title
stringlengths 4
146
| text
stringlengths 1
61.2k
| category
stringclasses 44
values | title_text
stringlengths 18
61.2k
| label
int64 0
43
|
---|---|---|---|---|
Ladrões explodem banco, ferem PM e queimam carros em Morungaba (SP) | Uma quadrilha invadiu uma agência da Caixa Econômica Federal na cidade de Morungaba (a 107 km de São Paulo) e explodiu o cofre do banco na madrugada desta segunda-feira (19). De acordo com a Polícia Militar, o crime ocorreu por volta das 4h na agência localizada na rua João Aranha, no centro da cidade. Na fuga, os criminosos trocaram tiros com policiais militares e atacaram a base policial da cidade. Um PM que estava na base atacada ficou ferido pelos estilhaços, mas, segundo a própria polícia, não corre risco de morrer. BLOQUEIO Para dificultar a chegada de reforço policial, os criminosos bloquearam a SP-360, que dá acesso a Morungaba, queimando dois veículos de passeio e mais um caminhão. Nenhum dos motoristas dos carros atacados se feriu durante a abordagem dos ladrões. Uma equipe do Corpo de Bombeiros esteve na rodovia, apagou as chamas e liberou o fluxo de veículos no local na manhã desta segunda. A explosão assustou a pequena cidade paulista, de 13 mil habitantes. Nas redes sociais, internautas postaram mensagens sobre o crime. Um deles escreveu que "hoje o alarme do celular foi de tiros". Peritos da Polícia Civil e da Polícia Federal estão no local. O interior da agência ficou totalmente destruído. Nenhum suspeito havia sido preso até esta publicação. | cotidiano | Ladrões explodem banco, ferem PM e queimam carros em Morungaba (SP)Uma quadrilha invadiu uma agência da Caixa Econômica Federal na cidade de Morungaba (a 107 km de São Paulo) e explodiu o cofre do banco na madrugada desta segunda-feira (19). De acordo com a Polícia Militar, o crime ocorreu por volta das 4h na agência localizada na rua João Aranha, no centro da cidade. Na fuga, os criminosos trocaram tiros com policiais militares e atacaram a base policial da cidade. Um PM que estava na base atacada ficou ferido pelos estilhaços, mas, segundo a própria polícia, não corre risco de morrer. BLOQUEIO Para dificultar a chegada de reforço policial, os criminosos bloquearam a SP-360, que dá acesso a Morungaba, queimando dois veículos de passeio e mais um caminhão. Nenhum dos motoristas dos carros atacados se feriu durante a abordagem dos ladrões. Uma equipe do Corpo de Bombeiros esteve na rodovia, apagou as chamas e liberou o fluxo de veículos no local na manhã desta segunda. A explosão assustou a pequena cidade paulista, de 13 mil habitantes. Nas redes sociais, internautas postaram mensagens sobre o crime. Um deles escreveu que "hoje o alarme do celular foi de tiros". Peritos da Polícia Civil e da Polícia Federal estão no local. O interior da agência ficou totalmente destruído. Nenhum suspeito havia sido preso até esta publicação. | 6 |
Meryl Streep fala sobre produtor acusado de diversos assédios sexuais | A premiada atriz Meryl Streep falou que as ações de Harvey Weinstein, produtor cinematográfico acusado de diversos assédios sexuais, foram vergonhosas, sem desculpas e um abuso de poder. Ela disse ainda que as mulheres que o denunciaram são heroínas. Streep ganhou o Oscar e o Globo de Ouro de melhor atriz por "A Dama de Ferro" (2012), filme produzido por Weinstein no qual ela interpretou a premiê britânica Margaret Thatcher. Considerado um dos nomes mais poderosos de Hollywood, o produtor foi acusado de ter cometido abuso sexual contra diversas mulheres, incluindo as atrizes Ashley Judd e Rose McGowan. As acusações foram veiculadas no jornal "The New York Times". Segundo a publicação americana, que conduziu uma investigação sobre o assunto, as acusações existem há quase três décadas, e os episódios ocorreram em vários locais, incluindo os escritórios de sua produtora nos Estados Unidos e na Inglaterra, além de episódios durante os festivais de Cannes e Sundance. Streep afirmou ao "HuffPost" não saber que o produtor estava envolvido em "atos impróprios e coercivos" e que ele pagou ao menos oito mulheres que o acusaram de intimidação e assédio sexual. Neste domingo (8), após as acusações, Weinstein foi demitido da produtora que dirigia e que leva seu próprio nome. A informação foi dada por uma nota enviada pela The Weinstein Company à imprensa americana. | ilustrada | Meryl Streep fala sobre produtor acusado de diversos assédios sexuaisA premiada atriz Meryl Streep falou que as ações de Harvey Weinstein, produtor cinematográfico acusado de diversos assédios sexuais, foram vergonhosas, sem desculpas e um abuso de poder. Ela disse ainda que as mulheres que o denunciaram são heroínas. Streep ganhou o Oscar e o Globo de Ouro de melhor atriz por "A Dama de Ferro" (2012), filme produzido por Weinstein no qual ela interpretou a premiê britânica Margaret Thatcher. Considerado um dos nomes mais poderosos de Hollywood, o produtor foi acusado de ter cometido abuso sexual contra diversas mulheres, incluindo as atrizes Ashley Judd e Rose McGowan. As acusações foram veiculadas no jornal "The New York Times". Segundo a publicação americana, que conduziu uma investigação sobre o assunto, as acusações existem há quase três décadas, e os episódios ocorreram em vários locais, incluindo os escritórios de sua produtora nos Estados Unidos e na Inglaterra, além de episódios durante os festivais de Cannes e Sundance. Streep afirmou ao "HuffPost" não saber que o produtor estava envolvido em "atos impróprios e coercivos" e que ele pagou ao menos oito mulheres que o acusaram de intimidação e assédio sexual. Neste domingo (8), após as acusações, Weinstein foi demitido da produtora que dirigia e que leva seu próprio nome. A informação foi dada por uma nota enviada pela The Weinstein Company à imprensa americana. | 1 |
Ex-ditador Mubarak é solto após determinação da Justiça do Egito | O ex-ditador do Egito Hosni Mubarak foi solto nesta sexta-feira (24), por determinação da mais alta corte do país, seis anos após ter sido deposto. Mubarak, 88, estava em um hospital militar no Cairo, onde cumpria pena de três anos de prisão por corrupção. A Justiça do país já havia absolvido o ex-ditador no início deste mês pela morte de manifestantes durante os protestos que levaram a sua deposição, em 11 de fevereiro de 2011. Mubarak, seu ministro do Interior e seis auxiliares foram condenados em 2012 à prisão perpétua, mas o veredicto foi anulado dois anos depois por falhas técnicas no julgamento. Centenas de manifestantes foram mortos pelas forças de segurança durante os protestos contra o regime de Mubarak, que fizeram parte do levante popular conhecido como Primavera Árabe. As manifestações levaram à renúncia do mandatário, pondo fim a um regime de três décadas e abrindo o caminho para eleições livres no país. O primeiro presidente eleito no Egito, o islamita Mohammed Mursi, foi deposto em um golpe militar em 2013 e cumpre pena de prisão perpétua por espionagem e vazamento de dados para outros países. | mundo | Ex-ditador Mubarak é solto após determinação da Justiça do EgitoO ex-ditador do Egito Hosni Mubarak foi solto nesta sexta-feira (24), por determinação da mais alta corte do país, seis anos após ter sido deposto. Mubarak, 88, estava em um hospital militar no Cairo, onde cumpria pena de três anos de prisão por corrupção. A Justiça do país já havia absolvido o ex-ditador no início deste mês pela morte de manifestantes durante os protestos que levaram a sua deposição, em 11 de fevereiro de 2011. Mubarak, seu ministro do Interior e seis auxiliares foram condenados em 2012 à prisão perpétua, mas o veredicto foi anulado dois anos depois por falhas técnicas no julgamento. Centenas de manifestantes foram mortos pelas forças de segurança durante os protestos contra o regime de Mubarak, que fizeram parte do levante popular conhecido como Primavera Árabe. As manifestações levaram à renúncia do mandatário, pondo fim a um regime de três décadas e abrindo o caminho para eleições livres no país. O primeiro presidente eleito no Egito, o islamita Mohammed Mursi, foi deposto em um golpe militar em 2013 e cumpre pena de prisão perpétua por espionagem e vazamento de dados para outros países. | 3 |
Ataque em Israel mata turista americano perto de vice dos EUA | Um turista americano foi morto e outras nove pessoas foram feridas, nesta terça-feira (8), por um palestino armado com uma faca em uma calçada de Tel Aviv. O ataque ocorreu a poucos quilômetros de distância de onde o vice-presidente americano, Joe Biden, em visita de dois dias ao país, estava em reunião com o ex-presidente israelense Shimon Peres. "Eu estava sentado, tocando violão, e ouvi gritos do outro lado da rua", afirmou à TV israelense Channel 2 um homem identificado como Yiashi, que contou ter visto o ataque que matou o turista americano. "Eu vi um homem correr até mim com uma faca, corri até ele e esmaguei o violão em sua cabeça. Ele ficou tão atortoado, não sabia o que fazer e começou a correr." O agressor foi morto pela polícia. Outros três ataques contra israelenses foram registrados nesta terça (8), no país. Um palestino abriu fogo em uma rua movimentada de Jerusalém, ferindo dois policiais, e foi morto na sequência. Também em Jerusalém, uma mulher palestina de 50 anos foi morta após tentativa de esfaquear policiais israelenses. E, em Tel Aviv, outro palestino atacou a facas um israelense e, também, acabou morto. Pelo menos 28 israelenses foram mortos em uma onda de ataques que começou em meados de setembro. Desde então, pelo menos 176 palestinos foram mortos por forças de Israel —segundo Israel, a maior parte praticava ataques. | mundo | Ataque em Israel mata turista americano perto de vice dos EUAUm turista americano foi morto e outras nove pessoas foram feridas, nesta terça-feira (8), por um palestino armado com uma faca em uma calçada de Tel Aviv. O ataque ocorreu a poucos quilômetros de distância de onde o vice-presidente americano, Joe Biden, em visita de dois dias ao país, estava em reunião com o ex-presidente israelense Shimon Peres. "Eu estava sentado, tocando violão, e ouvi gritos do outro lado da rua", afirmou à TV israelense Channel 2 um homem identificado como Yiashi, que contou ter visto o ataque que matou o turista americano. "Eu vi um homem correr até mim com uma faca, corri até ele e esmaguei o violão em sua cabeça. Ele ficou tão atortoado, não sabia o que fazer e começou a correr." O agressor foi morto pela polícia. Outros três ataques contra israelenses foram registrados nesta terça (8), no país. Um palestino abriu fogo em uma rua movimentada de Jerusalém, ferindo dois policiais, e foi morto na sequência. Também em Jerusalém, uma mulher palestina de 50 anos foi morta após tentativa de esfaquear policiais israelenses. E, em Tel Aviv, outro palestino atacou a facas um israelense e, também, acabou morto. Pelo menos 28 israelenses foram mortos em uma onda de ataques que começou em meados de setembro. Desde então, pelo menos 176 palestinos foram mortos por forças de Israel —segundo Israel, a maior parte praticava ataques. | 3 |
Peruano Central é reeleito o melhor restaurante da América Latina; ranking tem dois novos brasileiros | DE SÃO PAULO O peruano Central, de Lima, foi eleito mais uma vez o melhor restaurante da América Latina. Na noite desta segunda-feira (26), na Cidade do México, a lista das 50 melhores casas desta região foi revelada—a premiação é um desdobramento do 50 Best, ranking com os 50 melhores do mundo. Cresceu o número de representantes brasileiros na lista, para nove. Em 2015, eram oito casas. Entraram para o ranking A Casa do Porco (a melhor entrada na lista, em 24o lugar) e o Tuju (em 45o). O paulistano Epice, que fechou as portas em janeiro, deixou a lista. O D.O.M. subiu uma posição (3o), o Maní se manteve (8o), Roberta Sudbrack caiu 11 posições (25o), Lasai caiu duas posições (18o), Olympe subiu seis colocações (17o), Mocotó subiu sete (28o) e Remanso do Bosque caiu seis (44o) Em uma nova categoria, de hospitalidade, o 50 Best coroou o mexicano Pujol. O prêmio de restaurante com potencial, "one to watch", foi para o mexicano Alcalde, em Guadalajara. O de melhor chef confeiteiro para Gustavo Sáez, do chileno 99 Restaurante. Em agosto, a organização anunciou o prêmio por "conjunto da obra", que leva em conta a contribuição do chef na gastronomia ao longo da carreira, ao francês Claude Troisgros, que comanda o carioca Olympe —integrante da lista dos 50 melhores restaurantes na 17a posição. Também foi entregue o prêmio à dinamarquesa Kamilla Seidler, do restaurante Gustu (atual 14o colocado), localizado em La Paz (Bolívia), eleita a melhor chef mulher da região. O mexicano Guillermo González Beristain foi a escolha dos chefs. A organização ressaltou que, nesta edição, o prêmio incluiu mais países (teve a entrada do paraguaio Tierra Colorada e do panamenho Maito) e a lista passou por auditoria da empresa Deloitte. Confira a lista completa: 1o Central, de Lima (Peru) 2o Maido, de Lima (Peru) 3o D.O.M., de São Paulo (Brasil) 4o Boragó, de Santiago (Chile) 5o Pujol, da Cidade do México (México) 6o Quintonil, da Cidade do México (México) 7o Astrid y Gastón, de Lima (Peru) 8o Maní, de São Paulo (Brasil) 9o Tegui, de Buenos Aires (Argentina) 10o Biko, da Cidade do México (México) 11o Sud 777, da Cidade do México (México) 12o La Mar, de Lima (Peru) 13o El Baqueano, de Buenos Aires (Argentina) 14o Gustu, de La Paz (Bolívia) 15o Amaranta, de Toluca (México) 16o Leo, de Bogotá (Colômbia) 17o Olympe, do Rio (Brasil) 18o Lasai, do Rio (Brasil) 19o Pangea, de Monterrey (México) 20o Ambrosía, de Santiago (Chile) 21o Don Julio, de Buenos Aires (Argentina) 22o 99, de Santiago (Chile) 23o Parador La Huella, de Jose Ignacio (Uruguai) 24o A Casa do Porco, de São Paulo (Brasil) 25o Roberta Sudbrack, do Rio (Brasil) 26o Aramburu, de Buenos Aires (Argentina) 27o Osso, de Lima (Peru) 28o Mocotó, de São Paulo (Brasil) 29o Criterión, de Bogotá (Colômbia) 30o Rafael, de Lima (Peru) 31o Elena, Buenos Aires, Argentina 32o Alto, de Caracas (Venezuela) 33o La Cabrera, de Buenos Aires (Argentina) 34o Fiesta, de Lima (Peru) 35o Chila, de Buenos Aires (Argentina) 36o Maito, da Cidade do Panamá (Panamá) 37o Nicos, da Cidade do México (México) 38o Malabar, de Lima (Peru) 39o Corazón de Tierra, Valle de Guadalupe (México) 40oHarry Sasson, de Bogotá (Colômbia) 41o Isolina, de Lima (Peru) 42o 1884, de Mendoza (Argentina) 43o Osaka, de Santiago (Chile) 44o Remanso do Bosque, de Belém do Pará (Brasil) 45o Tuju, de São Paulo (Brasil) 46o La Bourgogne, de Punta del Este (Uruguai) 47o Tierra Colorada, de Assunção (Paraguai) 48o Dulce Patria, da Cidade do México (México) 49o Andrés Carne de Res, de Chia (Colômbia) 50o Pura Tierra, de Buenos Aires (Argentina) | saopaulo | Peruano Central é reeleito o melhor restaurante da América Latina; ranking tem dois novos brasileirosDE SÃO PAULO O peruano Central, de Lima, foi eleito mais uma vez o melhor restaurante da América Latina. Na noite desta segunda-feira (26), na Cidade do México, a lista das 50 melhores casas desta região foi revelada—a premiação é um desdobramento do 50 Best, ranking com os 50 melhores do mundo. Cresceu o número de representantes brasileiros na lista, para nove. Em 2015, eram oito casas. Entraram para o ranking A Casa do Porco (a melhor entrada na lista, em 24o lugar) e o Tuju (em 45o). O paulistano Epice, que fechou as portas em janeiro, deixou a lista. O D.O.M. subiu uma posição (3o), o Maní se manteve (8o), Roberta Sudbrack caiu 11 posições (25o), Lasai caiu duas posições (18o), Olympe subiu seis colocações (17o), Mocotó subiu sete (28o) e Remanso do Bosque caiu seis (44o) Em uma nova categoria, de hospitalidade, o 50 Best coroou o mexicano Pujol. O prêmio de restaurante com potencial, "one to watch", foi para o mexicano Alcalde, em Guadalajara. O de melhor chef confeiteiro para Gustavo Sáez, do chileno 99 Restaurante. Em agosto, a organização anunciou o prêmio por "conjunto da obra", que leva em conta a contribuição do chef na gastronomia ao longo da carreira, ao francês Claude Troisgros, que comanda o carioca Olympe —integrante da lista dos 50 melhores restaurantes na 17a posição. Também foi entregue o prêmio à dinamarquesa Kamilla Seidler, do restaurante Gustu (atual 14o colocado), localizado em La Paz (Bolívia), eleita a melhor chef mulher da região. O mexicano Guillermo González Beristain foi a escolha dos chefs. A organização ressaltou que, nesta edição, o prêmio incluiu mais países (teve a entrada do paraguaio Tierra Colorada e do panamenho Maito) e a lista passou por auditoria da empresa Deloitte. Confira a lista completa: 1o Central, de Lima (Peru) 2o Maido, de Lima (Peru) 3o D.O.M., de São Paulo (Brasil) 4o Boragó, de Santiago (Chile) 5o Pujol, da Cidade do México (México) 6o Quintonil, da Cidade do México (México) 7o Astrid y Gastón, de Lima (Peru) 8o Maní, de São Paulo (Brasil) 9o Tegui, de Buenos Aires (Argentina) 10o Biko, da Cidade do México (México) 11o Sud 777, da Cidade do México (México) 12o La Mar, de Lima (Peru) 13o El Baqueano, de Buenos Aires (Argentina) 14o Gustu, de La Paz (Bolívia) 15o Amaranta, de Toluca (México) 16o Leo, de Bogotá (Colômbia) 17o Olympe, do Rio (Brasil) 18o Lasai, do Rio (Brasil) 19o Pangea, de Monterrey (México) 20o Ambrosía, de Santiago (Chile) 21o Don Julio, de Buenos Aires (Argentina) 22o 99, de Santiago (Chile) 23o Parador La Huella, de Jose Ignacio (Uruguai) 24o A Casa do Porco, de São Paulo (Brasil) 25o Roberta Sudbrack, do Rio (Brasil) 26o Aramburu, de Buenos Aires (Argentina) 27o Osso, de Lima (Peru) 28o Mocotó, de São Paulo (Brasil) 29o Criterión, de Bogotá (Colômbia) 30o Rafael, de Lima (Peru) 31o Elena, Buenos Aires, Argentina 32o Alto, de Caracas (Venezuela) 33o La Cabrera, de Buenos Aires (Argentina) 34o Fiesta, de Lima (Peru) 35o Chila, de Buenos Aires (Argentina) 36o Maito, da Cidade do Panamá (Panamá) 37o Nicos, da Cidade do México (México) 38o Malabar, de Lima (Peru) 39o Corazón de Tierra, Valle de Guadalupe (México) 40oHarry Sasson, de Bogotá (Colômbia) 41o Isolina, de Lima (Peru) 42o 1884, de Mendoza (Argentina) 43o Osaka, de Santiago (Chile) 44o Remanso do Bosque, de Belém do Pará (Brasil) 45o Tuju, de São Paulo (Brasil) 46o La Bourgogne, de Punta del Este (Uruguai) 47o Tierra Colorada, de Assunção (Paraguai) 48o Dulce Patria, da Cidade do México (México) 49o Andrés Carne de Res, de Chia (Colômbia) 50o Pura Tierra, de Buenos Aires (Argentina) | 17 |
Artes da resistência | Se a palavra "abuso" virou moeda corrente em atos e declarações dos poderosos de plantão, não surpreende que a aula inaugural de uma das principais filósofas e intelectuais públicas da atualidade possa ser resumida na frase "resistir é preciso". A conferência da americana Martha Nussbaum, 69, proferida no Centro de Estudos Políticos, Filosóficos e Jurídicos do King's College londrino, incluiu ainda um testemunho pessoal. Entre os episódios marcantes de sua rica biografia, um em particular veio à tona recentemente e parece ter renovado o ímpeto de Nussbaum para o debate sobre a violência sexual –em especial quando perpetrada por celebridades, tema da conferência. Nussbaum contou que, ainda estudante universitária, viu-se na zona cinzenta entre o sexo consentido e o estupro. Não denunciou o episódio porque o agressor, que ela convidara a seu apartamento no "espírito de liberação" dos anos 1960, era um ator já de alguma fama e prestes a se tornar um queridinho da TV e mais tarde candidato ao Congresso americano. A filósofa preferiu não revelar o nome da celebridade. Em seu apelo contra a noção de homens acima da lei, Nussbaum, uma figura cativante e um pouco intimidadora, alta, de cabelos loiros vivos e voz potente, grave, perfeita para suas breves imitações da fala empostada de certos machões cheios de si, preferiu se concentrar em casos envolvendo outro tipo de figura pública quase intocável: astros do esporte. Não deixou de mencionar os políticos, mas acrescentou, bem-humorada, que estes são mais fáceis de vigiar e punir pois mais descartáveis, ao contrário de esportistas, "indivíduos cujos talentos valem muita grana para muita gente". EFEMÉRIDE GAY Londres resiste também em outras frentes à onda de ameaças a minorias. Em 2017, completam-se 50 anos da lei que descriminalizou a homossexualidade na Inglaterra. Na programação comemorativa há a reconstituição em detalhes, a partir da planta e de fotografias, de um clube gay clandestino perto de Covent Garden –fechado numa batida policial que resultou em mais de uma centena de prisões, nos anos 1930– e a aparição, pela primeira vez em solo britânico, de um retrato de corpo inteiro do jovem Oscar Wilde (1854-1900). O retrato é parte de uma exposição inédita intitulada "Queer British Art 1861-1967", que a Tate Britain inaugura dia 5 de abril. Cobre mais de um século do trabalho de artistas como Francis Bacon (1909-92), David Hockney –em cartaz na mesma galeria com uma extensa retrospectiva– e Duncan Grant (1885-1978), o extravagante pintor do grupo de Bloomsbury. PIONEIROS DA TOLERÂNCIA Imperdível ainda é a primeira e histórica retrospectiva de outro expoente de Bloomsbury, a pintora Vanessa Bell (1879-1961), na Dulwich Picture Gallery. Irmã de Virginia Woolf (1882-1941), Bell foi uma espécie de anfitriã permanente do grupo de intelectuais e artistas mais influente do início do século 20 na Inglaterra. Era em torno dela que gravitavam, além do marido, o crítico Clive Bell (1881-1964), o economista John Maynard Keynes (1883-1946), o biógrafo Lytton Strachey (1880-1932) e o pintor Roger Fry (1866-1934). Sem esquecer o próprio Duncan Grant, que se notabilizou (como o grupo todo, aliás) pela atitude favorável ao sexo livre. O passeio à vila no sul de Londres onde fica a galeria é também uma viagem pela intimidade desses pioneiros da tolerância. HUMANIDADE COMUM Quem preferir uma viagem pela intimidade de gente comum, e de um tempo ainda mais distante, tem a oportunidade perfeita com The Casebooks Project (bit.ly/1LngE3C). O projeto digitaliza prontuários redigidos por dois "astrólogos", híbridos de médicos generalistas e psicólogos, na virada do século 16 para o 17. As histórias ali contadas agora inspiram obras de seis artistas (entre eles o brasileiro Tunga, morto no ano passado), expostas até 23/4 na Universidade de Westminster. Os males da época podiam ser outros –os londrinos de então não se queixariam de ansiedade por atentados como o da semana que passou–, mas o que essa combinação de arte e ciência revela é, sobretudo, nossa humanidade comum através dos séculos. CHRISTIAN SCHWARTZ, 41, pesquisador visitante na FGV e em Cambridge, é jornalista e tradutor | ilustrissima | Artes da resistênciaSe a palavra "abuso" virou moeda corrente em atos e declarações dos poderosos de plantão, não surpreende que a aula inaugural de uma das principais filósofas e intelectuais públicas da atualidade possa ser resumida na frase "resistir é preciso". A conferência da americana Martha Nussbaum, 69, proferida no Centro de Estudos Políticos, Filosóficos e Jurídicos do King's College londrino, incluiu ainda um testemunho pessoal. Entre os episódios marcantes de sua rica biografia, um em particular veio à tona recentemente e parece ter renovado o ímpeto de Nussbaum para o debate sobre a violência sexual –em especial quando perpetrada por celebridades, tema da conferência. Nussbaum contou que, ainda estudante universitária, viu-se na zona cinzenta entre o sexo consentido e o estupro. Não denunciou o episódio porque o agressor, que ela convidara a seu apartamento no "espírito de liberação" dos anos 1960, era um ator já de alguma fama e prestes a se tornar um queridinho da TV e mais tarde candidato ao Congresso americano. A filósofa preferiu não revelar o nome da celebridade. Em seu apelo contra a noção de homens acima da lei, Nussbaum, uma figura cativante e um pouco intimidadora, alta, de cabelos loiros vivos e voz potente, grave, perfeita para suas breves imitações da fala empostada de certos machões cheios de si, preferiu se concentrar em casos envolvendo outro tipo de figura pública quase intocável: astros do esporte. Não deixou de mencionar os políticos, mas acrescentou, bem-humorada, que estes são mais fáceis de vigiar e punir pois mais descartáveis, ao contrário de esportistas, "indivíduos cujos talentos valem muita grana para muita gente". EFEMÉRIDE GAY Londres resiste também em outras frentes à onda de ameaças a minorias. Em 2017, completam-se 50 anos da lei que descriminalizou a homossexualidade na Inglaterra. Na programação comemorativa há a reconstituição em detalhes, a partir da planta e de fotografias, de um clube gay clandestino perto de Covent Garden –fechado numa batida policial que resultou em mais de uma centena de prisões, nos anos 1930– e a aparição, pela primeira vez em solo britânico, de um retrato de corpo inteiro do jovem Oscar Wilde (1854-1900). O retrato é parte de uma exposição inédita intitulada "Queer British Art 1861-1967", que a Tate Britain inaugura dia 5 de abril. Cobre mais de um século do trabalho de artistas como Francis Bacon (1909-92), David Hockney –em cartaz na mesma galeria com uma extensa retrospectiva– e Duncan Grant (1885-1978), o extravagante pintor do grupo de Bloomsbury. PIONEIROS DA TOLERÂNCIA Imperdível ainda é a primeira e histórica retrospectiva de outro expoente de Bloomsbury, a pintora Vanessa Bell (1879-1961), na Dulwich Picture Gallery. Irmã de Virginia Woolf (1882-1941), Bell foi uma espécie de anfitriã permanente do grupo de intelectuais e artistas mais influente do início do século 20 na Inglaterra. Era em torno dela que gravitavam, além do marido, o crítico Clive Bell (1881-1964), o economista John Maynard Keynes (1883-1946), o biógrafo Lytton Strachey (1880-1932) e o pintor Roger Fry (1866-1934). Sem esquecer o próprio Duncan Grant, que se notabilizou (como o grupo todo, aliás) pela atitude favorável ao sexo livre. O passeio à vila no sul de Londres onde fica a galeria é também uma viagem pela intimidade desses pioneiros da tolerância. HUMANIDADE COMUM Quem preferir uma viagem pela intimidade de gente comum, e de um tempo ainda mais distante, tem a oportunidade perfeita com The Casebooks Project (bit.ly/1LngE3C). O projeto digitaliza prontuários redigidos por dois "astrólogos", híbridos de médicos generalistas e psicólogos, na virada do século 16 para o 17. As histórias ali contadas agora inspiram obras de seis artistas (entre eles o brasileiro Tunga, morto no ano passado), expostas até 23/4 na Universidade de Westminster. Os males da época podiam ser outros –os londrinos de então não se queixariam de ansiedade por atentados como o da semana que passou–, mas o que essa combinação de arte e ciência revela é, sobretudo, nossa humanidade comum através dos séculos. CHRISTIAN SCHWARTZ, 41, pesquisador visitante na FGV e em Cambridge, é jornalista e tradutor | 18 |
Juiz nega pedido, e contrato de Pato com Corinthians é mantido | O juiz do Trabalho André Eduardo Dorster Araujo indeferiu o pedido do atacante Alexandre Pato de rescindir seu contrato com o Corinthians em decisão liminar. O jogador acusava o clube de atrasar o pagamento de direitos de imagem (o que ele equiparava ao pagamento de salários) e de não depositar seu FGTS. Além disso, alegava que seria inviável retornar ao Corinthians devido às ameaças que teria sofrido quando atuava lá. A defesa do clube alvinegro, no entanto, conseguiu desconstruir a tese de que o direito de imagem do jogador seria equivalente ao salário, já que o atleta havia cedido em 2007 esses direitos para uma empresa da qual não é sócio. Além disso, apresentou documentos comprovando o pagamento dos direitos trabalhistas do jogador. Sobre as ameaças que o jogador havia sofrido, o juiz entendeu que foram fatos passados, acontecidos entre 2013 e 2014, e nos quais o Corinthians não teve culpa. Por isso, afirmou que os argumentos não eram válidos para o caso. Com base nessas evidências, o juiz decidiu negar o pedido de tutela antecipada do atacante –o que causaria a rescisão imediata do contrato entre Pato e o Corinthians. A decisão definitiva do caso só deve sair após a audiência entre as duas partes, que está marcada para o dia 3 de setembro. | esporte | Juiz nega pedido, e contrato de Pato com Corinthians é mantidoO juiz do Trabalho André Eduardo Dorster Araujo indeferiu o pedido do atacante Alexandre Pato de rescindir seu contrato com o Corinthians em decisão liminar. O jogador acusava o clube de atrasar o pagamento de direitos de imagem (o que ele equiparava ao pagamento de salários) e de não depositar seu FGTS. Além disso, alegava que seria inviável retornar ao Corinthians devido às ameaças que teria sofrido quando atuava lá. A defesa do clube alvinegro, no entanto, conseguiu desconstruir a tese de que o direito de imagem do jogador seria equivalente ao salário, já que o atleta havia cedido em 2007 esses direitos para uma empresa da qual não é sócio. Além disso, apresentou documentos comprovando o pagamento dos direitos trabalhistas do jogador. Sobre as ameaças que o jogador havia sofrido, o juiz entendeu que foram fatos passados, acontecidos entre 2013 e 2014, e nos quais o Corinthians não teve culpa. Por isso, afirmou que os argumentos não eram válidos para o caso. Com base nessas evidências, o juiz decidiu negar o pedido de tutela antecipada do atacante –o que causaria a rescisão imediata do contrato entre Pato e o Corinthians. A decisão definitiva do caso só deve sair após a audiência entre as duas partes, que está marcada para o dia 3 de setembro. | 4 |
Médicos usam técnica de "costura facial" para tratar flacidez | Com agulha e uma linha especial, o médico costura a pele sobressalente, criando um efeito repuxado. A ideia parece intuitiva demais para funcionar, mas é assim que é feita a "sutura silhouette", um procedimento de combate à flacidez que vem ganhando adesão em consultórios de dermatologistas e cirurgiões plásticos. A técnica não é exatamente nova: foi liberada no Brasil no final de 2013, mas médicos afirmam que somente agora está se popularizando. "Ela serve para um estágio de flacidez moderada que já não pode ser resolvida com radiofrequência, mas que também não mereceria uma ritidoplastia (lifiting)", conta o cirurgião plástico Alieksiéi Carrijo, porta-voz do fabricante dos fios usados no procedimento. Costura facial "De modo geral, eu aconselharia radiofrequência para uma pessoa de 30 e um trabalho com linhas em alguém com mais de 40 anos", diz a dermatologista Heloisa Hofmeister. Com uma agulha, o médico faz pequenos furos no rosto do paciente por onde insere um fio de ácido polilático com minúsculos cones presos a ele. Os cones aderem à camada subcutânea da pele, exercendo uma tração que puxa a pele para cima, dando um efeito de esticado. A linha fica presa a duas agulhas finas de 12 cm cada uma que servem de guia para que o médico costure a região, passando a linha pelo queixo e mandíbula do paciente até chegar à têmpora. No fim, linhas e microcones permanecem na pele e são aos poucos absorvidos pelo organismo. Essa absorção tem um ponto positivo: enquanto está na pele, o material libera ácido L-polilático, que estimula a produção de colágeno, proteína responsável pela firmeza. "É a sustância mais eficaz que existe para estimular o colágeno", afirma Carrijo sobre o ácido. O lado negativo é que, justamente por ser assimilado pelo corpo, o fio tem validade definida: menos de dois anos, segundo o fabricante. Menos invasivo que o lifting, que de fato reposiciona a musculatura do rosto, o procedimento é feito no consultório, com anestesia local. Dura cerca de 40 minutos e não demanda pré ou pós-operatório. Os resultados são imediatamente visíveis e melhoram dentro de dois meses, segundo Carrijo. A técnica pode ser usada para corrigir "papada", "bigode chinês" ou para levantar a sobrancelha. Também funciona no pescoço, braços, seios, abdômen e em qualquer outra região em que haja flacidez moderada. No corpo, o fio usado tem mais cones do que aqueles destinados ao rosto, para aumentar a tração. Assim como no lifiting, o resultado depende muito da mão do médico, e da expectativa do paciente. "É mais difícil pesar a mão com essa técnica, o resultado tende a ser mais natural. E, se a pessoa não gostar, sabe que o efeito é temporário", diz Carrijo. Em geral, são usados de dois a quatro fios e o procedimento custa entre R$ 5 mil e R$ 9 mil. Embora seja mais barato do que um lifting, pode ser mais custoso por conta do tempo de duração limitado. "No caso do 'sutura', o fio é decomposto e nós sabemos mais ou menos em quanto tempo isso acontece, mas nenhum procedimento antienvelhecimento é eterno. A pessoa continua envelhecendo, uma hora precisa refazer o procedimento se quiser manter o efeito", diz Hofmeister. CONTRAPONTO Para José Octávio de Freitas, diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, "sutura silhouette" é modismo que não compensa. "Todo mundo quer encontrar uma fórmula mágica para ter um efeito de cirurgia sem fazer algo invasivo, mas o efeito é efêmero. Em alguns pacientes, dura poucas semanas. Em quase ninguém vai durar dois anos", diz Freitas. "Está todo mundo usando essa técnica, como já usaram fio de ouro e fio russo no passado, mas a evidência científica de que isso traga um benefício consistente é parca e não se sustenta", afirma o cirurgião. | equilibrioesaude | Médicos usam técnica de "costura facial" para tratar flacidezCom agulha e uma linha especial, o médico costura a pele sobressalente, criando um efeito repuxado. A ideia parece intuitiva demais para funcionar, mas é assim que é feita a "sutura silhouette", um procedimento de combate à flacidez que vem ganhando adesão em consultórios de dermatologistas e cirurgiões plásticos. A técnica não é exatamente nova: foi liberada no Brasil no final de 2013, mas médicos afirmam que somente agora está se popularizando. "Ela serve para um estágio de flacidez moderada que já não pode ser resolvida com radiofrequência, mas que também não mereceria uma ritidoplastia (lifiting)", conta o cirurgião plástico Alieksiéi Carrijo, porta-voz do fabricante dos fios usados no procedimento. Costura facial "De modo geral, eu aconselharia radiofrequência para uma pessoa de 30 e um trabalho com linhas em alguém com mais de 40 anos", diz a dermatologista Heloisa Hofmeister. Com uma agulha, o médico faz pequenos furos no rosto do paciente por onde insere um fio de ácido polilático com minúsculos cones presos a ele. Os cones aderem à camada subcutânea da pele, exercendo uma tração que puxa a pele para cima, dando um efeito de esticado. A linha fica presa a duas agulhas finas de 12 cm cada uma que servem de guia para que o médico costure a região, passando a linha pelo queixo e mandíbula do paciente até chegar à têmpora. No fim, linhas e microcones permanecem na pele e são aos poucos absorvidos pelo organismo. Essa absorção tem um ponto positivo: enquanto está na pele, o material libera ácido L-polilático, que estimula a produção de colágeno, proteína responsável pela firmeza. "É a sustância mais eficaz que existe para estimular o colágeno", afirma Carrijo sobre o ácido. O lado negativo é que, justamente por ser assimilado pelo corpo, o fio tem validade definida: menos de dois anos, segundo o fabricante. Menos invasivo que o lifting, que de fato reposiciona a musculatura do rosto, o procedimento é feito no consultório, com anestesia local. Dura cerca de 40 minutos e não demanda pré ou pós-operatório. Os resultados são imediatamente visíveis e melhoram dentro de dois meses, segundo Carrijo. A técnica pode ser usada para corrigir "papada", "bigode chinês" ou para levantar a sobrancelha. Também funciona no pescoço, braços, seios, abdômen e em qualquer outra região em que haja flacidez moderada. No corpo, o fio usado tem mais cones do que aqueles destinados ao rosto, para aumentar a tração. Assim como no lifiting, o resultado depende muito da mão do médico, e da expectativa do paciente. "É mais difícil pesar a mão com essa técnica, o resultado tende a ser mais natural. E, se a pessoa não gostar, sabe que o efeito é temporário", diz Carrijo. Em geral, são usados de dois a quatro fios e o procedimento custa entre R$ 5 mil e R$ 9 mil. Embora seja mais barato do que um lifting, pode ser mais custoso por conta do tempo de duração limitado. "No caso do 'sutura', o fio é decomposto e nós sabemos mais ou menos em quanto tempo isso acontece, mas nenhum procedimento antienvelhecimento é eterno. A pessoa continua envelhecendo, uma hora precisa refazer o procedimento se quiser manter o efeito", diz Hofmeister. CONTRAPONTO Para José Octávio de Freitas, diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, "sutura silhouette" é modismo que não compensa. "Todo mundo quer encontrar uma fórmula mágica para ter um efeito de cirurgia sem fazer algo invasivo, mas o efeito é efêmero. Em alguns pacientes, dura poucas semanas. Em quase ninguém vai durar dois anos", diz Freitas. "Está todo mundo usando essa técnica, como já usaram fio de ouro e fio russo no passado, mas a evidência científica de que isso traga um benefício consistente é parca e não se sustenta", afirma o cirurgião. | 8 |
Leitor manifesta satisfação com apreensão de carros de Collor | Brasileiros que tiveram seu dinheiro confiscado de maneira truculenta e arbitrária na era Collor e sobreviveram puderam dar boas gargalhadas quando viram a "frota'' de automóveis caríssimos saindo da Casa da Dinda (Ação policial amplia pressão contra políticos na Lava Jato). Na época do confisco, nós, brasileiros que trabalhamos duro para conquistar algum dinheiro honestamente, também ficamos indignados com tal atitude, pois perdemos de um dia para o outro tudo o que tínhamos economizado. Valeu, Justiça! CLAUDIR JOSÉ MANDELLI, engenheiro (Tupã, SP) * Carros não são de bom augúrio para Fernando Collor. Quando presidente, em 1992, caiu por causa de um Fiat Elba comprado com dinheiro sujo. Agora, como senador, foi pego pela polícia com três automóveis de luxo. Parece que o impeachment não ensinou nada a esse senhor. LEILA E. LEITÃO, pedagoga (São Paulo, SP) * Os reclamões insurgem-se contra as apreensões da Polícia Federal. Ora, esses atos não foram realizados levianamente. Muito pelo contrário: estão respaldados em decisão judicial de ministro do Supremo Tribunal Federal. Não há razão para protestos contra a ação da PF, que apenas cumpre sua obrigação institucional. PEDRO LUÍS DE CAMPOS VERGUEIRO (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected] | paineldoleitor | Leitor manifesta satisfação com apreensão de carros de CollorBrasileiros que tiveram seu dinheiro confiscado de maneira truculenta e arbitrária na era Collor e sobreviveram puderam dar boas gargalhadas quando viram a "frota'' de automóveis caríssimos saindo da Casa da Dinda (Ação policial amplia pressão contra políticos na Lava Jato). Na época do confisco, nós, brasileiros que trabalhamos duro para conquistar algum dinheiro honestamente, também ficamos indignados com tal atitude, pois perdemos de um dia para o outro tudo o que tínhamos economizado. Valeu, Justiça! CLAUDIR JOSÉ MANDELLI, engenheiro (Tupã, SP) * Carros não são de bom augúrio para Fernando Collor. Quando presidente, em 1992, caiu por causa de um Fiat Elba comprado com dinheiro sujo. Agora, como senador, foi pego pela polícia com três automóveis de luxo. Parece que o impeachment não ensinou nada a esse senhor. LEILA E. LEITÃO, pedagoga (São Paulo, SP) * Os reclamões insurgem-se contra as apreensões da Polícia Federal. Ora, esses atos não foram realizados levianamente. Muito pelo contrário: estão respaldados em decisão judicial de ministro do Supremo Tribunal Federal. Não há razão para protestos contra a ação da PF, que apenas cumpre sua obrigação institucional. PEDRO LUÍS DE CAMPOS VERGUEIRO (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected] | 16 |
