímpico e seus valores entre 2015 e 2020. A venda dos direitos de transmissão são a maior fonte de arrecadação do COI, comparável apenas com o programa de patrocinadores da entidade. Pelos direitos da Olimpíada de Atenas, em 2004, por exemplo, a Globo pagou cerca de US$ 5 milhões. Já os Jogos de Pequim-2008 custaram em torno de US$ 15 milhões. Em Londres-2012, a transmissão para o Brasil foi da Rede Record, que ficou com a exclusividade do evento na TV aberta por US$ 60 milhões. Os Jogos Rio-2016 custaram cerca de US$ 200 milhões às emissoras brasileiras Globo, Record e Band –que vão transmitir o megaevento no ano que vem.
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Corintianos presos no Rio contam em carta medo de guerra entre facções
Corintianos presos no Rio de Janeiro há mais de 80 dias sem julgamento enviaram uma carta a colegas da torcida organizada da qual fazem parte relatando medo da guerra entre facções criminosas que dominam o Complexo Penitenciário de Bangu, onde estão presos. Eles pedem ajuda para conseguir transferência de presídio. A carta, escrita a mão e datada de 10 de janeiro de 2017, foi entregue a familiares dos presos durante visita recente. "Estamos vivendo dentro desse inferno chamado Bangu 10", começa a mensagem, que depois fala da transferência de 600 detentos que seriam da facção criminosa ADA (Amigos dos Amigos) para a unidade onde estão os corintianos. "Depois que os cara tomou a cadeia estamos vivendo no nosso limite, sem direito a água pão e rango. Parça, a cadeia tá tensa e mais dia menos dia a cadeia vai virar e nós estamos no meio do fogo cruzado, no meio de duas facções correndo risco de vida", afirmam na carta. Segundo o presidente da torcida organizada da qual os autores da carta fazem parte, e que pediu para não ser identificado até ter a autorização da família dos detentos, os advogados do grupo já foram informados da situação e pediriam providências ao governo do Rio de Janeiro. A mensagem é assinada por quatro integrantes de uma torcida organizada corintiana e endereçada ao presidente da torcida. Junto com eles, outros corintianos de outras organizadas e independentes seguem presos indefinidamente. Veja vídeo Eles estão presos preventivamente desde uma briga nas arquibancadas do Maracanã em partida do time paulista contra o Flamengo, em 23 de outubro do ano passado. Na ocasião, a PM carioca mandou as mulheres e crianças saírem, após o jogo, e manteve detidos na arquibancada 3.000 corintianos para identificação. Ao todo, 31 deles foram presos. No grupo, estão alguns que comprovadamente não estavam na confusão. Câmeras de segurança mostram eles em outros pontos da arquibancada na hora da briga ou mesmo fora do estádio, mas seguem presos. No dia seguinte, a Justiça transformou a prisão em flagrante dos torcedores em preventiva. Na decisão da juíza Marcela Caram, constavam imagens de TV de apenas quatro dos 31 presos. Os outros foram reconhecidos por quatro policiais. Desde então, dois deles haviam conseguido habeas corpus e um menor foi solto pela Vara da Infância e da Juventude, ao constatar que ele não participou da briga. Em meados de dezembro, mais um corintiano foi solto. A denúncia do Ministério Público contra os torcedores é de tumulto em eventos esportivos, lesão corporal, dano ao patrimônio público, resistência, corrupção de menor e associação criminosa. Se condenados, as penas podem chegar a 21 anos de prisão. A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro ainda não se manifestou sobre o alegado risco à vida dos torcedores e o pedido de transferência deles. VEJA A CARTA ENVIADA PELOS CORINTIANOS NA ÍNTEGRA: Rio de Janeiro 10 de janeiro de 2017 Salve XXX venho por meio desta carta passar o que realmente estamos vivendo dentro desse inferno chamado Bangu 10. Irmão a fita é o seguinte, não sei se você ouviu falar sobre a transferência de 600 presos do A.D.A. pra cá o que acontece é o seguinte, depois que os caras tomou a cadeia estamos vivendo no nosso limite, sem direito a água, pão e rango. Parça a cadeia tá tensa mais dia menos dia a cadeia vai virar e nóis estamos aki no meio do fogo cruzado no meio de 2 facções correndo risco de vida. Por isso estamos te passando essa visão pra que você corra aí fora por nois como nois daria nossa vida pela torcida. Queremos que você faça essas ideia espandir caia no ouvido de quem for possível pra que tire ou transfira nois daki o mais rápido possível. Irmão comova todos, parceiro nosso e lute por nois! Esse é nosso pedido de coração. Forte abraço! Contamos com vocês! Como sempre lutamos pela torcida hoje estamos precisando que a torcida lutem por nois... Obrigado XXX fé em Deus...
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Corintianos presos no Rio contam em carta medo de guerra entre facçõesCorintianos presos no Rio de Janeiro há mais de 80 dias sem julgamento enviaram uma carta a colegas da torcida organizada da qual fazem parte relatando medo da guerra entre facções criminosas que dominam o Complexo Penitenciário de Bangu, onde estão presos. Eles pedem ajuda para conseguir transferência de presídio. A carta, escrita a mão e datada de 10 de janeiro de 2017, foi entregue a familiares dos presos durante visita recente. "Estamos vivendo dentro desse inferno chamado Bangu 10", começa a mensagem, que depois fala da transferência de 600 detentos que seriam da facção criminosa ADA (Amigos dos Amigos) para a unidade onde estão os corintianos. "Depois que os cara tomou a cadeia estamos vivendo no nosso limite, sem direito a água pão e rango. Parça, a cadeia tá tensa e mais dia menos dia a cadeia vai virar e nós estamos no meio do fogo cruzado, no meio de duas facções correndo risco de vida", afirmam na carta. Segundo o presidente da torcida organizada da qual os autores da carta fazem parte, e que pediu para não ser identificado até ter a autorização da família dos detentos, os advogados do grupo já foram informados da situação e pediriam providências ao governo do Rio de Janeiro. A mensagem é assinada por quatro integrantes de uma torcida organizada corintiana e endereçada ao presidente da torcida. Junto com eles, outros corintianos de outras organizadas e independentes seguem presos indefinidamente. Veja vídeo Eles estão presos preventivamente desde uma briga nas arquibancadas do Maracanã em partida do time paulista contra o Flamengo, em 23 de outubro do ano passado. Na ocasião, a PM carioca mandou as mulheres e crianças saírem, após o jogo, e manteve detidos na arquibancada 3.000 corintianos para identificação. Ao todo, 31 deles foram presos. No grupo, estão alguns que comprovadamente não estavam na confusão. Câmeras de segurança mostram eles em outros pontos da arquibancada na hora da briga ou mesmo fora do estádio, mas seguem presos. No dia seguinte, a Justiça transformou a prisão em flagrante dos torcedores em preventiva. Na decisão da juíza Marcela Caram, constavam imagens de TV de apenas quatro dos 31 presos. Os outros foram reconhecidos por quatro policiais. Desde então, dois deles haviam conseguido habeas corpus e um menor foi solto pela Vara da Infância e da Juventude, ao constatar que ele não participou da briga. Em meados de dezembro, mais um corintiano foi solto. A denúncia do Ministério Público contra os torcedores é de tumulto em eventos esportivos, lesão corporal, dano ao patrimônio público, resistência, corrupção de menor e associação criminosa. Se condenados, as penas podem chegar a 21 anos de prisão. A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro ainda não se manifestou sobre o alegado risco à vida dos torcedores e o pedido de transferência deles. VEJA A CARTA ENVIADA PELOS CORINTIANOS NA ÍNTEGRA: Rio de Janeiro 10 de janeiro de 2017 Salve XXX venho por meio desta carta passar o que realmente estamos vivendo dentro desse inferno chamado Bangu 10. Irmão a fita é o seguinte, não sei se você ouviu falar sobre a transferência de 600 presos do A.D.A. pra cá o que acontece é o seguinte, depois que os caras tomou a cadeia estamos vivendo no nosso limite, sem direito a água, pão e rango. Parça a cadeia tá tensa mais dia menos dia a cadeia vai virar e nóis estamos aki no meio do fogo cruzado no meio de 2 facções correndo risco de vida. Por isso estamos te passando essa visão pra que você corra aí fora por nois como nois daria nossa vida pela torcida. Queremos que você faça essas ideia espandir caia no ouvido de quem for possível pra que tire ou transfira nois daki o mais rápido possível. Irmão comova todos, parceiro nosso e lute por nois! Esse é nosso pedido de coração. Forte abraço! Contamos com vocês! Como sempre lutamos pela torcida hoje estamos precisando que a torcida lutem por nois... Obrigado XXX fé em Deus...
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Obama fará discurso de despedida em 10 de janeiro
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fará um discurso de despedida do cargo no próximo dia 10. Em comunicado enviado por e-mail na segunda-feira (2), o mandatário afirmou que fará a declaração em Chicago, sua cidade de residência. "Estou apenas começando a escrever minha mensagem. Mas estou pensando nela como uma forma de dizer obrigado por essa incrível jornada, para celebrar como você mudou este país para melhor nos últimos oito anos e para oferecer algumas ideias em para onde iremos a partir daqui", diz a declaração. O evento de despedida de Obama da Casa Branca ocorrerá antes da posse do presidente eleito, Donald Trump, programada para 20 de janeiro. Desde que o republicano derrotou a presidenciável democrata, Hillary Clinton, nas eleições de 8 de novembro, a administração de Obama tem afirmado buscar uma transição tranquila de poder para seu sucessor. Muitas das promessas feitas por Trump na campanha eleitoral envolvem o desmonte do legado de Obama em áreas como saúde, comércio e imigração. A saída de Obama da Presidência marca também um momento de crise do Partido Democrata. O partido não possui maioria em nenhuma das casas do Congresso, nem uma figura pública que pareça capaz de liderar os próximos rumos da legenda. "Desde 2009, nós enfrentamos uma cota considerável de desafios e os atravessamos mais fortes", disse Obama no e-mail. "Isso porque nós nunca desistimos de uma crença que nos guia desde nossa fundação – nossa convicção de que, juntos, podemos melhorar este país para o melhor."
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Obama fará discurso de despedida em 10 de janeiroO presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fará um discurso de despedida do cargo no próximo dia 10. Em comunicado enviado por e-mail na segunda-feira (2), o mandatário afirmou que fará a declaração em Chicago, sua cidade de residência. "Estou apenas começando a escrever minha mensagem. Mas estou pensando nela como uma forma de dizer obrigado por essa incrível jornada, para celebrar como você mudou este país para melhor nos últimos oito anos e para oferecer algumas ideias em para onde iremos a partir daqui", diz a declaração. O evento de despedida de Obama da Casa Branca ocorrerá antes da posse do presidente eleito, Donald Trump, programada para 20 de janeiro. Desde que o republicano derrotou a presidenciável democrata, Hillary Clinton, nas eleições de 8 de novembro, a administração de Obama tem afirmado buscar uma transição tranquila de poder para seu sucessor. Muitas das promessas feitas por Trump na campanha eleitoral envolvem o desmonte do legado de Obama em áreas como saúde, comércio e imigração. A saída de Obama da Presidência marca também um momento de crise do Partido Democrata. O partido não possui maioria em nenhuma das casas do Congresso, nem uma figura pública que pareça capaz de liderar os próximos rumos da legenda. "Desde 2009, nós enfrentamos uma cota considerável de desafios e os atravessamos mais fortes", disse Obama no e-mail. "Isso porque nós nunca desistimos de uma crença que nos guia desde nossa fundação – nossa convicção de que, juntos, podemos melhorar este país para o melhor."
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Filha de Aidar comenta situação de seu pai no São Paulo e sugere renúncia
A filha de Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo, comentou no Twitter a crise política vivida por seu pai no clube, nesta sexta-feira (9), e pediu "paz" de volta à família. "Saindo da casa do meu pai. Eu e minha irmã tivemos uma longa conversa com ele, para entender tudo o que está acontecendo", publicou Mariana Aidar. "Só queremos a paz de volta em nossas vidas. Nem que para isso ele tenha que sair da presidência", completou. O pedido de Mariana se soma à pressão que o cartola enfrenta no São Paulo. Nesta sexta, a Folha apurou que alguns dos sócios no escritório que leva seu nome, o Aidar SBZ, conversaram com Aidar, aconselhando com mais veemência que a melhor decisão para o momento é a renúncia. Ainda nesta sexta, a namorada de Aidar, Cinira Maturana, virou pivô de mais uma confusão no clube. Em reunião com membros do Conselho Deliberativo do São Paulo, o ex-vice Ataíde Gil Guerreiro apresentou documentos que sugerem um acordo que favoreceu a empresária. Segundo Gil Guerreiro, ela teria recebido comissão referente ao contrato com a marca esportiva Under Armour. Envolvido em polêmicas, Aidar tem sido cobrado por alguns dos diversos episódios confusos do seu um ano e meio de gestão. Ele faz questão de relembrar um a um e dar explicações. Na quinta (8), Aidar avisou aos ex-presidentes do clube que continuará no cargo mesmo em meio à maior crise política da equipe tricolor. Gil Guerreiro, com quem brigou na última segunda-feira (05), organiza um movimento para o pedido de impeachment. Nesta quinta, ele enviou um e-mail ao mandatário, afirmando ter gravações em que Aidar fala sobre divisão de dinheiro em comissões de jogadores e da participação da namorada em negociações do São Paulo.
esporte
Filha de Aidar comenta situação de seu pai no São Paulo e sugere renúnciaA filha de Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo, comentou no Twitter a crise política vivida por seu pai no clube, nesta sexta-feira (9), e pediu "paz" de volta à família. "Saindo da casa do meu pai. Eu e minha irmã tivemos uma longa conversa com ele, para entender tudo o que está acontecendo", publicou Mariana Aidar. "Só queremos a paz de volta em nossas vidas. Nem que para isso ele tenha que sair da presidência", completou. O pedido de Mariana se soma à pressão que o cartola enfrenta no São Paulo. Nesta sexta, a Folha apurou que alguns dos sócios no escritório que leva seu nome, o Aidar SBZ, conversaram com Aidar, aconselhando com mais veemência que a melhor decisão para o momento é a renúncia. Ainda nesta sexta, a namorada de Aidar, Cinira Maturana, virou pivô de mais uma confusão no clube. Em reunião com membros do Conselho Deliberativo do São Paulo, o ex-vice Ataíde Gil Guerreiro apresentou documentos que sugerem um acordo que favoreceu a empresária. Segundo Gil Guerreiro, ela teria recebido comissão referente ao contrato com a marca esportiva Under Armour. Envolvido em polêmicas, Aidar tem sido cobrado por alguns dos diversos episódios confusos do seu um ano e meio de gestão. Ele faz questão de relembrar um a um e dar explicações. Na quinta (8), Aidar avisou aos ex-presidentes do clube que continuará no cargo mesmo em meio à maior crise política da equipe tricolor. Gil Guerreiro, com quem brigou na última segunda-feira (05), organiza um movimento para o pedido de impeachment. Nesta quinta, ele enviou um e-mail ao mandatário, afirmando ter gravações em que Aidar fala sobre divisão de dinheiro em comissões de jogadores e da participação da namorada em negociações do São Paulo.
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Gestão Haddad mantém sigilo de investigação já concluída
A administração Fernando Haddad (PT) mantém segredo sobre uma investigação interna da SPTrans (empresa municipal de transportes), já finalizada, mesmo após o próprio prefeito ter anunciado a revogação do sigilo dos documentos de sua gestão. Essa sindicância, a respeito da atuação de um servidor, está sob a responsabilidade do secretário petista Jilmar Tatto (Transportes). O sigilo dessa apuração e de outros dados da prefeitura, como as imagens das câmeras de rua, foram revelados por reportagem da Folha em outubro. Na ocasião, o prefeito mandou rever os vetos e retirar o poder de secretários classificarem documentos sozinhos –uma comissão passou a ser responsável pelo assunto. De acordo com nota do departamento jurídico da SPTrans, trata-se de apuração de "falta disciplinar" encerrada em julho, que resultou em demissão sem justa causa. A diretora-adjunta de assuntos jurídicos da empresa, Audrey Gabriel, afirmou em nota que não divulgará a sindicância para preservar a intimidade do ex-funcionário. "Por esta característica não é permitido, em nenhum tempo, o acesso ao material que compõe o procedimento administrativo, a menos que o funcionário envolvido conceda formalmente essa autorização", afirma o comunicado assinado pela diretora. Na interpretação dela, o documento "deixou de ter classificação de sigilosa por tempo determinado e passou à classificação de sigilosa por sua própria natureza". CONTRADIÇÃO Assim que a Folha revelou a classificação de informações sigilosas na cidade, sem se referir ao caso específico da sindicância da SPTrans, o prefeito adotou tom diferente sobre a confidencialidade de dados municipais. "Quando há uma investigação em curso não concluída, que possa colocar em risco a investigação, aí sim a secretaria tem o dever de proteger o dado, que está sendo compartilhado, em geral, com a polícia", disse. "Concluiu [a investigação], acabou [o sigilo]." A prática de manter o sigilo também contrasta com a política da gestão Haddad, que costuma divulgar resultados de investigações da CGM (Controladoria Geral do Município) que resultam na prisão e demissão de servidores municipais. Neste mês, por exemplo, a gestão divulgou na internet relatório da CGM com nome de ex-funcionário suspeito de irregularidades na contratação da empresa que realizou a Parada Gay. O servidor havia pedido exoneração. No caso da máfia do ISS, a prefeitura divulgou nomes e a situação de 13 fiscais suspeitos, as demissões dos servidores e até sequestros de bens.
cotidiano
Gestão Haddad mantém sigilo de investigação já concluídaA administração Fernando Haddad (PT) mantém segredo sobre uma investigação interna da SPTrans (empresa municipal de transportes), já finalizada, mesmo após o próprio prefeito ter anunciado a revogação do sigilo dos documentos de sua gestão. Essa sindicância, a respeito da atuação de um servidor, está sob a responsabilidade do secretário petista Jilmar Tatto (Transportes). O sigilo dessa apuração e de outros dados da prefeitura, como as imagens das câmeras de rua, foram revelados por reportagem da Folha em outubro. Na ocasião, o prefeito mandou rever os vetos e retirar o poder de secretários classificarem documentos sozinhos –uma comissão passou a ser responsável pelo assunto. De acordo com nota do departamento jurídico da SPTrans, trata-se de apuração de "falta disciplinar" encerrada em julho, que resultou em demissão sem justa causa. A diretora-adjunta de assuntos jurídicos da empresa, Audrey Gabriel, afirmou em nota que não divulgará a sindicância para preservar a intimidade do ex-funcionário. "Por esta característica não é permitido, em nenhum tempo, o acesso ao material que compõe o procedimento administrativo, a menos que o funcionário envolvido conceda formalmente essa autorização", afirma o comunicado assinado pela diretora. Na interpretação dela, o documento "deixou de ter classificação de sigilosa por tempo determinado e passou à classificação de sigilosa por sua própria natureza". CONTRADIÇÃO Assim que a Folha revelou a classificação de informações sigilosas na cidade, sem se referir ao caso específico da sindicância da SPTrans, o prefeito adotou tom diferente sobre a confidencialidade de dados municipais. "Quando há uma investigação em curso não concluída, que possa colocar em risco a investigação, aí sim a secretaria tem o dever de proteger o dado, que está sendo compartilhado, em geral, com a polícia", disse. "Concluiu [a investigação], acabou [o sigilo]." A prática de manter o sigilo também contrasta com a política da gestão Haddad, que costuma divulgar resultados de investigações da CGM (Controladoria Geral do Município) que resultam na prisão e demissão de servidores municipais. Neste mês, por exemplo, a gestão divulgou na internet relatório da CGM com nome de ex-funcionário suspeito de irregularidades na contratação da empresa que realizou a Parada Gay. O servidor havia pedido exoneração. No caso da máfia do ISS, a prefeitura divulgou nomes e a situação de 13 fiscais suspeitos, as demissões dos servidores e até sequestros de bens.
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Nos EUA, mulheres não podem envelhecer, diz atriz Catherine Deneuve
Ela é a Bela da Tarde de Luis Buñuel, a beldade reprimida de "Repulsa ao Sexo" (1965), a atriz indicada ao Oscar por "Indochina" (1992). Catherine Deneuve, 71, chama os olhares de todos. Foi assim que chegou à cobertura do hotel Majestic, em Cannes, com um atraso charmoso ("estava vendo 'Our Little Sister', de Kore-eda"), um cigarro na boca, cabelos loiros presos e óculos escuros no rosto. Talvez para afastar um fã mais afoito em busca de uma selfie com uma das mulheres mais sensuais do cinema. SELFIES "Odeio tirar selfies, sempre saio horrível, e as pessoas correm para colocar no Facebook. Por isso não temos mais estrelas de cinema", diz à Folha a atriz, em Cannes para divulgar "La Tête Haute" ("de cabeça erguida", em livre tradução), filme que abriu o festival, na quarta-feira (13). Ela detesta redes sociais. "Os atores precisam de tempo para opinar sobre alguma coisa na internet. Eu não tenho de ter uma opinião sobre tudo o que acontece." No drama de Emmanuelle Bercot, Deneuve interpreta uma juíza que se envolve no caso de um garoto delinquente (Rod Paradot) em suas diversas passagens por instituições de reabilitação. "Fiquei surpresa de terem escolhido esse longa para a abertura, porque geralmente é um espaço reservado para temas glamourosos, e nosso filme, apesar de civilizado, é sobre a realidade de um país", diz ela, pouco deslumbrada com a festa na Croisette (região da cidade onde acontece o festival). "Tapetes vermelhos são chatos. Vejo isso apenas como um trabalho." CINISMO FRANCÊS Deneuve não é fácil, mas não é amarga. Mistura cinismo francês com um cigarro Philip Morris atrás do outro, ajudando a compor o clima em meio a respostas curtas e diretas. Como quando explica por que nunca foi para Hollywood. "Não aconteceu. Não recusei uma carreira lá, mas não me ofereceram nada interessante." Ou os tropeços na trajetória: "Ninguém consegue trabalhar só em obras-primas. Não me arrependo dos meus fracassos, porque tive razões para fazê-los. Talvez as razões fossem erradas, pois nem sempre acertamos". Ela só baixa a guarda quando fala sobre a falta de bons papéis para as mulheres, principalmente em Hollywood. "Sempre foi difícil para as mulheres, mas nos Estados Unidos é bem pior, porque elas não têm permissão para envelhecer. Na Europa é um pouco diferente", aponta a atriz. "Hoje em dia, não procuro mais papéis. Leio roteiros e me interesso se for para fazer uma mulher ativa." Deneuve admite que a idade traz uma "queda da energia" nos sets de filmagens e que tentou convencer (sem sucesso) a filha, Chiara Mastroianni, fruto da relação com o galã Marcello Mastroianni, a não virar atriz. "Preferiria que ela fizesse outra coisa, porque sei como é difícil essa profissão, confessa Deneuve. "E uma mãe sempre tenta proteger a filha. Atores não são artistas completos. Somos apenas parte de um time comandado pelos diretores."
ilustrada
Nos EUA, mulheres não podem envelhecer, diz atriz Catherine DeneuveEla é a Bela da Tarde de Luis Buñuel, a beldade reprimida de "Repulsa ao Sexo" (1965), a atriz indicada ao Oscar por "Indochina" (1992). Catherine Deneuve, 71, chama os olhares de todos. Foi assim que chegou à cobertura do hotel Majestic, em Cannes, com um atraso charmoso ("estava vendo 'Our Little Sister', de Kore-eda"), um cigarro na boca, cabelos loiros presos e óculos escuros no rosto. Talvez para afastar um fã mais afoito em busca de uma selfie com uma das mulheres mais sensuais do cinema. SELFIES "Odeio tirar selfies, sempre saio horrível, e as pessoas correm para colocar no Facebook. Por isso não temos mais estrelas de cinema", diz à Folha a atriz, em Cannes para divulgar "La Tête Haute" ("de cabeça erguida", em livre tradução), filme que abriu o festival, na quarta-feira (13). Ela detesta redes sociais. "Os atores precisam de tempo para opinar sobre alguma coisa na internet. Eu não tenho de ter uma opinião sobre tudo o que acontece." No drama de Emmanuelle Bercot, Deneuve interpreta uma juíza que se envolve no caso de um garoto delinquente (Rod Paradot) em suas diversas passagens por instituições de reabilitação. "Fiquei surpresa de terem escolhido esse longa para a abertura, porque geralmente é um espaço reservado para temas glamourosos, e nosso filme, apesar de civilizado, é sobre a realidade de um país", diz ela, pouco deslumbrada com a festa na Croisette (região da cidade onde acontece o festival). "Tapetes vermelhos são chatos. Vejo isso apenas como um trabalho." CINISMO FRANCÊS Deneuve não é fácil, mas não é amarga. Mistura cinismo francês com um cigarro Philip Morris atrás do outro, ajudando a compor o clima em meio a respostas curtas e diretas. Como quando explica por que nunca foi para Hollywood. "Não aconteceu. Não recusei uma carreira lá, mas não me ofereceram nada interessante." Ou os tropeços na trajetória: "Ninguém consegue trabalhar só em obras-primas. Não me arrependo dos meus fracassos, porque tive razões para fazê-los. Talvez as razões fossem erradas, pois nem sempre acertamos". Ela só baixa a guarda quando fala sobre a falta de bons papéis para as mulheres, principalmente em Hollywood. "Sempre foi difícil para as mulheres, mas nos Estados Unidos é bem pior, porque elas não têm permissão para envelhecer. Na Europa é um pouco diferente", aponta a atriz. "Hoje em dia, não procuro mais papéis. Leio roteiros e me interesso se for para fazer uma mulher ativa." Deneuve admite que a idade traz uma "queda da energia" nos sets de filmagens e que tentou convencer (sem sucesso) a filha, Chiara Mastroianni, fruto da relação com o galã Marcello Mastroianni, a não virar atriz. "Preferiria que ela fizesse outra coisa, porque sei como é difícil essa profissão, confessa Deneuve. "E uma mãe sempre tenta proteger a filha. Atores não são artistas completos. Somos apenas parte de um time comandado pelos diretores."
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Parentes acusam México de evitar esclarecer sumiço de 43 estudantes
No início de uma caravana pelo Brasil, uma comissão de pais e um estudante da Escola Normal Rural de Ayotzinapa acusou o governo do México de não querer esclarecer o desaparecimento de 43 estudantes da instituição, em setembro de 2014. Os estudantes foram alvo de uma emboscada policial ao deixar Iguala (a 192 km da Cidade do México) depois de fazer uma atividade de arrecadação. Além dos desaparecidos, três alunos foram mortos e outros 12 ficaram feridos. Na versão oficial, os 43 alunos foram mortos pelos policiais e por traficantes do cartel Guerreros Unidos e levados a um lixão, onde foram queimados. No local, foram encontrados um osso e um dente de Alexander Mora, o único estudante que foi identificado. Em entrevista em São Paulo, Mario Cesar González, pai do estudante desaparecido Cesar González, acusou as autoridades de não terem provas concretas do paradeiro dos alunos. "Não nos dizem nada, não fazem um balanço. Primeiro dizem que o caso estava encerrado e depois reabrem." Assim como outros parentes das vítimas, ele não acredita na versão do governo e pede que sejam abertos os quartéis do Exército e da polícia, para onde, na versão dos estudantes, podem ter sido levados parte dos desaparecidos. "Querem encerrar o caso, mas ele nunca terminou de fato. Nós queremos uma solução dessa situação, que só será quando tivermos nossos companheiros de volta", afirmou o aluno Francisco Nava, que presenciou o ataque em Iguala. Nava afirma que os estudantes não receberam a ajuda de ninguém nas horas seguintes à emboscada. Depois de buscarem refúgio em um hospital, ele diz ter recebido ameaça de militares que foram à unidade de saúde. "Alguns apontaram o cano das suas armas e diziam que nós merecíamos o que recebemos, que nós éramos uns vândalos, uns delinquentes. Diziam: 'Aguentem, filhos da mãe, se são tão machos'. Respondíamos que éramos só estudantes." ESTADO DO TRÁFICO Durante a entrevista, Nava e os pais das vítimas que estavam presentes chamaram o México de "narcoestado", em referência ao envolvimento dos cartéis do tráfico de drogas com os governos locais. "Não sabemos quem são as autoridades. São eles que se dão ao luxo de matar camponeses, que se dão ao luxo de matar as pessoas que só querem reivindicar os seus direitos. É como se estivéssemos em uma ditadura", disse o estudante. Mario Cesar González e sua mulher, Hilda, disseram ter vendido alguns de seus bens e ter deixado sua casa em Tlaxcala (a 121 km da capital) para poder continuar as buscas por seu filho no Estado de Guerrero. Além das vendas de bens dos parentes das vítimas, os estudantes, que estão em greve desde o desaparecimento, também perderam a ajuda alimentar do governo estadual, de 50 pesos (R$ 10) diários para cada um dos 520 alunos. Sobre as eleições locais em Guerrero, onde movimentos que apoiam os alunos pregaram o boicote e alguns deles queimaram cédulas eleitorais na noite de segunda (1º), González disse que os pais não defendem nem criticam quem vota. "Estamos conscientes de que não somos ninguém para pedir que votem ou não, mas que tenham consciência do que está acontecendo no país." A comissão agradeceu o apoio de movimentos sociais mexicanos e de outros países para continuar a caravana, que antes de chegar ao Brasil passou por Argentina e Uruguai. No país, ela ainda deverá passar por Porto Alegre e Rio de Janeiro.
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Parentes acusam México de evitar esclarecer sumiço de 43 estudantesNo início de uma caravana pelo Brasil, uma comissão de pais e um estudante da Escola Normal Rural de Ayotzinapa acusou o governo do México de não querer esclarecer o desaparecimento de 43 estudantes da instituição, em setembro de 2014. Os estudantes foram alvo de uma emboscada policial ao deixar Iguala (a 192 km da Cidade do México) depois de fazer uma atividade de arrecadação. Além dos desaparecidos, três alunos foram mortos e outros 12 ficaram feridos. Na versão oficial, os 43 alunos foram mortos pelos policiais e por traficantes do cartel Guerreros Unidos e levados a um lixão, onde foram queimados. No local, foram encontrados um osso e um dente de Alexander Mora, o único estudante que foi identificado. Em entrevista em São Paulo, Mario Cesar González, pai do estudante desaparecido Cesar González, acusou as autoridades de não terem provas concretas do paradeiro dos alunos. "Não nos dizem nada, não fazem um balanço. Primeiro dizem que o caso estava encerrado e depois reabrem." Assim como outros parentes das vítimas, ele não acredita na versão do governo e pede que sejam abertos os quartéis do Exército e da polícia, para onde, na versão dos estudantes, podem ter sido levados parte dos desaparecidos. "Querem encerrar o caso, mas ele nunca terminou de fato. Nós queremos uma solução dessa situação, que só será quando tivermos nossos companheiros de volta", afirmou o aluno Francisco Nava, que presenciou o ataque em Iguala. Nava afirma que os estudantes não receberam a ajuda de ninguém nas horas seguintes à emboscada. Depois de buscarem refúgio em um hospital, ele diz ter recebido ameaça de militares que foram à unidade de saúde. "Alguns apontaram o cano das suas armas e diziam que nós merecíamos o que recebemos, que nós éramos uns vândalos, uns delinquentes. Diziam: 'Aguentem, filhos da mãe, se são tão machos'. Respondíamos que éramos só estudantes." ESTADO DO TRÁFICO Durante a entrevista, Nava e os pais das vítimas que estavam presentes chamaram o México de "narcoestado", em referência ao envolvimento dos cartéis do tráfico de drogas com os governos locais. "Não sabemos quem são as autoridades. São eles que se dão ao luxo de matar camponeses, que se dão ao luxo de matar as pessoas que só querem reivindicar os seus direitos. É como se estivéssemos em uma ditadura", disse o estudante. Mario Cesar González e sua mulher, Hilda, disseram ter vendido alguns de seus bens e ter deixado sua casa em Tlaxcala (a 121 km da capital) para poder continuar as buscas por seu filho no Estado de Guerrero. Além das vendas de bens dos parentes das vítimas, os estudantes, que estão em greve desde o desaparecimento, também perderam a ajuda alimentar do governo estadual, de 50 pesos (R$ 10) diários para cada um dos 520 alunos. Sobre as eleições locais em Guerrero, onde movimentos que apoiam os alunos pregaram o boicote e alguns deles queimaram cédulas eleitorais na noite de segunda (1º), González disse que os pais não defendem nem criticam quem vota. "Estamos conscientes de que não somos ninguém para pedir que votem ou não, mas que tenham consciência do que está acontecendo no país." A comissão agradeceu o apoio de movimentos sociais mexicanos e de outros países para continuar a caravana, que antes de chegar ao Brasil passou por Argentina e Uruguai. No país, ela ainda deverá passar por Porto Alegre e Rio de Janeiro.
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Após PEC dos Domésticos, ações na Justiça em SP sobem 25% em 2014
A PEC dos Domésticos, que foi aprovada em abril de 2013 pelo Senado e ainda aguarda regulamentação do Ministério do Trabalho, já causa reflexo na Justiça do Trabalho. Levantamento realizado pela Lalabee, empresa de serviços digitais para gestão de funcionários domésticos, mostra que o número ações trabalhistas ajuizadas por empregados domésticos no Estado de São Paulo cresceu 24,8% no ano passado, em comparação com 2013. Segundo o levantamento, foram protocoladas 9.928 ações em 2014 ante 7.953 registros de 2013. "É difícil confirmar se esse aumento acontece só em razão do PEC dos Domésticos, mas leva a crer que esse é o principal fator, já que neste período não houve nenhum outro fator que justificasse o crescimento", diz Marcos Machuca, presidente da Lalabee. Entre os 30 motivos identificados pelo TRT nas demandas judiciais movidas por empregados domésticos, as principais queixas são o reconhecimento de vínculo empregatício, pagamento de verbas rescisórias e pagamento de benefícios como vale-transporte e horas extras. "Esses são os principais motivos e que antes não tinham apoio da lei, por isso, acreditamos que a PEC influenciou muito", considera o executivo. De janeiro a março de 2013, último trimestre antes da aprovação da PEC que passou a assegurar mais direitos aos profissionais de serviços domésticos, foram registrados 1.844 processos em São Paulo. Desde então, trimestralmente, o número de ações se manteve superior ao início de 2013. O maior número de ações ocorreu no terceiro trimestre do ano passado (2.740) e houve uma desaceleração nos três meses seguintes: 2.601. Especialistas explicam que no último trimestre é natural a redução no número de ações por causa do recesso do Judiciário. PROCESSO NA JUSTIÇA O recurso à Justiça do Trabalho foi o meio encontrado Maria Aparecida da Silva, 59, para buscar seus direitos. Depois de trabalhar 24 anos na mesma casa, Maria Aparecida foi demitida em março do ano passado. "Fiquei doente e não podia trabalhar por um tempo. Então, falei com a minha patroa para ela contratar outra pessoa neste período e ela me disse que não queria mais empregada dentro de casa. Me demitiu e disse que eu não tinha direito a nada." Silva então ingressou com uma reclamação trabalhista para pleitear o recebimento das verbas rescisórias, terço constitucional de todas as férias e depósitos do fundo de garantia a partir de abril de 2013. Foi celebrado um acordo e ela recebeu o equivalente a seis salários.
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Após PEC dos Domésticos, ações na Justiça em SP sobem 25% em 2014A PEC dos Domésticos, que foi aprovada em abril de 2013 pelo Senado e ainda aguarda regulamentação do Ministério do Trabalho, já causa reflexo na Justiça do Trabalho. Levantamento realizado pela Lalabee, empresa de serviços digitais para gestão de funcionários domésticos, mostra que o número ações trabalhistas ajuizadas por empregados domésticos no Estado de São Paulo cresceu 24,8% no ano passado, em comparação com 2013. Segundo o levantamento, foram protocoladas 9.928 ações em 2014 ante 7.953 registros de 2013. "É difícil confirmar se esse aumento acontece só em razão do PEC dos Domésticos, mas leva a crer que esse é o principal fator, já que neste período não houve nenhum outro fator que justificasse o crescimento", diz Marcos Machuca, presidente da Lalabee. Entre os 30 motivos identificados pelo TRT nas demandas judiciais movidas por empregados domésticos, as principais queixas são o reconhecimento de vínculo empregatício, pagamento de verbas rescisórias e pagamento de benefícios como vale-transporte e horas extras. "Esses são os principais motivos e que antes não tinham apoio da lei, por isso, acreditamos que a PEC influenciou muito", considera o executivo. De janeiro a março de 2013, último trimestre antes da aprovação da PEC que passou a assegurar mais direitos aos profissionais de serviços domésticos, foram registrados 1.844 processos em São Paulo. Desde então, trimestralmente, o número de ações se manteve superior ao início de 2013. O maior número de ações ocorreu no terceiro trimestre do ano passado (2.740) e houve uma desaceleração nos três meses seguintes: 2.601. Especialistas explicam que no último trimestre é natural a redução no número de ações por causa do recesso do Judiciário. PROCESSO NA JUSTIÇA O recurso à Justiça do Trabalho foi o meio encontrado Maria Aparecida da Silva, 59, para buscar seus direitos. Depois de trabalhar 24 anos na mesma casa, Maria Aparecida foi demitida em março do ano passado. "Fiquei doente e não podia trabalhar por um tempo. Então, falei com a minha patroa para ela contratar outra pessoa neste período e ela me disse que não queria mais empregada dentro de casa. Me demitiu e disse que eu não tinha direito a nada." Silva então ingressou com uma reclamação trabalhista para pleitear o recebimento das verbas rescisórias, terço constitucional de todas as férias e depósitos do fundo de garantia a partir de abril de 2013. Foi celebrado um acordo e ela recebeu o equivalente a seis salários.
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Quedas nas vendas dos medicamentos genéricos preocupam o setor
A desaceleração do crescimento do mercado de medicamentos genéricos começa a preocupar a indústria, que registrou sua segunda retração mensal consecutiva em outubro, segundo a Progenéricos, que representa o setor. Em outubro, o faturamento com as vendas caiu 5,8% em relação a setembro, mês em que também houve queda de 2,8%, apontam dados do IMS Health. Apesar das oscilações nos resultados mensais, a receita deste ano até outubro segue 8,3% maior que no mesmo período de 2015, sem considerar a inflação no período, de 5,8%. O resultado é um reflexo da economia fragilizada, e não de um esgotamento das migrações ao setor, avalia a presidente da associação, Telma Salles. "A troca de medicamentos de referência por genéricos continua em alta, porém o mercado como um todo se retraiu." O setor chegou, em outubro, à sua maior fatia de mercado do ano: 31,5% das unidades vendidas. O vencimento de patentes na área de biossimilares é aguardado pelas empresas como um dos fatores que poderão impulsionar o mercado. O processo, no entanto, sofre com a demora por parte do INPI (instituto de propriedade intelectual), diz ela. "O órgão precisa de mais eficiência. São produtos que poderiam nos beneficiar a curto prazo, mas não temos previsão de quando isso deverá se concretizar." patente * Novos suportes A Manserv, empresa de manutenção industrial, vai investir R$ 130 milhões para entrar nos mercados de redes de telecomunicações e de energia elétrica. Do montante, a companhia já aportou R$ 50 milhões neste ano para dar início a dois projetos pilotos nas áreas -um deles, com a AES Eletropaulo, para fazer a manutenção de parte da rede aérea da Grande São Paulo. "São setores que tendem a crescer independente de crise econômica, e há muito espaço para modernização dos serviços, hoje feitos de forma pulverizada, por empresas regionais", afirma o presidente, Donizete Santos. O restante do valor será aplicado em 2017, na compra de equipamentos para acesso a regiões remotas, sistemas de monitoramento a distância e treinamento de equipe. Outra estratégia será buscar consórcios que pretendem concorrer a Parcerias Público-Privadas, para prestar serviços em grandes projetos de infraestrutura. Neste ano, a companhia prevê um crescimento de cerca de 20% em relação a 2015, quando faturou R$ 1,6 bilhão. R$ 1,3 bilhão foi a receita neste ano até setembro, alta anual de 15,3% 22 mil funcionários trabalham na empresa * Rumo ao exterior As vendas de revestimentos cerâmicos para o exterior cresceram 22% entre janeiro e outubro deste ano na comparação com 2015, aponta a Anfacer (associação do setor). Outros países compram hoje cerca de 13% da produção brasileira e ajudaram a reduzir as perdas em 2016, segundo a entidade. Empurrado pela alta do dólar no início do ano, o Grupo Fragnani, que teve queda de 6,1% na receita entre janeiro e outubro, dobrou o volume exportado em relação a 2015. "Vendemos 5,1 milhões de m² para fora, quase 15% da nossa produção, diz João Ribeiro, diretor da empresa. A Portobello teve alta de 10% nas exportações até o terceiro trimestre. A variação é menor que o previsto inicialmente. "A oscilação do câmbio atrapalhou", diz o diretor financeiro John Suzuki. nacional * Escritórios vazios O segmento de escritórios de alto padrão do Rio de Janeiro deverá ter um de seus piores anos em 2017. Entre agosto e outubro deste ano, a taxa de vacância ficou em 30,5%, mesmo nível do trimestre anterior, aponta a Cushman & Wakefield. "No ano que vem, o pico negativo deverá ser maior que 40%", diz Gustavo Garcia, gerente de pesquisa da consultoria para a América Latina. Além da baixa demanda, cerca de 247 mil m² deverão ser entregues até o fim de 2017, o equivalente a 20% do que existe na cidade. A melhora deverá ser gradual. "Um equilíbrio de mercado, com vacância perto de 15%, só ocorrerá entre 2022 e 2023, num cenário otimista." escritorios * Laranja De cem empresários brasileiros reunidos na câmara de comércio dos EUA, 71 dizem que a eleição de Trump terá impacto nos negócios. Mais pano As vendas atacadistas de tecidos tiveram alta de 7,5% em novembro em comparação a outubro, segundo o sindicato do setor. Alô criançada A Kidstok, de moda infantil, vai abrir três pontos no Rio de Janeiro em dezembro. O investimento é de R$ 15 milhões. * Hora do café com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI
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Quedas nas vendas dos medicamentos genéricos preocupam o setorA desaceleração do crescimento do mercado de medicamentos genéricos começa a preocupar a indústria, que registrou sua segunda retração mensal consecutiva em outubro, segundo a Progenéricos, que representa o setor. Em outubro, o faturamento com as vendas caiu 5,8% em relação a setembro, mês em que também houve queda de 2,8%, apontam dados do IMS Health. Apesar das oscilações nos resultados mensais, a receita deste ano até outubro segue 8,3% maior que no mesmo período de 2015, sem considerar a inflação no período, de 5,8%. O resultado é um reflexo da economia fragilizada, e não de um esgotamento das migrações ao setor, avalia a presidente da associação, Telma Salles. "A troca de medicamentos de referência por genéricos continua em alta, porém o mercado como um todo se retraiu." O setor chegou, em outubro, à sua maior fatia de mercado do ano: 31,5% das unidades vendidas. O vencimento de patentes na área de biossimilares é aguardado pelas empresas como um dos fatores que poderão impulsionar o mercado. O processo, no entanto, sofre com a demora por parte do INPI (instituto de propriedade intelectual), diz ela. "O órgão precisa de mais eficiência. São produtos que poderiam nos beneficiar a curto prazo, mas não temos previsão de quando isso deverá se concretizar." patente * Novos suportes A Manserv, empresa de manutenção industrial, vai investir R$ 130 milhões para entrar nos mercados de redes de telecomunicações e de energia elétrica. Do montante, a companhia já aportou R$ 50 milhões neste ano para dar início a dois projetos pilotos nas áreas -um deles, com a AES Eletropaulo, para fazer a manutenção de parte da rede aérea da Grande São Paulo. "São setores que tendem a crescer independente de crise econômica, e há muito espaço para modernização dos serviços, hoje feitos de forma pulverizada, por empresas regionais", afirma o presidente, Donizete Santos. O restante do valor será aplicado em 2017, na compra de equipamentos para acesso a regiões remotas, sistemas de monitoramento a distância e treinamento de equipe. Outra estratégia será buscar consórcios que pretendem concorrer a Parcerias Público-Privadas, para prestar serviços em grandes projetos de infraestrutura. Neste ano, a companhia prevê um crescimento de cerca de 20% em relação a 2015, quando faturou R$ 1,6 bilhão. R$ 1,3 bilhão foi a receita neste ano até setembro, alta anual de 15,3% 22 mil funcionários trabalham na empresa * Rumo ao exterior As vendas de revestimentos cerâmicos para o exterior cresceram 22% entre janeiro e outubro deste ano na comparação com 2015, aponta a Anfacer (associação do setor). Outros países compram hoje cerca de 13% da produção brasileira e ajudaram a reduzir as perdas em 2016, segundo a entidade. Empurrado pela alta do dólar no início do ano, o Grupo Fragnani, que teve queda de 6,1% na receita entre janeiro e outubro, dobrou o volume exportado em relação a 2015. "Vendemos 5,1 milhões de m² para fora, quase 15% da nossa produção, diz João Ribeiro, diretor da empresa. A Portobello teve alta de 10% nas exportações até o terceiro trimestre. A variação é menor que o previsto inicialmente. "A oscilação do câmbio atrapalhou", diz o diretor financeiro John Suzuki. nacional * Escritórios vazios O segmento de escritórios de alto padrão do Rio de Janeiro deverá ter um de seus piores anos em 2017. Entre agosto e outubro deste ano, a taxa de vacância ficou em 30,5%, mesmo nível do trimestre anterior, aponta a Cushman & Wakefield. "No ano que vem, o pico negativo deverá ser maior que 40%", diz Gustavo Garcia, gerente de pesquisa da consultoria para a América Latina. Além da baixa demanda, cerca de 247 mil m² deverão ser entregues até o fim de 2017, o equivalente a 20% do que existe na cidade. A melhora deverá ser gradual. "Um equilíbrio de mercado, com vacância perto de 15%, só ocorrerá entre 2022 e 2023, num cenário otimista." escritorios * Laranja De cem empresários brasileiros reunidos na câmara de comércio dos EUA, 71 dizem que a eleição de Trump terá impacto nos negócios. Mais pano As vendas atacadistas de tecidos tiveram alta de 7,5% em novembro em comparação a outubro, segundo o sindicato do setor. Alô criançada A Kidstok, de moda infantil, vai abrir três pontos no Rio de Janeiro em dezembro. O investimento é de R$ 15 milhões. * Hora do café com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI
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Maria Inês Dolci: Marco civil: cuidados na regulamentação
A PROTESTE está promovendo hoje e amanhã, em São Paulo, o Seminário Marco Civil da Internet: neutralidade e proteção de dados pessoais para contribuir na ampliação da participação na consulta pública sobre a regulamentação do marco civil. Especialmente da sociedade... Leia post completo no blog
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Maria Inês Dolci: Marco civil: cuidados na regulamentaçãoA PROTESTE está promovendo hoje e amanhã, em São Paulo, o Seminário Marco Civil da Internet: neutralidade e proteção de dados pessoais para contribuir na ampliação da participação na consulta pública sobre a regulamentação do marco civil. Especialmente da sociedade... Leia post completo no blog
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Corinthians já faz suas contas por título do Campeonato Brasileiro
Na liderança do Campeonato Brasileiro, com 43 pontos, o Corinthians tem um desafio importante na tarde deste domingo (30), fora de casa, contra a Chapecoense. Faltando 18 rodadas para o fim da competição, a diretoria do Parque São Jorge já começa a fazer contas do que o time precisa fazer para levantar a taça de campeão. De acordo com a estratégia alvinegra, se o time comandado por Tite garantir dez vitórias daqui até dezembro, a possibilidade de o título escapar é quase nenhuma. Com essas conquistas, a equipe chegará a 73 –se não somar mais nenhum ponto com empates, por exemplo. Tentando encostar no Corinthians, o Atlético-MG, principal rival na luta pelo título, está com 39 pontos, quatro a menos, e joga também neste domingo contra o Fluminense, no Maracanã. Para efeito de comparação, o Cruzeiro foi campeão do Brasileiro do ano passado com 80 pontos, enquanto o São Paulo chegou em segundo lugar, com 70. Em 2013, o time mineiro terminou em primeiro com 76 pontos e o Grêmio foi o vice, com 65. Se as contas corintianas estiverem certas, o título pode vir só nos jogos no Itaquerão, onde o aproveitamento do time é de 90% dos pontos disputados no torneio. Até o fim do campeonato, o Corinthians tem nove jogos em sua casa, em Itaquera: Fluminense, Grêmio, Joinville, Santos, Goiás, Flamengo, Coritiba, São Paulo e Avaí. Os demais são fora de casa: Chapecoense, Palmeiras, Internacional, Figueirense, Ponte Preta, Atlético-PR, Atlético-MG, Vasco e Sport. CASA CHEIA Com preços de ingressos mais baixos, o clube do Parque São Jorge conta com o apoio de sua torcida para garantir os pontos que precisa. O confronto mais estratégico em casa deve ser contra o Grêmio, terceiro colocado do campeonato, com 37 pontos, e um dos principais rivais do Corinthians na busca do título brasileiro. O duelo contra o Atlético-MG, em Minas Gerais, também é considerado chave, pelo mesmo motivo. Dos dez jogos que teve como mandante, o time de Tite só perdeu uma vez, para o Palmeiras –venceu nas outras nove oportunidades no seu estádio, em Itaquera. Como visitante, a equipe tem quatro vitórias, quatro empates e uma derrota. ARENA CONDÁ Em nono lugar, com 28 pontos, a Chapecoense está a cinco do G-4, o grupo dos clubes que garantem vaga na Libertadores de 2016. Parte expressiva da boa campanha se deve aos resultados em casa: nos dez confrontos na Arena Condá, venceu sete, perdeu apenas um e empatou outros dois. CHAPECOENSE Danilo; Apodi, Rafael, Vilson, Dener; Elicarlos, Cléber Santana, Ananias, Tiago Luis; Roger, Bruno Rangel CORINTHIANS Cássio; Fagner, Gil, Felipe, Uendel; Ralf, Elias, Jadson, Renato Augusto; Malcom, Vagner Love Estádio: Arena Condá / Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO)
esporte
Corinthians já faz suas contas por título do Campeonato BrasileiroNa liderança do Campeonato Brasileiro, com 43 pontos, o Corinthians tem um desafio importante na tarde deste domingo (30), fora de casa, contra a Chapecoense. Faltando 18 rodadas para o fim da competição, a diretoria do Parque São Jorge já começa a fazer contas do que o time precisa fazer para levantar a taça de campeão. De acordo com a estratégia alvinegra, se o time comandado por Tite garantir dez vitórias daqui até dezembro, a possibilidade de o título escapar é quase nenhuma. Com essas conquistas, a equipe chegará a 73 –se não somar mais nenhum ponto com empates, por exemplo. Tentando encostar no Corinthians, o Atlético-MG, principal rival na luta pelo título, está com 39 pontos, quatro a menos, e joga também neste domingo contra o Fluminense, no Maracanã. Para efeito de comparação, o Cruzeiro foi campeão do Brasileiro do ano passado com 80 pontos, enquanto o São Paulo chegou em segundo lugar, com 70. Em 2013, o time mineiro terminou em primeiro com 76 pontos e o Grêmio foi o vice, com 65. Se as contas corintianas estiverem certas, o título pode vir só nos jogos no Itaquerão, onde o aproveitamento do time é de 90% dos pontos disputados no torneio. Até o fim do campeonato, o Corinthians tem nove jogos em sua casa, em Itaquera: Fluminense, Grêmio, Joinville, Santos, Goiás, Flamengo, Coritiba, São Paulo e Avaí. Os demais são fora de casa: Chapecoense, Palmeiras, Internacional, Figueirense, Ponte Preta, Atlético-PR, Atlético-MG, Vasco e Sport. CASA CHEIA Com preços de ingressos mais baixos, o clube do Parque São Jorge conta com o apoio de sua torcida para garantir os pontos que precisa. O confronto mais estratégico em casa deve ser contra o Grêmio, terceiro colocado do campeonato, com 37 pontos, e um dos principais rivais do Corinthians na busca do título brasileiro. O duelo contra o Atlético-MG, em Minas Gerais, também é considerado chave, pelo mesmo motivo. Dos dez jogos que teve como mandante, o time de Tite só perdeu uma vez, para o Palmeiras –venceu nas outras nove oportunidades no seu estádio, em Itaquera. Como visitante, a equipe tem quatro vitórias, quatro empates e uma derrota. ARENA CONDÁ Em nono lugar, com 28 pontos, a Chapecoense está a cinco do G-4, o grupo dos clubes que garantem vaga na Libertadores de 2016. Parte expressiva da boa campanha se deve aos resultados em casa: nos dez confrontos na Arena Condá, venceu sete, perdeu apenas um e empatou outros dois. CHAPECOENSE Danilo; Apodi, Rafael, Vilson, Dener; Elicarlos, Cléber Santana, Ananias, Tiago Luis; Roger, Bruno Rangel CORINTHIANS Cássio; Fagner, Gil, Felipe, Uendel; Ralf, Elias, Jadson, Renato Augusto; Malcom, Vagner Love Estádio: Arena Condá / Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO)
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Até pino de cocaína provoca morte de animais marinhos no litoral paulista
Tartarugas mortas por ingerirem pinos vazios de cocaína, bexigas, unhas postiças e até preservativos. Um golfinho já sem vida por se enrolar com uma tira de chinelo. Um albatroz que morreu após ter o bico propositalmente serrado. Os casos ilustram um cenário que começa a ser melhor entendido nas praias do litoral norte e sul de São Paulo. Nos últimos 21 meses, quase 9.000 animais foram encontrados mortos em situações cruéis e até inusitadas. "Temos observado que grande parte das mortes é por interação com o ser humano [pesca] e com o resíduo sólido [lixo]. Temos dados intrigantes", diz a veterinária Andrea Maranho, coordenadora técnica do Instituto Gremar. A instituição colabora, ao lado do Instituto Argonauta, do Instituto de Pesquisas de Cananéia (IPeC) e do Projeto Biopesca, com um trabalho não inédito, mas que alcançou a condição de maior do país, segundo o Ibama. O projeto que está em desenvolvimento é o monitoramento de praias da bacia de Santos, com ações diárias. MORTES NO OCEANO - Animais marinhos encontrados por ONGs no litoral paulista de ago.2015 a abr.2017 A pesquisa, que permite ainda o registro de espécies raramente encontradas e a soltura de animais reabilitados, tem dado a grande dimensão dos estragos humanos sobre a fauna oceânica. Um dos institutos do programa chegou a recolher em um só dia 75 animais mortos, a grande maioria aves da espécie bobo-pequeno. As espécies mortas são estudadas. Cada instituição possui um centro de necropsia para identificar a causa e entender os impactos na fauna. A fase 1 do projeto surgiu em agosto de 2015 quando a Petrobras começou a exploração de petróleo e gás em SP. Como condicionante para obter o licenciamento ambiental, a estatal precisou custear o projeto que serve para avaliar os possíveis impactos de suas atividades. Mas tudo foi além. Coordenado pela Univali (Universidade do Vale do Itajaí), o projeto catalogou 26 mil animais em pouco mais de 700 quilômetros de praia, monitorados todos os dias, desde Laguna (SC) a Ubatuba, no litoral norte paulista. O foco é encontrar espécies marinhas –mamíferos, aves e tartarugas– mortas ou feridas. "Estamos fazendo o que sempre quisemos fazer, mas não tínhamos noção da grandiosidade dos resultados que alcançaríamos e o quão trabalhoso seria monitorar todos os dias. Faltavam recursos antes", afirma o biólogo André Barreto, professor da Univali e coordenador do programa. Os institutos envolvidos na pesquisa seguem uma metodologia padronizada. Eles relatam por meio de tablets as ocorrências e lançam os dados em tempo quase real para um sistema denominado Simba, de acesso público. Em casos de animais cobertos de óleo, provavelmente devido ao petróleo, a ocorrência é lançada e, automaticamente, Ibama, Petrobras e Univali são avisados."O objetivo principal, claro, é avaliar problemas de animais com óleo, mas tivemos poucos casos até então", diz Barreto. INCENTIVO A infraestrutura das instituições envolvidas na pesquisa melhorou. O Gremar, por exemplo, recebeu carros para percorrer as praias e saltou de cinco funcionários para 35. "Nosso caso é similar. Teríamos entre 2 ou 3 funcionários, além dos voluntários. Mas contamos hoje com 17 funcionários e 3 estagiários", diz Rodrigo Del Rio, coordenador do Biopesca, que monitora Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe. Antes, as instituições trabalhavam apenas quando chamadas para ocorrências. Algumas faziam monitoramentos semanais ou quinzenais. Agora, são todo os dias. Mas, apesar da "cartilha" a ser seguida, nem tudo é igual. Em alguns casos, o monitoramento é feito de carro, quadriciclo, bicicleta, moto ou a pé. No Argonauta, responsável pelas praias do litoral norte, há o uso de barcos. O litoral sul é marcado por praias contínuas, percorridas por veículos de forma direta. No norte, em Ilhabela, São Sebastião, Ubatuba e Caraguatatuba é necessário usar barcos e outros meios por serem trechos de areia menores e mais recortados. O trabalho em São Paulo ainda conta com pesquisas e bases de recuperação, como o caso da Fundação Pró-Tamar, que recebe as tartarugas do Instituto Argonauta. Apesar das milhares de informação geradas, o projeto precisa de mais tempo para produzir dados mais robustos, que vão levar ao entendimento de alguns fenômenos. Os relatórios mensais encaminhados pela Univali para a Petrobras também são entregues ao Ibama. OUTROS ESTADOS Os animais mortos levantados pelo projeto de monitoramento de praias também foram encontrados fora de São Paulo. Na fase 1, a principal desenvolvida até agora, o trabalho funciona ativamente nos Estados do Paraná e, principalmente, no litoral de Santa Catarina, sede da Univali (Universidade do Vale do Itajaí), responsável por coordenar o projeto. "Existem áreas menores que já recebem um trabalho como esse. O nosso, pela extensão, pode ser considerado o maior, mas não é o único", diz André Barreto, professor da Univali e coordenador do programa. Desde setembro do último ano, foi iniciada, só no Rio de Janeiro, a fase 2 do mesmo projeto, entre os municípios de Saquarema e Paraty, executada pela empresa CTA Serviços de Meio Ambiente. Nos sete primeiros meses de trabalho foram registrados 763 animais mortos e 133 vivos, nenhum deles com óleo. Existem outros programas de monitoramento similares, com números consideráveis, espalhados pelo país. O mais antigo deles ocorre desde janeiro de 2010, na bacia Potiguar, que monitora as praias de oito cidades do Estados do Rio Grande do Norte e cinco do Estado do Ceará. Outro ocorre na bacia de Campos e do Espírito Santo, entre os municípios de Conceição da Barra, no norte capixaba, e Saquarema, no Rio de Janeiro. Todos funcionam com dinheiro de compensação ambiental da exploração de petróleo da Petrobras.
cotidiano
Até pino de cocaína provoca morte de animais marinhos no litoral paulistaTartarugas mortas por ingerirem pinos vazios de cocaína, bexigas, unhas postiças e até preservativos. Um golfinho já sem vida por se enrolar com uma tira de chinelo. Um albatroz que morreu após ter o bico propositalmente serrado. Os casos ilustram um cenário que começa a ser melhor entendido nas praias do litoral norte e sul de São Paulo. Nos últimos 21 meses, quase 9.000 animais foram encontrados mortos em situações cruéis e até inusitadas. "Temos observado que grande parte das mortes é por interação com o ser humano [pesca] e com o resíduo sólido [lixo]. Temos dados intrigantes", diz a veterinária Andrea Maranho, coordenadora técnica do Instituto Gremar. A instituição colabora, ao lado do Instituto Argonauta, do Instituto de Pesquisas de Cananéia (IPeC) e do Projeto Biopesca, com um trabalho não inédito, mas que alcançou a condição de maior do país, segundo o Ibama. O projeto que está em desenvolvimento é o monitoramento de praias da bacia de Santos, com ações diárias. MORTES NO OCEANO - Animais marinhos encontrados por ONGs no litoral paulista de ago.2015 a abr.2017 A pesquisa, que permite ainda o registro de espécies raramente encontradas e a soltura de animais reabilitados, tem dado a grande dimensão dos estragos humanos sobre a fauna oceânica. Um dos institutos do programa chegou a recolher em um só dia 75 animais mortos, a grande maioria aves da espécie bobo-pequeno. As espécies mortas são estudadas. Cada instituição possui um centro de necropsia para identificar a causa e entender os impactos na fauna. A fase 1 do projeto surgiu em agosto de 2015 quando a Petrobras começou a exploração de petróleo e gás em SP. Como condicionante para obter o licenciamento ambiental, a estatal precisou custear o projeto que serve para avaliar os possíveis impactos de suas atividades. Mas tudo foi além. Coordenado pela Univali (Universidade do Vale do Itajaí), o projeto catalogou 26 mil animais em pouco mais de 700 quilômetros de praia, monitorados todos os dias, desde Laguna (SC) a Ubatuba, no litoral norte paulista. O foco é encontrar espécies marinhas –mamíferos, aves e tartarugas– mortas ou feridas. "Estamos fazendo o que sempre quisemos fazer, mas não tínhamos noção da grandiosidade dos resultados que alcançaríamos e o quão trabalhoso seria monitorar todos os dias. Faltavam recursos antes", afirma o biólogo André Barreto, professor da Univali e coordenador do programa. Os institutos envolvidos na pesquisa seguem uma metodologia padronizada. Eles relatam por meio de tablets as ocorrências e lançam os dados em tempo quase real para um sistema denominado Simba, de acesso público. Em casos de animais cobertos de óleo, provavelmente devido ao petróleo, a ocorrência é lançada e, automaticamente, Ibama, Petrobras e Univali são avisados."O objetivo principal, claro, é avaliar problemas de animais com óleo, mas tivemos poucos casos até então", diz Barreto. INCENTIVO A infraestrutura das instituições envolvidas na pesquisa melhorou. O Gremar, por exemplo, recebeu carros para percorrer as praias e saltou de cinco funcionários para 35. "Nosso caso é similar. Teríamos entre 2 ou 3 funcionários, além dos voluntários. Mas contamos hoje com 17 funcionários e 3 estagiários", diz Rodrigo Del Rio, coordenador do Biopesca, que monitora Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe. Antes, as instituições trabalhavam apenas quando chamadas para ocorrências. Algumas faziam monitoramentos semanais ou quinzenais. Agora, são todo os dias. Mas, apesar da "cartilha" a ser seguida, nem tudo é igual. Em alguns casos, o monitoramento é feito de carro, quadriciclo, bicicleta, moto ou a pé. No Argonauta, responsável pelas praias do litoral norte, há o uso de barcos. O litoral sul é marcado por praias contínuas, percorridas por veículos de forma direta. No norte, em Ilhabela, São Sebastião, Ubatuba e Caraguatatuba é necessário usar barcos e outros meios por serem trechos de areia menores e mais recortados. O trabalho em São Paulo ainda conta com pesquisas e bases de recuperação, como o caso da Fundação Pró-Tamar, que recebe as tartarugas do Instituto Argonauta. Apesar das milhares de informação geradas, o projeto precisa de mais tempo para produzir dados mais robustos, que vão levar ao entendimento de alguns fenômenos. Os relatórios mensais encaminhados pela Univali para a Petrobras também são entregues ao Ibama. OUTROS ESTADOS Os animais mortos levantados pelo projeto de monitoramento de praias também foram encontrados fora de São Paulo. Na fase 1, a principal desenvolvida até agora, o trabalho funciona ativamente nos Estados do Paraná e, principalmente, no litoral de Santa Catarina, sede da Univali (Universidade do Vale do Itajaí), responsável por coordenar o projeto. "Existem áreas menores que já recebem um trabalho como esse. O nosso, pela extensão, pode ser considerado o maior, mas não é o único", diz André Barreto, professor da Univali e coordenador do programa. Desde setembro do último ano, foi iniciada, só no Rio de Janeiro, a fase 2 do mesmo projeto, entre os municípios de Saquarema e Paraty, executada pela empresa CTA Serviços de Meio Ambiente. Nos sete primeiros meses de trabalho foram registrados 763 animais mortos e 133 vivos, nenhum deles com óleo. Existem outros programas de monitoramento similares, com números consideráveis, espalhados pelo país. O mais antigo deles ocorre desde janeiro de 2010, na bacia Potiguar, que monitora as praias de oito cidades do Estados do Rio Grande do Norte e cinco do Estado do Ceará. Outro ocorre na bacia de Campos e do Espírito Santo, entre os municípios de Conceição da Barra, no norte capixaba, e Saquarema, no Rio de Janeiro. Todos funcionam com dinheiro de compensação ambiental da exploração de petróleo da Petrobras.
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Fox formaliza oferta de US$ 14,6 bilhões para comprar Sky
A 21st Century Fox, de Rupert Murdoch, formalizou sua oferta pela tomada de controle integral da Sky, o que prenuncia uma batalha contra os acionistas independentes menores e um possível duelo com as autoridades regulatórias do Reino Unido e da Europa. A oferta foi formalizada por cerca de US$ 14,6 bilhões. A oferta de 10,75 libras por ação, com pagamento integralmente em dinheiro, pelos 61% da Sky que o grupo de mídia americano ainda não controla, avalia a empresa em 18,5 bilhões de libras, e surge apenas uma semana depois que a Fox abordou a Sky com uma oferta. A Fox prometeu pagar uma "substancial" indenização por desistência caso abandone a transação. A controvertida tomada de controle acionário é parte de uma nova fase de consolidação na mídia, propelida pela mudança nas tecnologias de distribuição e nos hábitos de consumo de mídia dos espectadores. Como a recente oferta de US$ 86 bilhões da AT&T pela Time Warner, uma combinação entre Fox e Sky uniria uma companhia de produção de conteúdo a uma distribuidora que opera conexões via satélite, banda larga e telefonia móvel com milhões de consumidores. Em 2014, a Fox tentou sem sucesso adquirir a Time Warner. A Fox declarou que "como acionistas fundadores da Sky, nos orgulhamos de ter participado de seu crescimento e desenvolvimento. A razão estratégica para essa combinação é clara. Criará um líder mundial na criação e distribuição de conteúdo, ampliará nossa escala no esporte e no entretenimento e nos propiciará capacidades e tecnologias únicas, e líderes, de contato direto com o consumidor". Essa não é a primeira vez que Murdoch tenta adquirir controle completo da Sky. Em 2011, a News Corp foi forçada a abandonar uma oferta de 7,8 bilhões de libras pela empresa devido à indignação pública no Reino Unido quanto a um escândalo de escutas telefônicas ilegais de parte de um de seus jornais. A mais recente oferta da Fox, que não mudou ante o preço acertado na semana passada, mostra ágio de 36% ante o preço de fechamento das ações da Sky em 8 de dezembro, o dia anterior ao anúncio de que as empresas estavam negociando. No entanto, as ações da Sky estavam sendo negociadas em patamar semelhante em fevereiro, e a oferta da Fox representa ágio de 20% ante o preço médio dos seis últimos meses. De lá para cá, as ações da Sky caíram à sua mais baixa cotação em quase quatro anos, por conta da queda acentuada no valor da libra, exacerbada pelo referendo que decidiu pela saída britânica da União Europeia, em junho. Isso tornou a Sky um alvo mais atraente para a Fox. Alguns acionistas menores se pronunciaram contra a transação, argumentando que ela subestima o valor da Sky. Standard Life, Jupiter Asset Management e Royal London questionaram o preço de oferta. Tradução de PAULO MIGLIACCI
mercado
Fox formaliza oferta de US$ 14,6 bilhões para comprar SkyA 21st Century Fox, de Rupert Murdoch, formalizou sua oferta pela tomada de controle integral da Sky, o que prenuncia uma batalha contra os acionistas independentes menores e um possível duelo com as autoridades regulatórias do Reino Unido e da Europa. A oferta foi formalizada por cerca de US$ 14,6 bilhões. A oferta de 10,75 libras por ação, com pagamento integralmente em dinheiro, pelos 61% da Sky que o grupo de mídia americano ainda não controla, avalia a empresa em 18,5 bilhões de libras, e surge apenas uma semana depois que a Fox abordou a Sky com uma oferta. A Fox prometeu pagar uma "substancial" indenização por desistência caso abandone a transação. A controvertida tomada de controle acionário é parte de uma nova fase de consolidação na mídia, propelida pela mudança nas tecnologias de distribuição e nos hábitos de consumo de mídia dos espectadores. Como a recente oferta de US$ 86 bilhões da AT&T pela Time Warner, uma combinação entre Fox e Sky uniria uma companhia de produção de conteúdo a uma distribuidora que opera conexões via satélite, banda larga e telefonia móvel com milhões de consumidores. Em 2014, a Fox tentou sem sucesso adquirir a Time Warner. A Fox declarou que "como acionistas fundadores da Sky, nos orgulhamos de ter participado de seu crescimento e desenvolvimento. A razão estratégica para essa combinação é clara. Criará um líder mundial na criação e distribuição de conteúdo, ampliará nossa escala no esporte e no entretenimento e nos propiciará capacidades e tecnologias únicas, e líderes, de contato direto com o consumidor". Essa não é a primeira vez que Murdoch tenta adquirir controle completo da Sky. Em 2011, a News Corp foi forçada a abandonar uma oferta de 7,8 bilhões de libras pela empresa devido à indignação pública no Reino Unido quanto a um escândalo de escutas telefônicas ilegais de parte de um de seus jornais. A mais recente oferta da Fox, que não mudou ante o preço acertado na semana passada, mostra ágio de 36% ante o preço de fechamento das ações da Sky em 8 de dezembro, o dia anterior ao anúncio de que as empresas estavam negociando. No entanto, as ações da Sky estavam sendo negociadas em patamar semelhante em fevereiro, e a oferta da Fox representa ágio de 20% ante o preço médio dos seis últimos meses. De lá para cá, as ações da Sky caíram à sua mais baixa cotação em quase quatro anos, por conta da queda acentuada no valor da libra, exacerbada pelo referendo que decidiu pela saída britânica da União Europeia, em junho. Isso tornou a Sky um alvo mais atraente para a Fox. Alguns acionistas menores se pronunciaram contra a transação, argumentando que ela subestima o valor da Sky. Standard Life, Jupiter Asset Management e Royal London questionaram o preço de oferta. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Sony quer ampliar conteúdo de realidade virtual para filmes e programas de TV
A Sony pretende ampliar o conteúdo compatível com seu óculos de realidade virtual para áreas além de videogames, como filmes e programas de televisão e não tem planos para aderir a um crescente mercado de headsets desenvolvidos com base em smartphones. Andrew House, presidente da divisão de jogos da Sony, afirmou nesta quinta-feira (15) que está negociando com companhias de produção de conteúdo para explorar possibilidades para o óculos PlayStation VR, que deve ser lançado em 13 de outubro. "Estamos falando sobre anos no futuro e estas são conversas interessantes que estamos tendo agora", disse House. A divisão de videogames da Sony é uma das principais fontes de lucro da companhia. Conforme os celulares inteligentes disputam mercado com os consoles de jogos, a Sony tem optado por buscar crescimento por meio de inovações como realidade virtual. Entretanto, analistas têm afirmado que conteúdo além de jogos é necessário para ampliar o apelo e a lucratividade da tecnologia de realidade virtual. O óculos de realidade virtual da Sony funciona em conjunto com o PlayStation 4 e vai ser vendido por um preço menor que o Oculus Rift, do Facebook, e o Vive, da HTC, que exigem computadores pessoais mais caros para funcionar. Mas óculos de realidade virtual compatíveis com smartphones serão muito mais baratos e mais portáteis porque usam a tela do próprio celular como visor. Há mais de 100 smartphones compatíveis com óculos de realidade virtual produzidos por 65 desenvolvedores já no mercado, segundo a Lux Research. O Google vai ampliar esse número com a plataforma Daydream VR, que funciona com o sistema operacional Android. House argumentou que os smartphones não serão capazes de alcançar a mais alta qualidade em realidade virtual. "Estamos centrados em grandes experiências de jogos em realidade virtual", disse o executivo. Ele acrescentou que a empresa está olhando também para conteúdo de TV e filmes na busca de "formas de trazer experiências mais estáticas à vida" em áreas como museus e planetários. A companhia afirma que está trabalhando com mais de 230 desenvolvedores no mundo e espera ter mais de 50 títulos até o final do ano, incluindo conteúdo além de jogos como animações, música, karaokê e vídeos de paisagens.
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Sony quer ampliar conteúdo de realidade virtual para filmes e programas de TVA Sony pretende ampliar o conteúdo compatível com seu óculos de realidade virtual para áreas além de videogames, como filmes e programas de televisão e não tem planos para aderir a um crescente mercado de headsets desenvolvidos com base em smartphones. Andrew House, presidente da divisão de jogos da Sony, afirmou nesta quinta-feira (15) que está negociando com companhias de produção de conteúdo para explorar possibilidades para o óculos PlayStation VR, que deve ser lançado em 13 de outubro. "Estamos falando sobre anos no futuro e estas são conversas interessantes que estamos tendo agora", disse House. A divisão de videogames da Sony é uma das principais fontes de lucro da companhia. Conforme os celulares inteligentes disputam mercado com os consoles de jogos, a Sony tem optado por buscar crescimento por meio de inovações como realidade virtual. Entretanto, analistas têm afirmado que conteúdo além de jogos é necessário para ampliar o apelo e a lucratividade da tecnologia de realidade virtual. O óculos de realidade virtual da Sony funciona em conjunto com o PlayStation 4 e vai ser vendido por um preço menor que o Oculus Rift, do Facebook, e o Vive, da HTC, que exigem computadores pessoais mais caros para funcionar. Mas óculos de realidade virtual compatíveis com smartphones serão muito mais baratos e mais portáteis porque usam a tela do próprio celular como visor. Há mais de 100 smartphones compatíveis com óculos de realidade virtual produzidos por 65 desenvolvedores já no mercado, segundo a Lux Research. O Google vai ampliar esse número com a plataforma Daydream VR, que funciona com o sistema operacional Android. House argumentou que os smartphones não serão capazes de alcançar a mais alta qualidade em realidade virtual. "Estamos centrados em grandes experiências de jogos em realidade virtual", disse o executivo. Ele acrescentou que a empresa está olhando também para conteúdo de TV e filmes na busca de "formas de trazer experiências mais estáticas à vida" em áreas como museus e planetários. A companhia afirma que está trabalhando com mais de 230 desenvolvedores no mundo e espera ter mais de 50 títulos até o final do ano, incluindo conteúdo além de jogos como animações, música, karaokê e vídeos de paisagens.
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Pan na TV: natação, judô, vôlei de praia e ginástica artística
9h - Volta da França, ciclismo, ESPN 10h - Brasil x Chile, vôlei de praia fem., Record News e SporTV 11h - Natação, preliminares, Record, Record News e SporTV 11h - Vôlei de praia, SporTV 2 13h - Brasil x Venezuela, vôlei de praia, Record e SporTV 13h - Milan x Legnano, amistoso, ESPN 13h30 - Brasil x Espanha, Mundial de futebol de areia, Band, TV Brasil e SporTV 3 14h30 - Ginástica artística, Record e SporTV 2 15h - Fluminense x Flamengo, Brasileiro sub-20, ESPN Brasil 15h30 - Vôlei de praia, SporTV 3 16h - Judô, preliminares, Record, Record News e SporTV 18h20 - Vôlei de praia, SporTV 18h30 - Argentina x México, futebol feminino, Record e SporTV 3 20h - Natação, finais, Record e SporTV 2 21h - Judô, finais, Record, Record News e SporTV 3 21h - River Plate (ARG) x Guaraní (PAR), Libertadores, Fox Sports 21h - Botafogo x Figueirense, Copa do Brasil, Fox Sports 2 21h - Grêmio x Criciúma, Copa do Brasil, ESPN Brasil e SporTV 21h - Jogo das estrelas da MLB, beisebol, ESPN 22h - Vôlei de praia, SporTV 2
esporte
Pan na TV: natação, judô, vôlei de praia e ginástica artística9h - Volta da França, ciclismo, ESPN 10h - Brasil x Chile, vôlei de praia fem., Record News e SporTV 11h - Natação, preliminares, Record, Record News e SporTV 11h - Vôlei de praia, SporTV 2 13h - Brasil x Venezuela, vôlei de praia, Record e SporTV 13h - Milan x Legnano, amistoso, ESPN 13h30 - Brasil x Espanha, Mundial de futebol de areia, Band, TV Brasil e SporTV 3 14h30 - Ginástica artística, Record e SporTV 2 15h - Fluminense x Flamengo, Brasileiro sub-20, ESPN Brasil 15h30 - Vôlei de praia, SporTV 3 16h - Judô, preliminares, Record, Record News e SporTV 18h20 - Vôlei de praia, SporTV 18h30 - Argentina x México, futebol feminino, Record e SporTV 3 20h - Natação, finais, Record e SporTV 2 21h - Judô, finais, Record, Record News e SporTV 3 21h - River Plate (ARG) x Guaraní (PAR), Libertadores, Fox Sports 21h - Botafogo x Figueirense, Copa do Brasil, Fox Sports 2 21h - Grêmio x Criciúma, Copa do Brasil, ESPN Brasil e SporTV 21h - Jogo das estrelas da MLB, beisebol, ESPN 22h - Vôlei de praia, SporTV 2
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'Tá no Ar' volta com mais música e participações especiais
O desafio de fazer uma temporada nova de um programa de TV é manter o que tem fôlego e não perder o frescor. Foi com isso em mente que Marcius Melhem e Marcelo Adnet reformularam "Tá no Ar: A TV Na TV", humorístico que chega ao segundo ano nesta quinta, na Globo. Primeira empreitada de sucesso de Adnet na Globo, desde que deixou a MTV em 2013, o programa satiriza os diversos gêneros televisivos por meio de quadros e esquetes. Na nova safra de episódios, muita coisa muda. Segundo Adnet, a atração volta com maior quantidade de clipes e de participações especiais. No primeiro episódio, por exemplo, a atriz Regina Duarte aparece no quadro inédito "Vingança dos Famosos", em que celebridades abordam e importunam anônimos em situações cotidianas. Em "Malhação Épocas" os alvos da gozação são a novela adolescente "Malhação", que neste ano completa 20 anos no ar, e um de seus personagens mais célebres: o Mocotó, de André Marques. "O quadro vai mostrar como seria a 'Malhação' através dos tempos. Na Roma antiga, no Brasil colônia. Em todas elas teremos a participação do André Marques como Mocotó", conta Melhem à Folha. A trilha sonora da brincadeira ficará por conta de Lulu Santos, cuja canção "Assim Caminha a Humanidade" embalou o folhetim de 1995 a 1999. "A gente fez uma letra nova para a música e o Lulu topou gravar. E ainda gravou um clipe vestido de romano", completa Melhem. Também foram convidados Pedro Bial, Fernanda Paes Leme, Edson Celulari e Antonio Fagundes, entre outros. "Quase todos participam somente numa cena, em um determinado episódio. São grandes amigos que vieram nos fazer visitas ilustres", diz o diretor Mauricio Farias. Alguma coisa, porém, permanece. O personagem militante revoltado de Adnet, crítico ferrenho à Globo, volta ao programa e ganhará um blog para desenvolver suas ideias. O "Jardim Urgente", sátira aos policiais vespertinos, em que um apresentador exaltado trata como crimes gravíssimos casos do jardim de infância, também fica. Segundo Melhem, a emissora dá carta branca para que eles façam gozações à vontade. "O programa só teria razão de existir se a gente pudesse fazer uma crítica completa à televisão, incluindo a Globo", afirma ele. "Temos parâmetros para fazer a crítica: ela não é pessoal, é sobre os gêneros televisivos." Na primeira temporada, teve quem comparasse o humor da dupla ao extinto "TV Pirata" (1988-1990, 1992), que também satirizava a programação da TV. Melhem diz, no entanto, não se incomodar. "As comparações trataram muito bem de como a gente levou adiante o legado do 'TV Pirata'. A gente achou que era hora de revisitar esse tema. Não é porque eles falaram disso que não podemos falar." "Até porque naquela época tinha poucos canais, não tinha nem TV a cabo e o controle remoto não era frenético como é hoje. Enquanto a TV mudar vamos conseguir fazer programas sobre ela sem o menor problema", diz. Sobre uma terceira temporada, é cedo para especular. "É óbvio que esperamos que tenha. Mas temos que esperar a recepção da segunda. Se for como a primeira, estamos feitos", afirma Melhem. NA TV Tá no Ar: A TV na TV Estreia da segunda temporada QUANDO nesta quinta-feira (12), às 23h15, na Globo
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'Tá no Ar' volta com mais música e participações especiaisO desafio de fazer uma temporada nova de um programa de TV é manter o que tem fôlego e não perder o frescor. Foi com isso em mente que Marcius Melhem e Marcelo Adnet reformularam "Tá no Ar: A TV Na TV", humorístico que chega ao segundo ano nesta quinta, na Globo. Primeira empreitada de sucesso de Adnet na Globo, desde que deixou a MTV em 2013, o programa satiriza os diversos gêneros televisivos por meio de quadros e esquetes. Na nova safra de episódios, muita coisa muda. Segundo Adnet, a atração volta com maior quantidade de clipes e de participações especiais. No primeiro episódio, por exemplo, a atriz Regina Duarte aparece no quadro inédito "Vingança dos Famosos", em que celebridades abordam e importunam anônimos em situações cotidianas. Em "Malhação Épocas" os alvos da gozação são a novela adolescente "Malhação", que neste ano completa 20 anos no ar, e um de seus personagens mais célebres: o Mocotó, de André Marques. "O quadro vai mostrar como seria a 'Malhação' através dos tempos. Na Roma antiga, no Brasil colônia. Em todas elas teremos a participação do André Marques como Mocotó", conta Melhem à Folha. A trilha sonora da brincadeira ficará por conta de Lulu Santos, cuja canção "Assim Caminha a Humanidade" embalou o folhetim de 1995 a 1999. "A gente fez uma letra nova para a música e o Lulu topou gravar. E ainda gravou um clipe vestido de romano", completa Melhem. Também foram convidados Pedro Bial, Fernanda Paes Leme, Edson Celulari e Antonio Fagundes, entre outros. "Quase todos participam somente numa cena, em um determinado episódio. São grandes amigos que vieram nos fazer visitas ilustres", diz o diretor Mauricio Farias. Alguma coisa, porém, permanece. O personagem militante revoltado de Adnet, crítico ferrenho à Globo, volta ao programa e ganhará um blog para desenvolver suas ideias. O "Jardim Urgente", sátira aos policiais vespertinos, em que um apresentador exaltado trata como crimes gravíssimos casos do jardim de infância, também fica. Segundo Melhem, a emissora dá carta branca para que eles façam gozações à vontade. "O programa só teria razão de existir se a gente pudesse fazer uma crítica completa à televisão, incluindo a Globo", afirma ele. "Temos parâmetros para fazer a crítica: ela não é pessoal, é sobre os gêneros televisivos." Na primeira temporada, teve quem comparasse o humor da dupla ao extinto "TV Pirata" (1988-1990, 1992), que também satirizava a programação da TV. Melhem diz, no entanto, não se incomodar. "As comparações trataram muito bem de como a gente levou adiante o legado do 'TV Pirata'. A gente achou que era hora de revisitar esse tema. Não é porque eles falaram disso que não podemos falar." "Até porque naquela época tinha poucos canais, não tinha nem TV a cabo e o controle remoto não era frenético como é hoje. Enquanto a TV mudar vamos conseguir fazer programas sobre ela sem o menor problema", diz. Sobre uma terceira temporada, é cedo para especular. "É óbvio que esperamos que tenha. Mas temos que esperar a recepção da segunda. Se for como a primeira, estamos feitos", afirma Melhem. NA TV Tá no Ar: A TV na TV Estreia da segunda temporada QUANDO nesta quinta-feira (12), às 23h15, na Globo
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Lançamentos de imóveis crescem 22,1%, mas vendas caem 14,8%
Os lançamentos de imóveis no mês de março aumentaram 22,1% em relação a março do ano passado, com 9.534 novas unidades no mercado. Os dados são resultado de levantamento sobre o mercado nacional da Abrainc (associação do setor) em parceria com a Fipe divulgado nesta terça-feira (17). Foram consideradas informações de 19 empresas. No acumulado dos últimos 12 meses, porém, o número de lançamentos recuou 6%. Reflexo da recessão econômica, o número de vendas caiu 14,8% entre março de 2015 e março de 2016. A queda acumulada nos últimos 12 meses foi de 16%. Os distratos (desistência de compra de imóvel) aumentaram 14% em março em comparação ao mesmo período do ano passado. No acumulado, o número de desistências cresceu 6,6%.
mercado
Lançamentos de imóveis crescem 22,1%, mas vendas caem 14,8%Os lançamentos de imóveis no mês de março aumentaram 22,1% em relação a março do ano passado, com 9.534 novas unidades no mercado. Os dados são resultado de levantamento sobre o mercado nacional da Abrainc (associação do setor) em parceria com a Fipe divulgado nesta terça-feira (17). Foram consideradas informações de 19 empresas. No acumulado dos últimos 12 meses, porém, o número de lançamentos recuou 6%. Reflexo da recessão econômica, o número de vendas caiu 14,8% entre março de 2015 e março de 2016. A queda acumulada nos últimos 12 meses foi de 16%. Os distratos (desistência de compra de imóvel) aumentaram 14% em março em comparação ao mesmo período do ano passado. No acumulado, o número de desistências cresceu 6,6%.
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Netflix fará série sobre a Lava Jato, dirigida por José Padilha
Comparar a situação política atual do Brasil às tramoias de "House of Cards" nas redes sociais vai se tornar desnecessário. As reviravoltas de Brasília ganharão sua própria atração na Netflix. A empresa anunciou nesta sexta-feira (15) que começará a filmar, neste ano, uma série original sobre investigações de corrupção da Operação Lava Jato. A trama, ainda sem título, será criada e dirigida por José Padilha, que assina episódios de "Narcos", outra série original da plataforma on-line. Ele também é o nome por trás do sucesso do cinema nacional "Tropa de Elite". Elena Soarez, das séries "Cidades dos Homens" (Globo) e "Filhos do Carnaval" (HBO), fará o roteiro. Deflagrada em março de 2014 pela Polícia Federal para investigar um esquema de lavagem e desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras, a Lava Jato esbarrou em algumas das maiores empreiteiras do país, levou à prisão de empresários e políticos e ajudou a intensificar a crise política que culminou no pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), previsto para ser votado neste domingo (17) na Câmara dos Deputados. "[A série] vai narrar a operação policial em si e mostrar detalhes sobre o maior esquema de corrupção já visto no Brasil", diz Padilha, em comunicado divulgado pela Netflix. "Era fundamental que a série fosse produzida com imparcialidade, e a Netflix é com certeza o melhor parceiro para que isso possa ser concretizado." A previsão que a trama estreie em 2017 no serviço de streaming.
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Netflix fará série sobre a Lava Jato, dirigida por José PadilhaComparar a situação política atual do Brasil às tramoias de "House of Cards" nas redes sociais vai se tornar desnecessário. As reviravoltas de Brasília ganharão sua própria atração na Netflix. A empresa anunciou nesta sexta-feira (15) que começará a filmar, neste ano, uma série original sobre investigações de corrupção da Operação Lava Jato. A trama, ainda sem título, será criada e dirigida por José Padilha, que assina episódios de "Narcos", outra série original da plataforma on-line. Ele também é o nome por trás do sucesso do cinema nacional "Tropa de Elite". Elena Soarez, das séries "Cidades dos Homens" (Globo) e "Filhos do Carnaval" (HBO), fará o roteiro. Deflagrada em março de 2014 pela Polícia Federal para investigar um esquema de lavagem e desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras, a Lava Jato esbarrou em algumas das maiores empreiteiras do país, levou à prisão de empresários e políticos e ajudou a intensificar a crise política que culminou no pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), previsto para ser votado neste domingo (17) na Câmara dos Deputados. "[A série] vai narrar a operação policial em si e mostrar detalhes sobre o maior esquema de corrupção já visto no Brasil", diz Padilha, em comunicado divulgado pela Netflix. "Era fundamental que a série fosse produzida com imparcialidade, e a Netflix é com certeza o melhor parceiro para que isso possa ser concretizado." A previsão que a trama estreie em 2017 no serviço de streaming.
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Mortes: Dona Berta, a professora mais idosa da USP
Aprovada na primeira turma de história natural –hoje, ciências biológicas–, Berta Lange de Morretes chegou à USP em 1938. Os quatro anos de graduação passaram, mas ela ficou. Foi contratada pelo departamento de Botânica apenas alguns dias depois de formada, e continuou na universidade por 75 anos. Filha de um brasileiro e uma alemã, nasceu na Baviera, Alemanha, na escassez da Primeira Guerra, e veio ainda criança para o Brasil. Foi para Curitiba e, depois, São Paulo, onde a família se fixou. Cresceu em meio aos quadros do pai artista plástico e às músicas da mãe cantora lírica, mas as plantas também estavam lá. O pai dava aulas de biologia e, aos domingos, fazia passeios "ecológicos" com a família, ensinando sobre as plantas e os animais. Na docência, Berta retomou os passeios, agora nas aulas aos alunos de pós. Eram quatro viagens por ano para destinos como São Tomé das Letras, Cachoeira das Emas. Berta fez da USP sua casa e dos alunos sua família. Deu dinheiro a quem não podia se manter, deu abrigo a quem não tinha onde ficar. No fim, mantinha contato com vários. "Ela adorava o que fazia. Todas as conversas acabavam nas suas pesquisas, seus alunos", lembra a amiga Lúcia. As aulas pararam em 2013 quando não deu mais pra contornar os problemas na vista e nas pernas. Estava perto dos 96 anos. "Deu aulas em casa até acabar o ano letivo porque não conseguia mais descer escadas", diz a amiga Silvana. Morreu dia 30, aos 99, enquanto dormia. Deixa irmã, sobrinhos, amigos e alunos, além do título de docente mais idosa a dar aulas na USP. [email protected] - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
cotidiano
Mortes: Dona Berta, a professora mais idosa da USPAprovada na primeira turma de história natural –hoje, ciências biológicas–, Berta Lange de Morretes chegou à USP em 1938. Os quatro anos de graduação passaram, mas ela ficou. Foi contratada pelo departamento de Botânica apenas alguns dias depois de formada, e continuou na universidade por 75 anos. Filha de um brasileiro e uma alemã, nasceu na Baviera, Alemanha, na escassez da Primeira Guerra, e veio ainda criança para o Brasil. Foi para Curitiba e, depois, São Paulo, onde a família se fixou. Cresceu em meio aos quadros do pai artista plástico e às músicas da mãe cantora lírica, mas as plantas também estavam lá. O pai dava aulas de biologia e, aos domingos, fazia passeios "ecológicos" com a família, ensinando sobre as plantas e os animais. Na docência, Berta retomou os passeios, agora nas aulas aos alunos de pós. Eram quatro viagens por ano para destinos como São Tomé das Letras, Cachoeira das Emas. Berta fez da USP sua casa e dos alunos sua família. Deu dinheiro a quem não podia se manter, deu abrigo a quem não tinha onde ficar. No fim, mantinha contato com vários. "Ela adorava o que fazia. Todas as conversas acabavam nas suas pesquisas, seus alunos", lembra a amiga Lúcia. As aulas pararam em 2013 quando não deu mais pra contornar os problemas na vista e nas pernas. Estava perto dos 96 anos. "Deu aulas em casa até acabar o ano letivo porque não conseguia mais descer escadas", diz a amiga Silvana. Morreu dia 30, aos 99, enquanto dormia. Deixa irmã, sobrinhos, amigos e alunos, além do título de docente mais idosa a dar aulas na USP. [email protected] - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
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A porta certa para o impeachment
Nem a tradicional calmaria do recesso parlamentar no início do ano aliviou a sequência de fatos negativos gerados pelas crises econômica e política. Não bastasse isso, o governo sinaliza dar os mesmos passos equivocados que nos trouxeram até aqui. Se em 2014 houve o prenúncio da crise e em 2015 o estabelecimento da recessão, 2016 já está se configurando como um ano de agravamento dos sintomas decorrentes desse mal. A inflação de dois dígitos ressurgiu em janeiro com o patamar elevadíssimo. No mercado de trabalho, começamos o período com 1,5 milhão a menos de empregos, com queda no valor dos salários. Isso tudo no discurso populista do governo Dilma se tornou motivo de comemoração porque "as conquistas dos trabalhadores não foram destruídas". O cenário de ingovernabilidade também persiste, embora mais uma vez o Palácio do Planalto tente vender a ideia de que o pior momento já passou. Sem apoio dos setores produtivos, da população e muito menos do Congresso, a tentativa de recriar uma CPMF é pura ficção. O governo aposta todas as suas fichas para equilibrar as contas públicas na recriação do imposto, embora mal possua base para passar o assunto nas comissões antes de ir a plenário. Ainda assim, ideólogos e marqueteiros se organizam para tentar vender uma campanha de que a CPMF será um "imposto sobre os ricos", o que não faz o menor sentido –não que isso importe para eles. Agora insiste em medidas de crédito com taxas favorecidas e expansão da despesa pública. A velha ladainha de que a ampliação dos gastos atrairia mais investidores, fato que já é errado por si só, mas se torna ainda mais inverídico porque ninguém vai querer investir em um país que somente em um ano cai sete posições no ranking de corrupção e segue sob o controle da mesma organização criminosa desbaratada. Por outro lado, os cães de guarda do partido, sob a tutela da "vivalma mais honesta do país", ajustaram o alvo para atacar as instituições democráticas do país via Operação Lava Jato. Nada menos republicano, nada menos ofensivo ao Estado, nada menos desesperado. As investigações já estão tão próximas do ex-presidente que já batem na porta do vizinho –literalmente. Ao tentar desqualificar Justiça Federal, Polícia Federal e Ministério Público, a única coisa que Lula e sua turma conseguem é assegurar que as investigações estão indo no rumo certo. Quanto mais chiadeira do PT, mais próximo estamos de chegar ao núcleo central dessa quadrilha. E Dilma ainda fala em diálogo com a oposição. Sabemos do pensamento intransigente de uma presidente que só cede quando é encurralada pela militância bolivariana do PT, que volta e meia tenta dar seus pitacos na política econômica levando a uma situação a qual nem o Joaquim Levy aguentou. A oposição e demais formadores de opinião sempre apontaram caminhos, mas Dilma escolheu o sentido oposto e rotulou todos de "pessimistas". O que 7 em cada 10 brasileiros já sinalizam de forma muito clara é que não dá mais aceitar o lulopetismo comandando o país. O Congresso volta na segunda-feira (1º) mais sob pressão do que em dezembro. Se a Justiça afasta a chapa do governador do Amazonas, José Melo, por compra de votos, a de Dilma, com todas as denúncias e provas, não é sequer julgada. Manter o governo Dilma/Lula é se curvar a uma quadrilha que se apoderou do poder. O processo de impeachment deve correr em paralelo à evolução das investigações. Basta a Polícia Federal bater na porta certa que o clamor popular dará conta de levar o recado ao Congresso.
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A porta certa para o impeachmentNem a tradicional calmaria do recesso parlamentar no início do ano aliviou a sequência de fatos negativos gerados pelas crises econômica e política. Não bastasse isso, o governo sinaliza dar os mesmos passos equivocados que nos trouxeram até aqui. Se em 2014 houve o prenúncio da crise e em 2015 o estabelecimento da recessão, 2016 já está se configurando como um ano de agravamento dos sintomas decorrentes desse mal. A inflação de dois dígitos ressurgiu em janeiro com o patamar elevadíssimo. No mercado de trabalho, começamos o período com 1,5 milhão a menos de empregos, com queda no valor dos salários. Isso tudo no discurso populista do governo Dilma se tornou motivo de comemoração porque "as conquistas dos trabalhadores não foram destruídas". O cenário de ingovernabilidade também persiste, embora mais uma vez o Palácio do Planalto tente vender a ideia de que o pior momento já passou. Sem apoio dos setores produtivos, da população e muito menos do Congresso, a tentativa de recriar uma CPMF é pura ficção. O governo aposta todas as suas fichas para equilibrar as contas públicas na recriação do imposto, embora mal possua base para passar o assunto nas comissões antes de ir a plenário. Ainda assim, ideólogos e marqueteiros se organizam para tentar vender uma campanha de que a CPMF será um "imposto sobre os ricos", o que não faz o menor sentido –não que isso importe para eles. Agora insiste em medidas de crédito com taxas favorecidas e expansão da despesa pública. A velha ladainha de que a ampliação dos gastos atrairia mais investidores, fato que já é errado por si só, mas se torna ainda mais inverídico porque ninguém vai querer investir em um país que somente em um ano cai sete posições no ranking de corrupção e segue sob o controle da mesma organização criminosa desbaratada. Por outro lado, os cães de guarda do partido, sob a tutela da "vivalma mais honesta do país", ajustaram o alvo para atacar as instituições democráticas do país via Operação Lava Jato. Nada menos republicano, nada menos ofensivo ao Estado, nada menos desesperado. As investigações já estão tão próximas do ex-presidente que já batem na porta do vizinho –literalmente. Ao tentar desqualificar Justiça Federal, Polícia Federal e Ministério Público, a única coisa que Lula e sua turma conseguem é assegurar que as investigações estão indo no rumo certo. Quanto mais chiadeira do PT, mais próximo estamos de chegar ao núcleo central dessa quadrilha. E Dilma ainda fala em diálogo com a oposição. Sabemos do pensamento intransigente de uma presidente que só cede quando é encurralada pela militância bolivariana do PT, que volta e meia tenta dar seus pitacos na política econômica levando a uma situação a qual nem o Joaquim Levy aguentou. A oposição e demais formadores de opinião sempre apontaram caminhos, mas Dilma escolheu o sentido oposto e rotulou todos de "pessimistas". O que 7 em cada 10 brasileiros já sinalizam de forma muito clara é que não dá mais aceitar o lulopetismo comandando o país. O Congresso volta na segunda-feira (1º) mais sob pressão do que em dezembro. Se a Justiça afasta a chapa do governador do Amazonas, José Melo, por compra de votos, a de Dilma, com todas as denúncias e provas, não é sequer julgada. Manter o governo Dilma/Lula é se curvar a uma quadrilha que se apoderou do poder. O processo de impeachment deve correr em paralelo à evolução das investigações. Basta a Polícia Federal bater na porta certa que o clamor popular dará conta de levar o recado ao Congresso.
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Quem não é homem?, repetia agressor antes de mais um feminicídio em SP
"Quem não é homem?", perguntou André Luis Martins Santos repetidas vezes, enquanto estrangulava a mãe de seu filho, Mizaelly Mirelly da Silva, de 22 anos. Antes de morrer, a vítima ainda respondeu: "Você não é homem", segundo depoimento de André à polícia, após ter confessado o assassinato. Além de Mizaelly, o homem matou um bebê de sete meses, Miguel, registrado como seu filho. Segundo a investigação, os jovens tiveram um relacionamento, mas André era contra a gravidez e teria pedido que a mulher abortasse. Pernambucana, Mizaelly trabalhava em um supermercado em São Paulo e morava com a irmã, que estava fora da cidade no dia do crime. Os corpos foram encontrados em 16 de agosto, na casa de Mizaelly, no Jaguaré, zona oeste de SP. A mulher estava seminua, com um lençol amarrado no pescoço. O filho foi achado em uma banheira de bebê, também despido. No depoimento à polícia, André, de 25 anos, afirma que foi até a casa de Mizaelly, e os dois teriam dormido juntos, até o bebê acordar de madrugada. Neste momento, André afirma ter começado uma discussão com a vítima, porque ela se negava a continuar o relacionamento com ele. "A vítima teria dito que não podia mais sair com ele, porque estaria saindo com uma outra pessoa. E que essa pessoa era um homem de verdade, que queria assumir um relacionamento sério e que o bebê talvez nem fosse filho dele [de André]", relatou a delegada Ana Paula Rodrigues, da 5ª delegacia de crimes contra a criança e o adolescente. Durante a briga, André contou ter imobilizado e estrangulado Mizaelly. Em seguida, levou o bebê para o banheiro, mas afirma não ter lembrança do que fez com a criança. Voltou ainda ao quarto para amarrar uma ponta do lençol no pescoço da mulher e a outra na cabeceira da cama, para "finalizar". "Esse foi o termo que ele usou", disse a delegada. André está preso temporariamente por 30 dias. Não é exceção a forma como Mizaelly foi morta, descrita pela delegada responsável como feminicídio, quando a motivação do assassinato de uma mulher está ligada ao fato de ela ser mulher. Ao menos outros quatro casos foram registrados em São Paulo em apenas dois dias. Na segunda (21), o policial militar Mauricio de Oliveira Gama, 47, matou a ex-mulher Celina Moura Mascarenha Gama, 35, com dois tiros na cabeça. Segundo a polícia, o filho de sete anos do casal presenciou o crime, cometido na casa da vítima, no Bom Retiro, centro de São Paulo. Na delegacia, o menino disse que viu a mãe caída no chão após os disparos. Ele perguntou ao pai o que tinha acontecido e ouviu: "Isso aqui é para a sua mãe descansar um pouco." Maurício Gama informou em depoimento que estava separado de Celina por quase um ano, e o casal disputava a guarda do filho. Após o crime, o PM se entregou e foi levado para um presídio exclusivo para policiais. O caso também será acompanhado pela Corregedoria da PM. O militar vai responder na Justiça por homicídio, lesão corporal e violência doméstica. Mas o delegado Eder Pereira e Silva, que investiga o caso, não descarta o crime de feminicídio. "A lei é muito clara. Ela foi morta numa circunstância de violência doméstica e o feminicídio está qualificado nisso",disse. No mesmo dia, por volta das 16h, Jailson Ferreira de Souza estrangulou e matou a namorada Siria Silva Souza, após uma discussão na rua, na região do Jardim Ângela, zona sul da capital paulista. Jailson se apresentou na delegacia e está preso. Em outro caso, no domingo (20), o delegado Cristian Lanfredi, 42, que trabalhava na Assembleia Legislativa, matou a tiros sua mulher, a juíza Cláudia Zerati, e depois se suicidou na casa do casal, em área nobre da zona oeste. Ainda no domingo, em Guarujá, no litoral sul, a atendente de enfermagem Nathalia Aparecida dos Santos Silva, 20, e o irmão dela, o estudante Matheus Santos Silva, 12 anos, foram mortos a facadas. O suspeito do crime é um garçom de 24 anos, ex-namorado de Nathalia, que estaria inconformado com o fim do relacionamento entre eles. MAIS ATENÇÃO Para a delegada Ana Paula Rodrigues, que investiga o caso de Mizaelly, não há um aumento dos casos de homicídios de mulheres. "Esses crimes sempre existiram, mas estão aparecendo mais. Agora os órgãos estatais dão mais atenção, na investigação e atendimento da vítima." O diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, concorda e destaca avanços legais, como a Lei Maria da Penha, 2006, e a Lei do Feminicídio, de 2015. "Elas deram mais visibilidade a crimes do tipo, ao discriminar agressões contra a mulher de uma agressão comum." Lima, da ONG que reúne especialistas no tema, aponta a profunda crise na segurança como agravante no combate ao feminicídio. Já a representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, afirma que é fundamental atacar as raízes desse tipo de crime. "A causa é estrutural. É um crime de ódio, com crueldade. É a mesma coisa do estupro –o que motiva não é o desejo [sexual], é o desejo de dominação. 'Agora eu vou demonstrar que tenho força, que eu sou seu dono, que tenho poder'. Essa é a base do machismo", diz. Assim, a especialista reforça a importância de debater o tema na educação. "Tem gente que ainda discute sobre educar ou não sobre gênero nas escolas, quando a base desses crimes é justamente essa desigualdade." Colaboraram MARTHA ALVES e o "AGORA"
cotidiano
Quem não é homem?, repetia agressor antes de mais um feminicídio em SP"Quem não é homem?", perguntou André Luis Martins Santos repetidas vezes, enquanto estrangulava a mãe de seu filho, Mizaelly Mirelly da Silva, de 22 anos. Antes de morrer, a vítima ainda respondeu: "Você não é homem", segundo depoimento de André à polícia, após ter confessado o assassinato. Além de Mizaelly, o homem matou um bebê de sete meses, Miguel, registrado como seu filho. Segundo a investigação, os jovens tiveram um relacionamento, mas André era contra a gravidez e teria pedido que a mulher abortasse. Pernambucana, Mizaelly trabalhava em um supermercado em São Paulo e morava com a irmã, que estava fora da cidade no dia do crime. Os corpos foram encontrados em 16 de agosto, na casa de Mizaelly, no Jaguaré, zona oeste de SP. A mulher estava seminua, com um lençol amarrado no pescoço. O filho foi achado em uma banheira de bebê, também despido. No depoimento à polícia, André, de 25 anos, afirma que foi até a casa de Mizaelly, e os dois teriam dormido juntos, até o bebê acordar de madrugada. Neste momento, André afirma ter começado uma discussão com a vítima, porque ela se negava a continuar o relacionamento com ele. "A vítima teria dito que não podia mais sair com ele, porque estaria saindo com uma outra pessoa. E que essa pessoa era um homem de verdade, que queria assumir um relacionamento sério e que o bebê talvez nem fosse filho dele [de André]", relatou a delegada Ana Paula Rodrigues, da 5ª delegacia de crimes contra a criança e o adolescente. Durante a briga, André contou ter imobilizado e estrangulado Mizaelly. Em seguida, levou o bebê para o banheiro, mas afirma não ter lembrança do que fez com a criança. Voltou ainda ao quarto para amarrar uma ponta do lençol no pescoço da mulher e a outra na cabeceira da cama, para "finalizar". "Esse foi o termo que ele usou", disse a delegada. André está preso temporariamente por 30 dias. Não é exceção a forma como Mizaelly foi morta, descrita pela delegada responsável como feminicídio, quando a motivação do assassinato de uma mulher está ligada ao fato de ela ser mulher. Ao menos outros quatro casos foram registrados em São Paulo em apenas dois dias. Na segunda (21), o policial militar Mauricio de Oliveira Gama, 47, matou a ex-mulher Celina Moura Mascarenha Gama, 35, com dois tiros na cabeça. Segundo a polícia, o filho de sete anos do casal presenciou o crime, cometido na casa da vítima, no Bom Retiro, centro de São Paulo. Na delegacia, o menino disse que viu a mãe caída no chão após os disparos. Ele perguntou ao pai o que tinha acontecido e ouviu: "Isso aqui é para a sua mãe descansar um pouco." Maurício Gama informou em depoimento que estava separado de Celina por quase um ano, e o casal disputava a guarda do filho. Após o crime, o PM se entregou e foi levado para um presídio exclusivo para policiais. O caso também será acompanhado pela Corregedoria da PM. O militar vai responder na Justiça por homicídio, lesão corporal e violência doméstica. Mas o delegado Eder Pereira e Silva, que investiga o caso, não descarta o crime de feminicídio. "A lei é muito clara. Ela foi morta numa circunstância de violência doméstica e o feminicídio está qualificado nisso",disse. No mesmo dia, por volta das 16h, Jailson Ferreira de Souza estrangulou e matou a namorada Siria Silva Souza, após uma discussão na rua, na região do Jardim Ângela, zona sul da capital paulista. Jailson se apresentou na delegacia e está preso. Em outro caso, no domingo (20), o delegado Cristian Lanfredi, 42, que trabalhava na Assembleia Legislativa, matou a tiros sua mulher, a juíza Cláudia Zerati, e depois se suicidou na casa do casal, em área nobre da zona oeste. Ainda no domingo, em Guarujá, no litoral sul, a atendente de enfermagem Nathalia Aparecida dos Santos Silva, 20, e o irmão dela, o estudante Matheus Santos Silva, 12 anos, foram mortos a facadas. O suspeito do crime é um garçom de 24 anos, ex-namorado de Nathalia, que estaria inconformado com o fim do relacionamento entre eles. MAIS ATENÇÃO Para a delegada Ana Paula Rodrigues, que investiga o caso de Mizaelly, não há um aumento dos casos de homicídios de mulheres. "Esses crimes sempre existiram, mas estão aparecendo mais. Agora os órgãos estatais dão mais atenção, na investigação e atendimento da vítima." O diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, concorda e destaca avanços legais, como a Lei Maria da Penha, 2006, e a Lei do Feminicídio, de 2015. "Elas deram mais visibilidade a crimes do tipo, ao discriminar agressões contra a mulher de uma agressão comum." Lima, da ONG que reúne especialistas no tema, aponta a profunda crise na segurança como agravante no combate ao feminicídio. Já a representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, afirma que é fundamental atacar as raízes desse tipo de crime. "A causa é estrutural. É um crime de ódio, com crueldade. É a mesma coisa do estupro –o que motiva não é o desejo [sexual], é o desejo de dominação. 'Agora eu vou demonstrar que tenho força, que eu sou seu dono, que tenho poder'. Essa é a base do machismo", diz. Assim, a especialista reforça a importância de debater o tema na educação. "Tem gente que ainda discute sobre educar ou não sobre gênero nas escolas, quando a base desses crimes é justamente essa desigualdade." Colaboraram MARTHA ALVES e o "AGORA"
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Em protesto, caminhoneiros bloqueiam rodovias em quatro Estados
Em protesto contra a alta dos preços dos combustíveis, dos pedágios e dos valores dos tributos sobre o transporte, caminhoneiros bloqueiam parcialmente ao menos 38 pontos em rodovias estaduais e federais do Paraná, Mato Grosso, Santa Catarina e Rio Grande do Sul neste domingo (22). Caminhões de carga, exceto cargas vivas, de ração e de leite, estão parados nos acostamentos. As informações sobre os pontos de bloqueios foram obtidas nas polícias rodoviárias estaduais e federais. A intenção é que o movimento, que começou na quarta-feira (18) no Paraná e em Santa Catarina, seja expandido para o resto do país ao longo da semana, de acordo com Tobias Brombilla, diretor da Associação dos Caminhoneiros de Rodeio Bonito (RS). "O setor de transporte de carga está passando por uma crise histórica, sem que os caminhoneiros consigam ter retorno", afirmou. Segundo ele, os caminhoneiros do Rio Grande do Sul iniciaram a paralisação neste domingo durante a manhã e os caminhões deverão ser liberados para seguir viagem à noite. De acordo com as polícias, mesmo com o protesto, os demais veículos não enfrentam problemas nas estradas, já que o bloqueio é parcial. O Paraná registrou a maior concentração de caminhoneiros parados, ocupando 22 pontos de estradas. Em cada trecho há, no mínimo, 100 caminhões, segundo as polícias. Em São Miguel do Oeste, em Santa Catarina, havia 300 caminhões parados, de acordo com Vilmar Bonora, um dos líderes do movimento. Ainda segundo ele, caminhões que transportam combustível também estão parados, o que já está causando prejuízos no município; até a tarde, três postos estavam sem combustível nas bombas. "Só passa caminhão que leva [combustível] para ambulâncias e bombeiros. O resto, fica", afirmou. Os caminhoneiros também pedem para que seja criada uma tabela de preços do frete baseada no km rodado e reclamam da jornada de trabalho implantada em setembro do ano passado, que fixou em oito horas diárias e um adicional de duas horas extras. Odi Antônio Zani, um dos líderes do movimento em Palmeira das Missões (RS), afirmou que os caminhoneiros estão registrando, em média, queda de 30% no faturamento mensal por causa da lei. "Eu tinha três caminhões rodando as estradas e faturava R$ 120 mil mensais no total. Tive de vender um caminhão e meu faturamento caiu para R$ 68 mil", afirmou. As paralisações devem continuar nesta segunda-feira (23), de acordo com os caminhoneiros.
mercado
Em protesto, caminhoneiros bloqueiam rodovias em quatro EstadosEm protesto contra a alta dos preços dos combustíveis, dos pedágios e dos valores dos tributos sobre o transporte, caminhoneiros bloqueiam parcialmente ao menos 38 pontos em rodovias estaduais e federais do Paraná, Mato Grosso, Santa Catarina e Rio Grande do Sul neste domingo (22). Caminhões de carga, exceto cargas vivas, de ração e de leite, estão parados nos acostamentos. As informações sobre os pontos de bloqueios foram obtidas nas polícias rodoviárias estaduais e federais. A intenção é que o movimento, que começou na quarta-feira (18) no Paraná e em Santa Catarina, seja expandido para o resto do país ao longo da semana, de acordo com Tobias Brombilla, diretor da Associação dos Caminhoneiros de Rodeio Bonito (RS). "O setor de transporte de carga está passando por uma crise histórica, sem que os caminhoneiros consigam ter retorno", afirmou. Segundo ele, os caminhoneiros do Rio Grande do Sul iniciaram a paralisação neste domingo durante a manhã e os caminhões deverão ser liberados para seguir viagem à noite. De acordo com as polícias, mesmo com o protesto, os demais veículos não enfrentam problemas nas estradas, já que o bloqueio é parcial. O Paraná registrou a maior concentração de caminhoneiros parados, ocupando 22 pontos de estradas. Em cada trecho há, no mínimo, 100 caminhões, segundo as polícias. Em São Miguel do Oeste, em Santa Catarina, havia 300 caminhões parados, de acordo com Vilmar Bonora, um dos líderes do movimento. Ainda segundo ele, caminhões que transportam combustível também estão parados, o que já está causando prejuízos no município; até a tarde, três postos estavam sem combustível nas bombas. "Só passa caminhão que leva [combustível] para ambulâncias e bombeiros. O resto, fica", afirmou. Os caminhoneiros também pedem para que seja criada uma tabela de preços do frete baseada no km rodado e reclamam da jornada de trabalho implantada em setembro do ano passado, que fixou em oito horas diárias e um adicional de duas horas extras. Odi Antônio Zani, um dos líderes do movimento em Palmeira das Missões (RS), afirmou que os caminhoneiros estão registrando, em média, queda de 30% no faturamento mensal por causa da lei. "Eu tinha três caminhões rodando as estradas e faturava R$ 120 mil mensais no total. Tive de vender um caminhão e meu faturamento caiu para R$ 68 mil", afirmou. As paralisações devem continuar nesta segunda-feira (23), de acordo com os caminhoneiros.