Pedido de prisão de Lula chega à vara da Lava Jato | Os autos do pedido de prisão contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva elaborado pelo Ministério Público de São Paulo chegaram à 13ª Vara Criminal da Justiça Federal em Curitiba (PR), onde tramitam os processos da Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras. Porém, o pedido está sem andamento pois o STF (Supremo Tribunal Federal) ainda não decidiu se Lula poderá assumir o cargo de ministro da Casa Civil, o que definirá onde os processos relativos ao ex-presidente deverão tramitar. Em 14 de março, a juíza da 4ª Vara Criminal da capital paulista Maria Priscilla Veiga Oliveira, que estava incumbida de decidir sobre a prisão de Lula, decidiu transferir o caso para a vara federal em Curitiba, que tem como titular o juiz Sergio Moro. De acordo com o despacho da magistrada, as acusações da promotoria de São Paulo de que Lula teria cometido crimes de lavagem de dinheiro visam "trazer para o âmbito estadual algo que já é objeto de apuração e processamento pelo Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) e pelo Ministério Público Federal". Em três trechos da decisão, a juíza afirma que a promotoria não apontou a origem da lavagem de dinheiro e que tal apuração está em curso na Lava Jato. "Pelo que consta daquelas investigações e processos, e do que decorre logicamente das imputações feitas nesta demanda, a lavagem de dinheiro teria como crime antecedente desvios da Petrobras", escreveu. "Inexiste na narrativa da denúncia ora apresentada [do Ministério Público do Estado de São Paulo], repise-se, a origem do favorecimento ao ex-presidente da República e sua família, e tal vínculo, como também já ponderado, está contido nos processos que tramitam na "Operação Lava Jato", acrescentou. Segundo a magistrada, há outro motivo para que a causa seja transferida para a Justiça Federal. O Ministério Público estadual apontou que o ex-presidente cometeu crime de falsidade ideológica ao não informar à Receita Federal o número correto do imóvel reservado a ele no condomínio em Guarujá. Para a juíza, se houve declaração falsa à Receita, a competência é da Justiça Federal. Oliveira afirmou que parte do caso pode voltar a São Paulo caso Moro entenda que a denúncia, além da acusação contra Lula, traz crimes de competência estadual contra outros suspeitos. Na denúncia, a Promotoria aponta que dirigentes da cooperativa habitacional Bancoop e da construtora OAS cometeram delitos que lesaram clientes da cooperativa. O Ministério Público de São Paulo pediu a prisão do ex-presidente em denúncia apresentada no dia 9 de março sobre o tríplex em Guarujá (litoral de São Paulo), que teria sido preparado para a família do petista. O ex-presidente é acusado de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, crimes que podem render de 3 a 10 anos e de 1 a 3 anos de prisão, respectivamente. Sua mulher, Marisa Letícia, e um dos filhos do casal, Fábio Luís Lula da Silva, também são acusados de lavagem de dinheiro. A denúncia contra Lula tem 36 volumes. A defesa do ex-presidente e seus familiares nega a prática dos crimes. | poder | Pedido de prisão de Lula chega à vara da Lava JatoOs autos do pedido de prisão contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva elaborado pelo Ministério Público de São Paulo chegaram à 13ª Vara Criminal da Justiça Federal em Curitiba (PR), onde tramitam os processos da Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras. Porém, o pedido está sem andamento pois o STF (Supremo Tribunal Federal) ainda não decidiu se Lula poderá assumir o cargo de ministro da Casa Civil, o que definirá onde os processos relativos ao ex-presidente deverão tramitar. Em 14 de março, a juíza da 4ª Vara Criminal da capital paulista Maria Priscilla Veiga Oliveira, que estava incumbida de decidir sobre a prisão de Lula, decidiu transferir o caso para a vara federal em Curitiba, que tem como titular o juiz Sergio Moro. De acordo com o despacho da magistrada, as acusações da promotoria de São Paulo de que Lula teria cometido crimes de lavagem de dinheiro visam "trazer para o âmbito estadual algo que já é objeto de apuração e processamento pelo Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) e pelo Ministério Público Federal". Em três trechos da decisão, a juíza afirma que a promotoria não apontou a origem da lavagem de dinheiro e que tal apuração está em curso na Lava Jato. "Pelo que consta daquelas investigações e processos, e do que decorre logicamente das imputações feitas nesta demanda, a lavagem de dinheiro teria como crime antecedente desvios da Petrobras", escreveu. "Inexiste na narrativa da denúncia ora apresentada [do Ministério Público do Estado de São Paulo], repise-se, a origem do favorecimento ao ex-presidente da República e sua família, e tal vínculo, como também já ponderado, está contido nos processos que tramitam na "Operação Lava Jato", acrescentou. Segundo a magistrada, há outro motivo para que a causa seja transferida para a Justiça Federal. O Ministério Público estadual apontou que o ex-presidente cometeu crime de falsidade ideológica ao não informar à Receita Federal o número correto do imóvel reservado a ele no condomínio em Guarujá. Para a juíza, se houve declaração falsa à Receita, a competência é da Justiça Federal. Oliveira afirmou que parte do caso pode voltar a São Paulo caso Moro entenda que a denúncia, além da acusação contra Lula, traz crimes de competência estadual contra outros suspeitos. Na denúncia, a Promotoria aponta que dirigentes da cooperativa habitacional Bancoop e da construtora OAS cometeram delitos que lesaram clientes da cooperativa. O Ministério Público de São Paulo pediu a prisão do ex-presidente em denúncia apresentada no dia 9 de março sobre o tríplex em Guarujá (litoral de São Paulo), que teria sido preparado para a família do petista. O ex-presidente é acusado de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, crimes que podem render de 3 a 10 anos e de 1 a 3 anos de prisão, respectivamente. Sua mulher, Marisa Letícia, e um dos filhos do casal, Fábio Luís Lula da Silva, também são acusados de lavagem de dinheiro. A denúncia contra Lula tem 36 volumes. A defesa do ex-presidente e seus familiares nega a prática dos crimes. | 0 |
Feira da Vila Madalena terá rua só para crianças neste domingo | Neste ano, a Feira da Vila Madalena, evento que reúne artesanato, gastronomia e música no bairro da zona oeste de São Paulo, terá um lugar exclusivo para crianças neste domingo (23). Na rua Felipe de Alcaçova (entre a Fidalga e a Fradique Coutinho), o chamado espaço Cultivando Leitores terá contação de histórias, teatro de fantoches, escultura em balão e maquiagens artísticas para os pequenos. Haverá também jogos, brincadeiras e oficinas, além de um local de leitura para crianças e adultos na rua das crianças, iniciativa da editora FTD. Esta é a 38ª edição da feira, realizada anualmente pelo Centro Cultural Vila Madalena (CCVM). Ela acontece nos trechos das ruas Wisard, Fidalga, Fradique Coutinho e Mourato Coelho. * PROGRAMAÇÃO COMPLETA 10h - Abertura do espaço 10h30 - Atividade recreativa 11h - Contação de histórias 11h30 - Atividade recreativa 12h - Oficina de encadernação criativa 12h30 - Atividade recreativa 13h - Contação de histórias 13h30 - Atividade recreativa 14h - Oficina de criação de fantoches de meia 15h - Teatro de fantoches 16h - Oficina de confecção de marcadores de páginas 16h30 - Contação de Historias 17h - Encerramento PARA CONFERIR Espaço Cultivando leitores - 38ª Feira da Vila ONDE r. Felipe de Alcaçova (entre as ruas Fidalga e Fradique Coutinho) QUANDO 23 de agosto, das 10h às 17h QUANTO grátis | folhinha | Feira da Vila Madalena terá rua só para crianças neste domingoNeste ano, a Feira da Vila Madalena, evento que reúne artesanato, gastronomia e música no bairro da zona oeste de São Paulo, terá um lugar exclusivo para crianças neste domingo (23). Na rua Felipe de Alcaçova (entre a Fidalga e a Fradique Coutinho), o chamado espaço Cultivando Leitores terá contação de histórias, teatro de fantoches, escultura em balão e maquiagens artísticas para os pequenos. Haverá também jogos, brincadeiras e oficinas, além de um local de leitura para crianças e adultos na rua das crianças, iniciativa da editora FTD. Esta é a 38ª edição da feira, realizada anualmente pelo Centro Cultural Vila Madalena (CCVM). Ela acontece nos trechos das ruas Wisard, Fidalga, Fradique Coutinho e Mourato Coelho. * PROGRAMAÇÃO COMPLETA 10h - Abertura do espaço 10h30 - Atividade recreativa 11h - Contação de histórias 11h30 - Atividade recreativa 12h - Oficina de encadernação criativa 12h30 - Atividade recreativa 13h - Contação de histórias 13h30 - Atividade recreativa 14h - Oficina de criação de fantoches de meia 15h - Teatro de fantoches 16h - Oficina de confecção de marcadores de páginas 16h30 - Contação de Historias 17h - Encerramento PARA CONFERIR Espaço Cultivando leitores - 38ª Feira da Vila ONDE r. Felipe de Alcaçova (entre as ruas Fidalga e Fradique Coutinho) QUANDO 23 de agosto, das 10h às 17h QUANTO grátis | 27 |
Reforma imita Europa só na idade mínima e desvaloriza a mulher | É tentador se referir a medidas adotadas por países desenvolvidos na hora de avaliar as propostas que estão na mesa para a reforma da Previdência brasileira. Elas, porém, partem de realidades diferentes. É o caso do projeto de igualar a idade mínima para homens e mulheres requererem o benefício, algo adotado pela União Europeia (UE) e implementado de maneira progressiva por muitos países-membros. Aqui, a proposta do governo Michel Temer (PMDB) é de cravar em 65 anos a idade para ambos os sexos. Hoje, elas podem se aposentar com 60 anos; eles, com 65. O que ampara a ideia de uma idade menor para mulheres é que esse seria um artifício de correção das distorções de gênero no acesso ao mercado de trabalho. Entre as iniquidades no setor estão diferenças salariais e de horas semanais dedicadas a atividades não-remuneradas —um eufemismo para os cuidados com a casa e com os filhos. No Brasil, mulheres trabalham 7,5 horas a mais que homens quando somados os afazeres domésticos, segundo estudo baseado em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na atividade profissional, recebem 24% menos que homens. Na Itália, por exemplo, essa discrepância salarial é de apenas 5% (a mais baixa da Europa), segundo a UE. Lá, as mulheres trabalham 6,6 horas semanais a mais que os homens, de acordo com a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OECD). Como apontou Leandro Narloch em sua coluna no site da Folha, a Itália "foi condenada pelo Tribunal de Justiça da União Europeia por causa da disparidade etária" entre homens e mulheres e, apenas em 2018, a idade de aposentadoria será igualada em 66 anos e 7 meses para os dois sexos. A Inglaterra também deve igualar as idades apenas em 2018. Por lá, mulheres recebem 18% menos que homens e trabalham 3 horas a mais que eles por semana. Isso indica que, mesmo com disparidades de gênero no mercado de trabalho menores que as brasileiras, esses países ainda não deram o passo que o Brasil quer dar, assim, de repente. Mais que isso: desde 2007, a igualdade de gênero é uma meta central e permanente da Comissão Europeia (braço executivo da UE). Enquanto isso, no Brasil (país cujo atual presidente só comete gafes quando o assunto é gênero), esse mesmo tema foi excluído até mesmo dos debates nas escolas, vetado nos planos de educação. A partir de 2010, a Comissão da UE passou a desenvolver estratégias de promoção da independência financeira equânime para homens e mulheres. As recomendações aos países membros vão de ampliação da oferta de creches a igualdade no acesso a posições de tomada de decisão, nas esferas pública e privada, além da equiparação salarial. Na França, por exemplo, há mais de dez anos estão previstas sanções a empresas que não praticam os mesmos salários para homens e mulheres nas mesmas posições. Duas foram condenadas em 2013. É preciso atentar, portanto, para o fato de que os países nos quais nos espelhamos tratam certas mudanças estruturais como processo, e não como mágica. Isso é injusto com certa parcela minoritária dos homens? Aqueles que, contrariando as estatísticas, dividem o trabalho doméstico ou mesmo o assumem sozinhos? Provavelmente. No entanto, como parece ser impraticável a inclusão das horas "trabalhadas" no cuidado com os filhos e a casa no cálculo da aposentadoria, a eles restaria militar pela igualdade de gênero em todo o percurso que antecede a Previdência. | mercado | Reforma imita Europa só na idade mínima e desvaloriza a mulherÉ tentador se referir a medidas adotadas por países desenvolvidos na hora de avaliar as propostas que estão na mesa para a reforma da Previdência brasileira. Elas, porém, partem de realidades diferentes. É o caso do projeto de igualar a idade mínima para homens e mulheres requererem o benefício, algo adotado pela União Europeia (UE) e implementado de maneira progressiva por muitos países-membros. Aqui, a proposta do governo Michel Temer (PMDB) é de cravar em 65 anos a idade para ambos os sexos. Hoje, elas podem se aposentar com 60 anos; eles, com 65. O que ampara a ideia de uma idade menor para mulheres é que esse seria um artifício de correção das distorções de gênero no acesso ao mercado de trabalho. Entre as iniquidades no setor estão diferenças salariais e de horas semanais dedicadas a atividades não-remuneradas —um eufemismo para os cuidados com a casa e com os filhos. No Brasil, mulheres trabalham 7,5 horas a mais que homens quando somados os afazeres domésticos, segundo estudo baseado em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na atividade profissional, recebem 24% menos que homens. Na Itália, por exemplo, essa discrepância salarial é de apenas 5% (a mais baixa da Europa), segundo a UE. Lá, as mulheres trabalham 6,6 horas semanais a mais que os homens, de acordo com a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OECD). Como apontou Leandro Narloch em sua coluna no site da Folha, a Itália "foi condenada pelo Tribunal de Justiça da União Europeia por causa da disparidade etária" entre homens e mulheres e, apenas em 2018, a idade de aposentadoria será igualada em 66 anos e 7 meses para os dois sexos. A Inglaterra também deve igualar as idades apenas em 2018. Por lá, mulheres recebem 18% menos que homens e trabalham 3 horas a mais que eles por semana. Isso indica que, mesmo com disparidades de gênero no mercado de trabalho menores que as brasileiras, esses países ainda não deram o passo que o Brasil quer dar, assim, de repente. Mais que isso: desde 2007, a igualdade de gênero é uma meta central e permanente da Comissão Europeia (braço executivo da UE). Enquanto isso, no Brasil (país cujo atual presidente só comete gafes quando o assunto é gênero), esse mesmo tema foi excluído até mesmo dos debates nas escolas, vetado nos planos de educação. A partir de 2010, a Comissão da UE passou a desenvolver estratégias de promoção da independência financeira equânime para homens e mulheres. As recomendações aos países membros vão de ampliação da oferta de creches a igualdade no acesso a posições de tomada de decisão, nas esferas pública e privada, além da equiparação salarial. Na França, por exemplo, há mais de dez anos estão previstas sanções a empresas que não praticam os mesmos salários para homens e mulheres nas mesmas posições. Duas foram condenadas em 2013. É preciso atentar, portanto, para o fato de que os países nos quais nos espelhamos tratam certas mudanças estruturais como processo, e não como mágica. Isso é injusto com certa parcela minoritária dos homens? Aqueles que, contrariando as estatísticas, dividem o trabalho doméstico ou mesmo o assumem sozinhos? Provavelmente. No entanto, como parece ser impraticável a inclusão das horas "trabalhadas" no cuidado com os filhos e a casa no cálculo da aposentadoria, a eles restaria militar pela igualdade de gênero em todo o percurso que antecede a Previdência. | 2 |
Temer, inspire-se em Trump e corte impostos | John Fitzgerald Kennedy, o 35º presidente dos EUA, embora tivesse sido aluno de John Kenneth Galbraith, em Harvard, pouco sabia sobre economia. Certa vez, confessou ser incapaz de lembrar a diferença entre política monetária e fiscal. Ao assumir a Presidência, em 20 de janeiro de 1961, Kennedy nomeou o banqueiro republicano Douglas Dillon para a Secretaria do Tesouro. No Fed, o banco central dos EUA, colocou William McChesney Martin Jr, cujo papel definiu assim: o homem encarregado de "levar embora o jarro de ponche justamente quando a festa estiver começando", ou seja, frear a inflação que acompanhava o gasto público via aumento dos juros. Já na Casa Branca, Kennedy foi estimulado por assessores, principalmente por Paul Samuelson (1915-2009), a adotar uma drástica redução de impostos. A ideia era que essa redução injetasse dinheiro na economia para incentivar a demanda com tanta eficiência quanto um eventual aumento dos gastos públicos. Kennedy reagiu: "Acabei de fazer uma campanha com uma plataforma de responsabilidade fiscal e vocês vêm me dizer que a primeira medida a tomar será a redução de impostos?". Acabou, porém, aceitando a proposta e a enviou ao Congresso. Conservadores e keynesianos foram contra o projeto. Os primeiros, por considerar temerário cortar tributos num momento de deficit. Os segundos, principalmente Galbraith, por entender que o corte de impostos seria uma forma reacionária de keynesianismo –ele preferia o aumento direto dos gastos públicos. Esses momentos estão descritos em "Keynes x Hayek", escrito pelo jornalista Nicholas Wapshott. A proposta de Kennedy ficou parada no Senado até seu assassinato, em 1963. Lyndon Johnson assumiu a Presidência prometendo manter o legado de Kennedy e conseguiu aprovar a redução de impostos, em 1964. Wapshott observa que, "em quatro anos, ficou provado que os críticos da redução de impostos, à esquerda e à direita, estavam errados. A receita tributária federal subiu US$ 40 bilhões, o PIB cresceu 6,4% em 1965 e 6,6% em 1966. O desemprego caiu de 5,2% em 1964 para 2,9% em 1966, e a inflação manteve-se estável na faixa de 2% a 3% ao ano. Os anos 1960, narra Wapshott, foram uma década de riqueza sem paralelo para os EUA. O trabalhador médio prosperou, comprou TV em cores, pôs o segundo carro na garagem e Johnson fez uma espécie de guerra contra a pobreza, com a criação do Medicare e do Medicaid. Richard Nixon entrou na Casa Branca, em 1969, disposto a acabar com a gastança. Mas enfrentou logo uma pequena recessão e um aumento do desemprego e mudou o rumo. "Agora sou keynesiano na economia", declarou, sob protestos de colegas republicanos. Seu conselheiro Milton Friedman disse certa vez que ele foi "o mais socialista dos presidentes dos EUA no século 20". De fato, Nixon endossou medidas intervencionistas inimagináveis para um republicano conservador. E seu governo sofreu "um golpe mortal", observa Whapshott, quando sobreveio a primeira grande crise do petróleo, que quadruplicou os preços da gasolina. Vieram então duas décadas em que o intervencionismo keynesiano foi declarado morto e enterrado. Até que, na grande crise de 2007/8, George W.Bush e, depois, Barack Obama salvaram o sistema financeiro com medidas escancaradamente intervencionistas. Agora, Donald Trump, ultraconservador, está eleito presidente já prometeu baixar impostos. Certamente, não há uma única forma de pensar a economia nem um único remédio para curá-la quando doente. | colunas | Temer, inspire-se em Trump e corte impostosJohn Fitzgerald Kennedy, o 35º presidente dos EUA, embora tivesse sido aluno de John Kenneth Galbraith, em Harvard, pouco sabia sobre economia. Certa vez, confessou ser incapaz de lembrar a diferença entre política monetária e fiscal. Ao assumir a Presidência, em 20 de janeiro de 1961, Kennedy nomeou o banqueiro republicano Douglas Dillon para a Secretaria do Tesouro. No Fed, o banco central dos EUA, colocou William McChesney Martin Jr, cujo papel definiu assim: o homem encarregado de "levar embora o jarro de ponche justamente quando a festa estiver começando", ou seja, frear a inflação que acompanhava o gasto público via aumento dos juros. Já na Casa Branca, Kennedy foi estimulado por assessores, principalmente por Paul Samuelson (1915-2009), a adotar uma drástica redução de impostos. A ideia era que essa redução injetasse dinheiro na economia para incentivar a demanda com tanta eficiência quanto um eventual aumento dos gastos públicos. Kennedy reagiu: "Acabei de fazer uma campanha com uma plataforma de responsabilidade fiscal e vocês vêm me dizer que a primeira medida a tomar será a redução de impostos?". Acabou, porém, aceitando a proposta e a enviou ao Congresso. Conservadores e keynesianos foram contra o projeto. Os primeiros, por considerar temerário cortar tributos num momento de deficit. Os segundos, principalmente Galbraith, por entender que o corte de impostos seria uma forma reacionária de keynesianismo –ele preferia o aumento direto dos gastos públicos. Esses momentos estão descritos em "Keynes x Hayek", escrito pelo jornalista Nicholas Wapshott. A proposta de Kennedy ficou parada no Senado até seu assassinato, em 1963. Lyndon Johnson assumiu a Presidência prometendo manter o legado de Kennedy e conseguiu aprovar a redução de impostos, em 1964. Wapshott observa que, "em quatro anos, ficou provado que os críticos da redução de impostos, à esquerda e à direita, estavam errados. A receita tributária federal subiu US$ 40 bilhões, o PIB cresceu 6,4% em 1965 e 6,6% em 1966. O desemprego caiu de 5,2% em 1964 para 2,9% em 1966, e a inflação manteve-se estável na faixa de 2% a 3% ao ano. Os anos 1960, narra Wapshott, foram uma década de riqueza sem paralelo para os EUA. O trabalhador médio prosperou, comprou TV em cores, pôs o segundo carro na garagem e Johnson fez uma espécie de guerra contra a pobreza, com a criação do Medicare e do Medicaid. Richard Nixon entrou na Casa Branca, em 1969, disposto a acabar com a gastança. Mas enfrentou logo uma pequena recessão e um aumento do desemprego e mudou o rumo. "Agora sou keynesiano na economia", declarou, sob protestos de colegas republicanos. Seu conselheiro Milton Friedman disse certa vez que ele foi "o mais socialista dos presidentes dos EUA no século 20". De fato, Nixon endossou medidas intervencionistas inimagináveis para um republicano conservador. E seu governo sofreu "um golpe mortal", observa Whapshott, quando sobreveio a primeira grande crise do petróleo, que quadruplicou os preços da gasolina. Vieram então duas décadas em que o intervencionismo keynesiano foi declarado morto e enterrado. Até que, na grande crise de 2007/8, George W.Bush e, depois, Barack Obama salvaram o sistema financeiro com medidas escancaradamente intervencionistas. Agora, Donald Trump, ultraconservador, está eleito presidente já prometeu baixar impostos. Certamente, não há uma única forma de pensar a economia nem um único remédio para curá-la quando doente. | 10 |
Presidente da Colômbia assina decreto que regula uso medicinal da maconha | O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, assinou nesta terça-feira (22) o decreto que regulamenta no país o uso medicinal e científico da maconha. Pela decisão, estão autorizados o cultivo, a transformação, a importação e a exportação da erva a partir de licenças a serem concedidas pelo Estado. Também foram definidas as condições das plantações e de fábricas. O responsável por dar as autorizações e fiscalizar o cumprimento da lei será o Conselho Nacional de Entorpecentes. O decreto visa complementar a lei que tramita no Congresso colombiano sobre o uso medicinal da droga. Em entrevista coletiva, Santos disse que este é um passo para colocar o país na vanguarda na cura a doenças. "O que queremos é que os pacientes possam ter acesso a remédios seguros, de qualidade e acessíveis." Por outro lado, o presidente disse que a decisão não muda o compromisso do país com o combate ao tráfico de drogas. A Colômbia tem a maior área de produção de folha de coca, base da cocaína, no mundo. O uso medicinal da maconha é permitido na Colômbia desde 1986, mas a lei nunca teve regulamentação. Apesar disso, podia-se cultivar até 20 pés da planta, o que gerou uma série de produtos fitoterápicos. A modalidade recreativa do consumo da maconha e sua comercialização para este fim continuam proibidos. No país, a posse de até 20 gramas da droga foi descriminalizada em 2012, por decisão do Tribunal Constitucional. Com a aprovação, a Colômbia torna-se o quarto país da região a permitir oficialmente o uso medicinal da maconha. Argentina, Chile e Peru aprovaram nos últimos meses o uso medicinal de derivados da droga. No Brasil, a Justiça ampliou em novembro a importação de remédios à base da erva. No início de outubro, o Uruguai anunciou ter escolhido as empresas privadas que vão produzir a maconha controlada pelo Estado, que deve começar a ser vendida no ano que vem —inclusive para uso recreativo. Além do Uruguai, apenas a Argentina descriminalizou o consumo recreativo da droga na América do Sul. No Brasil, o Supremo Tribunal Federal avalia a liberação, mas o processo não avançou desde que o ministro Teori Zavascki pediu vista do processo, em setembro. | mundo | Presidente da Colômbia assina decreto que regula uso medicinal da maconhaO presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, assinou nesta terça-feira (22) o decreto que regulamenta no país o uso medicinal e científico da maconha. Pela decisão, estão autorizados o cultivo, a transformação, a importação e a exportação da erva a partir de licenças a serem concedidas pelo Estado. Também foram definidas as condições das plantações e de fábricas. O responsável por dar as autorizações e fiscalizar o cumprimento da lei será o Conselho Nacional de Entorpecentes. O decreto visa complementar a lei que tramita no Congresso colombiano sobre o uso medicinal da droga. Em entrevista coletiva, Santos disse que este é um passo para colocar o país na vanguarda na cura a doenças. "O que queremos é que os pacientes possam ter acesso a remédios seguros, de qualidade e acessíveis." Por outro lado, o presidente disse que a decisão não muda o compromisso do país com o combate ao tráfico de drogas. A Colômbia tem a maior área de produção de folha de coca, base da cocaína, no mundo. O uso medicinal da maconha é permitido na Colômbia desde 1986, mas a lei nunca teve regulamentação. Apesar disso, podia-se cultivar até 20 pés da planta, o que gerou uma série de produtos fitoterápicos. A modalidade recreativa do consumo da maconha e sua comercialização para este fim continuam proibidos. No país, a posse de até 20 gramas da droga foi descriminalizada em 2012, por decisão do Tribunal Constitucional. Com a aprovação, a Colômbia torna-se o quarto país da região a permitir oficialmente o uso medicinal da maconha. Argentina, Chile e Peru aprovaram nos últimos meses o uso medicinal de derivados da droga. No Brasil, a Justiça ampliou em novembro a importação de remédios à base da erva. No início de outubro, o Uruguai anunciou ter escolhido as empresas privadas que vão produzir a maconha controlada pelo Estado, que deve começar a ser vendida no ano que vem —inclusive para uso recreativo. Além do Uruguai, apenas a Argentina descriminalizou o consumo recreativo da droga na América do Sul. No Brasil, o Supremo Tribunal Federal avalia a liberação, mas o processo não avançou desde que o ministro Teori Zavascki pediu vista do processo, em setembro. | 3 |
Atraso em obras do monotrilho cria 'efeito Minhocão' na zona leste de SP | O atraso na obra do monotrilho da linha 15-prata do metrô na gestão Geraldo Alckmin (PSDB) está causando um "efeito Minhocão" nos arredores da avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello, zona leste de São Paulo. Abandonados, imóveis desapropriados para a construção de estações e canteiros de obras viraram ponto de desova de lixo e, segundo moradores, passaram a atrair usuários de crack. Esse efeito de degradação é semelhante ao causado pelo elevado Costa e Silva, o Minhocão, cuja inauguração em 1971 levou à deterioração de seu entorno. O monotrilho também é uma via elevada, por onde circularão trens. Um dos motivos do atraso das obras é uma falha no projeto da linha. Engenheiros "descobriram" galerias de água que passam embaixo das futuras estações e terão de ser remanejadas, conforme a Folha revelou. Em frente à casa de Robério Souza das Neves, 31, na Vila Ema, um terreno desapropriado para a construção de uma casa de máquinas virou ponto de despejo de entulho. Antes, funcionava ali uma agência de venda de veículos. "Isso está atraindo um monte de rato e barata para a minha casa", diz ele. "Além disso, piorou a segurança e já até tentaram invadir minha casa quando eu não estava". A dona de casa Valdeci de Matos Santos, 65, reclama das pessoas que se reúnem para usar droga em um sofá largado no terreno. "Era para ser uma bênção [o monotrilho], mas por enquanto só piorou a nossa vida", afirma. A área onde seria construída a estação da Vila União também foi tomada por entulho. Em frente dela, o canteiro central da Anhaia Mello acumula material que seria usado nas obras, como vergalhões já enferrujados. Uma placa pede desculpas pelos transtornos e solicita aos pedestres que atravessem a via a 160 m dali. Os moradores, porém, cansaram de esperar. Passam ali mesmo, desviando do entulho. "Desde dezembro, não vejo ninguém trabalhando aí", afirma Rodney de Carvalho, 28, vendedor numa loja de veículos. Ele reclama da queda nas vendas devido aos transtornos trazidos à região. Por toda a avenida, é possível ver antigas lojas de veículos desativadas. Entre os motivos, segundo comerciantes, estão as interdições de vias e cruzamentos, que dificultam o acesso da clientela. Com entrega prevista para até o fim de 2015, o trajeto entre as estações Oratório e São Mateus, de 10,1 km, parece longe de ficar pronto. Hoje, o único trecho em operação tem 2,9 km, mas funciona somente das 9h às 14h. O Metrô de São Paulo afirma que notificou as empresas responsáveis pela obra da linha 15-prata para que solucionem os problemas de lixo e entulho na av. Luiz Ignácio de Anhaia Mello (zona leste). Informou, ainda, que haverá a intensificação da vigilância no local. Fotografia: DIEGO ARVATE Edição: GIOVANNI BELLO | cotidiano | Atraso em obras do monotrilho cria 'efeito Minhocão' na zona leste de SPO atraso na obra do monotrilho da linha 15-prata do metrô na gestão Geraldo Alckmin (PSDB) está causando um "efeito Minhocão" nos arredores da avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello, zona leste de São Paulo. Abandonados, imóveis desapropriados para a construção de estações e canteiros de obras viraram ponto de desova de lixo e, segundo moradores, passaram a atrair usuários de crack. Esse efeito de degradação é semelhante ao causado pelo elevado Costa e Silva, o Minhocão, cuja inauguração em 1971 levou à deterioração de seu entorno. O monotrilho também é uma via elevada, por onde circularão trens. Um dos motivos do atraso das obras é uma falha no projeto da linha. Engenheiros "descobriram" galerias de água que passam embaixo das futuras estações e terão de ser remanejadas, conforme a Folha revelou. Em frente à casa de Robério Souza das Neves, 31, na Vila Ema, um terreno desapropriado para a construção de uma casa de máquinas virou ponto de despejo de entulho. Antes, funcionava ali uma agência de venda de veículos. "Isso está atraindo um monte de rato e barata para a minha casa", diz ele. "Além disso, piorou a segurança e já até tentaram invadir minha casa quando eu não estava". A dona de casa Valdeci de Matos Santos, 65, reclama das pessoas que se reúnem para usar droga em um sofá largado no terreno. "Era para ser uma bênção [o monotrilho], mas por enquanto só piorou a nossa vida", afirma. A área onde seria construída a estação da Vila União também foi tomada por entulho. Em frente dela, o canteiro central da Anhaia Mello acumula material que seria usado nas obras, como vergalhões já enferrujados. Uma placa pede desculpas pelos transtornos e solicita aos pedestres que atravessem a via a 160 m dali. Os moradores, porém, cansaram de esperar. Passam ali mesmo, desviando do entulho. "Desde dezembro, não vejo ninguém trabalhando aí", afirma Rodney de Carvalho, 28, vendedor numa loja de veículos. Ele reclama da queda nas vendas devido aos transtornos trazidos à região. Por toda a avenida, é possível ver antigas lojas de veículos desativadas. Entre os motivos, segundo comerciantes, estão as interdições de vias e cruzamentos, que dificultam o acesso da clientela. Com entrega prevista para até o fim de 2015, o trajeto entre as estações Oratório e São Mateus, de 10,1 km, parece longe de ficar pronto. Hoje, o único trecho em operação tem 2,9 km, mas funciona somente das 9h às 14h. O Metrô de São Paulo afirma que notificou as empresas responsáveis pela obra da linha 15-prata para que solucionem os problemas de lixo e entulho na av. Luiz Ignácio de Anhaia Mello (zona leste). Informou, ainda, que haverá a intensificação da vigilância no local. Fotografia: DIEGO ARVATE Edição: GIOVANNI BELLO | 6 |
Aos 74 anos, Paul McCartney prepara novo álbum com a Capitol Records | O ex-Beatle Paul McCartney retornou ao estúdio para gravar um novo álbum, disse nesta quarta-feira (17) a gravadora Capitol Records ao anunciar um acordo com a lenda dos Beatles. O cantor de 74 anos disse estar "realmente emocionado" por seu novo contrato com a gravadora, que inclui um catálogo completo de sua carreira solo. A gravadora disse que o ícone musical, que continua fazendo shows pelo mundo, estava "trabalhando atualmente em um novo álbum", sem dar maiores detalhes. "A associação de Paul McCartney com a Capitol definiu em grande medida nosso legado histórico, e todos nós estamos muito orgulhosos e honrados de que ele tenha decidido voltar a essa casa", disse Steve Barnett, diretor-executivo do grupo. McCartney disse em uma entrevista à revista "Rolling Stones", na semana passada, que logo poderia precisar diminuir o ritmo em seu trabalho. | ilustrada | Aos 74 anos, Paul McCartney prepara novo álbum com a Capitol RecordsO ex-Beatle Paul McCartney retornou ao estúdio para gravar um novo álbum, disse nesta quarta-feira (17) a gravadora Capitol Records ao anunciar um acordo com a lenda dos Beatles. O cantor de 74 anos disse estar "realmente emocionado" por seu novo contrato com a gravadora, que inclui um catálogo completo de sua carreira solo. A gravadora disse que o ícone musical, que continua fazendo shows pelo mundo, estava "trabalhando atualmente em um novo álbum", sem dar maiores detalhes. "A associação de Paul McCartney com a Capitol definiu em grande medida nosso legado histórico, e todos nós estamos muito orgulhosos e honrados de que ele tenha decidido voltar a essa casa", disse Steve Barnett, diretor-executivo do grupo. McCartney disse em uma entrevista à revista "Rolling Stones", na semana passada, que logo poderia precisar diminuir o ritmo em seu trabalho. | 1 |
Barcelona busca milagre contra o Athletic para sonhar com 'sextete' | O Barcelona tentará operar um milagre nesta segunda-feira para se recuperar da goleada de 4 a 0 aplicada pelo Athletic Bilbao no jogo de ida da Supercopa da Espanha, o que significaria o quinto título de 2015 para o clube catalão. Os jogadores acreditam que o apoio dos torcedores no Camp Nou será essencial para fazer a equipe voltar a exibir a solidez defensiva mostrada na temporada anterior. O setor defensivo do Barcelona deixou a desejar nas duas últimas partidas, nas quais a equipe sofreu um total de oito gols. Após poupar cinco titulares no jogo de ida, o técnico Luis Enrique voltará a apostar na força máxima para buscar a virada. Sendo assim, voltarão ao time Gérard Piqué, Jérémy Mathieu, Sergio Busquets, Andrés Iniesta e Ivan Rakitic. Javier Mascherano, que jogou como volante no San Mamés, voltará para a zaga. O treinador novamente não poderá contar com duas peças importantes: o lateral-esquerdo Jordi Alba e Neymar. A dúvida para a partida é se Ter Stegen continuará como goleiro, após sofrer oito gols em duas partidas, ou se Claudio Bravo jogará pela primeira vez nesta temporada. "Não vejo os jogadores convencidos, e sim convencidíssmos. Sabemos da dificuldade, mas é um desafio ao alcance de uma equipe desse porte. Quando o Barça joga, tudo pode acontecer", disse Luis Enrique, confiante na virada. O Athletic Bilbao encara a partida de volta como uma oportunidade histórica de voltar a levantar uma taça após 31 anos, principalmente com o surpreendente resultado do primeiro jogo. O técnico Ernesto Valverde e seus jogadores se preparam para a partida cientes da grande oportunidade, mas com prudência devido ao potencial do adversário. O Athletic terá o desfalque de peças importantes na segunda-feira, como os lesionados Mikel Rico, Ander Iturraspe, Iñaki Williams e Iker Muniain. No entanto, o técnico deve evitar fazer mudanças no time devido ao desempenho no jogo de ida. "Eles [Barcelona] querem algo histórico, como conseguir todos os títulos do ano. Um título de seis significaria muito para eles, mas não o mesmo que para o Athletic, após tanto tempo sem conquistar um", afirmou Valverde. PROVÁVEIS ESCALAÇÕES Barcelona: Ter Stegen; Daniel Alves, Piqué, Mascherano e Mathieu; Busquets, Rakitic e Iniesta; Messi, Suárez e Pedro. Técnico: Luis Enrique. Athletic Bilbao: Iraizoz; De Marcos, Etxeita, Laporte e Balenziaga; San José, Beñat, Susaeta, Eraso e Lekue; Aduriz. Técnico: Ernesto Valderde. Árbitro: Carlos Velasco Carballo, auxiliado por Roberto Alonso Fernández e Marcos Álvarez Moreno. | esporte | Barcelona busca milagre contra o Athletic para sonhar com 'sextete'O Barcelona tentará operar um milagre nesta segunda-feira para se recuperar da goleada de 4 a 0 aplicada pelo Athletic Bilbao no jogo de ida da Supercopa da Espanha, o que significaria o quinto título de 2015 para o clube catalão. Os jogadores acreditam que o apoio dos torcedores no Camp Nou será essencial para fazer a equipe voltar a exibir a solidez defensiva mostrada na temporada anterior. O setor defensivo do Barcelona deixou a desejar nas duas últimas partidas, nas quais a equipe sofreu um total de oito gols. Após poupar cinco titulares no jogo de ida, o técnico Luis Enrique voltará a apostar na força máxima para buscar a virada. Sendo assim, voltarão ao time Gérard Piqué, Jérémy Mathieu, Sergio Busquets, Andrés Iniesta e Ivan Rakitic. Javier Mascherano, que jogou como volante no San Mamés, voltará para a zaga. O treinador novamente não poderá contar com duas peças importantes: o lateral-esquerdo Jordi Alba e Neymar. A dúvida para a partida é se Ter Stegen continuará como goleiro, após sofrer oito gols em duas partidas, ou se Claudio Bravo jogará pela primeira vez nesta temporada. "Não vejo os jogadores convencidos, e sim convencidíssmos. Sabemos da dificuldade, mas é um desafio ao alcance de uma equipe desse porte. Quando o Barça joga, tudo pode acontecer", disse Luis Enrique, confiante na virada. O Athletic Bilbao encara a partida de volta como uma oportunidade histórica de voltar a levantar uma taça após 31 anos, principalmente com o surpreendente resultado do primeiro jogo. O técnico Ernesto Valverde e seus jogadores se preparam para a partida cientes da grande oportunidade, mas com prudência devido ao potencial do adversário. O Athletic terá o desfalque de peças importantes na segunda-feira, como os lesionados Mikel Rico, Ander Iturraspe, Iñaki Williams e Iker Muniain. No entanto, o técnico deve evitar fazer mudanças no time devido ao desempenho no jogo de ida. "Eles [Barcelona] querem algo histórico, como conseguir todos os títulos do ano. Um título de seis significaria muito para eles, mas não o mesmo que para o Athletic, após tanto tempo sem conquistar um", afirmou Valverde. PROVÁVEIS ESCALAÇÕES Barcelona: Ter Stegen; Daniel Alves, Piqué, Mascherano e Mathieu; Busquets, Rakitic e Iniesta; Messi, Suárez e Pedro. Técnico: Luis Enrique. Athletic Bilbao: Iraizoz; De Marcos, Etxeita, Laporte e Balenziaga; San José, Beñat, Susaeta, Eraso e Lekue; Aduriz. Técnico: Ernesto Valderde. Árbitro: Carlos Velasco Carballo, auxiliado por Roberto Alonso Fernández e Marcos Álvarez Moreno. | 4 |
Brasil: Pesquisadores analisam veracidade de cartas de Chico Xavier | NATHÁLIA SOUZA, DE JUIZ DE FORA (MG) Quando o estudante Jair Presente morreu afogado no interior de São Paulo, em 1974, aos 24 anos, a irmã dele foi com os pais até Uberaba (MG) para buscar notícias com Chico Xavier (1910-2002). ... Leia post completo no blog | poder | Brasil: Pesquisadores analisam veracidade de cartas de Chico XavierNATHÁLIA SOUZA, DE JUIZ DE FORA (MG) Quando o estudante Jair Presente morreu afogado no interior de São Paulo, em 1974, aos 24 anos, a irmã dele foi com os pais até Uberaba (MG) para buscar notícias com Chico Xavier (1910-2002). ... Leia post completo no blog | 0 |
Curto-circuito no Direito | "Toda vez que acende a luz do sr. Francisco Campos há um curto-circuito na democracia." (Rubem Braga) Francisco Luís da Silva Campos (1891-1968) foi um brilhante jurista das Minas Gerais, o primeiro ministro de Estado da Educação, em 1930, e autor de leis que modernizaram o Direito no Brasil, como o primoroso Código Penal de 1940. Mas o prato situado à direita da balança representativa da sua concepção de Justiça era tão pesado que se inclinava na direção do fascismo. Foi com tal inspiração que escreveu a Constituição de 1937, baseada na legislação imposta à Itália por Mussolini, bem como o Ato Institucional nº 1, que deu início à institucionalização do regime militar. Daí a fina ironia do cronista autor de "O Conde e o Passarinho", transcrita na epígrafe destas linhas. Transposta aos nossos dias, a blague já não focaliza apenas um homem soturno, mas se ajusta à parte de nossos operadores do Direito que, quando põem o dedo no interruptor da jurisdição penal, acendem-se espessas trevas processuais. Trata-se de um segmento dos órgãos da persecução penal e de certos magistrados "justiceiros", que atropelam o devido processo legal e se autoinvestem de legisladores para os casos com que se deparam e para os quais pretendem reescrever as leis penais e processuais. Excitados pelo "clamor da turba", na expressão de Rui Barbosa a lembrar Pôncio Pilatos no mais célebre julgamento da história, esses operadores do Direito estão mandando às favas princípios e garantias universais e calcando o prato direito da balança da Justiça. Assistimos atônitos a um festival de prisões arbitrárias, antecipatórias da final condenação, ao desprezo pelo instituto da presunção de inocência, à submissão de réus a constrangimentos para que revelem crimes de outras pessoas, ao desrespeito flagrante às leis, ao abandono da boa prática da apuração e à correção das investigações que resultam em prova indiciária factual. Entronizou-se no nosso processo o boato, o "diz que", o "suspeita-se que", de delações obtidas sabe Deus a que meios, embora saibamos, seguramente, que não são meios de Deus. Processo com sigilo decretado (só para a defesa, é claro), então, tornou-se melancólica "mentira legal" quando se trata de "vazar" dados para se assassinarem reputações e se prepararem arbitrariedades. Assistimos a esse acinte diariamente no noticiário. A matéria é tanta que se faz necessário um recorte para que o todo não esconda a parte. Particularmente escandaloso é o desrespeito à lei nº 9.296/96, a chamada "Lei do Grampo", que regulamenta a interceptação de comunicações telefônicas, telemáticas etc. Seu artigo 8° é meridiano: "A interceptação de comunicação telefônica, de qualquer natureza, ocorrerá em autos apartados, apensados aos autos do inquérito policial ou do processo criminal, preservando-se o sigilo das diligências, gravações e transcrições respectivas". Autos apartados para preservar sigilo? Na prática, saem dos escaninhos oficiais para as manchetes. O que deveria ser sigiloso, resguardado no interesse exclusivo do processo legal, resplende em público na forma de "vazamentos seletivos". Ninguém jamais é identificado, muito menos responsabilizado. Exceção a essa regra é o ex-deputado Protógenes Queiroz, que não era do clube, foi condenado a dois anos e seis meses de prisão e perdeu o cargo de delegado da Polícia Federal por "violação de sigilo funcional", isto é, forneceu à imprensa dados sigilosos da Operação Satiagraha. Já os intocáveis hodiernos, a pretexto de "fazerem justiça", ficam impunes. Lavram os autos nos jornais, nas revistas e nas ruas, buscando apoio fora dos tribunais, como chegou a pedir um procurador. Essas ilicitudes costumam prosperar em ambientes de decadência institucional e social, em que germinam disputas de fundo, praxe em conjunturas políticas turbulentas. O império da lei, e aqui se trata de um ordenamento jurídico democrático e justo, esvai-se na tibieza de autoridade de uns e crescimento do poder autocrático de outros. Resta-nos esperar que o Supremo Tribunal Federal possa reconduzir a nau da Justiça ao porto da legalidade. JOSÉ ROBERTO BATOCHIO, 71, advogado criminal, foi presidente nacional da OAB e deputado federal por São Paulo. Defende o ex-ministro Antonio Palocci na Operação Lava Jato * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. | opiniao | Curto-circuito no Direito"Toda vez que acende a luz do sr. Francisco Campos há um curto-circuito na democracia." (Rubem Braga) Francisco Luís da Silva Campos (1891-1968) foi um brilhante jurista das Minas Gerais, o primeiro ministro de Estado da Educação, em 1930, e autor de leis que modernizaram o Direito no Brasil, como o primoroso Código Penal de 1940. Mas o prato situado à direita da balança representativa da sua concepção de Justiça era tão pesado que se inclinava na direção do fascismo. Foi com tal inspiração que escreveu a Constituição de 1937, baseada na legislação imposta à Itália por Mussolini, bem como o Ato Institucional nº 1, que deu início à institucionalização do regime militar. Daí a fina ironia do cronista autor de "O Conde e o Passarinho", transcrita na epígrafe destas linhas. Transposta aos nossos dias, a blague já não focaliza apenas um homem soturno, mas se ajusta à parte de nossos operadores do Direito que, quando põem o dedo no interruptor da jurisdição penal, acendem-se espessas trevas processuais. Trata-se de um segmento dos órgãos da persecução penal e de certos magistrados "justiceiros", que atropelam o devido processo legal e se autoinvestem de legisladores para os casos com que se deparam e para os quais pretendem reescrever as leis penais e processuais. Excitados pelo "clamor da turba", na expressão de Rui Barbosa a lembrar Pôncio Pilatos no mais célebre julgamento da história, esses operadores do Direito estão mandando às favas princípios e garantias universais e calcando o prato direito da balança da Justiça. Assistimos atônitos a um festival de prisões arbitrárias, antecipatórias da final condenação, ao desprezo pelo instituto da presunção de inocência, à submissão de réus a constrangimentos para que revelem crimes de outras pessoas, ao desrespeito flagrante às leis, ao abandono da boa prática da apuração e à correção das investigações que resultam em prova indiciária factual. Entronizou-se no nosso processo o boato, o "diz que", o "suspeita-se que", de delações obtidas sabe Deus a que meios, embora saibamos, seguramente, que não são meios de Deus. Processo com sigilo decretado (só para a defesa, é claro), então, tornou-se melancólica "mentira legal" quando se trata de "vazar" dados para se assassinarem reputações e se prepararem arbitrariedades. Assistimos a esse acinte diariamente no noticiário. A matéria é tanta que se faz necessário um recorte para que o todo não esconda a parte. Particularmente escandaloso é o desrespeito à lei nº 9.296/96, a chamada "Lei do Grampo", que regulamenta a interceptação de comunicações telefônicas, telemáticas etc. Seu artigo 8° é meridiano: "A interceptação de comunicação telefônica, de qualquer natureza, ocorrerá em autos apartados, apensados aos autos do inquérito policial ou do processo criminal, preservando-se o sigilo das diligências, gravações e transcrições respectivas". Autos apartados para preservar sigilo? Na prática, saem dos escaninhos oficiais para as manchetes. O que deveria ser sigiloso, resguardado no interesse exclusivo do processo legal, resplende em público na forma de "vazamentos seletivos". Ninguém jamais é identificado, muito menos responsabilizado. Exceção a essa regra é o ex-deputado Protógenes Queiroz, que não era do clube, foi condenado a dois anos e seis meses de prisão e perdeu o cargo de delegado da Polícia Federal por "violação de sigilo funcional", isto é, forneceu à imprensa dados sigilosos da Operação Satiagraha. Já os intocáveis hodiernos, a pretexto de "fazerem justiça", ficam impunes. Lavram os autos nos jornais, nas revistas e nas ruas, buscando apoio fora dos tribunais, como chegou a pedir um procurador. Essas ilicitudes costumam prosperar em ambientes de decadência institucional e social, em que germinam disputas de fundo, praxe em conjunturas políticas turbulentas. O império da lei, e aqui se trata de um ordenamento jurídico democrático e justo, esvai-se na tibieza de autoridade de uns e crescimento do poder autocrático de outros. Resta-nos esperar que o Supremo Tribunal Federal possa reconduzir a nau da Justiça ao porto da legalidade. JOSÉ ROBERTO BATOCHIO, 71, advogado criminal, foi presidente nacional da OAB e deputado federal por São Paulo. Defende o ex-ministro Antonio Palocci na Operação Lava Jato * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. | 14 |