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Incêndio em fábrica de sapatos deixa 72 mortos nas Filipinas
Um incêndio iniciado nesta quarta (13) em uma fábrica de sapatos na região metropolitana de Manila, capital das Filipinas, deixou 72 mortos. Segundo parentes das vítimas, o estabelecimento explorava os trabalhadores e não contava com medidas de segurança para evitar tragédias deste tipo. Os bombeiros e a polícia retiraram dezenas de corpos do edifício de dois andares nesta quinta-feira (15) após as chamas terem sido apagadas. "Definitivamente, alguém será indiciado pelas mortes. Não importa se foi um acidente, pessoas morreram. Agora estamos investigando para determinar o que aconteceu. Com certeza alguém será indiciado", disse o chefe da polícia nacional, Leonardo Espina. O incêndio teria começado após as faíscas de um soldador utilizado em uma porta atingirem material inflamável armazenado no estabelecimento. A fábrica, que ficava em um distrito industrial de Valenzuela, ao norte da capital filipina, produzia calçados para o mercado local. Os funcionários eram remunerados abaixo do salário mínimo, trabalhavam cercados de produtos químicos e não eram orientados sobre as normas de segurança contra incêndios, segundo os sobreviventes e os parentes das vítimas. "As famílias estão furiosas com o que aconteceu, jamais esqueceremos", disse Rodrigo Nabor, que tinha duas irmãs que trabalhavam na fábrica. Nabor é um dos parentes que aguardavam em uma sala da prefeitura, transformada em necrotério improvisado após a chegada dos corpos. Suas irmãs, Bernardita, 32, e Jennylyn, 26, reclamavam com frequência do cheiro dos produtos químicos da fábrica, disse Nabor. O sobrevivente Lisandro Mendoza, de 23 anos, contou que escapou pela porta dos fundos e confirmou que a empresa não havia apresentado instruções sobre as normas de segurança desde que havia sido contratado, há cinco meses. Mendoza revelou que trabalhava misturando componentes químicos durante 12 horas por dia, os sete dias da semana, por 3.500 pesos (cerca de R$ 240). Outra sobrevivente, Janet Victoriano, também citou as poucas medidas de segurança contra incêndios da fábrica. "Nunca participei de uma simulação de incêndio", disse Victoriano, que trabalhava no local há cinco anos. Incêndios grandes são frequentes nas áreas pobres das Filipinas.
mundo
Incêndio em fábrica de sapatos deixa 72 mortos nas FilipinasUm incêndio iniciado nesta quarta (13) em uma fábrica de sapatos na região metropolitana de Manila, capital das Filipinas, deixou 72 mortos. Segundo parentes das vítimas, o estabelecimento explorava os trabalhadores e não contava com medidas de segurança para evitar tragédias deste tipo. Os bombeiros e a polícia retiraram dezenas de corpos do edifício de dois andares nesta quinta-feira (15) após as chamas terem sido apagadas. "Definitivamente, alguém será indiciado pelas mortes. Não importa se foi um acidente, pessoas morreram. Agora estamos investigando para determinar o que aconteceu. Com certeza alguém será indiciado", disse o chefe da polícia nacional, Leonardo Espina. O incêndio teria começado após as faíscas de um soldador utilizado em uma porta atingirem material inflamável armazenado no estabelecimento. A fábrica, que ficava em um distrito industrial de Valenzuela, ao norte da capital filipina, produzia calçados para o mercado local. Os funcionários eram remunerados abaixo do salário mínimo, trabalhavam cercados de produtos químicos e não eram orientados sobre as normas de segurança contra incêndios, segundo os sobreviventes e os parentes das vítimas. "As famílias estão furiosas com o que aconteceu, jamais esqueceremos", disse Rodrigo Nabor, que tinha duas irmãs que trabalhavam na fábrica. Nabor é um dos parentes que aguardavam em uma sala da prefeitura, transformada em necrotério improvisado após a chegada dos corpos. Suas irmãs, Bernardita, 32, e Jennylyn, 26, reclamavam com frequência do cheiro dos produtos químicos da fábrica, disse Nabor. O sobrevivente Lisandro Mendoza, de 23 anos, contou que escapou pela porta dos fundos e confirmou que a empresa não havia apresentado instruções sobre as normas de segurança desde que havia sido contratado, há cinco meses. Mendoza revelou que trabalhava misturando componentes químicos durante 12 horas por dia, os sete dias da semana, por 3.500 pesos (cerca de R$ 240). Outra sobrevivente, Janet Victoriano, também citou as poucas medidas de segurança contra incêndios da fábrica. "Nunca participei de uma simulação de incêndio", disse Victoriano, que trabalhava no local há cinco anos. Incêndios grandes são frequentes nas áreas pobres das Filipinas.
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Cientistas tentam descobrir como os médicos pensam
Para um médico, pensar e chegar a um diagnóstico é uma atividade mental tão sofisticada quanto aquela realizada no reconhecimento de que um animal de quatro patas, que abana o rabo e fala "au, au" é um cachorro. De certo modo, essa foi uma das conclusões às quais chegaram cientistas da USP após terem tido a audácia de investigar o que se passa na cabeça de um médico enquanto ele tenta bater o martelo sobre qual doença aflige um paciente. A técnica usada não foi a leitura de pensamentos (ainda indisponível no mercado), mas a ressonância magnética funcional, que é capaz de detectar quais áreas do cérebro estão mais ativas em um determinado momento. Será virose? Com ela, os cientistas chegaram à não tão inesperada conclusão de que não é muito diferente o processo de reconhecimento de objetos daquele de diagnosticar pacientes. No estudo, foram apresentadas palavras-chave ligadas a sintomas e a outros dados dos pacientes, como "febre", "dor", "vermelhidão na pele", "depressão" e "teste positivo para o HIV". Um resultado importante é que, quando o médico recebe uma informação mais específica (como um exame mostrando presença do HIV), ele tende a dar menos bola para outros sintomas menos chamativos. "Nossa hipótese era a de que informações diagnósticas inespecíficas evocariam mais atividade em áreas do cérebro ligadas à atenção, para dar conta da maior demanda cognitiva relacionada com a incerteza, quando comparadas com informações altamente diagnósticas", diz o médico Marcio Melo, pesquisador associado à Faculdade de Medicina da USP e principal autor do estudo. "Os resultados mostram que houve uma redução de atividade nessas áreas quando uma informação altamente diagnóstica era apresentada logo no início da tarefa." O problema é que, em alguns casos, aspectos importantes e que mereciam atenção, como uma depressão, podem ser deixados de lado. Em outros, pode haver um diagnóstico errado, já que com o baixo nível de atenção do cérebro, outros dados importantes podem ser ignorados, explica o autor. Um possível desdobramento do estudo, afirma o pesquisador, é a criação de um software que pode auxiliar o médico no diagnóstico ao deixar destacadas as opções que seriam facilmente descartadas pelo algoritmo mental do profissional. "Seria um recurso importante, porque ninguém consegue ficar se monitorando o tempo todo, principalmente se você tem apenas 15 minutos de consulta, tempo médio de atendimento no Brasil e no exterior", afirma Melo. PALAVRAS Ao investigar os momentos em que surgiam as respostas cerebrais nos médicos, o trabalho dos pesquisadores da USP acabou caminhando por uma trilha menos óbvia. Foi observado que uma pequena fração do cérebro está ativa durante o período de decisão dos médicos. Esse padrão, segundo o estudo, muda completamente com o início da vocalização –e essa atividade engloba áreas envolvidas na consciência e na audição. "Seria o cérebro se preparando para ouvir a própria resposta", interpreta Melo. "Outros trabalhos já propuseram que temos que escutar, em voz alta ou falando só em pensamento, a nossa própria fala para termos consciência dos nossos pensamentos verbais. Concluímos que esta atividade cerebral no início da vocalização está relacionada aos participantes tomarem consciência das próprias respostas." Na prática, diz o médico, os resultados podem ser uma prova da importância do processo de conversar consigo mesmo para o aprendizado. "Ao expor suas ideias, de repente você descobre coisas das quais não sabia antes. Há coisas que acontecem no cotidiano e que de repente você entende, mas que ganham clareza após você falar a respeito. O mesmo acontece quando você lê o que escreve", afirma. "Deve haver um mecanismo neurológico subjacente que explique isso, mas nós ainda não conhecemos." Os achados foram publicados na revista "Scientific Reports", do grupo Nature. LINGUÍSTICA Os achados do trabalho de Melo e colaboradores sobre o funcionamento do cérebro de médicos durante o diagnóstico de doenças pode ter impacto não só na ciência médica, mas também na linguística. Essa é a opinião do especialista Luiz Carlos Cagliari, linguista e professor aposentado da Unesp. Indo por esse caminho, a discussão acaba descambando para tópicos mais sofisticados, como as hipóteses sobre o funcionamento da consciência, da memória e a definição do que é um pensamento. "É muito interessante que um médico use sua memória para fazer diagnósticos e receitar tratamentos. Aliás, isso é de se esperar. Porém, a memória por si só não forma uma conclusão, apenas contribui com elementos que devem ser elaborados no pensamento médico de cada caso circunstancialmente", diz Cagliari. "É nesse momento que aparece a consciência de fazer certo, errado ou duvidoso. Essa reflexão não se traduz no que o médico realmente diz, mas fica em sua mente como uma forma de consciência do que foi pensado", afirma. VELOCIDADE O conhecimento sobre o funcionamento da cabeça de um médico (e possivelmente também de qualquer um que use linguagem para pensar) foi possível graças a um ajuste metodológico na hora de se adquirir os dados de ressonância magnética funcional. O macete, segundo o Márcio Melo, da USP, foi obter as informações em um intervalo até dez vezes mais curto, permitindo que a atividade cerebral pudesse ser detectada com a precisão temporal de fração de segundo, em vez de apenas a cada dois ou três segundos, como ocorre convencionalmente.
ciencia
Cientistas tentam descobrir como os médicos pensamPara um médico, pensar e chegar a um diagnóstico é uma atividade mental tão sofisticada quanto aquela realizada no reconhecimento de que um animal de quatro patas, que abana o rabo e fala "au, au" é um cachorro. De certo modo, essa foi uma das conclusões às quais chegaram cientistas da USP após terem tido a audácia de investigar o que se passa na cabeça de um médico enquanto ele tenta bater o martelo sobre qual doença aflige um paciente. A técnica usada não foi a leitura de pensamentos (ainda indisponível no mercado), mas a ressonância magnética funcional, que é capaz de detectar quais áreas do cérebro estão mais ativas em um determinado momento. Será virose? Com ela, os cientistas chegaram à não tão inesperada conclusão de que não é muito diferente o processo de reconhecimento de objetos daquele de diagnosticar pacientes. No estudo, foram apresentadas palavras-chave ligadas a sintomas e a outros dados dos pacientes, como "febre", "dor", "vermelhidão na pele", "depressão" e "teste positivo para o HIV". Um resultado importante é que, quando o médico recebe uma informação mais específica (como um exame mostrando presença do HIV), ele tende a dar menos bola para outros sintomas menos chamativos. "Nossa hipótese era a de que informações diagnósticas inespecíficas evocariam mais atividade em áreas do cérebro ligadas à atenção, para dar conta da maior demanda cognitiva relacionada com a incerteza, quando comparadas com informações altamente diagnósticas", diz o médico Marcio Melo, pesquisador associado à Faculdade de Medicina da USP e principal autor do estudo. "Os resultados mostram que houve uma redução de atividade nessas áreas quando uma informação altamente diagnóstica era apresentada logo no início da tarefa." O problema é que, em alguns casos, aspectos importantes e que mereciam atenção, como uma depressão, podem ser deixados de lado. Em outros, pode haver um diagnóstico errado, já que com o baixo nível de atenção do cérebro, outros dados importantes podem ser ignorados, explica o autor. Um possível desdobramento do estudo, afirma o pesquisador, é a criação de um software que pode auxiliar o médico no diagnóstico ao deixar destacadas as opções que seriam facilmente descartadas pelo algoritmo mental do profissional. "Seria um recurso importante, porque ninguém consegue ficar se monitorando o tempo todo, principalmente se você tem apenas 15 minutos de consulta, tempo médio de atendimento no Brasil e no exterior", afirma Melo. PALAVRAS Ao investigar os momentos em que surgiam as respostas cerebrais nos médicos, o trabalho dos pesquisadores da USP acabou caminhando por uma trilha menos óbvia. Foi observado que uma pequena fração do cérebro está ativa durante o período de decisão dos médicos. Esse padrão, segundo o estudo, muda completamente com o início da vocalização –e essa atividade engloba áreas envolvidas na consciência e na audição. "Seria o cérebro se preparando para ouvir a própria resposta", interpreta Melo. "Outros trabalhos já propuseram que temos que escutar, em voz alta ou falando só em pensamento, a nossa própria fala para termos consciência dos nossos pensamentos verbais. Concluímos que esta atividade cerebral no início da vocalização está relacionada aos participantes tomarem consciência das próprias respostas." Na prática, diz o médico, os resultados podem ser uma prova da importância do processo de conversar consigo mesmo para o aprendizado. "Ao expor suas ideias, de repente você descobre coisas das quais não sabia antes. Há coisas que acontecem no cotidiano e que de repente você entende, mas que ganham clareza após você falar a respeito. O mesmo acontece quando você lê o que escreve", afirma. "Deve haver um mecanismo neurológico subjacente que explique isso, mas nós ainda não conhecemos." Os achados foram publicados na revista "Scientific Reports", do grupo Nature. LINGUÍSTICA Os achados do trabalho de Melo e colaboradores sobre o funcionamento do cérebro de médicos durante o diagnóstico de doenças pode ter impacto não só na ciência médica, mas também na linguística. Essa é a opinião do especialista Luiz Carlos Cagliari, linguista e professor aposentado da Unesp. Indo por esse caminho, a discussão acaba descambando para tópicos mais sofisticados, como as hipóteses sobre o funcionamento da consciência, da memória e a definição do que é um pensamento. "É muito interessante que um médico use sua memória para fazer diagnósticos e receitar tratamentos. Aliás, isso é de se esperar. Porém, a memória por si só não forma uma conclusão, apenas contribui com elementos que devem ser elaborados no pensamento médico de cada caso circunstancialmente", diz Cagliari. "É nesse momento que aparece a consciência de fazer certo, errado ou duvidoso. Essa reflexão não se traduz no que o médico realmente diz, mas fica em sua mente como uma forma de consciência do que foi pensado", afirma. VELOCIDADE O conhecimento sobre o funcionamento da cabeça de um médico (e possivelmente também de qualquer um que use linguagem para pensar) foi possível graças a um ajuste metodológico na hora de se adquirir os dados de ressonância magnética funcional. O macete, segundo o Márcio Melo, da USP, foi obter as informações em um intervalo até dez vezes mais curto, permitindo que a atividade cerebral pudesse ser detectada com a precisão temporal de fração de segundo, em vez de apenas a cada dois ou três segundos, como ocorre convencionalmente.
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Lula foi mentiroso e machista em grampo, diz Marta Suplicy
A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) classificou como "mentiroso e machista" o comentário, gravado em grampo, em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ironiza as vaias recebidas pela ex-petista no protesto a favor do impeachment, no último domingo, na avenida Paulista. Em conversa com o então ministro Jaques Wagner, interceptada pela Polícia Federal, Lula afirma que a senadora "teve que se trancar na Fies. Foi chamada de puta, vagabunda, vira-casaca". Ao que Wagner responde: "É bom pra nega aprender". Além de Marta, também foram hostilizados pelos manifestantes o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador mineiro Aécio Neves, ambos do PSDB. No fim de semana, a senadora divulgou nota afirmando que não vaiada. Marta diz também que o conteúdo das conversas entre Lula e seus interlocutores "deplorável" e afirma concordar com as declarações do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello de que classificou as falas como "ofensivas e grosseiras. Uma reação torpe e indigna". O diálogo entre Lula e Wagner está entre os revelados com o fim do sigilo decidido pelo juiz Sergio Moro, em Curitiba, decretado nesta quarta-feira (16) em relação às ligações interceptadas pela Polícia Federal, no âmbito das investigações da Operação Lava Jato.
poder
Lula foi mentiroso e machista em grampo, diz Marta SuplicyA senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) classificou como "mentiroso e machista" o comentário, gravado em grampo, em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ironiza as vaias recebidas pela ex-petista no protesto a favor do impeachment, no último domingo, na avenida Paulista. Em conversa com o então ministro Jaques Wagner, interceptada pela Polícia Federal, Lula afirma que a senadora "teve que se trancar na Fies. Foi chamada de puta, vagabunda, vira-casaca". Ao que Wagner responde: "É bom pra nega aprender". Além de Marta, também foram hostilizados pelos manifestantes o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador mineiro Aécio Neves, ambos do PSDB. No fim de semana, a senadora divulgou nota afirmando que não vaiada. Marta diz também que o conteúdo das conversas entre Lula e seus interlocutores "deplorável" e afirma concordar com as declarações do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello de que classificou as falas como "ofensivas e grosseiras. Uma reação torpe e indigna". O diálogo entre Lula e Wagner está entre os revelados com o fim do sigilo decidido pelo juiz Sergio Moro, em Curitiba, decretado nesta quarta-feira (16) em relação às ligações interceptadas pela Polícia Federal, no âmbito das investigações da Operação Lava Jato.
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EUA ameaçam 'moderar compromisso' se aliados não gastarem mais na Otan
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, advertiu nesta quarta-feira (15) seus aliados da Otan —aliança militar ocidental— que Washington pode "moderar o seu compromisso" para a aliança, se seus aliados não aumentarem seus gastos militares. "Se suas nações não quiserem ver a América moderar o seu compromisso com esta aliança, cada uma das capitais precisa mostrar o seu apoio à nossa defesa comum", afirmou Mattis aos seus colegas na primeira reunião de ministros da Defesa da Otan após a posse de Donald Trump, no dia 20 de janeiro. Os Estados Unidos contribuem com mais de 70% da receita da aliança. Dos 28 integrantes do bloco, apenas cinco cumprem com a regra de gastar 2% do PIB em defesa. Desde a campanha presidencial, Trump critica a desigualdade na contribuição financeira de cada membro da aliança. No início deste mês, ele voltou ao tema: "Nós só questionamos que todos os membros da Otan façam suas devidas e integrais contribuições à aliança, o que muitos não estão fazendo. Muitos deles não chegam nem perto disso". Trump afirmou, porém, que apoia "fortemente" a aliança.
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EUA ameaçam 'moderar compromisso' se aliados não gastarem mais na OtanO secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, advertiu nesta quarta-feira (15) seus aliados da Otan —aliança militar ocidental— que Washington pode "moderar o seu compromisso" para a aliança, se seus aliados não aumentarem seus gastos militares. "Se suas nações não quiserem ver a América moderar o seu compromisso com esta aliança, cada uma das capitais precisa mostrar o seu apoio à nossa defesa comum", afirmou Mattis aos seus colegas na primeira reunião de ministros da Defesa da Otan após a posse de Donald Trump, no dia 20 de janeiro. Os Estados Unidos contribuem com mais de 70% da receita da aliança. Dos 28 integrantes do bloco, apenas cinco cumprem com a regra de gastar 2% do PIB em defesa. Desde a campanha presidencial, Trump critica a desigualdade na contribuição financeira de cada membro da aliança. No início deste mês, ele voltou ao tema: "Nós só questionamos que todos os membros da Otan façam suas devidas e integrais contribuições à aliança, o que muitos não estão fazendo. Muitos deles não chegam nem perto disso". Trump afirmou, porém, que apoia "fortemente" a aliança.
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PT e evangélicos articulam para Feliciano ser vice de Direitos Humanos
O PT e a bancada evangélica ensaiam um acordo para a definição dos principais cargos da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados que pode colocar o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) de novo no comando. Desta vez, no entanto, ele assumiria uma das vagas de vice-presidente do colegiado, e seu adversário político Jean Wyllys (PSOL-RJ), outra. Feliciano foi protagonista da maior crise envolvendo a comissão, quando assumiu a presidência em 2013. Por quase três meses a Câmara enfrentou protestos de representantes de movimentos negros, gays e feministas contra o pastor evangélico. O deputado protagonizou falas polêmicas contra esses grupos e sempre negou qualquer ato de discriminação. Mesmo com a pressão, o deputado permaneceu na presidência e até comandou a aprovação da chamada cura gay, proposta que permitia a psicólogos oferecerem tratamento a homossexualidade, que acabou arquivada após ser alvo de duras críticas nas manifestações de junho. O entendimento está sendo costurado por deputados do PT, PSB e PR, com integrantes da bancada evangélica. A ideia é viabilizar a eleição do deputado Paulo Pimenta (PT-RS) para a presidência do colegiado. Como os religiosos são maioria na comissão, o petista corre o risco de não ser eleito por falta de votos suficientes ou enfrentar manobras regimentais para adiar sua eleição. Pelo acordo de líderes que dividiu o comando das comissões da Casa entre os partidos, caberia a um petista a de Direitos Humanos. Os deputados religiosos, no entanto, defendiam quebrar o acordo e retomar o comando da comissão, com a candidatura do deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ), aliado do pastor Silas Malafaia e pastor da Assembleia de Deus. O PSD, para evitar a quebra de acordo, tirou Cavalcante da titularidade da comissão e o passou para a suplência, o que o impedia de disputar a presidência com uma candidatura avulsa. Nos últimos dias, Cavalcante chegou a negociar uma vaga com o PR para tentar concorrer ao comando, mas a liderança do partido barrou. São os líderes os responsáveis pela indicação dos integrantes das comissões. Cavalcante chegou a contratar modelos para distribuir nas entrada do Congresso nesta quarta um panfleto defendendo seu direito de disputar o cargo. "Não consegui nada", afirmou. CONTRA DERROTA Para evitar uma derrota, os petistas procuraram os evangélicos para negociar as vices-presidências. O nome de Feliciano teria sido o de consenso na bancada. O vice é responsável por substituir o presidente no comando das sessões. Feliciano afirmou que está à disposição e disse que sempre esteve com a bandeira branca hasteada para negociar com todos os lados. "É um exemplo importante para mostrar que no Congresso Nacional existe o diálogo. A política é feita de diálogo", disse Feliciano. Pelas articulações, Wyllys (PSOL-RJ) ficaria com a segunda-vice-presidência e a deputada evangélica Rosângela Gomes (PRB-RJ), com a terceira vaga. A eleição dos cargos está marcada para esta quarta, mas pode ser adiada porque as comissões da Câmara não podem funcionar enquanto estiver em andamento sessão do Congresso Nacional, que reúne deputados e senadores.
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PT e evangélicos articulam para Feliciano ser vice de Direitos HumanosO PT e a bancada evangélica ensaiam um acordo para a definição dos principais cargos da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados que pode colocar o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) de novo no comando. Desta vez, no entanto, ele assumiria uma das vagas de vice-presidente do colegiado, e seu adversário político Jean Wyllys (PSOL-RJ), outra. Feliciano foi protagonista da maior crise envolvendo a comissão, quando assumiu a presidência em 2013. Por quase três meses a Câmara enfrentou protestos de representantes de movimentos negros, gays e feministas contra o pastor evangélico. O deputado protagonizou falas polêmicas contra esses grupos e sempre negou qualquer ato de discriminação. Mesmo com a pressão, o deputado permaneceu na presidência e até comandou a aprovação da chamada cura gay, proposta que permitia a psicólogos oferecerem tratamento a homossexualidade, que acabou arquivada após ser alvo de duras críticas nas manifestações de junho. O entendimento está sendo costurado por deputados do PT, PSB e PR, com integrantes da bancada evangélica. A ideia é viabilizar a eleição do deputado Paulo Pimenta (PT-RS) para a presidência do colegiado. Como os religiosos são maioria na comissão, o petista corre o risco de não ser eleito por falta de votos suficientes ou enfrentar manobras regimentais para adiar sua eleição. Pelo acordo de líderes que dividiu o comando das comissões da Casa entre os partidos, caberia a um petista a de Direitos Humanos. Os deputados religiosos, no entanto, defendiam quebrar o acordo e retomar o comando da comissão, com a candidatura do deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ), aliado do pastor Silas Malafaia e pastor da Assembleia de Deus. O PSD, para evitar a quebra de acordo, tirou Cavalcante da titularidade da comissão e o passou para a suplência, o que o impedia de disputar a presidência com uma candidatura avulsa. Nos últimos dias, Cavalcante chegou a negociar uma vaga com o PR para tentar concorrer ao comando, mas a liderança do partido barrou. São os líderes os responsáveis pela indicação dos integrantes das comissões. Cavalcante chegou a contratar modelos para distribuir nas entrada do Congresso nesta quarta um panfleto defendendo seu direito de disputar o cargo. "Não consegui nada", afirmou. CONTRA DERROTA Para evitar uma derrota, os petistas procuraram os evangélicos para negociar as vices-presidências. O nome de Feliciano teria sido o de consenso na bancada. O vice é responsável por substituir o presidente no comando das sessões. Feliciano afirmou que está à disposição e disse que sempre esteve com a bandeira branca hasteada para negociar com todos os lados. "É um exemplo importante para mostrar que no Congresso Nacional existe o diálogo. A política é feita de diálogo", disse Feliciano. Pelas articulações, Wyllys (PSOL-RJ) ficaria com a segunda-vice-presidência e a deputada evangélica Rosângela Gomes (PRB-RJ), com a terceira vaga. A eleição dos cargos está marcada para esta quarta, mas pode ser adiada porque as comissões da Câmara não podem funcionar enquanto estiver em andamento sessão do Congresso Nacional, que reúne deputados e senadores.
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Hora de cortar juros, sem dó nem medo
O juro real "básico" no mercado está para ficar abaixo de 5%. Estava em 7,2% em outubro. Foi quando o Banco Central deu um chega para lá no "mercado", dizendo então que o juro "básico do BC" (Selic) cairia mais devagarzinho. Outra vez, o "mercado" está mais animado com a baixa dos juros do que o Banco Central. O que aconteceria se o BC cortasse hoje a Selic em um ponto, de 12,25% para 11,25%? Nada. Nada de ruim. É o que os negociadores de dinheiro grosso e seus porta-vozes estão dizendo, pelos preços da feira do mercado. Consultorias razoáveis e bancos maiores estão prevendo inflação abaixo da meta de 4,5% em 2017 e na meta em 2018. Mesmo com a Selic caindo para 8,5% ao final deste ano e assim ficando até o final de 2018. Entre maio e novembro, a inflação deve ficar abaixo de 4%. Dois terços das negociações coletivas de salário, algumas das maiores, acontecem nesse período. Na média das últimas negociações computadas pelo Dieese, os reajustes dos acordos perderam da inflação. A taxa de desemprego ainda deve aumentar. Com inflação passada e esperada menor, além de desemprego alto, apenas em uma hipótese histérica os salários pressionariam a inflação em 2018. A não ser que o Banco Central esteja prevendo um crescimento econômico de, digamos, uns 7% até o final do ano que vem, não há muito como defender o ritmo atual de corte da Selic. É ironia, claro. O BC tem dito que pedras podem cair pelo caminho. A reforma da Previdência pode tropeçar, cair ou até morrer. No entanto, não é fácil dizer que isso implica taxa de juro maior. Sem reforma, é bem possível que se desfaçam as esperanças de retomada econômica tão cedo. Que risco e as taxas de juros de longo prazo subam, matando no berço intenções de investimento. O problema fiscal (deficit e dívidas crescentes do governo) não tenderia a piorar de imediato, menos ainda provocar por si descontrole inflacionário. O país cairia numa leseira pelo menos até 2018. Haveria uma sarneyzação. A equipe econômica de Michel Temer ou de um tampão alternativo fariam o "arroz com feijão"a fim de evitar um estouro operístico das contas públicas. Seria uma hipótese "no-no-no", sem crescimento, sem inflação, sem nada. Sim, pode haver pânico, porém. Derrotado no que interessa, um Temer apenas tampão ficaria mais sujeito à cassação pelo TSE. Mesmo que permanecesse, como um dois de paus, a sucessão de 2018 seria imediatamente antecipada. A crise social ampliada pela falta imediata de expectativa de melhora poderia causar tumultos. Pelo menos, tornaria mais provável a eleição de maluquices em 2018. Nessa hipótese, há alguma fuga de capital, desvalorização do dólar, asfixia de empresas, paralisia de qualquer plano restante de investir, picos de alta de juros. Nesse caso, pode haver um repique inflacionário —na verdade, coisas piores. Mas, nesse caso, não teria adiantado nadica de nada o BC ter jogado na retranca —no tumulto, poderia dar um choque de juros de emergência. O time teria sido expulso, o estádio teria ficado no escuro ou a torcida teria invadido o campo, a metáfora futebolística que se queira para definir o fim de jogo confuso.
colunas
Hora de cortar juros, sem dó nem medoO juro real "básico" no mercado está para ficar abaixo de 5%. Estava em 7,2% em outubro. Foi quando o Banco Central deu um chega para lá no "mercado", dizendo então que o juro "básico do BC" (Selic) cairia mais devagarzinho. Outra vez, o "mercado" está mais animado com a baixa dos juros do que o Banco Central. O que aconteceria se o BC cortasse hoje a Selic em um ponto, de 12,25% para 11,25%? Nada. Nada de ruim. É o que os negociadores de dinheiro grosso e seus porta-vozes estão dizendo, pelos preços da feira do mercado. Consultorias razoáveis e bancos maiores estão prevendo inflação abaixo da meta de 4,5% em 2017 e na meta em 2018. Mesmo com a Selic caindo para 8,5% ao final deste ano e assim ficando até o final de 2018. Entre maio e novembro, a inflação deve ficar abaixo de 4%. Dois terços das negociações coletivas de salário, algumas das maiores, acontecem nesse período. Na média das últimas negociações computadas pelo Dieese, os reajustes dos acordos perderam da inflação. A taxa de desemprego ainda deve aumentar. Com inflação passada e esperada menor, além de desemprego alto, apenas em uma hipótese histérica os salários pressionariam a inflação em 2018. A não ser que o Banco Central esteja prevendo um crescimento econômico de, digamos, uns 7% até o final do ano que vem, não há muito como defender o ritmo atual de corte da Selic. É ironia, claro. O BC tem dito que pedras podem cair pelo caminho. A reforma da Previdência pode tropeçar, cair ou até morrer. No entanto, não é fácil dizer que isso implica taxa de juro maior. Sem reforma, é bem possível que se desfaçam as esperanças de retomada econômica tão cedo. Que risco e as taxas de juros de longo prazo subam, matando no berço intenções de investimento. O problema fiscal (deficit e dívidas crescentes do governo) não tenderia a piorar de imediato, menos ainda provocar por si descontrole inflacionário. O país cairia numa leseira pelo menos até 2018. Haveria uma sarneyzação. A equipe econômica de Michel Temer ou de um tampão alternativo fariam o "arroz com feijão"a fim de evitar um estouro operístico das contas públicas. Seria uma hipótese "no-no-no", sem crescimento, sem inflação, sem nada. Sim, pode haver pânico, porém. Derrotado no que interessa, um Temer apenas tampão ficaria mais sujeito à cassação pelo TSE. Mesmo que permanecesse, como um dois de paus, a sucessão de 2018 seria imediatamente antecipada. A crise social ampliada pela falta imediata de expectativa de melhora poderia causar tumultos. Pelo menos, tornaria mais provável a eleição de maluquices em 2018. Nessa hipótese, há alguma fuga de capital, desvalorização do dólar, asfixia de empresas, paralisia de qualquer plano restante de investir, picos de alta de juros. Nesse caso, pode haver um repique inflacionário —na verdade, coisas piores. Mas, nesse caso, não teria adiantado nadica de nada o BC ter jogado na retranca —no tumulto, poderia dar um choque de juros de emergência. O time teria sido expulso, o estádio teria ficado no escuro ou a torcida teria invadido o campo, a metáfora futebolística que se queira para definir o fim de jogo confuso.
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Dividido, PSOE espanhol tenta contornar crise em sua liderança
Divididos entre dois bandos, os membros do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) tentavam nesta quinta-feira (29) contornar a grave crise de liderança que pode levar à reestruturação do partido e possibilitar a formação do próximo governo. Os embates foram iniciados na quarta-feira (28), quando 17 membros da direção renunciaram. A facção rebelde espera pressionar Pedro Sánchez a deixar seu cargo como secretário-geral da sigla. Caso ele de fato seja retirado da função, o partido poderá reformar sua liderança e rever as suas posições. Sánchez se opõe à formação de um governo liderado pelo premiê conservador Mariano Rajoy, do PP (Partido Popular). Uma mudança de rumo pode significar aprovar o governo do PP e encerrar um já longo impasse político. Espanhóis foram às urnas em dezembro e em junho, mas em ambos os pleitos nenhum partido conseguiu os apoios necessários para governar. É possível que haja ainda uma terceira tentativa. Nas duas eleições passadas, sob a liderança de Sánchez, o PSOE teve resultados historicamente ruins. O partido foi derrotado também em dois pleitos regionais, o que ajudou a criar a insatisfação entre seus membros. CONGRESSO A renúncia dos 17 diretores do PSOE empurrou o partido, no entanto, a um limbo. O estatuto não é claro, e não está decidido se a ausência de mais de metade de sua direção significa a deposição do secretário-geral, tese sustentada pelos rebeldes. A chamada Executiva Federal é inicialmente formada por 38 membros, dos quais agora 20 estão ausentes. Sánchez e seus aliados insistem que não haverá mudanças imediatas no partido. Os nomes dos membros que renunciaram foram apagados da página oficial, e seguem adiante os planos de realizar um comitê no sábado (1º) e aprovar um congresso em novembro, elegendo uma nova Executiva Federal. O secretário-geral do partido espera deixar a decisão nas mãos dos militantes e, assim, fortalecer-se. O cenário se assemelha ao enfrentado por Jeremy Corbyn, líder trabalhista britânico. Corbyn também teve sua liderança ameaçada por renúncias. No final de semana passado, porém, simpatizantes do partido votaram por sua manutenção no cargo.
mundo
Dividido, PSOE espanhol tenta contornar crise em sua liderançaDivididos entre dois bandos, os membros do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) tentavam nesta quinta-feira (29) contornar a grave crise de liderança que pode levar à reestruturação do partido e possibilitar a formação do próximo governo. Os embates foram iniciados na quarta-feira (28), quando 17 membros da direção renunciaram. A facção rebelde espera pressionar Pedro Sánchez a deixar seu cargo como secretário-geral da sigla. Caso ele de fato seja retirado da função, o partido poderá reformar sua liderança e rever as suas posições. Sánchez se opõe à formação de um governo liderado pelo premiê conservador Mariano Rajoy, do PP (Partido Popular). Uma mudança de rumo pode significar aprovar o governo do PP e encerrar um já longo impasse político. Espanhóis foram às urnas em dezembro e em junho, mas em ambos os pleitos nenhum partido conseguiu os apoios necessários para governar. É possível que haja ainda uma terceira tentativa. Nas duas eleições passadas, sob a liderança de Sánchez, o PSOE teve resultados historicamente ruins. O partido foi derrotado também em dois pleitos regionais, o que ajudou a criar a insatisfação entre seus membros. CONGRESSO A renúncia dos 17 diretores do PSOE empurrou o partido, no entanto, a um limbo. O estatuto não é claro, e não está decidido se a ausência de mais de metade de sua direção significa a deposição do secretário-geral, tese sustentada pelos rebeldes. A chamada Executiva Federal é inicialmente formada por 38 membros, dos quais agora 20 estão ausentes. Sánchez e seus aliados insistem que não haverá mudanças imediatas no partido. Os nomes dos membros que renunciaram foram apagados da página oficial, e seguem adiante os planos de realizar um comitê no sábado (1º) e aprovar um congresso em novembro, elegendo uma nova Executiva Federal. O secretário-geral do partido espera deixar a decisão nas mãos dos militantes e, assim, fortalecer-se. O cenário se assemelha ao enfrentado por Jeremy Corbyn, líder trabalhista britânico. Corbyn também teve sua liderança ameaçada por renúncias. No final de semana passado, porém, simpatizantes do partido votaram por sua manutenção no cargo.
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Dilma aposta em troca de ofertas com União Europeia até o fim de novembro
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (19) esperar que a troca de ofertas comerciais entre Mercosul e União Europeia ocorra até o final de novembro. A troca de propostas é o passo necessário e decisivo para um acordo de livre comércio entre os dois blocos. "Nós esperamos apresentar as ofertas comerciais do Mercosul com a UE na data acordada com a comissária para questões comerciais da UE, isto é, até o final de novembro, última semana de novembro", afirmou Dilma. Conforme a Folha antecipou, preocupado com o Tratado Transpacífico, representantes do Mercosul tentavam retomar as negociações com a UE para abrir seus mercados. Em setembro, o ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) também declarou à Folha que esperava que essa troca ocorresse já em outubro. A declaração de Dilma sobre os blocos econômicos foi dada durante entrevista coletiva após o comunicado conjunto feito por ela ao lado do primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven, em Estocolmo (Suécia), onde ela se encontra desde sábado (17) para encontro com autoridades e empresários locais. "Somos muito otimistas em relação a esse acordo. Do ponto de visto do Mercosul, está pronto para ser assinado, e acreditamos que, do ponto de vista da UE, os sinais também são bem positivos", disse a presidente. A presidente também afirmou, sobre a possibilidade de impeachment, que não acredita em ruptura institucional. A negociação de livre comércio entre Mercosul e UE se arrasta há mais de 15 anos. Em junho, durante visita à Bélgica, Dilma havia declarado que o Brasil estava pronto para acelerar a troca de ofertas em julho. Mas as conversas não avançaram neste sentido e estipulou-se o fim deste ano como limite para tanto. A oferta de cada bloco significa, em tese, o que cada um tem a oferecer em termos de tarifa zerada numa relação comercial entre eles. É a principal etapa para que um acordo seja selado. Ao lado de Dilma, o primeiro-ministro sueco evitou entrar em detalhes sobre o tema e apenas destacou que torce para que o acordo seja estabelecido o quanto antes. "A Suécia há muito tempo trabalha com sistema de comércios abertos", declarou. RISCO Na abertura do Fórum Empresarial Brasil-Suécia, Dilma também afirmou que o Brasil é uma alternativa segura para os investidores, apesar de o país ter sido rebaixado na última quinta-feira pela agência de classificação de risco Fitch. Segundo ela, o país trabalha para reequilibrar suas contas. "Nossa economia tem fundamentos sólidos e estamos trabalhando de maneira decidida para fortalecer sua saúde fiscal, retomando o equilíbrio, reduzindo a inflação, consolidando a estabilidade macroeconômica, para aumentar a confiança e garantir a retomada do crescimento", afirmou.
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Dilma aposta em troca de ofertas com União Europeia até o fim de novembroA presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (19) esperar que a troca de ofertas comerciais entre Mercosul e União Europeia ocorra até o final de novembro. A troca de propostas é o passo necessário e decisivo para um acordo de livre comércio entre os dois blocos. "Nós esperamos apresentar as ofertas comerciais do Mercosul com a UE na data acordada com a comissária para questões comerciais da UE, isto é, até o final de novembro, última semana de novembro", afirmou Dilma. Conforme a Folha antecipou, preocupado com o Tratado Transpacífico, representantes do Mercosul tentavam retomar as negociações com a UE para abrir seus mercados. Em setembro, o ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) também declarou à Folha que esperava que essa troca ocorresse já em outubro. A declaração de Dilma sobre os blocos econômicos foi dada durante entrevista coletiva após o comunicado conjunto feito por ela ao lado do primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven, em Estocolmo (Suécia), onde ela se encontra desde sábado (17) para encontro com autoridades e empresários locais. "Somos muito otimistas em relação a esse acordo. Do ponto de visto do Mercosul, está pronto para ser assinado, e acreditamos que, do ponto de vista da UE, os sinais também são bem positivos", disse a presidente. A presidente também afirmou, sobre a possibilidade de impeachment, que não acredita em ruptura institucional. A negociação de livre comércio entre Mercosul e UE se arrasta há mais de 15 anos. Em junho, durante visita à Bélgica, Dilma havia declarado que o Brasil estava pronto para acelerar a troca de ofertas em julho. Mas as conversas não avançaram neste sentido e estipulou-se o fim deste ano como limite para tanto. A oferta de cada bloco significa, em tese, o que cada um tem a oferecer em termos de tarifa zerada numa relação comercial entre eles. É a principal etapa para que um acordo seja selado. Ao lado de Dilma, o primeiro-ministro sueco evitou entrar em detalhes sobre o tema e apenas destacou que torce para que o acordo seja estabelecido o quanto antes. "A Suécia há muito tempo trabalha com sistema de comércios abertos", declarou. RISCO Na abertura do Fórum Empresarial Brasil-Suécia, Dilma também afirmou que o Brasil é uma alternativa segura para os investidores, apesar de o país ter sido rebaixado na última quinta-feira pela agência de classificação de risco Fitch. Segundo ela, o país trabalha para reequilibrar suas contas. "Nossa economia tem fundamentos sólidos e estamos trabalhando de maneira decidida para fortalecer sua saúde fiscal, retomando o equilíbrio, reduzindo a inflação, consolidando a estabilidade macroeconômica, para aumentar a confiança e garantir a retomada do crescimento", afirmou.
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Erramos: Na véspera do Réveillon, "pau de selfie" vira moda nas praias do Rio
Diferentemente do informado na reportagem "Na véspera do Réveillon, 'pau de selfie' vira moda nas praias do Rio" (Cotidiano - 31/12/2014 - 11h47), o evento Caldas Country Show ocorre na cidade de Caldas Novas, em Goiás, não em Brasília. O texto foi corrigido.
cotidiano
Erramos: Na véspera do Réveillon, "pau de selfie" vira moda nas praias do RioDiferentemente do informado na reportagem "Na véspera do Réveillon, 'pau de selfie' vira moda nas praias do Rio" (Cotidiano - 31/12/2014 - 11h47), o evento Caldas Country Show ocorre na cidade de Caldas Novas, em Goiás, não em Brasília. O texto foi corrigido.
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Ex-Pink Floyd David Gilmour faz sua primeira turnê na América do Sul
AMANDA NOGUEIRA DE SÃO PAULO Considerado um dos melhores e mais influentes guitarristas do mundo, o ex-integrante do Pink Floyd David Gilmour realiza a primeira turnê na América do Sul ao longo de seus mais de 50 anos de carreira. Nesta sexta (11) e neste sábado (12), no Allianz Parque, o músico britânico exibe o quarto álbum da trajetória solo, "Rattle That Lock", lançado neste ano, após quase uma década de hiato entre o anterior, "On an Island", de 2006 —sem levar em conta a participação em "The Endless River", de 2014, cravado como o disco final do legendário grupo que o alçou à fama nos anos 1970. O novo trabalho transborda os peculiares solos de guitarra do músico e inclui faixas como a jazzística "The Girl in the Yellow Dress" e a peça de piano "A Boat Lies Waiting", uma composição escrita há quase 18 anos, quando seu filho Gabriel ainda tinha poucos meses de vida. Assim como no álbum anterior, boa parte das letras das canções foi escrita pela mulher de Gilmour, a jornalista Polly Samson —é o caso da faixa título, "Rattle That Lock". Musicada a partir dos sons que antecediam os recados dos trens parisienses —e que deixavam o músico "com vontade de dançar", como ele conta em um vídeo de making-of—, a canção teve a letra inspirada no poema "Paraíso Perdido", epopeia cristã de John Milton, baseada, por sua vez, no bíblico "Gênesis". Allianz Parque. Av. Francisco Matarazzo, 1.705, tel. 3874-6500. Sex. (11) e sáb. (12): 21h. 14 anos. Ingr.: R$ 160 a R$ 1.200 p/ 4003-1212 ou ingressorapido.com.br. Ingressos esgotados p/ o dia 11/12.
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Ex-Pink Floyd David Gilmour faz sua primeira turnê na América do SulAMANDA NOGUEIRA DE SÃO PAULO Considerado um dos melhores e mais influentes guitarristas do mundo, o ex-integrante do Pink Floyd David Gilmour realiza a primeira turnê na América do Sul ao longo de seus mais de 50 anos de carreira. Nesta sexta (11) e neste sábado (12), no Allianz Parque, o músico britânico exibe o quarto álbum da trajetória solo, "Rattle That Lock", lançado neste ano, após quase uma década de hiato entre o anterior, "On an Island", de 2006 —sem levar em conta a participação em "The Endless River", de 2014, cravado como o disco final do legendário grupo que o alçou à fama nos anos 1970. O novo trabalho transborda os peculiares solos de guitarra do músico e inclui faixas como a jazzística "The Girl in the Yellow Dress" e a peça de piano "A Boat Lies Waiting", uma composição escrita há quase 18 anos, quando seu filho Gabriel ainda tinha poucos meses de vida. Assim como no álbum anterior, boa parte das letras das canções foi escrita pela mulher de Gilmour, a jornalista Polly Samson —é o caso da faixa título, "Rattle That Lock". Musicada a partir dos sons que antecediam os recados dos trens parisienses —e que deixavam o músico "com vontade de dançar", como ele conta em um vídeo de making-of—, a canção teve a letra inspirada no poema "Paraíso Perdido", epopeia cristã de John Milton, baseada, por sua vez, no bíblico "Gênesis". Allianz Parque. Av. Francisco Matarazzo, 1.705, tel. 3874-6500. Sex. (11) e sáb. (12): 21h. 14 anos. Ingr.: R$ 160 a R$ 1.200 p/ 4003-1212 ou ingressorapido.com.br. Ingressos esgotados p/ o dia 11/12.
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Honda revela WR-V, jipinho urbano que terá mecânica do Fit
EDUARDO SODRÉ COLUNISTA DA FOLHA A Honda trouxe o piloto de F-1 Jenson Button à sua apresentação no Salão do automóvel de São Paulo. Ele fez um breve discurso sobre a história da marca, mas sua presença não era a mais aguardada. Os jornalistas reunidos no estande esperavam a apresentação de mais um jipinho compacto, ou quase: o WR-V tem ares de hatch, à moda de modelos aventureiros como o Fiat Palio Adventure e o Renault Sandero Stepway. A base é a mesma do Honda Fit, que "empresta" também a parte mecânica. "O WR-V é resultado de nossos investimentos nos últimos anos. Pela primeira vez temos um produto desenvolvido a partir do Brasil" diz Issao Mizoguchi, presidente da Honda na América do Sul. O carro começará a ser produzido em Sumaré a partir do primeiro semestre de 2017. A marca não divulgou detalhes sobre motores, mas o 1.5 flex do Fit estará entre as opções.
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Honda revela WR-V, jipinho urbano que terá mecânica do Fit EDUARDO SODRÉ COLUNISTA DA FOLHA A Honda trouxe o piloto de F-1 Jenson Button à sua apresentação no Salão do automóvel de São Paulo. Ele fez um breve discurso sobre a história da marca, mas sua presença não era a mais aguardada. Os jornalistas reunidos no estande esperavam a apresentação de mais um jipinho compacto, ou quase: o WR-V tem ares de hatch, à moda de modelos aventureiros como o Fiat Palio Adventure e o Renault Sandero Stepway. A base é a mesma do Honda Fit, que "empresta" também a parte mecânica. "O WR-V é resultado de nossos investimentos nos últimos anos. Pela primeira vez temos um produto desenvolvido a partir do Brasil" diz Issao Mizoguchi, presidente da Honda na América do Sul. O carro começará a ser produzido em Sumaré a partir do primeiro semestre de 2017. A marca não divulgou detalhes sobre motores, mas o 1.5 flex do Fit estará entre as opções.
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Redes sociais são essenciais para organização de conflitos entre grupos
Redes sociais não existem apenas na internet, embora essa seja a moda hoje. Elas existem desde que foram desenvolvidas as sociedades humanas, desde a mais remota pré-história. Um estudo feito durante três anos com um grupo de agropastores nômades africanos mostrou como essas redes são vitais para a formação dos bandos de indivíduos envolvidos em conflitos em pequena escala com grupos vizinhos. Entrevistas e análises estatísticas dos membros de um grupo da etnia Nyangatom do leste da África sul do Sudão e Etiópia mostraram como um pequeno grupo de líderes com grande número de amigos facilitou a formação de bandos empenhados em ataques para roubar gado dos vizinhos. Mais ou menos como uma figura popular em uma rede social como o Facebook angaria seguidores que "curtem" suas mensagens. O líder sugere a incursão, seus amigos o seguem, indicando que as redes sociais têm um papel importante na violência intergrupal em pequena escala. "Nós mapeamos a estrutura de rede social de potenciais incursores do sexo masculino. Mostramos que o início de ataques depende da presença de líderes específicos que tendem a participar de muitos ataques, ter mais amigos, e de ocupar posições mais centrais na rede. No entanto, apesar da posição estrutural diferente dos líderes, os participantes das incursões são recrutados em toda a população, e não apenas dos amigos diretos de líderes", diz o artigo publicado na revista científica americana "PNAS" "A decisão de um indivíduo de participar em um ataque está fortemente associada à posição de rede social do indivíduo em relação aos outros participantes", escreveram nesse artigo os autores do estudo, liderado por Luke Glowacki, do Instituto de Esutdos Avançados em Toulouse, França, e Nicholas A. Christakis, da University Yale, em New Haven, EUA. Para a equipe, o fator motivador mais importante para participar de um ataque não é simplesmente a liderança; é principalmente a amizade. Os Nyangatom vivem em uma sociedade sem estado, sem líderes autocráticos ou "exércitos" formais. "Os Nyangatom são únicos porque eles são uma sociedade de pequena escala sem líderes formais ou chefes. Porque a violência entre grupos não é institucionalizada através de um corpo militar ou político. eles oferecem uma oportunidade única para estudar a dinâmica social de como esses conflitos são iniciados", afirmou Glowacki à Folha. Tanto o tamanho do grupo como os episódios de conflito foram pequenos. Eram 91 homens com idades entre 18 e 45 anos que participaram de 39 incursões. Em compensação, são pequenos conflitos, mas na África moderna. No passado os incursores usariam lanças e arcos e flechas; hoje usam fuzis automáticos da onipresente série AK-47 desenvolvidos na antiga União Soviética, milhões dos quais estão disseminados pelo planeta. "A maioria dos grupos no leste da África têm acesso a fuzis automáticos desde o final dos anos 1980 e há uma vasta literatura sobre como eles têm afetado a intensidade da violência. Nossa pesquisa não se concentrou sobre as consequências de conflitos, em vez disso queríamos entender como, uma vez que há violência intergrupal, esses conflitos são iniciados", diz Glowacki. Em média, cerca de 7 homens participaram em cada ataque no estudo; cerca de 80% dos ataques foram bem sucedidos, resultando em uma captura média de quatro cabeças de gado (incluindo bovinos, caprinos e burros). Entre os Nyangatom, para se casar, um homem é obrigado a fornecer à família da noiva cerca de 30 a 60 cabeças de gado, o que tende a incentivar conflitos. Estudos sobre a dinâmica da violência baseada em bandos em processos sociais são considerados relevantes para entender atividades violentas espontâneas em ambientes tão diversos como revoluções, gangues e grupos terroristas, afirmam os pesquisadores.
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Redes sociais são essenciais para organização de conflitos entre gruposRedes sociais não existem apenas na internet, embora essa seja a moda hoje. Elas existem desde que foram desenvolvidas as sociedades humanas, desde a mais remota pré-história. Um estudo feito durante três anos com um grupo de agropastores nômades africanos mostrou como essas redes são vitais para a formação dos bandos de indivíduos envolvidos em conflitos em pequena escala com grupos vizinhos. Entrevistas e análises estatísticas dos membros de um grupo da etnia Nyangatom do leste da África sul do Sudão e Etiópia mostraram como um pequeno grupo de líderes com grande número de amigos facilitou a formação de bandos empenhados em ataques para roubar gado dos vizinhos. Mais ou menos como uma figura popular em uma rede social como o Facebook angaria seguidores que "curtem" suas mensagens. O líder sugere a incursão, seus amigos o seguem, indicando que as redes sociais têm um papel importante na violência intergrupal em pequena escala. "Nós mapeamos a estrutura de rede social de potenciais incursores do sexo masculino. Mostramos que o início de ataques depende da presença de líderes específicos que tendem a participar de muitos ataques, ter mais amigos, e de ocupar posições mais centrais na rede. No entanto, apesar da posição estrutural diferente dos líderes, os participantes das incursões são recrutados em toda a população, e não apenas dos amigos diretos de líderes", diz o artigo publicado na revista científica americana "PNAS" "A decisão de um indivíduo de participar em um ataque está fortemente associada à posição de rede social do indivíduo em relação aos outros participantes", escreveram nesse artigo os autores do estudo, liderado por Luke Glowacki, do Instituto de Esutdos Avançados em Toulouse, França, e Nicholas A. Christakis, da University Yale, em New Haven, EUA. Para a equipe, o fator motivador mais importante para participar de um ataque não é simplesmente a liderança; é principalmente a amizade. Os Nyangatom vivem em uma sociedade sem estado, sem líderes autocráticos ou "exércitos" formais. "Os Nyangatom são únicos porque eles são uma sociedade de pequena escala sem líderes formais ou chefes. Porque a violência entre grupos não é institucionalizada através de um corpo militar ou político. eles oferecem uma oportunidade única para estudar a dinâmica social de como esses conflitos são iniciados", afirmou Glowacki à Folha. Tanto o tamanho do grupo como os episódios de conflito foram pequenos. Eram 91 homens com idades entre 18 e 45 anos que participaram de 39 incursões. Em compensação, são pequenos conflitos, mas na África moderna. No passado os incursores usariam lanças e arcos e flechas; hoje usam fuzis automáticos da onipresente série AK-47 desenvolvidos na antiga União Soviética, milhões dos quais estão disseminados pelo planeta. "A maioria dos grupos no leste da África têm acesso a fuzis automáticos desde o final dos anos 1980 e há uma vasta literatura sobre como eles têm afetado a intensidade da violência. Nossa pesquisa não se concentrou sobre as consequências de conflitos, em vez disso queríamos entender como, uma vez que há violência intergrupal, esses conflitos são iniciados", diz Glowacki. Em média, cerca de 7 homens participaram em cada ataque no estudo; cerca de 80% dos ataques foram bem sucedidos, resultando em uma captura média de quatro cabeças de gado (incluindo bovinos, caprinos e burros). Entre os Nyangatom, para se casar, um homem é obrigado a fornecer à família da noiva cerca de 30 a 60 cabeças de gado, o que tende a incentivar conflitos. Estudos sobre a dinâmica da violência baseada em bandos em processos sociais são considerados relevantes para entender atividades violentas espontâneas em ambientes tão diversos como revoluções, gangues e grupos terroristas, afirmam os pesquisadores.
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Rolling Stones divulgam versão inédita de 'Brown Sugar' com Eric Clapton; ouça
Eric Clapton e os Stones estavam no aniversário de Keith Richards, em 1970, quando tocaram juntos "Brown Sugar". A versão da música do álbum "Sticky Fingers", lançado no ano seguinte, permaneceu inédita até terça-feira (2), quando a banda publicou em sua conta no YouTube o áudio dessa gravação. A parceria com Clapton estará na edição remasterizada do álbum, que chega às lojas em 8 de junho com material inédito. Música 'Satisfaction', dos Rolling Stones, faz 50 anos; veja curiosidades Em turnê pelos Estados Unidos, a banda fez em maio um show-surpresa em Los Angeles, a R$ 5. Recentemente, Mick Jagger afirmou à revista "Rolling Stone" que gostaria de gravar um novo álbum com a banda "em breve", e que tem novas composições feitas nos últimos anos. Nessa entrevista, ele também disse que 'por pouco' os Rolling Stones não vieram ao Brasil durante a turnê mundial de 2014.
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Rolling Stones divulgam versão inédita de 'Brown Sugar' com Eric Clapton; ouçaEric Clapton e os Stones estavam no aniversário de Keith Richards, em 1970, quando tocaram juntos "Brown Sugar". A versão da música do álbum "Sticky Fingers", lançado no ano seguinte, permaneceu inédita até terça-feira (2), quando a banda publicou em sua conta no YouTube o áudio dessa gravação. A parceria com Clapton estará na edição remasterizada do álbum, que chega às lojas em 8 de junho com material inédito. Música 'Satisfaction', dos Rolling Stones, faz 50 anos; veja curiosidades Em turnê pelos Estados Unidos, a banda fez em maio um show-surpresa em Los Angeles, a R$ 5. Recentemente, Mick Jagger afirmou à revista "Rolling Stone" que gostaria de gravar um novo álbum com a banda "em breve", e que tem novas composições feitas nos últimos anos. Nessa entrevista, ele também disse que 'por pouco' os Rolling Stones não vieram ao Brasil durante a turnê mundial de 2014.
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Hugo Motta lança candidatura a líder do PMDB e nega já ter apoio de Cunha
O deputado Hugo Motta (PB) confirmou nesta quarta-feira (20) sua candidatura para a liderança do PMDB na Câmara. Ele é o terceiro que concorrerá ao cargo, juntando-se ao atual líder, Leonardo Picciani (RJ), e ao deputado Leonardo Quintão (MG). Motta negou já contar com o apoio do presidente da Casa, Eduardo Cunha (RJ). Nos bastidores, contudo, sua candidatura foi costurada justamente por Cunha, como forma de enfraquecer Picciani, de quem o presidente da Casa se tornou desafeto ao se aproximar do Palácio do Planalto. "Qualquer um que se lançasse hoje seria o candidato do Cunha. Vou ganhar a eleição com esse carimbo ou sem", afirmou o deputado. Na terça (19), Cunha tomou a frente das negociações, manteve uma série de reuniões com aliados e chegou a pedir apoio do vice-presidente da República, Michel Temer, para derrotar Picciani. Segundo Motta, o presidente da Casa é um deputado comum de quem ele buscará o voto. "Essa situação de ser líder de A, B, ou C, não passa de falsas ilações. O que eu quero é o voto dos deputados para ganhar e Cunha é eleitor." Ao começar a atuar diretamente nas articulações, Cunha viu em Motta um nome que poderia tirar de Picciani votos que não iriam para Quintão devido a seus posicionamentos anteriores. O deputado por Minas Gerais chegou a defender publicamente em momentos do ano passado o impeachment da presidente Dilma Rousseff, sendo chamado entre os correligionários de "candidato do impeachment". Embora concorram ao mesmo cargo, já existe um acordo velado entre Hugo Motta e Leonardo Quintão de se apoiarem em um segundo turno. Ambos concordam que, embora Picciani esteja enfraquecido e avaliem que ele tenha "desunido" a bancada, o deputado pelo Rio de Janeiro terá votos suficientes para chegar ao segundo turno. Trabalharão agora para saber quem será o concorrente dele. "Lógico que não há uma transferência de 100% dos votos, mas é normal que os que votaram em um, votem no outro. É por isso que estamos trabalhando. A ordem é derrotar Picciani", afirmou um peemedebista. Assim como fez ao tratar de Cunha, Hugo Motta evitou polemizar sobre os demais temas que devem predominar na Câmara no primeiro semestre deste ano. Afirmou ser contrário ao impeachment de Dilma, mas destacou que, caso eleito, irá ponderar entre todas as vertentes da bancada para nomear os integrantes da comissão especial que vai julgar o caso. "Meu posicionamento pessoal, sempre me coloquei contra processo de impeachment. Sendo eleito, a posição pessoal deixa de existir, passa a ser a de líder de uma bancada". Ele condenou a interferência de atores externos na disputa pela liderança na Casa. Para garantir a eleição de Picciani, o Palácio do Planalto sondou o deputado Mauro Lopes (MG) para a SAC (Secretaria de Aviação Civil). "O Planalto tem o direito, e na minha avaliação, se assim o fizer estará errado, de apoiar uma candidatura. Mas, com isso, ele fecha portas para outras que podem vir a vencer a eleição, e eu entendo que esses atores devem ficar fora do processo. Assim como não cabe à cúpula do meu partido participar diretamente da disputa, também não cabe ao governo interferir", avaliou. Motta também defendeu sua candidatura afirmando ser o candidato com mais capacidade de diálogo. "Quem vencer essa eleição terá muito mais dificuldade para reunificar, diante das batalhas enfrentadas nos últimos dias, por isso acredito que uma terceira via chega justamente para tentar dialogar tanto com um lado, como com o outro, essa capacidade eu tenho, pelo histórico que tenho na Casa, tenho a capacidade de conversar com as duas correntes".
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Hugo Motta lança candidatura a líder do PMDB e nega já ter apoio de CunhaO deputado Hugo Motta (PB) confirmou nesta quarta-feira (20) sua candidatura para a liderança do PMDB na Câmara. Ele é o terceiro que concorrerá ao cargo, juntando-se ao atual líder, Leonardo Picciani (RJ), e ao deputado Leonardo Quintão (MG). Motta negou já contar com o apoio do presidente da Casa, Eduardo Cunha (RJ). Nos bastidores, contudo, sua candidatura foi costurada justamente por Cunha, como forma de enfraquecer Picciani, de quem o presidente da Casa se tornou desafeto ao se aproximar do Palácio do Planalto. "Qualquer um que se lançasse hoje seria o candidato do Cunha. Vou ganhar a eleição com esse carimbo ou sem", afirmou o deputado. Na terça (19), Cunha tomou a frente das negociações, manteve uma série de reuniões com aliados e chegou a pedir apoio do vice-presidente da República, Michel Temer, para derrotar Picciani. Segundo Motta, o presidente da Casa é um deputado comum de quem ele buscará o voto. "Essa situação de ser líder de A, B, ou C, não passa de falsas ilações. O que eu quero é o voto dos deputados para ganhar e Cunha é eleitor." Ao começar a atuar diretamente nas articulações, Cunha viu em Motta um nome que poderia tirar de Picciani votos que não iriam para Quintão devido a seus posicionamentos anteriores. O deputado por Minas Gerais chegou a defender publicamente em momentos do ano passado o impeachment da presidente Dilma Rousseff, sendo chamado entre os correligionários de "candidato do impeachment". Embora concorram ao mesmo cargo, já existe um acordo velado entre Hugo Motta e Leonardo Quintão de se apoiarem em um segundo turno. Ambos concordam que, embora Picciani esteja enfraquecido e avaliem que ele tenha "desunido" a bancada, o deputado pelo Rio de Janeiro terá votos suficientes para chegar ao segundo turno. Trabalharão agora para saber quem será o concorrente dele. "Lógico que não há uma transferência de 100% dos votos, mas é normal que os que votaram em um, votem no outro. É por isso que estamos trabalhando. A ordem é derrotar Picciani", afirmou um peemedebista. Assim como fez ao tratar de Cunha, Hugo Motta evitou polemizar sobre os demais temas que devem predominar na Câmara no primeiro semestre deste ano. Afirmou ser contrário ao impeachment de Dilma, mas destacou que, caso eleito, irá ponderar entre todas as vertentes da bancada para nomear os integrantes da comissão especial que vai julgar o caso. "Meu posicionamento pessoal, sempre me coloquei contra processo de impeachment. Sendo eleito, a posição pessoal deixa de existir, passa a ser a de líder de uma bancada". Ele condenou a interferência de atores externos na disputa pela liderança na Casa. Para garantir a eleição de Picciani, o Palácio do Planalto sondou o deputado Mauro Lopes (MG) para a SAC (Secretaria de Aviação Civil). "O Planalto tem o direito, e na minha avaliação, se assim o fizer estará errado, de apoiar uma candidatura. Mas, com isso, ele fecha portas para outras que podem vir a vencer a eleição, e eu entendo que esses atores devem ficar fora do processo. Assim como não cabe à cúpula do meu partido participar diretamente da disputa, também não cabe ao governo interferir", avaliou. Motta também defendeu sua candidatura afirmando ser o candidato com mais capacidade de diálogo. "Quem vencer essa eleição terá muito mais dificuldade para reunificar, diante das batalhas enfrentadas nos últimos dias, por isso acredito que uma terceira via chega justamente para tentar dialogar tanto com um lado, como com o outro, essa capacidade eu tenho, pelo histórico que tenho na Casa, tenho a capacidade de conversar com as duas correntes".
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Você já se sujou na terra?
Já tomou chuva? Eu não estou falando daquela chuva que só molhou um pouco os seus sapatos e o seu cabelo enquanto você corria do carro para a entrada da escola, não. Falo daquela que você mesmo procura porque quer se molhar, quer sentir os pingos de água caindo na pele. É uma delícia! Já subiu em alguma árvore para pegar uma fruta ou observar o ninho de algum pássaro, escolhendo os galhos que percebe que aguentam o seu peso? Já pulou corda em cima de uma poça d'água, provocando aquela chuva de baixo para cima de pingos que saltam até uma altura e depois caem à sua volta? Se o sol estiver brilhando, você ainda vai conseguir ver os pingos coloridos. Que lindo! Já usou uma lupa –aquelas lentes de aumento– para sair na grama procurando insetos, parando para ver como eles caminham em trilhas ou observando suas cores e se têm antenas ou se têm ferrão? Ai, imagine que dor deve ser levar uma picada! Já plantou e cuidou de um vaso, de uma horta (isso dá para fazer até em apartamento), e os acompanhou para perceber o crescimento, a transformação das sementes em plantas? E já comeu algum legume ou verdura que você mesmo tenha cultivado? Estar sempre em contato com a natureza faz um bem danado para as crianças, sabia? Elas aprendem tantas coisas! O corpo se desenvolve, a capacidade de avaliar se as situações apresentam perigo ou não aumenta e o amor e o cuidado com a vida ""qualquer tipo de vida"" se transformam em valores muito importantes. Mesmo nas cidades grandes sempre há um parque, uma área em que há natureza para experimentar, deitar e rolar. Sem medo de ralar o joelho, ficar resfriado, molhar o calçado ou a roupa, se sujar. Isso tudo faz parte. Incentive seus pais, dê ideias na escola para que você e seus colegas possam fazer isso sempre, combinado? Com certeza, vocês só têm a ganhar! * Escreva para [email protected] com dúvidas, comentários e sugestões para a coluna; coloque nome, idade e "Quebra-Cabeça" na linha de assunto.
colunas
Você já se sujou na terra?Já tomou chuva? Eu não estou falando daquela chuva que só molhou um pouco os seus sapatos e o seu cabelo enquanto você corria do carro para a entrada da escola, não. Falo daquela que você mesmo procura porque quer se molhar, quer sentir os pingos de água caindo na pele. É uma delícia! Já subiu em alguma árvore para pegar uma fruta ou observar o ninho de algum pássaro, escolhendo os galhos que percebe que aguentam o seu peso? Já pulou corda em cima de uma poça d'água, provocando aquela chuva de baixo para cima de pingos que saltam até uma altura e depois caem à sua volta? Se o sol estiver brilhando, você ainda vai conseguir ver os pingos coloridos. Que lindo! Já usou uma lupa –aquelas lentes de aumento– para sair na grama procurando insetos, parando para ver como eles caminham em trilhas ou observando suas cores e se têm antenas ou se têm ferrão? Ai, imagine que dor deve ser levar uma picada! Já plantou e cuidou de um vaso, de uma horta (isso dá para fazer até em apartamento), e os acompanhou para perceber o crescimento, a transformação das sementes em plantas? E já comeu algum legume ou verdura que você mesmo tenha cultivado? Estar sempre em contato com a natureza faz um bem danado para as crianças, sabia? Elas aprendem tantas coisas! O corpo se desenvolve, a capacidade de avaliar se as situações apresentam perigo ou não aumenta e o amor e o cuidado com a vida ""qualquer tipo de vida"" se transformam em valores muito importantes. Mesmo nas cidades grandes sempre há um parque, uma área em que há natureza para experimentar, deitar e rolar. Sem medo de ralar o joelho, ficar resfriado, molhar o calçado ou a roupa, se sujar. Isso tudo faz parte. Incentive seus pais, dê ideias na escola para que você e seus colegas possam fazer isso sempre, combinado? Com certeza, vocês só têm a ganhar! * Escreva para [email protected] com dúvidas, comentários e sugestões para a coluna; coloque nome, idade e "Quebra-Cabeça" na linha de assunto.
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Após troca de água, piscina do Maria Lenk volta a ser azul para nado sincronizado
CAMILA MATTOSO ENVIADA ESPECIAL AO RIO Uma das piscinas do Centro Aquático Maria Lenk, onde serão realizadas as competições de nado sincronizado a partir deste domingo (14), voltou a ser azul. Desde o começo da semana, a água das duas piscinas do local estava verde, principalmente a utilizada nos saltos ornamentais, que continua com a mesma coloração. Depois de diversas tentativas frustradas, o Comitê Rio-2016 decidiu esvaziar a piscina de nado sincronizado —onde até este sábado eram realizados os jogos de polo aquático. A medida funcionou, como a Folha verificou nesta manhã. No caso da piscina que continua verde, o comitê afirmou que o tratamento para voltar à condição normal continua sendo feito, mas no momento não considera a troca de água. O palco do nado sincronizado era considerado prioridade porque o esporte exige transparência da água para que os juízes possam avaliar a execução dos movimentos pelas atletas. EXPLICAÇÃO Em entrevista coletiva neste sábado (13), o diretor de Instalações do comitê, Gustavo Nascimento, disse que as causas mais prováveis para o problema foram o uso inadequado de um produto químico e a falha de um detector eletrônico, que deveria ter identificado a substância. "Foi usado peróxido de hidrogênio na piscina, que anulou o cloro. Um equipamento foi traído e não detectou que o cloro havia sido anulado, deixando que matéria orgânica se proliferasse", afirmou. O órgão sempre disse que a mudança de cor não oferecia risco à saúde dos atletas, apesar de algumas reclamações terem sido feitas, por exemplo por atletas australianos, que sentiram ardência nos olhos. Na sexta (12), o diretor de comunicação, Mario Andrada, afirmou que uma das coisas descobertas nesta Olimpíada é que a "química não é uma ciência exata".
esporte
Após troca de água, piscina do Maria Lenk volta a ser azul para nado sincronizado CAMILA MATTOSO ENVIADA ESPECIAL AO RIO Uma das piscinas do Centro Aquático Maria Lenk, onde serão realizadas as competições de nado sincronizado a partir deste domingo (14), voltou a ser azul. Desde o começo da semana, a água das duas piscinas do local estava verde, principalmente a utilizada nos saltos ornamentais, que continua com a mesma coloração. Depois de diversas tentativas frustradas, o Comitê Rio-2016 decidiu esvaziar a piscina de nado sincronizado —onde até este sábado eram realizados os jogos de polo aquático. A medida funcionou, como a Folha verificou nesta manhã. No caso da piscina que continua verde, o comitê afirmou que o tratamento para voltar à condição normal continua sendo feito, mas no momento não considera a troca de água. O palco do nado sincronizado era considerado prioridade porque o esporte exige transparência da água para que os juízes possam avaliar a execução dos movimentos pelas atletas. EXPLICAÇÃO Em entrevista coletiva neste sábado (13), o diretor de Instalações do comitê, Gustavo Nascimento, disse que as causas mais prováveis para o problema foram o uso inadequado de um produto químico e a falha de um detector eletrônico, que deveria ter identificado a substância. "Foi usado peróxido de hidrogênio na piscina, que anulou o cloro. Um equipamento foi traído e não detectou que o cloro havia sido anulado, deixando que matéria orgânica se proliferasse", afirmou. O órgão sempre disse que a mudança de cor não oferecia risco à saúde dos atletas, apesar de algumas reclamações terem sido feitas, por exemplo por atletas australianos, que sentiram ardência nos olhos. Na sexta (12), o diretor de comunicação, Mario Andrada, afirmou que uma das coisas descobertas nesta Olimpíada é que a "química não é uma ciência exata".
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De 'exclusivo' a avião 'maldito', Fokker 100 faz o último voo no Brasil
Ele ganhou fama de maldito no Brasil e chegou a mudar de nome para aplacar a resistência de passageiros, que temiam voar nele. Agora, dará adeus ao país. Nesta terça-feira (24) aconteceu a última viagem com passageiros do Fokker 100 em solo brasileiro, um voo de cerca de 40 minutos sobre São Paulo, com saída e chegada em Congonhas, para imprensa e convidados. Única empresa a operar com essa aeronave, a Avianca vai vender os seus dois últimos Fokker, hoje ultrapassados e mais caros do que concorrentes de fabricantes como Embraer, Boeing e Airbus. A despedida para passageiros pagantes se deu no sábado (21), em um voo de Brasília a Congonhas. É o fim, para os passageiros, da história de uma aeronave emblemática no país, para o bem e para o mal. A aeronave, de fabricação holandesa, se tornou popular no Brasil a partir de 1990 pelas mãos da TAM, então uma empresa regional. A empresa teve a ideia de aproveitar o avião, com 108 lugares, em um aeroporto então relegado à segunda categoria –Congonhas, hoje um dos principais do país. Na ocasião, o aeroporto de Guarulhos, inaugurado em 1985, havia tirado todos os voos domésticos e internacionais de Congonhas, que ficou esvaziado e servindo a voos regionais. A TAM então batizou os Fokker, comprados novos, de "jato de Congonhas". "Como só a TAM tinha os Fokker, a aeronave ficou muito ligada à imagem da companhia", diz Ruy Amparo, que entrou na empresa em 1989, justamente para trazer os Fokker em operação, hoje vice-presidente de operações e de manutenção da TAM. De fabricação holandesa, a aeronave ajudou a transformar a TAM de companhia regional em uma das líderes em voos domésticos. "Pode-se dizer que ali a TAM começou a tomar o lugar que era da Varig", disse Gianfranco Beting, consultor, ex-diretor da Azul e um dos maiores especialistas em história da aviação comercial brasileira. MALDITO A boa fase foi até outubro de 1996, quando um deles, pintado "Number One" em razão de um prêmio recebido pela TAM, caiu em Congonhas logo após decolar, o que matou 99 pessoas –todas a bordo e mais três no chão. Foi o início de uma série de incidentes que marcaram negativamente o avião por aqui. (No mundo, o avião é bem reputado. Além do desastre da TAM, houve só três acidentes com morte –em 1993, na Macedônia, em 2007, na França e em 2012, em Mianmar.) Em 1997, a porta de um Fokker explodiu no ar, o que ejetou um passageiro para fora; em 30 de agosto de 2002, dois aviões tiveram problemas com diferença de menos de uma hora –um pousou em uma fazenda no interior de São Paulo e outro de barriga no aeroporto de Viracopos. Um desses aviões é utilizado pela TAM para treinamento de tripulantes em terra e o outro está exposto no museu da empresa, em São Carlos (interior de São Paulo). "Confesso que evitei e muita gente que iria voar me perguntava se deveria ir e o que eu achava", disse Sandra Assali, que perdeu o marido no acidente de 1996 e hoje dirige uma entidade de assistência a famílias de vítimas de desastres aéreos. "Ele não merece a fama que teve. O problema de imagem no Brasil advém do fato de a TAM ter tido uma série de incidentes e o acidente, que não podem ser imputados ao projeto, mas sim à maneira como avião foi operado", diz Gianfranco Beting. Ruy Amparo, da TAM, cita o fato de que, no relatório sobre o acidente em 1996, a Aeronáutica apontou problemas no relê do reversor do Fokker. O relatório também aponta que a fabricante disse à TAM que o reversor jamais abriria em voo, o que fez a companhia aérea deixar de treinar tripulantes em simulador para esse tipo de falha. O documento relata ainda erros do comandante e de acompanhamento, pela TAM, de panes ocorridas. Amparo diz que a imagem do avião ficou muito ligada à TAM porque a empresa, em boa parte dos últimos 30 anos, foi a única a usá-lo. Foi em 2008 que a Avianca decidiu comprar 14 Fokker da American Airlines. Em razão da má fama da aeronave entre os passageiros, a Avianca o rebatizou de "MK-28".– o nome técnico da aeronave é MK-28 F100. "A decisão de comprá-lo foi técnica. É um avião bom, confiável e cumpriu sua missão maravilhosamente bem", disse José Efromovich, presidente da Avianca. "As pessoas me perguntam por que MK-28. Porque é meu, chamo como quero", disse, rindo.
cotidiano
De 'exclusivo' a avião 'maldito', Fokker 100 faz o último voo no BrasilEle ganhou fama de maldito no Brasil e chegou a mudar de nome para aplacar a resistência de passageiros, que temiam voar nele. Agora, dará adeus ao país. Nesta terça-feira (24) aconteceu a última viagem com passageiros do Fokker 100 em solo brasileiro, um voo de cerca de 40 minutos sobre São Paulo, com saída e chegada em Congonhas, para imprensa e convidados. Única empresa a operar com essa aeronave, a Avianca vai vender os seus dois últimos Fokker, hoje ultrapassados e mais caros do que concorrentes de fabricantes como Embraer, Boeing e Airbus. A despedida para passageiros pagantes se deu no sábado (21), em um voo de Brasília a Congonhas. É o fim, para os passageiros, da história de uma aeronave emblemática no país, para o bem e para o mal. A aeronave, de fabricação holandesa, se tornou popular no Brasil a partir de 1990 pelas mãos da TAM, então uma empresa regional. A empresa teve a ideia de aproveitar o avião, com 108 lugares, em um aeroporto então relegado à segunda categoria –Congonhas, hoje um dos principais do país. Na ocasião, o aeroporto de Guarulhos, inaugurado em 1985, havia tirado todos os voos domésticos e internacionais de Congonhas, que ficou esvaziado e servindo a voos regionais. A TAM então batizou os Fokker, comprados novos, de "jato de Congonhas". "Como só a TAM tinha os Fokker, a aeronave ficou muito ligada à imagem da companhia", diz Ruy Amparo, que entrou na empresa em 1989, justamente para trazer os Fokker em operação, hoje vice-presidente de operações e de manutenção da TAM. De fabricação holandesa, a aeronave ajudou a transformar a TAM de companhia regional em uma das líderes em voos domésticos. "Pode-se dizer que ali a TAM começou a tomar o lugar que era da Varig", disse Gianfranco Beting, consultor, ex-diretor da Azul e um dos maiores especialistas em história da aviação comercial brasileira. MALDITO A boa fase foi até outubro de 1996, quando um deles, pintado "Number One" em razão de um prêmio recebido pela TAM, caiu em Congonhas logo após decolar, o que matou 99 pessoas –todas a bordo e mais três no chão. Foi o início de uma série de incidentes que marcaram negativamente o avião por aqui. (No mundo, o avião é bem reputado. Além do desastre da TAM, houve só três acidentes com morte –em 1993, na Macedônia, em 2007, na França e em 2012, em Mianmar.) Em 1997, a porta de um Fokker explodiu no ar, o que ejetou um passageiro para fora; em 30 de agosto de 2002, dois aviões tiveram problemas com diferença de menos de uma hora –um pousou em uma fazenda no interior de São Paulo e outro de barriga no aeroporto de Viracopos. Um desses aviões é utilizado pela TAM para treinamento de tripulantes em terra e o outro está exposto no museu da empresa, em São Carlos (interior de São Paulo). "Confesso que evitei e muita gente que iria voar me perguntava se deveria ir e o que eu achava", disse Sandra Assali, que perdeu o marido no acidente de 1996 e hoje dirige uma entidade de assistência a famílias de vítimas de desastres aéreos. "Ele não merece a fama que teve. O problema de imagem no Brasil advém do fato de a TAM ter tido uma série de incidentes e o acidente, que não podem ser imputados ao projeto, mas sim à maneira como avião foi operado", diz Gianfranco Beting. Ruy Amparo, da TAM, cita o fato de que, no relatório sobre o acidente em 1996, a Aeronáutica apontou problemas no relê do reversor do Fokker. O relatório também aponta que a fabricante disse à TAM que o reversor jamais abriria em voo, o que fez a companhia aérea deixar de treinar tripulantes em simulador para esse tipo de falha. O documento relata ainda erros do comandante e de acompanhamento, pela TAM, de panes ocorridas. Amparo diz que a imagem do avião ficou muito ligada à TAM porque a empresa, em boa parte dos últimos 30 anos, foi a única a usá-lo. Foi em 2008 que a Avianca decidiu comprar 14 Fokker da American Airlines. Em razão da má fama da aeronave entre os passageiros, a Avianca o rebatizou de "MK-28".– o nome técnico da aeronave é MK-28 F100. "A decisão de comprá-lo foi técnica. É um avião bom, confiável e cumpriu sua missão maravilhosamente bem", disse José Efromovich, presidente da Avianca. "As pessoas me perguntam por que MK-28. Porque é meu, chamo como quero", disse, rindo.
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São Paulo e mais 8 brigam por 5 vagas na última rodada da Libertadores
A sexta e última rodada da fase de grupos da Taça Libertadores da América começa nesta terça-feira (19) com dez times na briga pelas últimas cinco vagas para as oitavas de final. O Grupo 1 é o mais embolado e o único que ainda não tem nenhuma das equipes garantidas na próxima fase do torneio sul-americano. River Plate, São Paulo e The Strongest brigam por duas vagas. Com oito pontos e na liderança da chave —possui melhor saldo de gols que a equipe brasileira—, o River Plate está muito próximo de obter a classificação. Adversário do já eliminado Trujillanos nesta última rodada, o time argentino precisa apenas de um empate para se classificar. A equipe de D'Alessandro consegue avançar até em caso de derrota, mas aí dependeria do saldo de gols, que hoje é bem superior aos rivais. O São Paulo precisa empatar contra o The Strongest na Bolívia. Já o The Strongest avança com uma vitória simples. O Grupo 3 é outro que está indefinido. Com nove pontos, o Boca Juniors já está classificado. A outra vaga está sendo disputada pelo também argentino Racing e o Bolívar, que se enfrentam na Bolívia. Com oito pontos, o Racing joga por um empate, enquanto o Bolívar necessita vencer por dois gols de diferença. O Grupo 4 já tem o colombiano Atlético Nacional classificado e com a primeira colocação assegurada. O time é o único com 100% de aproveitamento na competição. A segunda vaga está sendo disputada pelo argentino Huracán e o peruano Sporting Cristal. Com sete pontos e na vice-liderança da chave, o Huracán precisa de um empate contra o Atlético Nacional fora de casa. Já Sporting Cristal necessita vencer o Peñarol fora de casa, torcer por uma derrota do Huracán e ainda diminuir a vantagem no saldo de gols (0 contra -5). No Grupo 8, o Corinthians obteve a classificação por antecipação. A segunda vaga será disputada entre Santa Fe (COL) e Cerro Porteño (PAR). A equipe colombiana joga por um empate. Outras quatro chaves já estão definidas. Rosario-ARG e Nacional (URU) se classificaram no Grupo 2, enquanto Atlético-MG e Independiente del Valle avançaram no Grupo 5. Toluca e Grêmio foram os classificados do Grupo 6, e Pumas e Táchira garantiram a classificação no Grupo 7. NA LIDERANÇA Atlético-MG, Corinthians e Grêmio são os brasileiros classificados para as oitavas de final. O time mineiro, que já encerrou sua participação na fase de grupos, avançou na primeira colocação da chave 5. Líder do Grupo 8, o Corinthians necessita vencer o Cobresal na quarta-feira, em casa, para garantir a primeira posição sem depender de outro resultado. Já o Grêmio obteve a vaga nas oitavas de final na segunda colocação do Grupo C. Mesmo faltando uma rodada –recebe o Toluca nesta terça-feira—, o time gaúcho não consegue mais terminar na liderança. Se perder, corre o risco de classificar como o pior segundo. Assim, enfrentaria na próxima fase o time de melhor campanha. O São Paulo ainda tem chance de avançar em primeiro, mas precisa ganhar do The Strongest e torcer por um tropeço do River Plate. O Palmeiras, que já encerrou sua participação, é o único brasileiro que ficou pelo caminho até o momento.
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São Paulo e mais 8 brigam por 5 vagas na última rodada da LibertadoresA sexta e última rodada da fase de grupos da Taça Libertadores da América começa nesta terça-feira (19) com dez times na briga pelas últimas cinco vagas para as oitavas de final. O Grupo 1 é o mais embolado e o único que ainda não tem nenhuma das equipes garantidas na próxima fase do torneio sul-americano. River Plate, São Paulo e The Strongest brigam por duas vagas. Com oito pontos e na liderança da chave —possui melhor saldo de gols que a equipe brasileira—, o River Plate está muito próximo de obter a classificação. Adversário do já eliminado Trujillanos nesta última rodada, o time argentino precisa apenas de um empate para se classificar. A equipe de D'Alessandro consegue avançar até em caso de derrota, mas aí dependeria do saldo de gols, que hoje é bem superior aos rivais. O São Paulo precisa empatar contra o The Strongest na Bolívia. Já o The Strongest avança com uma vitória simples. O Grupo 3 é outro que está indefinido. Com nove pontos, o Boca Juniors já está classificado. A outra vaga está sendo disputada pelo também argentino Racing e o Bolívar, que se enfrentam na Bolívia. Com oito pontos, o Racing joga por um empate, enquanto o Bolívar necessita vencer por dois gols de diferença. O Grupo 4 já tem o colombiano Atlético Nacional classificado e com a primeira colocação assegurada. O time é o único com 100% de aproveitamento na competição. A segunda vaga está sendo disputada pelo argentino Huracán e o peruano Sporting Cristal. Com sete pontos e na vice-liderança da chave, o Huracán precisa de um empate contra o Atlético Nacional fora de casa. Já Sporting Cristal necessita vencer o Peñarol fora de casa, torcer por uma derrota do Huracán e ainda diminuir a vantagem no saldo de gols (0 contra -5). No Grupo 8, o Corinthians obteve a classificação por antecipação. A segunda vaga será disputada entre Santa Fe (COL) e Cerro Porteño (PAR). A equipe colombiana joga por um empate. Outras quatro chaves já estão definidas. Rosario-ARG e Nacional (URU) se classificaram no Grupo 2, enquanto Atlético-MG e Independiente del Valle avançaram no Grupo 5. Toluca e Grêmio foram os classificados do Grupo 6, e Pumas e Táchira garantiram a classificação no Grupo 7. NA LIDERANÇA Atlético-MG, Corinthians e Grêmio são os brasileiros classificados para as oitavas de final. O time mineiro, que já encerrou sua participação na fase de grupos, avançou na primeira colocação da chave 5. Líder do Grupo 8, o Corinthians necessita vencer o Cobresal na quarta-feira, em casa, para garantir a primeira posição sem depender de outro resultado. Já o Grêmio obteve a vaga nas oitavas de final na segunda colocação do Grupo C. Mesmo faltando uma rodada –recebe o Toluca nesta terça-feira—, o time gaúcho não consegue mais terminar na liderança. Se perder, corre o risco de classificar como o pior segundo. Assim, enfrentaria na próxima fase o time de melhor campanha. O São Paulo ainda tem chance de avançar em primeiro, mas precisa ganhar do The Strongest e torcer por um tropeço do River Plate. O Palmeiras, que já encerrou sua participação, é o único brasileiro que ficou pelo caminho até o momento.
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Por decisão unânime, Atlético-PR aceita proposta do Esporte Interativo
O Atlético-PR anunciou ter aceitado a proposta da Turner, responsável pelo Esporte Interativo, para ceder os direitos de transmissão para TV fechada do Campeonato Brasileiro dos anos de 2019 a 2024. A decisão foi tomada de forma unânime, em reunião extraordinária realizada nesta segunda-feira (29). Em nota oficial, o clube paranaense afirmou que a decisão se baseou no fato de as cotas de pay-per-view "não serem divididas de forma justa". O Atlético-PR faz parte de um grupo de cinco clubes que negociam seus direitos de TV fechada do Brasileiro para o Esporte Interativo. Entre eles está o Santos, que tem praticamente fechado o acordo com a concorrente da Globo, faltando apenas assinar o contrato com a emissora. O Esporte Interativo vem negociando com os times que não tinham contrato com a Globo para obter os direitos de TV fechada. Acena com uma proposta de nove vezes a oferta feita pelo Sportv –R$ 550 milhões contra R$ 60 milhões. Esse valor será proporcional ao número de clubes acertados. Uma reunião na segunda-feira selou um acordo de parte dos clubes com o canal. A ideia da Turner é fechar com pelo menos oito clubes da Série A. O São Paulo, por exemplo, chegou muito perto de aceitar o acordo da empresa, mas o Conselho Deliberativo decidiu por aclamação renovar com a Globo. Por causa da concorrência com o Esporte Interativo, a TV Globo deu R$ 60 milhões em luvas para o São Paulo, que criará fundo com o montante com o objetivo de quitar dívidas. Atualmente, o clube deve direitos de imagem para parte dos jogadores.
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Por decisão unânime, Atlético-PR aceita proposta do Esporte InterativoO Atlético-PR anunciou ter aceitado a proposta da Turner, responsável pelo Esporte Interativo, para ceder os direitos de transmissão para TV fechada do Campeonato Brasileiro dos anos de 2019 a 2024. A decisão foi tomada de forma unânime, em reunião extraordinária realizada nesta segunda-feira (29). Em nota oficial, o clube paranaense afirmou que a decisão se baseou no fato de as cotas de pay-per-view "não serem divididas de forma justa". O Atlético-PR faz parte de um grupo de cinco clubes que negociam seus direitos de TV fechada do Brasileiro para o Esporte Interativo. Entre eles está o Santos, que tem praticamente fechado o acordo com a concorrente da Globo, faltando apenas assinar o contrato com a emissora. O Esporte Interativo vem negociando com os times que não tinham contrato com a Globo para obter os direitos de TV fechada. Acena com uma proposta de nove vezes a oferta feita pelo Sportv –R$ 550 milhões contra R$ 60 milhões. Esse valor será proporcional ao número de clubes acertados. Uma reunião na segunda-feira selou um acordo de parte dos clubes com o canal. A ideia da Turner é fechar com pelo menos oito clubes da Série A. O São Paulo, por exemplo, chegou muito perto de aceitar o acordo da empresa, mas o Conselho Deliberativo decidiu por aclamação renovar com a Globo. Por causa da concorrência com o Esporte Interativo, a TV Globo deu R$ 60 milhões em luvas para o São Paulo, que criará fundo com o montante com o objetivo de quitar dívidas. Atualmente, o clube deve direitos de imagem para parte dos jogadores.
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Foo Fighters fará show beneficente em teatro de 2.000 anos na Acrópole
A banda de rock americana Foo Fighters irá fazer um raro show que será exibido na televisão na Acrópole de Atenas, um dos mais icônicos sítios históricos do mundo, produtores anunciaram nesta sexta-feira (30). Os ícones do rock alternativo liderados por Dave Grohl, que integrava o Nirvana, se apresentarão no dia 10 de julho no Odeão de Herodes Ático, o teatro de pedra de 2.000 anos, localizado em uma encosta da antiga cidadela que observa Atenas do alto. O valor arrecadado pelo show será destinado à ações de caridade na Grécia. O show irá ao ar posteriormente na emissora americana de sinal aberto PBS, como parte da série "Landmarks Live in Concert," na qual artistas tocam em locais consagrados e discutem a relevância disso juntamente ao baterista da banda californiana Red Hot Chili Peppers, Chad Smith. "Sempre quis trabalhar com o Foo Fighters e fazer um show na Grécia", disse Daniel Catullo, que dirige a série na PBS, em comunicado oficial. "Nós tivemos shows incríveis até o momento, mas esse com certeza nos faz chegar a outro nível", afirma ele. Outros episódios incluem o tenor italiano Andrea Bocelli se apresentando no Palazzo Vecchio de Florença, enquanto Alicia Keys solta a sua voz no Apollo Theater, local histórico para o jazz em Nova York. O Odeão, construído no primeiro século d.C sob domínio romano, tem capacidade para até 5 mil pessoas, e já foi palco de muitos shows históricos, principalmente da música clássica e do mundo da ópera. Artistas de outros gêneros também já se apresentaram na Acrópole, como Elton John, Frank Sinatra e Sting, assim como o pioneiro da música eletrônica, o francês Jen-Michel Jarre. Foo Fighters lançará no dia 15 de setembro seu nono álbum, "Concrete and Gold", no qual de acordo com informações divulgadas marcará o retorno ao som pesado e virtuosismo na guitarra, característicos do Nirvana.
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Foo Fighters fará show beneficente em teatro de 2.000 anos na AcrópoleA banda de rock americana Foo Fighters irá fazer um raro show que será exibido na televisão na Acrópole de Atenas, um dos mais icônicos sítios históricos do mundo, produtores anunciaram nesta sexta-feira (30). Os ícones do rock alternativo liderados por Dave Grohl, que integrava o Nirvana, se apresentarão no dia 10 de julho no Odeão de Herodes Ático, o teatro de pedra de 2.000 anos, localizado em uma encosta da antiga cidadela que observa Atenas do alto. O valor arrecadado pelo show será destinado à ações de caridade na Grécia. O show irá ao ar posteriormente na emissora americana de sinal aberto PBS, como parte da série "Landmarks Live in Concert," na qual artistas tocam em locais consagrados e discutem a relevância disso juntamente ao baterista da banda californiana Red Hot Chili Peppers, Chad Smith. "Sempre quis trabalhar com o Foo Fighters e fazer um show na Grécia", disse Daniel Catullo, que dirige a série na PBS, em comunicado oficial. "Nós tivemos shows incríveis até o momento, mas esse com certeza nos faz chegar a outro nível", afirma ele. Outros episódios incluem o tenor italiano Andrea Bocelli se apresentando no Palazzo Vecchio de Florença, enquanto Alicia Keys solta a sua voz no Apollo Theater, local histórico para o jazz em Nova York. O Odeão, construído no primeiro século d.C sob domínio romano, tem capacidade para até 5 mil pessoas, e já foi palco de muitos shows históricos, principalmente da música clássica e do mundo da ópera. Artistas de outros gêneros também já se apresentaram na Acrópole, como Elton John, Frank Sinatra e Sting, assim como o pioneiro da música eletrônica, o francês Jen-Michel Jarre. Foo Fighters lançará no dia 15 de setembro seu nono álbum, "Concrete and Gold", no qual de acordo com informações divulgadas marcará o retorno ao som pesado e virtuosismo na guitarra, característicos do Nirvana.
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Leitores defendem recondução do procurador-geral da República
Nas entrelinhas, o advogado Arnaldo Malheiros ("Meu reino por um juiz, Tendências/Debates, 11/5) está defendendo os interesses de seus clientes. A Justiça deve atender os interesses da sociedade, apartando os meliantes que assaltam bilhões e levam o país à bancarrota, e todos nós cidadãos estamos pagando pelos ilícitos cometidos. A retórica do artigo é interesseira, não dignifica o Direito nem faz bem à Justiça. PAULO ROGÉRIO JOSÉ, advogado (Porto Velho, RO) * A coluna de Bernardo Mello Franco (De volta ao ringue, "Opinião", 12/5) inclui um depoimento interessante do ex-ministro Sydney Sanches sobre o envolvimento de Dias Toffoli com o PT. Tal fato tipifica e esclarece o porquê da indicação de Fachin para aquela suprema corte. CARLOS ALBERTO BELLOZI (Belo Horizonte, MG) * Até os críticos mais ferozes da presidente Dilma devem reconhecer que é acertado manter Rodrigo Janot à frente do Ministério Público (Batalhas e guerras, "Opinião", 12/5). O procurador-geral da República e o juiz federal Sergio Moro são peças-chave na apuração e no julgamento do maior esquema de corrupção já praticado neste país. E a forma serena e firme como agem tem irritado medalhões da política até então intocáveis. MARCOS ABRÃO (São Paulo, SP) * * Como cidadã e eleitora, desejo expressar minha indignação pela conveniente e despauperada manipulação para impedir a recondução do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Se a consciência desses elementos em suspeição não lhe dá a certeza da inocência, não é o investigador quem deva ser punido, mas a realidade tornada pública. ÂNGELA LUIZA S.BONACCI (Pindamonhangaba, SP) * Não obstante os altos vencimentos que recebem como senadores (e incontáveis outras mordomias), Aécio Neves e José Serra, duas poderosas vozes da oposição ao governo petista, preferiram ir a Nova York fazer a claque de FHC, seu colega homenageado, em vez de trabalharem num momento crítico, no qual poderiam fazer a balança da aprovação de Luiz Fachin ao STF pender para o outro lado. Fica a pergunta (para a qual já sei a resposta): ao menos terão seus vencimentos descontados? Não me venham dizer que esse passeio foi "a trabalho". LUCIANO NOGUEIRA MARMONTEL (Pouso Alegre, MG) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitores defendem recondução do procurador-geral da RepúblicaNas entrelinhas, o advogado Arnaldo Malheiros ("Meu reino por um juiz, Tendências/Debates, 11/5) está defendendo os interesses de seus clientes. A Justiça deve atender os interesses da sociedade, apartando os meliantes que assaltam bilhões e levam o país à bancarrota, e todos nós cidadãos estamos pagando pelos ilícitos cometidos. A retórica do artigo é interesseira, não dignifica o Direito nem faz bem à Justiça. PAULO ROGÉRIO JOSÉ, advogado (Porto Velho, RO) * A coluna de Bernardo Mello Franco (De volta ao ringue, "Opinião", 12/5) inclui um depoimento interessante do ex-ministro Sydney Sanches sobre o envolvimento de Dias Toffoli com o PT. Tal fato tipifica e esclarece o porquê da indicação de Fachin para aquela suprema corte. CARLOS ALBERTO BELLOZI (Belo Horizonte, MG) * Até os críticos mais ferozes da presidente Dilma devem reconhecer que é acertado manter Rodrigo Janot à frente do Ministério Público (Batalhas e guerras, "Opinião", 12/5). O procurador-geral da República e o juiz federal Sergio Moro são peças-chave na apuração e no julgamento do maior esquema de corrupção já praticado neste país. E a forma serena e firme como agem tem irritado medalhões da política até então intocáveis. MARCOS ABRÃO (São Paulo, SP) * * Como cidadã e eleitora, desejo expressar minha indignação pela conveniente e despauperada manipulação para impedir a recondução do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Se a consciência desses elementos em suspeição não lhe dá a certeza da inocência, não é o investigador quem deva ser punido, mas a realidade tornada pública. ÂNGELA LUIZA S.BONACCI (Pindamonhangaba, SP) * Não obstante os altos vencimentos que recebem como senadores (e incontáveis outras mordomias), Aécio Neves e José Serra, duas poderosas vozes da oposição ao governo petista, preferiram ir a Nova York fazer a claque de FHC, seu colega homenageado, em vez de trabalharem num momento crítico, no qual poderiam fazer a balança da aprovação de Luiz Fachin ao STF pender para o outro lado. Fica a pergunta (para a qual já sei a resposta): ao menos terão seus vencimentos descontados? Não me venham dizer que esse passeio foi "a trabalho". LUCIANO NOGUEIRA MARMONTEL (Pouso Alegre, MG) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Polícia da Malásia prende 7 suspeitos de pertencerem ao Estado Islâmico
A Polícia da Malásia prendeu sete pessoas suspeitas de pertencerem ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI) e que estariam planejando vários atentados em locais públicos no país, informou nesta segunda-feira (25) a imprensa local. As prisões ocorreram durante operações realizadas em vários pontos do país. Os agentes apreenderam munição, livros sobre a Jihad (guerra santa) e propagandas do EI, disse o chefe da Polícia da Malásia, Khalid Abu Bakar, ainda na noite de domingo. "Eles foram presos em uma operação especial que começou na sexta-feira. Achamos que os suspeitos planejavam ataques em locais estratégicos do país", disse Bakar ao jornal 'The Star'. De acordo com o chefe da Polícia, um dos presos teria recebido ordens de Bahrun Naeem, o indonésio considerado mentor do atentado deste mês em Jacarta, na Indonésia, no qual morreram oito pessoas, entre eles os quatro terroristas responsáveis pelo ataque. Após as prisões, a unidade do EI na Síria formada por indonésios e malaios, batizada como Katibah Nusantara, publicou um vídeo no qual prometeu vingança, segundo o 'The Star'. A Polícia da Malásia já prendeu mais de cem pessoas suspeitas de colaborar com o EI, que conta com cerca de 50 malaios em suas frentes de combate no Iraque e na Síria. A Malásia tem quase 30 milhões de habitantes, dos quais 61% são muçulmanos.
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Polícia da Malásia prende 7 suspeitos de pertencerem ao Estado IslâmicoA Polícia da Malásia prendeu sete pessoas suspeitas de pertencerem ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI) e que estariam planejando vários atentados em locais públicos no país, informou nesta segunda-feira (25) a imprensa local. As prisões ocorreram durante operações realizadas em vários pontos do país. Os agentes apreenderam munição, livros sobre a Jihad (guerra santa) e propagandas do EI, disse o chefe da Polícia da Malásia, Khalid Abu Bakar, ainda na noite de domingo. "Eles foram presos em uma operação especial que começou na sexta-feira. Achamos que os suspeitos planejavam ataques em locais estratégicos do país", disse Bakar ao jornal 'The Star'. De acordo com o chefe da Polícia, um dos presos teria recebido ordens de Bahrun Naeem, o indonésio considerado mentor do atentado deste mês em Jacarta, na Indonésia, no qual morreram oito pessoas, entre eles os quatro terroristas responsáveis pelo ataque. Após as prisões, a unidade do EI na Síria formada por indonésios e malaios, batizada como Katibah Nusantara, publicou um vídeo no qual prometeu vingança, segundo o 'The Star'. A Polícia da Malásia já prendeu mais de cem pessoas suspeitas de colaborar com o EI, que conta com cerca de 50 malaios em suas frentes de combate no Iraque e na Síria. A Malásia tem quase 30 milhões de habitantes, dos quais 61% são muçulmanos.
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Novo plano do Pentágono prevê uso de armas cibernéticas contra inimigos
O Departamento de Defesa dos EUA anunciou nesta quinta-feira (23) uma nova estratégia de segurança cibernética, na primeira menção pública aos planos do governo norte-americano de usar armas cibernéticas em conflitos contra inimigos. O documento, de 33 páginas, afirma que o Pentágono "poderá usar operações cibernéticas para atingir as redes de comando e controle, infraestrutura militar e as capacidades de armamento de seus adversários". Para exemplificar as ameaças que rondam o país, o secretário de Defesa, Ashton Carter, revelou nesta quinta, em discurso na Universidade de Stanford, na Califórnia, que hackers russos conseguiram acessar materiais não confidenciais na rede do Pentágono neste ano. A brecha, no entanto, foi identificada e corrigida em 24 horas, afirmou. De acordo com Carter, a reação rápida mostra que o departamento está se movendo na direção certa. "Mas eu ainda me preocupo com o que não sabemos, porque esse foi só um ataque", disse. A estratégia cibernética, anunciada por Carter durante o discurso, é parte de um esforço da administração do presidente Barack Obama para ser mais transparente sobre o uso pelos EUA de ferramentas ofensivas para evitar e deter ataques. "Acredito que seja útil para os EUA que o mundo saiba, em primeiro lugar, que vamos nos proteger, nos defender", disse Carter durante a viagem à Califórnia. O governo decidiu lançar a estratégia no Estado, que abriga o Vale do Silício, na tentativa de melhorar a relação com as grandes empresas de tecnologia e buscar sua ajuda no desenvolvimento de novas ferramentas. Companhias como Google e Facebook ainda se ressentem por ter tido sua imagem prejudicada pelas revelações sobre o programa de espionagem do governo feitas por Edward Snowden, ex-funcionário da NSA, em 2013. O secretário de Defesa admitiu que, após a divulgação das informações, parte de seu trabalho será deixar claro para essas empresas que eles compartilham os melhores interesses e valores do governo. "Eles estão desconfiados? Sem dúvida", disse Carter. PRINCIPAIS AMEAÇAS O documento divulgado nesta quinta pela Defesa americana afirma que o diretor de Inteligência Nacional nomeou a ameaça cibernética como a mais importante entre 2013 e 2015, deixando o terrorismo em segundo lugar pela primeira vez desde os atentados do 11 de Setembro de 2001. "Potenciais adversários investiram significativamente em ferramentas cibernéticas, já que elas fornecem a eles a possibilidade de atacar os interesses dos EUA de forma viável e potencialmente negável", diz o texto, citando a Rússia e a China como exemplos. O Departamento de Defesa afirma ainda que, além das ameaças de Estado, grupos como a facção radical Estado Islâmico usam o espaço cibernético para recrutar integrantes e disseminar propaganda.
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Novo plano do Pentágono prevê uso de armas cibernéticas contra inimigosO Departamento de Defesa dos EUA anunciou nesta quinta-feira (23) uma nova estratégia de segurança cibernética, na primeira menção pública aos planos do governo norte-americano de usar armas cibernéticas em conflitos contra inimigos. O documento, de 33 páginas, afirma que o Pentágono "poderá usar operações cibernéticas para atingir as redes de comando e controle, infraestrutura militar e as capacidades de armamento de seus adversários". Para exemplificar as ameaças que rondam o país, o secretário de Defesa, Ashton Carter, revelou nesta quinta, em discurso na Universidade de Stanford, na Califórnia, que hackers russos conseguiram acessar materiais não confidenciais na rede do Pentágono neste ano. A brecha, no entanto, foi identificada e corrigida em 24 horas, afirmou. De acordo com Carter, a reação rápida mostra que o departamento está se movendo na direção certa. "Mas eu ainda me preocupo com o que não sabemos, porque esse foi só um ataque", disse. A estratégia cibernética, anunciada por Carter durante o discurso, é parte de um esforço da administração do presidente Barack Obama para ser mais transparente sobre o uso pelos EUA de ferramentas ofensivas para evitar e deter ataques. "Acredito que seja útil para os EUA que o mundo saiba, em primeiro lugar, que vamos nos proteger, nos defender", disse Carter durante a viagem à Califórnia. O governo decidiu lançar a estratégia no Estado, que abriga o Vale do Silício, na tentativa de melhorar a relação com as grandes empresas de tecnologia e buscar sua ajuda no desenvolvimento de novas ferramentas. Companhias como Google e Facebook ainda se ressentem por ter tido sua imagem prejudicada pelas revelações sobre o programa de espionagem do governo feitas por Edward Snowden, ex-funcionário da NSA, em 2013. O secretário de Defesa admitiu que, após a divulgação das informações, parte de seu trabalho será deixar claro para essas empresas que eles compartilham os melhores interesses e valores do governo. "Eles estão desconfiados? Sem dúvida", disse Carter. PRINCIPAIS AMEAÇAS O documento divulgado nesta quinta pela Defesa americana afirma que o diretor de Inteligência Nacional nomeou a ameaça cibernética como a mais importante entre 2013 e 2015, deixando o terrorismo em segundo lugar pela primeira vez desde os atentados do 11 de Setembro de 2001. "Potenciais adversários investiram significativamente em ferramentas cibernéticas, já que elas fornecem a eles a possibilidade de atacar os interesses dos EUA de forma viável e potencialmente negável", diz o texto, citando a Rússia e a China como exemplos. O Departamento de Defesa afirma ainda que, além das ameaças de Estado, grupos como a facção radical Estado Islâmico usam o espaço cibernético para recrutar integrantes e disseminar propaganda.