Lyon perde, e PSG precisa de apenas um empate para ser campeão | O Paris Saint-Germain ficou muito perto de levantar a taça do Campeonato Francês. Depois de derrotar o Guingamp por 6 a 0 nesta sexta-feira, o Lyon, único concorrente do clube da capital, perdeu para o Caen, fora de casa, por 3 a 0. Desta forma, o Lyon fica estacionado com 71 pontos, seis a menos que o líder Paris Saint-Germain, e como restam duas rodadas para terminar a competição, o PSG precisa de apenas um empate nas duas partidas restantes para garantir o título. O vice-líder pode ver o Mônaco se aproximar, já que o time do Principado tem 65 pontos na tabela e enfrenta o Olympique de Marselha no domingo. Demorou um pouco para sair gols. Já na reta final do primeiro tempo, Benezet marcou o seu primeiro, e já perto do intervalo veio o segundo. Perto do fim do jogo, Privat marcou o terceiro do Caen, que ainda tem chances matemáticas de ser rebaixado. CAMPEONATO FRANCÊS 36ª RODADA SEXTA (9) Paris Saint Germain 6x0 Guingamp SÁBADO (10) Caen 3x0 Lyon Evian 2x3 Reims Rennes 0x1 Bastia Bordeaux 2x1 Nantes Toulouse 3x2 Lille Metz 0x4 Lorient Lens 0x0 Montpelier DOMINGO (11) Saint-Etienne x Nice Olympique de Marselha x Mônaco | esporte | Lyon perde, e PSG precisa de apenas um empate para ser campeãoO Paris Saint-Germain ficou muito perto de levantar a taça do Campeonato Francês. Depois de derrotar o Guingamp por 6 a 0 nesta sexta-feira, o Lyon, único concorrente do clube da capital, perdeu para o Caen, fora de casa, por 3 a 0. Desta forma, o Lyon fica estacionado com 71 pontos, seis a menos que o líder Paris Saint-Germain, e como restam duas rodadas para terminar a competição, o PSG precisa de apenas um empate nas duas partidas restantes para garantir o título. O vice-líder pode ver o Mônaco se aproximar, já que o time do Principado tem 65 pontos na tabela e enfrenta o Olympique de Marselha no domingo. Demorou um pouco para sair gols. Já na reta final do primeiro tempo, Benezet marcou o seu primeiro, e já perto do intervalo veio o segundo. Perto do fim do jogo, Privat marcou o terceiro do Caen, que ainda tem chances matemáticas de ser rebaixado. CAMPEONATO FRANCÊS 36ª RODADA SEXTA (9) Paris Saint Germain 6x0 Guingamp SÁBADO (10) Caen 3x0 Lyon Evian 2x3 Reims Rennes 0x1 Bastia Bordeaux 2x1 Nantes Toulouse 3x2 Lille Metz 0x4 Lorient Lens 0x0 Montpelier DOMINGO (11) Saint-Etienne x Nice Olympique de Marselha x Mônaco | 4 |
Após 'Panama Papers', premiê britânico revela detalhes de sua renda | David Cameron tornou-se neste domingo (10) o primeiro chefe de governo britânico a publicar sua declaração de imposto de renda, em uma tentativa de recuperar sua reputação após a explosão do caso "Panama Papers", que ele reconheceu ter mal-administrado. Em 2014/15, o primeiro-ministro pagou 76 mil libras (cerca de R$ 385 mil) de impostos sobre uma renda de mais de 200 mil libras (cerca de R$ 1 milhão). Cameron afirma ter como renda o salário de primeiro-ministro e o aluguel da casa da família em Londres, que foi de 46.899 libras no exercício. Nos anteriores também declarou 300 mil libras (cerca de R$ 1.5 milhão) recebidas de herança após a morte do pai em 2010, assim como duas doações de sua mãe de 100 mil libras (cerca de R$ 507 mil reais) cada. O primeiro-ministro conservador anunciou ainda a criação de um "grupo de trabalho" com os principais especialistas na luta contra a lavagem de dinheiro e a evasão fiscal para investigar as revelações dos "Panama Papers". Após uma semana dura, na qual chegou a ouvir pedidos de renúncia, Cameron decidiu divulgar sua declaração de impostos dos últimos seis anos. É o primeiro líder de um partido político a fazer esse gesto no Reino Unido. O objetivo é demonstrar que ele nunca tentou enganar o fisco, depois de ter reconhecido tardiamente, na quinta-feira à noite, que teve até 2010 uma participação em uma empresa offshore de seu pai Ian, falecido, com sede nas Bahamas. Cameron vendeu suas ações em janeiro de 2010 por 30 mil libras esterlinas (R$ 153.800), poucos meses antes de assumir o cargo de primeiro-ministro. RICO E ELITISTA Ao apostar pela transparência, Cameron deseja reduzir a tensão, mas permanece exposto a críticas por sua riqueza em tempos de austeridade. O ex-aluno de Oxford e do prestigioso colégio de Eton é acusado com frequência de elitismo. "Sei que deveria ter administrado melhor este assunto", admitiu no sábado (9) em referência aos "Panama Papers", ao mesmo tempo que centenas de pessoas pediam sua demissão em um protesto em Downing Street "A União Europeia tenta aumentar a transparência dos fundos de investimento, mas David Cameron parou o processo. Não apenas não faz nada para melhorar as coisas, ele as piora. Dificulta a justiça fiscal, é algo repugnante", declarou à AFP Abi Wilkinson, uma das organizadoras do protesto. "Não foi uma grande semana", reconheceu no sábado Cameron, antes de afirmar que não havia feito nada ilegal. Foram necessários quatro comunicados confusos do gabinete de Cameron, antes do primeiro-ministro finalmente reconhecer que possuía participação na empresa com sede em um paraíso fiscal. "Não culpem meus conselheiros. Podem me culpar. Aprendi a lição", disse. Um mea culpa tardio, segundo o líder da oposição trabalhista, Jeremy Corbyn, que afirmou na sexta-feira que o "primeiro-ministro perdeu a confiança dos britânicos", mas não chegou a pedir sua renúncia. Cameron encerra assim uma semana e até mesmo um mês particularmente complicados. Antes do escândalo "Panama Papers", o premier britânico teve que lidar com a crise do setor siderúrgico e as acusações de que sacrificou empregos britânicos em nome das boas relações com a China. O primeiro-ministro, que luta para manter o país dentro da União Europeia, fez uma breve referência ao referendo de 23 de junho no sábado. O país terá eleições locais em maio, nas quais o referendo sobre a eventual permanência na UE, de 23 de junho, é o tema dominante. Uma pesquisa YouGov divulgada na sexta-feira mostrou que a popularidade do primeiro-ministro caiu ao menor nível desde julho de 2013, com 58% de rejeição. | mundo | Após 'Panama Papers', premiê britânico revela detalhes de sua rendaDavid Cameron tornou-se neste domingo (10) o primeiro chefe de governo britânico a publicar sua declaração de imposto de renda, em uma tentativa de recuperar sua reputação após a explosão do caso "Panama Papers", que ele reconheceu ter mal-administrado. Em 2014/15, o primeiro-ministro pagou 76 mil libras (cerca de R$ 385 mil) de impostos sobre uma renda de mais de 200 mil libras (cerca de R$ 1 milhão). Cameron afirma ter como renda o salário de primeiro-ministro e o aluguel da casa da família em Londres, que foi de 46.899 libras no exercício. Nos anteriores também declarou 300 mil libras (cerca de R$ 1.5 milhão) recebidas de herança após a morte do pai em 2010, assim como duas doações de sua mãe de 100 mil libras (cerca de R$ 507 mil reais) cada. O primeiro-ministro conservador anunciou ainda a criação de um "grupo de trabalho" com os principais especialistas na luta contra a lavagem de dinheiro e a evasão fiscal para investigar as revelações dos "Panama Papers". Após uma semana dura, na qual chegou a ouvir pedidos de renúncia, Cameron decidiu divulgar sua declaração de impostos dos últimos seis anos. É o primeiro líder de um partido político a fazer esse gesto no Reino Unido. O objetivo é demonstrar que ele nunca tentou enganar o fisco, depois de ter reconhecido tardiamente, na quinta-feira à noite, que teve até 2010 uma participação em uma empresa offshore de seu pai Ian, falecido, com sede nas Bahamas. Cameron vendeu suas ações em janeiro de 2010 por 30 mil libras esterlinas (R$ 153.800), poucos meses antes de assumir o cargo de primeiro-ministro. RICO E ELITISTA Ao apostar pela transparência, Cameron deseja reduzir a tensão, mas permanece exposto a críticas por sua riqueza em tempos de austeridade. O ex-aluno de Oxford e do prestigioso colégio de Eton é acusado com frequência de elitismo. "Sei que deveria ter administrado melhor este assunto", admitiu no sábado (9) em referência aos "Panama Papers", ao mesmo tempo que centenas de pessoas pediam sua demissão em um protesto em Downing Street "A União Europeia tenta aumentar a transparência dos fundos de investimento, mas David Cameron parou o processo. Não apenas não faz nada para melhorar as coisas, ele as piora. Dificulta a justiça fiscal, é algo repugnante", declarou à AFP Abi Wilkinson, uma das organizadoras do protesto. "Não foi uma grande semana", reconheceu no sábado Cameron, antes de afirmar que não havia feito nada ilegal. Foram necessários quatro comunicados confusos do gabinete de Cameron, antes do primeiro-ministro finalmente reconhecer que possuía participação na empresa com sede em um paraíso fiscal. "Não culpem meus conselheiros. Podem me culpar. Aprendi a lição", disse. Um mea culpa tardio, segundo o líder da oposição trabalhista, Jeremy Corbyn, que afirmou na sexta-feira que o "primeiro-ministro perdeu a confiança dos britânicos", mas não chegou a pedir sua renúncia. Cameron encerra assim uma semana e até mesmo um mês particularmente complicados. Antes do escândalo "Panama Papers", o premier britânico teve que lidar com a crise do setor siderúrgico e as acusações de que sacrificou empregos britânicos em nome das boas relações com a China. O primeiro-ministro, que luta para manter o país dentro da União Europeia, fez uma breve referência ao referendo de 23 de junho no sábado. O país terá eleições locais em maio, nas quais o referendo sobre a eventual permanência na UE, de 23 de junho, é o tema dominante. Uma pesquisa YouGov divulgada na sexta-feira mostrou que a popularidade do primeiro-ministro caiu ao menor nível desde julho de 2013, com 58% de rejeição. | 3 |
Ingressos da Rio-16 poderão ser baixados pelo celular ou impressos em casa
| Veja o vídeo DO RIO Os torcedores já podem comprar ingressos eletrônicos (e-tickets) para os Jogos do Rio. O bilhete será impresso em casa ou baixado no celular pelo comprador. A novidade foi anunciada nesta sexta-feira (20) na apresentação do visual dos ingressos da Olimpíada. Os bilhetes comemorativos, com design diferenciado para cada esporte (look dos Jogos ao fundo do pictograma da modalidade), serão vendidos até 26 de maio, com a opção de receber em casa. Depois disso, apenas os ingressos simples podem ser adquiridos com o mesmo tamanho, mas outro visual. Os ingressos que serão enviados para a casa custarão R$ 12 a mais que os e-tickets, que começou a ser vendido no início de maio pelo site, mas só teve a sua divulgação oficial feita nesta sexta. Quem adquiriu os ingressos antes de maio receberá as entradas em casa ou terá que retirá-los em um dos pontos de trocas. Os ingressos apresentados pelos organizadores serão enviados dos EUA, onde foram confeccionados, para o Brasil. Na primeira semana de junho, os Correios vão começar distribuir para os compradores. Até agora, 4 milhões de ingressos (67%) já foram vendidos. Temendo a venda ilegal de entradas, os organizadores pediram aos donos dos bilhetes para evitarem postar em redes sociais o código de barras. "O e-ticket vai ficar dentro de um ambiente seguro, com login e senha. A única pessoa com acesso é o próprio comprador. O que a gente pede: não encaminhe para ninguém. Se você distribuir uma cópia do seu ingresso, só o primeiro vai entrar. Isso acaba sendo até mais seguro do que o ingresso normal, que não tem nenhum item de segurança além do código de barras", disse o diretor responsável por ingressos na Rio-2016, Donovan Ferretti. | esporte |
Ingressos da Rio-16 poderão ser baixados pelo celular ou impressos em casa
Veja o vídeo DO RIO Os torcedores já podem comprar ingressos eletrônicos (e-tickets) para os Jogos do Rio. O bilhete será impresso em casa ou baixado no celular pelo comprador. A novidade foi anunciada nesta sexta-feira (20) na apresentação do visual dos ingressos da Olimpíada. Os bilhetes comemorativos, com design diferenciado para cada esporte (look dos Jogos ao fundo do pictograma da modalidade), serão vendidos até 26 de maio, com a opção de receber em casa. Depois disso, apenas os ingressos simples podem ser adquiridos com o mesmo tamanho, mas outro visual. Os ingressos que serão enviados para a casa custarão R$ 12 a mais que os e-tickets, que começou a ser vendido no início de maio pelo site, mas só teve a sua divulgação oficial feita nesta sexta. Quem adquiriu os ingressos antes de maio receberá as entradas em casa ou terá que retirá-los em um dos pontos de trocas. Os ingressos apresentados pelos organizadores serão enviados dos EUA, onde foram confeccionados, para o Brasil. Na primeira semana de junho, os Correios vão começar distribuir para os compradores. Até agora, 4 milhões de ingressos (67%) já foram vendidos. Temendo a venda ilegal de entradas, os organizadores pediram aos donos dos bilhetes para evitarem postar em redes sociais o código de barras. "O e-ticket vai ficar dentro de um ambiente seguro, com login e senha. A única pessoa com acesso é o próprio comprador. O que a gente pede: não encaminhe para ninguém. Se você distribuir uma cópia do seu ingresso, só o primeiro vai entrar. Isso acaba sendo até mais seguro do que o ingresso normal, que não tem nenhum item de segurança além do código de barras", disse o diretor responsável por ingressos na Rio-2016, Donovan Ferretti. | 4 |
Queda de Blatter é para se festejar! | É claro que a queda de Blatter é para ser festejada. Hoje. Amanhã, não! Amanhã será dia de o mundo começar a trabalhar para mudar a estrutura do futebol mundial. Que é podre e redunda necessariamente em Havelanges$Blatters. Lembremos: Ricardo Teixeira também caiu na CBF e quem o substituiu? José Maria Marin! Mudou o quê? O nome que surge agora é o de Michel Platini, extraordinário ex-craque francês, bem-sucedido presidente da Uefa. Lembremos, porém, envolvido numa nebulosa transação que redundou no voto francês para a absurda Copa do Mundo no Qatar e num emprego para seu filho, além da redenção do Paris Saint-Germain. Platini e o então presidente francês Nicolas Sarkozy são acusados de terem trocado o voto francês pelo emprego a Laurent Platini e pela entrada da Qatar Sports Investments no PSG, o time do coração de Sarkozy. Platini nega, como Havelange negaria e Blatter vinha negando e não se deve afastar a possibilidade de ele, ufa!, estar sendo verdadeiro. Mas que só mesmo alguém que dê nó em pingo d'água é capaz de justificar uma Copa a 50 graus de temperatura não é menos verdade. O futebol anda precisando de gente mais sensata do que esperta. | colunas | Queda de Blatter é para se festejar!É claro que a queda de Blatter é para ser festejada. Hoje. Amanhã, não! Amanhã será dia de o mundo começar a trabalhar para mudar a estrutura do futebol mundial. Que é podre e redunda necessariamente em Havelanges$Blatters. Lembremos: Ricardo Teixeira também caiu na CBF e quem o substituiu? José Maria Marin! Mudou o quê? O nome que surge agora é o de Michel Platini, extraordinário ex-craque francês, bem-sucedido presidente da Uefa. Lembremos, porém, envolvido numa nebulosa transação que redundou no voto francês para a absurda Copa do Mundo no Qatar e num emprego para seu filho, além da redenção do Paris Saint-Germain. Platini e o então presidente francês Nicolas Sarkozy são acusados de terem trocado o voto francês pelo emprego a Laurent Platini e pela entrada da Qatar Sports Investments no PSG, o time do coração de Sarkozy. Platini nega, como Havelange negaria e Blatter vinha negando e não se deve afastar a possibilidade de ele, ufa!, estar sendo verdadeiro. Mas que só mesmo alguém que dê nó em pingo d'água é capaz de justificar uma Copa a 50 graus de temperatura não é menos verdade. O futebol anda precisando de gente mais sensata do que esperta. | 10 |
Compartilho indignação dos protestos, diz juiz que suspendeu posse de Lula | Responsável pela decisão que suspendeu, de forma provisória, a posse do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil, o juiz da 4ª vara federal Itagiba Catta Preta Neto, 55, diz ter perdido a conta de quantos protestos já esteve em Brasília desde o último ano. "Se não em todos, os que eu não fui foi por algum impedimento que não lembro. Devo ter ido em alguma manifestação a favor do PT também, mas não sei se quando o PT era governo", afirma ele, que mantinha fotos no Facebook de sua participação nas manifestações pró-impeachment até a manhã desta quinta-feira (17) –após a decisão que anulou a posse de Lula, a página pessoal do juiz, que continha mensagens "Fora, Dilma" foi excluída. A iniciativa, afirma, foi tomada pelo filho, de 19 anos, após outras pessoas da família ficarem incomodadas com a divulgação das imagens. Ele nega que o tenha orientado a esconder as postagens. "Estive nos protestos e compartilho da indignação das pessoas que estiveram naqueles protestos. Não tenho nada a esconder", diz ele, que aparece em uma das fotos com o adesivo de campanha do Aécio Neves (PSDB) na camisa. "Votei nele nas últimas eleições", relata o juiz, que afirma já ter votado também em Marina, Dilma e Lula em outras ocasiões, e tem dois filhos filiados ao PSDB. "Não tenho ligação com o partido nem pretendo ter." Questionado se sua postura favorável aos protestos pró-impeachment não poderia impedi-lo de julgar a nomeação de Lula, o magistrado diz não ver problemas em ter analisado o processo. "Meu posicionamento cidadão não me impede de julgar com total imparcialidade o que acontece", afirma ele, que recebeu a imprensa em seu gabinete horas depois de participar de outro protesto – desta vez, com cerca de 30 juízes federais, em apoio ao juiz Sergio Moro, que conduz a operação Lava Jato. 'BOLA DA VEZ' Com atuação em direito há 34 anos, Catta Preta diz já ter julgado outros casos de repercussão. Um dos mais conhecidos, conta, foi um crime de genocídio de índios ianomâmis em Roraima, em 1996. Pouco mais de vinte anos depois, acabou enredado em sua mesa em processos sobre a crise política. "Pensei: é comigo. Sou a bola da vez", disse, ao ver a ação que pedia a suspensão da nomeação de Lula para a Casa Civil. A análise ocorreu um dia após a Polícia Federal retirar o sigilo de interceptações telefônicas do ex-presidente, que tomou posse pouco tempo antes de ter o cargo suspenso pelo juiz. "As gravações não só eu, mas o Brasil inteiro escutou ontem. Todos nós ouvimos e ninguém é cego ou surdo para achar que aquilo não vai influenciar em nada o que a gente faz", afirma. "Dizer que não em influenciou seria uma tolice. Mas o que me levou a decidir é o que está demonstrado na petição inicial do processo." Segundo ele, a gravação que mais o incomodou foram as referências ao STF (Supremo Tribunal Federal) e à ministra Rosa Weber. "Fiquei tão estarrecido, preocupado e indignado como qualquer outra pessoa", disse. "Primeiro por ser uma conversa da presidente com um ex-presidente. Segundo que as palavras que Lula usa são não convencionais para um ex-presidente da República", relata. 'MORALIDADE' Segundo o juiz, a decisão ocorreu por questões de "moralidade pública" e pelo risco de uma possível interferência de Lula na análise dos casos operação Lava Jato. Ele cita o fato de que, ao assumir o cargo, o ex-presidente passa a ter foro privilegiado, o que deslocaria as análises sobre o caso da primeira instância, em Curitiba, para o STF. "Isso já é evidência da tentativa de haver uma intromissão do Poder Executivo no Poder Judiciário", afirma ele. Apesar da avaliação desfavorável ao atual governo, o juiz evita se posicionar sobre a possibilidade de impeachment. "Se o Congresso achar que houver ofensa aso dispositivos legais, sou a favor do impeachment. Se não, sou contra." | poder | Compartilho indignação dos protestos, diz juiz que suspendeu posse de LulaResponsável pela decisão que suspendeu, de forma provisória, a posse do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil, o juiz da 4ª vara federal Itagiba Catta Preta Neto, 55, diz ter perdido a conta de quantos protestos já esteve em Brasília desde o último ano. "Se não em todos, os que eu não fui foi por algum impedimento que não lembro. Devo ter ido em alguma manifestação a favor do PT também, mas não sei se quando o PT era governo", afirma ele, que mantinha fotos no Facebook de sua participação nas manifestações pró-impeachment até a manhã desta quinta-feira (17) –após a decisão que anulou a posse de Lula, a página pessoal do juiz, que continha mensagens "Fora, Dilma" foi excluída. A iniciativa, afirma, foi tomada pelo filho, de 19 anos, após outras pessoas da família ficarem incomodadas com a divulgação das imagens. Ele nega que o tenha orientado a esconder as postagens. "Estive nos protestos e compartilho da indignação das pessoas que estiveram naqueles protestos. Não tenho nada a esconder", diz ele, que aparece em uma das fotos com o adesivo de campanha do Aécio Neves (PSDB) na camisa. "Votei nele nas últimas eleições", relata o juiz, que afirma já ter votado também em Marina, Dilma e Lula em outras ocasiões, e tem dois filhos filiados ao PSDB. "Não tenho ligação com o partido nem pretendo ter." Questionado se sua postura favorável aos protestos pró-impeachment não poderia impedi-lo de julgar a nomeação de Lula, o magistrado diz não ver problemas em ter analisado o processo. "Meu posicionamento cidadão não me impede de julgar com total imparcialidade o que acontece", afirma ele, que recebeu a imprensa em seu gabinete horas depois de participar de outro protesto – desta vez, com cerca de 30 juízes federais, em apoio ao juiz Sergio Moro, que conduz a operação Lava Jato. 'BOLA DA VEZ' Com atuação em direito há 34 anos, Catta Preta diz já ter julgado outros casos de repercussão. Um dos mais conhecidos, conta, foi um crime de genocídio de índios ianomâmis em Roraima, em 1996. Pouco mais de vinte anos depois, acabou enredado em sua mesa em processos sobre a crise política. "Pensei: é comigo. Sou a bola da vez", disse, ao ver a ação que pedia a suspensão da nomeação de Lula para a Casa Civil. A análise ocorreu um dia após a Polícia Federal retirar o sigilo de interceptações telefônicas do ex-presidente, que tomou posse pouco tempo antes de ter o cargo suspenso pelo juiz. "As gravações não só eu, mas o Brasil inteiro escutou ontem. Todos nós ouvimos e ninguém é cego ou surdo para achar que aquilo não vai influenciar em nada o que a gente faz", afirma. "Dizer que não em influenciou seria uma tolice. Mas o que me levou a decidir é o que está demonstrado na petição inicial do processo." Segundo ele, a gravação que mais o incomodou foram as referências ao STF (Supremo Tribunal Federal) e à ministra Rosa Weber. "Fiquei tão estarrecido, preocupado e indignado como qualquer outra pessoa", disse. "Primeiro por ser uma conversa da presidente com um ex-presidente. Segundo que as palavras que Lula usa são não convencionais para um ex-presidente da República", relata. 'MORALIDADE' Segundo o juiz, a decisão ocorreu por questões de "moralidade pública" e pelo risco de uma possível interferência de Lula na análise dos casos operação Lava Jato. Ele cita o fato de que, ao assumir o cargo, o ex-presidente passa a ter foro privilegiado, o que deslocaria as análises sobre o caso da primeira instância, em Curitiba, para o STF. "Isso já é evidência da tentativa de haver uma intromissão do Poder Executivo no Poder Judiciário", afirma ele. Apesar da avaliação desfavorável ao atual governo, o juiz evita se posicionar sobre a possibilidade de impeachment. "Se o Congresso achar que houver ofensa aso dispositivos legais, sou a favor do impeachment. Se não, sou contra." | 0 |
Astrologia | ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Detalhes tão pequenos de nós dois. São coisas muito grandes para esquecer. E a toda hora vão estar presentes, você vai ver. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Com tanto sentimento envolvido, a única resistência admitida é a que faz o amor durar horas no ritmo devagarinho que você adora. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Amor é cristão, sexo é pagão. Amor é latifúndio, sexo é invasão. Amor é divino, sexo é animal. Amor é bossa nova, sexo é carnaval. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) Na teoria tudo é perfeito, na prática dá defeito. Ainda assim, vai dizer que o amor não vale a vida e que o sexo não é essencial? LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Tesão é o desejo pela alegria, beleza pelo desejo e alegria pela beleza. Quem disse isso também afirmou que sem tesão não há solução. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Abaixo o pudor, para que rimar amor com dor? Sorrisos de prazer, sem pecado nem juízo: se existe orgasmo é para que se transe. LIBRA (23 set. a 22 out.) Na natureza, quem veste o corpo é a pele, tecido perfeito composto por milhões de terminações nervosas sensíveis a toda espécie de estímulos. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) E se a revolução para você e seu parceiro for massagear o músculo do desejo, até libertar a vontade anestesiada pelas regras? SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Tesão é um bicho desobediente que emite grunhidos tingidos de puro-sangue e galope indômito. E você é metade cavalo, jamais esqueça. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Sexo tem que ser inteiro. Cabeça, tronco e membros juntos, concentrados na função erótica e não apenas para aliviar o estresse. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Quer desejo maior que essa esperança sem-vergonha chamada liberdade? Que venha a vida, você está aqui para usá-la a seu bel-prazer! PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Sem tesão, desejo, vontade, fissura, movimento de alma ou o que seja, ninguém acorda de verdade. Está na hora: desperte a sua exuberância. | ilustrada | AstrologiaÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Detalhes tão pequenos de nós dois. São coisas muito grandes para esquecer. E a toda hora vão estar presentes, você vai ver. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Com tanto sentimento envolvido, a única resistência admitida é a que faz o amor durar horas no ritmo devagarinho que você adora. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Amor é cristão, sexo é pagão. Amor é latifúndio, sexo é invasão. Amor é divino, sexo é animal. Amor é bossa nova, sexo é carnaval. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) Na teoria tudo é perfeito, na prática dá defeito. Ainda assim, vai dizer que o amor não vale a vida e que o sexo não é essencial? LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Tesão é o desejo pela alegria, beleza pelo desejo e alegria pela beleza. Quem disse isso também afirmou que sem tesão não há solução. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Abaixo o pudor, para que rimar amor com dor? Sorrisos de prazer, sem pecado nem juízo: se existe orgasmo é para que se transe. LIBRA (23 set. a 22 out.) Na natureza, quem veste o corpo é a pele, tecido perfeito composto por milhões de terminações nervosas sensíveis a toda espécie de estímulos. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) E se a revolução para você e seu parceiro for massagear o músculo do desejo, até libertar a vontade anestesiada pelas regras? SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Tesão é um bicho desobediente que emite grunhidos tingidos de puro-sangue e galope indômito. E você é metade cavalo, jamais esqueça. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Sexo tem que ser inteiro. Cabeça, tronco e membros juntos, concentrados na função erótica e não apenas para aliviar o estresse. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Quer desejo maior que essa esperança sem-vergonha chamada liberdade? Que venha a vida, você está aqui para usá-la a seu bel-prazer! PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Sem tesão, desejo, vontade, fissura, movimento de alma ou o que seja, ninguém acorda de verdade. Está na hora: desperte a sua exuberância. | 1 |
Artista plástica projeta obras do 'Queermuseu' em museus de NY | Após o fechamento do 'Queermuseu', no dia 10 de setembro, a artista plástica Cibele Vieira —que tinha duas obras expostas na polêmica mostra— resolveu agir com um movimento nas ruas de Nova York, cidade que ela vive há mais de 20 anos. Assim, ela juntou alguns amigos americanos que resolveram agir rápido. Com uma campanha de crowdfunding, eles conseguiram juntar US$ 1.250,00 para o aluguel de aparelhos de projeção. "A maioria das doações partiu de americanos", o que para ela, "validou ainda mais o processo", pois conseguiu divulgar ainda mais a notícia nos Estados Unidos. "Isso mostra que as pessoas estão colocando não só a boca, como a carteira", avalia a artista que depois de juntar a verba começou a "guerrilha pensada" e projetou em três lugares, no Bushwick Open Studios —grande festival americano de estúdios a céu aberto— e depois passou a projetar no New Museum e Whitney Museum. Ela não pediu autorização aos museus, mas disse que eles foram escolhidos a dedo. Isso por que o Whitney Museum abriga atualmente uma exposição sobre resistência e o New Museum foi fundado pela Marcia Tucker, artista pró-diversidade. Agora, o projeto está sem verba para continuar com as projeções, mas Vieira pretende aguardar os próximos passos do museu. Nesta quinta (28), foi divulgado que o Ministério Público entrou com recurso, no qual recomenda a reabertura da mostra. | ilustrada | Artista plástica projeta obras do 'Queermuseu' em museus de NYApós o fechamento do 'Queermuseu', no dia 10 de setembro, a artista plástica Cibele Vieira —que tinha duas obras expostas na polêmica mostra— resolveu agir com um movimento nas ruas de Nova York, cidade que ela vive há mais de 20 anos. Assim, ela juntou alguns amigos americanos que resolveram agir rápido. Com uma campanha de crowdfunding, eles conseguiram juntar US$ 1.250,00 para o aluguel de aparelhos de projeção. "A maioria das doações partiu de americanos", o que para ela, "validou ainda mais o processo", pois conseguiu divulgar ainda mais a notícia nos Estados Unidos. "Isso mostra que as pessoas estão colocando não só a boca, como a carteira", avalia a artista que depois de juntar a verba começou a "guerrilha pensada" e projetou em três lugares, no Bushwick Open Studios —grande festival americano de estúdios a céu aberto— e depois passou a projetar no New Museum e Whitney Museum. Ela não pediu autorização aos museus, mas disse que eles foram escolhidos a dedo. Isso por que o Whitney Museum abriga atualmente uma exposição sobre resistência e o New Museum foi fundado pela Marcia Tucker, artista pró-diversidade. Agora, o projeto está sem verba para continuar com as projeções, mas Vieira pretende aguardar os próximos passos do museu. Nesta quinta (28), foi divulgado que o Ministério Público entrou com recurso, no qual recomenda a reabertura da mostra. | 1 |
Protesto em SP reuniu ex-petistas, estreantes na vida política e militantes | Nem tão branca, nem tão elite. O protesto do último domingo (15) em SP reuniu ex-petistas, defensores da volta dos militares, estreantes na vida política e militantes de carteirinha. Em comum, a inconformidade com a situação do país e a promessa de que voltarão às ruas. * Deixou a foto de Lula em casa e foi protestar Junto às fotos de família na sala da casa, chama a atenção uma imagem de Lula. Ao lado do ex-presidente está o tio-sindicalista da estudante Mylene Xavier, 19. Numa casa de cinco cômodos, em um terreno que abriga outras duas residências, Mylene vive com os avós e uma prima no bairro Jardim Dona Sinhá, na periferia leste de São Paulo. De lá, a estudante de pedagogia levou uma hora e meia para chegar à avenida Paulista no domingo (15) para participar da manifestação contra o governo Dilma. Ela conta que um grupo de sete amigos da região se mobilizou para participar do protesto, em que ela ficou do início ao fim. "Os jovens não têm oportunidades, por isso muitos vão para a criminalidade. Querem conquistar o que o Brasil não oferece a eles", afirma Mylene, que trabalha como assistente de crédito numa loja de departamento. O salário serve para pagar a faculdade. Por não ter feito o Enem, ela não conseguiu dinheiro do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). Outras reclamações da estudante envolvem a alta dos preços motivada pela inflação e a qualidade do transporte público, que ela considera um caos. A insatisfação não poupa nenhum governante. "A culpa é de todos. A corrupção sempre vai existir e vem desde o primeiro político. Eles deveriam saber o que a gente passa para ter mais consciência", diz. Mylene foi a única em sua casa a participar do protesto. O avô Amadeu Ferreira da Silva, 65, que considera Lula "o melhor presidente da história do Brasil", diz já não ter mais idade para ir às ruas, mas apoia a iniciativa da neta. "Ela está certa, Dilma pisou na bola com os aumentos recentes." Ela afirma que participará da próxima manifestação. - Fotógrafo não sabe se continuará no Brasil Thomas Baccaro, 39, conhece as pessoas pelas paredes. Ao visitar alguém, seu olho logo percorre os detalhes da decoração. Na sua casa, em Perdizes, bairro de classe média alta da zona oeste de São Paulo, há gravuras de importantes artistas brasileiros, como Di Cavalcanti e Tarsila do Amaral. Há quadros por todo lado. No banheiro, são três. Filho de artistas italianos, Thomas vive da fotografia e do comércio de obras de arte. Em seu currículo, constam exibições na França, nos EUA e no Canadá. "Minha vida é meio maluca, sou um pouco cigano", define-se. Um dos seus trabalhos mais marcantes foi uma série de fotos feitas desde a nascente até a foz do rio São Francisco, passando por 52 cidades. "Eu sei bem o que é a pobreza, a diferença social e a falta de oportunidades do Brasil", diz, sobre as viagens que fez pelo país. Foi a vontade de mudar essa situação que levou o fotógrafo a participar da manifestação contra o governo no último domingo (15). Ele reclama dos altos impostos, que não voltam como benefícios para a população, e da corrupção. Para ele, a solução é investimento pesado em educação, voto distrital e fortalecimento do poder dos Estados. "Há muito poder concentrado nas mãos de poucos. Eles fazem o que querem", diz Thomas, que votou em Marina no primeiro turno e depois em Aécio Neves "por falta de opção". Ele planejava abrir uma galeria de arte em São Paulo, mas adiou o projeto devido à situação econômica do país. "Engavetei tudo. Ninguém sabe o que vai acontecer amanhã." Ele ainda não sabe se continuará a viver no Brasil, mas já decidiu que estará no próximo protesto, marcado para o dia 12 de abril. - Contador quer intervenção militar "para limpar sujeira" A insatisfação com a corrupção e o medo de que o Brasil adote o socialismo fazem com que o contador Tiago da Silva, 31, considere a possibilidade de uma intervenção militar no país. "Seria bom a princípio, pelo menos para limpar toda essa sujeira", afirma. O contador explica que não apoia uma ação imediata das forças armadas, mas confia no Exército para ter um país menos corrupto. Mesmo sem ter vivido os anos de ditadura militar, o contador garante que leu muito sobre o assunto. Para ele, o golpe de 1964 foi uma intervenção em defesa da pátria para livrar o país de uma ditadura comunista. "A opressão e o abuso de poder por parte de alguns militares" teriam sido o lado ruim do período. No domingo passado (15), ele participou pela primeira vez de uma manifestação e diz ter gostado da experiência. Na avenida Paulista, o rapaz conheceu pessoas que, assim como ele, frequentam a maçonaria. Fizeram amizade e combinaram de se encontrar no próximo protesto. Para Tiago, os ensinamentos maçons tornam o homem mais justo, cidadão e patriota. Tiago mora sozinho em uma casa alugada na Penha, zona leste de São Paulo. Ele interrompeu os estudos na adolescência e concluiu o ensino médio aos 22 anos, pelo supletivo. Técnico em contabilidade, estuda na Universidade São Judas Tadeu, mas não paga mensalidade. Ele tem 50% de bolsa do Prouni (programa federal que oferece bolsa em universidades privadas) e os outros 50% são financiados pelo Fies, programa do governo federal. Ele não vê contradição nas críticas que faz ao governo. "Não adianta dar com uma mão e tirar com as duas. A corrupção apaga o mérito desses programas." Ele crê que o governo federal quer implantar um regime socialista no país. "Se for necessário, dou total apoio para o Exército defender a pátria." - Sem cobertura pelo SUS, grávida busca tratamento para seu bebê A manifestação do domingo (15) foi a primeira de Rosa Corrêa, 23, grávida de cinco meses de Davi. Uma semana antes do protesto, ela recebeu a notícia de que o feto tem espinha bífida, uma rara má-formação na coluna vertebral do bebê. Nos casos mais graves, o problema pode causar hidrocefalia. A única cura é uma cirurgia feita ainda no útero, mas é considerada um tratamento experimental, sem cobertura pelo SUS. A operação custa em torno de R$ 30 mil, segundo Rosa. Mestranda em engenharia mecânica, ela não tem como bancar o procedimento. Nem o marido, que ganha dois salários mínimos. Foi para pedir a ampliação do atendimento à saúde que ela foi às ruas. "Isso está acontecendo comigo, mas podia ser com qualquer outra pessoa", avalia. A pesquisadora, que anulou o voto para presidente na última eleição, já confirmou presença no próximo protesto. "Só haverá resultado se os atos continuarem", diz. - Economista tucano é contra impeachment e presidencialismo Em 1975, Osvaldo Batista Santana buscava uma vida melhor e atravessou 1.900 km de Santo Amaro, no Recôncavo Baiano, até São Paulo. No último dia 15, aos 60 anos, deslocou-se por 17 km de sua casa, no bairro do Campo Limpo, até a avenida Paulista para brigar por aquilo que, para ele, faria do Brasil um país melhor. Nos 40 anos que separam os dois trajetos, Osvaldo formou-se em economia, casou-se, teve três filhos, comprou um apartamento e se filiou ao PSDB em 1989, um ano após sua fundação. Nesse meio tempo, fez voto útil no PT para a presidência em 1989, "de nariz torcido", na tentativa de evitar a eleição de Fernando Collor. Na Prefeitura de São Paulo, também usou o voto no PT contra Paulo Maluf. Hoje, é antipetista, inconformado com a situação econômica do país. "Quem é que não tem pelo menos duas parcelas atrasadas do cartão de crédito?", diz Santana, que trabalha como consultor financeiro. Ele conta que a economia ruim tem afastado os clientes e reclama da dificuldade de pagar as prestações do carro novo. Santana não defende, no entanto, o impeachment. "O Brasil não aguentaria outro processo depois do impedimento de Collor", diz. A única coisa que o governo poderia fazer para sair da crise, segundo ele, seria convocar um grupo de "notáveis", intelectuais e especialistas de diferentes partidos políticos, para administrar o país. "O regime ideal é o parlamentarismo. É mais fácil tirar maus governantes." Apesar de ser tucano de carteirinha, considera