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Queda nos preços já se reflete no lucro dos produtores dos EUA
Os norte-americanos já vivem o que os brasileiros deverão viver a partir do próximo ano: um enxugamento das receitas. O lucro líquido do setor agropecuário deverá fechar este ano com queda de 38% nos Estados Unidos, em relação ao de 2014, caindo para US$ 56 bilhões. Esse resultado vem de receitas de US$ 439 bilhões e despesas de US$ 383 bilhões. Os dados são do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Em 2013, ainda reflexo dos preços elevados no setor, o lucro líquido nas fazendas havia atingido US$ 123 bilhões. A queda de receitas chegou primeiro ao bolso dos norte-americanos porque eles não tiveram, como os brasileiros, o benefício da desvalorização do dólar. A forte queda nos preços das commodities no mercado internacional afetou diretamente a renda dos produtores dos EUA. Já no Brasil, mesmo com a queda dos preços em dólares, as receitas dos produtores continuam elevadas devido à valorização da moeda norte-americana. A desvalorização da moeda brasileira ante o dólar faz com que o reembolso dos produtores seja maior em reais. Uma das vantagens dos produtores dos EUA foi que os custos não tiveram tanta pressão como vão ter no Brasil. Alguns, como os combustíveis, até pesaram menos. Se a alta do dólar foi benéfica nas vendas para o produtor brasileiro, a conta começará a vir com a aceleração dos custos dos insumos, cotados em dólar. Diferentemente do Brasil, onde o predomínio é da soja, as maiores receitas dos norte-americanos vêm do milho. Essas receitas com o cereal minguaram neste ano, recuando para US$ 46,4 bilhões. Em 2012, eram de US$ 72 bilhões. O faturamento com soja, segundo item de peso na composição das receitas dos produtores dos EUA, caiu para US$ 35,2 bilhões, conforme estimativa dos Usda. Em 2012, estava em US$ 44,1 bilhões. Os custos de produção no Brasil, que já sobem, deverão ficar mais salgados no ano que vem com o dólar nesse patamar. Mas, se o dólar voltar a subir –tendo em vista a situação econômica e política conturbada no país–, o produtor brasileiro vai continuar obtendo mais receitas em reais. O problema é que essa aposta em "quanto pior, melhor" neste momento é benéfica, mas vai trazer a conta quando o cenário econômico e político apontar para uma possível melhora e o dólar voltar a cair. Os custos deste dólar elevado estarão incorporados nos insumos, e as vendas dos produtos não terão o benefício de trazer mais reais, como corre agora. * Crédito O montante de CRA (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) vigente na carteira dos investidores no final de outubro alcançou R$ 5,8 bilhões na Cetip, responsável pelo depósito dos certificados. Em alta Ao somar esse volume financeiro, os CRAs subiram 240% em comparação a outubro do ano passado. De janeiro a outubro deste ano, as novas aplicações em CRA somaram R$ 3,3 bilhões. Recorde O país deverá ter um volume recorde nas exportações deste ano. Mas, pelo segundo ano consecutivo, o faturamento em dólar deverá cair, devido à redução de preços das commodities no mercado internacional. Em queda De janeiro a setembro, o acumulado das exportações atingiu US$ 67 bilhões, 12% menos do que em igual período do ano passado. Câmbio Os dados são do Cepea, cujos técnicos consideram que está se acentuando a tendência de queda das commodities. A boa notícia para os exportadores vem do câmbio, que, em setembro, estava 42% mais favorável para as exportações do que há um ano.
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Queda nos preços já se reflete no lucro dos produtores dos EUAOs norte-americanos já vivem o que os brasileiros deverão viver a partir do próximo ano: um enxugamento das receitas. O lucro líquido do setor agropecuário deverá fechar este ano com queda de 38% nos Estados Unidos, em relação ao de 2014, caindo para US$ 56 bilhões. Esse resultado vem de receitas de US$ 439 bilhões e despesas de US$ 383 bilhões. Os dados são do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Em 2013, ainda reflexo dos preços elevados no setor, o lucro líquido nas fazendas havia atingido US$ 123 bilhões. A queda de receitas chegou primeiro ao bolso dos norte-americanos porque eles não tiveram, como os brasileiros, o benefício da desvalorização do dólar. A forte queda nos preços das commodities no mercado internacional afetou diretamente a renda dos produtores dos EUA. Já no Brasil, mesmo com a queda dos preços em dólares, as receitas dos produtores continuam elevadas devido à valorização da moeda norte-americana. A desvalorização da moeda brasileira ante o dólar faz com que o reembolso dos produtores seja maior em reais. Uma das vantagens dos produtores dos EUA foi que os custos não tiveram tanta pressão como vão ter no Brasil. Alguns, como os combustíveis, até pesaram menos. Se a alta do dólar foi benéfica nas vendas para o produtor brasileiro, a conta começará a vir com a aceleração dos custos dos insumos, cotados em dólar. Diferentemente do Brasil, onde o predomínio é da soja, as maiores receitas dos norte-americanos vêm do milho. Essas receitas com o cereal minguaram neste ano, recuando para US$ 46,4 bilhões. Em 2012, eram de US$ 72 bilhões. O faturamento com soja, segundo item de peso na composição das receitas dos produtores dos EUA, caiu para US$ 35,2 bilhões, conforme estimativa dos Usda. Em 2012, estava em US$ 44,1 bilhões. Os custos de produção no Brasil, que já sobem, deverão ficar mais salgados no ano que vem com o dólar nesse patamar. Mas, se o dólar voltar a subir –tendo em vista a situação econômica e política conturbada no país–, o produtor brasileiro vai continuar obtendo mais receitas em reais. O problema é que essa aposta em "quanto pior, melhor" neste momento é benéfica, mas vai trazer a conta quando o cenário econômico e político apontar para uma possível melhora e o dólar voltar a cair. Os custos deste dólar elevado estarão incorporados nos insumos, e as vendas dos produtos não terão o benefício de trazer mais reais, como corre agora. * Crédito O montante de CRA (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) vigente na carteira dos investidores no final de outubro alcançou R$ 5,8 bilhões na Cetip, responsável pelo depósito dos certificados. Em alta Ao somar esse volume financeiro, os CRAs subiram 240% em comparação a outubro do ano passado. De janeiro a outubro deste ano, as novas aplicações em CRA somaram R$ 3,3 bilhões. Recorde O país deverá ter um volume recorde nas exportações deste ano. Mas, pelo segundo ano consecutivo, o faturamento em dólar deverá cair, devido à redução de preços das commodities no mercado internacional. Em queda De janeiro a setembro, o acumulado das exportações atingiu US$ 67 bilhões, 12% menos do que em igual período do ano passado. Câmbio Os dados são do Cepea, cujos técnicos consideram que está se acentuando a tendência de queda das commodities. A boa notícia para os exportadores vem do câmbio, que, em setembro, estava 42% mais favorável para as exportações do que há um ano.
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Governo faz mutirão contra a zika, e Dilma critica herança maldita
A presidente Dilma Rousseff (PT) disse neste sábado (13), em ação de combate ao mosquito transmissor do vírus da zika, que o país viveu "décadas de abandono" no saneamento público. Ela visitou uma favela em Santa Cruz, na zona oeste do Rio, para lançar a campanha nacional de mobilização contra o Aedes aegypti. A ação ocorre em mais de 350 cidades do país e conta com 220 mil integrantes das Forças Armadas, além da presença de ministros em diversos municípios. "No passado, ganhamos a guerra contra a febre amarela e agora vamos ganhar a guerra contra o vírus da zika. Estamos correndo atrás de décadas de abandono na questão do saneamento", disse. A presidente usava um boné e uma camiseta com a inscrição "Zika zero". "Estamos em busca de uma vacina, mas enquanto isso vamos a rua eliminar esse mosquito. Ele não pode viver", afirmou. "A campanha é pelo aumento da conscientização de cada um. Sozinhos não damos conta se a população não nos ajudar. Para todos nós sermos saudáveis, o mosquito da zika não pode nascer", acrescentou a presidente. Ao lado do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e do prefeito Eduardo Paes (PMDB), a presidente caminhou pela favela do Zeppelin, comunidade de 7.000 moradores próxima à base aérea de Santa Cruz. No momento em que ela iniciava a visita, assessores da Presidência ainda cuidavam de uma operação de maquiagem iniciada na véspera. Segundo moradores, um terreno abandonado foi limpo e faixas eram penduradas nas casas das pessoas. "Começaram a fazer coisas que nunca fizeram aqui. Ontem limparam o terreno. A vinda dela serviu para isso", comentou a dona de casa Diana Amorim Gonzalez, 20, que teve zika há um mês. De volta à Brasília, a presidente visitou o centro de monitoramento nacional das iniciativas contra o vírus da zika. Dilma disse estar confiante de que o país reduzirá os casos de infecção e avaliou a mobilização deste sábado (13) como um "sucesso". "Foi um sucesso, mas é só o início. A gente tem de persistir ainda, mas tenho absoluta confiança no nosso povo", disse. Em Belo Horizonte, o ministro Nelson Barbosa (Fazenda) disse que não haverá cortes no orçamento deste ano para combater a epidemia. "Nós vamos cortar em outras coisas", afirmou, sem detalhar valores. Acompanhado do prefeito da capital mineira, Marcio Lacerda (PSB), e de agentes de saúde, Barbosa visitou três casas de um bairro de classe média da cidade. Nas seis primeiras semanas de 2016, foram identificados 2.300 casos de dengue em Belo Horizonte. Outros 7.000 são investigados. Não houve registros de zika e chikungunya. PRESENÇA MILITAR Em Pernambuco, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campelo, participou do evento ao lado de cerca de 1.500 militares. Durante entrevista, ela disse que o objetivo de colocar os soldados na rua era de cooperar e não de inibir as pessoas. "Estamos indo às ruas para chegar a população e convencer que cada pessoa tem que fazer a sua parte. Se a população não se engajar, não vamos conseguir realizar o combate, porque dois terços dos criadouros estão dentro das casas", disse. A escolha pelo sábado, segundo ela, não é ocasional. O governo optou pela data pelo fato de ser o dia quando as famílias estão em casa. Em São Paulo, com a presença do ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues (PR), o prefeito Fernando Haddad (PT) participou de nebulização com veneno em casas em Guaianases, na zona leste, onde foram detectados focos dengue. Na ocasião, o prefeito anunciou que a cidade utilizará, a partir da próxima semana, um drone para ajudar no mapeamento de focos de contaminação do Aedes aegypti. Equipes recorrerão ao aparelho onde houve detecção de casos e em casas fechadas. "O drone é a exceção. A regra é a visita. Tem um foco ali e a casa está fechada, não se localiza o dono", disse o prefeito. Em Santana, na zona norte, militares abordaram moradores na porta das casas. De acordo com o coronel Marcos Ribeiro, chefe do serviço regional de saúde do IV Comar, os militares vão começar nesta segunda (15) a entrar nas residências com agentes de saúde para efetivamente atacar os criadouros do mosquito. CONFUSÃO Com calça jeans e camiseta pólo, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, passou quase desapercebido pelos moradores de Brazlândia (DF), onde participou do dia nacional de mobilizações contra o vírus. Confundido com o ministro da Saúde, ele visitou uma residência, teve de ser apresentado em uma borracharia e evitou a todo custo falar sobre política econômica. "Não conheço. Ele é o ministro da Saúde, né?", questionou o servidor público Elivaldo Vieira da Silva, 56. A confusão também foi feita pela dona de casa Rita de Cassia Batista, 30. "Sei quem é. É o ministro da Saúde", disse. O ministro ficou cerca de duas horas na cidade, região administrativa que tem apresentado o maior número de ocorrências de dengue no Distrito Federal. A mobilização, segundo o Governo Federal, faz parte do plano criado para enfrentar o mosquito e a microcefalia. Caracterizada por uma má-formação cerebral, a doença é associada ao vírus zika, transmitido pelo Aedes. Há 462 casos de microcefalia confirmados no país e 41 deles tiveram resultado positivo para o zika em novos testes, o que reforça a suspeita de que estejam relacionados a uma infecção pelo vírus. Os demais ainda não tiveram os resultados divulgados. Vírus da zika
cotidiano
Governo faz mutirão contra a zika, e Dilma critica herança malditaA presidente Dilma Rousseff (PT) disse neste sábado (13), em ação de combate ao mosquito transmissor do vírus da zika, que o país viveu "décadas de abandono" no saneamento público. Ela visitou uma favela em Santa Cruz, na zona oeste do Rio, para lançar a campanha nacional de mobilização contra o Aedes aegypti. A ação ocorre em mais de 350 cidades do país e conta com 220 mil integrantes das Forças Armadas, além da presença de ministros em diversos municípios. "No passado, ganhamos a guerra contra a febre amarela e agora vamos ganhar a guerra contra o vírus da zika. Estamos correndo atrás de décadas de abandono na questão do saneamento", disse. A presidente usava um boné e uma camiseta com a inscrição "Zika zero". "Estamos em busca de uma vacina, mas enquanto isso vamos a rua eliminar esse mosquito. Ele não pode viver", afirmou. "A campanha é pelo aumento da conscientização de cada um. Sozinhos não damos conta se a população não nos ajudar. Para todos nós sermos saudáveis, o mosquito da zika não pode nascer", acrescentou a presidente. Ao lado do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e do prefeito Eduardo Paes (PMDB), a presidente caminhou pela favela do Zeppelin, comunidade de 7.000 moradores próxima à base aérea de Santa Cruz. No momento em que ela iniciava a visita, assessores da Presidência ainda cuidavam de uma operação de maquiagem iniciada na véspera. Segundo moradores, um terreno abandonado foi limpo e faixas eram penduradas nas casas das pessoas. "Começaram a fazer coisas que nunca fizeram aqui. Ontem limparam o terreno. A vinda dela serviu para isso", comentou a dona de casa Diana Amorim Gonzalez, 20, que teve zika há um mês. De volta à Brasília, a presidente visitou o centro de monitoramento nacional das iniciativas contra o vírus da zika. Dilma disse estar confiante de que o país reduzirá os casos de infecção e avaliou a mobilização deste sábado (13) como um "sucesso". "Foi um sucesso, mas é só o início. A gente tem de persistir ainda, mas tenho absoluta confiança no nosso povo", disse. Em Belo Horizonte, o ministro Nelson Barbosa (Fazenda) disse que não haverá cortes no orçamento deste ano para combater a epidemia. "Nós vamos cortar em outras coisas", afirmou, sem detalhar valores. Acompanhado do prefeito da capital mineira, Marcio Lacerda (PSB), e de agentes de saúde, Barbosa visitou três casas de um bairro de classe média da cidade. Nas seis primeiras semanas de 2016, foram identificados 2.300 casos de dengue em Belo Horizonte. Outros 7.000 são investigados. Não houve registros de zika e chikungunya. PRESENÇA MILITAR Em Pernambuco, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campelo, participou do evento ao lado de cerca de 1.500 militares. Durante entrevista, ela disse que o objetivo de colocar os soldados na rua era de cooperar e não de inibir as pessoas. "Estamos indo às ruas para chegar a população e convencer que cada pessoa tem que fazer a sua parte. Se a população não se engajar, não vamos conseguir realizar o combate, porque dois terços dos criadouros estão dentro das casas", disse. A escolha pelo sábado, segundo ela, não é ocasional. O governo optou pela data pelo fato de ser o dia quando as famílias estão em casa. Em São Paulo, com a presença do ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues (PR), o prefeito Fernando Haddad (PT) participou de nebulização com veneno em casas em Guaianases, na zona leste, onde foram detectados focos dengue. Na ocasião, o prefeito anunciou que a cidade utilizará, a partir da próxima semana, um drone para ajudar no mapeamento de focos de contaminação do Aedes aegypti. Equipes recorrerão ao aparelho onde houve detecção de casos e em casas fechadas. "O drone é a exceção. A regra é a visita. Tem um foco ali e a casa está fechada, não se localiza o dono", disse o prefeito. Em Santana, na zona norte, militares abordaram moradores na porta das casas. De acordo com o coronel Marcos Ribeiro, chefe do serviço regional de saúde do IV Comar, os militares vão começar nesta segunda (15) a entrar nas residências com agentes de saúde para efetivamente atacar os criadouros do mosquito. CONFUSÃO Com calça jeans e camiseta pólo, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, passou quase desapercebido pelos moradores de Brazlândia (DF), onde participou do dia nacional de mobilizações contra o vírus. Confundido com o ministro da Saúde, ele visitou uma residência, teve de ser apresentado em uma borracharia e evitou a todo custo falar sobre política econômica. "Não conheço. Ele é o ministro da Saúde, né?", questionou o servidor público Elivaldo Vieira da Silva, 56. A confusão também foi feita pela dona de casa Rita de Cassia Batista, 30. "Sei quem é. É o ministro da Saúde", disse. O ministro ficou cerca de duas horas na cidade, região administrativa que tem apresentado o maior número de ocorrências de dengue no Distrito Federal. A mobilização, segundo o Governo Federal, faz parte do plano criado para enfrentar o mosquito e a microcefalia. Caracterizada por uma má-formação cerebral, a doença é associada ao vírus zika, transmitido pelo Aedes. Há 462 casos de microcefalia confirmados no país e 41 deles tiveram resultado positivo para o zika em novos testes, o que reforça a suspeita de que estejam relacionados a uma infecção pelo vírus. Os demais ainda não tiveram os resultados divulgados. Vírus da zika
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Líder do Mundial de F-1, Rosberg larga na pole no GP da Hungria
Nico Rosberg, da Mercedes, larga na pole position neste domingo (24) no GP da Hungria de F-1. O alemão é o líder do campeonato com 168 pontos, apenas um à frente do companheiro de equipe Lewis Hamilton, que larga na segunda posição. Em terceiro, larga Daniel Ricciardo, seguido por Max Verstappen, ambos da Red Bull. Felipe Nasr fez o 16º melhor tempo do treino do sábado (23). Felipe Massa bateu ainda na primeira etapa e não concluiu o treino. Ele larga em 18º. Hamilton brigava pela pole quando o cronômetro já estava zerado, mas precisou diminuir a velocidade quando Fernando Alonso, da McLaren, rodou e ficou na pista, causando bandeira amarela. Apesar de ter feito a melhor volta do dia, o resultado de Rosberg veio com um erro ao não reduzir a velocidade enquanto o treino tinha bandeira amarela. Os fiscais da prova, contudo, não se manifestaram sobre o assunto. O treino classificatório sofreu vários atrasos devido à forte chuva que caiu no circuito antes do treino e a sucessivas batidas. Somente na primeira etapa, houve quatro paralisações com bandeira vermelha.
esporte
Líder do Mundial de F-1, Rosberg larga na pole no GP da HungriaNico Rosberg, da Mercedes, larga na pole position neste domingo (24) no GP da Hungria de F-1. O alemão é o líder do campeonato com 168 pontos, apenas um à frente do companheiro de equipe Lewis Hamilton, que larga na segunda posição. Em terceiro, larga Daniel Ricciardo, seguido por Max Verstappen, ambos da Red Bull. Felipe Nasr fez o 16º melhor tempo do treino do sábado (23). Felipe Massa bateu ainda na primeira etapa e não concluiu o treino. Ele larga em 18º. Hamilton brigava pela pole quando o cronômetro já estava zerado, mas precisou diminuir a velocidade quando Fernando Alonso, da McLaren, rodou e ficou na pista, causando bandeira amarela. Apesar de ter feito a melhor volta do dia, o resultado de Rosberg veio com um erro ao não reduzir a velocidade enquanto o treino tinha bandeira amarela. Os fiscais da prova, contudo, não se manifestaram sobre o assunto. O treino classificatório sofreu vários atrasos devido à forte chuva que caiu no circuito antes do treino e a sucessivas batidas. Somente na primeira etapa, houve quatro paralisações com bandeira vermelha.
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Novas fotos de 'Game of Thrones' dão 'spoiler' da 6ª temporada da série
Divulgadas na semana passada pela HBO, as imagens da sexta temporada de "Game of Thrones", que volta em 24 de abril, dão algumas pistas sobre os destinos dos personagens da série. Em tempo: por ora, nada de Jon Snow. O personagem (Kit Harrington) teria morrido no último episódio e é vítima de uma especulação sobre sua possível sobrevivência na atração. Veja na galeria alguns "spoilers" que as fotos antecipam do novo ano da saga fantástica, inspirada na série de livros de George R.R.Martin.
ilustrada
Novas fotos de 'Game of Thrones' dão 'spoiler' da 6ª temporada da sérieDivulgadas na semana passada pela HBO, as imagens da sexta temporada de "Game of Thrones", que volta em 24 de abril, dão algumas pistas sobre os destinos dos personagens da série. Em tempo: por ora, nada de Jon Snow. O personagem (Kit Harrington) teria morrido no último episódio e é vítima de uma especulação sobre sua possível sobrevivência na atração. Veja na galeria alguns "spoilers" que as fotos antecipam do novo ano da saga fantástica, inspirada na série de livros de George R.R.Martin.
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Cruzeiro norte-americano que fez rota histórica a Cuba volta aos EUA
O primeiro cruzeiro que viajou dos Estados Unidos a Cuba desde 1959 voltou a Miami neste domingo (8). O navio chegou em Havana na segunda-feira passada. A viagem tornou-se possível após o regime de Raúl Castro permitir que cidadãos cubanos saiam e entrem no país por meio de embarcações comerciais. Porta-voz da empresa Carnival, responsável pelo cruzeiro, Roger Frizzell anunciou o retorno do navio Adonia, uma semana depois da partida. A bordo estavam mais de 700 passageiros e 375 funcionários —desse total, 16 pessoas são cubanas. Antes da Revolução Cubana, em 1959, o uso da rota entre Estados Unidos e Cuba era comum. Mas as tensões da Guerra Fria fizeram com que o trajeto fosse cancelado.
mundo
Cruzeiro norte-americano que fez rota histórica a Cuba volta aos EUAO primeiro cruzeiro que viajou dos Estados Unidos a Cuba desde 1959 voltou a Miami neste domingo (8). O navio chegou em Havana na segunda-feira passada. A viagem tornou-se possível após o regime de Raúl Castro permitir que cidadãos cubanos saiam e entrem no país por meio de embarcações comerciais. Porta-voz da empresa Carnival, responsável pelo cruzeiro, Roger Frizzell anunciou o retorno do navio Adonia, uma semana depois da partida. A bordo estavam mais de 700 passageiros e 375 funcionários —desse total, 16 pessoas são cubanas. Antes da Revolução Cubana, em 1959, o uso da rota entre Estados Unidos e Cuba era comum. Mas as tensões da Guerra Fria fizeram com que o trajeto fosse cancelado.
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Ueba! Agora é Michel Treme!
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Mudanças no Mundo dos Vampiros! Michel Temer passará a se chamar Michel Treme! Michel Treme nas bases! Que também estão tremendo! Rarará! Pior, já tá tudo embaçado e o Treme quer nomear um ministro chamado Imbassaí?! Imbassa aí que eu vou dar o pinote! Rarará! Só piora! E os apelidos continuam bombando! Um amigo queria ter o apelido de Kid Bengala! Rarará! E o Todo Feio não é Todo Feio, ele tem apenas um design desarranjado! O politicamente correto seria chamar o Todo Feio de desabonitado! Chega de bullying! E já imaginou o Congresso hoje? "O Gripado veio?" "Não, tá com pneumonia!" "O Angorá chegou?" "Não, tá no pet shop. Fazendo banho e tosa" "O Decrépito conseguiu chegar?" "E agora sobe a tribuna para discursar o Boca Mole." Rarará! "Socorro! Chegou o Todo Feio." Sai todo mundo correndo, acabou o quorum. Quer acabar com o quorum é chamar o Todo Feio! Rarará! E o Jaques Wagner: "Ganhei o relógio da Odebrecht mas nem usei". Fumei mas não traguei! Dei mas não gozei! Rarará! E o Datafolha: "Marina venceria as eleições de 2018". A Marina Tartaruga Sem Casca! E, se árvore votasse, ela levava no primeiro turno! E com aquela vozinha de teatro infantil! A voz da Marina é mais irritante que despertador de segunda-feira! Rarará! E sabe por que ela tem aquela cara de "acima do bem e do mal"? Porque ela mora no topo da bananeira! Lá em cima! Do bem e do mal! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! E o Lulalelé? Ganha o primeiro turno! Parece massa de pão: quanto mais bate, mais cresce! Nunca vi isso! O Lula é como o Corinthians: o povo gosta mesmo apanhando! É isso? Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! A situação está psicoesculhambativa-escalafobética! Hoje só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
colunas
Ueba! Agora é Michel Treme!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Mudanças no Mundo dos Vampiros! Michel Temer passará a se chamar Michel Treme! Michel Treme nas bases! Que também estão tremendo! Rarará! Pior, já tá tudo embaçado e o Treme quer nomear um ministro chamado Imbassaí?! Imbassa aí que eu vou dar o pinote! Rarará! Só piora! E os apelidos continuam bombando! Um amigo queria ter o apelido de Kid Bengala! Rarará! E o Todo Feio não é Todo Feio, ele tem apenas um design desarranjado! O politicamente correto seria chamar o Todo Feio de desabonitado! Chega de bullying! E já imaginou o Congresso hoje? "O Gripado veio?" "Não, tá com pneumonia!" "O Angorá chegou?" "Não, tá no pet shop. Fazendo banho e tosa" "O Decrépito conseguiu chegar?" "E agora sobe a tribuna para discursar o Boca Mole." Rarará! "Socorro! Chegou o Todo Feio." Sai todo mundo correndo, acabou o quorum. Quer acabar com o quorum é chamar o Todo Feio! Rarará! E o Jaques Wagner: "Ganhei o relógio da Odebrecht mas nem usei". Fumei mas não traguei! Dei mas não gozei! Rarará! E o Datafolha: "Marina venceria as eleições de 2018". A Marina Tartaruga Sem Casca! E, se árvore votasse, ela levava no primeiro turno! E com aquela vozinha de teatro infantil! A voz da Marina é mais irritante que despertador de segunda-feira! Rarará! E sabe por que ela tem aquela cara de "acima do bem e do mal"? Porque ela mora no topo da bananeira! Lá em cima! Do bem e do mal! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! E o Lulalelé? Ganha o primeiro turno! Parece massa de pão: quanto mais bate, mais cresce! Nunca vi isso! O Lula é como o Corinthians: o povo gosta mesmo apanhando! É isso? Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! A situação está psicoesculhambativa-escalafobética! Hoje só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Dos aviones de combate brasileños chocaron en el aire durante un entrenamiento para los Juegos Olímpicos
MARCO ANTÔNIO MARTINS DE RÍO Dos aviones de combate de la Marina de Brasil chocaron durante un entrenamiento militar. Uno de ellos cayó en el mar, en la tarde del martes (26), cerca de la ciudad de Saquarema (RJ), en la región de los Lagos. El otro avión involucrado en el accidente logró aterrizar en tierra, aunque quedó damnificado. La Marina abrió una investigación para conocer las causas del accidente, que tuvo lugar cuando dos aeronaves AF-1B entrenaban un ataque a blancos de superficie con la fragata Liberal, a cerca de 100 kilómetros del litoral del municipio de Saquarema. De acuerdo con la Marina, el piloto del avión de combate que cayó al mar estaba siendo buscado por equipos de militares en embarcaciones y helicópteros, en conjunto con el Cuerpo de Bomberos. En una nota, la Fuerza afirmó que probablemente hubo una "eyección del piloto", que no fue identificado. Durante el ejercicio, los dos aviones se alejaron de la fragata de forma simultánea para simular una nueva formación de ataque y se estrellaron en el aire. Una de las aeronaves logró volver y aterrizar en la Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, a 59 kilómetros de Saquarema, en la región de los Lagos. En una nota, la Fuerza informó que está dando "apoyo a la familia del militar" que cayó en el mar, que hasta la tarde de este miércoles (27) continuaba desaparecido. Traducido por NATALIA FABENI Lea el artículo original +Últimas noticias en español *El ministro de Defensa de Brasil dice que hay una "paranoia exacerbada em torno al tema del terrorismo *La policía brasileña confirma que los sospechosos de terrorismo están en una cárcel de máxima seguridad *Venezolanos llegan de a cientos a Pacaraima, en el norte de Brasil, en busca de alimentos básicos
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Dos aviones de combate brasileños chocaron en el aire durante un entrenamiento para los Juegos Olímpicos MARCO ANTÔNIO MARTINS DE RÍO Dos aviones de combate de la Marina de Brasil chocaron durante un entrenamiento militar. Uno de ellos cayó en el mar, en la tarde del martes (26), cerca de la ciudad de Saquarema (RJ), en la región de los Lagos. El otro avión involucrado en el accidente logró aterrizar en tierra, aunque quedó damnificado. La Marina abrió una investigación para conocer las causas del accidente, que tuvo lugar cuando dos aeronaves AF-1B entrenaban un ataque a blancos de superficie con la fragata Liberal, a cerca de 100 kilómetros del litoral del municipio de Saquarema. De acuerdo con la Marina, el piloto del avión de combate que cayó al mar estaba siendo buscado por equipos de militares en embarcaciones y helicópteros, en conjunto con el Cuerpo de Bomberos. En una nota, la Fuerza afirmó que probablemente hubo una "eyección del piloto", que no fue identificado. Durante el ejercicio, los dos aviones se alejaron de la fragata de forma simultánea para simular una nueva formación de ataque y se estrellaron en el aire. Una de las aeronaves logró volver y aterrizar en la Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, a 59 kilómetros de Saquarema, en la región de los Lagos. En una nota, la Fuerza informó que está dando "apoyo a la familia del militar" que cayó en el mar, que hasta la tarde de este miércoles (27) continuaba desaparecido. Traducido por NATALIA FABENI Lea el artículo original +Últimas noticias en español *El ministro de Defensa de Brasil dice que hay una "paranoia exacerbada em torno al tema del terrorismo *La policía brasileña confirma que los sospechosos de terrorismo están en una cárcel de máxima seguridad *Venezolanos llegan de a cientos a Pacaraima, en el norte de Brasil, en busca de alimentos básicos
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Falta de raio-X em voos domésticos preocupa para Olimpíada do Rio
O Ministério Público de São Paulo está cobrando providências de autoridades da aviação civil e da polícia para melhorar a fiscalização em malas despachadas em voos domésticos no Brasil. Um dos objetivos é melhorar a segurança das aeronaves para a Olimpíada e tentar impedir eventuais atentados. Uma investigação do promotor público Cássio Conserino reuniu indícios de que não seria realizado qualquer tipo de exame de raio-X nas bagagens transportadas nos porões de aviões em uma boa parte dos voos dentro do país. Esse tipo de fiscalização é comum nos Estados Unidos e na Europa. A principal preocupação do promotor é que extremistas usem essa suposta falha para introduzir bombas em aviões. Embora a investigação tenha começado em São Paulo, a Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) disse à BBC Brasil que a falta de fiscalização existiria em todo o país. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) afirmou à BBC Brasil que a fiscalização das malas é obrigatória em voos internacionais. No caso de voos domésticos, ela seria feita em alguns aeroportos do Brasil. A agência disse também que prepara uma diretriz que vai estabelecer uma quantidade mínima de bagagens que terão de ser inspecionadas em voos nacionais - mas ainda não é possível estimar prazo para que ela fique pronta. As empresas aéreas e a Infraero disseram ao Ministério Público que cumprem a legislação que regula o setor. Em linhas gerais, a legislação existente diz que os administradores dos aeroportos devem fornecer os equipamentos de raio-X e as companhias devem exercer a fiscalização. A lei determina ainda que uma porcentagem das bagagens seja inspecionada, mas ao fazer isso remete à diretriz que ainda não foi elaborara pela Anac. Apesar da atual falta de regulamentação, a lei diz que no caso específico de um passageiro despachar uma mala e não embarcar no avião, essa bagagem tem que ser retirada da aeronave e verificada. Casos considerados suspeitos também devem ser fiscalizados. FALTA DE SORTE A investigação do Ministério Público começou quase por acaso, devido à "falta de sorte" de uma mula do tráfico. Por volta das 19h do último domingo de novembro de 2014, Nairajane de Lacerda Queiroz foi presa dentro de um avião em um aeroporto de São Paulo por um policial federal. Minutos antes, umas das três malas de baixa qualidade que ela havia comprado para viajar a Manaus e despachado em uma companhia aérea caiu da esteira acidentalmente e se abriu. Um forte cheiro de maconha vindo de dentro dela chamou a atenção de funcionários da Infraero, que chamaram a Polícia Federal. A moça havia sido contratada para transportar 43,9 quilos de maconha para o Amazonas em troca de R$ 2 mil. A história foi relatada por um agente, chefe de equipe da Polícia Federal, durante o julgamento de Queiroz pelo crime de tráfico de drogas neste ano. Ela despertou a curiosidade de Conserino, que atuava como promotor do caso. "Uma pergunta: essas malas não são submetidas a um raio-X?" - perguntou o promotor ao policial durante o julgamento. "Não. (...) Eu sou 'persona non grata' (nas companhias aéreas) porque de vez em quando eu seleciono um voo, pego um raio-X de funcionário e faço (a fiscalização). Mas eu sou execrado (...) porque isso atrasa o voo, porque eles não têm funcionários", disse o policial federal em audiência gravada. "Então se a senhora (juíza) pegar um fuzil ou matar alguém e colocar dentro de uma mala, a senhora despacha, uma bomba também, e não tem fiscalização nenhuma", afirmou ele à Corte. Essas afirmações levaram o promotor a iniciar um Procedimento Investigatório Criminal com Enfoque na Prevenção de Crimes e Identificação de Responsabilidades no Ministério Público de São Paulo. "Esse é um procedimento de caráter preventivo. Esse tipo de crime pode estar acontecendo diariamente", afirmou. Ele afirmou se preocupar que "brechas" na segurança como a relatada pelo policial federal possam em tese facilitar a eventual ação de extremistas durante a Olimpíada. Luis Antônio Boudens, vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), disse que essa suposta falta de fiscalização de bagagens em voos domésticos seria realidade na maior parte do país. Ele afirmou que no caso de voos internacionais a fiscalização vem sendo feita, porém na maior parte das vezes por funcionários terceirizados e não por policiais federais. RESPOSTAS INSATISFATÓRIAS Conserino mandou ofícios pedindo explicações e providências para Infraero, Anac, Secretaria de Aviação Civil, Polícia Federal e companhias aéreas, além de outros órgãos. Mas afirmou que as respostas que recebeu até agora não o agradaram. "Não achamos satisfatórias (as repostas), na medida em que (os órgãos) não enfrentaram o assunto, ou seja, a total falta de fiscalização das bagagens despachadas que, inclusive é fomentadora do tráfico de entorpecentes e também propicia eventuais atos terroristas", disse. "As autoridades não apresentaram até o momento nenhuma medida eficaz para sanar essa omissão, que é favorável à criminalidade organizada", disse. Segundo o promotor, em uma etapa final o Procedimento Investigatório Criminal pode resultar em punições administrativas para autoridades de órgão públicos. E se for provado que um funcionário agiu de má-fé, ele pode até ser processado criminalmente. A Anac afirmou à BBC Brasil que a fiscalização total em voos domésticos é feita em alguns aeroportos do país. Disse ainda que a responsabilidade da inspeção das bagagens é das companhias aéreas. A agência explicou por meio de nota que sua área técnica ainda não finalizou a elaboração de uma diretriz que estabelecerá a porcentagem de bagagens a serem examinadas em voos domésticos e disse que aguarda informações de órgão de segurança pública para terminar o trabalho. A Anac afirmou ainda que, mesmo assim, as companhias aéreas "devem realizar a inspeção de segurança das bagagens em casos específicos, tais como bagagens desacompanhadas de seu passageiro, bagagens extraviadas e bagagens que por alguma razão sejam consideradas suspeitas". HÁBITOS DOS VIAJANTES A Anac disse à Promotoria por meio de ofício que os cenários que colocam em risco a segurança do transporte aéreo têm que ser considerados para que "não haja o estabelecimento de medidas desproporcionais àquelas realmente necessárias". Sobre o mesmo tema, a agência disse à BBC Brasil que a exigência de inspeção de segurança em todos os voos domésticos "implica em elevados custos de aquisição, operação e manutenção de equipamentos de segurança, de adequação da infraestrutura dos aeroportos, de supervisão dessas medidas pela Polícia Federal, bem como de custos operacionais". Para a agência, todas essas mudanças podem ter grandes impactos nos aeroportos. Elas poderiam inviabilizar a operação de pequenos aeroportos e em aeródromos maiores "impactar a capacidade do aeroporto em processar a realização da inspeção" - o que poderia alterar os "hábitos dos viajantes". "A elaboração de medidas de segurança dessa magnitude requer que um cenário de avaliação de risco seja realizado de forma que não venha ocorrer o estabelecimento de medidas desproporcionais frente àquelas realmente necessárias", afirmou a agência em nota. A agência disse também que regras que envolvem a inspeção de bagagens tem caráter sigiloso e "sua aplicabilidade é dada em função de avaliação de risco". "Essa avaliação não necessariamente culmina na definição regulatória de percentual de inspeções", afirmou em nota. RESPONSABILIDADES DAS EMPRESAS A Infraero citou a legislação que determina que as companhias aéreas têm a responsabilidade de realizar a fiscalização. Ressaltou ainda que a quantidade de bagagens despachadas a serem examinadas deve ser determinada pela Anac. A Infraero explicou ainda à reportagem que os administradores dos aeroportos (em muitos casos a própria Infraero) devem disponibilizar os equipamentos necessários para a inspeção. "Cabe ressaltar que a Infraero está aguardando a regulamentação da Anac para adotar as medidas subsequentes", afirmou em nota. A entidade disse estar ciente da investigação e à disposição do Ministério Público. A Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) afirmou que "a inspeção de bagagens despachadas nos voos domésticos acontece em total acordo com as normas e procedimentos estabelecidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pela Polícia Federal (PF), por sua vez alinhados com as práticas internacionais". A associação também citou a prática de verificar malas despachadas no caso de seus donos não embarcarem e disse que outros critérios de inspeção variam de acordo com cada aeroporto. PRÁTICAS INTERNACIONAIS A Organização Internacional da Aviação Civil, agência da ONU que trata do setor, não estabelece normas ou diretrizes para o uso do raio-X especificamente em bagagens de voos domésticos. A organização trata majoritariamente de voos internacionais. Mas segundo o órgão, a Convenção Internacional da Aviação Civil - da qual o Brasil é signatário - determina que cada país deve estabelecer medidas para examinar bagagens levadas em porões de aeronaves. O tratado também diz que "meios técnicos" devem ser usados para identificar armas, explosivos e artigos perigosos. Os Estados Unidos, por exemplo, utilizam aparelhos de raio-X em todas as bagagens despachadas em qualquer tipo de voo comercial, domésticos e internacionais. O Departamento de Transportes da Grã-Bretanha disse que as bagagens de porão são fiscalizadas da mesma forma em voos domésticos e internacionais, segundo uma regulamentação criada pela União Europeia em 2010. Ela diz que as bagagens despachadas devem ser submetidas a ao menos dois entre quatro tipos de fiscalização: manual, por raio-X, por equipamentos de detecção de artefatos explosivos ou por aparelhos que detectam traços de substâncias explosivas. OLIMPÍADA O secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, Andrei Augusto Passos Rodrigues, disse que órgãos como o Ministério da Defesa, a Anac, a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e os operadores aeroportuários estão elaborando planos específicos de segurança para cada aeroporto brasileiro durante a Olimpíada. "Existem medidas de segurança adicionais que são realizadas para esses eventos", afirmou. Ele lembrou que não houve incidentes significativos durante a Copa do Mundo e que o tempo de liberação de delegações e turistas ficou abaixo das melhores médias de países europeus. "Eu lembro que todos os aeroportos foram avaliados muito bem principalmente pelos cidadãos estrangeiros", disse. Ele disse ainda que aparelhos de scaneamento de grande porte estão sendo adquiridos para a Olimpíada. INTERESSE PÚBLICO Procurada, a Polícia Federal preferiu não comentar o tema. A Anac afirmou à BBC Brasil que "esse tipo de reportagem" poderá gerar uma exposição desnecessária sobre questões de segurança "podendo até incentivar pessoas que queiram gerar impacto na mídia com um ato ilícito no transporte aéreo brasileiro". A BBC Brasil decidiu publicar a reportagem por acreditar que o assunto é de interesse público, visto que é tema de investigação do Ministério Público e foi debatido pela Fenapef. O expediente já vem sendo usado por criminosos, como mostra o caso da mulher que tentava viajar com quase 44 quilos de maconha. A BBC Brasil avalia que abordar o assunto levando ao leitor os pontos de vista de todas as partes envolvidas cumpre o papel depositado pela sociedade na imprensa de cobrar mudanças, de forma justa e equilibrada, principalmente em um tema importante como segurança.
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Falta de raio-X em voos domésticos preocupa para Olimpíada do RioO Ministério Público de São Paulo está cobrando providências de autoridades da aviação civil e da polícia para melhorar a fiscalização em malas despachadas em voos domésticos no Brasil. Um dos objetivos é melhorar a segurança das aeronaves para a Olimpíada e tentar impedir eventuais atentados. Uma investigação do promotor público Cássio Conserino reuniu indícios de que não seria realizado qualquer tipo de exame de raio-X nas bagagens transportadas nos porões de aviões em uma boa parte dos voos dentro do país. Esse tipo de fiscalização é comum nos Estados Unidos e na Europa. A principal preocupação do promotor é que extremistas usem essa suposta falha para introduzir bombas em aviões. Embora a investigação tenha começado em São Paulo, a Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) disse à BBC Brasil que a falta de fiscalização existiria em todo o país. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) afirmou à BBC Brasil que a fiscalização das malas é obrigatória em voos internacionais. No caso de voos domésticos, ela seria feita em alguns aeroportos do Brasil. A agência disse também que prepara uma diretriz que vai estabelecer uma quantidade mínima de bagagens que terão de ser inspecionadas em voos nacionais - mas ainda não é possível estimar prazo para que ela fique pronta. As empresas aéreas e a Infraero disseram ao Ministério Público que cumprem a legislação que regula o setor. Em linhas gerais, a legislação existente diz que os administradores dos aeroportos devem fornecer os equipamentos de raio-X e as companhias devem exercer a fiscalização. A lei determina ainda que uma porcentagem das bagagens seja inspecionada, mas ao fazer isso remete à diretriz que ainda não foi elaborara pela Anac. Apesar da atual falta de regulamentação, a lei diz que no caso específico de um passageiro despachar uma mala e não embarcar no avião, essa bagagem tem que ser retirada da aeronave e verificada. Casos considerados suspeitos também devem ser fiscalizados. FALTA DE SORTE A investigação do Ministério Público começou quase por acaso, devido à "falta de sorte" de uma mula do tráfico. Por volta das 19h do último domingo de novembro de 2014, Nairajane de Lacerda Queiroz foi presa dentro de um avião em um aeroporto de São Paulo por um policial federal. Minutos antes, umas das três malas de baixa qualidade que ela havia comprado para viajar a Manaus e despachado em uma companhia aérea caiu da esteira acidentalmente e se abriu. Um forte cheiro de maconha vindo de dentro dela chamou a atenção de funcionários da Infraero, que chamaram a Polícia Federal. A moça havia sido contratada para transportar 43,9 quilos de maconha para o Amazonas em troca de R$ 2 mil. A história foi relatada por um agente, chefe de equipe da Polícia Federal, durante o julgamento de Queiroz pelo crime de tráfico de drogas neste ano. Ela despertou a curiosidade de Conserino, que atuava como promotor do caso. "Uma pergunta: essas malas não são submetidas a um raio-X?" - perguntou o promotor ao policial durante o julgamento. "Não. (...) Eu sou 'persona non grata' (nas companhias aéreas) porque de vez em quando eu seleciono um voo, pego um raio-X de funcionário e faço (a fiscalização). Mas eu sou execrado (...) porque isso atrasa o voo, porque eles não têm funcionários", disse o policial federal em audiência gravada. "Então se a senhora (juíza) pegar um fuzil ou matar alguém e colocar dentro de uma mala, a senhora despacha, uma bomba também, e não tem fiscalização nenhuma", afirmou ele à Corte. Essas afirmações levaram o promotor a iniciar um Procedimento Investigatório Criminal com Enfoque na Prevenção de Crimes e Identificação de Responsabilidades no Ministério Público de São Paulo. "Esse é um procedimento de caráter preventivo. Esse tipo de crime pode estar acontecendo diariamente", afirmou. Ele afirmou se preocupar que "brechas" na segurança como a relatada pelo policial federal possam em tese facilitar a eventual ação de extremistas durante a Olimpíada. Luis Antônio Boudens, vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), disse que essa suposta falta de fiscalização de bagagens em voos domésticos seria realidade na maior parte do país. Ele afirmou que no caso de voos internacionais a fiscalização vem sendo feita, porém na maior parte das vezes por funcionários terceirizados e não por policiais federais. RESPOSTAS INSATISFATÓRIAS Conserino mandou ofícios pedindo explicações e providências para Infraero, Anac, Secretaria de Aviação Civil, Polícia Federal e companhias aéreas, além de outros órgãos. Mas afirmou que as respostas que recebeu até agora não o agradaram. "Não achamos satisfatórias (as repostas), na medida em que (os órgãos) não enfrentaram o assunto, ou seja, a total falta de fiscalização das bagagens despachadas que, inclusive é fomentadora do tráfico de entorpecentes e também propicia eventuais atos terroristas", disse. "As autoridades não apresentaram até o momento nenhuma medida eficaz para sanar essa omissão, que é favorável à criminalidade organizada", disse. Segundo o promotor, em uma etapa final o Procedimento Investigatório Criminal pode resultar em punições administrativas para autoridades de órgão públicos. E se for provado que um funcionário agiu de má-fé, ele pode até ser processado criminalmente. A Anac afirmou à BBC Brasil que a fiscalização total em voos domésticos é feita em alguns aeroportos do país. Disse ainda que a responsabilidade da inspeção das bagagens é das companhias aéreas. A agência explicou por meio de nota que sua área técnica ainda não finalizou a elaboração de uma diretriz que estabelecerá a porcentagem de bagagens a serem examinadas em voos domésticos e disse que aguarda informações de órgão de segurança pública para terminar o trabalho. A Anac afirmou ainda que, mesmo assim, as companhias aéreas "devem realizar a inspeção de segurança das bagagens em casos específicos, tais como bagagens desacompanhadas de seu passageiro, bagagens extraviadas e bagagens que por alguma razão sejam consideradas suspeitas". HÁBITOS DOS VIAJANTES A Anac disse à Promotoria por meio de ofício que os cenários que colocam em risco a segurança do transporte aéreo têm que ser considerados para que "não haja o estabelecimento de medidas desproporcionais àquelas realmente necessárias". Sobre o mesmo tema, a agência disse à BBC Brasil que a exigência de inspeção de segurança em todos os voos domésticos "implica em elevados custos de aquisição, operação e manutenção de equipamentos de segurança, de adequação da infraestrutura dos aeroportos, de supervisão dessas medidas pela Polícia Federal, bem como de custos operacionais". Para a agência, todas essas mudanças podem ter grandes impactos nos aeroportos. Elas poderiam inviabilizar a operação de pequenos aeroportos e em aeródromos maiores "impactar a capacidade do aeroporto em processar a realização da inspeção" - o que poderia alterar os "hábitos dos viajantes". "A elaboração de medidas de segurança dessa magnitude requer que um cenário de avaliação de risco seja realizado de forma que não venha ocorrer o estabelecimento de medidas desproporcionais frente àquelas realmente necessárias", afirmou a agência em nota. A agência disse também que regras que envolvem a inspeção de bagagens tem caráter sigiloso e "sua aplicabilidade é dada em função de avaliação de risco". "Essa avaliação não necessariamente culmina na definição regulatória de percentual de inspeções", afirmou em nota. RESPONSABILIDADES DAS EMPRESAS A Infraero citou a legislação que determina que as companhias aéreas têm a responsabilidade de realizar a fiscalização. Ressaltou ainda que a quantidade de bagagens despachadas a serem examinadas deve ser determinada pela Anac. A Infraero explicou ainda à reportagem que os administradores dos aeroportos (em muitos casos a própria Infraero) devem disponibilizar os equipamentos necessários para a inspeção. "Cabe ressaltar que a Infraero está aguardando a regulamentação da Anac para adotar as medidas subsequentes", afirmou em nota. A entidade disse estar ciente da investigação e à disposição do Ministério Público. A Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) afirmou que "a inspeção de bagagens despachadas nos voos domésticos acontece em total acordo com as normas e procedimentos estabelecidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pela Polícia Federal (PF), por sua vez alinhados com as práticas internacionais". A associação também citou a prática de verificar malas despachadas no caso de seus donos não embarcarem e disse que outros critérios de inspeção variam de acordo com cada aeroporto. PRÁTICAS INTERNACIONAIS A Organização Internacional da Aviação Civil, agência da ONU que trata do setor, não estabelece normas ou diretrizes para o uso do raio-X especificamente em bagagens de voos domésticos. A organização trata majoritariamente de voos internacionais. Mas segundo o órgão, a Convenção Internacional da Aviação Civil - da qual o Brasil é signatário - determina que cada país deve estabelecer medidas para examinar bagagens levadas em porões de aeronaves. O tratado também diz que "meios técnicos" devem ser usados para identificar armas, explosivos e artigos perigosos. Os Estados Unidos, por exemplo, utilizam aparelhos de raio-X em todas as bagagens despachadas em qualquer tipo de voo comercial, domésticos e internacionais. O Departamento de Transportes da Grã-Bretanha disse que as bagagens de porão são fiscalizadas da mesma forma em voos domésticos e internacionais, segundo uma regulamentação criada pela União Europeia em 2010. Ela diz que as bagagens despachadas devem ser submetidas a ao menos dois entre quatro tipos de fiscalização: manual, por raio-X, por equipamentos de detecção de artefatos explosivos ou por aparelhos que detectam traços de substâncias explosivas. OLIMPÍADA O secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, Andrei Augusto Passos Rodrigues, disse que órgãos como o Ministério da Defesa, a Anac, a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e os operadores aeroportuários estão elaborando planos específicos de segurança para cada aeroporto brasileiro durante a Olimpíada. "Existem medidas de segurança adicionais que são realizadas para esses eventos", afirmou. Ele lembrou que não houve incidentes significativos durante a Copa do Mundo e que o tempo de liberação de delegações e turistas ficou abaixo das melhores médias de países europeus. "Eu lembro que todos os aeroportos foram avaliados muito bem principalmente pelos cidadãos estrangeiros", disse. Ele disse ainda que aparelhos de scaneamento de grande porte estão sendo adquiridos para a Olimpíada. INTERESSE PÚBLICO Procurada, a Polícia Federal preferiu não comentar o tema. A Anac afirmou à BBC Brasil que "esse tipo de reportagem" poderá gerar uma exposição desnecessária sobre questões de segurança "podendo até incentivar pessoas que queiram gerar impacto na mídia com um ato ilícito no transporte aéreo brasileiro". A BBC Brasil decidiu publicar a reportagem por acreditar que o assunto é de interesse público, visto que é tema de investigação do Ministério Público e foi debatido pela Fenapef. O expediente já vem sendo usado por criminosos, como mostra o caso da mulher que tentava viajar com quase 44 quilos de maconha. A BBC Brasil avalia que abordar o assunto levando ao leitor os pontos de vista de todas as partes envolvidas cumpre o papel depositado pela sociedade na imprensa de cobrar mudanças, de forma justa e equilibrada, principalmente em um tema importante como segurança.
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Eurico Miranda é denunciado pelo STJD por críticas à CBF e à arbitragem
Nesta segunda-feira (19), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) denunciou Eurico Miranda, presidente do Vasco, por suas declarações após o empate de seu time com a Chapecoense na quinta-feira (15). O árbitro marcou um pênalti contra o Vasco a poucos minutos do fim do jogo, e da cobrança surgiu o empate da equipe catarinense. "O que aconteceu hoje foi um escândalo. Marcou um pênalti que a bola bate na barriga. Ele levou muito tempo para marcar, porque alguém mandou ele marcar. Alguém mandou por esses aparelhos de comunicação que eles usam. Deve ser o ponto eletrônico. Árbitro quando marca com convicção aponta para a marca de imediato. É só ver a sequência. Primeiro, não foi pênalti. Aí ficou caracterizado a má intenção dele e desse ponto eletrônico, que não funcionou da mesma maneira no lance do outro lado. O cara deu uma raquetada dentro da área e aquilo não foi pênalti? Dizer que não viu? Viu. E não marcou", declarou Eurico em coletiva após o jogo. Eurico argumentou que os clubes de Santa Catarina estão sendo beneficiados no Brasileiro por influência de Delfim Pádua Peixoto Filho, presidente da Federação Catarinense de Futebol. "Alerto para uma situação que demonstra claramente a culpa da comissão de arbitragem e de quem tem poder sobre ela, que é a própria CBF. Tem jogo político muito forte. O presidente da CBF está para sair. Não saiu ainda porque tem um opositor. Esse opositor é o presidente da Federação Catarinense de Futebol, que tem quatro clubes envolvidos [na luta contra o rebaixamento] e claramente está mostrando qual a sua posição", disse. "É evidente que tem interferência direta na arbitragem. Muita gente fala: 'ah, compraram o árbitro'. Não é nada disso. O árbitro vai para partida e recebe comunicados antes. Esse presidente da Federação Catarinense, com a maior tranquilidade, vai ao vestiário dos árbitros, coisa que, em tese, é proibida. O que ele vai dizer? Para apitar bem ou que em breve ele estará na CBF. Diz que o árbitro com ele vai chegar a ser aspirante à Fifa. Isso é o principal que pode se oferecer ao árbitro", acrescentou. "Não vai ser só a Justiça Comum, nem vai ser a Justiça Desportiva. Vai ser declaração de guerra sem quartel. Esse sr. Marco Polo Del Nero vai ver o que vai acontecer por parte do Vasco se essas providências não forem tomadas. Não jogo conversa fora. Será guerra sem quartel", completou o dirigente no dia seguinte. Na visão da procuradoria do STJD, Eurico desrespeitou a equipe de arbitragem e incitou a violência dos torcedores (por declarar guerra à CBF). Por isso, ele pode receber multa de até R$ 100 mil e suspensão de até três anos do futebol.