o governador Alckmin acomodado na administração do Estado. "A culpa é também do meu partido, que não sabe fazer oposição", diz. Osvaldo pretende voltar nas próximas manifestações contra o governo federal. Mas, agora, sem a mulher, Maria de Lourdes Santana. "Se eu fosse ele, já teria desistido. É difícil mudar alguma coisa no Brasil", desabafa sua companheira. | poder | Protesto em SP reuniu ex-petistas, estreantes na vida política e militantesNem tão branca, nem tão elite. O protesto do último domingo (15) em SP reuniu ex-petistas, defensores da volta dos militares, estreantes na vida política e militantes de carteirinha. Em comum, a inconformidade com a situação do país e a promessa de que voltarão às ruas. * Deixou a foto de Lula em casa e foi protestar Junto às fotos de família na sala da casa, chama a atenção uma imagem de Lula. Ao lado do ex-presidente está o tio-sindicalista da estudante Mylene Xavier, 19. Numa casa de cinco cômodos, em um terreno que abriga outras duas residências, Mylene vive com os avós e uma prima no bairro Jardim Dona Sinhá, na periferia leste de São Paulo. De lá, a estudante de pedagogia levou uma hora e meia para chegar à avenida Paulista no domingo (15) para participar da manifestação contra o governo Dilma. Ela conta que um grupo de sete amigos da região se mobilizou para participar do protesto, em que ela ficou do início ao fim. "Os jovens não têm oportunidades, por isso muitos vão para a criminalidade. Querem conquistar o que o Brasil não oferece a eles", afirma Mylene, que trabalha como assistente de crédito numa loja de departamento. O salário serve para pagar a faculdade. Por não ter feito o Enem, ela não conseguiu dinheiro do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). Outras reclamações da estudante envolvem a alta dos preços motivada pela inflação e a qualidade do transporte público, que ela considera um caos. A insatisfação não poupa nenhum governante. "A culpa é de todos. A corrupção sempre vai existir e vem desde o primeiro político. Eles deveriam saber o que a gente passa para ter mais consciência", diz. Mylene foi a única em sua casa a participar do protesto. O avô Amadeu Ferreira da Silva, 65, que considera Lula "o melhor presidente da história do Brasil", diz já não ter mais idade para ir às ruas, mas apoia a iniciativa da neta. "Ela está certa, Dilma pisou na bola com os aumentos recentes." Ela afirma que participará da próxima manifestação. - Fotógrafo não sabe se continuará no Brasil Thomas Baccaro, 39, conhece as pessoas pelas paredes. Ao visitar alguém, seu olho logo percorre os detalhes da decoração. Na sua casa, em Perdizes, bairro de classe média alta da zona oeste de São Paulo, há gravuras de importantes artistas brasileiros, como Di Cavalcanti e Tarsila do Amaral. Há quadros por todo lado. No banheiro, são três. Filho de artistas italianos, Thomas vive da fotografia e do comércio de obras de arte. Em seu currículo, constam exibições na França, nos EUA e no Canadá. "Minha vida é meio maluca, sou um pouco cigano", define-se. Um dos seus trabalhos mais marcantes foi uma série de fotos feitas desde a nascente até a foz do rio São Francisco, passando por 52 cidades. "Eu sei bem o que é a pobreza, a diferença social e a falta de oportunidades do Brasil", diz, sobre as viagens que fez pelo país. Foi a vontade de mudar essa situação que levou o fotógrafo a participar da manifestação contra o governo no último domingo (15). Ele reclama dos altos impostos, que não voltam como benefícios para a população, e da corrupção. Para ele, a solução é investimento pesado em educação, voto distrital e fortalecimento do poder dos Estados. "Há muito poder concentrado nas mãos de poucos. Eles fazem o que querem", diz Thomas, que votou em Marina no primeiro turno e depois em Aécio Neves "por falta de opção". Ele planejava abrir uma galeria de arte em São Paulo, mas adiou o projeto devido à situação econômica do país. "Engavetei tudo. Ninguém sabe o que vai acontecer amanhã." Ele ainda não sabe se continuará a viver no Brasil, mas já decidiu que estará no próximo protesto, marcado para o dia 12 de abril. - Contador quer intervenção militar "para limpar sujeira" A insatisfação com a corrupção e o medo de que o Brasil adote o socialismo fazem com que o contador Tiago da Silva, 31, considere a possibilidade de uma intervenção militar no país. "Seria bom a princípio, pelo menos para limpar toda essa sujeira", afirma. O contador explica que não apoia uma ação imediata das forças armadas, mas confia no Exército para ter um país menos corrupto. Mesmo sem ter vivido os anos de ditadura militar, o contador garante que leu muito sobre o assunto. Para ele, o golpe de 1964 foi uma intervenção em defesa da pátria para livrar o país de uma ditadura comunista. "A opressão e o abuso de poder por parte de alguns militares" teriam sido o lado ruim do período. No domingo passado (15), ele participou pela primeira vez de uma manifestação e diz ter gostado da experiência. Na avenida Paulista, o rapaz conheceu pessoas que, assim como ele, frequentam a maçonaria. Fizeram amizade e combinaram de se encontrar no próximo protesto. Para Tiago, os ensinamentos maçons tornam o homem mais justo, cidadão e patriota. Tiago mora sozinho em uma casa alugada na Penha, zona leste de São Paulo. Ele interrompeu os estudos na adolescência e concluiu o ensino médio aos 22 anos, pelo supletivo. Técnico em contabilidade, estuda na Universidade São Judas Tadeu, mas não paga mensalidade. Ele tem 50% de bolsa do Prouni (programa federal que oferece bolsa em universidades privadas) e os outros 50% são financiados pelo Fies, programa do governo federal. Ele não vê contradição nas críticas que faz ao governo. "Não adianta dar com uma mão e tirar com as duas. A corrupção apaga o mérito desses programas." Ele crê que o governo federal quer implantar um regime socialista no país. "Se for necessário, dou total apoio para o Exército defender a pátria." - Sem cobertura pelo SUS, grávida busca tratamento para seu bebê A manifestação do domingo (15) foi a primeira de Rosa Corrêa, 23, grávida de cinco meses de Davi. Uma semana antes do protesto, ela recebeu a notícia de que o feto tem espinha bífida, uma rara má-formação na coluna vertebral do bebê. Nos casos mais graves, o problema pode causar hidrocefalia. A única cura é uma cirurgia feita ainda no útero, mas é considerada um tratamento experimental, sem cobertura pelo SUS. A operação custa em torno de R$ 30 mil, segundo Rosa. Mestranda em engenharia mecânica, ela não tem como bancar o procedimento. Nem o marido, que ganha dois salários mínimos. Foi para pedir a ampliação do atendimento à saúde que ela foi às ruas. "Isso está acontecendo comigo, mas podia ser com qualquer outra pessoa", avalia. A pesquisadora, que anulou o voto para presidente na última eleição, já confirmou presença no próximo protesto. "Só haverá resultado se os atos continuarem", diz. - Economista tucano é contra impeachment e presidencialismo Em 1975, Osvaldo Batista Santana buscava uma vida melhor e atravessou 1.900 km de Santo Amaro, no Recôncavo Baiano, até São Paulo. No último dia 15, aos 60 anos, deslocou-se por 17 km de sua casa, no bairro do Campo Limpo, até a avenida Paulista para brigar por aquilo que, para ele, faria do Brasil um país melhor. Nos 40 anos que separam os dois trajetos, Osvaldo formou-se em economia, casou-se, teve três filhos, comprou um apartamento e se filiou ao PSDB em 1989, um ano após sua fundação. Nesse meio tempo, fez voto útil no PT para a presidência em 1989, "de nariz torcido", na tentativa de evitar a eleição de Fernando Collor. Na Prefeitura de São Paulo, também usou o voto no PT contra Paulo Maluf. Hoje, é antipetista, inconformado com a situação econômica do país. "Quem é que não tem pelo menos duas parcelas atrasadas do cartão de crédito?", diz Santana, que trabalha como consultor financeiro. Ele conta que a economia ruim tem afastado os clientes e reclama da dificuldade de pagar as prestações do carro novo. Santana não defende, no entanto, o impeachment. "O Brasil não aguentaria outro processo depois do impedimento de Collor", diz. A única coisa que o governo poderia fazer para sair da crise, segundo ele, seria convocar um grupo de "notáveis", intelectuais e especialistas de diferentes partidos políticos, para administrar o país. "O regime ideal é o parlamentarismo. É mais fácil tirar maus governantes." Apesar de ser tucano de carteirinha, considera o governador Alckmin acomodado na administração do Estado. "A culpa é também do meu partido, que não sabe fazer oposição", diz. Osvaldo pretende voltar nas próximas manifestações contra o governo federal. Mas, agora, sem a mulher, Maria de Lourdes Santana. "Se eu fosse ele, já teria desistido. É difícil mudar alguma coisa no Brasil", desabafa sua companheira. | 0 |
Firma de advocacia dos EUA convoca investidor que teve perda com Gerdau | O escritório de advocacia norte-americano Lundin Law PC anunciou nesta quinta-feira (16) a convocação de investidores que sofreram perdas de mais de US$ 100 mil com papéis da Gerdau, reforçando o grupo de firmas jurídicas dos Estados Unidos que tentam processos coletivos contra o grupo siderúrgico brasileiro. Segundo comunicado divulgado pelo escritório, a convocação refere-se às acusações contra a Gerdau no âmbito da Operação Zelotes, da Polícia Federal, que investiga suspeitas de manipulação de julgamentos no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). "A investigação envolve preocupações de que a companhia violou as seções 10 (b) e 20 (a) da lei de ativos mobiliários (dos EUA). Especificamente, a investigação vai focar na acusação da Polícia Federal do Brasil de que a Gerdau sonegou US$ 429 milhões em impostos", afirmou o escritório. | mercado | Firma de advocacia dos EUA convoca investidor que teve perda com GerdauO escritório de advocacia norte-americano Lundin Law PC anunciou nesta quinta-feira (16) a convocação de investidores que sofreram perdas de mais de US$ 100 mil com papéis da Gerdau, reforçando o grupo de firmas jurídicas dos Estados Unidos que tentam processos coletivos contra o grupo siderúrgico brasileiro. Segundo comunicado divulgado pelo escritório, a convocação refere-se às acusações contra a Gerdau no âmbito da Operação Zelotes, da Polícia Federal, que investiga suspeitas de manipulação de julgamentos no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). "A investigação envolve preocupações de que a companhia violou as seções 10 (b) e 20 (a) da lei de ativos mobiliários (dos EUA). Especificamente, a investigação vai focar na acusação da Polícia Federal do Brasil de que a Gerdau sonegou US$ 429 milhões em impostos", afirmou o escritório. | 2 |
Confira lista de parques aquáticos no Brasil | ARTIFICIAL, MAS GOSTOSO Confira lista de parque aquáticos no Brasil* Ácqua Lokos (RS) Piscina de ondas, rio lento e toboágua que simula queda livre são algumas das 22 atrações do parque em Capão da Canoa; há ainda fazendinha QUANTO R$ 50 (antecipado) MAIS tel. (51) 9938-6398; acqualokos.com.br Águas Claras (PR) O pequeno parque em Matinhos tem quatro toboáguas e cinco piscinas. As atrações mais emocionantes são o Freefall e o Kamikaze, com quedas de 15 m QUANTO R$ 78 MAIS tel. (41) 3024-8891; parqueaguasclaras.com.br Beach Park (CE) Em frente à praia, próximo a Fortaleza, em Aquiraz, tem mais de 18 atrações, como toboáguas, piscinas de correnteza e de ondas. Entre as mais radicais está a Insano, queda sem boia em que o visitante chega a 105 km/h QUANTO R$ 180 MAIS tel. (85) 4012-3000; beachpark.com.br Cascaneia park (SC)Em cerca de 100 mil m² estão nove toboáguas, piscinas temáticas, cachoeira e brinquedos de aventura. Fica em Gaspar QUANTO R$ 35 a R$ 45 MAIS tel. (47) 3397-8500; cascaneia.com.br Di Roma (GO) Em Caldas Novas, oferece piscina termal com temperatura entre 34°C e 42°C. Há área de ondas, rio lento, escorregadores, toboágua e playground molhado QUANTO R$ 70 MAIS tel. 0800-6489800; diroma.com.br Eco Parque Arraial d'Ajuda (BA) Fica em frente à praia de Mucugê, em Arraial (Porto Seguro). São quatro toboáguas de até 17 m de altura, piscina de ondas e rio lento. Caiaques podem ser alugados QUANTO R$ 100 MAIS tel. (73) 3575-8600; arraialecoparque.com.br Ma-noa (RN) Em Maxaranguape, a 60 km de Natal, o parque tem 60 mil m² de área. Piscinas, rio de correnteza, toboágua, cascatas e playground dividem atenção com a praia QUANTO R$ 54 MAIS tel. (84) 9987-6747; ma-noa.com.br Rio Water Planet (RJ) São 40 atrações em 445 mil m²; entre elas, toboáguas com e sem boias, piscinas de ondas e rio de correnteza; fica em Vargem Grande, próximo ao Rio QUANTO de R$ 49 (grupo) a R$ 140 MAIS tel. (21) 2428-9000; riowaterplanet.com.br Thermas dos Laranjais (SP) Uma das principais atrações de Olímpia, oferece toboáguas de até 30 m, praias, rio lento, área para surfe e piscina de ressurgência, que não deixa o usuário afundar; a temperatura da água é de 37°C a 41°C QUANTO R$ 90 (adultos) MAIS tel. (17) 3279-3500;termas.com.br Thermas Water Park (SP) O parque de Águas de São Pedro tem 11 piscinas (três com água quente), área infantil molhada e dez toboáguas, em formatos de caracol ou retos QUANTO R$ 49 a R$ 80 MAIS tel. (19) 3181-2111; thermas.com.br Wet'n Wild (SP) Entre os mais de 25 brinquedos do parque em Itupeva, destaque para o novo Vórtex, com queda de 24 m em boia para quatro pessoas que atinge até 70 km/h. No R4lly, visitantes disputam corrida em um toboágua QUANTO R$ 120 (fim de semana) MAIS tel. (11) 4496-8000; wetnwild.com.br * Preços para adultos | asmais | Confira lista de parques aquáticos no BrasilARTIFICIAL, MAS GOSTOSO Confira lista de parque aquáticos no Brasil* Ácqua Lokos (RS) Piscina de ondas, rio lento e toboágua que simula queda livre são algumas das 22 atrações do parque em Capão da Canoa; há ainda fazendinha QUANTO R$ 50 (antecipado) MAIS tel. (51) 9938-6398; acqualokos.com.br Águas Claras (PR) O pequeno parque em Matinhos tem quatro toboáguas e cinco piscinas. As atrações mais emocionantes são o Freefall e o Kamikaze, com quedas de 15 m QUANTO R$ 78 MAIS tel. (41) 3024-8891; parqueaguasclaras.com.br Beach Park (CE) Em frente à praia, próximo a Fortaleza, em Aquiraz, tem mais de 18 atrações, como toboáguas, piscinas de correnteza e de ondas. Entre as mais radicais está a Insano, queda sem boia em que o visitante chega a 105 km/h QUANTO R$ 180 MAIS tel. (85) 4012-3000; beachpark.com.br Cascaneia park (SC)Em cerca de 100 mil m² estão nove toboáguas, piscinas temáticas, cachoeira e brinquedos de aventura. Fica em Gaspar QUANTO R$ 35 a R$ 45 MAIS tel. (47) 3397-8500; cascaneia.com.br Di Roma (GO) Em Caldas Novas, oferece piscina termal com temperatura entre 34°C e 42°C. Há área de ondas, rio lento, escorregadores, toboágua e playground molhado QUANTO R$ 70 MAIS tel. 0800-6489800; diroma.com.br Eco Parque Arraial d'Ajuda (BA) Fica em frente à praia de Mucugê, em Arraial (Porto Seguro). São quatro toboáguas de até 17 m de altura, piscina de ondas e rio lento. Caiaques podem ser alugados QUANTO R$ 100 MAIS tel. (73) 3575-8600; arraialecoparque.com.br Ma-noa (RN) Em Maxaranguape, a 60 km de Natal, o parque tem 60 mil m² de área. Piscinas, rio de correnteza, toboágua, cascatas e playground dividem atenção com a praia QUANTO R$ 54 MAIS tel. (84) 9987-6747; ma-noa.com.br Rio Water Planet (RJ) São 40 atrações em 445 mil m²; entre elas, toboáguas com e sem boias, piscinas de ondas e rio de correnteza; fica em Vargem Grande, próximo ao Rio QUANTO de R$ 49 (grupo) a R$ 140 MAIS tel. (21) 2428-9000; riowaterplanet.com.br Thermas dos Laranjais (SP) Uma das principais atrações de Olímpia, oferece toboáguas de até 30 m, praias, rio lento, área para surfe e piscina de ressurgência, que não deixa o usuário afundar; a temperatura da água é de 37°C a 41°C QUANTO R$ 90 (adultos) MAIS tel. (17) 3279-3500;termas.com.br Thermas Water Park (SP) O parque de Águas de São Pedro tem 11 piscinas (três com água quente), área infantil molhada e dez toboáguas, em formatos de caracol ou retos QUANTO R$ 49 a R$ 80 MAIS tel. (19) 3181-2111; thermas.com.br Wet'n Wild (SP) Entre os mais de 25 brinquedos do parque em Itupeva, destaque para o novo Vórtex, com queda de 24 m em boia para quatro pessoas que atinge até 70 km/h. No R4lly, visitantes disputam corrida em um toboágua QUANTO R$ 120 (fim de semana) MAIS tel. (11) 4496-8000; wetnwild.com.br * Preços para adultos | 23 |
Lava Jato defende os interesses do povo, diz leitor | Dilma "concedeu" entrevista e, entre outras coisas, declarou seu compromisso com a contenção de despesas. Em seguida, foi para Porto Alegre conhecer o neto recém-nascido. Às nossas custas. Carro, helicóptero, avião presidencial, escolta etc. Nada contra ela querer vê-lo, mas tem que ser com a minha grana? E logo após pedir apoio ao Congresso e à população para ajudá-la! É muita cara de pau! FREDERICO S. N. BAHIA DINIZ (São Paulo, SP) * Será que a presidente Dilma já parou para pensar no que o neto dela vai aprender sobre história do Brasil contemporâneo na escola daqui a uns 15 anos? ZEEV CALMANOVICI (São Paulo, SP) * O advogado Ricardo Sayeg intitulou como "Paranoia punitiva" parecer sobre o método do Ministério Público Federal para realizar as prisões preventivas na Operação Lava Jato. Ora, uma megaoperação que vem desvendando uma ampla rede de corruptos e que deflagra o fisiologismo entre os agentes públicos, lobistas e grandes empresários está mostrando que nossas instituições estão trabalhando para os interesses do povo, muito mais importantes do que um tribunal que esteja preocupado com a "imagem das empresas". MARCELO SILVEIRA COURY, psicólogo (Piracicaba, SP) * Ricardo Sayeg se sensibiliza com os banqueiros ameaçados de prisão. Gostaria de ver algum escrito dele em defesa de negros e pobres abandonados em cadeias nacionais por terem furtado uma barra de chocolate ou algo assim. FRANCISCO EDUARDO DE CARVALHO VIOLA (São José dos Campos, SP) * Em razão da incorreta acusação de que aSchahin teria contribuído para a evasão dos navios NS Cerrado e NS Sertão para o exterior, a empresa esclarece ter atuado perante a Justiça, a Receita Federal e a Marinha para retê-los no Brasil. A transferência dos navios foi decidida pela Justiça de São Paulo e executada por ordem do juiz Rodrigo Marinho, de Macaé, que ameaçou de prisão o preposto da Schahin que se negou a entregar as embarcações para os credores, que as levaram para o exterior. É intolerável a empresa ser acusada de contribuir para a fuga dos navios, que levaram seus equipamentos e ferramentas e contêineres de fornecedores. ALBERTO LOPES, assessor de imprensa do Grupo Schahin (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected] | paineldoleitor | Lava Jato defende os interesses do povo, diz leitorDilma "concedeu" entrevista e, entre outras coisas, declarou seu compromisso com a contenção de despesas. Em seguida, foi para Porto Alegre conhecer o neto recém-nascido. Às nossas custas. Carro, helicóptero, avião presidencial, escolta etc. Nada contra ela querer vê-lo, mas tem que ser com a minha grana? E logo após pedir apoio ao Congresso e à população para ajudá-la! É muita cara de pau! FREDERICO S. N. BAHIA DINIZ (São Paulo, SP) * Será que a presidente Dilma já parou para pensar no que o neto dela vai aprender sobre história do Brasil contemporâneo na escola daqui a uns 15 anos? ZEEV CALMANOVICI (São Paulo, SP) * O advogado Ricardo Sayeg intitulou como "Paranoia punitiva" parecer sobre o método do Ministério Público Federal para realizar as prisões preventivas na Operação Lava Jato. Ora, uma megaoperação que vem desvendando uma ampla rede de corruptos e que deflagra o fisiologismo entre os agentes públicos, lobistas e grandes empresários está mostrando que nossas instituições estão trabalhando para os interesses do povo, muito mais importantes do que um tribunal que esteja preocupado com a "imagem das empresas". MARCELO SILVEIRA COURY, psicólogo (Piracicaba, SP) * Ricardo Sayeg se sensibiliza com os banqueiros ameaçados de prisão. Gostaria de ver algum escrito dele em defesa de negros e pobres abandonados em cadeias nacionais por terem furtado uma barra de chocolate ou algo assim. FRANCISCO EDUARDO DE CARVALHO VIOLA (São José dos Campos, SP) * Em razão da incorreta acusação de que aSchahin teria contribuído para a evasão dos navios NS Cerrado e NS Sertão para o exterior, a empresa esclarece ter atuado perante a Justiça, a Receita Federal e a Marinha para retê-los no Brasil. A transferência dos navios foi decidida pela Justiça de São Paulo e executada por ordem do juiz Rodrigo Marinho, de Macaé, que ameaçou de prisão o preposto da Schahin que se negou a entregar as embarcações para os credores, que as levaram para o exterior. É intolerável a empresa ser acusada de contribuir para a fuga dos navios, que levaram seus equipamentos e ferramentas e contêineres de fornecedores. ALBERTO LOPES, assessor de imprensa do Grupo Schahin (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected] | 16 |
Tesla anuncia plano para caminhões e ônibus elétricos e carro compartilhado | Elon Musk, o presidente-executivo da Tesla Motors, delineou uma visão exaltada e futurista para sua montadora de carros elétricos, em um esforço para retomar a iniciativa depois dos revezes recentes que alguns de seus mais ambiciosos planos sofreram. Escrevendo no blog da empresa na quarta-feira (20), Musk definiu o que descreve como uma atualização no "plano mestre" para a Tesla que ele divulgou dez anos atrás. O plano envolve expandir a Tesla para que ela produza uma linha ampla de carros, caminhões e ônibus elétricos, bem como um aplicativo para smartphones por meio do qual os donos de Teslas poderão, um dia, ganhar dinheiro alugando a terceiros os seus carros autoguiados. Ainda que boa parte do plano pareça vaga, ecoando o hábito de Musk de despertar o interesse por meio de novas ideias muito antes que estas possam entrar em produção, ele revelou que a Tesla estava "nos estágios iniciais de desenvolvimento" de caminhões de carga pesados e de uma nova forma de "transporte urbano com alta densidade de passageiros", dois projetos que provavelmente serão revelados no ano que vem. Com sua mistura característica de ambição, autojustificativa e imprecisão, o desenho oferecido por Musk para o plano de dez anos parecia destinado a atrair reações céticas, em um momento no qual a Tesla enfrenta crescentes desafios. "Como é típico, Elon Musk delineou um plano grandioso para o futuro sem cronograma e com poucos detalhes específicos, e sem menção de quando e como a Tesla se tornará lucrativa", escreveu Michelle Krebs, analista sênior da "Autotrader", uma revista de automóveis norte-americana. CRÍTICAS O post da quarta-feira surgiu um mês depois que Musk esbarrou em uma muralha de ceticismo ao fazer uma oferta pela aquisição da SolarCity, empresa de instalação de painéis solares da qual ele é presidente do conselho, pagando com ações da Tesla em valor de cerca de US$ 3 bilhões. Os investidores se preocuparam que isso distrairia a empresa em um momento crítico, enquanto ela luta por corrigir problemas de produção persistentes, e para acelerar em dois anos a produção em massa de seu próximo carro, o Modelo 3. A decisão de Musk de lançar uma versão rudimentar da tecnologia da empresa para carros autoguiados também atraiu críticas generalizadas, depois da notícia, no mês passado, de que uma colisão havia causado a morte do primeiro motorista ao volante de um carro autoguiado. Em seu post, Musk ofereceu mais uma defesa inflexível da decisão da Tesla de lançar a tecnologia, conhecida como Autopilot, ainda que esta tenha sido descrita como "beta", ou seja, em estágio de teste. Ele afirmou que a tecnologia de autocondução, "se usada corretamente", já é mais segura que um motorista humano, o que torna "moralmente reprovável postergar o lançamento por simples medo de uma reação adversa da mídia, ou por algum cálculo mercantil quanto à responsabilidade jurídica". Ele também reiterou seus argumentos em favor de uma combinação entre a Tesla e a SolarCity, para que a nova empresa possa vender "um produto que combine painéis solares e baterias e simplesmente funcione, transformando cada indivíduo em usina de energia pessoal, e ampliando a escala dessa experiência até que atinja o mundo". Foi "em larga medida um acidente histórico" que as duas empresas tenham sido criadas em separado, para começar, ele acrescentou. PARTE DOIS O post, intitulado, "Plano Mestre, Part Deux", ecoava um artigo que Musk escreveu dez anos atrás no qual ele primeiro delineou seu plano de combinar painéis solares e carros elétricos em uma só empresa, e ajudar o mundo a deixar para trás a dependência quanto ao carbono e se tornar "uma economia solar-elétrica". Além de reiterar suas esperanças de adquirir a SolarCity e definir uma meta de tornar a tecnologia de autocondução 10 vezes mais segura que um motorista humano, Musk revelou pela primeira vez seu plano para uma linha mais ampla de veículos elétricos Tesla. Eles incluiriam um "futuro esportivo utilitário compacto e um novo tipo de picape", para acompanhar o atual sedã Modelo S e o Modelo 3, ele afirmou. Além disso, Musk acrescentou que esperava um dia produzir ônibus autoguiados que, por não terem motoristas, teriam maior capacidade de passageiros em um veículo menor. "O mais recente [plano da] Tesla inclui expandir sua linha de veículos elétricos para cobrir todos os segmentos importantes em um momento no qual ela não consegue cumprir as metas de produção da limitada linha de produtos que tem agora e pelos próximos dois anos", disse Krebs. Tradução de PAULO MIGLIACCI | mercado | Tesla anuncia plano para caminhões e ônibus elétricos e carro compartilhadoElon Musk, o presidente-executivo da Tesla Motors, delineou uma visão exaltada e futurista para sua montadora de carros elétricos, em um esforço para retomar a iniciativa depois dos revezes recentes que alguns de seus mais ambiciosos planos sofreram. Escrevendo no blog da empresa na quarta-feira (20), Musk definiu o que descreve como uma atualização no "plano mestre" para a Tesla que ele divulgou dez anos atrás. O plano envolve expandir a Tesla para que ela produza uma linha ampla de carros, caminhões e ônibus elétricos, bem como um aplicativo para smartphones por meio do qual os donos de Teslas poderão, um dia, ganhar dinheiro alugando a terceiros os seus carros autoguiados. Ainda que boa parte do plano pareça vaga, ecoando o hábito de Musk de despertar o interesse por meio de novas ideias muito antes que estas possam entrar em produção, ele revelou que a Tesla estava "nos estágios iniciais de desenvolvimento" de caminhões de carga pesados e de uma nova forma de "transporte urbano com alta densidade de passageiros", dois projetos que provavelmente serão revelados no ano que vem. Com sua mistura característica de ambição, autojustificativa e imprecisão, o desenho oferecido por Musk para o plano de dez anos parecia destinado a atrair reações céticas, em um momento no qual a Tesla enfrenta crescentes desafios. "Como é típico, Elon Musk delineou um plano grandioso para o futuro sem cronograma e com poucos detalhes específicos, e sem menção de quando e como a Tesla se tornará lucrativa", escreveu Michelle Krebs, analista sênior da "Autotrader", uma revista de automóveis norte-americana. CRÍTICAS O post da quarta-feira surgiu um mês depois que Musk esbarrou em uma muralha de ceticismo ao fazer uma oferta pela aquisição da SolarCity, empresa de instalação de painéis solares da qual ele é presidente do conselho, pagando com ações da Tesla em valor de cerca de US$ 3 bilhões. Os investidores se preocuparam que isso distrairia a empresa em um momento crítico, enquanto ela luta por corrigir problemas de produção persistentes, e para acelerar em dois anos a produção em massa de seu próximo carro, o Modelo 3. A decisão de Musk de lançar uma versão rudimentar da tecnologia da empresa para carros autoguiados também atraiu críticas generalizadas, depois da notícia, no mês passado, de que uma colisão havia causado a morte do primeiro motorista ao volante de um carro autoguiado. Em seu post, Musk ofereceu mais uma defesa inflexível da decisão da Tesla de lançar a tecnologia, conhecida como Autopilot, ainda que esta tenha sido descrita como "beta", ou seja, em estágio de teste. Ele afirmou que a tecnologia de autocondução, "se usada corretamente", já é mais segura que um motorista humano, o que torna "moralmente reprovável postergar o lançamento por simples medo de uma reação adversa da mídia, ou por algum cálculo mercantil quanto à responsabilidade jurídica". Ele também reiterou seus argumentos em favor de uma combinação entre a Tesla e a SolarCity, para que a nova empresa possa vender "um produto que combine painéis solares e baterias e simplesmente funcione, transformando cada indivíduo em usina de energia pessoal, e ampliando a escala dessa experiência até que atinja o mundo". Foi "em larga medida um acidente histórico" que as duas empresas tenham sido criadas em separado, para começar, ele acrescentou. PARTE DOIS O post, intitulado, "Plano Mestre, Part Deux", ecoava um artigo que Musk escreveu dez anos atrás no qual ele primeiro delineou seu plano de combinar painéis solares e carros elétricos em uma só empresa, e ajudar o mundo a deixar para trás a dependência quanto ao carbono e se tornar "uma economia solar-elétrica". Além de reiterar suas esperanças de adquirir a SolarCity e definir uma meta de tornar a tecnologia de autocondução 10 vezes mais segura que um motorista humano, Musk revelou pela primeira vez seu plano para uma linha mais ampla de veículos elétricos Tesla. Eles incluiriam um "futuro esportivo utilitário compacto e um novo tipo de picape", para acompanhar o atual sedã Modelo S e o Modelo 3, ele afirmou. Além disso, Musk acrescentou que esperava um dia produzir ônibus autoguiados que, por não terem motoristas, teriam maior capacidade de passageiros em um veículo menor. "O mais recente [plano da] Tesla inclui expandir sua linha de veículos elétricos para cobrir todos os segmentos importantes em um momento no qual ela não consegue cumprir as metas de produção da limitada linha de produtos que tem agora e pelos próximos dois anos", disse Krebs. Tradução de PAULO MIGLIACCI | 2 |
Faço 'total defesa intransigente' da Lava Jato, diz Alckmin | O governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) disse que "é preciso ter cuidado" com acusações de que ele estaria envolvido na Operação Lava Jato, uma vez que os episódios em que teria sido citado não foram esclarecidos, argumentou. "Quero deixar claro a total defesa intransigente de investigação e esclarecimento favorável à [Operação] Lava Jato", afirmou, nesta terça-feira (29), em evento da Frente Nacional de Prefeitos, em Campinas. Segundo a revista "Veja", Alckmin aparece em planilhas de pagamento de propina da empreiteira com o apelido "santo". O primeiro episódio em que ele supostamente aparece se refere à duplicação da rodovia Mogi-Dutra, inaugurada em 2002. Alckmin registrou que a obra foi feita pela Queiroz Galvão. "A Odebrecht nem ganhou a licitação nem executou a obra", disse. O segundo episódio se refere à construção da linha 4 - Amarela do Metrô, em 2004. O "santo" seria o beneficiário de um repasse de campanha de R$ 500 mil. "2004 foi [ano de eleição] municipal, e eu nem candidato fui", afirmou. "Então, é preciso ter cuidado com essas questões." A primeira passagem do tucano no governo paulista ocorreu entre 2001 a 2006 e a segunda, em curso, iniciou-se em 2011. TEMER Alckmin divergiu de escolhas políticas feitas pelo presidente Michel Temer e pediu agilidade na tramitação de reformas estruturantes. O tucano disse que teria priorizado a reforma da Previdência, em detrimento da PEC do teto do gasto. "A primeira votação, o governo ganha. Início de governo, ambiente político favorável. Então, dificilmente não aprovaria [a reforma da Previdência]", sustentou. "O governo optou por mandar primeiro a PEC 241 e em seguida as outras reformas. Aí elas vão ficar todas para o ano que vem. Então, o esforço vai ter de ser redobrado, mas acredito que serão aprovadas", concluiu. Passados o impeachment e as eleições municipais, o governador disse que "é hora de ganhar tempo". "Claro que vivemos uma situação especial, pós-impeachment e uma crise econômica bastante severa. Quanto mais rápido o governo agir no sentido das reformas estruturantes e, de um lado, reduzir despesa e, de outro, reduzir juros, [melhor]", afirmou. | poder | Faço 'total defesa intransigente' da Lava Jato, diz AlckminO governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) disse que "é preciso ter cuidado" com acusações de que ele estaria envolvido na Operação Lava Jato, uma vez que os episódios em que teria sido citado não foram esclarecidos, argumentou. "Quero deixar claro a total defesa intransigente de investigação e esclarecimento favorável à [Operação] Lava Jato", afirmou, nesta terça-feira (29), em evento da Frente Nacional de Prefeitos, em Campinas. Segundo a revista "Veja", Alckmin aparece em planilhas de pagamento de propina da empreiteira com o apelido "santo". O primeiro episódio em que ele supostamente aparece se refere à duplicação da rodovia Mogi-Dutra, inaugurada em 2002. Alckmin registrou que a obra foi feita pela Queiroz Galvão. "A Odebrecht nem ganhou a licitação nem executou a obra", disse. O segundo episódio se refere à construção da linha 4 - Amarela do Metrô, em 2004. O "santo" seria o beneficiário de um repasse de campanha de R$ 500 mil. "2004 foi [ano de eleição] municipal, e eu nem candidato fui", afirmou. "Então, é preciso ter cuidado com essas questões." A primeira passagem do tucano no governo paulista ocorreu entre 2001 a 2006 e a segunda, em curso, iniciou-se em 2011. TEMER Alckmin divergiu de escolhas políticas feitas pelo presidente Michel Temer e pediu agilidade na tramitação de reformas estruturantes. O tucano disse que teria priorizado a reforma da Previdência, em detrimento da PEC do teto do gasto. "A primeira votação, o governo ganha. Início de governo, ambiente político favorável. Então, dificilmente não aprovaria [a reforma da Previdência]", sustentou. "O governo optou por mandar primeiro a PEC 241 e em seguida as outras reformas. Aí elas vão ficar todas para o ano que vem. Então, o esforço vai ter de ser redobrado, mas acredito que serão aprovadas", concluiu. Passados o impeachment e as eleições municipais, o governador disse que "é hora de ganhar tempo". "Claro que vivemos uma situação especial, pós-impeachment e uma crise econômica bastante severa. Quanto mais rápido o governo agir no sentido das reformas estruturantes e, de um lado, reduzir despesa e, de outro, reduzir juros, [melhor]", afirmou. | 0 |
Britânicos tentam reverter a maldição dos 100 anos de vida | Uma certeza e uma dúvida assombram quem tem menos de 50 anos e vive de trabalho. A certeza é que foi-se a época de se formar aos 20, fazer carreira e se aposentar aos 60. A dúvida é que trabalho vai existir nos muitos anos que faltam antes de conseguirmos garantir a velhice tranquila. Robôs e computadores vão substituir quais funções? A economia colaborativa acabará com empregos formais? Qual o impacto da tecnologia nos negócios e nas profissões? E, se teremos que trabalhar até mais tarde, que tipo de saúde e vida social nos restará quando finalmente conseguirmos a aposentadoria? O fato de que a vida humana durará 100 anos é, afinal, bênção ou maldição? BÊNÇÃO OU MALDIÇÃO? Essa é a linha central de "The 100-Year Life" ("A Vida de 100 Anos", lançado em junho e ainda sem tradução para o português), escrito por Andrew Scott e Lynda Gratton, professores da London Business School. A mensagem é que ainda há tempo para criar um plano B. Como exemplo, traçam cenários para três personagens arquetípicos, Jack, que nasceu em 1945, Jimmy, nascido em 1971, e Jane, de 1998. Jack formou seu patrimônio durante 40 anos, aposentou-se aos 62 e morreu aos 70. No seu tempo, fazia-se carreira numa só empresa, e a fidelidade era recompensada com previdência corporativa. Ele pôde contar com uma Previdência sustentada pela força de trabalho jovem e bem mais ampla que a parcela de idosos. Precisou poupar só 4% do salário para complementar a aposentadoria. HORA DE VIRAR A MESA Quando Jimmy chegou ao mercado de trabalho, porém, estabilidade deixara de ter valor. Com ela, minguaram os incentivos corporativos. A população envelheceu, e governos do mundo todo endureceram a aposentadoria. Aos 45 anos e com expectativa de viver até os 85, Jimmy se dá conta de que, para se aposentar aos 62, como Jack, precisaria ter poupado mais de 17% do que ganha. Com a economia instável e mudanças tecnológicas aceleradas, precisa dar uma guinada se quiser ter habilidades e saúde para os 25 anos de trabalho que ainda faltam. Scott e Gratton fazem simulações para mostrar que Jimmy não precisa necessariamente ter um final de vida melancólico, se tomar a iniciativa de se "reinventar" já. jane na era dos robôs Já o que pode acontecer a Jane, que nem saiu da faculdade, depende muito das premissas dos autores para o futuro. Uma delas é que profissões baseadas em criatividade são as mais propensas a sobreviver na era dos robôs. Por isso, e porque Jane viverá até os 100, ela não entrará direto no mercado de trabalho, como Jack e Jimmy. Jane precisará de conexões sociais, flexibilidade e senso empreendedor. Passará ao menos dez anos viajando, fará trabalhos avulsos e parcerias, inventará novos serviços e modelos de negócios. Durante cerca de 60 anos, experimentará várias fórmulas: emprego formal, empresa própria, terceiro setor, consultoria, pausas para estudar o a mistura de todas elas. Demorará muito mais para acumular patrimônio e precisará cuidar melhor da saúde física, mental e social para aproveitar das décadas de vida que terá a mais. DESIGUALDADE à VISTA O livro acende alertas para pessoas físicas e para empresas, mas o recado mais importante –e pouco explorado– visa os formuladores de políticas públicas. Se tudo se passar como os autores imaginam, a desigualdade aumentará muito nas próximas décadas. Boa parte do trabalho braçal e parcela relevante do intelectual serão exercidas por máquinas. Diferenças de acesso a educação e capital social terão efeito cada vez maior nas oportunidades de emprego e na renda. Famílias mais pobres não conseguirão poupar uma reserva para a velhice e devem empobrecer ainda mais com aposentadorias minguantes. Sem saúde preventiva e bons tratamentos, terão ainda mais dificuldade para se manter ativos nas décadas de trabalho que a longitude da vida tornará obrigatórias. THE 100-YEAR LIFE - Living and Working in an Age of Longevity QUANTO: R$ 83 (280 PÁGS.) OU R$ 36 NA VERSÃO ELETRÔNICA AUTOR: ANDREW SCOTT E LYNDA GRATTON EDITORA: BLOOMSBURY PUBLISHING | mercado | Britânicos tentam reverter a maldição dos 100 anos de vidaUma certeza e uma dúvida assombram quem tem menos de 50 anos e vive de trabalho. A certeza é que foi-se a época de se formar aos 20, fazer carreira e se aposentar aos 60. A dúvida é que trabalho vai existir nos muitos anos que faltam antes de conseguirmos garantir a velhice tranquila. Robôs e computadores vão substituir quais funções? A economia colaborativa acabará com empregos formais? Qual o impacto da tecnologia nos negócios e nas profissões? E, se teremos que trabalhar até mais tarde, que tipo de saúde e vida social nos restará quando finalmente conseguirmos a aposentadoria? O fato de que a vida humana durará 100 anos é, afinal, bênção ou maldição? BÊNÇÃO OU MALDIÇÃO? Essa é a linha central de "The 100-Year Life" ("A Vida de 100 Anos", lançado em junho e ainda sem tradução para o português), escrito por Andrew Scott e Lynda Gratton, professores da London Business School. A mensagem é que ainda há tempo para criar um plano B. Como exemplo, traçam cenários para três personagens arquetípicos, Jack, que nasceu em 1945, Jimmy, nascido em 1971, e Jane, de 1998. Jack formou seu patrimônio durante 40 anos, aposentou-se aos 62 e morreu aos 70. No seu tempo, fazia-se carreira numa só empresa, e a fidelidade era recompensada com previdência corporativa. Ele pôde contar com uma Previdência sustentada pela força de trabalho jovem e bem mais ampla que a parcela de idosos. Precisou poupar só 4% do salário para complementar a aposentadoria. HORA DE VIRAR A MESA Quando Jimmy chegou ao mercado de trabalho, porém, estabilidade deixara de ter valor. Com ela, minguaram os incentivos corporativos. A população envelheceu, e governos do mundo todo endureceram a aposentadoria. Aos 45 anos e com expectativa de viver até os 85, Jimmy se dá conta de que, para se aposentar aos 62, como Jack, precisaria ter poupado mais de 17% do que ganha. Com a economia instável e mudanças tecnológicas aceleradas, precisa dar uma guinada se quiser ter habilidades e saúde para os 25 anos de trabalho que ainda faltam. Scott e Gratton fazem simulações para mostrar que Jimmy não precisa necessariamente ter um final de vida melancólico, se tomar a iniciativa de se "reinventar" já. jane na era dos robôs Já o que pode acontecer a Jane, que nem saiu da faculdade, depende muito das premissas dos autores para o futuro. Uma delas é que profissões baseadas em criatividade são as mais propensas a sobreviver na era dos robôs. Por isso, e porque Jane viverá até os 100, ela não entrará direto no mercado de trabalho, como Jack e Jimmy. Jane precisará de conexões sociais, flexibilidade e senso empreendedor. Passará ao menos dez anos viajando, fará trabalhos avulsos e parcerias, inventará novos serviços e modelos de negócios. Durante cerca de 60 anos, experimentará várias fórmulas: emprego formal, empresa própria, terceiro setor, consultoria, pausas para estudar o a mistura de todas elas. Demorará muito mais para acumular patrimônio e precisará cuidar melhor da saúde física, mental e social para aproveitar das décadas de vida que terá a mais. DESIGUALDADE à VISTA O livro acende alertas para pessoas físicas e para empresas, mas o recado mais importante –e pouco explorado– visa os formuladores de políticas públicas. Se tudo se passar como os autores imaginam, a desigualdade aumentará muito nas próximas décadas. Boa parte do trabalho braçal e parcela relevante do intelectual serão exercidas por máquinas. Diferenças de acesso a educação e capital social terão efeito cada vez maior nas oportunidades de emprego e na renda. Famílias mais pobres não conseguirão poupar uma reserva para a velhice e devem empobrecer ainda mais com aposentadorias minguantes. Sem saúde preventiva e bons tratamentos, terão ainda mais dificuldade para se manter ativos nas décadas de trabalho que a longitude da vida tornará obrigatórias. THE 100-YEAR LIFE - Living and Working in an Age of Longevity QUANTO: R$ 83 (280 PÁGS.) OU R$ 36 NA VERSÃO ELETRÔNICA AUTOR: ANDREW SCOTT E LYNDA GRATTON EDITORA: BLOOMSBURY PUBLISHING | 2 |