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Eurico Miranda é denunciado pelo STJD por críticas à CBF e à arbitragemNesta segunda-feira (19), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) denunciou Eurico Miranda, presidente do Vasco, por suas declarações após o empate de seu time com a Chapecoense na quinta-feira (15). O árbitro marcou um pênalti contra o Vasco a poucos minutos do fim do jogo, e da cobrança surgiu o empate da equipe catarinense. "O que aconteceu hoje foi um escândalo. Marcou um pênalti que a bola bate na barriga. Ele levou muito tempo para marcar, porque alguém mandou ele marcar. Alguém mandou por esses aparelhos de comunicação que eles usam. Deve ser o ponto eletrônico. Árbitro quando marca com convicção aponta para a marca de imediato. É só ver a sequência. Primeiro, não foi pênalti. Aí ficou caracterizado a má intenção dele e desse ponto eletrônico, que não funcionou da mesma maneira no lance do outro lado. O cara deu uma raquetada dentro da área e aquilo não foi pênalti? Dizer que não viu? Viu. E não marcou", declarou Eurico em coletiva após o jogo. Eurico argumentou que os clubes de Santa Catarina estão sendo beneficiados no Brasileiro por influência de Delfim Pádua Peixoto Filho, presidente da Federação Catarinense de Futebol. "Alerto para uma situação que demonstra claramente a culpa da comissão de arbitragem e de quem tem poder sobre ela, que é a própria CBF. Tem jogo político muito forte. O presidente da CBF está para sair. Não saiu ainda porque tem um opositor. Esse opositor é o presidente da Federação Catarinense de Futebol, que tem quatro clubes envolvidos [na luta contra o rebaixamento] e claramente está mostrando qual a sua posição", disse. "É evidente que tem interferência direta na arbitragem. Muita gente fala: 'ah, compraram o árbitro'. Não é nada disso. O árbitro vai para partida e recebe comunicados antes. Esse presidente da Federação Catarinense, com a maior tranquilidade, vai ao vestiário dos árbitros, coisa que, em tese, é proibida. O que ele vai dizer? Para apitar bem ou que em breve ele estará na CBF. Diz que o árbitro com ele vai chegar a ser aspirante à Fifa. Isso é o principal que pode se oferecer ao árbitro", acrescentou. "Não vai ser só a Justiça Comum, nem vai ser a Justiça Desportiva. Vai ser declaração de guerra sem quartel. Esse sr. Marco Polo Del Nero vai ver o que vai acontecer por parte do Vasco se essas providências não forem tomadas. Não jogo conversa fora. Será guerra sem quartel", completou o dirigente no dia seguinte. Na visão da procuradoria do STJD, Eurico desrespeitou a equipe de arbitragem e incitou a violência dos torcedores (por declarar guerra à CBF). Por isso, ele pode receber multa de até R$ 100 mil e suspensão de até três anos do futebol.
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Secretário de Segurança Pública defende ação da PM em protestos
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Barbosa Filho, disse que a polícia agiu "dentro dos parâmetros corretos" nos protestos contra o impeachment de Dilma Rousseff, que ocorrem desde segunda-feira (29). Em entrevista à imprensa, ele afirmou que "infelizmente, alguns efeitos colaterais existem", em referência aos manifestantes feridos por bombas da tropa de choque. Questionado sobre excessos da Polícia Militar nas manifestações, o secretário respondeu que a polícia "reage a ações violentas" dos manifestantes. "Soube de dois fotógrafos feridos, mas temos um policial militar com fratura exposta em razão de uma bomba caseira jogada pelos manifestantes". Mágino afirmou não saber se o dano causado à adolescente Deborah Fabri, 19, ferida no protesto de quarta (31), foi causado pela polícia. Ela teve o olho esquerdo perfurado. "Até o presente momento a estudante não fez o boletim de ocorrência e não procurou a corregedoria. Ela não quer ter contato com a polícia". Ele disse que, quando há um número muito grande de pessoas reunidas, ocorrer "algum excesso de uma parte ou de outra" é comum. Mágino declarou que a polícia está trabalhando para garantir que o "cidadão de bem" possa voltar para casa com segurança e que as pessoas possam se manifestar "de forma adequada". A polícia prendeu um dos autores do ataque à viatura da Polícia Civil na última quarta-feira (31). PROTESTO NO DOMINGO Com manifestação marcada para este domingo (4) na avenida Paulista, onde haverá no mesmo dia a passagem da tocha paraolímpica, Mágino declarou que não permitirá dois eventos ocorrendo no mesmo local. "É uma questão de lógica". "Esse evento da tocha paraolímpica está marcado há muito tempo. É absolutamente inviável que ocorra outra manifestação lá no domingo", declarou. A respeito dos rumores acerca da utilização das Forças Armadas para a escolta da passagem da tocha por São Paulo, o secretário afirmou não haver necessidade para tal. "Foi editado um decreto pelo presidente Michel Temer permitindo em todos os locais do país a utilização das Forças Armadas na Paraolimpíada. Isso não quer dizer que faremos isso. A escolta será feita apenas pela PM". Os movimentos sociais anti-Temer mantiveram o protesto marcado para domingo mesmo assim. Em razão da passagem da tocha, marcada para ocorrer às 13h30, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo afirmaram, em nota, que adiarão o protesto para as 15h. Anteriormente, a concentração estava programada para as 14h.
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Secretário de Segurança Pública defende ação da PM em protestosO secretário de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Barbosa Filho, disse que a polícia agiu "dentro dos parâmetros corretos" nos protestos contra o impeachment de Dilma Rousseff, que ocorrem desde segunda-feira (29). Em entrevista à imprensa, ele afirmou que "infelizmente, alguns efeitos colaterais existem", em referência aos manifestantes feridos por bombas da tropa de choque. Questionado sobre excessos da Polícia Militar nas manifestações, o secretário respondeu que a polícia "reage a ações violentas" dos manifestantes. "Soube de dois fotógrafos feridos, mas temos um policial militar com fratura exposta em razão de uma bomba caseira jogada pelos manifestantes". Mágino afirmou não saber se o dano causado à adolescente Deborah Fabri, 19, ferida no protesto de quarta (31), foi causado pela polícia. Ela teve o olho esquerdo perfurado. "Até o presente momento a estudante não fez o boletim de ocorrência e não procurou a corregedoria. Ela não quer ter contato com a polícia". Ele disse que, quando há um número muito grande de pessoas reunidas, ocorrer "algum excesso de uma parte ou de outra" é comum. Mágino declarou que a polícia está trabalhando para garantir que o "cidadão de bem" possa voltar para casa com segurança e que as pessoas possam se manifestar "de forma adequada". A polícia prendeu um dos autores do ataque à viatura da Polícia Civil na última quarta-feira (31). PROTESTO NO DOMINGO Com manifestação marcada para este domingo (4) na avenida Paulista, onde haverá no mesmo dia a passagem da tocha paraolímpica, Mágino declarou que não permitirá dois eventos ocorrendo no mesmo local. "É uma questão de lógica". "Esse evento da tocha paraolímpica está marcado há muito tempo. É absolutamente inviável que ocorra outra manifestação lá no domingo", declarou. A respeito dos rumores acerca da utilização das Forças Armadas para a escolta da passagem da tocha por São Paulo, o secretário afirmou não haver necessidade para tal. "Foi editado um decreto pelo presidente Michel Temer permitindo em todos os locais do país a utilização das Forças Armadas na Paraolimpíada. Isso não quer dizer que faremos isso. A escolta será feita apenas pela PM". Os movimentos sociais anti-Temer mantiveram o protesto marcado para domingo mesmo assim. Em razão da passagem da tocha, marcada para ocorrer às 13h30, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo afirmaram, em nota, que adiarão o protesto para as 15h. Anteriormente, a concentração estava programada para as 14h.
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Carta infeliz
Nos tangos, boleros e outros gêneros românticos de antigamente, alguns artistas adotavam a prática de, a dada altura, interromper o canto e passar à simples declamação da letra a meia-voz, reiterando seu recado em tom de confidência. Enquanto a orquestra desenrola os compassos incertos do impeachment, é como se a carta enviada pelo vice Michel Temer (PMDB) à presidente Dilma Rousseff (PT) correspondesse, no seu tom supostamente magoado e pessoal, a essa modalidade de canastrice cancioneira. Não que não sejam cerebrais os seus motivos, e verdadeiras as suas queixas. Com certeza, por inabilidade, arrogância e preconceito, o Palácio do Planalto desperdiçou as oportunidades de outorgar a Michel Temer o papel de articulação política de que tanto se carece num momento de gravíssima crise. Apontando esse distanciamento numa carta que dificilmente alguém com sua experiência teria escrito sem saber que vazaria, Temer articula uma versão para justificar o que constitui seu notório interesse político neste momento. Como beneficiário imediato de um eventual afastamento de Dilma, o vice-presidente se vê na contingência de não poder explicitar excessiva avidez pelo cargo que tem diante dos olhos. A mera expectativa de ascensão, porém, tende a unificar o PMDB em torno de Temer. Seus passos no caminho de um rompimento, aliás já encetados com a saída do aliado Eliseu Padilha da Secretaria de Aviação Civil, tornaram-se praticamente sem volta. O cálculo não é de estranhar, quando tem origem num político profissional de reconhecida habilidade. O hábito das conversações de bastidor e das confidências ao pé de ouvido terá cobrado, entretanto, seu preço na tática adotada pelo melífluo peemedebista. Se se tratava de acenar com a possibilidade de exercer uma liderança política nacional –conciliadora ou disruptiva, pouco importa– na atual crise, o vice-presidente sem dúvida se apequenou. Sua carta adota um tom choroso, incluindo reclamações risíveis, como a de não ter sido convidado a participar de um encontro com o vice-presidente dos EUA, Joe Biden. Fica-se com a impressão de que o apreço pelo protocolo palaciano, pelo beija-mão e pelos cargos de segundo escalão supera, no espírito de Temer, a devida consideração das emergências nacionais. O característico do mau ator não é a mentira, a falsidade. É o fato de comover-se consigo mesmo, sentimentalizar as próprias convicções e atitudes. Michel Temer escreveu uma carta dolorida, magoada, até sincera. Mas o país poderia ter sido poupado dessa página constrangedora de correio sentimental. [email protected]
opiniao
Carta infelizNos tangos, boleros e outros gêneros românticos de antigamente, alguns artistas adotavam a prática de, a dada altura, interromper o canto e passar à simples declamação da letra a meia-voz, reiterando seu recado em tom de confidência. Enquanto a orquestra desenrola os compassos incertos do impeachment, é como se a carta enviada pelo vice Michel Temer (PMDB) à presidente Dilma Rousseff (PT) correspondesse, no seu tom supostamente magoado e pessoal, a essa modalidade de canastrice cancioneira. Não que não sejam cerebrais os seus motivos, e verdadeiras as suas queixas. Com certeza, por inabilidade, arrogância e preconceito, o Palácio do Planalto desperdiçou as oportunidades de outorgar a Michel Temer o papel de articulação política de que tanto se carece num momento de gravíssima crise. Apontando esse distanciamento numa carta que dificilmente alguém com sua experiência teria escrito sem saber que vazaria, Temer articula uma versão para justificar o que constitui seu notório interesse político neste momento. Como beneficiário imediato de um eventual afastamento de Dilma, o vice-presidente se vê na contingência de não poder explicitar excessiva avidez pelo cargo que tem diante dos olhos. A mera expectativa de ascensão, porém, tende a unificar o PMDB em torno de Temer. Seus passos no caminho de um rompimento, aliás já encetados com a saída do aliado Eliseu Padilha da Secretaria de Aviação Civil, tornaram-se praticamente sem volta. O cálculo não é de estranhar, quando tem origem num político profissional de reconhecida habilidade. O hábito das conversações de bastidor e das confidências ao pé de ouvido terá cobrado, entretanto, seu preço na tática adotada pelo melífluo peemedebista. Se se tratava de acenar com a possibilidade de exercer uma liderança política nacional –conciliadora ou disruptiva, pouco importa– na atual crise, o vice-presidente sem dúvida se apequenou. Sua carta adota um tom choroso, incluindo reclamações risíveis, como a de não ter sido convidado a participar de um encontro com o vice-presidente dos EUA, Joe Biden. Fica-se com a impressão de que o apreço pelo protocolo palaciano, pelo beija-mão e pelos cargos de segundo escalão supera, no espírito de Temer, a devida consideração das emergências nacionais. O característico do mau ator não é a mentira, a falsidade. É o fato de comover-se consigo mesmo, sentimentalizar as próprias convicções e atitudes. Michel Temer escreveu uma carta dolorida, magoada, até sincera. Mas o país poderia ter sido poupado dessa página constrangedora de correio sentimental. [email protected]
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Não cumprimento de trajeto causou tumulto em protesto, diz secretário
O secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, disse que a PM usou a força em um protesto promovido pelo MPL (Movimento Passe Livre) contra o aumento das tarifas do transporte nesta terça (12) porque os manifestantes "investiram contra os policiais" para furar o bloqueio que os impedia de seguir por um trajeto não combinado previamente. "Não é possível que uma manifestação se transforme em anarquia", disse Moraes. A polícia jogou bombas de gás lacrimogêneo e efeito moral quando os manifestantes ainda se concentravam na praça do Ciclista, na avenida Paulista. Moraes alegou que é uma exigência legal noticiar previamente o caminho de um protesto. Segundo o secretário, os representantes do MPL (Movimento Passe Livre), que organizou o ato, não comunicaram previamente o caminho a ser percorrido. Protesto contra a tarifa "Todos os grupos e organizações avisam previamente. Apesar de ser chamado reiteradas vezes para combinar um traçado, não compareceu", disse Moraes. Segundo ele, o acordo prévio serviria para organizar a manifestação junto com a prefeitura, para que linhas de ônibus fossem transferidas para outras vias e que fosse a limpeza das ruas, retirando pedras de caçambas de entulho para evitar a ação de vândalos. De acordo com Moraes, cerca de 1h30 antes do protesto, o MPL teria concordado com o trajeto proposto pela Polícia Militar. O secretário exibiu ainda fotos feitas por policiais que mostram supostas bombas, um soco-inglês e pregos que estariam dentro de uma bomba caseira. Segundo ele, oito pessoas foram detidas e outras três identificadas, mas ainda não haviam sido presas até o momento da entrevista. Questionado sobre o uso de bombas contra jornalistas, Moraes disse que não houve abuso. "Vamos apurar qualquer eventual abuso, mas os abusos tem que ser provados", disse. O TUMULTO Nesta terça (12), a confusão começou quando integrantes do MPL (Movimento Passe Livre) tentaram seguir pela avenida Rebouças. Um cerco da polícia foi formado impedindo a passagem do grupo. A PM queria que eles seguissem por outro trajeto, pela rua da Consolação, sob a justificativa de que os manifestantes não informaram a rota com antecedência. O impasse causou tumulto e alguns manifestantes tentaram furar esse bloqueio. A polícia então, lançou dezenas de bombas de efeito moral e spray de pimenta, provocando correria na Paulista. A confusão dividiu os manifestantes. Enquanto um grupo seguia pela rua da Consolação, outro caminhava por dentro do bairro de Higienópolis, área nobre da cidade. Este segundo grupo avançou por dentro de Higienópolis, enquanto adeptos da tática "black bloc" -que prega a destruição de patrimônio público e privado- reviraram uma caçamba de entulho no meio da rua Itacolomi. Muito lixo foi revirado e alguns sacos foram incendiados pelos manifestantes. A PM perseguiu o grupo e bombas de gás foram lançadas em meio a carros e pedestres. TENSÃO O ato foi convocado pelo MPL, protagonista dos protestos de junho de 2013. Desta vez, ele quer a revogação do aumento da tarifa de ônibus, metrô e trens pelo prefeito Fernando Haddad (PT) e pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). Neste mês a passagem unitária foi reajustada de R$ 3,50 para R$ 3,80. O MPL marcou para a esta quinta-feira (14) a próxima manifestação contra a tarifa do transporte público. Desta vez, o movimento irá se reunir em dois locais, no largo da Batata, em Pinheiros, e em frente ao Teatro Municipal, no centro.
cotidiano
Não cumprimento de trajeto causou tumulto em protesto, diz secretárioO secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, disse que a PM usou a força em um protesto promovido pelo MPL (Movimento Passe Livre) contra o aumento das tarifas do transporte nesta terça (12) porque os manifestantes "investiram contra os policiais" para furar o bloqueio que os impedia de seguir por um trajeto não combinado previamente. "Não é possível que uma manifestação se transforme em anarquia", disse Moraes. A polícia jogou bombas de gás lacrimogêneo e efeito moral quando os manifestantes ainda se concentravam na praça do Ciclista, na avenida Paulista. Moraes alegou que é uma exigência legal noticiar previamente o caminho de um protesto. Segundo o secretário, os representantes do MPL (Movimento Passe Livre), que organizou o ato, não comunicaram previamente o caminho a ser percorrido. Protesto contra a tarifa "Todos os grupos e organizações avisam previamente. Apesar de ser chamado reiteradas vezes para combinar um traçado, não compareceu", disse Moraes. Segundo ele, o acordo prévio serviria para organizar a manifestação junto com a prefeitura, para que linhas de ônibus fossem transferidas para outras vias e que fosse a limpeza das ruas, retirando pedras de caçambas de entulho para evitar a ação de vândalos. De acordo com Moraes, cerca de 1h30 antes do protesto, o MPL teria concordado com o trajeto proposto pela Polícia Militar. O secretário exibiu ainda fotos feitas por policiais que mostram supostas bombas, um soco-inglês e pregos que estariam dentro de uma bomba caseira. Segundo ele, oito pessoas foram detidas e outras três identificadas, mas ainda não haviam sido presas até o momento da entrevista. Questionado sobre o uso de bombas contra jornalistas, Moraes disse que não houve abuso. "Vamos apurar qualquer eventual abuso, mas os abusos tem que ser provados", disse. O TUMULTO Nesta terça (12), a confusão começou quando integrantes do MPL (Movimento Passe Livre) tentaram seguir pela avenida Rebouças. Um cerco da polícia foi formado impedindo a passagem do grupo. A PM queria que eles seguissem por outro trajeto, pela rua da Consolação, sob a justificativa de que os manifestantes não informaram a rota com antecedência. O impasse causou tumulto e alguns manifestantes tentaram furar esse bloqueio. A polícia então, lançou dezenas de bombas de efeito moral e spray de pimenta, provocando correria na Paulista. A confusão dividiu os manifestantes. Enquanto um grupo seguia pela rua da Consolação, outro caminhava por dentro do bairro de Higienópolis, área nobre da cidade. Este segundo grupo avançou por dentro de Higienópolis, enquanto adeptos da tática "black bloc" -que prega a destruição de patrimônio público e privado- reviraram uma caçamba de entulho no meio da rua Itacolomi. Muito lixo foi revirado e alguns sacos foram incendiados pelos manifestantes. A PM perseguiu o grupo e bombas de gás foram lançadas em meio a carros e pedestres. TENSÃO O ato foi convocado pelo MPL, protagonista dos protestos de junho de 2013. Desta vez, ele quer a revogação do aumento da tarifa de ônibus, metrô e trens pelo prefeito Fernando Haddad (PT) e pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). Neste mês a passagem unitária foi reajustada de R$ 3,50 para R$ 3,80. O MPL marcou para a esta quinta-feira (14) a próxima manifestação contra a tarifa do transporte público. Desta vez, o movimento irá se reunir em dois locais, no largo da Batata, em Pinheiros, e em frente ao Teatro Municipal, no centro.
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Alckmin escala secretário para receber prêmio por gestão da água em Brasília
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), enviará nesta terça-feira (13) o secretário de Recursos Hídricos, Benedito Braga, para receber em seu lugar o prêmio dado pela Câmara dos Deputados, em Brasília, por sua gestão frente à crise hídrica. O tucano foi um dos vencedores do prêmio Lucio Costa de Mobilidade Saneamento e Habitação que, segundo os deputados, visa reconhecer as iniciativas que buscam a melhora da vida dos cidadãos. Quando soube que seria premiado pelo Congresso Nacional, o tucano afirmou que "modéstia à parte, [o prêmio] é merecido". O Estado de São Paulo atravessa a pior estiagem dos últimos 85 anos. Agravada no início de 2014, a crise deixou à beira do colapso os principais reservatórios, enquanto diferentes bairros convivem com torneiras secas até 20 horas por dia. O secretário Benedito Braga defende a condecoração. "A condução da crise por parte do governo de São Paulo e da Sabesp foi absolutamente irrepreensível, dentro dos mais rigorosos padrões técnicos", afirmou, em nota, quando a premiação foi anunciada. Para receber o prêmio, o governador paulista foi indicado pelo deputado federal João Paulo Papa (PSDB-SP). Segundo Papa, Alckmin foi escolhido por causa dos avanços de São Paulo, nos últimos anos, para atingir a universalização do saneamento. Para o deputado, esses avanços estão acima da média em relação ao resto do país. PRÊMIO "TORNEIRA SECA" Uma premiação paralela foi realizada pela ONG Minha Sampa na manhã desta terça na avenida Paulista, na região central de São Paulo, em "homenagem" ao governador. O público que passava pela avenida, em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo), entregava o prêmio "Torneira Seca" a dois manifestantes que estavam com máscaras do governador tucano. Segundo Guilherme Coelho, coordenador da ONG, a premiação dado pelo Congresso "é uma falta de respeito" com os paulistas que estão sem água. O professor universitário Ivanil Nunes, 49, concorda. "É um escárnio com a população. Essa crise hídrica já era anunciada há muito tempo. Me sinto debochado", diz o morador da Barra Funda. De acordo com ele, seu prédio precisou desenvolver um sistema de captação da água da chuva para lidar com a redução de pressão da água que chega nas torneiras. A servidora pública Cleide Napoleão, 62, se animou com a manifestação. "Pago muito e recebo pouco. Depois das 15h, a torneira começa a secar, e olha que moro em Pinheiros, bairro nobre. Já perdi quatro chuveiros, porque a resistência queima quando passa pouca água." CONTROVÉRSIA A gestão da água em São Paulo recebeu, desde o início de 2014, diversas críticas de especialistas e entidades. Para o presidente da Agência Nacional de Águas, Vicente Andreu Guillo, faltou planejamento na condução da estiagem que ocasionou a crise. A tese é compartilhada por relatórios do Tribunal de Contas do Estado que apontam que o governo do Estado tinha indícios de que uma forte seca atingiria São Paulo. Segundo especialistas do meio acadêmico, o governo estadual demorou para tomar iniciativas de enfrentamento à escassez de água. Um dos antigos críticos ao governo é o atual presidente da Sabesp, Jerson Kelman. Antes de ser escolhido para o cargo, ele havia criticado a demora do governo estadual em adotar medidas antipopulares que pudessem frear o consumo de água da população, como a adoção de uma tarifa mais cara para consumidores que aumentassem o consumo de água. A tarifa foi adotada um ano após o começo da crise, após a reeleição de Alckmin. Embora tenha instituído a sobretaxa, o governo estadual não foi capaz de ao menos fazer a lição de casa. Isso porque três prédios centrais da administração do governo do Estado foram flagrados consumindo mais água do que deveriam. No último dia 30, o governo entregou, com quatro meses de atraso, uma obra de interligação que levará água do cheio reservatório do Rio Grande (braça da represa Billings) ao crítico Alto Tietê (manancial no extremo leste da região metropolitana). RELATÓRIO Um documento elaborado pela Aliança pela Água –associação de movimentos sociais que inclui o Minha Sampa–, Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), Greenpeace e Coletivo de Luta pela Água foi entregue à ONU nesta terça mostrando como o governo paulista violou direitos humanos durante a crise hídrica. Segundo o relatório, a crise é resultado de falta de planejamento, superexploração dos mananciais, não implantação de medidas de contingência, ausência de transparência e de participação da população, interrupção arbitrária e repentina do abastecimento e interrupção de investimentos. O documento foi entregue ao brasileiro Leo Heller, relator da ONU para os direitos humanos à água e ao saneamento.
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Alckmin escala secretário para receber prêmio por gestão da água em BrasíliaO governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), enviará nesta terça-feira (13) o secretário de Recursos Hídricos, Benedito Braga, para receber em seu lugar o prêmio dado pela Câmara dos Deputados, em Brasília, por sua gestão frente à crise hídrica. O tucano foi um dos vencedores do prêmio Lucio Costa de Mobilidade Saneamento e Habitação que, segundo os deputados, visa reconhecer as iniciativas que buscam a melhora da vida dos cidadãos. Quando soube que seria premiado pelo Congresso Nacional, o tucano afirmou que "modéstia à parte, [o prêmio] é merecido". O Estado de São Paulo atravessa a pior estiagem dos últimos 85 anos. Agravada no início de 2014, a crise deixou à beira do colapso os principais reservatórios, enquanto diferentes bairros convivem com torneiras secas até 20 horas por dia. O secretário Benedito Braga defende a condecoração. "A condução da crise por parte do governo de São Paulo e da Sabesp foi absolutamente irrepreensível, dentro dos mais rigorosos padrões técnicos", afirmou, em nota, quando a premiação foi anunciada. Para receber o prêmio, o governador paulista foi indicado pelo deputado federal João Paulo Papa (PSDB-SP). Segundo Papa, Alckmin foi escolhido por causa dos avanços de São Paulo, nos últimos anos, para atingir a universalização do saneamento. Para o deputado, esses avanços estão acima da média em relação ao resto do país. PRÊMIO "TORNEIRA SECA" Uma premiação paralela foi realizada pela ONG Minha Sampa na manhã desta terça na avenida Paulista, na região central de São Paulo, em "homenagem" ao governador. O público que passava pela avenida, em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo), entregava o prêmio "Torneira Seca" a dois manifestantes que estavam com máscaras do governador tucano. Segundo Guilherme Coelho, coordenador da ONG, a premiação dado pelo Congresso "é uma falta de respeito" com os paulistas que estão sem água. O professor universitário Ivanil Nunes, 49, concorda. "É um escárnio com a população. Essa crise hídrica já era anunciada há muito tempo. Me sinto debochado", diz o morador da Barra Funda. De acordo com ele, seu prédio precisou desenvolver um sistema de captação da água da chuva para lidar com a redução de pressão da água que chega nas torneiras. A servidora pública Cleide Napoleão, 62, se animou com a manifestação. "Pago muito e recebo pouco. Depois das 15h, a torneira começa a secar, e olha que moro em Pinheiros, bairro nobre. Já perdi quatro chuveiros, porque a resistência queima quando passa pouca água." CONTROVÉRSIA A gestão da água em São Paulo recebeu, desde o início de 2014, diversas críticas de especialistas e entidades. Para o presidente da Agência Nacional de Águas, Vicente Andreu Guillo, faltou planejamento na condução da estiagem que ocasionou a crise. A tese é compartilhada por relatórios do Tribunal de Contas do Estado que apontam que o governo do Estado tinha indícios de que uma forte seca atingiria São Paulo. Segundo especialistas do meio acadêmico, o governo estadual demorou para tomar iniciativas de enfrentamento à escassez de água. Um dos antigos críticos ao governo é o atual presidente da Sabesp, Jerson Kelman. Antes de ser escolhido para o cargo, ele havia criticado a demora do governo estadual em adotar medidas antipopulares que pudessem frear o consumo de água da população, como a adoção de uma tarifa mais cara para consumidores que aumentassem o consumo de água. A tarifa foi adotada um ano após o começo da crise, após a reeleição de Alckmin. Embora tenha instituído a sobretaxa, o governo estadual não foi capaz de ao menos fazer a lição de casa. Isso porque três prédios centrais da administração do governo do Estado foram flagrados consumindo mais água do que deveriam. No último dia 30, o governo entregou, com quatro meses de atraso, uma obra de interligação que levará água do cheio reservatório do Rio Grande (braça da represa Billings) ao crítico Alto Tietê (manancial no extremo leste da região metropolitana). RELATÓRIO Um documento elaborado pela Aliança pela Água –associação de movimentos sociais que inclui o Minha Sampa–, Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), Greenpeace e Coletivo de Luta pela Água foi entregue à ONU nesta terça mostrando como o governo paulista violou direitos humanos durante a crise hídrica. Segundo o relatório, a crise é resultado de falta de planejamento, superexploração dos mananciais, não implantação de medidas de contingência, ausência de transparência e de participação da população, interrupção arbitrária e repentina do abastecimento e interrupção de investimentos. O documento foi entregue ao brasileiro Leo Heller, relator da ONU para os direitos humanos à água e ao saneamento.
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Erramos: Juana Kweitel e Caio Borges: Um BNDES mais transparente
O nome da Controladoria-Geral da União (CGU) foi grafado incorretamente como Corregedoria-Geral da União no texto "Juana Kweitel e Caio Borges: Um BNDES mais transparente" (Opinião - Tendências/Debates - 18/12/2014 - 02h00). O texto foi corrigido.
opiniao
Erramos: Juana Kweitel e Caio Borges: Um BNDES mais transparenteO nome da Controladoria-Geral da União (CGU) foi grafado incorretamente como Corregedoria-Geral da União no texto "Juana Kweitel e Caio Borges: Um BNDES mais transparente" (Opinião - Tendências/Debates - 18/12/2014 - 02h00). O texto foi corrigido.
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Nos tetos de Paris, chefs de cozinha plantam suas hortas
Aos pés da torre Eiffel, as abelhas passeiam entre pés de morango e pés de tomate: em pleno coração de Paris, chefs de cozinha seduzidos pela moda dos produtos locais se lançam na instalação de hortas em seus telhados. Ogier Pottiez, número dois na cozinha do restaurante Frame, ligado ao hotel Pullmann-Tour Eiffel no oeste de Paris, enche uma cesta de verduras, morangos e flores roxas de cebolinha com gosto de alho, que ele recolhe do jardim plantado no telhado de sua cozinha. "Nenhum transporte. A salada do dia muda diariamente de ingredientes em função da colheita. Tudo chega muito fresco e saboroso ao prato do cliente", explica o jovem cozinheiro de 30 anos. Em 600 metros quadrados, a mancha verde que forma este pomar-jardim dominado pela silhueta esguia da torre Eiffel é um refúgio fresco em meio ao mundo de concreto de três blocos de apartamentos que a cercam. Nesta minieconomia circular, mel também é produzido pelas abelhas de cinco colmeias. E ovos frescos para o brunch de domingo, com as galinhas bicando as cascas e os restos de comida do restaurante. Única desvantagem: apesar da sua relativa grande área em uma cidade densamente povoada como Paris (mais de 11.000 habitantes/km²), este jardim está longe de atender às necessidades vegetais do restaurante e continua a ser apenas uma vitrine de prestígio. MENOS POLUIÇÃO O chef Yannick Alleno foi um dos primeiros a se lançar na empreitada das hortas urbanas, instalando um pequeno jardim de ervas aromáticas no telhado de seu restaurante Le Terroir Parisien, no coração da capital francesa. Foi um jovem engenheiro de pegada sustentável, Nicolas Bel, quem criou este pequeno jardim, assim como o do hotel Pullmann-Tour Eiffel. Ele também toca outros projetos de vários tamanhos, que vão até 1.000 metros quadrados, e fez a aposta, com sua empresa start-up Topager, de transformar em tendência a agricultura urbana na França. Se Paris está em desvantagem em relação a Nova York ou Montreal no que diz respeito às áreas plantadas sobre os telhados, a cidade está prestes a dar um passo à frente em termos de "coerência ambiental", estima Nicolas Bel, que acaba de receber políticos de Nova York interessados ​​em seus métodos. Qual é o segredo para obter retornos "comparáveis ​​aos horticultores da área Paris sem usar produtos fitossanitários?" A resposta está em uma espécie de poção mágica para o jardim, cuja receita foi mantida em conjunto com o Instituto Nacional de Pesquisa Agrícola (INRA). Neste "substrato" mais rico e mais leve do que terra são reciclados resíduos urbanos, tais como aparas de relva e resíduos de madeira misturados com borra de café, micélio de cogumelos, alguns vermes - tudo isso acoplado a um composto caseiro para alimentar as plantas. Aos que se preocupam com uma possível influência da poluição nos produtos frescos cultivados em pleno centro da cidade, Nicolas Bel responde que o ozônio "não afeta os vegetais" em mais do que algumas partículas finas, que permanecem junto ao solo e não sobem em altitude. "Na cidade, é a poluição dos solos que poderia incomodar, e a passagem dos metais pesados nos legumes pelas raízes. As análises de nossos produtos cultivados nos telhados mostram que nós temos taxas muito fracas de poluição, da ordem de 10% e 30% das normas europeias", explicou. RENTABILIDADE Os métodos de trabalho são orgânicos. As plantas coabitam: manjericão e cravos lado a lado com tomates para repelir os pulgões. Sabão e estrume de urtiga são usados ​​contra pragas. As espécies são alternadas ao longo das estações do ano para não esgotar o solo. Mas no quesito rentabilidade, ainda se está muito aquém. A este respeito, um dos mais novos jardins nos telhados de Paris, criado em março na escola de catering Ferrandi, tornou-se um laboratório. "A ideia é que um jardim no terraço não deva ser reservada para a alta gastronomia. Queremos mostrar que a amortização é possível apenas nas culturas", afirma Pablo Jacob, 25 anos, estudante e futuro chef. O jardim da Ferrandi é composto de caixas de madeira em um amplo terraço no 6º andar de cara para o céu. Um investimento de 7.500 euros (cerca de R$ 25 mil) em materiais. Mostrando uma erva rara, a "mertansia maritima", com gosto de ostra poderosamente iodado, Pablo calcula que, se ele fosse comprar no mercado atacadista de Rungis, onde os restaurantes se abastecem, seu custo por porção explodiria. "Para ser rentável, é preciso escolher espécies com forte valor agregado e consagrar um tempo a elas", sorri. "Minha ambição é que todas as escolas de hotelaria e de gastronomia da França, com mais espaço do que nós, digam 'vamos lá'", acredita o chef, diante de seus pés de melissa, sálvia e hissopo. O rapaz fez uma boa escola. Durante estágio com o chef três estrelas Michel Bras, no Laguiole em Aveyron (sul da França), ele descobriu "a panóplia de sabores" de flores, frutas e legumes frescos. A lógica "locavore" (consumo local) pode se desenvolver "quer se esteja no campo ou no coração de Paris", atesta Pablo Jacob. "Entre os futuros chefs, é um sucesso. Esta não é uma moda passageira, está aqui para ficar".
comida
Nos tetos de Paris, chefs de cozinha plantam suas hortasAos pés da torre Eiffel, as abelhas passeiam entre pés de morango e pés de tomate: em pleno coração de Paris, chefs de cozinha seduzidos pela moda dos produtos locais se lançam na instalação de hortas em seus telhados. Ogier Pottiez, número dois na cozinha do restaurante Frame, ligado ao hotel Pullmann-Tour Eiffel no oeste de Paris, enche uma cesta de verduras, morangos e flores roxas de cebolinha com gosto de alho, que ele recolhe do jardim plantado no telhado de sua cozinha. "Nenhum transporte. A salada do dia muda diariamente de ingredientes em função da colheita. Tudo chega muito fresco e saboroso ao prato do cliente", explica o jovem cozinheiro de 30 anos. Em 600 metros quadrados, a mancha verde que forma este pomar-jardim dominado pela silhueta esguia da torre Eiffel é um refúgio fresco em meio ao mundo de concreto de três blocos de apartamentos que a cercam. Nesta minieconomia circular, mel também é produzido pelas abelhas de cinco colmeias. E ovos frescos para o brunch de domingo, com as galinhas bicando as cascas e os restos de comida do restaurante. Única desvantagem: apesar da sua relativa grande área em uma cidade densamente povoada como Paris (mais de 11.000 habitantes/km²), este jardim está longe de atender às necessidades vegetais do restaurante e continua a ser apenas uma vitrine de prestígio. MENOS POLUIÇÃO O chef Yannick Alleno foi um dos primeiros a se lançar na empreitada das hortas urbanas, instalando um pequeno jardim de ervas aromáticas no telhado de seu restaurante Le Terroir Parisien, no coração da capital francesa. Foi um jovem engenheiro de pegada sustentável, Nicolas Bel, quem criou este pequeno jardim, assim como o do hotel Pullmann-Tour Eiffel. Ele também toca outros projetos de vários tamanhos, que vão até 1.000 metros quadrados, e fez a aposta, com sua empresa start-up Topager, de transformar em tendência a agricultura urbana na França. Se Paris está em desvantagem em relação a Nova York ou Montreal no que diz respeito às áreas plantadas sobre os telhados, a cidade está prestes a dar um passo à frente em termos de "coerência ambiental", estima Nicolas Bel, que acaba de receber políticos de Nova York interessados ​​em seus métodos. Qual é o segredo para obter retornos "comparáveis ​​aos horticultores da área Paris sem usar produtos fitossanitários?" A resposta está em uma espécie de poção mágica para o jardim, cuja receita foi mantida em conjunto com o Instituto Nacional de Pesquisa Agrícola (INRA). Neste "substrato" mais rico e mais leve do que terra são reciclados resíduos urbanos, tais como aparas de relva e resíduos de madeira misturados com borra de café, micélio de cogumelos, alguns vermes - tudo isso acoplado a um composto caseiro para alimentar as plantas. Aos que se preocupam com uma possível influência da poluição nos produtos frescos cultivados em pleno centro da cidade, Nicolas Bel responde que o ozônio "não afeta os vegetais" em mais do que algumas partículas finas, que permanecem junto ao solo e não sobem em altitude. "Na cidade, é a poluição dos solos que poderia incomodar, e a passagem dos metais pesados nos legumes pelas raízes. As análises de nossos produtos cultivados nos telhados mostram que nós temos taxas muito fracas de poluição, da ordem de 10% e 30% das normas europeias", explicou. RENTABILIDADE Os métodos de trabalho são orgânicos. As plantas coabitam: manjericão e cravos lado a lado com tomates para repelir os pulgões. Sabão e estrume de urtiga são usados ​​contra pragas. As espécies são alternadas ao longo das estações do ano para não esgotar o solo. Mas no quesito rentabilidade, ainda se está muito aquém. A este respeito, um dos mais novos jardins nos telhados de Paris, criado em março na escola de catering Ferrandi, tornou-se um laboratório. "A ideia é que um jardim no terraço não deva ser reservada para a alta gastronomia. Queremos mostrar que a amortização é possível apenas nas culturas", afirma Pablo Jacob, 25 anos, estudante e futuro chef. O jardim da Ferrandi é composto de caixas de madeira em um amplo terraço no 6º andar de cara para o céu. Um investimento de 7.500 euros (cerca de R$ 25 mil) em materiais. Mostrando uma erva rara, a "mertansia maritima", com gosto de ostra poderosamente iodado, Pablo calcula que, se ele fosse comprar no mercado atacadista de Rungis, onde os restaurantes se abastecem, seu custo por porção explodiria. "Para ser rentável, é preciso escolher espécies com forte valor agregado e consagrar um tempo a elas", sorri. "Minha ambição é que todas as escolas de hotelaria e de gastronomia da França, com mais espaço do que nós, digam 'vamos lá'", acredita o chef, diante de seus pés de melissa, sálvia e hissopo. O rapaz fez uma boa escola. Durante estágio com o chef três estrelas Michel Bras, no Laguiole em Aveyron (sul da França), ele descobriu "a panóplia de sabores" de flores, frutas e legumes frescos. A lógica "locavore" (consumo local) pode se desenvolver "quer se esteja no campo ou no coração de Paris", atesta Pablo Jacob. "Entre os futuros chefs, é um sucesso. Esta não é uma moda passageira, está aqui para ficar".
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Declarações de Pinheiro, da OAS, são 'falsas e absurdas', diz Aécio Neves
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse em nota à Folha que desconhece os relatos feitos pelo empresário Léo Pinheiro sobre suposta propina em sua administração e que considera as declarações "falsas e absurdas". A nota afirma que acusações como essas precisam de provas, "sob o risco de servirem apenas a interesses outros que não os da verdade". O senador afirma estranhar o que chama de vazamento "deste trecho" da delação de Pinheiro, da OAS, que o cita como beneficiário de propina. Segundo nota enviada pela assessoria de imprensa do senador, as obras da Cidade Administrativa foram contratadas por R$ 948 milhões em 2007 e tiveram custo final de R$ 1,26 bilhão, em 2010. Entre as razões do aumento está a construção de um túnel que não estava previsto no projeto inicial e que demandou uma nova licitação. O comunicado aponta que os aditivos firmados na construção da Cidade Administrativa mineira "corresponderam a 10% do valor inicial, percentual inferior aos 25% autorizados pela Lei 8.666 para obras públicas". A assessoria de Aécio reitera que "a obra foi conduzida com absoluta transparência e controle da sociedade", inclusive com aprovação de órgãos de controle do Estado. A nota afirma ainda que, antes da abertura da licitação, os editais foram submetidos a avaliação prévia do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado. "Todas as especificações técnicas do projeto tiveram acompanhamento e monitoramento da empresa de auditoria externa, atestando e assinando juntamente com a gerência da obra", diz a nota divulgada. Sobre a OAS, a assessoria do senador diz que a empreiteira apresentou um pedido de revisão nos valores a serem pagos quando a Cidade Administrativa foi finalizada, o que foi negado pela empresa que administrava a obra. Segundo a assessoria de Aécio, a participação da OAS na obra foi de cerca de R$ 50 milhões, metade do valor obtido pela Folha. A decisão de dividir a construção em três lotes se deu para "baratear os custos de execução e abrir espaço para participação de mais empresas", de acordo com a assessoria. Sobre o avião utilizado pelo senador, a assessoria afirma que a aeronave não pertencia a Oswaldo Borges, mas à família dele. Questionada a respeito do uso do Rolls-Royce do empresário, a nota diz que Borges é "reconhecido colecionador de carros" e emprestou veículos de seu acervo para a posse dos governadores Aécio Neves e Antonio Anastasia, ambos do PSDB. A assessoria de imprensa de Aécio não quis se pronunciar sobre os relatos de Borges ter atuado como "tesoureiro informal" das campanhas do tucano. Procurado, o empresário Oswaldo Borges da Costa Filho não atendeu as ligações nem ligou de volta para a reportagem. A Folha pediu ajuda à assessoria de Aécio para contatá-lo, sem sucesso. Sede do governo de MG
poder
Declarações de Pinheiro, da OAS, são 'falsas e absurdas', diz Aécio NevesO senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse em nota à Folha que desconhece os relatos feitos pelo empresário Léo Pinheiro sobre suposta propina em sua administração e que considera as declarações "falsas e absurdas". A nota afirma que acusações como essas precisam de provas, "sob o risco de servirem apenas a interesses outros que não os da verdade". O senador afirma estranhar o que chama de vazamento "deste trecho" da delação de Pinheiro, da OAS, que o cita como beneficiário de propina. Segundo nota enviada pela assessoria de imprensa do senador, as obras da Cidade Administrativa foram contratadas por R$ 948 milhões em 2007 e tiveram custo final de R$ 1,26 bilhão, em 2010. Entre as razões do aumento está a construção de um túnel que não estava previsto no projeto inicial e que demandou uma nova licitação. O comunicado aponta que os aditivos firmados na construção da Cidade Administrativa mineira "corresponderam a 10% do valor inicial, percentual inferior aos 25% autorizados pela Lei 8.666 para obras públicas". A assessoria de Aécio reitera que "a obra foi conduzida com absoluta transparência e controle da sociedade", inclusive com aprovação de órgãos de controle do Estado. A nota afirma ainda que, antes da abertura da licitação, os editais foram submetidos a avaliação prévia do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado. "Todas as especificações técnicas do projeto tiveram acompanhamento e monitoramento da empresa de auditoria externa, atestando e assinando juntamente com a gerência da obra", diz a nota divulgada. Sobre a OAS, a assessoria do senador diz que a empreiteira apresentou um pedido de revisão nos valores a serem pagos quando a Cidade Administrativa foi finalizada, o que foi negado pela empresa que administrava a obra. Segundo a assessoria de Aécio, a participação da OAS na obra foi de cerca de R$ 50 milhões, metade do valor obtido pela Folha. A decisão de dividir a construção em três lotes se deu para "baratear os custos de execução e abrir espaço para participação de mais empresas", de acordo com a assessoria. Sobre o avião utilizado pelo senador, a assessoria afirma que a aeronave não pertencia a Oswaldo Borges, mas à família dele. Questionada a respeito do uso do Rolls-Royce do empresário, a nota diz que Borges é "reconhecido colecionador de carros" e emprestou veículos de seu acervo para a posse dos governadores Aécio Neves e Antonio Anastasia, ambos do PSDB. A assessoria de imprensa de Aécio não quis se pronunciar sobre os relatos de Borges ter atuado como "tesoureiro informal" das campanhas do tucano. Procurado, o empresário Oswaldo Borges da Costa Filho não atendeu as ligações nem ligou de volta para a reportagem. A Folha pediu ajuda à assessoria de Aécio para contatá-lo, sem sucesso. Sede do governo de MG
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A rara síndrome pós-orgasmo que só afeta homens
Para algumas centenas de homens em todo o mundo a experiência de um orgasmo pode não estar ligada ao prazer. Isto ocorre por causa da síndrome da doença pós-orgásmica (POIS, na sigla em inglês), um problema raro que afeta exclusivamente os homens. Os sintomas vão desde cansaço e febre até diarreia e ocorrem como consequência de um orgasmo. A doença foi identificada em 2002 pelo cientista holandês Marcel Waldinger, neuropsiquiatra da Universidade de Utrecht, na Holanda. E, até o momento, o médico conseguiu encontrar pouco mais de 200 homens que sofrem desta síndrome. Mas ele acrescenta que a doença pode ser mais comum do que se pensa. Geralmente muitos homens não falam sobre o problema por conta da vergonha e confusão que os sintomas causam. Outros sequer sabem que têm o problema. CAUSAS? Desde que o problema foi descoberto os cientistas identificaram várias possibilidades de causas, de uma possível alergia ao próprio sêmen ou em função de um distúrbio neurobiológico. Alguns pacientes enfrentam o transtorno durante toda a vida adulta, o chamado "POIS Primário" Em outros casos, apelidados de "POIS Adquirido", a doença se desenvolve com o passar dos anos. Isto levou Waldinger a acreditar que o problema poderia ter uma base psicológica. Em 2016 foi realizado um novo estudo com 45 homens que sofrem da doença e da análise dos resultados surgiram novas teorias para explicar a origem da POIS. Os pesquisadores adicionaram à lista de causas uma reação autoimune ao plasma seminal. Os cientistas acreditam que esta reação alérgica pode ser tratada com injeções regulares de sêmen diluído. Este tratamento ainda está em fase experimental e só foi administrado em dois pacientes. O relatório mais recente de Marcel Waldinger afirma também que a síndrome poderia estar ligada a uma disfunção da glândula pituitária e também à deficiência de testosterona. Barry Komisaruk, cientista especializado em respostas neuronais a estímulos sexuais e diretor do Programa de Pesquisa Biomédica da Universidade de Rutgers, em Newark, Estados Unidos, também iniciou sua própria pesquisa. Na teoria desenvolvida por Komisaruk a causa da doença está ligada ao nervo vago ou pneumogástrico, um nervo craniano que envia impulsos para quase todos os órgãos. Komisaruk afirma que, nos casos de homens que sofrem com a síndrome, este nervo poderia estar atrofiado. "Muitos dos sintomas que os pacientes apresentam são mediados pelo nervo vago", explicou. SINTOMAS Entre os sintomas que Waldinger identificou nos pacientes que sofrem da doença está o cansaço extremo, dificuldades de memória e problemas de concentração. Cerca de 85% dos pacientes do médico holandês sofrem com isso. Eles também sofrem de debilidade da musculatura, febre ou sudorese extrema, diarreia, calafrios, alterações do estado de ânimo, geralmente irritabilidade, discurso incoerente, congestão nasal e olhos ardendo. Todos os sintomas aparecem depois do orgasmo, alguns segundos, minutos ou poucas horas após a ejaculação. E, para piorar, a maioria destes sintomas pode durar entre dois e cinco dias. TRATAMENTO DIFÍCIL Homens que sofrem com a síndrome da doença pós-orgásmica participam de um fórum para compartilhar suas experiências, o Fórum POIS Center, e falar sobre truques para tentar driblar os sintomas. Mas as variações de sintomas de um paciente para outro faz com que o desenvolvimento de um tratamento único seja ainda mais difícil. Pacientes já tentaram tratamentos à base de vitaminas e adesivos de testosterona, além da eliminação de todos os laticínios de suas dietas. Outros, já em desespero, tomam sedativos e antibióticos. No entanto a má notícia é que, até o momento, a única medida que realmente parece funcionar é a abstinência sexual. E, pelo fato de os pesquisadores ainda não saberem qual a causa ou causas exatas do problema, dificulta o desenvolvimento de um remédio eficaz. Mas, como afirmam muitos usuários do Fórum POIS Center, o importante por enquanto é divulgar mais a doença. Com mais pessoas falando sobre a síndrome e conhecendo a doença, maiores serão as chances de se encontrar uma cura.
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A rara síndrome pós-orgasmo que só afeta homensPara algumas centenas de homens em todo o mundo a experiência de um orgasmo pode não estar ligada ao prazer. Isto ocorre por causa da síndrome da doença pós-orgásmica (POIS, na sigla em inglês), um problema raro que afeta exclusivamente os homens. Os sintomas vão desde cansaço e febre até diarreia e ocorrem como consequência de um orgasmo. A doença foi identificada em 2002 pelo cientista holandês Marcel Waldinger, neuropsiquiatra da Universidade de Utrecht, na Holanda. E, até o momento, o médico conseguiu encontrar pouco mais de 200 homens que sofrem desta síndrome. Mas ele acrescenta que a doença pode ser mais comum do que se pensa. Geralmente muitos homens não falam sobre o problema por conta da vergonha e confusão que os sintomas causam. Outros sequer sabem que têm o problema. CAUSAS? Desde que o problema foi descoberto os cientistas identificaram várias possibilidades de causas, de uma possível alergia ao próprio sêmen ou em função de um distúrbio neurobiológico. Alguns pacientes enfrentam o transtorno durante toda a vida adulta, o chamado "POIS Primário" Em outros casos, apelidados de "POIS Adquirido", a doença se desenvolve com o passar dos anos. Isto levou Waldinger a acreditar que o problema poderia ter uma base psicológica. Em 2016 foi realizado um novo estudo com 45 homens que sofrem da doença e da análise dos resultados surgiram novas teorias para explicar a origem da POIS. Os pesquisadores adicionaram à lista de causas uma reação autoimune ao plasma seminal. Os cientistas acreditam que esta reação alérgica pode ser tratada com injeções regulares de sêmen diluído. Este tratamento ainda está em fase experimental e só foi administrado em dois pacientes. O relatório mais recente de Marcel Waldinger afirma também que a síndrome poderia estar ligada a uma disfunção da glândula pituitária e também à deficiência de testosterona. Barry Komisaruk, cientista especializado em respostas neuronais a estímulos sexuais e diretor do Programa de Pesquisa Biomédica da Universidade de Rutgers, em Newark, Estados Unidos, também iniciou sua própria pesquisa. Na teoria desenvolvida por Komisaruk a causa da doença está ligada ao nervo vago ou pneumogástrico, um nervo craniano que envia impulsos para quase todos os órgãos. Komisaruk afirma que, nos casos de homens que sofrem com a síndrome, este nervo poderia estar atrofiado. "Muitos dos sintomas que os pacientes apresentam são mediados pelo nervo vago", explicou. SINTOMAS Entre os sintomas que Waldinger identificou nos pacientes que sofrem da doença está o cansaço extremo, dificuldades de memória e problemas de concentração. Cerca de 85% dos pacientes do médico holandês sofrem com isso. Eles também sofrem de debilidade da musculatura, febre ou sudorese extrema, diarreia, calafrios, alterações do estado de ânimo, geralmente irritabilidade, discurso incoerente, congestão nasal e olhos ardendo. Todos os sintomas aparecem depois do orgasmo, alguns segundos, minutos ou poucas horas após a ejaculação. E, para piorar, a maioria destes sintomas pode durar entre dois e cinco dias. TRATAMENTO DIFÍCIL Homens que sofrem com a síndrome da doença pós-orgásmica participam de um fórum para compartilhar suas experiências, o Fórum POIS Center, e falar sobre truques para tentar driblar os sintomas. Mas as variações de sintomas de um paciente para outro faz com que o desenvolvimento de um tratamento único seja ainda mais difícil. Pacientes já tentaram tratamentos à base de vitaminas e adesivos de testosterona, além da eliminação de todos os laticínios de suas dietas. Outros, já em desespero, tomam sedativos e antibióticos. No entanto a má notícia é que, até o momento, a única medida que realmente parece funcionar é a abstinência sexual. E, pelo fato de os pesquisadores ainda não saberem qual a causa ou causas exatas do problema, dificulta o desenvolvimento de um remédio eficaz. Mas, como afirmam muitos usuários do Fórum POIS Center, o importante por enquanto é divulgar mais a doença. Com mais pessoas falando sobre a síndrome e conhecendo a doença, maiores serão as chances de se encontrar uma cura.