O filho do editor | O americano Atticus Lish, 43, abandonou Harvard e passou anos trabalhando em empresas como uma fábrica de espuma de plástico. Em 2008, começou a escrever "Preparation for the Next Life", romance sobre o encontro de uma imigrante chinesa com um veterano de guerra em Nova York. A tardia estreia literária, em 2014, rendeu um prêmio Pen Faulkner e um contrato para adaptação pela HBO. O detalhe é que Atticus é filho de Gordon Lish, 81, um dos editores mais agressivos e influentes do século 20, o criador do minimalismo de Raymond Carver (1938-1988). Pai e filho, após anos de relação difícil, dizem que não houve interferências familiares na obra. No Brasil, os direitos foram adquiridos pela Rádio Londres. COMPASSO DE ESPERA Uma das principais clientes de editoras comerciais no país, a B2W, proprietária das marcas Submarino e Americanas.com, vem atrasando pagamentos por mais de seis meses a fornecedores, que aguardam quantias de até sete dígitos. A demora da holding em prestar contas é conhecida no meio editorial, mas prazos e valores vêm aumentando. A empresa costuma negociar grandes quantidades para vender livros mais baratos que a concorrência, o que leva editoras a imprimir milhares de cópias de suas apostas especificamente para ações dessas lojas. Nos últimos meses, algumas casas preferiram deixar de fornecer livros até receber pelo menos parte do valor. Procurada, a B2W não quis comentar. CORES Até "O Pequeno Príncipe", de Antoine de Saint-Exupéry, que caiu em domínio público, virou livro para colorir; a edição sai pela Casa da Palavra, que a preparou para o 17º Salão FNLIJ, a partir do dia 10 QUASE NA MESMA Desconsideradas as vendas para o governo, o faturamento do mercado editorial está estagnado há uma década, com queda acumulada de 1,13%. A conclusão é do consultor Carlo Carrenho, do site Publishnews, que analisou as pesquisas anuais divulgadas pelo setor desde 2005, com dados atualizados pelo Censo do Livro realizado em 2010 por entidades editoriais. A boa notícia, diz Carrenho, é que se vendem mais livros -160 milhões para o mercado em 2005, ante 277 milhões em 2014. "Mas não foi o suficiente para aumentar o faturamento, já que o preço médio do livro caiu. O gráfico de faturamento é uma reta horizontal, parece a avenida Brasil." A análise completa deve ser publicada na terça (9) no Publishnews. Legião O poeta Mariano Marovatto, convidado da Flip, lança neste mês "As Quatro Estações", com os bastidores do processo de criação do álbum homônimo da Legião Urbana. Legião 2 O livro, sobre as influências e motivações das canções, sai pela Cobogó dentro da coleção O Livro do Disco, que já lançou obras sobre álbuns de artistas como Jorge Ben e Velvet Underground e terá ainda livros sobre o trabalho de Stevie Wonder e Joy Division. Voo solo Pela primeira vez em mais de 20 anos, a Zahar não estará com a Companhia das Letras numa Bienal do Livro -após adquirir 55% da Objetiva, em abril, a Companhia ficou grande demais para dividir o estande. Para a 17ª Bienal do Rio, a Zahar prepara espaço exclusivo, assinado pela arquiteta e apresentadora Bel Lobo. Voo solo 2 Fora da Bienal, a parceria comercial da Zahar com a Companhia das Letras continua: responsável por distribuir os títulos da editora paulistana no Rio, a casa carioca assume em julho a distribuição também da Objetiva e de seus selos. Policial "Dias Perfeitos", de Raphael Montes, terá edição em ideograma chinês complexo. Teve os direitos adquiridos pela Fantasy Books, que o publicará em Taiwan, Hong Kong e Macau. Com a negociação, o romance já foi vendido a 14 territórios. Brutalidade O livro "Expulsions: Brutality and Complexity in the Global Economy", da holandesa Saskia Sassen, sobre como a modernidade gera expulsões socioeconômicas, é uma das apostas da Paz&Terra para 2016. A pesquisadora estará no Brasil em agosto para o Fronteiras do Pensamento. | colunas | O filho do editorO americano Atticus Lish, 43, abandonou Harvard e passou anos trabalhando em empresas como uma fábrica de espuma de plástico. Em 2008, começou a escrever "Preparation for the Next Life", romance sobre o encontro de uma imigrante chinesa com um veterano de guerra em Nova York. A tardia estreia literária, em 2014, rendeu um prêmio Pen Faulkner e um contrato para adaptação pela HBO. O detalhe é que Atticus é filho de Gordon Lish, 81, um dos editores mais agressivos e influentes do século 20, o criador do minimalismo de Raymond Carver (1938-1988). Pai e filho, após anos de relação difícil, dizem que não houve interferências familiares na obra. No Brasil, os direitos foram adquiridos pela Rádio Londres. COMPASSO DE ESPERA Uma das principais clientes de editoras comerciais no país, a B2W, proprietária das marcas Submarino e Americanas.com, vem atrasando pagamentos por mais de seis meses a fornecedores, que aguardam quantias de até sete dígitos. A demora da holding em prestar contas é conhecida no meio editorial, mas prazos e valores vêm aumentando. A empresa costuma negociar grandes quantidades para vender livros mais baratos que a concorrência, o que leva editoras a imprimir milhares de cópias de suas apostas especificamente para ações dessas lojas. Nos últimos meses, algumas casas preferiram deixar de fornecer livros até receber pelo menos parte do valor. Procurada, a B2W não quis comentar. CORES Até "O Pequeno Príncipe", de Antoine de Saint-Exupéry, que caiu em domínio público, virou livro para colorir; a edição sai pela Casa da Palavra, que a preparou para o 17º Salão FNLIJ, a partir do dia 10 QUASE NA MESMA Desconsideradas as vendas para o governo, o faturamento do mercado editorial está estagnado há uma década, com queda acumulada de 1,13%. A conclusão é do consultor Carlo Carrenho, do site Publishnews, que analisou as pesquisas anuais divulgadas pelo setor desde 2005, com dados atualizados pelo Censo do Livro realizado em 2010 por entidades editoriais. A boa notícia, diz Carrenho, é que se vendem mais livros -160 milhões para o mercado em 2005, ante 277 milhões em 2014. "Mas não foi o suficiente para aumentar o faturamento, já que o preço médio do livro caiu. O gráfico de faturamento é uma reta horizontal, parece a avenida Brasil." A análise completa deve ser publicada na terça (9) no Publishnews. Legião O poeta Mariano Marovatto, convidado da Flip, lança neste mês "As Quatro Estações", com os bastidores do processo de criação do álbum homônimo da Legião Urbana. Legião 2 O livro, sobre as influências e motivações das canções, sai pela Cobogó dentro da coleção O Livro do Disco, que já lançou obras sobre álbuns de artistas como Jorge Ben e Velvet Underground e terá ainda livros sobre o trabalho de Stevie Wonder e Joy Division. Voo solo Pela primeira vez em mais de 20 anos, a Zahar não estará com a Companhia das Letras numa Bienal do Livro -após adquirir 55% da Objetiva, em abril, a Companhia ficou grande demais para dividir o estande. Para a 17ª Bienal do Rio, a Zahar prepara espaço exclusivo, assinado pela arquiteta e apresentadora Bel Lobo. Voo solo 2 Fora da Bienal, a parceria comercial da Zahar com a Companhia das Letras continua: responsável por distribuir os títulos da editora paulistana no Rio, a casa carioca assume em julho a distribuição também da Objetiva e de seus selos. Policial "Dias Perfeitos", de Raphael Montes, terá edição em ideograma chinês complexo. Teve os direitos adquiridos pela Fantasy Books, que o publicará em Taiwan, Hong Kong e Macau. Com a negociação, o romance já foi vendido a 14 territórios. Brutalidade O livro "Expulsions: Brutality and Complexity in the Global Economy", da holandesa Saskia Sassen, sobre como a modernidade gera expulsões socioeconômicas, é uma das apostas da Paz&Terra para 2016. A pesquisadora estará no Brasil em agosto para o Fronteiras do Pensamento. | 10 |
Tufão provoca inundação e mata ao menos quatro pessoas nas Filipinas | Ao menos quatro pessoas morreram e outras oito estão desaparecidas nas Filipinas na passagem do tufão Nock-Ten, nesta segunda-feira (26). A capital Manila não chegou a ser atingida. Um casal morreu em uma inundação provocada pelo tufão, que atingiu a costa da ilha Catanduanes no domingo (25) à noite, e um homem morreu em uma queda, informou o governo da província de Albay (leste), uma das mais afetadas. Outra pessoa morreu eletrocutada na cidade de Quezón (leste), segundo a polícia. A tempestade, que recebeu o mesmo nome de um pássaro de Laos, deve prosseguir em trajetória noroeste, com ventos de 215 km/h, de acordo com serviço meteorológico filipino. Um barco ancorado na província costeira de Batangas afundou nesta segunda-feira e oito tripulantes estão desaparecidos, de acordo com a guarda costeira. Milhões de moradias ficaram sem eletricidade. Mais de 383.000 pessoas foram retiradas de suas casas como medida de precaução e 80 voos domésticos e internacionais foram cancelados, anunciaram as autoridades. O tufão mais tardio da temporada afetou as celebrações de Natal em um país com 80% da população católica. A capital Manila, de 13 milhões de habitantes, estava calma por causa das festividades de Natal, quando a maioria dos moradores fica em casa. Os serviços de proteção civil haviam anunciado que a capital poderia ser afetada por "precipitações intensas, inundações e fortes ventos". Natal triste A zona pobre e agrícola de Bicol (leste), onde vivem 5,5 milhões de pessoas, foi a mais castigada neste domingo (26). Nesta segunda-feira, muitas ruas de Ligao, em Bicol, ainda estavam debaixo d'água. Muitas casas da região ficaram repletas de lamas. Erna Ángela Pintor, uma habitante de 20 anos, explicou que sua família e ela não dormiram com medo de que o temporal arrancasse o teto de sua casa, onde se refugiaram vizinhos cujas casas, localizadas mais abaixo, ficaram inundadas a uma altura de um metro. "Em casa, a água subiu até o nível de nossos joelhos", disse à AFP. "Felizmente, a correnteza não era muito forte", continuou. Em algumas localidades, os funcionários do governo incentivaram moradores a refugiar-se em abrigos, onde foram oferecidos porco assado, prato tradicional de Natal nas Filipinas. "Os funcionários da região de Bicol, em particular os implicados nos serviços de prevenção de catástrofes, trabalham 24 horas sobre 24, inclusive no dia de Natal, enquanto o tufão continua sendo uma ameaça para a região de Bicol", declarou em um comunicado Martin Andanar, porta-voz do presidente filipino, Rodrigo Duterte. Em situações normais, milhões de filipinos viajam todo ano para o interior do país para passar as festas natalinas em família. É raro que haja tufões nessa época, que costumam acontecer entre julho e outubro. Os cientistas estimam que a violência dos temporais nesses últimos anos se deve às mudanças climáticas. Em novembro de 2013, 7.350 pessoas morreram ou foram dadas por desaparecidas durante a passagem do supertufão Haiyan. | mundo | Tufão provoca inundação e mata ao menos quatro pessoas nas FilipinasAo menos quatro pessoas morreram e outras oito estão desaparecidas nas Filipinas na passagem do tufão Nock-Ten, nesta segunda-feira (26). A capital Manila não chegou a ser atingida. Um casal morreu em uma inundação provocada pelo tufão, que atingiu a costa da ilha Catanduanes no domingo (25) à noite, e um homem morreu em uma queda, informou o governo da província de Albay (leste), uma das mais afetadas. Outra pessoa morreu eletrocutada na cidade de Quezón (leste), segundo a polícia. A tempestade, que recebeu o mesmo nome de um pássaro de Laos, deve prosseguir em trajetória noroeste, com ventos de 215 km/h, de acordo com serviço meteorológico filipino. Um barco ancorado na província costeira de Batangas afundou nesta segunda-feira e oito tripulantes estão desaparecidos, de acordo com a guarda costeira. Milhões de moradias ficaram sem eletricidade. Mais de 383.000 pessoas foram retiradas de suas casas como medida de precaução e 80 voos domésticos e internacionais foram cancelados, anunciaram as autoridades. O tufão mais tardio da temporada afetou as celebrações de Natal em um país com 80% da população católica. A capital Manila, de 13 milhões de habitantes, estava calma por causa das festividades de Natal, quando a maioria dos moradores fica em casa. Os serviços de proteção civil haviam anunciado que a capital poderia ser afetada por "precipitações intensas, inundações e fortes ventos". Natal triste A zona pobre e agrícola de Bicol (leste), onde vivem 5,5 milhões de pessoas, foi a mais castigada neste domingo (26). Nesta segunda-feira, muitas ruas de Ligao, em Bicol, ainda estavam debaixo d'água. Muitas casas da região ficaram repletas de lamas. Erna Ángela Pintor, uma habitante de 20 anos, explicou que sua família e ela não dormiram com medo de que o temporal arrancasse o teto de sua casa, onde se refugiaram vizinhos cujas casas, localizadas mais abaixo, ficaram inundadas a uma altura de um metro. "Em casa, a água subiu até o nível de nossos joelhos", disse à AFP. "Felizmente, a correnteza não era muito forte", continuou. Em algumas localidades, os funcionários do governo incentivaram moradores a refugiar-se em abrigos, onde foram oferecidos porco assado, prato tradicional de Natal nas Filipinas. "Os funcionários da região de Bicol, em particular os implicados nos serviços de prevenção de catástrofes, trabalham 24 horas sobre 24, inclusive no dia de Natal, enquanto o tufão continua sendo uma ameaça para a região de Bicol", declarou em um comunicado Martin Andanar, porta-voz do presidente filipino, Rodrigo Duterte. Em situações normais, milhões de filipinos viajam todo ano para o interior do país para passar as festas natalinas em família. É raro que haja tufões nessa época, que costumam acontecer entre julho e outubro. Os cientistas estimam que a violência dos temporais nesses últimos anos se deve às mudanças climáticas. Em novembro de 2013, 7.350 pessoas morreram ou foram dadas por desaparecidas durante a passagem do supertufão Haiyan. | 3 |
'Não somos nhoques', dizem servidores argentinos em protesto | Milhares de pessoas protestaram nesta sexta-feira em diferentes pontos do centro de Buenos Aires contra as demissões maciças que vem ocorrendo no quadro de funcionários do Estado desde a chegada de Mauricio Macri à presidência da Argentina. "Ñoquis" (nhoque), como são chamados, é um forma depreciativa de se referir a eles, pois é assim que são conhecidos na Argentina os funcionários estatais "fantasma", que só aparecem no trabalho no dia do pagamento, o 29, a mesma data em que tradicionalmente se come esse prato no país sul-americano. "Os únicos 'ñoquis' (nhoques) que existem são os que se comem", repetiam os manifestantes nas cercanias do Obelisco de Buenos Aires, como protesto contra as demissões em várias áreas do governo no último mês. Após a mudança política na administração nacional, o governo argentino anunciou uma revisão dos contratos dos empregados admitidos nos últimos três anos, durante a administração de Cristina Kirchner, e, nos casos de algumas dependências, decidiu não renovar os contratos que finalizavam no dia 31 de dezembro. Canções, cartazes, camisetas e até panelas gigantes com nhoque foram algumas das ferramentas com as quais os movimentos sociais e os afetados pelas demissões se manifestaram em pontos famosos da capital argentina, como o Obelisco e a Praça de Maio. Para se defender das acusações dos funcionários, que consideram que os trabalhadores não realizam suas tarefas, os manifestantes também levaram fotografias do ministro da Fazenda, Alfonso Prat-Gay, e do próprio Macri, dormindo na Câmara dos Deputados. "Eu sou funcionária pública, vinculada ao Ministério de Cultura. Hoje despediram quase 500 pessoas. Eu não fui parte dessa onda, mas não concordo com o que está acontecendo no âmbito privado e público", disse à Agência Efe Julieta Gros, uma das pessoas que se manifestavam no Obelisco. Para ela, a crença de que "o Estado está cheio de 'ñoquis'" é um "mito". "Pode haver melhorias e capacitações", mas, "de nenhuma maneira", seus companheiros podem ser tachados de "ñoquis", pois ela considera que isso é uma campanha "patética e retrógrada". Com ironia, os manifestantes também utilizaram um "nhoque gigante", que depois foi levado ao Centro Cultural Kirchner (CCK), que foi inaugurado no ano passado pelo governo de Cristina Kirchner. Nessa instituição especificamente, 80% dos funcionários não terão seus vínculos renovados por decisão governamental. Diante do CCK, os demitidos, que ainda conservam suas credenciais de acesso ao edifício e seus uniformes, explicaram que estavam ali "para trabalhar". "Estamos pedindo a reincorporação de todos os trabalhadores e aproveitamos hoje, dia 29, já que somos chamados de 'ñoquis', para fazer uma 'nhocada' em massa, mas do mesmo jeito que fazíamos (no CCK), que é trabalhando com cultura", explicou Ezequiel Wolf à Efe. "A ideia é levar o CCK às ruas. Já que fomos mandados para o olho da rua, nós montamos o CCK na rua com um festival com a qualidade que estávamos acostumados, com diversos artistas e com o povo que nos acompanha", acrescentou Wolf. Nas últimas semanas, o Ministério da Justiça da Argentina também cancelou o contrato de 486 funcionários públicos que pertenciam a distintas áreas do mesmo e que passaram a fazer parte do quadro de funcionários no ano passado. A vice-presidente da Argentina, Gabriela Michetti, também decidiu recentemente não renovar os contratos de cerca de 2 mil funcionários do Senado que venciam no fim de 2015, assinados durante a gestão de seu antecessor, o kirchnerista Amado Boudou. As últimas demissões tornadas públicas nesta semana foram as de cerca de 50 empregados da Casa Rosada, a sede do Executivo, que tinham contratos com a Secretaria-Geral da presidência. Essas demissões se somam a outras de aproximadamente 50 funcionários do Banco Central e de 140 da Fabricaciones Militares (empresa estatal de produção de armamento), ocorridas nas últimas horas. No entanto, as demissões também alcançam outras administrações, provinciais e municipais, que também começaram suas gestões este ano com a decisão de fazer cortes em seus quadros de funcionários | mundo | 'Não somos nhoques', dizem servidores argentinos em protestoMilhares de pessoas protestaram nesta sexta-feira em diferentes pontos do centro de Buenos Aires contra as demissões maciças que vem ocorrendo no quadro de funcionários do Estado desde a chegada de Mauricio Macri à presidência da Argentina. "Ñoquis" (nhoque), como são chamados, é um forma depreciativa de se referir a eles, pois é assim que são conhecidos na Argentina os funcionários estatais "fantasma", que só aparecem no trabalho no dia do pagamento, o 29, a mesma data em que tradicionalmente se come esse prato no país sul-americano. "Os únicos 'ñoquis' (nhoques) que existem são os que se comem", repetiam os manifestantes nas cercanias do Obelisco de Buenos Aires, como protesto contra as demissões em várias áreas do governo no último mês. Após a mudança política na administração nacional, o governo argentino anunciou uma revisão dos contratos dos empregados admitidos nos últimos três anos, durante a administração de Cristina Kirchner, e, nos casos de algumas dependências, decidiu não renovar os contratos que finalizavam no dia 31 de dezembro. Canções, cartazes, camisetas e até panelas gigantes com nhoque foram algumas das ferramentas com as quais os movimentos sociais e os afetados pelas demissões se manifestaram em pontos famosos da capital argentina, como o Obelisco e a Praça de Maio. Para se defender das acusações dos funcionários, que consideram que os trabalhadores não realizam suas tarefas, os manifestantes também levaram fotografias do ministro da Fazenda, Alfonso Prat-Gay, e do próprio Macri, dormindo na Câmara dos Deputados. "Eu sou funcionária pública, vinculada ao Ministério de Cultura. Hoje despediram quase 500 pessoas. Eu não fui parte dessa onda, mas não concordo com o que está acontecendo no âmbito privado e público", disse à Agência Efe Julieta Gros, uma das pessoas que se manifestavam no Obelisco. Para ela, a crença de que "o Estado está cheio de 'ñoquis'" é um "mito". "Pode haver melhorias e capacitações", mas, "de nenhuma maneira", seus companheiros podem ser tachados de "ñoquis", pois ela considera que isso é uma campanha "patética e retrógrada". Com ironia, os manifestantes também utilizaram um "nhoque gigante", que depois foi levado ao Centro Cultural Kirchner (CCK), que foi inaugurado no ano passado pelo governo de Cristina Kirchner. Nessa instituição especificamente, 80% dos funcionários não terão seus vínculos renovados por decisão governamental. Diante do CCK, os demitidos, que ainda conservam suas credenciais de acesso ao edifício e seus uniformes, explicaram que estavam ali "para trabalhar". "Estamos pedindo a reincorporação de todos os trabalhadores e aproveitamos hoje, dia 29, já que somos chamados de 'ñoquis', para fazer uma 'nhocada' em massa, mas do mesmo jeito que fazíamos (no CCK), que é trabalhando com cultura", explicou Ezequiel Wolf à Efe. "A ideia é levar o CCK às ruas. Já que fomos mandados para o olho da rua, nós montamos o CCK na rua com um festival com a qualidade que estávamos acostumados, com diversos artistas e com o povo que nos acompanha", acrescentou Wolf. Nas últimas semanas, o Ministério da Justiça da Argentina também cancelou o contrato de 486 funcionários públicos que pertenciam a distintas áreas do mesmo e que passaram a fazer parte do quadro de funcionários no ano passado. A vice-presidente da Argentina, Gabriela Michetti, também decidiu recentemente não renovar os contratos de cerca de 2 mil funcionários do Senado que venciam no fim de 2015, assinados durante a gestão de seu antecessor, o kirchnerista Amado Boudou. As últimas demissões tornadas públicas nesta semana foram as de cerca de 50 empregados da Casa Rosada, a sede do Executivo, que tinham contratos com a Secretaria-Geral da presidência. Essas demissões se somam a outras de aproximadamente 50 funcionários do Banco Central e de 140 da Fabricaciones Militares (empresa estatal de produção de armamento), ocorridas nas últimas horas. No entanto, as demissões também alcançam outras administrações, provinciais e municipais, que também começaram suas gestões este ano com a decisão de fazer cortes em seus quadros de funcionários | 3 |
Assistente virtual do Facebook recebe 'mãozinha' de humanos e conta piadas | O Facebook está recebendo ajuda de seres humanos para alimentar seus produtos de inteligência artificial e usar seu 1,5 bilhão de usuários mensais para ensinar máquinas a cumprir quase qualquer tarefa. A maior rede social do mundo aumentou o investimento em inteligência artificial (IA) e contratou acadêmicos que são especialistas no assunto para repensar a cartilha seguida por rivais como o Google e a Apple, já que todos eles desenvolvem assistentes ativados por voz para responder perguntas ou antecipar necessidades. Alexandre LeBrun, diretor da plataforma de inteligência artificial Wit.Ai, do Facebook, diz que a empresa possuía uma "situação única" por causa da grande quantidade de dados sociais recolhidos dos usuários. Em vez de criar instruções para uma máquina, como a Apple, a Microsoft e o Google fazem, a companhia formou uma equipe de "treinadores de IA". São seres humanos que trabalham com as máquinas que alimentam M, um assistente virtual a serviço do Messenger, do Facebook, para ajudar os usuários a fazer tudo, desde cancelar uma assinatura de TV a cabo até encomendar flores. "Tudo é uma questão de dados. Ninguém tem o conjunto de dados do universo de conversas sobre a compra de flores –a única maneira de obter isso é criá-lo", diz ele. O Facebook aumentou seus gastos em pesquisa e desenvolvimento no ano passado para cerca de 30% da receita, ou quase US$ 1,3 bilhão só no último trimestre. A empresa não informa exatamente como divide seu orçamento de pesquisa e desenvolvimento, mas ele é utilizado para financiar suas apostas de longo prazo, incluindo o desenvolvimento de realidade virtual e inteligência artificial. Mark Zuckerberg, criador do Facebook e seu diretor-executivo, montou duas equipes de especialistas em AI: uma está focada em produtos, tais como M; a outra se encarrega de realizar pesquisas acadêmicas dentro do Facebook e é liderada por Yann LeCun, cientista da computação que fundou o Center for Data Science (centro de ciência de dados) da Universidade de Nova York. "Nós realmente achamos que isso vai mudar a maneira como interagimos com softwares e dispositivos, e que terá um papel muito importante na sua vida no futuro", diz LeBrun. O Facebook adquiriu a start-up de LeBrun, a Wit.Ai, uma plataforma que faz reconhecimento de voz para uma variedade de dispositivos conectados, como tecnologias dentro de carros e de roupas, no início do ano. Ela ainda trabalha com outros dispositivos e combina o que aprende com os seres humanos, na interação com eles, e seu conhecimento sobre como as pessoas usam o M. LeBrun diz que Zuckerberg está altamente envolvido nessa empreitada. "Fiquei surpreso. Pensei que fosse ver Mark uma vez por ano", diz ele. "Na verdade, não. Ele está muito, muito envolvido no produto em geral e pensa sobre a IA em particular." M está sendo testado por 10.000 pessoas na área da Baía de San Francisco, mas acabará acumulando uma grande base de dados de pedidos e soluções desenvolvidas por seres humanos a partir de quem a máquina pode aprender. LeBrun diz que outros sistemas de inteligência artificial, como o Siri, da Apple, e o Cortana, da Microsoft, são mais difíceis de serem melhorados porque os dados que têm para trabalhar são menos ricos. Isso acontece porque os usuários se acostumaram com o que um serviço pode e não pode fazer, e terminam por utilizá-lo apenas para um punhado de tarefas. Por exemplo, algumas pessoas só usam assistentes ativados por voz para saber sobre o clima, o que não dá aos pesquisadores muitas oportunidades de aprender. O Facebook, pelo contrário, não programou M para ser capaz de fazer tarefas –nem mesmo as mais básicas, como dar informações sobre o clima. Depois de estar em uso interno desde março, ele aprendeu a contar piadas. "Aprendeu a buscar piadas a partir de um banco de dados de piadas. No início, não podia fazer isso, então os treinadores iam até o site", diz LeBrun. "Agora ele sabe que, quando recebe esse pedido, vai a determinado website." No entanto, M é um projeto de longo prazo que enfrenta enormes desafios, já que o que se tenta é ensinar uma máquina a trabalhar em diferentes culturas e línguas. LeBrun, que passou 15 anos trabalhando com inteligência artificial, diz que encontrou choques culturais entre a forma como empresas americanas e europeias pensam que a IA deveria funcionar, quando estava desenvolvendo um robô de atendimento ao consumidor que interagia em chats on-line ao vivo. "A cultura da Europa é que eles querem que a IA tenha muita personalidade, que conte piadas e que, se você convidá-la [a máquina] para um encontro, ela siga o jogo e finja estar disposta a ir", diz ele. "Nos EUA, os departamentos jurídicos ficavam preocupados e diziam que, se você visse alguém convidando a máquina para um encontro ou perguntando se é casada, deveria encerrar o chat." | tec | Assistente virtual do Facebook recebe 'mãozinha' de humanos e conta piadasO Facebook está recebendo ajuda de seres humanos para alimentar seus produtos de inteligência artificial e usar seu 1,5 bilhão de usuários mensais para ensinar máquinas a cumprir quase qualquer tarefa. A maior rede social do mundo aumentou o investimento em inteligência artificial (IA) e contratou acadêmicos que são especialistas no assunto para repensar a cartilha seguida por rivais como o Google e a Apple, já que todos eles desenvolvem assistentes ativados por voz para responder perguntas ou antecipar necessidades. Alexandre LeBrun, diretor da plataforma de inteligência artificial Wit.Ai, do Facebook, diz que a empresa possuía uma "situação única" por causa da grande quantidade de dados sociais recolhidos dos usuários. Em vez de criar instruções para uma máquina, como a Apple, a Microsoft e o Google fazem, a companhia formou uma equipe de "treinadores de IA". São seres humanos que trabalham com as máquinas que alimentam M, um assistente virtual a serviço do Messenger, do Facebook, para ajudar os usuários a fazer tudo, desde cancelar uma assinatura de TV a cabo até encomendar flores. "Tudo é uma questão de dados. Ninguém tem o conjunto de dados do universo de conversas sobre a compra de flores –a única maneira de obter isso é criá-lo", diz ele. O Facebook aumentou seus gastos em pesquisa e desenvolvimento no ano passado para cerca de 30% da receita, ou quase US$ 1,3 bilhão só no último trimestre. A empresa não informa exatamente como divide seu orçamento de pesquisa e desenvolvimento, mas ele é utilizado para financiar suas apostas de longo prazo, incluindo o desenvolvimento de realidade virtual e inteligência artificial. Mark Zuckerberg, criador do Facebook e seu diretor-executivo, montou duas equipes de especialistas em AI: uma está focada em produtos, tais como M; a outra se encarrega de realizar pesquisas acadêmicas dentro do Facebook e é liderada por Yann LeCun, cientista da computação que fundou o Center for Data Science (centro de ciência de dados) da Universidade de Nova York. "Nós realmente achamos que isso vai mudar a maneira como interagimos com softwares e dispositivos, e que terá um papel muito importante na sua vida no futuro", diz LeBrun. O Facebook adquiriu a start-up de LeBrun, a Wit.Ai, uma plataforma que faz reconhecimento de voz para uma variedade de dispositivos conectados, como tecnologias dentro de carros e de roupas, no início do ano. Ela ainda trabalha com outros dispositivos e combina o que aprende com os seres humanos, na interação com eles, e seu conhecimento sobre como as pessoas usam o M. LeBrun diz que Zuckerberg está altamente envolvido nessa empreitada. "Fiquei surpreso. Pensei que fosse ver Mark uma vez por ano", diz ele. "Na verdade, não. Ele está muito, muito envolvido no produto em geral e pensa sobre a IA em particular." M está sendo testado por 10.000 pessoas na área da Baía de San Francisco, mas acabará acumulando uma grande base de dados de pedidos e soluções desenvolvidas por seres humanos a partir de quem a máquina pode aprender. LeBrun diz que outros sistemas de inteligência artificial, como o Siri, da Apple, e o Cortana, da Microsoft, são mais difíceis de serem melhorados porque os dados que têm para trabalhar são menos ricos. Isso acontece porque os usuários se acostumaram com o que um serviço pode e não pode fazer, e terminam por utilizá-lo apenas para um punhado de tarefas. Por exemplo, algumas pessoas só usam assistentes ativados por voz para saber sobre o clima, o que não dá aos pesquisadores muitas oportunidades de aprender. O Facebook, pelo contrário, não programou M para ser capaz de fazer tarefas –nem mesmo as mais básicas, como dar informações sobre o clima. Depois de estar em uso interno desde março, ele aprendeu a contar piadas. "Aprendeu a buscar piadas a partir de um banco de dados de piadas. No início, não podia fazer isso, então os treinadores iam até o site", diz LeBrun. "Agora ele sabe que, quando recebe esse pedido, vai a determinado website." No entanto, M é um projeto de longo prazo que enfrenta enormes desafios, já que o que se tenta é ensinar uma máquina a trabalhar em diferentes culturas e línguas. LeBrun, que passou 15 anos trabalhando com inteligência artificial, diz que encontrou choques culturais entre a forma como empresas americanas e europeias pensam que a IA deveria funcionar, quando estava desenvolvendo um robô de atendimento ao consumidor que interagia em chats on-line ao vivo. "A cultura da Europa é que eles querem que a IA tenha muita personalidade, que conte piadas e que, se você convidá-la [a máquina] para um encontro, ela siga o jogo e finja estar disposta a ir", diz ele. "Nos EUA, os departamentos jurídicos ficavam preocupados e diziam que, se você visse alguém convidando a máquina para um encontro ou perguntando se é casada, deveria encerrar o chat." | 5 |
Trujillanos vence The Strongest e ajuda o São Paulo na Libertadores | O Trujillanos, da Venezuela, venceu o The Strongest, da Bolívia, por 2 a 1, na noite desta terça-feira (12). O resultado foi bom para o São Paulo, que também integra o Grupo 1 da Copa Libertadores. Os bolivianos permaneceram com sete pontos e perderam a chance de assumir a liderança, atualmente ocupada pelo River Plate, que tem oito. A equipe tricolor está em terceiro, com cinco, e os venezuelanos ocupam a lanterna, com quatro. Caso vença o River Plate nesta quarta (12), no Morumbi, o São Paulo entra na zona de classificação para as oitavas de final e poderá jogar pelo empate contra o The Strongest, na Bolívia, pela última rodada do grupo. O gol que deu a vitória ao Trujillanos saiu aos 48 minutos do segundo tempo, em cobrança de pênalti de Cova. | esporte | Trujillanos vence The Strongest e ajuda o São Paulo na LibertadoresO Trujillanos, da Venezuela, venceu o The Strongest, da Bolívia, por 2 a 1, na noite desta terça-feira (12). O resultado foi bom para o São Paulo, que também integra o Grupo 1 da Copa Libertadores. Os bolivianos permaneceram com sete pontos e perderam a chance de assumir a liderança, atualmente ocupada pelo River Plate, que tem oito. A equipe tricolor está em terceiro, com cinco, e os venezuelanos ocupam a lanterna, com quatro. Caso vença o River Plate nesta quarta (12), no Morumbi, o São Paulo entra na zona de classificação para as oitavas de final e poderá jogar pelo empate contra o The Strongest, na Bolívia, pela última rodada do grupo. O gol que deu a vitória ao Trujillanos saiu aos 48 minutos do segundo tempo, em cobrança de pênalti de Cova. | 4 |
Empresas de elevadores só deverão recuperar nível de emprego em 2020 | As empresas que fabricam, instalam e fazem a manutenção de elevadores só devem voltar ao patamar de contratação de antes da crise em 2020, segundo o Seciesp (que reúne empresas do setor). "A economia tende a melhorar no ano que vem. As construtoras vão se animar a lançar empreendimentos, que devem ficar prontos três anos depois", estima Jomar Cardoso, presidente da entidade. Puxado pela queda nos lançamentos imobiliários, o mercado de elevadores perdeu 2,64 mil postos de trabalho de janeiro a maio deste ano no Estado de São Paulo –que representa 40% do país. O setor eliminou mais de 8.000 empregos entre janeiro de 2014 e maio deste ano. Os segmentos de montagem e vendas sentiram mais a recessão, por dependerem de obras. O de serviços, como manutenção, se saiu melhor, diz Cardoso, que também preside a Elevadores Villarta. Para minorar a baixa demanda, a fábrica brasileira da Atlas Schindler planeja expandir as exportações para a América Latina neste ano. SOBE OU DESCE? - Saldo de vagas formais do setor, em mil "Temos aumentado as vendas de elevadores prontos para México, Chile e Colômbia. Antes, as remessas se concentravam em peças de reposição", de acordo com Fabio Mezzarano, diretor no Brasil da multinacional. No mercado nacional, a empresa também tem buscado fechar mais contratos em condomínios comerciais para a troca de equipamentos antigos, que gastam de 30% a 70% mais energia, por modelos modernos. - MANGA CURTA O Brasil importou e exportou menos roupas no primeiro semestre deste ano, segundo a Abit (entidade do setor). O país comprou US$ 709,8 milhões (R$ 2,3 bilhões) do exterior no período, queda de 47,3%. A exportação do setor fechou o semestre em US$ 490 milhões (R$ 1,6 bilhão), 9% menos que em 2015. Quando considerado apenas o comércio com a China, origem da maior parte das vestimentas que chegam ao país, a queda nas importações é ainda maior, de 54%. A falta de previsibilidade da cotação do dólar, que atrapalha no planejamento das empresas, é apontada pela entidade para justificar a queda nas compras e vendas desses produtos. No primeiro semestre deste ano, o deficit da balança comercial do setor, que foi de US$ 1,52 bilhão (R$ 4,96 bilhões), recuou 45% em relação a igual período de 2015. ROUPA NOVA - Importação de vestuário, em US$ bilhões - UMA TRANSA DIGITAL As transações B2B (entre empresas) pela web devem cair em termos reais, aponta a consultoria E-Consulting. A previsão é que, em 2016, o volume de negócios pela internet seja de R$ 1,96 trilhão, 2,42% a mais, em termos nominais, do que em 2015. É menos que a inflação até o meio do ano -até junho, o IPCA acumulou 4,42%. "A causa é a crise. O crescimento nominal só aconteceu porque uma fatia maior do total de transações usou meios digitais", diz Daniel Domeneghetti, diretor-executivo da consultoria. Uma redução do volume só havia sido verificada uma vez, de 2008 para 2009. A pesquisa é feita com 500 empresas, há 14 anos. São monitorados negócios entre companhias com o auxílio de meios on-line. Se a ordem de pagamento foi emitida por e-mail, a transação entra no levantamento. - LUGAR DE MULHER A Grã-Bretanha, que acaba de eleger Theresa May como sua segunda primeira-ministra, está em 43º em uma lista de 186 países com maior representação política do gênero feminino, segundo dados do Banco Mundial. O Brasil tem um dos percentuais de representação em seu parlamento mais baixos da América Latina, 10 %, ao lado de países como Japão, Botsuana e Malásia. Nas primeiras posições do ranking estão Ruanda (64%), Bolívia (53%) e Cuba (49%). NEM RECATADA, NEM DO LAR - Participação de mulheres no parlamento, em % - De portas... Para 63% dos gregos e 41% dos húngaros, a crise migratória na Europa faz com que seus países fiquem piores para viver, aponta pesquisa da consultoria Pew. ...fechadas Na Alemanha, que recebeu a maior parte dos refugiados sírios, 40% da população afirma que a crescente diversidade no país faz pouca diferença. Start-ups Oito brasileiras participam de um concurso de aceleração de start-ups na Alemanha, que vai premiar 20 das 38 participantes no dia 10 de outubro. Sete delas são catarinenses e uma, de Pernambuco. - HORA DO CAFÉ com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA | colunas | Empresas de elevadores só deverão recuperar nível de emprego em 2020As empresas que fabricam, instalam e fazem a manutenção de elevadores só devem voltar ao patamar de contratação de antes da crise em 2020, segundo o Seciesp (que reúne empresas do setor). "A economia tende a melhorar no ano que vem. As construtoras vão se animar a lançar empreendimentos, que devem ficar prontos três anos depois", estima Jomar Cardoso, presidente da entidade. Puxado pela queda nos lançamentos imobiliários, o mercado de elevadores perdeu 2,64 mil postos de trabalho de janeiro a maio deste ano no Estado de São Paulo –que representa 40% do país. O setor eliminou mais de 8.000 empregos entre janeiro de 2014 e maio deste ano. Os segmentos de montagem e vendas sentiram mais a recessão, por dependerem de obras. O de serviços, como manutenção, se saiu melhor, diz Cardoso, que também preside a Elevadores Villarta. Para minorar a baixa demanda, a fábrica brasileira da Atlas Schindler planeja expandir as exportações para a América Latina neste ano. SOBE OU DESCE? - Saldo de vagas formais do setor, em mil "Temos aumentado as vendas de elevadores prontos para México, Chile e Colômbia. Antes, as remessas se concentravam em peças de reposição", de acordo com Fabio Mezzarano, diretor no Brasil da multinacional. No mercado nacional, a empresa também tem buscado fechar mais contratos em condomínios comerciais para a troca de equipamentos antigos, que gastam de 30% a 70% mais energia, por modelos modernos. - MANGA CURTA O Brasil importou e exportou menos roupas no primeiro semestre deste ano, segundo a Abit (entidade do setor). O país comprou US$ 709,8 milhões (R$ 2,3 bilhões) do exterior no período, queda de 47,3%. A exportação do setor fechou o semestre em US$ 490 milhões (R$ 1,6 bilhão), 9% menos que em 2015. Quando considerado apenas o comércio com a China, origem da maior parte das vestimentas que chegam ao país, a queda nas importações é ainda maior, de 54%. A falta de previsibilidade da cotação do dólar, que atrapalha no planejamento das empresas, é apontada pela entidade para justificar a queda nas compras e vendas desses produtos. No primeiro semestre deste ano, o deficit da balança comercial do setor, que foi de US$ 1,52 bilhão (R$ 4,96 bilhões), recuou 45% em relação a igual período de 2015. ROUPA NOVA - Importação de vestuário, em US$ bilhões - UMA TRANSA DIGITAL As transações B2B (entre empresas) pela web devem cair em termos reais, aponta a consultoria E-Consulting. A previsão é que, em 2016, o volume de negócios pela internet seja de R$ 1,96 trilhão, 2,42% a mais, em termos nominais, do que em 2015. É menos que a inflação até o meio do ano -até junho, o IPCA acumulou 4,42%. "A causa é a crise. O crescimento nominal só aconteceu porque uma fatia maior do total de transações usou meios digitais", diz Daniel Domeneghetti, diretor-executivo da consultoria. Uma redução do volume só havia sido verificada uma vez, de 2008 para 2009. A pesquisa é feita com 500 empresas, há 14 anos. São monitorados negócios entre companhias com o auxílio de meios on-line. Se a ordem de pagamento foi emitida por e-mail, a transação entra no levantamento. - LUGAR DE MULHER A Grã-Bretanha, que acaba de eleger Theresa May como sua segunda primeira-ministra, está em 43º em uma lista de 186 países com maior representação política do gênero feminino, segundo dados do Banco Mundial. O Brasil tem um dos percentuais de representação em seu parlamento mais baixos da América Latina, 10 %, ao lado de países como Japão, Botsuana e Malásia. Nas primeiras posições do ranking estão Ruanda (64%), Bolívia (53%) e Cuba (49%). NEM RECATADA, NEM DO LAR - Participação de mulheres no parlamento, em % - De portas... Para 63% dos gregos e 41% dos húngaros, a crise migratória na Europa faz com que seus países fiquem piores para viver, aponta pesquisa da consultoria Pew. ...fechadas Na Alemanha, que recebeu a maior parte dos refugiados sírios, 40% da população afirma que a crescente diversidade no país faz pouca diferença. Start-ups Oito brasileiras participam de um concurso de aceleração de start-ups na Alemanha, que vai premiar 20 das 38 participantes no dia 10 de outubro. Sete delas são catarinenses e uma, de Pernambuco. - HORA DO CAFÉ com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA | 10 |
Temer cancela encontro para discutir Plano Nacional de Segurança | O presidente Michel Temer cancelou a reunião que faria nesta quarta-feira (18) com todos os governadores do país para tratar da adesão ao Plano Nacional de Segurança. A ideia agora é que Temer faça encontros regionais para discutir a participação das Forças Armadas em vistorias nos presídios estaduais, sendo o primeiro deles nesta quarta, com governadores da região Norte e do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O cancelamento ocorre no mesmo dia em que secretários estaduais de Segurança e de Administração Penitenciária cobraram do ministro Alexandre de Moraes (Justiça) a criação de uma vinculação orçamentária para a segurança pública, a exemplo do que já existe para saúde e educação. Temer decidiu avaliar a criação dessa vinculação. Na tentativa de dar uma resposta à crise prisional, o peemedebista pretende tratar do tema com governadores e com a equipe econômica para definir um porcentual a ser enviado ao Congresso Nacional. Na reunião que acabou sendo cancelada, o presidente Michel Temer pretendia cobrar dos governadores o compromisso de acelerar a construção de cadeias e de reestruturar o sistema de inteligência prisional do país. A ideia era que os governadores assinassem uma carta de intenções sobre as contrapartidas em relação aos investimentos federais. A principal medida prevista no Plano Nacional de Segurança para a questão penitenciária é a construção de novos presídios. O governo estuda fazer as obras de novas unidades ou novas alas em módulos, um método mais rápido de construção. Os secretários e Moraes se reuniram em Brasília para tratar da adesão dos Estados ao Plano Nacional de Segurança. Ao saírem da reunião com Moraes, defenderam o combate ao crime organizado como prioridade, especialmente nos Estados de fronteira das regiões Norte e Centro-Oeste. Um dos pedidos dos secretários foi para que Moraes dialogue com o Ministério da Defesa para que as Forças Armadas participem mais ativamente do policiamento nas fronteiras. | cotidiano | Temer cancela encontro para discutir Plano Nacional de SegurançaO presidente Michel Temer cancelou a reunião que faria nesta quarta-feira (18) com todos os governadores do país para tratar da adesão ao Plano Nacional de Segurança. A ideia agora é que Temer faça encontros regionais para discutir a participação das Forças Armadas em vistorias nos presídios estaduais, sendo o primeiro deles nesta quarta, com governadores da região Norte e do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O cancelamento ocorre no mesmo dia em que secretários estaduais de Segurança e de Administração Penitenciária cobraram do ministro Alexandre de Moraes (Justiça) a criação de uma vinculação orçamentária para a segurança pública, a exemplo do que já existe para saúde e educação. Temer decidiu avaliar a criação dessa vinculação. Na tentativa de dar uma resposta à crise prisional, o peemedebista pretende tratar do tema com governadores e com a equipe econômica para definir um porcentual a ser enviado ao Congresso Nacional. Na reunião que acabou sendo cancelada, o presidente Michel Temer pretendia cobrar dos governadores o compromisso de acelerar a construção de cadeias e de reestruturar o sistema de inteligência prisional do país. A ideia era que os governadores assinassem uma carta de intenções sobre as contrapartidas em relação aos investimentos federais. A principal medida prevista no Plano Nacional de Segurança para a questão penitenciária é a construção de novos presídios. O governo estuda fazer as obras de novas unidades ou novas alas em módulos, um método mais rápido de construção. Os secretários e Moraes se reuniram em Brasília para tratar da adesão dos Estados ao Plano Nacional de Segurança. Ao saírem da reunião com Moraes, defenderam o combate ao crime organizado como prioridade, especialmente nos Estados de fronteira das regiões Norte e Centro-Oeste. Um dos pedidos dos secretários foi para que Moraes dialogue com o Ministério da Defesa para que as Forças Armadas participem mais ativamente do policiamento nas fronteiras. | 6 |
Aluno que agrediu professora em SC deve ter punição 'dura', diz promotora | A promotora da Infância e da Juventude de Indaial (SC), Patricia Dagostin Tramontin, disse nesta terça-feira (22) que deverá pedir a internação do estudante de 15 anos acusado de agredir uma professora dentro de uma escola da cidade. Marcia Friggi, 51, professora de português em Idaial, cidade de 65 mil habitantes, foi atingida por socos e publicou na internet fotos em que aparece com cortes na testa e hematoma no olho direito Em geral, segundo a promotora Tramontin, medidas socioeducativas para casos de agressão preveem prestação de serviços comunitários. Mas como o garoto é reincidente nesse crime, ela planeja "uma medida mais dura" para ele. "É um adolescente que não respeita nada, que não tem limites. Já tem um histórico de agressões. Precisamos pensar em uma medida mais dura." Segundo a promotora, o garoto já cumpriu medida socioeducativa por agressão em 2016. A vítima foi um colega de classe. No histórico do rapaz há também agressões contra familiares. "Ele [aluno] não tem referências familiares importantes. Não tem família estruturada", disse Tramontin. O procedimento legal ainda está no âmbito da polícia. Só depois que o caso chegar à Promotoria é que a medida socioeducativa será pedida à Justiça. O delegado José Klock, da Delegacia de Polícia Civil de Indaial, disse que pretende concluir o inquérito em quatro dias, até a próxima sexta (26). "Há um clamor muito forte para que essa investigação avance. Então vamos dar prioridade a ela." O policial afirmou que Indaial "é uma cidade pacata, com pessoas educadas" e os moradores "estão chocados com o que aconteceu". "Nós nunca tivemos um caso assim", disse. POLÍCIA De acordo com relato da professora à Delegacia de Polícia Civil de Indaial, a agressão aconteceu às 10h de segunda (21), no Ceja (Centro de Educação de Jovens e Adultos) da cidade. Era a primeira aula dela com o aluno. No depoimento, Marcia contou que o rapaz se irritou quando ela pediu que ele tirasse o livro de cima das pernas e colocá-lo sobre a mesa de estudos. O aluno teria se recusado e a xingado. Ainda segundo o depoimento, a professora pediu para o aluno se retirar da sala e ir até a direção. No caminho, segundo a educadora, o rapaz jogou-lhe o livro, que não a atingiu. A agressão aconteceu na sala da direção. Marcia diz ter levado três socos, a ponto de cair contra a parede. Segundo ela, o aluno "é alto, é forte, é um homem". A professora é magra e mede 1,65 m. O delegado José Klock afirmou que a professora estava machucada no momento do registro da ocorrência e que ele foi chamado à delegacia e que a polícia ouvirá testemunhas da agressão. ANTECEDENTES O conselheiro tutelar Jair Gilmar Gonzaga informou que o aluno denunciado pela professora já "precisou de encaminhamentos anteriores" da repartição, mas não detalhou os motivos. Limitou-se a dizer que foi por "problemas" nas escolas em que já estudou. "O que podemos dizer é que nunca tivemos um caso de agressão com esta magnitude aqui na cidade. É algo atípico", disse. Uma professora da rede municipal da cidade ouvida pela reportagem disse que o aluno "é agressivo" e que está no Ceja porque não conseguiu fazer os ensinos básico e fundamental com os colegas da mesma faixa de idade. "Ela já bateu em colegas. Bateu até na mãe. É um garoto com problemas sérios de relacionamento, sem orientação", disse a professora, que pediu para não ser identificada. EXPERIÊNCIA Marcia Friggi dá aulas de português em mais de uma escola de Indaial, há 12 anos. Ela ficará sete dias em casa, de atestado médico. "A professora Marcia é uma profissional respeitada. É uma pessoa comedida. Sempre respeitou os alunos", disse Andrea Cordeiro, coordenadora de uma escola onde a professora leciona. Nesta terça, ela afirmou que o comportamento do aluno "é reflexo da falta de respeito que ocorre em toda a sociedade" e que "na sala de aula isso vem à tona". Marcia disse ter recebido milhares de mensagens de carinho, mas também "manifestações de ódio", o que "não [lhe] surpreende". Ela afirmou que não tem expectativas sobre o que vai acontecer com o aluno. "A minha parte eu fiz. Não me acovardei. Procurei a polícia, fiz corpo de delito. Agora não é mais comigo." OUTRO LADO A reportagem não conseguiu contato com o aluno acusado de agressão, nem com a família dele. Os nomes do rapaz e dos pais não foram fornecidos pelo Ceja, pela Secretaria de Educação, pela Polícia Civil, pelo Conselho Tutelar e pelo juizado da Infância e Juventude. Até a tarde desta terça, ele também não havia sido ouvido formalmente por nenhuma entidade que pudesse, indiretamente, fornecer sua versão. A direção do Ceja não comentou o assunto. Informou que só a Secretaria de Educação do município falaria sobre o caso. Em nota, a pasta confirmou a agressão, informou que prestou apoio à professora e declarou que repudia "qualquer tipo de agressão moral ou física independentemente da motivação". "A Secretaria de Educação está acompanhando todos os fatos e continuará prestando o apoio necessário à professora", diz o texto. A nota não faz alusão ao aluno. O prefeito de Indaial, Andre Moser (PSDB), informou nesta terça que a situação escolar do aluno será discutida nos próximos dias e que a agressão já foi comunicada às autoridades competentes. | cotidiano | Aluno que agrediu professora em SC deve ter punição 'dura', diz promotoraA promotora da Infância e da Juventude de Indaial (SC), Patricia Dagostin Tramontin, disse nesta terça-feira (22) que deverá pedir a internação do estudante de 15 anos acusado de agredir uma professora dentro de uma escola da cidade. Marcia Friggi, 51, professora de português em Idaial, cidade de 65 mil habitantes, foi atingida por socos e publicou na internet fotos em que aparece com cortes na testa e hematoma no olho direito Em geral, segundo a promotora Tramontin, medidas socioeducativas para casos de agressão preveem prestação de serviços comunitários. Mas como o garoto é reincidente nesse crime, ela planeja "uma medida mais dura" para ele. "É um adolescente que não respeita nada, que não tem limites. Já tem um histórico de agressões. Precisamos pensar em uma medida mais dura." Segundo a promotora, o garoto já cumpriu medida socioeducativa por agressão em 2016. A vítima foi um colega de classe. No histórico do rapaz há também agressões contra familiares. "Ele [aluno] não tem referências familiares importantes. Não tem família estruturada", disse Tramontin. O procedimento legal ainda está no âmbito da polícia. Só depois que o caso chegar à Promotoria é que a medida socioeducativa será pedida à Justiça. O delegado José Klock, da Delegacia de Polícia Civil de Indaial, disse que pretende concluir o inquérito em quatro dias, até a próxima sexta (26). "Há um clamor muito forte para que essa investigação avance. Então vamos dar prioridade a ela." O policial afirmou que Indaial "é uma cidade pacata, com pessoas educadas" e os moradores "estão chocados com o que aconteceu". "Nós nunca tivemos um caso assim", disse. POLÍCIA De acordo com relato da professora à Delegacia de Polícia Civil de Indaial, a agressão aconteceu às 10h de segunda (21), no Ceja (Centro de Educação de Jovens e Adultos) da cidade. Era a primeira aula dela com o aluno. No depoimento, Marcia contou que o rapaz se irritou quando ela pediu que ele tirasse o livro de cima das pernas e colocá-lo sobre a mesa de estudos. O aluno teria se recusado e a xingado. Ainda segundo o depoimento, a professora pediu para o aluno se retirar da sala e ir até a direção. No caminho, segundo a educadora, o rapaz jogou-lhe o livro, que não a atingiu. A agressão aconteceu na sala da direção. Marcia diz ter levado três socos, a ponto de cair contra a parede. Segundo ela, o aluno "é alto, é forte, é um homem". A professora é magra e mede 1,65 m. O delegado José Klock afirmou que a professora estava machucada no momento do registro da ocorrência e que ele foi chamado à delegacia e que a polícia ouvirá testemunhas da agressão. ANTECEDENTES O conselheiro tutelar Jair Gilmar Gonzaga informou que o aluno denunciado pela professora já "precisou de encaminhamentos anteriores" da repartição, mas não detalhou os motivos. Limitou-se a dizer que foi por "problemas" nas escolas em que já estudou. "O que podemos dizer é que nunca tivemos um caso de agressão com esta magnitude aqui na cidade. É algo atípico", disse. Uma professora da rede municipal da cidade ouvida pela reportagem disse que o aluno "é agressivo" e que está no Ceja porque não conseguiu fazer os ensinos básico e fundamental com os colegas da mesma faixa de idade. "Ela já bateu em colegas. Bateu até na mãe. É um garoto com problemas sérios de relacionamento, sem orientação", disse a professora, que pediu para não ser identificada. EXPERIÊNCIA Marcia Friggi dá aulas de português em mais de uma escola de Indaial, há 12 anos. Ela ficará sete dias em casa, de atestado médico. "A professora Marcia é uma profissional respeitada. É uma pessoa comedida. Sempre respeitou os alunos", disse Andrea Cordeiro, coordenadora de uma escola onde a professora leciona. Nesta terça, ela afirmou que o comportamento do aluno "é reflexo da falta de respeito que ocorre em toda a sociedade" e que "na sala de aula isso vem à tona". Marcia disse ter recebido milhares de mensagens de carinho, mas também "manifestações de ódio", o que "não [lhe] surpreende". Ela afirmou que não tem expectativas sobre o que vai acontecer com o aluno. "A minha parte eu fiz. Não me acovardei. Procurei a polícia, fiz corpo de delito. Agora não é mais comigo." OUTRO LADO A reportagem não conseguiu contato com o aluno acusado de agressão, nem com a família dele. Os nomes do rapaz e dos pais não foram fornecidos pelo Ceja, pela Secretaria de Educação, pela Polícia Civil, pelo Conselho Tutelar e pelo juizado da Infância e Juventude. Até a tarde desta terça, ele também não havia sido ouvido formalmente por nenhuma entidade que pudesse, indiretamente, fornecer sua versão. A direção do Ceja não comentou o assunto. Informou que só a Secretaria de Educação do município falaria sobre o caso. Em nota, a pasta confirmou a agressão, informou que prestou apoio à professora e declarou que repudia "qualquer tipo de agressão moral ou física independentemente da motivação". "A Secretaria de Educação está acompanhando todos os fatos e continuará prestando o apoio necessário à professora", diz o texto. A nota não faz alusão ao aluno. O prefeito de Indaial, Andre Moser (PSDB), informou nesta terça que a situação escolar do aluno será discutida nos próximos dias e que a agressão já foi comunicada às autoridades competentes. | 6 |
Chapecoense teve ascensão rápida, e foi da série D para a A em 5 anos | A Chapecoense é um raro exemplo de sucesso no futebol brasileiro dentro e fora do campo. Parte da equipe estava num avião que caiu na cidade de La Unión, próximo a Medellín, na Colômbia. Autoridades colombianas informam que ao menos 71 pessoas, entre a delegação do time e jornalistas brasileiros, morreram na queda. O Furacão do Oeste catarinense pegou a experiência de sucesso dos empresários locais (da indústria de carne) para subir a cada ano no mundo da bola. Ao contrário dos grandes clubes brasileiros, a Chapecoense tem um orçamento enxuto, executivos de sucesso na iniciativa privada no comando e jogadores desconhecidos ganhando salários "realistas". A fórmula deu certo novamente neste ano. O time da cidade de apenas 200 mil habitantes ganhou o campeonato catarinense, está em nono lugar no Brasileiro e chegou na final do torneio continental. Desde 2008, quando os executivos locais decidiram investir no futebol, a Chapecoense teve uma ascensão rápida. A equipe pulou da Série D para a A em cinco anos. Desde 2014, o time está na elite do futebol nacional. No início do ano, quando fui fazer uma reportagem sobre a experiência de sucesso do agronegócio no futebol, os dirigentes me contaram que o orçamento para 2016 seria de cerca de R$ 45 milhões (quase dez vezes menor que o do Flamengo, que pretende gastar R$ 400 milhões em 2016). "Dinheiro demais também pode atrapalhar. O importante é saber gastar e conseguir se sustentar sem depender dos outros", contou o presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Plínio David De Nês Filho, o Maninho. "O nosso modelo evita depender dos cofres públicos. Acreditamos que a prefeitura não precisa investir no futebol, mas na educação e na saúde da população", acrescentou Maninho, que por pouco não embarcou no avião. Ele ficou em São Paulo. Acidente em voo da Chapecoense | esporte | Chapecoense teve ascensão rápida, e foi da série D para a A em 5 anosA Chapecoense é um raro exemplo de sucesso no futebol brasileiro dentro e fora do campo. Parte da equipe estava num avião que caiu na cidade de La Unión, próximo a Medellín, na Colômbia. Autoridades colombianas informam que ao menos 71 pessoas, entre a delegação do time e jornalistas brasileiros, morreram na queda. O Furacão do Oeste catarinense pegou a experiência de sucesso dos empresários locais (da indústria de carne) para subir a cada ano no mundo da bola. Ao contrário dos grandes clubes brasileiros, a Chapecoense tem um orçamento enxuto, executivos de sucesso na iniciativa privada no comando e jogadores desconhecidos ganhando salários "realistas". A fórmula deu certo novamente neste ano. O time da cidade de apenas 200 mil habitantes ganhou o campeonato catarinense, está em nono lugar no Brasileiro e chegou na final do torneio continental. Desde 2008, quando os executivos locais decidiram investir no futebol, a Chapecoense teve uma ascensão rápida. A equipe pulou da Série D para a A em cinco anos. Desde 2014, o time está na elite do futebol nacional. No início do ano, quando fui fazer uma reportagem sobre a experiência de sucesso do agronegócio no futebol, os dirigentes me contaram que o orçamento para 2016 seria de cerca de R$ 45 milhões (quase dez vezes menor que o do Flamengo, que pretende gastar R$ 400 milhões em 2016). "Dinheiro demais também pode atrapalhar. O importante é saber gastar e conseguir se sustentar sem depender dos outros", contou o presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Plínio David De Nês Filho, o Maninho. "O nosso modelo evita depender dos cofres públicos. Acreditamos que a prefeitura não precisa investir no futebol, mas na educação e na saúde da população", acrescentou Maninho, que por pouco não embarcou no avião. Ele ficou em São Paulo. Acidente em voo da Chapecoense | 4 |
Relatório que pedirá a cassação de Cunha será divulgado na 2ª | Quase oito meses após o ingresso da representação, o processo contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) parece se aproximar de um desfecho no Conselho de Ética: será apresentado na segunda-feira (30) o relatório do deputado Marcos Rogério (DEM-RO), que irá pedir a cassação do mandato do presidente da Câmara afastado. Segundo a Folha apurou, Rogério irá definir como motivo para a perda do mandato de Cunha a afirmação de que ele mentiu à CPI da Petrobras ao negar, em março de 2015, ter "qualquer tipo" de conta fora do país. Meses após esse depoimento descobriu-se a existência de dinheiro na Suíça vinculado a Cunha, em contas abastecidas, segundo a Procuradoria-Geral da República, com dinheiro desviado do esquema de corrupção da Petrobras. Rogério avalia ainda, segundo integrantes do Conselho, se irá incluir em seu voto a acusação de recebimento de propina. Cunha começou a responder ao processo só pela suposta mentira na CPI. No decorrer da investigação, porém, o Conselho recebeu documentos e depoimentos apontando o recebimento de propina. A dúvida do relator se dá devido à decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), segundo quem a inclusão de novas acusações no decorrer da instrução é motivo de anulação do processo sob o argumento de ofensa ao amplo direito de defesa. CRONOGRAMA Cunha é réu no Supremo Tribunal Federal e responde a denúncia, inquéritos e pedidos de abertura de inquérito sob acusação de integrar o petrolão. O peemedebista foi afastado pelo STF no dia 5 sob o argumento de que usava o mandato e o cargo para obstruir a Justiça e o seu processo de cassação. O deputado nega todas as acusações e diz não ter mentido, já que não seria o titular formal dos R$ 9 milhões bloqueados na Suíça, dinheiro que ele repassou a trusts, instituições que administram bens e direitos de terceiros. Apesar do anúncio da data da apresentação do relatório final, o cronograma do desfecho do caso ainda é uma incógnita. Isso porque ele e aliados vão tentar anular o trabalho do Conselho com recursos na Câmara e no Supremo Tribunal Federal. Em ocasiões anteriores, eles já tiveram sucesso, como a troca de relator e a anulação de votação do parecer preliminar. Com isso, o processo contra Cunha se tornou o mais longo da história. Há sobre a mesa de Maranhão, que é aliado de Cunha e que já deu decisão favorável a ele no processo, recursos para anular parte do trabalho do Conselho sob o argumento da existência de vícios formais. Caso Maranhão não determine nenhuma reviravolta, a intenção da cúpula do Conselho é iniciar a votação nos primeiros dias de junho. Como haverá pedido de vista do relatório, a votação final no Conselho deve ocorrer só na segunda semana de junho. A decisão do órgão será submetida ao plenário da Câmara, em votação aberta. Cunha perde o mandato caso votem nesse sentido pelo menos 257 dos seus 512 colegas. Aliados do peemedebista dizem, porém, que têm maioria no Conselho e que vão trabalhar para aprovar um relatório paralelo ao de Rogério com a aplicação de uma punição mais branda, como uma censura ou suspensão do mandato. Nesse caso, há ainda uma indefinição jurídica na Câmara se o plenário poderá votar a cassação. Segundo aliados de Cunha, nesse caso cabe ao plenário apenas confirmar a punição mais branda ou decidir não aplicar nenhuma punição. | poder | Relatório que pedirá a cassação de Cunha será divulgado na 2ªQuase oito meses após o ingresso da representação, o processo contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) parece se aproximar de um desfecho no Conselho de Ética: será apresentado na segunda-feira (30) o relatório do deputado Marcos Rogério (DEM-RO), que irá pedir a cassação do mandato do presidente da Câmara afastado. Segundo a Folha apurou, Rogério irá definir como motivo para a perda do mandato de Cunha a afirmação de que ele mentiu à CPI da Petrobras ao negar, em março de 2015, ter "qualquer tipo" de conta fora do país. Meses após esse depoimento descobriu-se a existência de dinheiro na Suíça vinculado a Cunha, em contas abastecidas, segundo a Procuradoria-Geral da República, com dinheiro desviado do esquema de corrupção da Petrobras. Rogério avalia ainda, segundo integrantes do Conselho, se irá incluir em seu voto a acusação de recebimento de propina. Cunha começou a responder ao processo só pela suposta mentira na CPI. No decorrer da investigação, porém, o Conselho recebeu documentos e depoimentos apontando o recebimento de propina. A dúvida do relator se dá devido à decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), segundo quem a inclusão de novas acusações no decorrer da instrução é motivo de anulação do processo sob o argumento de ofensa ao amplo direito de defesa. CRONOGRAMA Cunha é réu no Supremo Tribunal Federal e responde a denúncia, inquéritos e pedidos de abertura de inquérito sob acusação de integrar o petrolão. O peemedebista foi afastado pelo STF no dia 5 sob o argumento de que usava o mandato e o cargo para obstruir a Justiça e o seu processo de cassação. O deputado nega todas as acusações e diz não ter mentido, já que não seria o titular formal dos R$ 9 milhões bloqueados na Suíça, dinheiro que ele repassou a trusts, instituições que administram bens e direitos de terceiros. Apesar do anúncio da data da apresentação do relatório final, o cronograma do desfecho do caso ainda é uma incógnita. Isso porque ele e aliados vão tentar anular o trabalho do Conselho com recursos na Câmara e no Supremo Tribunal Federal. Em ocasiões anteriores, eles já tiveram sucesso, como a troca de relator e a anulação de votação do parecer preliminar. Com isso, o processo contra Cunha se tornou o mais longo da história. Há sobre a mesa de Maranhão, que é aliado de Cunha e que já deu decisão favorável a ele no processo, recursos para anular parte do trabalho do Conselho sob o argumento da existência de vícios formais. Caso Maranhão não determine nenhuma reviravolta, a intenção da cúpula do Conselho é iniciar a votação nos primeiros dias de junho. Como haverá pedido de vista do relatório, a votação final no Conselho deve ocorrer só na segunda semana de junho. A decisão do órgão será submetida ao plenário da Câmara, em votação aberta. Cunha perde o mandato caso votem nesse sentido pelo menos 257 dos seus 512 colegas. Aliados do peemedebista dizem, porém, que têm maioria no Conselho e que vão trabalhar para aprovar um relatório paralelo ao de Rogério com a aplicação de uma punição mais branda, como uma censura ou suspensão do mandato. Nesse caso, há ainda uma indefinição jurídica na Câmara se o plenário poderá votar a cassação. Segundo aliados de Cunha, nesse caso cabe ao plenário apenas confirmar a punição mais branda ou decidir não aplicar nenhuma punição. | 0 |
Após achar medula para transplante, menino Tancrède nomeará instituto | Após encontrar uma medula compatível com o menino Tancrède Bouveret, 11, que tem leucemia e necessitava de um transplante, seus pais e amigos decidiram retribuir a atenção que o caso recebeu: anunciaram hoje a criação do Instituto Tancrède. O novo órgão usará a história do garoto, que ganhou apoio de famosos como Neymar e mais que triplicou o número de cadastros de doadores feitos no hemocentro da Santa Casa, para tentar aumentar o conhecimento geral sobre a doença. "Soubemos do caso de outros pacientes que conseguiram encontrar doadores entre essas pessoas, o que mostra que a informação pode salvar vidas", diz a consultora Aline Barros Lucas, que faz parte do instituto. "Temos um grupo de quase 500 pessoas que se falam quase diariamente. Foi daí que nasceu o instituto." O órgão fará ações de conscientização em empresas e campanhas de na internet, e também acompanhará as crianças que se tratam no Instituto de Tratamento do Câncer Infantil, em Pinheiros, e ajudar apoiar suas famílias. Tancrède já sabe que seu nome virou pessoa jurídica. "Fui eu que contei para ele", diz Lucas, "Ele arregalou o olho e falou: 'Jura? Mas com meu nome?'. Ficou feliz." Transplante A doadora compatível com o menino foi encontrada nesta semana. É uma mulher americana de 20 anos, encontrada por uma mãe de um colega de escola de Tancrède, que entrou em contato com bancos de tecidos internacionais. Como era americana mulher que gerou Tancrède para seus dois pais, era mais provável que genes daquele país fossem mais compatíveis com os dele. Tancrède ainda ficará internado por ao menos dois meses. Nesse período, passará por um processo pré-transplante, e só então receberá a nova medula. Aline diz estar calma, como todos ao redor: "Os pais do Tancrède resolveram assumir um outro sentido para lidar com a doença. Em vez de ir pelo sofrimento, decidiram ir pela transformação". | colunas | Após achar medula para transplante, menino Tancrède nomeará institutoApós encontrar uma medula compatível com o menino Tancrède Bouveret, 11, que tem leucemia e necessitava de um transplante, seus pais e amigos decidiram retribuir a atenção que o caso recebeu: anunciaram hoje a criação do Instituto Tancrède. O novo órgão usará a história do garoto, que ganhou apoio de famosos como Neymar e mais que triplicou o número de cadastros de doadores feitos no hemocentro da Santa Casa, para tentar aumentar o conhecimento geral sobre a doença. "Soubemos do caso de outros pacientes que conseguiram encontrar doadores entre essas pessoas, o que mostra que a informação pode salvar vidas", diz a consultora Aline Barros Lucas, que faz parte do instituto. "Temos um grupo de quase 500 pessoas que se falam quase diariamente. Foi daí que nasceu o instituto." O órgão fará ações de conscientização em empresas e campanhas de na internet, e também acompanhará as crianças que se tratam no Instituto de Tratamento do Câncer Infantil, em Pinheiros, e ajudar apoiar suas famílias. Tancrède já sabe que seu nome virou pessoa jurídica. "Fui eu que contei para ele", diz Lucas, "Ele arregalou o olho e falou: 'Jura? Mas com meu nome?'. Ficou feliz." Transplante A doadora compatível com o menino foi encontrada nesta semana. É uma mulher americana de 20 anos, encontrada por uma mãe de um colega de escola de Tancrède, que entrou em contato com bancos de tecidos internacionais. Como era americana mulher que gerou Tancrède para seus dois pais, era mais provável que genes daquele país fossem mais compatíveis com os dele. Tancrède ainda ficará internado por ao menos dois meses. Nesse período, passará por um processo pré-transplante, e só então receberá a nova medula. Aline diz estar calma, como todos ao redor: "Os pais do Tancrède resolveram assumir um outro sentido para lidar com a doença. Em vez de ir pelo sofrimento, decidiram ir pela transformação". | 10 |
Odebrecht tenta acordo simultâneo no Brasil e nos EUA | A Odebrecht contratou o ex-procurador do DoJ (Departamento de Justiça) dos Estados Unidos William A. Burck para comandar o acordo que negocia com o órgão americano responsável por apurar crimes que a empreiteira cometeu envolvendo a Petrobras. Além de ter trabalhado em casos de crimes financeiros no DoJ, Burck desponta como um dos mais disputados e caros advogados da área. Entre seus clientes está a Fifa, cujos executivos enfrentam acusações de corrupção. As negociações com o DoJ começaram no início do ano, quando a Odebrecht passou a tentar firmar acordos de colaboração premiada e de leniência (espécie de delação da pessoa jurídica) com a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba (PR) e a Procuradoria-Geral da República. Como a Justiça americana vem trabalhado em coordenação com a brasileira, o objetivo é que, se a empresa firmar a colaboração, isso aconteça ao mesmo tempo nos dois países. Este seria o primeiro acordo fechado simultaneamente entre Brasil e EUA no âmbito da Lava Jato. Segundo a Folha apurou, a Odebrecht tem a expectativa de pagar nos EUA multa equivalente a cerca de R$ 750 milhões, valor menor do que o que deve ser firmado com as autoridades brasileiras. Como informado em reportagem de junho da Folha, os procuradores da Lava Jato pretendem cobrar pelo menos R$ 6 bilhões. Além de Burck, que é responsável pela Odebrecht pessoa jurídica, a empresa contratou mais quatro escritórios nos EUA para cuidar de outras empresas do grupo, como a Braskem, além das pessoas físicas. Um deles está focado apenas em Marcelo Odebrecht, ex-presidente e herdeiro do grupo que está preso há mais de um ano. A negociação do acordo é vital para que o mercado norte-americano não feche as portas para Odebrecht. Se o grupo tiver qualquer pendência junto à Justiça dos EUA, não poderá mais fazer negócios no país, seja com empresas ou instituições bancárias. As leis ficaram mais rígidas em 2014, depois que Brasil e EUA se tornaram signatários do Fatca, acordo de troca de informações financeiras. Esta não é a primeira vez que Burck trabalha para um cliente na Lava Jato. Em abril, o advogado foi contratado pelo Banco BTG Pactual para levantar todos os indícios de práticas irregulares da empresa. O relatório assinado por ele não apontou existência de corrupção. Um trabalho similar de investigação interna também está sendo desenvolvido junto à Odebrecht. Se a empresa escapar da devassa feita por Burck, consegue uma espécie de "atestado" para mostrar a credores e clientes sua idoneidade. No caso do BTG, o trabalho ajudou a estancar a fuga de clientes que não poderiam manter negócio com empresas envolvidas no escândalo OUTRO LADO Procurados, nem Burck nem a Odebrecht quiseram se manifestar. | poder | Odebrecht tenta acordo simultâneo no Brasil e nos EUAA Odebrecht contratou o ex-procurador do DoJ (Departamento de Justiça) dos Estados Unidos William A. Burck para comandar o acordo que negocia com o órgão americano responsável por apurar crimes que a empreiteira cometeu envolvendo a Petrobras. Além de ter trabalhado em casos de crimes financeiros no DoJ, Burck desponta como um dos mais disputados e caros advogados da área. Entre seus clientes está a Fifa, cujos executivos enfrentam acusações de corrupção. As negociações com o DoJ começaram no início do ano, quando a Odebrecht passou a tentar firmar acordos de colaboração premiada e de leniência (espécie de delação da pessoa jurídica) com a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba (PR) e a Procuradoria-Geral da República. Como a Justiça americana vem trabalhado em coordenação com a brasileira, o objetivo é que, se a empresa firmar a colaboração, isso aconteça ao mesmo tempo nos dois países. Este seria o primeiro acordo fechado simultaneamente entre Brasil e EUA no âmbito da Lava Jato. Segundo a Folha apurou, a Odebrecht tem a expectativa de pagar nos EUA multa equivalente a cerca de R$ 750 milhões, valor menor do que o que deve ser firmado com as autoridades brasileiras. Como informado em reportagem de junho da Folha, os procuradores da Lava Jato pretendem cobrar pelo menos R$ 6 bilhões. Além de Burck, que é responsável pela Odebrecht pessoa jurídica, a empresa contratou mais quatro escritórios nos EUA para cuidar de outras empresas do grupo, como a Braskem, além das pessoas físicas. Um deles está focado apenas em Marcelo Odebrecht, ex-presidente e herdeiro do grupo que está preso há mais de um ano. A negociação do acordo é vital para que o mercado norte-americano não feche as portas para Odebrecht. Se o grupo tiver qualquer pendência junto à Justiça dos EUA, não poderá mais fazer negócios no país, seja com empresas ou instituições bancárias. As leis ficaram mais rígidas em 2014, depois que Brasil e EUA se tornaram signatários do Fatca, acordo de troca de informações financeiras. Esta não é a primeira vez que Burck trabalha para um cliente na Lava Jato. Em abril, o advogado foi contratado pelo Banco BTG Pactual para levantar todos os indícios de práticas irregulares da empresa. O relatório assinado por ele não apontou existência de corrupção. Um trabalho similar de investigação interna também está sendo desenvolvido junto à Odebrecht. Se a empresa escapar da devassa feita por Burck, consegue uma espécie de "atestado" para mostrar a credores e clientes sua idoneidade. No caso do BTG, o trabalho ajudou a estancar a fuga de clientes que não poderiam manter negócio com empresas envolvidas no escândalo OUTRO LADO Procurados, nem Burck nem a Odebrecht quiseram se manifestar. | 0 |
Governo confirma fechamento de aeroporto do Rio durante Olimpíada | O governo federal anunciou nesta quarta-feira (4) que o aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, ficará fechado durante as competições de vela da Olimpíada de 2016, que serão disputadas na Marina da Glória. A decisão foi tomada após reunião do ministro Jaques Wagner (Casa Civil) com membros do comitê gestor dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O fechamento será feito entre os dias 8 e 18 de agosto do ano que vem, das 12h30 às 17h10. O COI (Comitê Olímpico Internacional) havia solicitado o fechamento por causa da ação de helicópteros para fazer a transmissão do evento e por influência do vento gerado nos barcos. A Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) é contra a medida. "A decisão é tardia, tendo em vista o tempo disponível para o planejamento das competições esportivas e operações de transmissão televisiva desde o anúncio da sede dos Jogos", disse a Abear em nota. A associação estima que 150 mil passageiros serão prejudicados com o cancelamento de cerca de 104 voos por dia durante as disputas de vela. Em agosto, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que a interrupção parcial de voos no Santos Dumont não será um problema. O tema também foi assunto da sabatina feita pela Folha com o ministro do Esporte, George Hilton. "O ministro [Eliseu] Padilha [Aviação Civil] está trabalhando isso com as companhias aéreas. É óbvio que é sempre um transtorno, mas todos reconhecem que é meritório em relação ao que a Olimpíada vai trazer", afirmou Wagner. | esporte | Governo confirma fechamento de aeroporto do Rio durante OlimpíadaO governo federal anunciou nesta quarta-feira (4) que o aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, ficará fechado durante as competições de vela da Olimpíada de 2016, que serão disputadas na Marina da Glória. A decisão foi tomada após reunião do ministro Jaques Wagner (Casa Civil) com membros do comitê gestor dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O fechamento será feito entre os dias 8 e 18 de agosto do ano que vem, das 12h30 às 17h10. O COI (Comitê Olímpico Internacional) havia solicitado o fechamento por causa da ação de helicópteros para fazer a transmissão do evento e por influência do vento gerado nos barcos. A Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) é contra a medida. "A decisão é tardia, tendo em vista o tempo disponível para o planejamento das competições esportivas e operações de transmissão televisiva desde o anúncio da sede dos Jogos", disse a Abear em nota. A associação estima que 150 mil passageiros serão prejudicados com o cancelamento de cerca de 104 voos por dia durante as disputas de vela. Em agosto, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que a interrupção parcial de voos no Santos Dumont não será um problema. O tema também foi assunto da sabatina feita pela Folha com o ministro do Esporte, George Hilton. "O ministro [Eliseu] Padilha [Aviação Civil] está trabalhando isso com as companhias aéreas. É óbvio que é sempre um transtorno, mas todos reconhecem que é meritório em relação ao que a Olimpíada vai trazer", afirmou Wagner. | 4 |
Marco extemporâneo | Não foi ainda desta feita que o STF (Supremo Tribunal Federal pacificou de vez a questão do chamado marco temporal a rondar a demarcação de terras indígenas. Decisão tomada na quarta-feira (17), porém, sugere que a tese cara a ruralistas enfrentará percalços. O próprio STF suscitara em 2009 tal argumento, ao estipular como precondição para referendar a demarcação da reserva Raposa Serra do Sol que os indígenas ali só tinham direito reconhecido às terras que habitavam em 1988, quando se promulgou a Constituição. Em causa se achava agora a licitude do PDX (Parque Indígena do Xingu) –nada mais, nada menos. O governo de Mato Grosso alegava que a União usurpara terras estaduais ao criar, em 1961, esse símbolo maior da política indigenista pacificadora dos irmãos Villas Bôas O STF indeferiu, por unanimidade dos oito ministros presentes, o pedido de indenização mato-grossense. Se não o fizesse, a União poderia arcar com uma despesa de R$ 2 bilhões, ou mais, segundo algumas estimativas (aí incluídas duas outras áreas em contestação, Nhambiquara e Parecis). O Supremo entendeu que os 26 mil km² do PIX não podiam ser consideradas terras devolutas desde a Constituição de 1934, que já previa a indisponibilidade de áreas ocupadas por povos indígenas. Para o STF, o governo de Mato Grosso não provou estar de posse das terras em 1961. Mais ainda, reconheceu laudos antropológicos da Funai que atestavam serem elas há muito ocupadas por índios. Embora os ministros não tenham definido diretamente a questão do marco temporal, sua decisão foi comemorada por organizações indigenistas. Ela recua o limiar para 1934 e ainda reforça a autoridade da Funai para estabelecer se a área tem ocupação tradicional. "São reconhecidos aos índios (...) os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens", reza o artigo 231 da Constituição. Soa difícil conciliar a decisão e o texto constitucional com a tese do marco temporal (que paralisaria mais de 700 processos de demarcação ainda em curso). Se essa doutrina prevalecesse, o STF consagraria a injustiça com os povos indígenas que tenham sido expulsos de suas terras antes de 1988. Apesar disso, para agradar a bancada ruralista, o presidente Michel Temer (PMDB) assinou em julho parecer tornando-a vinculante para toda a administração federal. Tudo indica que a questão voltará ao escrutínio do Supremo. | opiniao | Marco extemporâneoNão foi ainda desta feita que o STF (Supremo Tribunal Federal pacificou de vez a questão do chamado marco temporal a rondar a demarcação de terras indígenas. Decisão tomada na quarta-feira (17), porém, sugere que a tese cara a ruralistas enfrentará percalços. O próprio STF suscitara em 2009 tal argumento, ao estipular como precondição para referendar a demarcação da reserva Raposa Serra do Sol que os indígenas ali só tinham direito reconhecido às terras que habitavam em 1988, quando se promulgou a Constituição. Em causa se achava agora a licitude do PDX (Parque Indígena do Xingu) –nada mais, nada menos. O governo de Mato Grosso alegava que a União usurpara terras estaduais ao criar, em 1961, esse símbolo maior da política indigenista pacificadora dos irmãos Villas Bôas O STF indeferiu, por unanimidade dos oito ministros presentes, o pedido de indenização mato-grossense. Se não o fizesse, a União poderia arcar com uma despesa de R$ 2 bilhões, ou mais, segundo algumas estimativas (aí incluídas duas outras áreas em contestação, Nhambiquara e Parecis). O Supremo entendeu que os 26 mil km² do PIX não podiam ser consideradas terras devolutas desde a Constituição de 1934, que já previa a indisponibilidade de áreas ocupadas por povos indígenas. Para o STF, o governo de Mato Grosso não provou estar de posse das terras em 1961. Mais ainda, reconheceu laudos antropológicos da Funai que atestavam serem elas há muito ocupadas por índios. Embora os ministros não tenham definido diretamente a questão do marco temporal, sua decisão foi comemorada por organizações indigenistas. Ela recua o limiar para 1934 e ainda reforça a autoridade da Funai para estabelecer se a área tem ocupação tradicional. "São reconhecidos aos índios (...) os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens", reza o artigo 231 da Constituição. Soa difícil conciliar a decisão e o texto constitucional com a tese do marco temporal (que paralisaria mais de 700 processos de demarcação ainda em curso). Se essa doutrina prevalecesse, o STF consagraria a injustiça com os povos indígenas que tenham sido expulsos de suas terras antes de 1988. Apesar disso, para agradar a bancada ruralista, o presidente Michel Temer (PMDB) assinou em julho parecer tornando-a vinculante para toda a administração federal. Tudo indica que a questão voltará ao escrutínio do Supremo. | 14 |