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Em 1/3 das cidades de SP, casos de dengue já superam números de 2014
Os últimos dados de confirmação de casos de dengue nos municípios de São Paulo mostram mais uma realidade alarmante para o Estado: um terço das cidades paulistas já possuem, sem concluir o primeiro trimestre, mais vítimas da doença do que os registros coletados durante todo o ano passado. De acordo com o boletim de 12 de março do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado, que utiliza dados repassados pelos municípios, há 56.959 confirmações de dengue em São Paulo e 145.731 notificações, registros que ainda precisam ser confirmados em laboratório. O Estado detém mais da metade das notificações de dengue anotadas em todo o país, segundo o último levantamento do Ministério da Saúde. As confirmações deste ano já representam 30% do total atingido em 2014. O retrocesso no combate à doença é significativo. Em 2014, 136 municípios (21%) haviam conseguido zerar os casos. Agora, 60 cidades (9%) estão "virgens da dengue". O agravante é que, de acordo com as autoridades de saúde, o pico da doença só deve ocorrer neste ano, em maio, devido às condições climáticas e a sazonalidade do mosquito Aedes Aegypti. Boituva (121 Km de SP), foi um dos 219 municípios que perdeu o título de "livre da dengue". Neste ano, já são contabiliza 181 casos. A administração municipal avalia que o resultado negativo vem do impacto de um "contexto regional", uma vez que as vizinhas Sorocaba e Iperó são cidades em que a dengue avança de maneira quase epidêmica. A cidade decretou situação de emergência e contratou mais equipes de prevenção à doença e ao mosquito. Já a litorânea Bertioga, na Baixada Santista, vai, até agora, na contramão do movimento de expansão do surto. Os casos no município são bem menos expressivos que no ano passado, quando quase 600 pessoas pegaram dengue. Até 12 de março, dez casos foram confirmados. A postura adota pela administração municipal foi a de trabalhar como se a cidade estivesse em epidemia, com trabalhos intensos de prevenção e combate. RAZÕES Na visão dos especialistas, a reentrada em circulação de subtipos de vírus que estavam menos atuante em anos anteriores (como o 4) e o relaxamento por parte da população e dos governos em relação à prevenção ajudam a explicar os índices. "Grandes institutos de infectologia estão mostrando que sorotipos da dengue que havia anos estavam com circulação menos frequente, estão voltaram. Isso expõe uma parcela grande de pessoas que não estava imunizada", afirma Regina Tranchesi, diretora técnica e infectologista do Hospital 9 de Julho. Ela afirma ainda que o "relaxamento" da população e das autoridades de saúde diante de um índice considerado baixo de contaminação pode contribuir para o ressurgimento de surtos. "A população tem que cuidar da casa e os governos precisam informar, educar os cidadãos e zelar pelas áreas coletivas. Quando um dos dois relaxa, a dengue volta." O ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse no começo de março, em São Paulo, que a crise hídrica no Estado também pode contribuir com a explosão de casos da dengue. "Na medida em que as pessoas armazenam água em casa, isso pode criar uma situação de maior risco para a doença. Já em cidades que não tiveram esse problema, o crescimento significa que elas não fizeram o dever de casa ao longo de 2014."
cotidiano
Em 1/3 das cidades de SP, casos de dengue já superam números de 2014Os últimos dados de confirmação de casos de dengue nos municípios de São Paulo mostram mais uma realidade alarmante para o Estado: um terço das cidades paulistas já possuem, sem concluir o primeiro trimestre, mais vítimas da doença do que os registros coletados durante todo o ano passado. De acordo com o boletim de 12 de março do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado, que utiliza dados repassados pelos municípios, há 56.959 confirmações de dengue em São Paulo e 145.731 notificações, registros que ainda precisam ser confirmados em laboratório. O Estado detém mais da metade das notificações de dengue anotadas em todo o país, segundo o último levantamento do Ministério da Saúde. As confirmações deste ano já representam 30% do total atingido em 2014. O retrocesso no combate à doença é significativo. Em 2014, 136 municípios (21%) haviam conseguido zerar os casos. Agora, 60 cidades (9%) estão "virgens da dengue". O agravante é que, de acordo com as autoridades de saúde, o pico da doença só deve ocorrer neste ano, em maio, devido às condições climáticas e a sazonalidade do mosquito Aedes Aegypti. Boituva (121 Km de SP), foi um dos 219 municípios que perdeu o título de "livre da dengue". Neste ano, já são contabiliza 181 casos. A administração municipal avalia que o resultado negativo vem do impacto de um "contexto regional", uma vez que as vizinhas Sorocaba e Iperó são cidades em que a dengue avança de maneira quase epidêmica. A cidade decretou situação de emergência e contratou mais equipes de prevenção à doença e ao mosquito. Já a litorânea Bertioga, na Baixada Santista, vai, até agora, na contramão do movimento de expansão do surto. Os casos no município são bem menos expressivos que no ano passado, quando quase 600 pessoas pegaram dengue. Até 12 de março, dez casos foram confirmados. A postura adota pela administração municipal foi a de trabalhar como se a cidade estivesse em epidemia, com trabalhos intensos de prevenção e combate. RAZÕES Na visão dos especialistas, a reentrada em circulação de subtipos de vírus que estavam menos atuante em anos anteriores (como o 4) e o relaxamento por parte da população e dos governos em relação à prevenção ajudam a explicar os índices. "Grandes institutos de infectologia estão mostrando que sorotipos da dengue que havia anos estavam com circulação menos frequente, estão voltaram. Isso expõe uma parcela grande de pessoas que não estava imunizada", afirma Regina Tranchesi, diretora técnica e infectologista do Hospital 9 de Julho. Ela afirma ainda que o "relaxamento" da população e das autoridades de saúde diante de um índice considerado baixo de contaminação pode contribuir para o ressurgimento de surtos. "A população tem que cuidar da casa e os governos precisam informar, educar os cidadãos e zelar pelas áreas coletivas. Quando um dos dois relaxa, a dengue volta." O ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse no começo de março, em São Paulo, que a crise hídrica no Estado também pode contribuir com a explosão de casos da dengue. "Na medida em que as pessoas armazenam água em casa, isso pode criar uma situação de maior risco para a doença. Já em cidades que não tiveram esse problema, o crescimento significa que elas não fizeram o dever de casa ao longo de 2014."
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Fifa abre processo de investigação contra Del Nero
O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, está sendo investigado pelo Comitê de Ética da Fifa. O processo sigiloso foi aberto no mês passado após o órgão da entidade máxima do futebol receber documentos de autoridades brasileiras. "Eu posso confirmar que a Câmara de Investigação do Comitê de Ética abriu um processo formal contra o senhor Del Nero no dia 23 de novembro", disse Andreas Bantel, porta-voz da Fifa, à Folha, nesta quinta-feira (3). Bantel, porém, não deu detalhes sobre a investigação. O Comitê de Ética da Fifa pode suspender ou até mesmo banir cartolas das atividades do futebol. Se punido, Del Nero terá que deixar a presidência da CBF. Desde maio, quando José Maria Marin foi preso na Suíça, o dirigente não viaja para o exterior. Marin foi preso acusado de receber propina na venda de contratos de direitos de torneios realizados no Brasil e fora do país. Del Nero foi o principal executivo da gestão de Marin, encerrada em abril. Os dois dirigentes são investigados pelos senadores da CPI do Futebol. Na terça-feira (1º), os parlamentares quebraram o sigilo telefônico de Marin e Del Nero. Os senadores terão acesso às mensagens enviadas dos aparelhos da dupla, além de emails. A compra de duas coberturas no Rio por Del Nero no ano passado faz parte da documentação do processo de investigação da Fifa. O negócio foi revelado pela Folha em abril e é investigado pelo Ministério Público Federal, no Rio, e pela Receita Federal. Uma das coberturas, no valor de R$ 5,2 milhões, foi adquirida de uma empresa dos filhos do empresário Wagner Abrahão, antigo parceiro comercial da CBF e amigo do ex-presidente da entidade Ricardo Teixeira. Antes, em maio do ano passado, Del Nero registrou em cartório que comprou outro dúplex, no mesmo local, por R$ 1,6 milhão. Os imóveis têm cerca de 250 metros quadrados. À época, Del Nero negou qualquer conflito ou irregularidade na transação. "Me chama a atenção estes valores distintos para dois imóveis semelhantes no mesmo local. A apuração vai responder se quiseram burlar a Receita ou se houve alguma irregularidade", afirmou o procurador da República, Daniel Prazeres, ao abrir em junho um procedimento administrativo para apurar o caso. Na semana passada, Del Nero renunciou ao cargo de representante da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) no Comitê Executivo da Fifa. Ele foi substituído por Fernando Sarney, que é um dos vices da CBF.
esporte
Fifa abre processo de investigação contra Del NeroO presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, está sendo investigado pelo Comitê de Ética da Fifa. O processo sigiloso foi aberto no mês passado após o órgão da entidade máxima do futebol receber documentos de autoridades brasileiras. "Eu posso confirmar que a Câmara de Investigação do Comitê de Ética abriu um processo formal contra o senhor Del Nero no dia 23 de novembro", disse Andreas Bantel, porta-voz da Fifa, à Folha, nesta quinta-feira (3). Bantel, porém, não deu detalhes sobre a investigação. O Comitê de Ética da Fifa pode suspender ou até mesmo banir cartolas das atividades do futebol. Se punido, Del Nero terá que deixar a presidência da CBF. Desde maio, quando José Maria Marin foi preso na Suíça, o dirigente não viaja para o exterior. Marin foi preso acusado de receber propina na venda de contratos de direitos de torneios realizados no Brasil e fora do país. Del Nero foi o principal executivo da gestão de Marin, encerrada em abril. Os dois dirigentes são investigados pelos senadores da CPI do Futebol. Na terça-feira (1º), os parlamentares quebraram o sigilo telefônico de Marin e Del Nero. Os senadores terão acesso às mensagens enviadas dos aparelhos da dupla, além de emails. A compra de duas coberturas no Rio por Del Nero no ano passado faz parte da documentação do processo de investigação da Fifa. O negócio foi revelado pela Folha em abril e é investigado pelo Ministério Público Federal, no Rio, e pela Receita Federal. Uma das coberturas, no valor de R$ 5,2 milhões, foi adquirida de uma empresa dos filhos do empresário Wagner Abrahão, antigo parceiro comercial da CBF e amigo do ex-presidente da entidade Ricardo Teixeira. Antes, em maio do ano passado, Del Nero registrou em cartório que comprou outro dúplex, no mesmo local, por R$ 1,6 milhão. Os imóveis têm cerca de 250 metros quadrados. À época, Del Nero negou qualquer conflito ou irregularidade na transação. "Me chama a atenção estes valores distintos para dois imóveis semelhantes no mesmo local. A apuração vai responder se quiseram burlar a Receita ou se houve alguma irregularidade", afirmou o procurador da República, Daniel Prazeres, ao abrir em junho um procedimento administrativo para apurar o caso. Na semana passada, Del Nero renunciou ao cargo de representante da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) no Comitê Executivo da Fifa. Ele foi substituído por Fernando Sarney, que é um dos vices da CBF.
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Cenário desfavorável ao governo faz Bolsa subir 4%; dólar avança com BC
O Ibovespa opera em alta de mais de 4% nesta terça-feira (12), para acima dos 52.000 pontos, com os investidores repercutindo o placar da votação do relatório favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff na Comissão Especial da Câmara. O dólar sobe depois que o Banco Central resolveu agir agressivamente para conter a queda da moeda americana. No entanto, após atingir a cotação máxima de R$ 3,5630, o dólar comercial reduziu a alta, passando para o patamar de R$ 3,50. O dólar à vista, que chegou a R$ 3,70 mais cedo, fechou no nível de R$ 3,53. A autoridade monetária promoveu dois leilões contratos de swap cambial reverso (equivalente à compra futura da moeda pelo BC), oferecendo 80.000 contratos no total, quatro vezes mais do que vinha ofertando por dia. Na primeira operação, todos as 40.000 propostas foram aceitas, enquanto na segunda, de um total de 40.000, só foram aceitas 7.100. O cenário externo positivo, com alta das commodities, mais uma vez, contribui para o bom humor local. Os juros futuros e o CDS (credit default swap), espécie de seguro contra calote do país, recuam. O mercado doméstico reage positivamente à aprovação, na Comissão Especial da Câmara, do relatório favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. O placar de 38 a 27 foi um pouco pior do que o governo esperava. Além disso, segundo analistas, a prisão do ex-senador Gim Argello (PTB) na 28ª fase da Operação Lava Jato é vista como mais um ponto negativo para o governo. Isso porque Argello, que era o vice-presidente da CPI da Petrobras, era próximo da presidente Dilma. "O cenário político interno se complicando para o governo vai deixando mais cristalino o cenário de impeachment e o mercado começa a especular, nos próximos dias, os nomes do futuro governo", observam os analistas da Lerosa Investimentos, em relatório. "Claro que o jogo não está ganho, mas o placar começa a ficar mais favorável á oposição com a tendência de saída de partidos como PP, PR e PSD da base de sustentação do governo", acrescentam. BOLSA O principal índice da Bolsa paulista subia há pouco 4,18%, aos 52.263,66 pontos, impulsionado pelos papéis de bancos, Petrobras e Vale. O índice ampliou a alta depois da notícia de que a bancada do PP na Câmara decidiu anunciar seu desembarque da base aliada do governo Dilma Rousseff e o apoio à abertura do processo de impeachment da presidente na votação prevista para o domingo (17). No setor financeiro, Itaú Unibanco PN subia 3,79%; Bradesco PN, +3,53%; Santander unit, +3,66%; e BM&FBovespa ON, +1,84%; Banco do Brasil ON, +1,76%. As ações preferenciais da Petrobras ganhavam 7,50%, a R$ 9,02, e as ordinárias avançavam 7,77%, a R$ 11,23, ajudadas pela alta dos preços do petróleo no mercado internacional. Os papéis PNA da Vale avançavam 10,07%, a R$ 14,09, e os ON da mineradora subiam 11,49%, a R$ 18,92. O preço do minério de ferro em Qingdao, na China subiu 4,59%, a US$ 59,22 a tonelada. Foi a segunda sessão seguida de alta expressiva da matéria-prima. Entre as siderúrgicas, CSN ON subia 14,71%; Gerdau PN, +4,88% e Usiminas PNA, +10,61%. DÓLAR O Banco Central agiu pesadamente para conter a queda do dólar nesta terça-feira. Na segunda-feira (11), a moeda americana já havia caído quase 3% ante o real e atingido a menor cotação em quase oito meses, com o noticiário desfavorável ao governo e o cenário externo positivo, apesar de autoridade monetária ter realizado três leilões de swap cambial reverso, totalizando 20.000 contratos. Nesta terça-feira, o BC leiloou mais cedo 40.000 contratos de swap cambial reverso, o dobro do que vinha sendo ofertado nas sessões anteriores. Todas as propostas foram aceitas. A estratégia mais agressiva do BC fez o dólar à vista subir quase 5% ante o real, atingindo a máxima de R$ 3,7014. A moeda americana, no entanto, começou a perder fôlego ante o real. O BC realizou, então, um segundo leilão de 40.000 contratos de swap cambial reverso. Destes, foram aceitas 7.100 propostas. Além disso, o BC não anunciou rolagem de swap cambial tradicional para esta sessão. A autoridade monetária vinha rolando diariamente neste mês 5.500 contratos com vencimento em maio. Isso significaria uma rolagem de 50% desses contratos, se o montante fosse mantido até o final de abril. O swap cambial tradicional equivale à venda futura de dólar pela autoridade monetária. O dólar à vista fechou em alta de 0,36%, a R$ 3,5389. O dólar comercial, que atingiu a máxima de R$ 3,5630 na sessão, avançava 0,34%, a R$ 3,5070. Segundo analistas, se não fosse a ação mais agressiva do BC nesta terça-feira, a moeda americana já poderia estar na casa dos R$ 3,40, em função do aumento das apostas do mercado em relação ao impeachment. Cleber Alessie, operador de câmbio da corretora H.Commcor, vê a ação da autoridade monetária como positiva. "O BC aproveita esse momento de baixa do dólar para reduzir sua posição vendida em swap cambial, o que ajuda no resultado primário do governo, ao mesmo tempo em que controla o excesso de volatilidade no câmbio", explica. No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 caía de 13,760% na véspera para 13,740%; o contrato de DI para janeiro de 2021 recuava de 13,570% para 13,470%. O CDS, indicador da percepção de risco do país, caía 4,42%, para 361,145 pontos. EXTERIOR Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones subia 0,94%; o S&P 500, +0,93% e o Nasdaq, +0,66%, impulsionados pela alta do petróleo. Em Londres, o petróleo Brent subia 4,30%, a US$ 44,67 o barril, e, em Nova York, o WTI ganhava 4,24%, a US$ 42,07, com notícias de que a Rússia e a Arábia Saudita teriam alcançado um acordo para congelar a produção de petróleo. Os principais produtores se reúnem no próximo domingo (17) para discutir o tema. As Bolsas europeias fecharam no terreno positivo, com exceção de Milão, que caiu 1,57%. Londres (+0,68%); Paris (+0,77%); Frankfurt (+0,81%); Madri (+0,54%). Os principais índices acionários chineses caíram nesta terça-feira, pressionados pelas ações imobiliárias e de tecnologia, com investidores realizando os lucros da alta de mais de 1% da sessão anterior. Enquanto isso, as ações do restante da região asiática subiram, lideradas pela recuperação das ações japonesas.
mercado
Cenário desfavorável ao governo faz Bolsa subir 4%; dólar avança com BCO Ibovespa opera em alta de mais de 4% nesta terça-feira (12), para acima dos 52.000 pontos, com os investidores repercutindo o placar da votação do relatório favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff na Comissão Especial da Câmara. O dólar sobe depois que o Banco Central resolveu agir agressivamente para conter a queda da moeda americana. No entanto, após atingir a cotação máxima de R$ 3,5630, o dólar comercial reduziu a alta, passando para o patamar de R$ 3,50. O dólar à vista, que chegou a R$ 3,70 mais cedo, fechou no nível de R$ 3,53. A autoridade monetária promoveu dois leilões contratos de swap cambial reverso (equivalente à compra futura da moeda pelo BC), oferecendo 80.000 contratos no total, quatro vezes mais do que vinha ofertando por dia. Na primeira operação, todos as 40.000 propostas foram aceitas, enquanto na segunda, de um total de 40.000, só foram aceitas 7.100. O cenário externo positivo, com alta das commodities, mais uma vez, contribui para o bom humor local. Os juros futuros e o CDS (credit default swap), espécie de seguro contra calote do país, recuam. O mercado doméstico reage positivamente à aprovação, na Comissão Especial da Câmara, do relatório favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. O placar de 38 a 27 foi um pouco pior do que o governo esperava. Além disso, segundo analistas, a prisão do ex-senador Gim Argello (PTB) na 28ª fase da Operação Lava Jato é vista como mais um ponto negativo para o governo. Isso porque Argello, que era o vice-presidente da CPI da Petrobras, era próximo da presidente Dilma. "O cenário político interno se complicando para o governo vai deixando mais cristalino o cenário de impeachment e o mercado começa a especular, nos próximos dias, os nomes do futuro governo", observam os analistas da Lerosa Investimentos, em relatório. "Claro que o jogo não está ganho, mas o placar começa a ficar mais favorável á oposição com a tendência de saída de partidos como PP, PR e PSD da base de sustentação do governo", acrescentam. BOLSA O principal índice da Bolsa paulista subia há pouco 4,18%, aos 52.263,66 pontos, impulsionado pelos papéis de bancos, Petrobras e Vale. O índice ampliou a alta depois da notícia de que a bancada do PP na Câmara decidiu anunciar seu desembarque da base aliada do governo Dilma Rousseff e o apoio à abertura do processo de impeachment da presidente na votação prevista para o domingo (17). No setor financeiro, Itaú Unibanco PN subia 3,79%; Bradesco PN, +3,53%; Santander unit, +3,66%; e BM&FBovespa ON, +1,84%; Banco do Brasil ON, +1,76%. As ações preferenciais da Petrobras ganhavam 7,50%, a R$ 9,02, e as ordinárias avançavam 7,77%, a R$ 11,23, ajudadas pela alta dos preços do petróleo no mercado internacional. Os papéis PNA da Vale avançavam 10,07%, a R$ 14,09, e os ON da mineradora subiam 11,49%, a R$ 18,92. O preço do minério de ferro em Qingdao, na China subiu 4,59%, a US$ 59,22 a tonelada. Foi a segunda sessão seguida de alta expressiva da matéria-prima. Entre as siderúrgicas, CSN ON subia 14,71%; Gerdau PN, +4,88% e Usiminas PNA, +10,61%. DÓLAR O Banco Central agiu pesadamente para conter a queda do dólar nesta terça-feira. Na segunda-feira (11), a moeda americana já havia caído quase 3% ante o real e atingido a menor cotação em quase oito meses, com o noticiário desfavorável ao governo e o cenário externo positivo, apesar de autoridade monetária ter realizado três leilões de swap cambial reverso, totalizando 20.000 contratos. Nesta terça-feira, o BC leiloou mais cedo 40.000 contratos de swap cambial reverso, o dobro do que vinha sendo ofertado nas sessões anteriores. Todas as propostas foram aceitas. A estratégia mais agressiva do BC fez o dólar à vista subir quase 5% ante o real, atingindo a máxima de R$ 3,7014. A moeda americana, no entanto, começou a perder fôlego ante o real. O BC realizou, então, um segundo leilão de 40.000 contratos de swap cambial reverso. Destes, foram aceitas 7.100 propostas. Além disso, o BC não anunciou rolagem de swap cambial tradicional para esta sessão. A autoridade monetária vinha rolando diariamente neste mês 5.500 contratos com vencimento em maio. Isso significaria uma rolagem de 50% desses contratos, se o montante fosse mantido até o final de abril. O swap cambial tradicional equivale à venda futura de dólar pela autoridade monetária. O dólar à vista fechou em alta de 0,36%, a R$ 3,5389. O dólar comercial, que atingiu a máxima de R$ 3,5630 na sessão, avançava 0,34%, a R$ 3,5070. Segundo analistas, se não fosse a ação mais agressiva do BC nesta terça-feira, a moeda americana já poderia estar na casa dos R$ 3,40, em função do aumento das apostas do mercado em relação ao impeachment. Cleber Alessie, operador de câmbio da corretora H.Commcor, vê a ação da autoridade monetária como positiva. "O BC aproveita esse momento de baixa do dólar para reduzir sua posição vendida em swap cambial, o que ajuda no resultado primário do governo, ao mesmo tempo em que controla o excesso de volatilidade no câmbio", explica. No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 caía de 13,760% na véspera para 13,740%; o contrato de DI para janeiro de 2021 recuava de 13,570% para 13,470%. O CDS, indicador da percepção de risco do país, caía 4,42%, para 361,145 pontos. EXTERIOR Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones subia 0,94%; o S&P 500, +0,93% e o Nasdaq, +0,66%, impulsionados pela alta do petróleo. Em Londres, o petróleo Brent subia 4,30%, a US$ 44,67 o barril, e, em Nova York, o WTI ganhava 4,24%, a US$ 42,07, com notícias de que a Rússia e a Arábia Saudita teriam alcançado um acordo para congelar a produção de petróleo. Os principais produtores se reúnem no próximo domingo (17) para discutir o tema. As Bolsas europeias fecharam no terreno positivo, com exceção de Milão, que caiu 1,57%. Londres (+0,68%); Paris (+0,77%); Frankfurt (+0,81%); Madri (+0,54%). Os principais índices acionários chineses caíram nesta terça-feira, pressionados pelas ações imobiliárias e de tecnologia, com investidores realizando os lucros da alta de mais de 1% da sessão anterior. Enquanto isso, as ações do restante da região asiática subiram, lideradas pela recuperação das ações japonesas.
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Renato Andrade: Onde está Levy?
BRASÍLIA - Joaquim Levy chegou ao governo Dilma com a responsabilidade de resgatar a credibilidade da política econômica, debilitada por anos de avanço forte dos gastos e manobras promovidas por seu antecessor para esconder a complicada situação das contas públicas. Nos últimos meses, o ministro defendeu com vigor sua proposta de ajuste das despesas e receitas federais, criticou políticas adotadas no primeiro mandato da presidente e negociou diretamente com deputados e senadores o pacote de medidas que, segundo sua avaliação, permitirá reequilibrar as finanças e recolocar a economia do país nos eixos. Apesar de todo esses esforço, coube apenas ao ministro Nelson Barbosa (Planejamento) explicar, na tarde desta sexta-feira, os cortes que o governo fará no Orçamento deste ano. A falta do principal artífice da política econômica do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff não passou despercebida por ninguém. Barbosa procurou, de imediato, demonstrar que a ausência não era sinal de atrito ou divergência entre os integrantes da equipe econômica. Disse que Levy não estava presente por um "problema de agenda" e fechou a explicação de maneira primorosa: o colega estava resfriado. Difícil acreditar que o ministro da Fazenda tivesse qualquer outro compromisso mais importante no dia de ontem que o impedisse de participar da apresentação de parte tão vital de seu plano de recuperação das contas federais. E mesmo que estivesse gripado, quem conhece Levy sabe que o resfriado não o deixaria de fora. A ausência do ministro representa um recado claro de insatisfação. Por mais robusta que pareça a tesourada anunciada, Levy queria mais. E queria porque sabe que o Congresso desfigurou as medidas desenhadas pela Fazenda para reduzir parte das despesas deste ano. Agora, para entregar o que prometeu, Levy terá que aumentar o volume de dinheiro em caixa, tarefa nada simples diante do clima político no planalto central.
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Renato Andrade: Onde está Levy?BRASÍLIA - Joaquim Levy chegou ao governo Dilma com a responsabilidade de resgatar a credibilidade da política econômica, debilitada por anos de avanço forte dos gastos e manobras promovidas por seu antecessor para esconder a complicada situação das contas públicas. Nos últimos meses, o ministro defendeu com vigor sua proposta de ajuste das despesas e receitas federais, criticou políticas adotadas no primeiro mandato da presidente e negociou diretamente com deputados e senadores o pacote de medidas que, segundo sua avaliação, permitirá reequilibrar as finanças e recolocar a economia do país nos eixos. Apesar de todo esses esforço, coube apenas ao ministro Nelson Barbosa (Planejamento) explicar, na tarde desta sexta-feira, os cortes que o governo fará no Orçamento deste ano. A falta do principal artífice da política econômica do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff não passou despercebida por ninguém. Barbosa procurou, de imediato, demonstrar que a ausência não era sinal de atrito ou divergência entre os integrantes da equipe econômica. Disse que Levy não estava presente por um "problema de agenda" e fechou a explicação de maneira primorosa: o colega estava resfriado. Difícil acreditar que o ministro da Fazenda tivesse qualquer outro compromisso mais importante no dia de ontem que o impedisse de participar da apresentação de parte tão vital de seu plano de recuperação das contas federais. E mesmo que estivesse gripado, quem conhece Levy sabe que o resfriado não o deixaria de fora. A ausência do ministro representa um recado claro de insatisfação. Por mais robusta que pareça a tesourada anunciada, Levy queria mais. E queria porque sabe que o Congresso desfigurou as medidas desenhadas pela Fazenda para reduzir parte das despesas deste ano. Agora, para entregar o que prometeu, Levy terá que aumentar o volume de dinheiro em caixa, tarefa nada simples diante do clima político no planalto central.
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Rir da política é desabafo, diz Tom Cavalcante
Temer e Dilma se reencontraram –ao menos, nos bastidores do humor. No "Multi Tom", programa de Tom Cavalcante que encerra sua segunda temporada nesta sexta (16) no Multishow, os antigos aliados políticos se enfrentaram pela primeira vez após o impeachment na CPI (comissão parlamentar de intrigas), presidida na TV pela paródia do peemedemista. No esquete, sósias de políticos e famosos (como Caetano Veloso) debatem questões como a carreira de youtuber de Fernando Henrique e o vazamento de "nudes" no Congresso. Há um congressista de fato na piada: Tiririca, que interpreta a si mesmo. A novidade do humorístico neste semestre foi a "posse" de Tomer, versão de Tom Cavalcante para Michel Temer. Tomer Um vídeo da sátira, publicado no Facebook antes da estreia do programa, foi visto por 4,1 milhões de pessoas. Na pele do peemedebista, ele já se cobriu com uma capa vampiresca, discursa com retórica própria dos advogados, exagera os gestos com as mãos e abusa das mesóclises: "Aqueles que interferirem no progresso do Brasil, lascá-lo-ei-os [sic]". Quem é e como age Michel Temer? "Ainda estou estudando", diz Tom. "Ele é muito articulado, é um tribuno. Vivo recebendo sugestões de amigos: 'mexe mais a mão, põe mais mesóclise'." O humorista é integrante assíduo da audiência da TV Senado ("se dá um ponto [de ibope] sou eu, que assisto todos os dias") e da "Voz do Brasil", no rádio, que consome tomando notas e guardando frases para seus roteiros. As imitações, porém, só ganham corpo quando Tom consegue associar a figuras públicas trejeitos de pessoas com quem já conviveu. "O Temer se parece com um cara lá de Fortaleza, um jornalista que era comentarista político e falava de uma forma muito prolixa, também." Desde FHC, não houve presidente que não tenha sido satirizado por Tom Cavalcante. "Meu humor não tem lado –mexo com Temer e com a Dilma. Estou acima disso." Politicamente, diz não apoiar nenhum dos dois: "Eu sou Brasil". "Nunca votei neles, mas torcia por Lula e Dilma. Agora torço para que as coisas melhorem, urgente." Sobre o impeachment, diz pensar que pesaram mais "as relações ruins da Presidência, que se acercou de gente incompetente". Ele concorda com a tese de crime de responsabilidade: "As paixões falam de golpe. Por outro lado, você vê números catastróficos na economia. O Brasil é um país falido, com 17 milhões de desempregados." RIR PARA NÃO CHORAR "No instante em que o povo ri, acho que é uma espécie de... desabafo. De boa mesmo, sem ódio, mas ri quando vê esse instrumento, que sou eu, sacaneando esses caras dessa politica tão acachapante." CPI - Multi Tom Satisfeito com os resultados do "Multi Tom", o Multishow encomendou à produtora Formata mais duas temporadas para 2017. As gravações já retornam em março. As sátiras políticas estão na pauta das discussões entre executivos do canal pago, e podem ganhar mais espaço no ano que vem –hoje, entram na parte final do "Multi Tom", cujo principal atrativo é um talk show comandado por personagens clássicos do humorista, como Ribamar (criado no "Sai de Baixo"). Há também a possibilidade de a atração se tornar mais quente e ser produzida toda semana, em vez de ficar pronta com antecedência. Tom já prepara uma nova imitação: quer recuperar Roberto Justus, que imitou quando esteve na Record em "O Infeliz", sátira do reality "O Aprendiz". Para o caso de o apresentador e empresário realmente confirmar sua pré-candidatura à Presidência. NA TV Multi Tom QUANDO às 21h30, no Multishow
ilustrada
Rir da política é desabafo, diz Tom CavalcanteTemer e Dilma se reencontraram –ao menos, nos bastidores do humor. No "Multi Tom", programa de Tom Cavalcante que encerra sua segunda temporada nesta sexta (16) no Multishow, os antigos aliados políticos se enfrentaram pela primeira vez após o impeachment na CPI (comissão parlamentar de intrigas), presidida na TV pela paródia do peemedemista. No esquete, sósias de políticos e famosos (como Caetano Veloso) debatem questões como a carreira de youtuber de Fernando Henrique e o vazamento de "nudes" no Congresso. Há um congressista de fato na piada: Tiririca, que interpreta a si mesmo. A novidade do humorístico neste semestre foi a "posse" de Tomer, versão de Tom Cavalcante para Michel Temer. Tomer Um vídeo da sátira, publicado no Facebook antes da estreia do programa, foi visto por 4,1 milhões de pessoas. Na pele do peemedebista, ele já se cobriu com uma capa vampiresca, discursa com retórica própria dos advogados, exagera os gestos com as mãos e abusa das mesóclises: "Aqueles que interferirem no progresso do Brasil, lascá-lo-ei-os [sic]". Quem é e como age Michel Temer? "Ainda estou estudando", diz Tom. "Ele é muito articulado, é um tribuno. Vivo recebendo sugestões de amigos: 'mexe mais a mão, põe mais mesóclise'." O humorista é integrante assíduo da audiência da TV Senado ("se dá um ponto [de ibope] sou eu, que assisto todos os dias") e da "Voz do Brasil", no rádio, que consome tomando notas e guardando frases para seus roteiros. As imitações, porém, só ganham corpo quando Tom consegue associar a figuras públicas trejeitos de pessoas com quem já conviveu. "O Temer se parece com um cara lá de Fortaleza, um jornalista que era comentarista político e falava de uma forma muito prolixa, também." Desde FHC, não houve presidente que não tenha sido satirizado por Tom Cavalcante. "Meu humor não tem lado –mexo com Temer e com a Dilma. Estou acima disso." Politicamente, diz não apoiar nenhum dos dois: "Eu sou Brasil". "Nunca votei neles, mas torcia por Lula e Dilma. Agora torço para que as coisas melhorem, urgente." Sobre o impeachment, diz pensar que pesaram mais "as relações ruins da Presidência, que se acercou de gente incompetente". Ele concorda com a tese de crime de responsabilidade: "As paixões falam de golpe. Por outro lado, você vê números catastróficos na economia. O Brasil é um país falido, com 17 milhões de desempregados." RIR PARA NÃO CHORAR "No instante em que o povo ri, acho que é uma espécie de... desabafo. De boa mesmo, sem ódio, mas ri quando vê esse instrumento, que sou eu, sacaneando esses caras dessa politica tão acachapante." CPI - Multi Tom Satisfeito com os resultados do "Multi Tom", o Multishow encomendou à produtora Formata mais duas temporadas para 2017. As gravações já retornam em março. As sátiras políticas estão na pauta das discussões entre executivos do canal pago, e podem ganhar mais espaço no ano que vem –hoje, entram na parte final do "Multi Tom", cujo principal atrativo é um talk show comandado por personagens clássicos do humorista, como Ribamar (criado no "Sai de Baixo"). Há também a possibilidade de a atração se tornar mais quente e ser produzida toda semana, em vez de ficar pronta com antecedência. Tom já prepara uma nova imitação: quer recuperar Roberto Justus, que imitou quando esteve na Record em "O Infeliz", sátira do reality "O Aprendiz". Para o caso de o apresentador e empresário realmente confirmar sua pré-candidatura à Presidência. NA TV Multi Tom QUANDO às 21h30, no Multishow
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Conselho municipal cobra participação em programa antidrogas de Doria
A secretaria-executiva do Conselho Municipal de Política de Drogas e Álcool de São Paulo (Comuda) protocolou na quinta-feira (2), na Secretaria de Governo da prefeitura, ofício em que solicita sua participação nas discussões sobre o Redenção, novo programa municipal que deve substituir o atual De Braços Abertos e reunir parte de seus conceitos com outros do programa Recomeço, do governo do Estado. O De Braços Abertos, da gestão Fernando Haddad (PT), dava abrigo em hotéis para usuários de crack em situação de rua e trabalho em frentes de varrição e jardinagem remunerados com R$ 15 por dia. O Recomeço se baseia na internação dos usuários de drogas. A carta do conselho solicita reunião com o prefeito João Doria (PSDB) e destaca que o órgão foi criado como instância consultiva para propor e acompanhar a execução da política municipal de prevenção ao uso indevido de drogas, além de coordenar, desenvolver e estimular programas de prevenção, tratamento, recuperação e reinserção social de dependentes. "É importante discutir mudanças de política de drogas com o conselho, que existe há 14 anos e é um espaço de construção política com a sociedade civil. É um órgão proponente, regulador e fiscalizador de políticas públicas, que fortalece a democracia", afirma Nathalia Oliveira, presidente da atual gestão do conselho, que assina o documento enviado ao prefeito. "A mudança da atual política de drogas da cidade foi uma promessa de campanha do Doria, mas ele parece ter construído uma resposta muito rápida e verticalizada para essa questão", diz. Segundo ela, os membros do conselho ficaram surpresos ao descobrir que já no dia 10 de janeiro havia um comitê gestor do Redenção para apresentar um plano de ação em 60 dias e que um dos focos do programa é erradicar o tráfico de drogas do território conhecido como cracolândia, na Luz, região central da cidade. "Ficamos nos perguntando se é papel da prefeitura combater o tráfico e quanto é efetivo, do ponto de vista de investimento do dinheiro público, prender pequenos traficantes que atuam na região e que são facilmente substituídos", diz ela. Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que "vai ouvir todos os segmentos da sociedade antes de iniciar o programa Redenção" e que o conselho, "por sua importância institucional e expertise de seus membros", também será consultado. A nota não informa porque o conselho ainda não foi chamado ou ouvido até agora, e diz que o programa Redenção terá abordagem multidisciplinar, envolvendo saúde, assistência social, direitos humanos e segurança pública e que os serviços oferecidos pelo De Braços Abertos não serão interrompidos abruptamente. Na terça-feira (7), nova reunião foi realizada. Mais uma vez, os membros do conselho não foram chamados. Descaminhos da cracolândia
cotidiano
Conselho municipal cobra participação em programa antidrogas de DoriaA secretaria-executiva do Conselho Municipal de Política de Drogas e Álcool de São Paulo (Comuda) protocolou na quinta-feira (2), na Secretaria de Governo da prefeitura, ofício em que solicita sua participação nas discussões sobre o Redenção, novo programa municipal que deve substituir o atual De Braços Abertos e reunir parte de seus conceitos com outros do programa Recomeço, do governo do Estado. O De Braços Abertos, da gestão Fernando Haddad (PT), dava abrigo em hotéis para usuários de crack em situação de rua e trabalho em frentes de varrição e jardinagem remunerados com R$ 15 por dia. O Recomeço se baseia na internação dos usuários de drogas. A carta do conselho solicita reunião com o prefeito João Doria (PSDB) e destaca que o órgão foi criado como instância consultiva para propor e acompanhar a execução da política municipal de prevenção ao uso indevido de drogas, além de coordenar, desenvolver e estimular programas de prevenção, tratamento, recuperação e reinserção social de dependentes. "É importante discutir mudanças de política de drogas com o conselho, que existe há 14 anos e é um espaço de construção política com a sociedade civil. É um órgão proponente, regulador e fiscalizador de políticas públicas, que fortalece a democracia", afirma Nathalia Oliveira, presidente da atual gestão do conselho, que assina o documento enviado ao prefeito. "A mudança da atual política de drogas da cidade foi uma promessa de campanha do Doria, mas ele parece ter construído uma resposta muito rápida e verticalizada para essa questão", diz. Segundo ela, os membros do conselho ficaram surpresos ao descobrir que já no dia 10 de janeiro havia um comitê gestor do Redenção para apresentar um plano de ação em 60 dias e que um dos focos do programa é erradicar o tráfico de drogas do território conhecido como cracolândia, na Luz, região central da cidade. "Ficamos nos perguntando se é papel da prefeitura combater o tráfico e quanto é efetivo, do ponto de vista de investimento do dinheiro público, prender pequenos traficantes que atuam na região e que são facilmente substituídos", diz ela. Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que "vai ouvir todos os segmentos da sociedade antes de iniciar o programa Redenção" e que o conselho, "por sua importância institucional e expertise de seus membros", também será consultado. A nota não informa porque o conselho ainda não foi chamado ou ouvido até agora, e diz que o programa Redenção terá abordagem multidisciplinar, envolvendo saúde, assistência social, direitos humanos e segurança pública e que os serviços oferecidos pelo De Braços Abertos não serão interrompidos abruptamente. Na terça-feira (7), nova reunião foi realizada. Mais uma vez, os membros do conselho não foram chamados. Descaminhos da cracolândia
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Emojis ajudam crianças a falar sobre situações de abuso
Uma ONG sueca criou uma coleção de emojis -aquelas figurinhas divertidas usadas em aplicativos como o WhatsApp- para auxiliar crianças a se expressarem sobre temas difíceis como abuso sexual e violência. As figurinhas são parecidos com as que já conhecemos, mas estão tristes, com os olhos roxos ou ao lado de pais bravos com taças de vinho e copos de cerveja. "Nós conversamos com centenas de crianças todos os dias por e-mail, chat e telefone e soubemos que muitas têm dificuldade de colocar em palavras seus problemas", disse Silvia Ernhagen, diretora de comunicação da ONG Bris, uma linha de ajuda nacional que dá suporte a crianças e adolescentes de até 18 anos. Segundo Ernhagen, os problemas variam desde dificuldades para se enturmar a "histórias de quebrar o coração sobre violência, abuso sexual, bullying e pensamentos sobre suicídio". Os "Abused Emojis" (emojis abusados, em tradução livre) foram desenvolvidos baseados nas figurinhas da Apple e, por enquanto, só estão disponíveis para o sistema iOS. A previsão é que, em algumas semanas, seja lançada a versão para o sistema Android. Segundo a Bris, a resposta aos emojis tem sido positiva. No dia seguinte ao lançamento, em 20 de maio deste ano, o aplicativo das figurinhas era o terceiro mais baixado da AppStore da Suécia. E, desde então, já foram feitos 60 mil downloads, cerca de 34 mil deles fora do país de origem.
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Emojis ajudam crianças a falar sobre situações de abusoUma ONG sueca criou uma coleção de emojis -aquelas figurinhas divertidas usadas em aplicativos como o WhatsApp- para auxiliar crianças a se expressarem sobre temas difíceis como abuso sexual e violência. As figurinhas são parecidos com as que já conhecemos, mas estão tristes, com os olhos roxos ou ao lado de pais bravos com taças de vinho e copos de cerveja. "Nós conversamos com centenas de crianças todos os dias por e-mail, chat e telefone e soubemos que muitas têm dificuldade de colocar em palavras seus problemas", disse Silvia Ernhagen, diretora de comunicação da ONG Bris, uma linha de ajuda nacional que dá suporte a crianças e adolescentes de até 18 anos. Segundo Ernhagen, os problemas variam desde dificuldades para se enturmar a "histórias de quebrar o coração sobre violência, abuso sexual, bullying e pensamentos sobre suicídio". Os "Abused Emojis" (emojis abusados, em tradução livre) foram desenvolvidos baseados nas figurinhas da Apple e, por enquanto, só estão disponíveis para o sistema iOS. A previsão é que, em algumas semanas, seja lançada a versão para o sistema Android. Segundo a Bris, a resposta aos emojis tem sido positiva. No dia seguinte ao lançamento, em 20 de maio deste ano, o aplicativo das figurinhas era o terceiro mais baixado da AppStore da Suécia. E, desde então, já foram feitos 60 mil downloads, cerca de 34 mil deles fora do país de origem.
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Governo deve prorrogar isenção de impostos para o setor de petróleo
O presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), Jorge Camargo, afirmou nesta segunda-feira (25) que o governo sinalizou com a prorrogação do prazo do Repetro, regime que isenta de impostos a compra de máquinas e equipamentos para o setor, que vence em 2019. Segundo Camargo, este foi um dos temas discutidos em reunião na manhã desta segunda com a presidente Dilma Rousseff e com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, e o secretário de petróleo e gás do ministério, Marco Antônio Martins Almeida. "Para o setor de petróleo, 2019 é amanhã", disse Camargo, alegando que a falta de clareza sobre o sistema tributário aumenta o risco do investidor, uma vez que os projetos do setor são de longo prazo. O Repetro isenta equipamentos de impostos como Imposto de Importações, Imposto sobre Produtos Industrializados, PIS e Cofins, além de atuar na redução ou isenção do ICMS. Foi criado para garantir condições de competição similares a outros países com carga tributária mais baixa e é válido para a aquisição tanto de bens importados quanto de bens nacionais, desde que destinados à exploração e produção de petróleo e gás. O presidente do IBP se disse "otimista" com a abertura do governo ao diálogo em um momento de crise, com o petróleo em torno dos US$ 30 por barril. "Saímos da reunião mais animados do que entramos. O governo mostra que está ciente da necessidade de aperfeiçoamentos legislativos e regulatórios para que o investimento volte a existir mesmo em ambiente mais restritivo", afirmou. Na semana passada, o ministro Eduardo Braga adiantou que o governo está estudando medidas para melhorar a competitividade do setor de petróleo. Neste sentido, já editou decreto que flexibiliza as regras de conteúdo local e barrou proposta da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) que aumentaria os royalties pagos pelas petroleiras. Camargo disse ter discutido com Dilma uma "oportunidade" que pode gerar investimentos de até US$ 120 bilhões: a licitação de reservas que já foram descobertas mas ainda não têm concessionários, com volume estimado de petróleo e gás entre 8 e 10 bilhões de barris. Este volume está em reservatórios que se estendem para além das áreas de concessão licitadas pela ANP. Como as reservas pertencem à União, a lei prevê que sejam licitadas pelo regime de partilha da produção, no qual a Petrobras é operadora exclusiva e tem direito a uma parcela mínima de 30% dos consórcios. Os vencedores dos leilões terão que negociar com as concessionárias que detêm a parte das jazidas que estão dentro das áreas de concessão para definir qual a parcela de cada grupo nos investimentos e no petróleo produzido. O presidente do IBP disse que o governo convocou nova reunião na semana que vem para discutir o tema e avaliar os aperfeiçoamentos regulatórios que permitam a exploração das reservas. "Não é um assunto trivial", afirmou. Segundo ele, porém, não há ainda sinal de quando serão realizados os leilões.
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Governo deve prorrogar isenção de impostos para o setor de petróleoO presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), Jorge Camargo, afirmou nesta segunda-feira (25) que o governo sinalizou com a prorrogação do prazo do Repetro, regime que isenta de impostos a compra de máquinas e equipamentos para o setor, que vence em 2019. Segundo Camargo, este foi um dos temas discutidos em reunião na manhã desta segunda com a presidente Dilma Rousseff e com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, e o secretário de petróleo e gás do ministério, Marco Antônio Martins Almeida. "Para o setor de petróleo, 2019 é amanhã", disse Camargo, alegando que a falta de clareza sobre o sistema tributário aumenta o risco do investidor, uma vez que os projetos do setor são de longo prazo. O Repetro isenta equipamentos de impostos como Imposto de Importações, Imposto sobre Produtos Industrializados, PIS e Cofins, além de atuar na redução ou isenção do ICMS. Foi criado para garantir condições de competição similares a outros países com carga tributária mais baixa e é válido para a aquisição tanto de bens importados quanto de bens nacionais, desde que destinados à exploração e produção de petróleo e gás. O presidente do IBP se disse "otimista" com a abertura do governo ao diálogo em um momento de crise, com o petróleo em torno dos US$ 30 por barril. "Saímos da reunião mais animados do que entramos. O governo mostra que está ciente da necessidade de aperfeiçoamentos legislativos e regulatórios para que o investimento volte a existir mesmo em ambiente mais restritivo", afirmou. Na semana passada, o ministro Eduardo Braga adiantou que o governo está estudando medidas para melhorar a competitividade do setor de petróleo. Neste sentido, já editou decreto que flexibiliza as regras de conteúdo local e barrou proposta da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) que aumentaria os royalties pagos pelas petroleiras. Camargo disse ter discutido com Dilma uma "oportunidade" que pode gerar investimentos de até US$ 120 bilhões: a licitação de reservas que já foram descobertas mas ainda não têm concessionários, com volume estimado de petróleo e gás entre 8 e 10 bilhões de barris. Este volume está em reservatórios que se estendem para além das áreas de concessão licitadas pela ANP. Como as reservas pertencem à União, a lei prevê que sejam licitadas pelo regime de partilha da produção, no qual a Petrobras é operadora exclusiva e tem direito a uma parcela mínima de 30% dos consórcios. Os vencedores dos leilões terão que negociar com as concessionárias que detêm a parte das jazidas que estão dentro das áreas de concessão para definir qual a parcela de cada grupo nos investimentos e no petróleo produzido. O presidente do IBP disse que o governo convocou nova reunião na semana que vem para discutir o tema e avaliar os aperfeiçoamentos regulatórios que permitam a exploração das reservas. "Não é um assunto trivial", afirmou. Segundo ele, porém, não há ainda sinal de quando serão realizados os leilões.
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Dúvidas de um ignorante
Não entendo nada sobre porcaria nenhuma. Sou um jovem cronista ignorante (não tão jovem para ser tão ignorante), e isso não é novidade para ninguém. O único ponto em que concordo com os colunistas de direita é quando afirmam que sou um idiota. O que continuo sem entender é por que perdem tanto tempo afirmando uma obviedade. Não saio por aí gritando que a Terra é redonda ou que vamos todos morrer. Ok, eu gritei essas coisas no Carnaval, mas estava sob efeito de psicotrópicos. Minha sorte é que escrevo crônica. Não preciso fingir que sei alguma coisa. Muito pelo contrário: preciso de um exercício diário de ignorância para nunca deixar de ser leigo. Afinal, o mundo está o tempo todo tentando te empurrar certezas goela abaixo. Não pensem que é fácil não saber nada sobre coisa nenhuma quando o mundo sabe tudo sobre todas as coisas. Basta um atentado atribuído ao Estado Islâmico para descobrir que todos ao seu redor são peritos no Alcorão. Basta um processo de impeachment para descobrir que todos os seus conhecidos são juristas renomados. Cuidado: a doença do especialismo é altamente transmissível. Passe um tempo curto nas redes sociais e, quando você menos espera, tcharã, você se tornou um especialista. Em poucos minutos, você já está apontando culpados e proferindo sentenças. Não tenho acesso às contas de Lula nem às minúcias da Lava Jato. Isso só quem parece ter é o Moro e os jornalistas do seu círculo íntimo. Não faço a menor ideia se Lula cometeu algum desvio, mas tampouco Moro ou os jornalistas parecem fazer ideia: as acusações parecem manchetes da "Tititi" –ou, pior, de "O Globo". "Assistente de estagiário de advogado teria suposto que Dona Marisa comprou um pedalinho." O mesmo não se pode dizer sobre Cunha, Calheiros e tantos corruptos comprovados que não estão passando pelo mesmo constrangimento. Não sei nada sobre porcaria nenhuma. Mas parafraseando Guimarães Rosa: desconfio de muita coisa. Desconfio, inclusive, de Lula, assim como desconfio de qualquer juiz que tenha uma relação tão promíscua com a imprensa, assim como desconfio da polícia e de quem tira selfie com ela, assim como desconfio do "Jornal Nacional" e, na mesma medida, de quem aplaude o "Jornal Nacional" –sim, o mesmo jornal que elegeu o Collor e hoje brada contra a corrupção. É preciso saber um pouco menos ou saber que se sabe muito pouco. Desconfio que o que mais faz falta nesse Brasil tão cheio de certezas é um punhado de dúvidas.
colunas
Dúvidas de um ignoranteNão entendo nada sobre porcaria nenhuma. Sou um jovem cronista ignorante (não tão jovem para ser tão ignorante), e isso não é novidade para ninguém. O único ponto em que concordo com os colunistas de direita é quando afirmam que sou um idiota. O que continuo sem entender é por que perdem tanto tempo afirmando uma obviedade. Não saio por aí gritando que a Terra é redonda ou que vamos todos morrer. Ok, eu gritei essas coisas no Carnaval, mas estava sob efeito de psicotrópicos. Minha sorte é que escrevo crônica. Não preciso fingir que sei alguma coisa. Muito pelo contrário: preciso de um exercício diário de ignorância para nunca deixar de ser leigo. Afinal, o mundo está o tempo todo tentando te empurrar certezas goela abaixo. Não pensem que é fácil não saber nada sobre coisa nenhuma quando o mundo sabe tudo sobre todas as coisas. Basta um atentado atribuído ao Estado Islâmico para descobrir que todos ao seu redor são peritos no Alcorão. Basta um processo de impeachment para descobrir que todos os seus conhecidos são juristas renomados. Cuidado: a doença do especialismo é altamente transmissível. Passe um tempo curto nas redes sociais e, quando você menos espera, tcharã, você se tornou um especialista. Em poucos minutos, você já está apontando culpados e proferindo sentenças. Não tenho acesso às contas de Lula nem às minúcias da Lava Jato. Isso só quem parece ter é o Moro e os jornalistas do seu círculo íntimo. Não faço a menor ideia se Lula cometeu algum desvio, mas tampouco Moro ou os jornalistas parecem fazer ideia: as acusações parecem manchetes da "Tititi" –ou, pior, de "O Globo". "Assistente de estagiário de advogado teria suposto que Dona Marisa comprou um pedalinho." O mesmo não se pode dizer sobre Cunha, Calheiros e tantos corruptos comprovados que não estão passando pelo mesmo constrangimento. Não sei nada sobre porcaria nenhuma. Mas parafraseando Guimarães Rosa: desconfio de muita coisa. Desconfio, inclusive, de Lula, assim como desconfio de qualquer juiz que tenha uma relação tão promíscua com a imprensa, assim como desconfio da polícia e de quem tira selfie com ela, assim como desconfio do "Jornal Nacional" e, na mesma medida, de quem aplaude o "Jornal Nacional" –sim, o mesmo jornal que elegeu o Collor e hoje brada contra a corrupção. É preciso saber um pouco menos ou saber que se sabe muito pouco. Desconfio que o que mais faz falta nesse Brasil tão cheio de certezas é um punhado de dúvidas.
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Trans podem usar nome social na rede pública de saúde do Rio
As unidades de emergência da rede pública de saúde do Rio de Janeiro gerenciadas pela RioSaúde vão participar de um projeto para que pacientes trans tenham garantido seu direito de usar o nome social. A prerrogativa de travestis e transexuais de usar seus nomes sociais é estabelecida por um decreto municipal de 2011. O novo projeto vai educar os funcionários e criar medidas para garantir que a lei seja sempre cumprida. "É uma comunidade que muitas vezes deixa de ir a postos de saúde por conta de constrangimentos", explica Nelio Giorgini, coordenador de diversidade sexual da prefeitura. HORIZONTE E o Trabalho Novo, programa da Prefeitura de SP que encaminha moradores de rua para vagas em empresas, já registrou a contratação de duas mulheres transexuais –uma na Riachuelo e outra na rede Vivenda do Camarão. Leia a coluna completa aqui.
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Trans podem usar nome social na rede pública de saúde do RioAs unidades de emergência da rede pública de saúde do Rio de Janeiro gerenciadas pela RioSaúde vão participar de um projeto para que pacientes trans tenham garantido seu direito de usar o nome social. A prerrogativa de travestis e transexuais de usar seus nomes sociais é estabelecida por um decreto municipal de 2011. O novo projeto vai educar os funcionários e criar medidas para garantir que a lei seja sempre cumprida. "É uma comunidade que muitas vezes deixa de ir a postos de saúde por conta de constrangimentos", explica Nelio Giorgini, coordenador de diversidade sexual da prefeitura. HORIZONTE E o Trabalho Novo, programa da Prefeitura de SP que encaminha moradores de rua para vagas em empresas, já registrou a contratação de duas mulheres transexuais –uma na Riachuelo e outra na rede Vivenda do Camarão. Leia a coluna completa aqui.