Judeus brasileiros preferem Israel, perto da guerra, a Brasil fracassado | Na comunidade judaica de São Paulo, circula já há algum tempo uma charge que mostra Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva agitando bandeirinhas de Israel, com a legenda: "Muito obrigado. Conseguiram em alguns anos o que a Agência Judaica não conseguiu em décadas". É uma alusão ao fato de que a partir de 2014, explodiu a emigração de judeus brasileiros para Israel, proeza não obtida pela Agência Judaica, exatamente a encarregada de estimular a aliá, um termo que significa ascensão espiritual mas é mais comumente usado como emigração para Israel. Os números são eloquentes e contam uma triste história da crise brasileira e de seus efeitos: em 2015, 496 judeus brasileiros partiram para Israel ou 77% mais do que no ano anterior. Em 2016, foram mais ainda (684). E, este ano, até maio, 346 ou 29% mais do que no mesmo período de 2016. É claro que há emigração de brasileiros para outros países, em especial Estados Unidos e Portugal, mas o fenômeno entre os judeus chama a atenção por duas particularidades: primeiro, a sólida implantação no Brasil de uma comunidade de aproximadamente 110 mil pessoas, a maioria em São Paulo. "Nós fomos muito bem recebidos no Brasil e devemos nossa lealdade a esta nação", disse Bruno Laskowsky, presidente da Federação Judaica de São Paulo, ao jornal digital "Times of Israel". Sair de um lugar em que foram bem recebidos para um país que está tecnicamente em guerra com dois países (Líbano e Síria) dos quatro com os quais tem fronteiras é um passo que exige alto grau de angústia na terra em que se vive. Falar "tecnicamente em guerra" parece apenas um rótulo burocrático, mas senti na pele o grau de hostilidade do Líbano, ao pedir visto de entrada no país, anos atrás, para cobrir visita oficial do então chanceler Celso Amorim. Entreguei o passaporte no consulado, o funcionário do guichê sumiu com ele para uma sala interna e voltou muito tempo depois com a negativa: não podia dar o visto porque meu passaporte tinha um carimbo de Israel, "país inimigo". Se negam visto a um jornalista de país amigo (do Líbano e de Israel), fica fácil imaginar a hostilidade em relação aos judeus habitantes do vizinho "país inimigo". A angústia que sentem os judeus no Brasil é causada pela "falta de perspectivas profissionais, queda no nível de vida, falta de segurança, uma visão diferenciada de valores (lá, cada um vale pelo que é, não pelo que tem)", diz a jornalista Silvia Perlov, assessora de imprensa do Congresso Judaico Latino-Americano. Ela própria confessa estar pensando em emigrar, ainda mais depois que três amigas de sua sobrinha de 16 anos partiram para Israel. A queda no nível de vida aparece em caso contado pelo blogueiro Sergio Beni Luftglas, que faz também bicos como figurante em novelas e filmes: a produtora de um filme com temática judaica lhe pediu que conseguisse judeus para figuração. "Choveram candidatos para o bico de R$ 150 a diária", relata Sergio. É compreensível, portanto, que a comunidade busque um país como Israel, mesmo sabendo que por lá acontecem quase diariamente atentados a faca ou usando veículos contra judeus só por serem judeus. Mas também nesse capítulo, Israel leva vantagem: "Israel tem baixo nível de violência, com apenas dois homicídios por 100 mil habitantes", disse o cônsul em São Paulo, Dore Goren, ao "Times of Israel" (em São Paulo, maior concentração de judeus, o índice é seis vezes maior). Tudo somado, fica claro que a profunda crise brasileira produziu um efeito menos presente nas manchetes mas que é igualmente revelador: de país de acolhida, o Brasil está se tornando país de emigração. Ou, posto de outra forma, está fracassando. | colunas | Judeus brasileiros preferem Israel, perto da guerra, a Brasil fracassadoNa comunidade judaica de São Paulo, circula já há algum tempo uma charge que mostra Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva agitando bandeirinhas de Israel, com a legenda: "Muito obrigado. Conseguiram em alguns anos o que a Agência Judaica não conseguiu em décadas". É uma alusão ao fato de que a partir de 2014, explodiu a emigração de judeus brasileiros para Israel, proeza não obtida pela Agência Judaica, exatamente a encarregada de estimular a aliá, um termo que significa ascensão espiritual mas é mais comumente usado como emigração para Israel. Os números são eloquentes e contam uma triste história da crise brasileira e de seus efeitos: em 2015, 496 judeus brasileiros partiram para Israel ou 77% mais do que no ano anterior. Em 2016, foram mais ainda (684). E, este ano, até maio, 346 ou 29% mais do que no mesmo período de 2016. É claro que há emigração de brasileiros para outros países, em especial Estados Unidos e Portugal, mas o fenômeno entre os judeus chama a atenção por duas particularidades: primeiro, a sólida implantação no Brasil de uma comunidade de aproximadamente 110 mil pessoas, a maioria em São Paulo. "Nós fomos muito bem recebidos no Brasil e devemos nossa lealdade a esta nação", disse Bruno Laskowsky, presidente da Federação Judaica de São Paulo, ao jornal digital "Times of Israel". Sair de um lugar em que foram bem recebidos para um país que está tecnicamente em guerra com dois países (Líbano e Síria) dos quatro com os quais tem fronteiras é um passo que exige alto grau de angústia na terra em que se vive. Falar "tecnicamente em guerra" parece apenas um rótulo burocrático, mas senti na pele o grau de hostilidade do Líbano, ao pedir visto de entrada no país, anos atrás, para cobrir visita oficial do então chanceler Celso Amorim. Entreguei o passaporte no consulado, o funcionário do guichê sumiu com ele para uma sala interna e voltou muito tempo depois com a negativa: não podia dar o visto porque meu passaporte tinha um carimbo de Israel, "país inimigo". Se negam visto a um jornalista de país amigo (do Líbano e de Israel), fica fácil imaginar a hostilidade em relação aos judeus habitantes do vizinho "país inimigo". A angústia que sentem os judeus no Brasil é causada pela "falta de perspectivas profissionais, queda no nível de vida, falta de segurança, uma visão diferenciada de valores (lá, cada um vale pelo que é, não pelo que tem)", diz a jornalista Silvia Perlov, assessora de imprensa do Congresso Judaico Latino-Americano. Ela própria confessa estar pensando em emigrar, ainda mais depois que três amigas de sua sobrinha de 16 anos partiram para Israel. A queda no nível de vida aparece em caso contado pelo blogueiro Sergio Beni Luftglas, que faz também bicos como figurante em novelas e filmes: a produtora de um filme com temática judaica lhe pediu que conseguisse judeus para figuração. "Choveram candidatos para o bico de R$ 150 a diária", relata Sergio. É compreensível, portanto, que a comunidade busque um país como Israel, mesmo sabendo que por lá acontecem quase diariamente atentados a faca ou usando veículos contra judeus só por serem judeus. Mas também nesse capítulo, Israel leva vantagem: "Israel tem baixo nível de violência, com apenas dois homicídios por 100 mil habitantes", disse o cônsul em São Paulo, Dore Goren, ao "Times of Israel" (em São Paulo, maior concentração de judeus, o índice é seis vezes maior). Tudo somado, fica claro que a profunda crise brasileira produziu um efeito menos presente nas manchetes mas que é igualmente revelador: de país de acolhida, o Brasil está se tornando país de emigração. Ou, posto de outra forma, está fracassando. | 10 |
Moro ignora Bolsonaro em encontro no aeroporto de Brasília | Caso o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) fosse eleito presidente, a página SomostodosBolsonaro (17,5 mil seguidores no Facebook) sugere um nome para o Ministério da Justiça: o juiz Sergio Moro, responsável pelas ações da Lava Jato no Paraná. Magistrado e parlamentar, porém, aparentam não ser tão próximos assim. Um vídeo publicado no perfil na quinta (30) registra o encontro dos dois na praça de alimentação do aeroporto de Brasília. Título: "Bolsonaro e juiz Sergio Moro no mesmo lugar, aeroporto de Brasília". Bolsonaro caminha em direção à câmera e faz um gesto com as mãos, orientando o autor da filmagem a se virar para captar sua aproximação ao juiz —que conversava com um grupo na frente de uma lanchonete de pães de queijo. O deputado se aproxima da roda e tenta começar uma conversa. "Doutor Moro", diz, saudando-o com um gesto tímido de continência e um tapinha no ombro do juiz, que responde com um aceno rápido de cabeça e, aparentemente, sai sem falar nada. Veja, abaixo: Moro e Bolsonaro O encontro todo dura menos de um minuto. Ignorado pelo juiz, Bolsonaro posou para fotos com apoiadores que estavam no saguão. Moro foi a Brasília para participar de um audiência pública na Câmara. Também esteve em cerimônia em sua homenagem realizada pelo Superior Tribunal Militar (STM), que lhe condecorou com uma medalha. A Folha procurou Bolsonaro por meio de seus assessores na manhã desta sexta (31), mas não houve resposta até a publicação desta nota. SomostodosBolsonaro | poder | Moro ignora Bolsonaro em encontro no aeroporto de BrasíliaCaso o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) fosse eleito presidente, a página SomostodosBolsonaro (17,5 mil seguidores no Facebook) sugere um nome para o Ministério da Justiça: o juiz Sergio Moro, responsável pelas ações da Lava Jato no Paraná. Magistrado e parlamentar, porém, aparentam não ser tão próximos assim. Um vídeo publicado no perfil na quinta (30) registra o encontro dos dois na praça de alimentação do aeroporto de Brasília. Título: "Bolsonaro e juiz Sergio Moro no mesmo lugar, aeroporto de Brasília". Bolsonaro caminha em direção à câmera e faz um gesto com as mãos, orientando o autor da filmagem a se virar para captar sua aproximação ao juiz —que conversava com um grupo na frente de uma lanchonete de pães de queijo. O deputado se aproxima da roda e tenta começar uma conversa. "Doutor Moro", diz, saudando-o com um gesto tímido de continência e um tapinha no ombro do juiz, que responde com um aceno rápido de cabeça e, aparentemente, sai sem falar nada. Veja, abaixo: Moro e Bolsonaro O encontro todo dura menos de um minuto. Ignorado pelo juiz, Bolsonaro posou para fotos com apoiadores que estavam no saguão. Moro foi a Brasília para participar de um audiência pública na Câmara. Também esteve em cerimônia em sua homenagem realizada pelo Superior Tribunal Militar (STM), que lhe condecorou com uma medalha. A Folha procurou Bolsonaro por meio de seus assessores na manhã desta sexta (31), mas não houve resposta até a publicação desta nota. SomostodosBolsonaro | 0 |
Buddy Guy é destaque de novo volume da Coleção Folha Soul & Blues | "O céu está ajoelhado aos pés de Buddy Guy enquanto o ouve tocar guitarra", declarou Jimi Hendrix sobre o bluesman de Louisiana que é tema do próximo livro-CD da "Coleção Folha Soul & Blues", que chega às bancas no próximo domingo (5/7). Buddy Guy, embalado desde cedo no blues tradicional, conseguiu conciliar o gênero sulista com o rock 'n' roll –tornou-se ídolo dos melhores guitarristas brancos do rock tanto dos Estados Unidos quanto do Reino Unido. Sua carreira começou no início da década de 1950, tocando para plateias rurais. Em 1957, Guy se mudou para Chicago e, sem ter o que comer havia dias, foi levado para o 708 Club a fim de tocar guitarra em troca de um hambúrguer. Lá, ele ganhou mais que comida: chamou a atenção de Muddy Waters, que o ajudou a gravar dois singles. ESTÚDIO Como outras estrelas do blues de Chicago, Guy assinou com a Chess Records e tornou-se músico de estúdio, além de lançar discos próprios. A canção "Stone Crazy" (1962), por exemplo, chegou ao 12° lugar da parada de rhythm & blues. Em 1967, Guy se apresentou no Mariposa Folk Festival, em Toronto, no Canadá. Conquistou fãs usando um sapato como palheta e lançando-se ao público, que o carregou "como se tivesse sido eleito presidente dos Estados Unidos", descreveu. O músico caiu no gosto da audiência hippie e branca canadense e, três anos depois, voltou ao país para se apresentar com Janis Joplin e The Grateful Dead, entre outros. CLUBES Durante parte dos anos 1970 e 1980, Guy continuou a circular pelos clubes de blues americanos e pela Europa, porém sem receber muita atenção das bandas que em outros tempos o admiravam, dependendo de shows para ganhar a vida. Sua sorte mudou quando abriu o clube de blues Legends, em Chicago, em 1989. Além de apresentações de Guy com convidados diferentes, o Legends tornou-se parada obrigatória para outros músicos e fãs de blues de todo o mundo. Aos 78 anos, continua na ativa. Seu próximo disco, "Born to Play Guitar," que tem lançamento marcado para 31/7, traz parcerias com Van Morrison, Joss Stone, Kim Wilson e Billy Gibbons. | paineldoleitor | Buddy Guy é destaque de novo volume da Coleção Folha Soul & Blues"O céu está ajoelhado aos pés de Buddy Guy enquanto o ouve tocar guitarra", declarou Jimi Hendrix sobre o bluesman de Louisiana que é tema do próximo livro-CD da "Coleção Folha Soul & Blues", que chega às bancas no próximo domingo (5/7). Buddy Guy, embalado desde cedo no blues tradicional, conseguiu conciliar o gênero sulista com o rock 'n' roll –tornou-se ídolo dos melhores guitarristas brancos do rock tanto dos Estados Unidos quanto do Reino Unido. Sua carreira começou no início da década de 1950, tocando para plateias rurais. Em 1957, Guy se mudou para Chicago e, sem ter o que comer havia dias, foi levado para o 708 Club a fim de tocar guitarra em troca de um hambúrguer. Lá, ele ganhou mais que comida: chamou a atenção de Muddy Waters, que o ajudou a gravar dois singles. ESTÚDIO Como outras estrelas do blues de Chicago, Guy assinou com a Chess Records e tornou-se músico de estúdio, além de lançar discos próprios. A canção "Stone Crazy" (1962), por exemplo, chegou ao 12° lugar da parada de rhythm & blues. Em 1967, Guy se apresentou no Mariposa Folk Festival, em Toronto, no Canadá. Conquistou fãs usando um sapato como palheta e lançando-se ao público, que o carregou "como se tivesse sido eleito presidente dos Estados Unidos", descreveu. O músico caiu no gosto da audiência hippie e branca canadense e, três anos depois, voltou ao país para se apresentar com Janis Joplin e The Grateful Dead, entre outros. CLUBES Durante parte dos anos 1970 e 1980, Guy continuou a circular pelos clubes de blues americanos e pela Europa, porém sem receber muita atenção das bandas que em outros tempos o admiravam, dependendo de shows para ganhar a vida. Sua sorte mudou quando abriu o clube de blues Legends, em Chicago, em 1989. Além de apresentações de Guy com convidados diferentes, o Legends tornou-se parada obrigatória para outros músicos e fãs de blues de todo o mundo. Aos 78 anos, continua na ativa. Seu próximo disco, "Born to Play Guitar," que tem lançamento marcado para 31/7, traz parcerias com Van Morrison, Joss Stone, Kim Wilson e Billy Gibbons. | 16 |
Netflix lança em 2017 filme baseado no mangá 'Blame!' | A Netflix anunciou neste domingo (24) que irá lançar em 2017 um anime inspirado nas histórias do mangá "Blame!", em parceria com os estúdio japonês de animação Polygon. "Blame!" é dos mesmos criadores de "Knights of Sidonia", série que o serviço de streaming estreou neste ano. É ambientada em um futuro distópico, em que a humanidade vive na megaestrutura, uma espécie de labirinto desgovernado de onde o herói Killy precisa salvar a civilização. O filme estreará dez anos depois do início da publicação dos mangás, entre 1997 e 2003. Veja, abaixo, o teaser: Teaser de "Blame!" | ilustrada | Netflix lança em 2017 filme baseado no mangá 'Blame!'A Netflix anunciou neste domingo (24) que irá lançar em 2017 um anime inspirado nas histórias do mangá "Blame!", em parceria com os estúdio japonês de animação Polygon. "Blame!" é dos mesmos criadores de "Knights of Sidonia", série que o serviço de streaming estreou neste ano. É ambientada em um futuro distópico, em que a humanidade vive na megaestrutura, uma espécie de labirinto desgovernado de onde o herói Killy precisa salvar a civilização. O filme estreará dez anos depois do início da publicação dos mangás, entre 1997 e 2003. Veja, abaixo, o teaser: Teaser de "Blame!" | 1 |
Não sei se estou no nível de Messi e Cristiano Ronaldo, diz Neymar | O atacante Neymar, 23, do Barcelona, concedeu uma entrevista ao lado dos outros dois concorrentes (Lionel Messi, 28, e Cristiano Ronaldo, 30) ao prêmio de melhor do mundo, nesta segunda-feira (11), antes do início da cerimônia da Fifa. O brasileiro, que não é favorito para ganhar a Bola de Ouro, falou em "honra" por estar na disputa ao lado dos dois atacantes e evitou fazer comparações. "Eu não sei se me considero no nível deles. São meus ídolos. É difícil se ver melhor ou igual", disse Neymar. "São dois caras que admiro muito. Desde pequeno vendo jogar e hoje estar dividindo o palco com eles é uma grande honra. Eu quero estar sempre melhorando, não quero ser melhor do que ninguém. Só melhor do que eu mesmo", afirmou o brasileiro. Neymar foi pela primeira vez indicado entre os três finalistas. O evento que premiará o vencedor começa às 15h30 (de Brasília), em Zurique, na Suíça, e o argentino é o favorito, como concorda Cristiano Ronaldo. "O Leo [Messi] tem maior probabilidade de ganhar hoje, talvez depois o Neymar, mas não seria surpresa se eu ganhasse. Estou aqui por alguma razão. Os três estão aqui por méritos e eu estou feliz com o meu desempenho", disse o português. Messi, que busca o troféu pela quinta vez na sua carreira, disse que trocaria uma de suas quatro Bolas de Ouro por um título da Copa do Mundo, torneio que nunca conquistou. "Que pergunta difícil. Obviamente [escolho] um Mundial. É o máximo para qualquer jogador. E eu sempre disse que prefiro os títulos coletivos do que os individuais", afirmou o argentino. A votação para a Bola de Ouro, que tem no colégio eleitoral os capitães e técnicos das seleções dos países filiados à Fifa (207 desta vez, já que Kuait e Indonésia estão suspensos por problemas em suas administrações nas federações) e jornalistas, faz com que Neymar brigue pelo segundo lugar com Cristiano Ronaldo, vencedor do prêmio por três vezes, incluindo nos dois últimos anos. | esporte | Não sei se estou no nível de Messi e Cristiano Ronaldo, diz NeymarO atacante Neymar, 23, do Barcelona, concedeu uma entrevista ao lado dos outros dois concorrentes (Lionel Messi, 28, e Cristiano Ronaldo, 30) ao prêmio de melhor do mundo, nesta segunda-feira (11), antes do início da cerimônia da Fifa. O brasileiro, que não é favorito para ganhar a Bola de Ouro, falou em "honra" por estar na disputa ao lado dos dois atacantes e evitou fazer comparações. "Eu não sei se me considero no nível deles. São meus ídolos. É difícil se ver melhor ou igual", disse Neymar. "São dois caras que admiro muito. Desde pequeno vendo jogar e hoje estar dividindo o palco com eles é uma grande honra. Eu quero estar sempre melhorando, não quero ser melhor do que ninguém. Só melhor do que eu mesmo", afirmou o brasileiro. Neymar foi pela primeira vez indicado entre os três finalistas. O evento que premiará o vencedor começa às 15h30 (de Brasília), em Zurique, na Suíça, e o argentino é o favorito, como concorda Cristiano Ronaldo. "O Leo [Messi] tem maior probabilidade de ganhar hoje, talvez depois o Neymar, mas não seria surpresa se eu ganhasse. Estou aqui por alguma razão. Os três estão aqui por méritos e eu estou feliz com o meu desempenho", disse o português. Messi, que busca o troféu pela quinta vez na sua carreira, disse que trocaria uma de suas quatro Bolas de Ouro por um título da Copa do Mundo, torneio que nunca conquistou. "Que pergunta difícil. Obviamente [escolho] um Mundial. É o máximo para qualquer jogador. E eu sempre disse que prefiro os títulos coletivos do que os individuais", afirmou o argentino. A votação para a Bola de Ouro, que tem no colégio eleitoral os capitães e técnicos das seleções dos países filiados à Fifa (207 desta vez, já que Kuait e Indonésia estão suspensos por problemas em suas administrações nas federações) e jornalistas, faz com que Neymar brigue pelo segundo lugar com Cristiano Ronaldo, vencedor do prêmio por três vezes, incluindo nos dois últimos anos. | 4 |
'Capitão América' traz herói humanizado em guerra velha | "Capitão América" (2011, Paramount, 17h) é um herói deslocado no tempo: remete-nos à Segunda Guerra Mundial, que a garotada (seu público preferencial) desconhece, a uma guerra de que mal ouviram falar. No entanto, trata-se de um herói bem humano: um jovem tido como frágil demais para defender seu país, mas que se transforma o suficiente para estar na vanguarda bélica, na condição de super-herói. Destino melhor que o da sequência da série ("Capitão América 2: O Soldado Invernal"), quando nosso capitão é congelado e descongelado muito tempo depois (embora não estranhe nada ). | ilustrada | 'Capitão América' traz herói humanizado em guerra velha"Capitão América" (2011, Paramount, 17h) é um herói deslocado no tempo: remete-nos à Segunda Guerra Mundial, que a garotada (seu público preferencial) desconhece, a uma guerra de que mal ouviram falar. No entanto, trata-se de um herói bem humano: um jovem tido como frágil demais para defender seu país, mas que se transforma o suficiente para estar na vanguarda bélica, na condição de super-herói. Destino melhor que o da sequência da série ("Capitão América 2: O Soldado Invernal"), quando nosso capitão é congelado e descongelado muito tempo depois (embora não estranhe nada ). | 1 |
Conclusão sobre queda de jato é 'prematura', diz irmão de Campos | O advogado Antônio Campos, 46, irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, afirmou nesta sexta-feira (16) ser "prematura" qualquer conclusão da investigação da Aeronáutica sobre as causas para a queda do avião que matou o presidenciável do PSB em agosto do ano passado. "É prematura a conclusão noticiada, até porque está pendente de conclusão relevantes perícias", afirmou Antônio Campos em nota. De acordo com o advogado, os laudos Aeronáutica e do Cenipa (Centro de Prevenção de Acidentes Aéreos) tratam de possibilidades que podem ter causado o acidente e não são conclusivos. Investigação da Aeronáutica concluiu que o acidente foi causado por uma sequência de falhas do piloto da aeronave, Marcos Martins, segundo reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo". De acordo com o irmão de Campos, algumas perícias "relevantes" ainda não foram concluídas e os laudos da Aeronáutica e do Cenipa "não são conclusivos". "O Cenipa [Centro de Prevenção de Acidentes Aéreos] não está fazendo todas as perícias do caso e não pode ter uma visão global do acidente", disse. Na nota, ele diz ainda que só irá se pronunciar sobre o caso após a divulgação oficial da conclusão das investigações feitas pela Aeronáutica e do término dos inquéritos civil e criminal. "Após a divulgação oficial das conclusões das investigações da Aeronáutica, bem como a conclusão dos inquéritos civil e criminal em curso, iremos nos pronunciar sobre as causas do acidente" "Tive uma audiência com o Procurador da República Thiago Nobre, na cidade de Santos, que prometeu a conclusão, possivelmente, do inquérito policial e civil para fevereiro, pois ainda aguarda a conclusão de perícias", disse. Primo de Marcos Martins, o também piloto Carlos Grou disse que a responsabilidade acaba sendo atribuída ao piloto por falta de provas que apontem outras causas. "Quando não são encontradas provas na caixa-preta, a culpa sempre recai sobre o piloto. É muito mais fácil culpá-lo quando não se tem provas." Para Grou, as informações contidas no CVR (Cockpit Voice Recorder), que registra as conversas dos pilotos, poderiam explicar as causas do acidente. O aparelho, porém, não gravou os diálogos. "Se não registrou nada, é preciso que expliquem o porquê." Em nota, a Aeronáutica disse nesta sexta que a apuração não foi concluída e que não há um prazo. "As investigações que apuram os fatores contribuintes do acidente com a aeronave PR-AFA ainda não foram concluídas pelo Cenipa." Em nota, a direção nacional do PSB afirmou que acompanha as investigações sobre o acidente e que só irá se pronunciar após a "divulgação dos laudos oficiais". Leia a íntegra da nota de Antônio Campos: Com referência a matéria publicada no Jornal "O Estado de S. Paulo", nesta sexta-feira, 16/01/2015, sobre as causas do acidente aéreo que vitimou Eduardo Campos, estando habilitado nos autos como familiar da vítima e advogado, tenho a registrar o seguinte: 1 - É estranho que se tenha acesso às investigações da Aeronáutica e se divulgue conclusões antes da divulgação pelo órgão competente, inclusive porque tramitam sobre segredo de justiça. 2 - Os laudos da Aeronáutica e do Cenipa (Centro de Prevenção de Acidentes Aéreos) tratam de possibilidades quanto a causa de acidentes e não são conclusivos, conforme é a técnica de tais laudos, primando eles por recomendações quanto a procedimentos de prevenção de acidentes aéreos. O Cenipa não está fazendo todas as perícias do caso e não pode ter uma visão global do acidente. 3 - Na data de ontem, 15/01/2015, tive uma audiência com o Procurador da República Thiago Nobre, na cidade de Santos, que prometeu a conclusão, possivelmente, do inquérito policial e civil para fevereiro/2015, pois ainda aguarda a conclusão de perícias e estas poderão ainda não ser definitivas sobre o caso, podendo ter provas complementares. Ele é o Procurador responsável pelo caso, tendo na Polícia Federal o Delegado Rubens Maleiner como a autoridade policial responsável pelo inquérito policial, que ainda não o concluiu. 4 - Após a divulgação oficial das conclusões das investigações da Aeronáutica, bem como a conclusão dos inquéritos civil e criminal em curso, iremos nos pronunciar sobre as causas do acidente. Até lá, é prematura a conclusão noticiada, até porque está pendente de conclusão relevantes perícias. Antônio Campos | poder | Conclusão sobre queda de jato é 'prematura', diz irmão de CamposO advogado Antônio Campos, 46, irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, afirmou nesta sexta-feira (16) ser "prematura" qualquer conclusão da investigação da Aeronáutica sobre as causas para a queda do avião que matou o presidenciável do PSB em agosto do ano passado. "É prematura a conclusão noticiada, até porque está pendente de conclusão relevantes perícias", afirmou Antônio Campos em nota. De acordo com o advogado, os laudos Aeronáutica e do Cenipa (Centro de Prevenção de Acidentes Aéreos) tratam de possibilidades que podem ter causado o acidente e não são conclusivos. Investigação da Aeronáutica concluiu que o acidente foi causado por uma sequência de falhas do piloto da aeronave, Marcos Martins, segundo reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo". De acordo com o irmão de Campos, algumas perícias "relevantes" ainda não foram concluídas e os laudos da Aeronáutica e do Cenipa "não são conclusivos". "O Cenipa [Centro de Prevenção de Acidentes Aéreos] não está fazendo todas as perícias do caso e não pode ter uma visão global do acidente", disse. Na nota, ele diz ainda que só irá se pronunciar sobre o caso após a divulgação oficial da conclusão das investigações feitas pela Aeronáutica e do término dos inquéritos civil e criminal. "Após a divulgação oficial das conclusões das investigações da Aeronáutica, bem como a conclusão dos inquéritos civil e criminal em curso, iremos nos pronunciar sobre as causas do acidente" "Tive uma audiência com o Procurador da República Thiago Nobre, na cidade de Santos, que prometeu a conclusão, possivelmente, do inquérito policial e civil para fevereiro, pois ainda aguarda a conclusão de perícias", disse. Primo de Marcos Martins, o também piloto Carlos Grou disse que a responsabilidade acaba sendo atribuída ao piloto por falta de provas que apontem outras causas. "Quando não são encontradas provas na caixa-preta, a culpa sempre recai sobre o piloto. É muito mais fácil culpá-lo quando não se tem provas." Para Grou, as informações contidas no CVR (Cockpit Voice Recorder), que registra as conversas dos pilotos, poderiam explicar as causas do acidente. O aparelho, porém, não gravou os diálogos. "Se não registrou nada, é preciso que expliquem o porquê." Em nota, a Aeronáutica disse nesta sexta que a apuração não foi concluída e que não há um prazo. "As investigações que apuram os fatores contribuintes do acidente com a aeronave PR-AFA ainda não foram concluídas pelo Cenipa." Em nota, a direção nacional do PSB afirmou que acompanha as investigações sobre o acidente e que só irá se pronunciar após a "divulgação dos laudos oficiais". Leia a íntegra da nota de Antônio Campos: Com referência a matéria publicada no Jornal "O Estado de S. Paulo", nesta sexta-feira, 16/01/2015, sobre as causas do acidente aéreo que vitimou Eduardo Campos, estando habilitado nos autos como familiar da vítima e advogado, tenho a registrar o seguinte: 1 - É estranho que se tenha acesso às investigações da Aeronáutica e se divulgue conclusões antes da divulgação pelo órgão competente, inclusive porque tramitam sobre segredo de justiça. 2 - Os laudos da Aeronáutica e do Cenipa (Centro de Prevenção de Acidentes Aéreos) tratam de possibilidades quanto a causa de acidentes e não são conclusivos, conforme é a técnica de tais laudos, primando eles por recomendações quanto a procedimentos de prevenção de acidentes aéreos. O Cenipa não está fazendo todas as perícias do caso e não pode ter uma visão global do acidente. 3 - Na data de ontem, 15/01/2015, tive uma audiência com o Procurador da República Thiago Nobre, na cidade de Santos, que prometeu a conclusão, possivelmente, do inquérito policial e civil para fevereiro/2015, pois ainda aguarda a conclusão de perícias e estas poderão ainda não ser definitivas sobre o caso, podendo ter provas complementares. Ele é o Procurador responsável pelo caso, tendo na Polícia Federal o Delegado Rubens Maleiner como a autoridade policial responsável pelo inquérito policial, que ainda não o concluiu. 4 - Após a divulgação oficial das conclusões das investigações da Aeronáutica, bem como a conclusão dos inquéritos civil e criminal em curso, iremos nos pronunciar sobre as causas do acidente. Até lá, é prematura a conclusão noticiada, até porque está pendente de conclusão relevantes perícias. Antônio Campos | 0 |
Alalaô: Eduardo Campos ganha homenagens no Carnaval de Olinda e Recife | PATRÍCIA BRITTO ENVIADA ESPECIAL A OLINDA Folião assíduo dos carnavais de Pernambuco, o ex-governador Eduardo Campos (1965-2014), que morreu em acidente aéreo no ano passado, não deixará de participar da folia neste ano, mas vai dar as caras em forma ... Leia post completo no blog | cotidiano | Alalaô: Eduardo Campos ganha homenagens no Carnaval de Olinda e RecifePATRÍCIA BRITTO ENVIADA ESPECIAL A OLINDA Folião assíduo dos carnavais de Pernambuco, o ex-governador Eduardo Campos (1965-2014), que morreu em acidente aéreo no ano passado, não deixará de participar da folia neste ano, mas vai dar as caras em forma ... Leia post completo no blog | 6 |
Editorial: Artes da discrição | A não ser para os mais ávidos por informação, mereceria pouco destaque o relativo mal-estar registrado em Brasília na última quinta-feira (16). Percebe-se, entretanto, mesmo num pequeno desencontro, de que modo a disfunção geral da política brasileira ganha patamares novos de hipocrisia. O cenário foi o Palácio do Planalto. A ocasião, a posse do novo ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB). Os principais personagens, ambos ausentes, atendem por Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados. Pertencendo ao mesmo partido do novo ministro, Renan e Cunha não compareceram à cerimônia; situação desconfortável, mas sem maior relevância. Examinem-se os motivos do "forfait" peemedebista, porém, e o caso começa a ficar mais interessante. Cunha, autor de projeto restringindo a 20 o número de pastas –hoje 38 se apinham em torno da Presidência–, teria achado melhor não felicitar o indicado para um cargo que, presume-se, seria eliminado na sua arquitetura administrativa. O caso de Renan não terá passado por tais sobrevoos de simbologia política. O presidente do Senado faz notar seu inconformismo com a saída de seu afilhado, Vinicius Lages, do ministério que Alves agora veio ocupar. O Planalto procurou oferecer uma compensação a Renan. Sim, mas como aceitar troca sem bônus, sem suplemento de prestígio? Interveio no universo de Renan o argumento de Cunha, de bom tom nestes tempos de austeridade. Devendo haver redução de postos na máquina, Lages será recolhido ao gabinete do presidente do Senado. Fecha-se a cara, suspende-se a barganha; o momento exige recusas. Mas nem tanto. Desde dezembro passado, uma lista com várias sugestões de nomes tinha sido elaborada por Renan Calheiros, e o Executivo tardava em atendê-lo. Mais um peemedebista entra em cena: o vice-presidente da República, Michel Temer, agora encarregado da "coordenação política" –eufemismo para a distribuição ordenada de cargos e vantagens, antes de tudo dentro do próprio PMDB. Outro nome nessa órbita partidária então se invoca –para a Agência Nacional de Transportes Terrestres, confirma-se Jorge Bastos. Outros membros do grupo de Renan já se aprestam para lugares abertos ou por definir. Entre pressões e prêmios, barganhas e petições de princípio, tudo se explica. Ausentar-se de uma cerimônia de posse não significa muito, pois há tantas por vir –ainda que, por respeito às aparências, o apadrinhamento fique melhor se conduzido com máxima discrição. | opiniao | Editorial: Artes da discriçãoA não ser para os mais ávidos por informação, mereceria pouco destaque o relativo mal-estar registrado em Brasília na última quinta-feira (16). Percebe-se, entretanto, mesmo num pequeno desencontro, de que modo a disfunção geral da política brasileira ganha patamares novos de hipocrisia. O cenário foi o Palácio do Planalto. A ocasião, a posse do novo ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB). Os principais personagens, ambos ausentes, atendem por Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados. Pertencendo ao mesmo partido do novo ministro, Renan e Cunha não compareceram à cerimônia; situação desconfortável, mas sem maior relevância. Examinem-se os motivos do "forfait" peemedebista, porém, e o caso começa a ficar mais interessante. Cunha, autor de projeto restringindo a 20 o número de pastas –hoje 38 se apinham em torno da Presidência–, teria achado melhor não felicitar o indicado para um cargo que, presume-se, seria eliminado na sua arquitetura administrativa. O caso de Renan não terá passado por tais sobrevoos de simbologia política. O presidente do Senado faz notar seu inconformismo com a saída de seu afilhado, Vinicius Lages, do ministério que Alves agora veio ocupar. O Planalto procurou oferecer uma compensação a Renan. Sim, mas como aceitar troca sem bônus, sem suplemento de prestígio? Interveio no universo de Renan o argumento de Cunha, de bom tom nestes tempos de austeridade. Devendo haver redução de postos na máquina, Lages será recolhido ao gabinete do presidente do Senado. Fecha-se a cara, suspende-se a barganha; o momento exige recusas. Mas nem tanto. Desde dezembro passado, uma lista com várias sugestões de nomes tinha sido elaborada por Renan Calheiros, e o Executivo tardava em atendê-lo. Mais um peemedebista entra em cena: o vice-presidente da República, Michel Temer, agora encarregado da "coordenação política" –eufemismo para a distribuição ordenada de cargos e vantagens, antes de tudo dentro do próprio PMDB. Outro nome nessa órbita partidária então se invoca –para a Agência Nacional de Transportes Terrestres, confirma-se Jorge Bastos. Outros membros do grupo de Renan já se aprestam para lugares abertos ou por definir. Entre pressões e prêmios, barganhas e petições de princípio, tudo se explica. Ausentar-se de uma cerimônia de posse não significa muito, pois há tantas por vir –ainda que, por respeito às aparências, o apadrinhamento fique melhor se conduzido com máxima discrição. | 14 |
Corinthians apresenta novo patrocínio e projeta R$ 100 milhões com camisa | O Corinthians apresentou nesta sexta-feira (24) a Foxlux como sua nova patrocinadora. A empresa de materiais elétricos e ferramentas, estampará a barra de trás da camisa. O valor do acordo, válido por um ano, não foi divulgado. Segundo o diretor de marketing corintiano, Fernando Salles, a expectativa é que todos os patrocínios ao final do ano atinja os R$ 100 milhões. Além da Foxlux, o Corinthians já conta com a Caixa, Alcatel e a Minds. Só o banco estatal, patrocínio master, paga ao clube R$ 30 milhões de reais. Salles, no entanto, leva em consideração a Nike, fornecedora de material esportivo. A empresa paga R$ 30 milhões anuais. "Não sei onde saiu (na imprensa) que é R$ 64 milhões o valor da camisa. Com os contratos que temos e mais a Nike, é muito mais que isso. Com certeza vamos chegar a R$ 100 milhões neste ano. Quando chegarmos, vamos avisar vocês [jornalistas]", projetou o dirigente. A nova parceira corintiana foi fundada há 20 anos e já patrocina o Paraná Clube. A empresa prevê expansão no mercado do futebol neste ano. A marca deve estrear no próximo domingo, quando o Corinthians encara o São Paulo, no Morumbi, em jogo válido pelo Campeonato Paulista. | esporte | Corinthians apresenta novo patrocínio e projeta R$ 100 milhões com camisaO Corinthians apresentou nesta sexta-feira (24) a Foxlux como sua nova patrocinadora. A empresa de materiais elétricos e ferramentas, estampará a barra de trás da camisa. O valor do acordo, válido por um ano, não foi divulgado. Segundo o diretor de marketing corintiano, Fernando Salles, a expectativa é que todos os patrocínios ao final do ano atinja os R$ 100 milhões. Além da Foxlux, o Corinthians já conta com a Caixa, Alcatel e a Minds. Só o banco estatal, patrocínio master, paga ao clube R$ 30 milhões de reais. Salles, no entanto, leva em consideração a Nike, fornecedora de material esportivo. A empresa paga R$ 30 milhões anuais. "Não sei onde saiu (na imprensa) que é R$ 64 milhões o valor da camisa. Com os contratos que temos e mais a Nike, é muito mais que isso. Com certeza vamos chegar a R$ 100 milhões neste ano. Quando chegarmos, vamos avisar vocês [jornalistas]", projetou o dirigente. A nova parceira corintiana foi fundada há 20 anos e já patrocina o Paraná Clube. A empresa prevê expansão no mercado do futebol neste ano. A marca deve estrear no próximo domingo, quando o Corinthians encara o São Paulo, no Morumbi, em jogo válido pelo Campeonato Paulista. | 4 |
'Não é por que eu estou pelada que eu não mereço respeito', diz Cleo Pires | 'Não é por que eu estou pelada que eu não mereço respeito', afirma Cleo Pires, 33. Ela refere-se à campanha de conscientização contra a cultura do estupro da qual participa."Essa mentalidade de culpar a vítima me irrita", diz a atriz.Acostumada a ouvir elogios, Cleo diz ficar constrangida na maioria das vezes, "mas o ego vai lá em cima", confessa.Convidada desta edição do "Pensando Alto", programa da "TV Folha" que traz conversas com artistas e personalidades sobre a subjetividade do dia a dia, ela conta que é desorganizada e que aprendeu a ser "mais egoísta".Brincalhona, Cléo afirma que seu "medo superficial do momento" é fracassar no Snapchat. | tv | 'Não é por que eu estou pelada que eu não mereço respeito', diz Cleo Pires'Não é por que eu estou pelada que eu não mereço respeito', afirma Cleo Pires, 33. Ela refere-se à campanha de conscientização contra a cultura do estupro da qual participa."Essa mentalidade de culpar a vítima me irrita", diz a atriz.Acostumada a ouvir elogios, Cleo diz ficar constrangida na maioria das vezes, "mas o ego vai lá em cima", confessa.Convidada desta edição do "Pensando Alto", programa da "TV Folha" que traz conversas com artistas e personalidades sobre a subjetividade do dia a dia, ela conta que é desorganizada e que aprendeu a ser "mais egoísta".Brincalhona, Cléo afirma que seu "medo superficial do momento" é fracassar no Snapchat. | 12 |
Ueba! 50 Tias de Cinza! | Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! O Brasil tá um saco, tudo termina em PT X PSDB!. Piada Pronta: "Mulher é presa por se masturbar durante sessão de "Cinquenta Tons de Cinza". Mas essa prisão é uma incoerência. Só porque ela estava interagindo com o filme? Rarará! E essa do Recife: "Mulher flagrou o marido com a amante em sessão de 'Cinquenta Tons de Cinza'". A realidade supera a ficção! O filme é chocho, mas a plateia pega fogo! E "Cinquenta Tons de Cinza" é o asfalto da minha rua! Você entra na rua e tem 50 tons de cinza, no mínimo. E atenção! Boa notícia: diz que vai ter uma sessão especial de "Cinquenta Tons de Cinza" só para daltônicos. Rarará! E a tuiteira samara7days sugere 50 Tons de Cinza coloridos por Romero Britto. Nããão! Isso é mais brochante que o filme. Um amigo meu roncou o filme inteiro. 50 Sons de Ronco. Rarará! E eu tenho uma foto de freirinhas todas de cinza com a legenda: 50 Tias de Cinza! Rarará! E atenção! Péssima Notícia: a Volta da Farra das Passagens! O Cunha liberou passagem aérea para as mulheres dos deputados. Pras CONSORTES! Como disse o tuiteiro Bob Jack: "O que vai fechar de puteiro em Brasília...". Rarará! É o Programa Pilhagem! Eles vão acumular pilhagens. E agora temos as classes econômica, executiva e LEGISLATIVA! Estão voando com o meu dinheiro. Tô voando sem sair do chão! Rarará! E classe econômica é aquela que você viaja com o joelho na boca e comendo barrinha na vertical porque não dá pra abrir os braços. E eu tenho uma amiga tão esnobe que chama classe econômica de "lá embaixo". "Ah, vocês vão viajar lá embaixo?" Rarará! E o deputado falando pra mulher: "Mas, querida, o dinheiro é do povo, sua mãe vai na próxima". A sogra é sempre na próxima! Rarará! É mole? É mole mas sobe! E o tombo da Madonna? Pelo menos caiu no Brit Awards! Uma amiga quebrou o cóccix na escada da boate Vegas aqui em São Paulo. E nem por isso deixou de ser rainha! Rarará! E eu já cai numa instalação do Itaú Cultural. Que tinha água! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno! | colunas | Ueba! 50 Tias de Cinza!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! O Brasil tá um saco, tudo termina em PT X PSDB!. Piada Pronta: "Mulher é presa por se masturbar durante sessão de "Cinquenta Tons de Cinza". Mas essa prisão é uma incoerência. Só porque ela estava interagindo com o filme? Rarará! E essa do Recife: "Mulher flagrou o marido com a amante em sessão de 'Cinquenta Tons de Cinza'". A realidade supera a ficção! O filme é chocho, mas a plateia pega fogo! E "Cinquenta Tons de Cinza" é o asfalto da minha rua! Você entra na rua e tem 50 tons de cinza, no mínimo. E atenção! Boa notícia: diz que vai ter uma sessão especial de "Cinquenta Tons de Cinza" só para daltônicos. Rarará! E a tuiteira samara7days sugere 50 Tons de Cinza coloridos por Romero Britto. Nããão! Isso é mais brochante que o filme. Um amigo meu roncou o filme inteiro. 50 Sons de Ronco. Rarará! E eu tenho uma foto de freirinhas todas de cinza com a legenda: 50 Tias de Cinza! Rarará! E atenção! Péssima Notícia: a Volta da Farra das Passagens! O Cunha liberou passagem aérea para as mulheres dos deputados. Pras CONSORTES! Como disse o tuiteiro Bob Jack: "O que vai fechar de puteiro em Brasília...". Rarará! É o Programa Pilhagem! Eles vão acumular pilhagens. E agora temos as classes econômica, executiva e LEGISLATIVA! Estão voando com o meu dinheiro. Tô voando sem sair do chão! Rarará! E classe econômica é aquela que você viaja com o joelho na boca e comendo barrinha na vertical porque não dá pra abrir os braços. E eu tenho uma amiga tão esnobe que chama classe econômica de "lá embaixo". "Ah, vocês vão viajar lá embaixo?" Rarará! E o deputado falando pra mulher: "Mas, querida, o dinheiro é do povo, sua mãe vai na próxima". A sogra é sempre na próxima! Rarará! É mole? É mole mas sobe! E o tombo da Madonna? Pelo menos caiu no Brit Awards! Uma amiga quebrou o cóccix na escada da boate Vegas aqui em São Paulo. E nem por isso deixou de ser rainha! Rarará! E eu já cai numa instalação do Itaú Cultural. Que tinha água! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno! | 10 |