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Sérvia classifica pedrada como tentativa de assassinato contra premiê
O Ministério de Relações Exteriores da Sérvia exigiu neste sábado (11) uma condenação pública pelo ataque a pedradas contra o primeiro-ministro do país, Aleksandar Vucic, que participava da cerimôniapelos 20 anos do massacre de Srebrenica. Em resposta, a Presidência da Bósnia condenou a agressão. A Sérvia classificou o ataque de tentativa de assassinato contra Vucic, que foi atingido no lábio inferior e teve os óculos quebrados. O próprio Vucic, contudo, manteve o tom de conciliação minimizando o ataque e dizendo que continuará trabalhando pela reconciliação entre sérvios e muçulmanos na Bósnia. "Lamento o que ocorreu hoje e lamento que alguns não tenham reconhecido nossa intenção sincera de edificar uma amizade entre os sérvios e muçulmanos. Minha mão segue estendida e prosseguirei com minha política de reconciliação", disse o premiê à imprensa. Diante da reação sérvia, a Presidência da Bósnia divulgou um comunicado no qual condena "nos termos mais firmes" o ataque contra Vucic e pediu que os agressores sejam identificados. O prefeito de Srebrenica, o muçulmano Camil Durakovic, se disse "profundamente desapontado" com o episódio e pediu desculpas ao primeiro-ministro. Em 1995, durante a Guerra da Bósnia (1992-95), 8.000 homens e meninos muçulmanos foram mortos por tropas nacionalistas sérvio-bósnias, no que é considerado o maior massacre em solo europeu desde a Segunda Guerra. Vucic, que foi a Srebrenica para o evento, acabara de depositar flores diante do monumento com os nomes das mais de 6.200 vítimas enterradas no memorial quando a multidão presente começou a gritar "Allah Akbar" (Deus é grande), vaiar e atirar pedras. Sob proteção de guarda-costas, o premiê sérvio conseguiu deixar o local enquanto os organizadores do evento pediam calma. Embora o primeiro-ministro da Sérvia tenha participado da cerimônia em um aparente gesto de reconciliação, era possível ver entre os presentes faixas com dizeres como "para cada sérvio morto, mataremos cem 'bosniaks' [muçulmanos da Bósnia]". A alta representante da União Europeia para Política Externa, Federica Mogherini, disse que a decisão de Vucic de participar da cerimônia foi histórica e que o ataque contra o premiê vai contra o espírito de reconciliação do evento. "Isso m ostra que precisamos redobrar os esforços para superar o ódio e prosseguir com a reconciliação na região dos Bálcãs", disse, pedindo que a agressão seja investigada. Sérvios e sérvios-bósnios negam que o massacre tenha sido um genocídio -foi classificado assim por duas cortes da ONU, mas a Rússia, apoiada pela Sérvia, vetou uma resolução do Conselho de Segurança que reconhecia o genocídio. Antes de participar do evento, Vucic publicou uma carta aberta em que definiu a matança como um crime monstruoso, mas não utilizou a palavra genocídio. "Não há palavras para expressar a tristeza e a dor pelas vítimas, nem a ira contra os que cometeram este crime monstruoso", escreveu o sérvio. A cerimônia em Potocari, subúrbio de Srebrenica onde se localiza o cemitério, reuniu dezenas de milhares de pessoas, incluindo o ex-presidente dos EUA Bill Clinton e o premiê turco, Ahmet Davutoglu.
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Sérvia classifica pedrada como tentativa de assassinato contra premiêO Ministério de Relações Exteriores da Sérvia exigiu neste sábado (11) uma condenação pública pelo ataque a pedradas contra o primeiro-ministro do país, Aleksandar Vucic, que participava da cerimôniapelos 20 anos do massacre de Srebrenica. Em resposta, a Presidência da Bósnia condenou a agressão. A Sérvia classificou o ataque de tentativa de assassinato contra Vucic, que foi atingido no lábio inferior e teve os óculos quebrados. O próprio Vucic, contudo, manteve o tom de conciliação minimizando o ataque e dizendo que continuará trabalhando pela reconciliação entre sérvios e muçulmanos na Bósnia. "Lamento o que ocorreu hoje e lamento que alguns não tenham reconhecido nossa intenção sincera de edificar uma amizade entre os sérvios e muçulmanos. Minha mão segue estendida e prosseguirei com minha política de reconciliação", disse o premiê à imprensa. Diante da reação sérvia, a Presidência da Bósnia divulgou um comunicado no qual condena "nos termos mais firmes" o ataque contra Vucic e pediu que os agressores sejam identificados. O prefeito de Srebrenica, o muçulmano Camil Durakovic, se disse "profundamente desapontado" com o episódio e pediu desculpas ao primeiro-ministro. Em 1995, durante a Guerra da Bósnia (1992-95), 8.000 homens e meninos muçulmanos foram mortos por tropas nacionalistas sérvio-bósnias, no que é considerado o maior massacre em solo europeu desde a Segunda Guerra. Vucic, que foi a Srebrenica para o evento, acabara de depositar flores diante do monumento com os nomes das mais de 6.200 vítimas enterradas no memorial quando a multidão presente começou a gritar "Allah Akbar" (Deus é grande), vaiar e atirar pedras. Sob proteção de guarda-costas, o premiê sérvio conseguiu deixar o local enquanto os organizadores do evento pediam calma. Embora o primeiro-ministro da Sérvia tenha participado da cerimônia em um aparente gesto de reconciliação, era possível ver entre os presentes faixas com dizeres como "para cada sérvio morto, mataremos cem 'bosniaks' [muçulmanos da Bósnia]". A alta representante da União Europeia para Política Externa, Federica Mogherini, disse que a decisão de Vucic de participar da cerimônia foi histórica e que o ataque contra o premiê vai contra o espírito de reconciliação do evento. "Isso m ostra que precisamos redobrar os esforços para superar o ódio e prosseguir com a reconciliação na região dos Bálcãs", disse, pedindo que a agressão seja investigada. Sérvios e sérvios-bósnios negam que o massacre tenha sido um genocídio -foi classificado assim por duas cortes da ONU, mas a Rússia, apoiada pela Sérvia, vetou uma resolução do Conselho de Segurança que reconhecia o genocídio. Antes de participar do evento, Vucic publicou uma carta aberta em que definiu a matança como um crime monstruoso, mas não utilizou a palavra genocídio. "Não há palavras para expressar a tristeza e a dor pelas vítimas, nem a ira contra os que cometeram este crime monstruoso", escreveu o sérvio. A cerimônia em Potocari, subúrbio de Srebrenica onde se localiza o cemitério, reuniu dezenas de milhares de pessoas, incluindo o ex-presidente dos EUA Bill Clinton e o premiê turco, Ahmet Davutoglu.
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Mulher do diretor do Trem do Corcovado é morta em assalto no Rio
Uma mulher identificada como Ana Lúcia Neves, 49, foi morta no final da manhã desta quarta-feira (2) no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio. Casada com Sávio Neves, diretor do Trem do Corcovado, empresa que opera o serviço de trem que leva até o Corcovado, e primo do senador Aécio Neves (PSDB), ela foi ferida no peito por dois homens que praticavam assaltos na região e não resistiu aos ferimentos. De acordo com os bombeiros, ela foi atingida por um tiro no tórax. Até a tarde, a secretaria municipal de Saúde dizia que a causa da morte foi hemorragia ocasionada por uma facada. À noite, mudou a versão, dizendo que fora um tiro. Ela estava saindo do próprio carro para ir à academia na avenida Alfredo Balthazar, por volta das 11h, quando dois homens, que estavam em um outro veículo, a abordaram. Na ação, ela foi ferida. Lucas D'Ávila diz ter visto o incidente. Ele prestou depoimento na Divisão de Homicídios, que assumiu o caso. Segundo ele, um Sentra de cor prata parou atrás do veículo de Ana Lúcia. Um homem vestindo boné, calça e casaco desembarcou pela porta do carona e a abordou, tentando fazê-la descer do veículo, puxando-a pelo braço. "Ela resistiu, gritou 'não!', e o homem disparou", diz D'Ávila. Ana Lúcia foi socorrida por pessoas que passavam pelo local. Ela foi levada para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, por um cliente da academia e morreu na mesa de operação. O corpo dela será encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), onde uma perícia irá confirmar a causa da morte. A Divisão de Homicídios encontrou uma cápsula de bala no local do crime. Os agentes trabalham com duas linhas de investigação: tentativa de assalto ou de sequestro -já que testemunhas afirmam que ela teria entrado em luta corporal com os criminosos e gritado por socorro. Além disso, nenhum pertence foi levado. Segundo alunos da academia, assaltos acontecem semanalmente e há relatos de sequestros relâmpago na região. Ainda não há informações sobre o enterro do corpo de Ana Lúcia, que deixa três filhos.
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Mulher do diretor do Trem do Corcovado é morta em assalto no RioUma mulher identificada como Ana Lúcia Neves, 49, foi morta no final da manhã desta quarta-feira (2) no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio. Casada com Sávio Neves, diretor do Trem do Corcovado, empresa que opera o serviço de trem que leva até o Corcovado, e primo do senador Aécio Neves (PSDB), ela foi ferida no peito por dois homens que praticavam assaltos na região e não resistiu aos ferimentos. De acordo com os bombeiros, ela foi atingida por um tiro no tórax. Até a tarde, a secretaria municipal de Saúde dizia que a causa da morte foi hemorragia ocasionada por uma facada. À noite, mudou a versão, dizendo que fora um tiro. Ela estava saindo do próprio carro para ir à academia na avenida Alfredo Balthazar, por volta das 11h, quando dois homens, que estavam em um outro veículo, a abordaram. Na ação, ela foi ferida. Lucas D'Ávila diz ter visto o incidente. Ele prestou depoimento na Divisão de Homicídios, que assumiu o caso. Segundo ele, um Sentra de cor prata parou atrás do veículo de Ana Lúcia. Um homem vestindo boné, calça e casaco desembarcou pela porta do carona e a abordou, tentando fazê-la descer do veículo, puxando-a pelo braço. "Ela resistiu, gritou 'não!', e o homem disparou", diz D'Ávila. Ana Lúcia foi socorrida por pessoas que passavam pelo local. Ela foi levada para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, por um cliente da academia e morreu na mesa de operação. O corpo dela será encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), onde uma perícia irá confirmar a causa da morte. A Divisão de Homicídios encontrou uma cápsula de bala no local do crime. Os agentes trabalham com duas linhas de investigação: tentativa de assalto ou de sequestro -já que testemunhas afirmam que ela teria entrado em luta corporal com os criminosos e gritado por socorro. Além disso, nenhum pertence foi levado. Segundo alunos da academia, assaltos acontecem semanalmente e há relatos de sequestros relâmpago na região. Ainda não há informações sobre o enterro do corpo de Ana Lúcia, que deixa três filhos.
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Chefe da máfia de resultados ainda não foi encontrado pela polícia
Anderson Silva Rodrigues, chefe da máfia de resultados no Brasil ainda não foi encontrado pela Polícia Civil. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (7) pelo delegado Mário Sérgio Pinto, que deu detalhes sobre a operação denominada "Game Over". A operação aconteceu nas cidades paulistas de São José do Rio Preto, Bauru, Sorocaba, além da capital. Ocorre também em cidades do Rio, Rio Grande do Norte e Ceará. Na quarta-feira, a Polícia Civil expediu dez mandados de prisão temporária para suspeitos de participarem de esquema internacional de manipulação de resultados. Oito suspeitos foram presos, enquanto dois não foram encontrados, entre eles Anderson da Silva Rodrigues. Anderson, que entrou em contato com o presidente do América-SP, José Carlos Pereira Neto, se apresentou com o nome de Edmilson, de acordo com o mandatário do time de São José do Rio Preto, que prestou depoimento no TJD/SP (Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo). Pereira, que foi procurado pelo aliciador em julho de 2015, descreveu Anderson como "muito bem trajado, negro e de chapéu coco" . O aliciador teria dito, então, que trabalhava para um grupo asiático de apostas na internet e que estaria disposto a pagar R$ 160 mil para o América-SP perder por 4 a 0 para o Vocem, de Assis. Anderson, então, teria detalhado os requisitos: o América teria que perder de dois ou três gols de diferença, e todos eles teriam que ser marcados entre os 20 e os 25 minutos do primeiro tempo. Diante das recusas de Pereira, que, segundo o próprio, teria dito que "precisava da vitória para classificar", Anderson teria respondido que estava com uma "mala de euros no hotel". "Eu não sou tonto, eu ouvi, jamais ia me vender por 160 mil que era o que precisava para pagar minha folha, injetar. Tem até os minutos que vai sair o gol, segundos, tantos do primeiro tempo, tem muita informação", declarou Pereira ao TJD/SP. Na declaração ao órgão, Pereira se referiu a todo tempo ao suposto aliciador como Edmilson. Diante da foto da pessoa, ele foi informado de que o verdadeiro nome daquele que ele reconheceu era Anderson.
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Chefe da máfia de resultados ainda não foi encontrado pela políciaAnderson Silva Rodrigues, chefe da máfia de resultados no Brasil ainda não foi encontrado pela Polícia Civil. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (7) pelo delegado Mário Sérgio Pinto, que deu detalhes sobre a operação denominada "Game Over". A operação aconteceu nas cidades paulistas de São José do Rio Preto, Bauru, Sorocaba, além da capital. Ocorre também em cidades do Rio, Rio Grande do Norte e Ceará. Na quarta-feira, a Polícia Civil expediu dez mandados de prisão temporária para suspeitos de participarem de esquema internacional de manipulação de resultados. Oito suspeitos foram presos, enquanto dois não foram encontrados, entre eles Anderson da Silva Rodrigues. Anderson, que entrou em contato com o presidente do América-SP, José Carlos Pereira Neto, se apresentou com o nome de Edmilson, de acordo com o mandatário do time de São José do Rio Preto, que prestou depoimento no TJD/SP (Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo). Pereira, que foi procurado pelo aliciador em julho de 2015, descreveu Anderson como "muito bem trajado, negro e de chapéu coco" . O aliciador teria dito, então, que trabalhava para um grupo asiático de apostas na internet e que estaria disposto a pagar R$ 160 mil para o América-SP perder por 4 a 0 para o Vocem, de Assis. Anderson, então, teria detalhado os requisitos: o América teria que perder de dois ou três gols de diferença, e todos eles teriam que ser marcados entre os 20 e os 25 minutos do primeiro tempo. Diante das recusas de Pereira, que, segundo o próprio, teria dito que "precisava da vitória para classificar", Anderson teria respondido que estava com uma "mala de euros no hotel". "Eu não sou tonto, eu ouvi, jamais ia me vender por 160 mil que era o que precisava para pagar minha folha, injetar. Tem até os minutos que vai sair o gol, segundos, tantos do primeiro tempo, tem muita informação", declarou Pereira ao TJD/SP. Na declaração ao órgão, Pereira se referiu a todo tempo ao suposto aliciador como Edmilson. Diante da foto da pessoa, ele foi informado de que o verdadeiro nome daquele que ele reconheceu era Anderson.
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Cássio admite ansiedade e frio na barriga na volta à seleção
De volta para a seleção brasileira, o goleiro Cássio admitiu nesta quinta-feira (22) que estava ansioso nos últimos dias por conta da convocação do técnico Dunga, que aconteceu nesta manhã. Há quinze dias, o jogador se definiu como o melhor goleiro do Brasil, durante coletiva de imprensa, no CT Joaquim Grava. "Claro. Até em amistoso tem frio na barriga. Confesso que fiquei ansioso antes da convocação por ter grande possibilidade de ir. Tenho que agir naturalmente, continuar fazendo o que estou fazendo aqui, estou indo lá por ter méritos no clube. Vou tentar fazer a mesma coisa lá, me dedicar a cada treinamento para me firmar na seleção", disse o camisa 12. Cássio estará na delegação brasileira nos jogos contra Argentina e Peru, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. No entanto, ele deve ser um dos reservas nos confrontos do time nacional, já que o técnico Dunga indicou que Alisson, 23, é o titular da equipe brasileira neste momento. "Tem muito goleiro bom no Brasil, os outros que vinham sendo convocado têm muita qualidade. Agora chegou minha hora de ser convocado. Estou muito feliz por chegar na seleção. Comemorar hoje, mas amanhã já pensar que tem jogo difícil no domingo. Tem que pensar no clube também, estar focado. Domingo tem partida dificílima", completou. Mais cedo, o goleiro do time alvinegro agradeceu às mensagens de apoio de torcedores, por meio de sua conta no Instagram.
esporte
Cássio admite ansiedade e frio na barriga na volta à seleçãoDe volta para a seleção brasileira, o goleiro Cássio admitiu nesta quinta-feira (22) que estava ansioso nos últimos dias por conta da convocação do técnico Dunga, que aconteceu nesta manhã. Há quinze dias, o jogador se definiu como o melhor goleiro do Brasil, durante coletiva de imprensa, no CT Joaquim Grava. "Claro. Até em amistoso tem frio na barriga. Confesso que fiquei ansioso antes da convocação por ter grande possibilidade de ir. Tenho que agir naturalmente, continuar fazendo o que estou fazendo aqui, estou indo lá por ter méritos no clube. Vou tentar fazer a mesma coisa lá, me dedicar a cada treinamento para me firmar na seleção", disse o camisa 12. Cássio estará na delegação brasileira nos jogos contra Argentina e Peru, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. No entanto, ele deve ser um dos reservas nos confrontos do time nacional, já que o técnico Dunga indicou que Alisson, 23, é o titular da equipe brasileira neste momento. "Tem muito goleiro bom no Brasil, os outros que vinham sendo convocado têm muita qualidade. Agora chegou minha hora de ser convocado. Estou muito feliz por chegar na seleção. Comemorar hoje, mas amanhã já pensar que tem jogo difícil no domingo. Tem que pensar no clube também, estar focado. Domingo tem partida dificílima", completou. Mais cedo, o goleiro do time alvinegro agradeceu às mensagens de apoio de torcedores, por meio de sua conta no Instagram.
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Após um ano sem funcionar, fonte do Ibirapuera é reinaugurada com show
Depois de passar quase um ano desativada por problemas técnicos, a fonte do parque Ibirapuera (zona sul de São Paulo) será reinaugurada nesta segunda-feira (21), às 18h, com um show de águas dançantes e apresentação do maestro João Carlos Martins. A reforma é resultado de uma parceria entre a prefeitura e a empresa Elo. Foram investidos mais de R$ 6,3 milhões para renovar a iluminação e criar novas programações para as apresentações. Como contrapartida, a empresa poderá expor sua marca no parque. O espetáculo inaugural será apresentado por 10 dias consecutivos às 20h30 e às 21h –mas só na segunda-feira terá a participação do maestro. Depois disso, o show continua a ser exibido nos fins de semana, nos mesmos horários, até o Natal, quando haverá uma nova atração. Durante a semana, a fonte vai ficar ligada das 9h às 12h e das 18h às 21h. Aos sábados e domingos, funcionará das 9h às 12h e das 14h às 18h. Essa é a segunda reinauguração da semana no parque. Neste domingo (20), foram apresentadas reformas no campo de futebol e nas pistas de corrida e caminhada. Em março deste ano, os banheiros foram reformados.
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Após um ano sem funcionar, fonte do Ibirapuera é reinaugurada com showDepois de passar quase um ano desativada por problemas técnicos, a fonte do parque Ibirapuera (zona sul de São Paulo) será reinaugurada nesta segunda-feira (21), às 18h, com um show de águas dançantes e apresentação do maestro João Carlos Martins. A reforma é resultado de uma parceria entre a prefeitura e a empresa Elo. Foram investidos mais de R$ 6,3 milhões para renovar a iluminação e criar novas programações para as apresentações. Como contrapartida, a empresa poderá expor sua marca no parque. O espetáculo inaugural será apresentado por 10 dias consecutivos às 20h30 e às 21h –mas só na segunda-feira terá a participação do maestro. Depois disso, o show continua a ser exibido nos fins de semana, nos mesmos horários, até o Natal, quando haverá uma nova atração. Durante a semana, a fonte vai ficar ligada das 9h às 12h e das 18h às 21h. Aos sábados e domingos, funcionará das 9h às 12h e das 14h às 18h. Essa é a segunda reinauguração da semana no parque. Neste domingo (20), foram apresentadas reformas no campo de futebol e nas pistas de corrida e caminhada. Em março deste ano, os banheiros foram reformados.
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Após desastre, pesca no rio Doce deve levar dez anos para normalizar
A lama que se arrasta pelo rio Doce nem tinha atingido o Espírito Santo, na semana passada, e o pescador Ermínio Pimenta, 58, já tinha problemas em vender o seu peixe no comércio da cidade de Linhares, onde o rio desemboca no mar. "Tinha restaurante já recusando. Não queriam comprar porque diziam: 'Ah, o peixe de vocês está poluído'." Ele é um dos 66 profissionais cadastrados na associação de pescadores de Regência, distrito encrustado no encontro do rio Doce com o mar capixaba. A pesca na foz do rio deve demorar dez anos para voltar ao normal, segundo estimativa de pescadores e membros da associação. Diante do impacto econômico na vila, a entidade pretende cobrar da Samarco um subsídio de R$ 1.800 por mês para cada um dos profissionais afetados. Assista O valor, segundo o presidente da entidade, Leônidas Carlos, 58, leva em consideração a média de ganhos, que podem chegar a R$ 1.000 por semana nos períodos em que há fartura de robalos. Pescadores temem que, mesmo depois de recuperado o rio, o estigma dos "peixes poluídos" persista. Eidimiar Soares dos Santos, 32, admite que vai demorar para ter coragem de alimentar sua filha Analu, de nove meses, com algum peixe que saia do Doce. "Quando ela tiver uns dez anos acho que vai ver alguma coisa bonita aqui." Desde junho, a estiagem já vinha prejudicando a pesca na região. Adriano dos Santos Carlos, 38, nascido e criado em Regência, foi um dos pescadores que nos últimos dias participaram da instalação de boias para conter parte dos rejeitos de lama -uma determinação judicial custeada pela Samarco. Colocar as barreiras levou o pescador a um déjà-vú. Há dez anos, um acidente com uma carreta despejou petróleo no rio Doce em Linhares. A solução foi convocar pescadores de Regência, como ele, para instalar boias. Os moradores da foz também já enfrentaram desastres como a enchente que devastou a região em 2013 e agravou o assoreamento do rio na foz. "Somos conhecidos como a lata de lixo do rio Doce. Tudo o que acontece, desemboca aqui na gente", diz o pescador. Infográfico: Caminho da lama
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Após desastre, pesca no rio Doce deve levar dez anos para normalizarA lama que se arrasta pelo rio Doce nem tinha atingido o Espírito Santo, na semana passada, e o pescador Ermínio Pimenta, 58, já tinha problemas em vender o seu peixe no comércio da cidade de Linhares, onde o rio desemboca no mar. "Tinha restaurante já recusando. Não queriam comprar porque diziam: 'Ah, o peixe de vocês está poluído'." Ele é um dos 66 profissionais cadastrados na associação de pescadores de Regência, distrito encrustado no encontro do rio Doce com o mar capixaba. A pesca na foz do rio deve demorar dez anos para voltar ao normal, segundo estimativa de pescadores e membros da associação. Diante do impacto econômico na vila, a entidade pretende cobrar da Samarco um subsídio de R$ 1.800 por mês para cada um dos profissionais afetados. Assista O valor, segundo o presidente da entidade, Leônidas Carlos, 58, leva em consideração a média de ganhos, que podem chegar a R$ 1.000 por semana nos períodos em que há fartura de robalos. Pescadores temem que, mesmo depois de recuperado o rio, o estigma dos "peixes poluídos" persista. Eidimiar Soares dos Santos, 32, admite que vai demorar para ter coragem de alimentar sua filha Analu, de nove meses, com algum peixe que saia do Doce. "Quando ela tiver uns dez anos acho que vai ver alguma coisa bonita aqui." Desde junho, a estiagem já vinha prejudicando a pesca na região. Adriano dos Santos Carlos, 38, nascido e criado em Regência, foi um dos pescadores que nos últimos dias participaram da instalação de boias para conter parte dos rejeitos de lama -uma determinação judicial custeada pela Samarco. Colocar as barreiras levou o pescador a um déjà-vú. Há dez anos, um acidente com uma carreta despejou petróleo no rio Doce em Linhares. A solução foi convocar pescadores de Regência, como ele, para instalar boias. Os moradores da foz também já enfrentaram desastres como a enchente que devastou a região em 2013 e agravou o assoreamento do rio na foz. "Somos conhecidos como a lata de lixo do rio Doce. Tudo o que acontece, desemboca aqui na gente", diz o pescador. Infográfico: Caminho da lama
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Mancha suspende nove dos detidos em Brasília e dará nomes à federação
A torcida organizada palmeirense Mancha Alvi Verde identificou nove de seus associados entre os 21 detidos pela briga com torcedores do Flamengo em Brasília no domingo (5), no estádio Mané Garrincha. Diante disso, a organizada suspendeu preventivamente os nove torcedores de seu quadro de associados e vai entregar protocolo com seus nomes para a Federação Paulista de Futebol e para o Palmeiras nesta quarta-feira (8). Dessa forma, os torcedores podem ter o "cartão da paz" (carteirinha da FPF que indica se o torcedor está liberado para frequentar estádios) e a carteirinha do plano de sócio-torcedor Avanti também suspensos ou cassados, dificultando a participação em jogos. "Vamos colaborar. Já suspendemos preventivamente os associados que identificamos entre os detidos. Os demais não fazem parte da Mancha. Temos que dar o direito de defesa, mas caso seja provado que eles têm culpa na briga, vamos expulsá-los", disse à Folha Nando Nigro, presidente da organizada. Segundo ele, no entanto, os protocolos de segurança que foram combinados com a Polícia Militar local não foram cumpridos no dia de segurança. "Enviamos um representante de Brasília da Mancha à reunião [com a PM e membros de organizada do Flamengo], e falaram que haveria cordão de isolamento separando a torcida em todo o estádio, exceto para um setor que teria torcida mista; que as torcidas chegariam por entradas diferentes; e nada disso aconteceu", ressalta Nigro. Nigro destaca que o confronto foi localizado e não começou a partir de qualquer orientação da organizada. "A Mancha é muito grande. Saímos com quatro ônibus da capital e chegamos em Brasília com outros 18 que se juntaram no caminho. Com 50 pessoas em cada um, estávamos em quase mil. Seria uma tragédia se quiséssemos invadir outro setor. Conversei com alguns dos nove associados e o que eles disseram é que alguns palmeirenses tinham sido atacados por flamenguistas na área de alimentação, e então a confusão começou ali", afirma. Luiz Ferretti, advogado da Mancha, confirma o pedido de suspensão dos associados, e diz que o protocolo pedirá suspensão dos envolvidos na briga de qualquer evento esportivo. "Nosso maior interesse é de que sejam devidamente punidos. No protocolo que entregaremos hoje à Federação e ao Palmeiras, com o qual já fizemos contato por meio do departamento jurídico do clube, sugeriremos que eles sejam suspensos de qualquer evento esportivo. É algo que não depende somente de nós, mas de instâncias jurídicas. De toda forma, caso seja comprovada a participação deles, é o que sugerimos que aconteça", diz Ferretti. "Estamos fazendo tudo de acordo com o que determina o Ministério Público e o Palmeiras. Inclusive, designamos um advogado para tratar de perto do caso em Brasília", conclui. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva denunciou Palmeiras e Flamengo pela confusão e os clubes podem perder até dez jogos de mando. O presidente do clube paulista, Paulo Nobre, disse que vai "auxiliar as autoridades competentes a punir exemplarmente esses bandidos e colaborará com STJD e poder público para que esses elementos sejam banidos de forma definitiva do nosso futebol."
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Mancha suspende nove dos detidos em Brasília e dará nomes à federaçãoA torcida organizada palmeirense Mancha Alvi Verde identificou nove de seus associados entre os 21 detidos pela briga com torcedores do Flamengo em Brasília no domingo (5), no estádio Mané Garrincha. Diante disso, a organizada suspendeu preventivamente os nove torcedores de seu quadro de associados e vai entregar protocolo com seus nomes para a Federação Paulista de Futebol e para o Palmeiras nesta quarta-feira (8). Dessa forma, os torcedores podem ter o "cartão da paz" (carteirinha da FPF que indica se o torcedor está liberado para frequentar estádios) e a carteirinha do plano de sócio-torcedor Avanti também suspensos ou cassados, dificultando a participação em jogos. "Vamos colaborar. Já suspendemos preventivamente os associados que identificamos entre os detidos. Os demais não fazem parte da Mancha. Temos que dar o direito de defesa, mas caso seja provado que eles têm culpa na briga, vamos expulsá-los", disse à Folha Nando Nigro, presidente da organizada. Segundo ele, no entanto, os protocolos de segurança que foram combinados com a Polícia Militar local não foram cumpridos no dia de segurança. "Enviamos um representante de Brasília da Mancha à reunião [com a PM e membros de organizada do Flamengo], e falaram que haveria cordão de isolamento separando a torcida em todo o estádio, exceto para um setor que teria torcida mista; que as torcidas chegariam por entradas diferentes; e nada disso aconteceu", ressalta Nigro. Nigro destaca que o confronto foi localizado e não começou a partir de qualquer orientação da organizada. "A Mancha é muito grande. Saímos com quatro ônibus da capital e chegamos em Brasília com outros 18 que se juntaram no caminho. Com 50 pessoas em cada um, estávamos em quase mil. Seria uma tragédia se quiséssemos invadir outro setor. Conversei com alguns dos nove associados e o que eles disseram é que alguns palmeirenses tinham sido atacados por flamenguistas na área de alimentação, e então a confusão começou ali", afirma. Luiz Ferretti, advogado da Mancha, confirma o pedido de suspensão dos associados, e diz que o protocolo pedirá suspensão dos envolvidos na briga de qualquer evento esportivo. "Nosso maior interesse é de que sejam devidamente punidos. No protocolo que entregaremos hoje à Federação e ao Palmeiras, com o qual já fizemos contato por meio do departamento jurídico do clube, sugeriremos que eles sejam suspensos de qualquer evento esportivo. É algo que não depende somente de nós, mas de instâncias jurídicas. De toda forma, caso seja comprovada a participação deles, é o que sugerimos que aconteça", diz Ferretti. "Estamos fazendo tudo de acordo com o que determina o Ministério Público e o Palmeiras. Inclusive, designamos um advogado para tratar de perto do caso em Brasília", conclui. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva denunciou Palmeiras e Flamengo pela confusão e os clubes podem perder até dez jogos de mando. O presidente do clube paulista, Paulo Nobre, disse que vai "auxiliar as autoridades competentes a punir exemplarmente esses bandidos e colaborará com STJD e poder público para que esses elementos sejam banidos de forma definitiva do nosso futebol."
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Festival leva o músico paulistano Curumin para Recife
Uma parceria com a Natura Musical levou mais três artistas para o line-up da 14ª edição do festival No Ar Coquetel Molotov. Curumin, Giovani Cidreira e O Terno vão se apresentar em Recife, no dia 21 de outubro. Pop, samba, jazz, hip hop e funk fazem parte da receita do músico paulistano Curumin, que deve mostrar no festival as músicas de mais recente e elogiado álbum, "Boca". Já o baiano Giovani Cidreira deve apresentar seu cruzamento de gêneros com letras bem acima da média do pop atual. Neste ano ele lançou seu primeiro álbum completo, "Japanese Food". O trio paulistano O Terno é uma das revelações da cena roqueira nesta década. Lançou seu terceiro álbum no ano passado, "Melhor do que Parece", e o guitarrista e vocalista Tim Bernardes se firma como compositor requisitado, fazeno parcerias com Paulo Miklos e Tiê, entre outros. A organização do No Ar Coquetel Molotov já tinha anunciado duas nomes brasileiros de hip hop, Rincon Sapiência e Linn da Quebrada, e a primeira atração internacional, a banda americana DIIV. Evento consagrado em Recife, o No Ar Coquetel Molotov terá nessa edição mais de dez horas de programação. Além das atrações no palco, oferecerá uma feira cultural, praça de alimentação, DJs e performances. Na semana seguinte, no dia 28 de outubro, o festival fará uma nova apresentação em Belo Jardim (PE|), pelo terceiro ano consecutivo. NO AR COQUETEL MOLOTOV 2017 QUANDO 21 de outubro, a partir das 13h ONDE Caxanga Golf Country Club, av. Caxangá 5.362 - Iputinga - Recife QUANTO 1º lote de ingressos: R$ 40 (meia), R$ 60 (social - levar alimento perecível) e R$ 80 (inteira), no site www.sympla.com.br/noar2017
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Festival leva o músico paulistano Curumin para RecifeUma parceria com a Natura Musical levou mais três artistas para o line-up da 14ª edição do festival No Ar Coquetel Molotov. Curumin, Giovani Cidreira e O Terno vão se apresentar em Recife, no dia 21 de outubro. Pop, samba, jazz, hip hop e funk fazem parte da receita do músico paulistano Curumin, que deve mostrar no festival as músicas de mais recente e elogiado álbum, "Boca". Já o baiano Giovani Cidreira deve apresentar seu cruzamento de gêneros com letras bem acima da média do pop atual. Neste ano ele lançou seu primeiro álbum completo, "Japanese Food". O trio paulistano O Terno é uma das revelações da cena roqueira nesta década. Lançou seu terceiro álbum no ano passado, "Melhor do que Parece", e o guitarrista e vocalista Tim Bernardes se firma como compositor requisitado, fazeno parcerias com Paulo Miklos e Tiê, entre outros. A organização do No Ar Coquetel Molotov já tinha anunciado duas nomes brasileiros de hip hop, Rincon Sapiência e Linn da Quebrada, e a primeira atração internacional, a banda americana DIIV. Evento consagrado em Recife, o No Ar Coquetel Molotov terá nessa edição mais de dez horas de programação. Além das atrações no palco, oferecerá uma feira cultural, praça de alimentação, DJs e performances. Na semana seguinte, no dia 28 de outubro, o festival fará uma nova apresentação em Belo Jardim (PE|), pelo terceiro ano consecutivo. NO AR COQUETEL MOLOTOV 2017 QUANDO 21 de outubro, a partir das 13h ONDE Caxanga Golf Country Club, av. Caxangá 5.362 - Iputinga - Recife QUANTO 1º lote de ingressos: R$ 40 (meia), R$ 60 (social - levar alimento perecível) e R$ 80 (inteira), no site www.sympla.com.br/noar2017
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Casar, descasar, recasar: Folha estreia blog 'Casar, Descasar, Recasar'
A jornalista Bell Kranz estreia nesta terça-feira (6) o blog Casar, Descasar, Recasar. Separada após um casamento de 25 anos, Bell afirma que as pessoas não são educadas para a separação e por isso comentem erros ao longo da vida nesse ... Leia post completo no blog
cotidiano
Casar, descasar, recasar: Folha estreia blog 'Casar, Descasar, Recasar'A jornalista Bell Kranz estreia nesta terça-feira (6) o blog Casar, Descasar, Recasar. Separada após um casamento de 25 anos, Bell afirma que as pessoas não são educadas para a separação e por isso comentem erros ao longo da vida nesse ... Leia post completo no blog
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Entidade lança site para denúncias de profissionais de mídia
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) lançou nesta quinta (20) o projeto "SOS Jornalista", um site para a publicação de ameaças e casos de violência contra jornalistas no exercício da profissão e contra veículos de comunicação. As denúncias serão disponibilizadas no site da ABI (www.abi.org) após avaliação por moderadores. "O profissional deverá usar este espaço com responsabilidade, sempre com informações fidedignas sobre ameaças e agressões contra comunicadores em geral", diz a entidade. Os relatos também serão encaminhados às autoridades policiais, Ministério Público, entre outros responsáveis, para que sejam tomadas medidas de proteção. Segundo a ABI, será desenvolvido um trabalho junto a esses órgãos para evitar que os crimes fiquem impunes. Em 2015, quatro profissionais de imprensa foram assassinados no país. Levantamento da Federação Nacional de Jornalistas aponta que outros 89 jornalistas estão com suas vidas ameaçadas.
poder
Entidade lança site para denúncias de profissionais de mídiaA Associação Brasileira de Imprensa (ABI) lançou nesta quinta (20) o projeto "SOS Jornalista", um site para a publicação de ameaças e casos de violência contra jornalistas no exercício da profissão e contra veículos de comunicação. As denúncias serão disponibilizadas no site da ABI (www.abi.org) após avaliação por moderadores. "O profissional deverá usar este espaço com responsabilidade, sempre com informações fidedignas sobre ameaças e agressões contra comunicadores em geral", diz a entidade. Os relatos também serão encaminhados às autoridades policiais, Ministério Público, entre outros responsáveis, para que sejam tomadas medidas de proteção. Segundo a ABI, será desenvolvido um trabalho junto a esses órgãos para evitar que os crimes fiquem impunes. Em 2015, quatro profissionais de imprensa foram assassinados no país. Levantamento da Federação Nacional de Jornalistas aponta que outros 89 jornalistas estão com suas vidas ameaçadas.
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Jornalistas da Folha estão entre os mais admirados do país
Cinco profissionais da Folha foram escolhidos para a seleção final dos 50 jornalistas mais admirados nas áreas de economia, negócios e finanças organizada pelo site "Jornalistas&Cia". Integram a lista os colunistas Maria Cristina Frias, Mauro Zafalon e Vinicius Torres Freire, além dos repórteres especiais Ana Estela de Sousa Pinto e Valdo Cruz. O ranking foi composto após dois meses e dois turnos de votação, com cerca de 51 mil profissionais da imprensa. Foram lembrados também profissionais de "O Estado de S. Paulo", "O Globo" e "Valor Econômico", entre outros jornais. No dia 21 de novembro, em São Paulo, será feito o anúncio dos dez melhores colocados no ranking.
mercado
Jornalistas da Folha estão entre os mais admirados do paísCinco profissionais da Folha foram escolhidos para a seleção final dos 50 jornalistas mais admirados nas áreas de economia, negócios e finanças organizada pelo site "Jornalistas&Cia". Integram a lista os colunistas Maria Cristina Frias, Mauro Zafalon e Vinicius Torres Freire, além dos repórteres especiais Ana Estela de Sousa Pinto e Valdo Cruz. O ranking foi composto após dois meses e dois turnos de votação, com cerca de 51 mil profissionais da imprensa. Foram lembrados também profissionais de "O Estado de S. Paulo", "O Globo" e "Valor Econômico", entre outros jornais. No dia 21 de novembro, em São Paulo, será feito o anúncio dos dez melhores colocados no ranking.
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Dubladores de videogames dos EUA entram em greve
Atores que dublam personagens de videogames entraram em greve nos Estados Unidos nesta sexta-feira (21) por salários e a recusa dos empregadores em lhes dizer em quais jogos trabalharão com antecedência. A greve afeta 11 produtoras, incluindo Electronic Arts, Activision e a Take-Two Interactive Software. Os atores são representados pelo Sindicato dos Atores - Federação Americana de Artes de Televisão e Rádio (Sag-aftra, na sigla em inglês), que disse que estão negociando um termo para novos contratos há quase dois anos. Os dubladores têm exigido um bônus baseado nas vendas dos jogos além de seu pagamento. A greve afeta jogos que começaram a seu produzidos após 17 de fevereiro de 2015. O sindicato representa cerca de 160 mil artistas de televisão, jornalistas e personalidades de rádio e afirmou que haverá um protesto diante do estúdio da EA em Los Angeles, na segunda-feira.
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Dubladores de videogames dos EUA entram em greveAtores que dublam personagens de videogames entraram em greve nos Estados Unidos nesta sexta-feira (21) por salários e a recusa dos empregadores em lhes dizer em quais jogos trabalharão com antecedência. A greve afeta 11 produtoras, incluindo Electronic Arts, Activision e a Take-Two Interactive Software. Os atores são representados pelo Sindicato dos Atores - Federação Americana de Artes de Televisão e Rádio (Sag-aftra, na sigla em inglês), que disse que estão negociando um termo para novos contratos há quase dois anos. Os dubladores têm exigido um bônus baseado nas vendas dos jogos além de seu pagamento. A greve afeta jogos que começaram a seu produzidos após 17 de fevereiro de 2015. O sindicato representa cerca de 160 mil artistas de televisão, jornalistas e personalidades de rádio e afirmou que haverá um protesto diante do estúdio da EA em Los Angeles, na segunda-feira.
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Câmara de SP aposenta de barbeiro a garçom com ganhos de até R$ 11 mil
A Mesa Diretora da Câmara de São Paulo aposentou compulsoriamente 14 servidores maiores de 75 anos que ganham entre R$ 8.000 e R$ 19 mil. Entre eles há ascensoristas, garçons, copeiras – com ganhos que variam de R$ 8 mil a R$ 11 mil– e um médico que recebe o valor mais alto. De acordo com o presidente da Câmara, Milton Leite (DEM), a decisão é baseada na Constituição e em lei federal que preveem a aposentadoria compulsória de servidores celetistas com 75 anos ou mais. Desde o início de janeiro, atos da mesa publicados no Diário Oficial da Cidade estimam medidas de redução de custos. As medidas ocorreram após desgaste sofrido pelos vereadores, que aprovaram no fim do ano passado o aumento de seus próprios salários. A votação foi derrubada dias depois pela Justiça, em primeira instância. Uma segunda decisão, do Tribunal de Justiça, também barrou a alta dos ganhos dos vereadores. Segundo a Câmara, a aposentadoria compulsória vai representar uma economia de R$ 139,9 mil por mês ou de R$ 3,6 milhões por ano somente com os salários desses 14 servidores. Eles fazem parte de um grupo de 223 funcionários que foram contratados em regime de CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) antes da Constituição de 1988, o que garantia estabilidade em seus respectivos empregos. No último dia 17, os integrantes da mesa diretora instituíram uma comissão de estudos para abertura de um plano de demissão voluntário aos demais servidores celetistas. Segundo a Câmara, por serem aposentados, esses servidores irão receber seus salários e férias proporcionais, mas não terão direito a multas rescisórias, como, por exemplo, os 40% sobre o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). SUPERSALÁRIOS A Câmara, no entanto, ainda terá que resolver a situação de aproximadamente 120 servidores que recebem supersalários –maiores do que o do prefeito (R$ 24,1 mil). São servidores que ganharam na Justiça o direito com o argumento de que seus ganhos são direito adquirido. Outro argumento deles é que decisão antiga da Câmara determinando o corte desses salários não permitiu direito de defesa. No último dia 17, a Câmara abriu prazo de 45 dias para que esses servidores apresentem essa defesa.
cotidiano
Câmara de SP aposenta de barbeiro a garçom com ganhos de até R$ 11 milA Mesa Diretora da Câmara de São Paulo aposentou compulsoriamente 14 servidores maiores de 75 anos que ganham entre R$ 8.000 e R$ 19 mil. Entre eles há ascensoristas, garçons, copeiras – com ganhos que variam de R$ 8 mil a R$ 11 mil– e um médico que recebe o valor mais alto. De acordo com o presidente da Câmara, Milton Leite (DEM), a decisão é baseada na Constituição e em lei federal que preveem a aposentadoria compulsória de servidores celetistas com 75 anos ou mais. Desde o início de janeiro, atos da mesa publicados no Diário Oficial da Cidade estimam medidas de redução de custos. As medidas ocorreram após desgaste sofrido pelos vereadores, que aprovaram no fim do ano passado o aumento de seus próprios salários. A votação foi derrubada dias depois pela Justiça, em primeira instância. Uma segunda decisão, do Tribunal de Justiça, também barrou a alta dos ganhos dos vereadores. Segundo a Câmara, a aposentadoria compulsória vai representar uma economia de R$ 139,9 mil por mês ou de R$ 3,6 milhões por ano somente com os salários desses 14 servidores. Eles fazem parte de um grupo de 223 funcionários que foram contratados em regime de CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) antes da Constituição de 1988, o que garantia estabilidade em seus respectivos empregos. No último dia 17, os integrantes da mesa diretora instituíram uma comissão de estudos para abertura de um plano de demissão voluntário aos demais servidores celetistas. Segundo a Câmara, por serem aposentados, esses servidores irão receber seus salários e férias proporcionais, mas não terão direito a multas rescisórias, como, por exemplo, os 40% sobre o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). SUPERSALÁRIOS A Câmara, no entanto, ainda terá que resolver a situação de aproximadamente 120 servidores que recebem supersalários –maiores do que o do prefeito (R$ 24,1 mil). São servidores que ganharam na Justiça o direito com o argumento de que seus ganhos são direito adquirido. Outro argumento deles é que decisão antiga da Câmara determinando o corte desses salários não permitiu direito de defesa. No último dia 17, a Câmara abriu prazo de 45 dias para que esses servidores apresentem essa defesa.
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PDG Realty tem o pedido de recuperação judicial aprovado
A PDG Realty, uma das maiores incorporadoras do país, informou nesta quinta-feira que a 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Capital de São Paulo deferiu o pedido de recuperação judicial das 512 sociedades que integram o grupo. Com dívidas de R$ 7,8 bilhões e sucessivos prejuízos, a empresa vinha tentando renegociar dívidas com bancos, sem sucesso. O pedido de recuperação judicial foi a forma encontrada para tentar salvar a PDG da falência. A Justiça também nomeou a PricewaterhouseCoopers para atuar como administradora do processo de recuperação judicial da companhia, segundo o comunicado, e suspendeu todas as ações e execuções em curso contra a PDG por 180 dias. Por fim, a Justiça também definiu um prazo de 60 dias úteis para apresentação do plano de recuperação judicial da PDG. A companhia protocolou na Justiça seu pedido de recuperação judicial na semana passada. A dívida líquida e os custos a incorrer somavam 6 bilhões de reais ao final do terceiro trimestre de 2016. EX-LÍDER A PDG nasceu em 2003 como uma área do banco Pactual, hoje BTG Pactual. Virou uma empresa independente e lançou ações em 2007. Tornou-se uma gigante do setor após, num espaço de poucos anos, promover aquisições em série de rivais. Com a compra de construtoras como Goldfarb, CHL e Agre, e um plano agressivo de lançamentos, a PDG assumiu a liderança do mercado em 2010, tornando-se a maior incorporadora do setor. No auge, chegou a valer mais de R$ 10 bilhões na Bolsa —hoje vale pouco mais de R$ 140 milhões. Problemas de gestão, como estouro de custos e de prazos de entrega, e a crise econômica, que reduziu o apetite pela casa própria, minaram os resultados da PDG, que passou a encolher. Em 2012, a empresa tinha quase 11 mil funcionários e 330 projetos em andamento. No final de 2016, eram somente 1.000 empregados e 30 empreendimentos. O banco Rothschild foi contratado em 2015 para renegociar com os bancos credores e um acerto foi firmado. Mas a incorporadora seguiu com resultados ruins. No ano passado, foram quase R$ 1 bilhão em distratos (desistências), considerando o resultado até setembro, o último disponível. Com isso, as vendas líquidas ficaram em apenas R$ 170 milhões, 64% abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior. E o prejuízo acumulado no ano bateu R$ 2,9 bilhões.
mercado
PDG Realty tem o pedido de recuperação judicial aprovadoA PDG Realty, uma das maiores incorporadoras do país, informou nesta quinta-feira que a 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Capital de São Paulo deferiu o pedido de recuperação judicial das 512 sociedades que integram o grupo. Com dívidas de R$ 7,8 bilhões e sucessivos prejuízos, a empresa vinha tentando renegociar dívidas com bancos, sem sucesso. O pedido de recuperação judicial foi a forma encontrada para tentar salvar a PDG da falência. A Justiça também nomeou a PricewaterhouseCoopers para atuar como administradora do processo de recuperação judicial da companhia, segundo o comunicado, e suspendeu todas as ações e execuções em curso contra a PDG por 180 dias. Por fim, a Justiça também definiu um prazo de 60 dias úteis para apresentação do plano de recuperação judicial da PDG. A companhia protocolou na Justiça seu pedido de recuperação judicial na semana passada. A dívida líquida e os custos a incorrer somavam 6 bilhões de reais ao final do terceiro trimestre de 2016. EX-LÍDER A PDG nasceu em 2003 como uma área do banco Pactual, hoje BTG Pactual. Virou uma empresa independente e lançou ações em 2007. Tornou-se uma gigante do setor após, num espaço de poucos anos, promover aquisições em série de rivais. Com a compra de construtoras como Goldfarb, CHL e Agre, e um plano agressivo de lançamentos, a PDG assumiu a liderança do mercado em 2010, tornando-se a maior incorporadora do setor. No auge, chegou a valer mais de R$ 10 bilhões na Bolsa —hoje vale pouco mais de R$ 140 milhões. Problemas de gestão, como estouro de custos e de prazos de entrega, e a crise econômica, que reduziu o apetite pela casa própria, minaram os resultados da PDG, que passou a encolher. Em 2012, a empresa tinha quase 11 mil funcionários e 330 projetos em andamento. No final de 2016, eram somente 1.000 empregados e 30 empreendimentos. O banco Rothschild foi contratado em 2015 para renegociar com os bancos credores e um acerto foi firmado. Mas a incorporadora seguiu com resultados ruins. No ano passado, foram quase R$ 1 bilhão em distratos (desistências), considerando o resultado até setembro, o último disponível. Com isso, as vendas líquidas ficaram em apenas R$ 170 milhões, 64% abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior. E o prejuízo acumulado no ano bateu R$ 2,9 bilhões.
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Presidente do Santos é suspenso por 30 dias após criticar arbitragem
O presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, foi suspenso pelo STDJ (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) por 30 dias e multado em R$ 10 mil por ter reclamado da arbitragem no duelo entre Santos e Grêmio, na Vila Belmiro, em 5 de julho, pelo Campeonato Brasileiro. O Santos já anunciou que vai recorrer da decisão. A reclamação do mandatário santista aconteceu no dia seguinte ao jogo, quando voltou de viagem do Chile. Modesto se mostrou irritado pelo fato do árbitro Felipe Gomes da Silva ter expulsado Geuvânio na derrota por 3 a 1 após o próprio árbitro ter autorizado o camisa 11 a retornar ao campo. A declaração de Roma Júnior foi que "o problema não é a arbitragem. É o chefe da 'tribo' [Sergio Correa, chefe da comissão da arbitragem]". O presidente santista foi julgado por "ofender alguém em sua honra, por fato relacionado diretamente ao desporto". Durante a suspensão, Roma Júnior não poderá exercer as funções na presidência. O vice-presidente César Conforti assumirá as responsabilidades.
esporte
Presidente do Santos é suspenso por 30 dias após criticar arbitragemO presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, foi suspenso pelo STDJ (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) por 30 dias e multado em R$ 10 mil por ter reclamado da arbitragem no duelo entre Santos e Grêmio, na Vila Belmiro, em 5 de julho, pelo Campeonato Brasileiro. O Santos já anunciou que vai recorrer da decisão. A reclamação do mandatário santista aconteceu no dia seguinte ao jogo, quando voltou de viagem do Chile. Modesto se mostrou irritado pelo fato do árbitro Felipe Gomes da Silva ter expulsado Geuvânio na derrota por 3 a 1 após o próprio árbitro ter autorizado o camisa 11 a retornar ao campo. A declaração de Roma Júnior foi que "o problema não é a arbitragem. É o chefe da 'tribo' [Sergio Correa, chefe da comissão da arbitragem]". O presidente santista foi julgado por "ofender alguém em sua honra, por fato relacionado diretamente ao desporto". Durante a suspensão, Roma Júnior não poderá exercer as funções na presidência. O vice-presidente César Conforti assumirá as responsabilidades.
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A marcha de Macron
A eleição presidencial francesa, cujo primeiro turno foi realizado neste domingo (23), ilustra um desencanto agudo com os partidos tradicionais de centro-direita e de centro-esquerda, forças que dominaram as democracias do mundo desenvolvido no pós-guerra. A votação fragmentada demonstrou tanto insatisfação como desorientação coletiva quanto ao rumo que se pretende dar ao país. Candidatos radicais receberam mais de 42% dos votos, contra os 24% do vencedor da rodada inicial, Emmanuel Macron. Socialistas e direita moderada, os principais agrupamentos políticos desde 1958, não se qualificaram para o escrutínio decisivo, em inédito fracasso simultâneo. Afora os pífios 6% dos sufrágios, os socialistas, que hoje ocupam a Presidência, já não conseguem conter o conflito, talvez ruptura, entre as tendências mais ou menos liberais do partido. Desde os anos 1990, os contrastes ideológicos entre as agremiações moderadas francesas tornam-se cada vez menos nítidos. Tais forças comungam também a incapacidade de dar conta de preocupações maiores do eleitor –lerdeza econômica, estagnação da renda de setores médios e insegurança causada por globalização, imigração e terrorismo. Nota-se, pelos resultados de domingo, que nenhum candidato foi capaz de oferecer um programa abrangente o bastante para convencer a maioria. A extrema-direita, de Marine Le Pen —que passou ao segundo turno—, e a extrema-esquerda, de Jean-Luc Mélenchon, rejeitaram a globalização, embora os eleitores de tais candidatos, na maioria os mais pobres, se dividissem quanto a imigrantes e reformas. Candidato pelo movimento En Marche, Macron é entusiasta da União Europeia e social-liberal de programa similar ao da Terceira Via dos anos 1990. Faz menos de um ano, era ministro do governo impopular de François Hollande. Embora seja o favorito no pleito presidencial, há dúvidas em relação ao sucesso de seu partido na eleição legislativa de junho. Pesquisas indicam, por ora, vitória da centro-direita mais tradicional. A confirmar-se um cenário de coabitação (presidente e primeiro-ministro de partidos diferentes), o governo tende a enveredar por uma agenda mais enfática de redução do Estado. Era esse o plano de François Fillon, candidato dos Republicanos, cuja candidatura sucumbiu a escândalos. Trata-se, sem dúvida, de tarefa inglória num país onde os impostos consomem 45% da renda de uma população habituada, por décadas, a generosos programas de seguridade social. Se parecem bem menores os riscos de um desenlace radical, que jogaria França e Europa em crise de desfecho imprevisível, uma vitória de Macron tampouco prenuncia um futuro sem conflitos. [email protected]
opiniao
A marcha de MacronA eleição presidencial francesa, cujo primeiro turno foi realizado neste domingo (23), ilustra um desencanto agudo com os partidos tradicionais de centro-direita e de centro-esquerda, forças que dominaram as democracias do mundo desenvolvido no pós-guerra. A votação fragmentada demonstrou tanto insatisfação como desorientação coletiva quanto ao rumo que se pretende dar ao país. Candidatos radicais receberam mais de 42% dos votos, contra os 24% do vencedor da rodada inicial, Emmanuel Macron. Socialistas e direita moderada, os principais agrupamentos políticos desde 1958, não se qualificaram para o escrutínio decisivo, em inédito fracasso simultâneo. Afora os pífios 6% dos sufrágios, os socialistas, que hoje ocupam a Presidência, já não conseguem conter o conflito, talvez ruptura, entre as tendências mais ou menos liberais do partido. Desde os anos 1990, os contrastes ideológicos entre as agremiações moderadas francesas tornam-se cada vez menos nítidos. Tais forças comungam também a incapacidade de dar conta de preocupações maiores do eleitor –lerdeza econômica, estagnação da renda de setores médios e insegurança causada por globalização, imigração e terrorismo. Nota-se, pelos resultados de domingo, que nenhum candidato foi capaz de oferecer um programa abrangente o bastante para convencer a maioria. A extrema-direita, de Marine Le Pen —que passou ao segundo turno—, e a extrema-esquerda, de Jean-Luc Mélenchon, rejeitaram a globalização, embora os eleitores de tais candidatos, na maioria os mais pobres, se dividissem quanto a imigrantes e reformas. Candidato pelo movimento En Marche, Macron é entusiasta da União Europeia e social-liberal de programa similar ao da Terceira Via dos anos 1990. Faz menos de um ano, era ministro do governo impopular de François Hollande. Embora seja o favorito no pleito presidencial, há dúvidas em relação ao sucesso de seu partido na eleição legislativa de junho. Pesquisas indicam, por ora, vitória da centro-direita mais tradicional. A confirmar-se um cenário de coabitação (presidente e primeiro-ministro de partidos diferentes), o governo tende a enveredar por uma agenda mais enfática de redução do Estado. Era esse o plano de François Fillon, candidato dos Republicanos, cuja candidatura sucumbiu a escândalos. Trata-se, sem dúvida, de tarefa inglória num país onde os impostos consomem 45% da renda de uma população habituada, por décadas, a generosos programas de seguridade social. Se parecem bem menores os riscos de um desenlace radical, que jogaria França e Europa em crise de desfecho imprevisível, uma vitória de Macron tampouco prenuncia um futuro sem conflitos. [email protected]
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