Itália resgata mais de 800 migrantes e recupera 12 corpos no mar em um dia | A Itália resgatou 823 migrantes na quinta-feira (9) em oito operações de salvamento e recuperou os corpos de 12 pessoas no mar, anunciou a Guarda Costeira nesta sexta-feira (10). Em uma das operações, o navio Dattilo avistou "um bote pneumático que começava a afundar e conseguiu resgatar 106 migrantes, além de ter recuperado 12 corpos sem vida", afirma um comunicado oficial. Mais de 70.000 migrantes chegaram às costas italianas desde o início do ano, um recorde que supera o de 2014, quando o primeiro semestre registrou 64.000 chegadas. Alemanha e França anunciaram na quinta-feira que receberão quase um terço dos 60.000 migrantes a que a União Europeia prevê conceder asilo, com o objetivo de ajudar Itália e Grécia, os dois países que estão na linha de frente da onda migratória. | mundo | Itália resgata mais de 800 migrantes e recupera 12 corpos no mar em um diaA Itália resgatou 823 migrantes na quinta-feira (9) em oito operações de salvamento e recuperou os corpos de 12 pessoas no mar, anunciou a Guarda Costeira nesta sexta-feira (10). Em uma das operações, o navio Dattilo avistou "um bote pneumático que começava a afundar e conseguiu resgatar 106 migrantes, além de ter recuperado 12 corpos sem vida", afirma um comunicado oficial. Mais de 70.000 migrantes chegaram às costas italianas desde o início do ano, um recorde que supera o de 2014, quando o primeiro semestre registrou 64.000 chegadas. Alemanha e França anunciaram na quinta-feira que receberão quase um terço dos 60.000 migrantes a que a União Europeia prevê conceder asilo, com o objetivo de ajudar Itália e Grécia, os dois países que estão na linha de frente da onda migratória. | 3 |
Suíça identifica 53 transações suspeitas sobre Copas de 2018 e 2022 | O Ministério Público da Suíça anunciou nesta quarta-feira (17) que identificou 53 movimentações bancárias suspeitas em relação às investigações sobre as Copas do Mundo de 2018 e 2022. As informações foram obtidas, segundo a procuradoria, com base em 104 transações fornecidas por bancos em parceria com serviços de combate à lavagem de dinheiro no país. O procurador-geral suíço, Michael Lauber, fez um pronunciamento sobre a ação criminal aberta no dia 10 de março em relação à suspeita de compra de votos no processo de escolha das candidaturas das Copas de 2018 (Rússia) e 2022 (Qatar). Assim como o órgão havia informado anteriormente, ele destacou que não descarta ouvir o presidente da Fifa, Joseph Blatter, assim como o secretário-geral da entidade, Jérome Valcke. "Haverá entrevista formal com todas as pessoas relevantes. Por definição, isso não exclui entrevistar o presidente da Fifa e [ou] seu secretário-geral", afirmou o procurador. No comunicado, ele evitou dar mais detalhes da investigação e ressaltou que, por enquanto, não há qualquer relação com o procedimento aberto pelas autoridades americanas e que levou à prisão de sete dirigentes da Fifa no mês passado em Zurique, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin. Lauber disse que a Suíça não compartilhará automaticamente informações com os Estados Unidos. A investigação, informou a procuradoria, tem sido baseada no relatório de 350 páginas do promotor americano Michael Garcia, que apurou o caso para a própria Fifa até o ano passado, além de dados fornecidos pelos serviços de inteligência financeira da Suíça. "Nossa investigação é de grande complexidade e muito substancial", afirmou o procurador. Segundo ele, as investigações envolvem nove terabytes de arquivos coletados, parte deles na própria sede da Fifa no dia 27 de maio. Lauber ressaltou a necessidade de manter em sigilo as investigações e pediu "paciência". O promotor Michael Garcia deixou o Comitê de Ética da entidade por discordar da postura de não tornar público o seu documento. No relatório, Garcia aponta irregularidades no processo eleitoral de escolha das sedes da Copa. Entre os investigados estão os membros do Comitê Executivo da Fifa na época da eleição, em 2010, como o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira. A investigação conduzida por Garcia levantou suspeitas, por exemplo, sobre o amistoso entre Brasil e Argentina realizado em novembro de 2010 no Qatar e que teria servido como uma forma de repasse de US$ 2 milhões para a AFA (Associação Argentina de Futebol). A partida foi realizada duas semanas antes de o país árabe ser eleito como sede da Copa. Assim como Teixeira, o então presidente da AFA Julio Grondona admitiu ter votado a favor do Qatar. No fim de 2014, o comitê de ética da Fifa citou o amistoso num relatório sobre as denúncias de corrupção na escolha das sedes. O documento diz que a partida serviu para o repasse de dinheiro para a AFA, mas absolve a candidatura Qatar-2022 de ter usado essa transação para comprar voto. No dia 12 de junho, a imprensa da Suíça revelou que a procuradoria também coletou informações na empresa de marketing esportivo Kentaro, ligada à organização da partida. TEIXEIRA Segundo a revista americana World Soccer, autoridades brasileiras descobriram evidências que ligariam Ricardo Teixeira a pagamentos feitos por empresas do Qatar que se beneficiariam da escolha do país como sede da Copa. Um indiciamento contra o ex-dirigente da CBF revelou que Teixeira tinha uma conta bancária secreta em Mônaco com € 30 milhões (mais de R$ 105 milhões, no câmbio atual), diz a revista. Conforme revelou a Folha, um relógio de ouro foi o presente oferecido pelo então emir do Qatar Hamad bin Khalifa Al Thani a cada um dos dirigentes sul-americanos ao fecharem o apoio do continente à candidatura do país árabe para sediar a Copa de 2022. A luxuosa peça foi entregue no dia 19 de janeiro de 2010, num almoço na sede do Itanhangá Golf Club, no Rio, organizado por Ricardo Teixeira, então presidente da CBF e cabo eleitoral da candidatura qatariana. Os indiciados | esporte | Suíça identifica 53 transações suspeitas sobre Copas de 2018 e 2022O Ministério Público da Suíça anunciou nesta quarta-feira (17) que identificou 53 movimentações bancárias suspeitas em relação às investigações sobre as Copas do Mundo de 2018 e 2022. As informações foram obtidas, segundo a procuradoria, com base em 104 transações fornecidas por bancos em parceria com serviços de combate à lavagem de dinheiro no país. O procurador-geral suíço, Michael Lauber, fez um pronunciamento sobre a ação criminal aberta no dia 10 de março em relação à suspeita de compra de votos no processo de escolha das candidaturas das Copas de 2018 (Rússia) e 2022 (Qatar). Assim como o órgão havia informado anteriormente, ele destacou que não descarta ouvir o presidente da Fifa, Joseph Blatter, assim como o secretário-geral da entidade, Jérome Valcke. "Haverá entrevista formal com todas as pessoas relevantes. Por definição, isso não exclui entrevistar o presidente da Fifa e [ou] seu secretário-geral", afirmou o procurador. No comunicado, ele evitou dar mais detalhes da investigação e ressaltou que, por enquanto, não há qualquer relação com o procedimento aberto pelas autoridades americanas e que levou à prisão de sete dirigentes da Fifa no mês passado em Zurique, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin. Lauber disse que a Suíça não compartilhará automaticamente informações com os Estados Unidos. A investigação, informou a procuradoria, tem sido baseada no relatório de 350 páginas do promotor americano Michael Garcia, que apurou o caso para a própria Fifa até o ano passado, além de dados fornecidos pelos serviços de inteligência financeira da Suíça. "Nossa investigação é de grande complexidade e muito substancial", afirmou o procurador. Segundo ele, as investigações envolvem nove terabytes de arquivos coletados, parte deles na própria sede da Fifa no dia 27 de maio. Lauber ressaltou a necessidade de manter em sigilo as investigações e pediu "paciência". O promotor Michael Garcia deixou o Comitê de Ética da entidade por discordar da postura de não tornar público o seu documento. No relatório, Garcia aponta irregularidades no processo eleitoral de escolha das sedes da Copa. Entre os investigados estão os membros do Comitê Executivo da Fifa na época da eleição, em 2010, como o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira. A investigação conduzida por Garcia levantou suspeitas, por exemplo, sobre o amistoso entre Brasil e Argentina realizado em novembro de 2010 no Qatar e que teria servido como uma forma de repasse de US$ 2 milhões para a AFA (Associação Argentina de Futebol). A partida foi realizada duas semanas antes de o país árabe ser eleito como sede da Copa. Assim como Teixeira, o então presidente da AFA Julio Grondona admitiu ter votado a favor do Qatar. No fim de 2014, o comitê de ética da Fifa citou o amistoso num relatório sobre as denúncias de corrupção na escolha das sedes. O documento diz que a partida serviu para o repasse de dinheiro para a AFA, mas absolve a candidatura Qatar-2022 de ter usado essa transação para comprar voto. No dia 12 de junho, a imprensa da Suíça revelou que a procuradoria também coletou informações na empresa de marketing esportivo Kentaro, ligada à organização da partida. TEIXEIRA Segundo a revista americana World Soccer, autoridades brasileiras descobriram evidências que ligariam Ricardo Teixeira a pagamentos feitos por empresas do Qatar que se beneficiariam da escolha do país como sede da Copa. Um indiciamento contra o ex-dirigente da CBF revelou que Teixeira tinha uma conta bancária secreta em Mônaco com € 30 milhões (mais de R$ 105 milhões, no câmbio atual), diz a revista. Conforme revelou a Folha, um relógio de ouro foi o presente oferecido pelo então emir do Qatar Hamad bin Khalifa Al Thani a cada um dos dirigentes sul-americanos ao fecharem o apoio do continente à candidatura do país árabe para sediar a Copa de 2022. A luxuosa peça foi entregue no dia 19 de janeiro de 2010, num almoço na sede do Itanhangá Golf Club, no Rio, organizado por Ricardo Teixeira, então presidente da CBF e cabo eleitoral da candidatura qatariana. Os indiciados | 4 |
Bancos derrubam Bolsa, apesar de BC dos EUA indicar alta de juro em 2015 | O principal índice da Bolsa brasileira fechou esta quarta-feira (17) no vermelho, influenciado principalmente por ações de bancos, apesar de o Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) sinalizar que os juros naquele país deverão subir ainda neste ano, corroborando a expectativa da maioria dos analistas de mercado. A queda do Ibovespa foi de 0,84%, para 53.248 pontos. O volume financeiro foi de R$ 12,104 bilhões, inflado pelo vencimento de opções sobre índice futuro (quando chega ao fim o prazo de contratos que apostam na pontuação futura de índices). O Fed anunciou nesta quarta a manutenção do juro básico americano no patamar atual, entre zero e 0,25% ao ano. Projeções divulgadas pela autoridade monetária, porém, indicaram que 15 dos 17 integrantes acreditam que haverá pelo menos uma elevação na taxa em 2015, a primeira desde 2006. "O aumento de juros está dado. O mercado já sabe que haverá, seja mais cedo ou mais tarde. A maior preocupação, agora, é com a velocidade que isso vai acontecer. Ao que tudo indica, o Fed será bem cauteloso no aperto monetário, o que pode reduzir o efeito negativo sobre os mercados globais", disse Marcio Cardoso, sócio-diretor da corretora Easynvest. Uma alta do juro americano deixaria os títulos do Tesouro dos EUA –que são remunerados por essa taxa e considerados de baixíssimo risco– mais atraentes do que aplicações em emergentes como o Brasil, provocando uma saída de recursos dessas economias. Com isso, a Bolsa brasileira, que tem forte participação de estrangeiros, poderia sofrer novas baixas, enquanto a menor oferta de dólares tenderia a pressionar o dólar para cima. "O comunicado da decisão trouxe poucas alterações sobre a avaliação da conjuntura econômica e consolidou cenário de alta nos juros ainda este ano. (...) Aparentemente, o Fed vai conseguindo criar o clima para elevar a taxa de juros de modo lento e gradual, sem causar grandes traumas", disse José Francisco Gonçalves, da Fator Corretora, em relatório. Para Paulo Hermanny, estrategista macroeconômico da XP Securities, o Fed está ficando, "de alguma forma, menos preocupado" sobre a inflação nos EUA permanecer abaixo da meta de 2% ao ano. "Com projeções estáveis para a inflação, a recente melhora no mercado de trabalho [americano] deverá comprovar isso", disse em nota. Segundo Hermanny, o Fed deve dar início ao aperto monetário nos EUA em setembro deste ano, com uma elevação de 0,25 ponto percentual na Fed Funds Rate, taxa básica americana, que está em seu menor nível histórico, entre zero e 0,25% ao ano, desde o final de 2008. Após a primeira alta em setembro de 2015, o estrategista acredita que "devem ocorrer elevações pontuais de 0,25 ponto percentual em um encontro ou outro, até meados de 2016. Depois disso, o ritmo deve acelerar para uma média de elevação de 0,25 ponto percentual por reunião do Fed até chegar ao intervalo entre 3,50% e 3,75% ao ano na primeira metade de 2017." AÇÕES Os bancos, setor com maior peso dentro do Ibovespa, ajudaram a sustentar a perda do índice nesta quarta-feira. O Itaú Unibanco caiu 1,77%, para R$ 33,94, enquanto a ação preferencial do Bradesco, sem direito a voto, teve desvalorização de 2,08%, para R$ 27,72. O Banco do Brasil recuou 2,84%, para R$ 22,55. As ações da mineradora Vale e das siderúrgicas continuaram nesta sessão a sofrer diante da queda nos preços do minério de ferro na China. Na véspera, esses papéis já haviam caído pelo mesmo motivo. O país asiático é o principal destino das exportações da Vale, e a matéria-prima é um dos componentes do aço. O papel preferencial da Vale perdeu 1%, para R$ 16,85, enquanto a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) teve desvalorização de 2,24%, para R$ 5,67. A Gerdau cedeu 2,69%, para R$ 7,96, puxando para baixo a Metalúrgica Gerdau (-3,42%, a R$ 7,05). A ação preferencial da Usiminas mostrou recuo de 3,26%, para R$ 4,45. A Petrobras viu sua ação preferencial fechar em baixa de 1,20%, a R$ 13,19. O secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Almeida, disse que o governo federal é contra mudanças nas regras do pré-sal. Na véspera, o Senado aprovou requerimento de urgência para discutir a obrigatoriedade da estatal deter pelo menos 30% de participação nos campos do pré-sal. Em sentido oposto, as ações da TIM subiram 3,32%, a R$ 9,96, acompanhando a disparada das ações da controladora Telecom Italia na Bolsa de Milão, impulsionadas por rumores de que a Vivendi pode elevar sua fatia na empresa italiana para até 15%. CÂMBIO No mercado de câmbio, o dólar fechou esta quarta-feira em queda, refletindo a sinalização de que os juros nos EUA subirão em um ritmo mais modesto do que o anteriormente previsto, segundo operadores, o que pode aliviar a pressão sobre o câmbio no médio prazo. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve desvalorização de 0,40% sobre o real, cotado em R$ 3,093 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, recuou 1,22%, para R$ 3,058. Investidores continuaram monitorando também a postura do Banco Central brasileiro em relação às ofertas de swap cambial (operação que equivale à venda futura de dólares), após a autoridade monetária ter reduzido, na semana passada, a rolagem do lote de contratos que vence em julho. O BC rolou nesta quarta-feira 6.300 contratos de swap, em uma operação que movimentou US$ 307 milhões. Com Reuters | mercado | Bancos derrubam Bolsa, apesar de BC dos EUA indicar alta de juro em 2015O principal índice da Bolsa brasileira fechou esta quarta-feira (17) no vermelho, influenciado principalmente por ações de bancos, apesar de o Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) sinalizar que os juros naquele país deverão subir ainda neste ano, corroborando a expectativa da maioria dos analistas de mercado. A queda do Ibovespa foi de 0,84%, para 53.248 pontos. O volume financeiro foi de R$ 12,104 bilhões, inflado pelo vencimento de opções sobre índice futuro (quando chega ao fim o prazo de contratos que apostam na pontuação futura de índices). O Fed anunciou nesta quarta a manutenção do juro básico americano no patamar atual, entre zero e 0,25% ao ano. Projeções divulgadas pela autoridade monetária, porém, indicaram que 15 dos 17 integrantes acreditam que haverá pelo menos uma elevação na taxa em 2015, a primeira desde 2006. "O aumento de juros está dado. O mercado já sabe que haverá, seja mais cedo ou mais tarde. A maior preocupação, agora, é com a velocidade que isso vai acontecer. Ao que tudo indica, o Fed será bem cauteloso no aperto monetário, o que pode reduzir o efeito negativo sobre os mercados globais", disse Marcio Cardoso, sócio-diretor da corretora Easynvest. Uma alta do juro americano deixaria os títulos do Tesouro dos EUA –que são remunerados por essa taxa e considerados de baixíssimo risco– mais atraentes do que aplicações em emergentes como o Brasil, provocando uma saída de recursos dessas economias. Com isso, a Bolsa brasileira, que tem forte participação de estrangeiros, poderia sofrer novas baixas, enquanto a menor oferta de dólares tenderia a pressionar o dólar para cima. "O comunicado da decisão trouxe poucas alterações sobre a avaliação da conjuntura econômica e consolidou cenário de alta nos juros ainda este ano. (...) Aparentemente, o Fed vai conseguindo criar o clima para elevar a taxa de juros de modo lento e gradual, sem causar grandes traumas", disse José Francisco Gonçalves, da Fator Corretora, em relatório. Para Paulo Hermanny, estrategista macroeconômico da XP Securities, o Fed está ficando, "de alguma forma, menos preocupado" sobre a inflação nos EUA permanecer abaixo da meta de 2% ao ano. "Com projeções estáveis para a inflação, a recente melhora no mercado de trabalho [americano] deverá comprovar isso", disse em nota. Segundo Hermanny, o Fed deve dar início ao aperto monetário nos EUA em setembro deste ano, com uma elevação de 0,25 ponto percentual na Fed Funds Rate, taxa básica americana, que está em seu menor nível histórico, entre zero e 0,25% ao ano, desde o final de 2008. Após a primeira alta em setembro de 2015, o estrategista acredita que "devem ocorrer elevações pontuais de 0,25 ponto percentual em um encontro ou outro, até meados de 2016. Depois disso, o ritmo deve acelerar para uma média de elevação de 0,25 ponto percentual por reunião do Fed até chegar ao intervalo entre 3,50% e 3,75% ao ano na primeira metade de 2017." AÇÕES Os bancos, setor com maior peso dentro do Ibovespa, ajudaram a sustentar a perda do índice nesta quarta-feira. O Itaú Unibanco caiu 1,77%, para R$ 33,94, enquanto a ação preferencial do Bradesco, sem direito a voto, teve desvalorização de 2,08%, para R$ 27,72. O Banco do Brasil recuou 2,84%, para R$ 22,55. As ações da mineradora Vale e das siderúrgicas continuaram nesta sessão a sofrer diante da queda nos preços do minério de ferro na China. Na véspera, esses papéis já haviam caído pelo mesmo motivo. O país asiático é o principal destino das exportações da Vale, e a matéria-prima é um dos componentes do aço. O papel preferencial da Vale perdeu 1%, para R$ 16,85, enquanto a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) teve desvalorização de 2,24%, para R$ 5,67. A Gerdau cedeu 2,69%, para R$ 7,96, puxando para baixo a Metalúrgica Gerdau (-3,42%, a R$ 7,05). A ação preferencial da Usiminas mostrou recuo de 3,26%, para R$ 4,45. A Petrobras viu sua ação preferencial fechar em baixa de 1,20%, a R$ 13,19. O secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Almeida, disse que o governo federal é contra mudanças nas regras do pré-sal. Na véspera, o Senado aprovou requerimento de urgência para discutir a obrigatoriedade da estatal deter pelo menos 30% de participação nos campos do pré-sal. Em sentido oposto, as ações da TIM subiram 3,32%, a R$ 9,96, acompanhando a disparada das ações da controladora Telecom Italia na Bolsa de Milão, impulsionadas por rumores de que a Vivendi pode elevar sua fatia na empresa italiana para até 15%. CÂMBIO No mercado de câmbio, o dólar fechou esta quarta-feira em queda, refletindo a sinalização de que os juros nos EUA subirão em um ritmo mais modesto do que o anteriormente previsto, segundo operadores, o que pode aliviar a pressão sobre o câmbio no médio prazo. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve desvalorização de 0,40% sobre o real, cotado em R$ 3,093 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, recuou 1,22%, para R$ 3,058. Investidores continuaram monitorando também a postura do Banco Central brasileiro em relação às ofertas de swap cambial (operação que equivale à venda futura de dólares), após a autoridade monetária ter reduzido, na semana passada, a rolagem do lote de contratos que vence em julho. O BC rolou nesta quarta-feira 6.300 contratos de swap, em uma operação que movimentou US$ 307 milhões. Com Reuters | 2 |
Eurico Miranda é denunciado pelo STJD por críticas à CBF e à arbitragem | Nesta segunda-feira (19), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) denunciou Eurico Miranda, presidente do Vasco, por suas declarações após o empate de seu time com a Chapecoense na quinta-feira (15). O árbitro marcou um pênalti contra o Vasco a poucos minutos do fim do jogo, e da cobrança surgiu o empate da equipe catarinense. "O que aconteceu hoje foi um escândalo. Marcou um pênalti que a bola bate na barriga. Ele levou muito tempo para marcar, porque alguém mandou ele marcar. Alguém mandou por esses aparelhos de comunicação que eles usam. Deve ser o ponto eletrônico. Árbitro quando marca com convicção aponta para a marca de imediato. É só ver a sequência. Primeiro, não foi pênalti. Aí ficou caracterizado a má intenção dele e desse ponto eletrônico, que não funcionou da mesma maneira no lance do outro lado. O cara deu uma raquetada dentro da área e aquilo não foi pênalti? Dizer que não viu? Viu. E não marcou", declarou Eurico em coletiva após o jogo. Eurico argumentou que os clubes de Santa Catarina estão sendo beneficiados no Brasileiro por influência de Delfim Pádua Peixoto Filho, presidente da Federação Catarinense de Futebol. "Alerto para uma situação que demonstra claramente a culpa da comissão de arbitragem e de quem tem poder sobre ela, que é a própria CBF. Tem jogo político muito forte. O presidente da CBF está para sair. Não saiu ainda porque tem um opositor. Esse opositor é o presidente da Federação Catarinense de Futebol, que tem quatro clubes envolvidos [na luta contra o rebaixamento] e claramente está mostrando qual a sua posição", disse. "É evidente que tem interferência direta na arbitragem. Muita gente fala: 'ah, compraram o árbitro'. Não é nada disso. O árbitro vai para partida e recebe comunicados antes. Esse presidente da Federação Catarinense, com a maior tranquilidade, vai ao vestiário dos árbitros, coisa que, em tese, é proibida. O que ele vai dizer? Para apitar bem ou que em breve ele estará na CBF. Diz que o árbitro com ele vai chegar a ser aspirante à Fifa. Isso é o principal que pode se oferecer ao árbitro", acrescentou. "Não vai ser só a Justiça Comum, nem vai ser a Justiça Desportiva. Vai ser declaração de guerra sem quartel. Esse sr. Marco Polo Del Nero vai ver o que vai acontecer por parte do Vasco se essas providências não forem tomadas. Não jogo conversa fora. Será guerra sem quartel", completou o dirigente no dia seguinte. Na visão da procuradoria do STJD, Eurico desrespeitou a equipe de arbitragem e incitou a violência dos torcedores (por declarar guerra à CBF). Por isso, ele pode receber multa de até R$ 100 mil e suspensão de até três anos do futebol. | esporte | Eurico Miranda é denunciado pelo STJD por críticas à CBF e à arbitragemNesta segunda-feira (19), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) denunciou Eurico Miranda, presidente do Vasco, por suas declarações após o empate de seu time com a Chapecoense na quinta-feira (15). O árbitro marcou um pênalti contra o Vasco a poucos minutos do fim do jogo, e da cobrança surgiu o empate da equipe catarinense. "O que aconteceu hoje foi um escândalo. Marcou um pênalti que a bola bate na barriga. Ele levou muito tempo para marcar, porque alguém mandou ele marcar. Alguém mandou por esses aparelhos de comunicação que eles usam. Deve ser o ponto eletrônico. Árbitro quando marca com convicção aponta para a marca de imediato. É só ver a sequência. Primeiro, não foi pênalti. Aí ficou caracterizado a má intenção dele e desse ponto eletrônico, que não funcionou da mesma maneira no lance do outro lado. O cara deu uma raquetada dentro da área e aquilo não foi pênalti? Dizer que não viu? Viu. E não marcou", declarou Eurico em coletiva após o jogo. Eurico argumentou que os clubes de Santa Catarina estão sendo beneficiados no Brasileiro por influência de Delfim Pádua Peixoto Filho, presidente da Federação Catarinense de Futebol. "Alerto para uma situação que demonstra claramente a culpa da comissão de arbitragem e de quem tem poder sobre ela, que é a própria CBF. Tem jogo político muito forte. O presidente da CBF está para sair. Não saiu ainda porque tem um opositor. Esse opositor é o presidente da Federação Catarinense de Futebol, que tem quatro clubes envolvidos [na luta contra o rebaixamento] e claramente está mostrando qual a sua posição", disse. "É evidente que tem interferência direta na arbitragem. Muita gente fala: 'ah, compraram o árbitro'. Não é nada disso. O árbitro vai para partida e recebe comunicados antes. Esse presidente da Federação Catarinense, com a maior tranquilidade, vai ao vestiário dos árbitros, coisa que, em tese, é proibida. O que ele vai dizer? Para apitar bem ou que em breve ele estará na CBF. Diz que o árbitro com ele vai chegar a ser aspirante à Fifa. Isso é o principal que pode se oferecer ao árbitro", acrescentou. "Não vai ser só a Justiça Comum, nem vai ser a Justiça Desportiva. Vai ser declaração de guerra sem quartel. Esse sr. Marco Polo Del Nero vai ver o que vai acontecer por parte do Vasco se essas providências não forem tomadas. Não jogo conversa fora. Será guerra sem quartel", completou o dirigente no dia seguinte. Na visão da procuradoria do STJD, Eurico desrespeitou a equipe de arbitragem e incitou a violência dos torcedores (por declarar guerra à CBF). Por isso, ele pode receber multa de até R$ 100 mil e suspensão de até três anos do futebol. | 4 |
De olho nos leitores, Saraiva vende | LUIZA WOLF FABIANA SERAGUSA DE SÃO PAULO A livraria com maior faturamento do país não nasceu com o nome que hoje estampa as fachadas de suas 112 lojas em 17 Estados do Brasil e no Distrito Federal. Inaugurada em 1914 no largo do Ouvidor, no centro de São Paulo, só 52 anos depois a Livraria Acadêmica daria origem à Saraiva, eleita pela segunda vez a melhor da cidade pelos paulistanos das classes A e B, ouvidos pelo Datafolha. A empresa —que tem atualmente como livros mais vendidos "Dona Benta - Comer Bem - Edição Especial" (não ficção) e "Como Eu Era Antes de Você" (ficção)— foi ampliando, aos poucos, sua área de atuação. Itens referentes a papelaria, multimídia, música, filmes e periódicos, por exemplo, representaram 69% da receita no primeiro trimestre de 2016. "O que conquista o público é o acervo variado e a degustação de cafés dentro da loja", avalia o presidente, Jorge Saraiva Neto, de 32 anos, que é da quarta geração a cuidar do negócio da família. Ele se refere às unidades "megastore", que abrigam cafeterias e contemplam 15 das 35 filiais da Grande SP. "É preciso se reinventar sempre, oferecer novos serviços", diz o presidente, que enfatiza o cuidado da empresa com o atendimento ao cliente. A Saraiva se mantém firme: fechou 2015 com receita líquida de R$ 1,7 bilhão, ligeiramente abaixo de 2014, quando teve R$ 1,8 bilhão. A venda pelo site chega a 32% da receita do grupo. Sempre se atualizando, recentemente a Saraiva abriu uma unidade em Nova Iguaçu (RJ) com mobiliário moderno, conceito que será levado a outras lojas pelo país. * Para saber + * Jorge Saraiva Neto, presidente da Saraiva Os livros vendidos em e-book já superam a venda de livros impressos? A procura não é tão grande, mas, de fato, vem crescendo. Em março deste ano, vendemos R$ 1 milhão em e-books. Continuamos investindo, porque acreditamos que haverá uma migração e um crescimento a longo prazo no mercado brasileiro. Comparado ao tamanho do impresso, porém, o mercado digital ainda tem uma representatividade bem menor. + ERRAMOS: O conteúdo desta página foi alterado para refletir o abaixo | saopaulo | De olho nos leitores, Saraiva vende LUIZA WOLF FABIANA SERAGUSA DE SÃO PAULO A livraria com maior faturamento do país não nasceu com o nome que hoje estampa as fachadas de suas 112 lojas em 17 Estados do Brasil e no Distrito Federal. Inaugurada em 1914 no largo do Ouvidor, no centro de São Paulo, só 52 anos depois a Livraria Acadêmica daria origem à Saraiva, eleita pela segunda vez a melhor da cidade pelos paulistanos das classes A e B, ouvidos pelo Datafolha. A empresa —que tem atualmente como livros mais vendidos "Dona Benta - Comer Bem - Edição Especial" (não ficção) e "Como Eu Era Antes de Você" (ficção)— foi ampliando, aos poucos, sua área de atuação. Itens referentes a papelaria, multimídia, música, filmes e periódicos, por exemplo, representaram 69% da receita no primeiro trimestre de 2016. "O que conquista o público é o acervo variado e a degustação de cafés dentro da loja", avalia o presidente, Jorge Saraiva Neto, de 32 anos, que é da quarta geração a cuidar do negócio da família. Ele se refere às unidades "megastore", que abrigam cafeterias e contemplam 15 das 35 filiais da Grande SP. "É preciso se reinventar sempre, oferecer novos serviços", diz o presidente, que enfatiza o cuidado da empresa com o atendimento ao cliente. A Saraiva se mantém firme: fechou 2015 com receita líquida de R$ 1,7 bilhão, ligeiramente abaixo de 2014, quando teve R$ 1,8 bilhão. A venda pelo site chega a 32% da receita do grupo. Sempre se atualizando, recentemente a Saraiva abriu uma unidade em Nova Iguaçu (RJ) com mobiliário moderno, conceito que será levado a outras lojas pelo país. * Para saber + * Jorge Saraiva Neto, presidente da Saraiva Os livros vendidos em e-book já superam a venda de livros impressos? A procura não é tão grande, mas, de fato, vem crescendo. Em março deste ano, vendemos R$ 1 milhão em e-books. Continuamos investindo, porque acreditamos que haverá uma migração e um crescimento a longo prazo no mercado brasileiro. Comparado ao tamanho do impresso, porém, o mercado digital ainda tem uma representatividade bem menor. + ERRAMOS: O conteúdo desta página foi alterado para refletir o abaixo | 17 |
Governo consegue barrar avanço de proposta que reduz ministérios | Uma nova ofensiva do Planalto conseguiu barrar o avanço da proposta de emenda à Constituição que reduz a 20 o número de ministérios do governo federal na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Sua análise, que seria nesta quinta-feira (16), foi adiada para a próxima semana. A medida tem apoio de partidos da base aliada, principalmente do PMDB –que levantou a bandeira como forma de obrigar o governo da presidente Dilma Rousseff a adotar medidas de economia no próprio Executivo em um momento de ajuste fiscal. Ao longo da sessão, deputados petistas apresentaram instrumentos regimentais para postergar a análise da matéria. No início da sessão, tentaram adiar a votação, mas foram derrotados. A discussão foi retomada, e o plenário decidiu por iniciar a votação do tema. Como o PT voltou a apresentar requerimentos de adiamento da votação –o que foi apelidado pela oposição de "kit obstrução"–, o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) apresentou uma proposta de acordo para que a matéria seja votada na próxima quarta-feira (22). A condição foi a de que não haja obstrução por parte do PT e de alguns partidos da base. EDUARDO CUNHA A PEC, de autoria do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), limita o número de ministérios a 20, mas não fala quais serão cortados, nem quando. Apesar de patrocinar a ideia, o PMDB ocupa hoje 7 dos atuais 38 ministérios, além da vice-presidência, que agora tem as funções de articulação política. A redução do tamanho da Esplanada foi uma bandeira da oposição nas eleições de 2014. O principal argumento levantado pelos partidos da base aliada durante a discussão foi sobre a competência do Legislativo em definir uma questão estritamente vinculada ao Executivo. "A PEC se transformou em disputa política. Não é razoável que essa comissão enverede por esse caminho. Imagina como fica a oposição aqui que entra em um jogo desse, tendo que ficar do lado de um partido da base que tem ampla participação no governo?", questionou o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). Já a oposição e o PMDB argumentam que os atuais 38 ministérios são excessivos e geram gastos extras para o governo em um momento em que a União está promovendo ajustes para recuperar a economia. CRÍTICAS Ao longo da discussão, deputados, principalmente do PT, ironizaram o fato de o PMDB defender a redução em um momento em que ocupa sete pastas na Esplanada. "Uma maneira de reduzir ministérios seria não ocupá-los", disse o deputado Alessandro Molon (PT-RJ). Alguns petistas classificaram como revoltante a ofensiva peemedebista pela medida no mesmo dia em que o ex-deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) tomará posse como ministro do Turismo. Ele foi nomeado pela presidente Dilma Rousseff nesta quarta (15). "Não é uma medida razoável do ponto de vista político para quem quer trabalhar pelo ajuste fiscal. Vamos abrir o jogo entre nós. Quem tira? Quem cede? Porque quem pede, deveria se colocar à disposição. Todo mundo poderia ceder em 50%", afirmou Guimarães. Caso a proposta seja aprovada na próxima semana, ela será analisada por uma comissão especial e, se for aprovada pelo colegiado, segue para análise do plenário da Casa. | poder | Governo consegue barrar avanço de proposta que reduz ministériosUma nova ofensiva do Planalto conseguiu barrar o avanço da proposta de emenda à Constituição que reduz a 20 o número de ministérios do governo federal na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Sua análise, que seria nesta quinta-feira (16), foi adiada para a próxima semana. A medida tem apoio de partidos da base aliada, principalmente do PMDB –que levantou a bandeira como forma de obrigar o governo da presidente Dilma Rousseff a adotar medidas de economia no próprio Executivo em um momento de ajuste fiscal. Ao longo da sessão, deputados petistas apresentaram instrumentos regimentais para postergar a análise da matéria. No início da sessão, tentaram adiar a votação, mas foram derrotados. A discussão foi retomada, e o plenário decidiu por iniciar a votação do tema. Como o PT voltou a apresentar requerimentos de adiamento da votação –o que foi apelidado pela oposição de "kit obstrução"–, o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) apresentou uma proposta de acordo para que a matéria seja votada na próxima quarta-feira (22). A condição foi a de que não haja obstrução por parte do PT e de alguns partidos da base. EDUARDO CUNHA A PEC, de autoria do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), limita o número de ministérios a 20, mas não fala quais serão cortados, nem quando. Apesar de patrocinar a ideia, o PMDB ocupa hoje 7 dos atuais 38 ministérios, além da vice-presidência, que agora tem as funções de articulação política. A redução do tamanho da Esplanada foi uma bandeira da oposição nas eleições de 2014. O principal argumento levantado pelos partidos da base aliada durante a discussão foi sobre a competência do Legislativo em definir uma questão estritamente vinculada ao Executivo. "A PEC se transformou em disputa política. Não é razoável que essa comissão enverede por esse caminho. Imagina como fica a oposição aqui que entra em um jogo desse, tendo que ficar do lado de um partido da base que tem ampla participação no governo?", questionou o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). Já a oposição e o PMDB argumentam que os atuais 38 ministérios são excessivos e geram gastos extras para o governo em um momento em que a União está promovendo ajustes para recuperar a economia. CRÍTICAS Ao longo da discussão, deputados, principalmente do PT, ironizaram o fato de o PMDB defender a redução em um momento em que ocupa sete pastas na Esplanada. "Uma maneira de reduzir ministérios seria não ocupá-los", disse o deputado Alessandro Molon (PT-RJ). Alguns petistas classificaram como revoltante a ofensiva peemedebista pela medida no mesmo dia em que o ex-deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) tomará posse como ministro do Turismo. Ele foi nomeado pela presidente Dilma Rousseff nesta quarta (15). "Não é uma medida razoável do ponto de vista político para quem quer trabalhar pelo ajuste fiscal. Vamos abrir o jogo entre nós. Quem tira? Quem cede? Porque quem pede, deveria se colocar à disposição. Todo mundo poderia ceder em 50%", afirmou Guimarães. Caso a proposta seja aprovada na próxima semana, ela será analisada por uma comissão especial e, se for aprovada pelo colegiado, segue para análise do plenário da Casa. | 0 |
Senado polonês aprova reforma do Judiciário em meio a protestos | Apesar de protestos e ameaças da União Europeia, o Senado da Polônia aprovou lei polêmica que reduz o poder do Judiciário no país. O texto foi ratificado nesta sexta-feira (21) por 55 votos a favor, 23 contra e duas abstenções. Na quinta (20), o projeto havia sido aprovado pelo Parlamento polonês. A lei é denunciada pela oposição como um "golpe de Estado" e dá ao ministro da Justiça a autoridade de selecionar candidatos para o tribunal. De acordo com oposicionistas, a reforma é uma tentativa dos conservadores de controlar as cortes do país. Ao longo dos debates, que duraram cerca de 15 horas, milhares de pessoas protestaram contra o projeto em diversas cidades da Polônia. Após a votação, os manifestantes reunidos diante do Parlamento chamaram os senadores de "traidores" e a lei de "vergonha". Para entrar em vigor, a lei deve agora ser promulgada pelo presidente polonês, Andrzej Duda, membro do partido nacionalista e conservador Direito e Justiça (PiS). Tanto o Parlamento quanto o Senado também são controlados pelos conservadores no poder. De acordo com o PiS, a medida torna mais eficaz o sistema Judiciário e a luta contra a corrupção. Caso aprovada em definitivo, a Comissão Europeia ameaça a Polônia de sanções, como a suspensão da direito ao voto do país dentro da União Europeia. Na quarta, a entidade pediu a Varsóvia que suspendesse a reforma. Aliados da Polônia, os Estados Unidos também manifestaram sua preocupação com uma legislação "que parece limitar o poder judiciário e enfraquecer potencialmente o Estado de direito na Polônia". | mundo | Senado polonês aprova reforma do Judiciário em meio a protestosApesar de protestos e ameaças da União Europeia, o Senado da Polônia aprovou lei polêmica que reduz o poder do Judiciário no país. O texto foi ratificado nesta sexta-feira (21) por 55 votos a favor, 23 contra e duas abstenções. Na quinta (20), o projeto havia sido aprovado pelo Parlamento polonês. A lei é denunciada pela oposição como um "golpe de Estado" e dá ao ministro da Justiça a autoridade de selecionar candidatos para o tribunal. De acordo com oposicionistas, a reforma é uma tentativa dos conservadores de controlar as cortes do país. Ao longo dos debates, que duraram cerca de 15 horas, milhares de pessoas protestaram contra o projeto em diversas cidades da Polônia. Após a votação, os manifestantes reunidos diante do Parlamento chamaram os senadores de "traidores" e a lei de "vergonha". Para entrar em vigor, a lei deve agora ser promulgada pelo presidente polonês, Andrzej Duda, membro do partido nacionalista e conservador Direito e Justiça (PiS). Tanto o Parlamento quanto o Senado também são controlados pelos conservadores no poder. De acordo com o PiS, a medida torna mais eficaz o sistema Judiciário e a luta contra a corrupção. Caso aprovada em definitivo, a Comissão Europeia ameaça a Polônia de sanções, como a suspensão da direito ao voto do país dentro da União Europeia. Na quarta, a entidade pediu a Varsóvia que suspendesse a reforma. Aliados da Polônia, os Estados Unidos também manifestaram sua preocupação com uma legislação "que parece limitar o poder judiciário e enfraquecer potencialmente o Estado de direito na Polônia". | 3 |
Sombra, do caso Celso Daniel, morre em São Paulo | Morreu na manhã desta terça-feira (27), em São Paulo, o empresário Sergio Gomes da Silva, o Sombra, amigo e assessor do ex-prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel (PT), assassinado em janeiro de 2002 após ter sido sequestrado quando os dois estavam juntos em um carro. Silva estava internado em um hospital na zona leste da capital. Ele enfrentava um câncer havia cerca de dois anos. O advogado dele, Roberto Podval, confirmou à Folha a informação de sua morte. Próximo de Celso Daniel e com bom trânsito na Prefeitura de Santo André, Silva chegou a ser acusado pelo Ministério Público de envolvimento na morte do petista, como um dos mandantes do crime. Ele sempre negou. Suspeitava-se de que a morte tivesse relação com um esquema de pagamentos de propina a agentes públicos da cidade que teria, ainda, o envolvimento do empresário Ronan Maria Pinto –recentemente preso e depois solto na operação Lava Jato. Para a Polícia Civil, o ex-prefeito foi vítima de um crime comum (sem motivações políticas) –à época, seis homens foram presos e um adolescente, apreendido. Os adultos foram julgados e condenados em júri popular. No processo sobre a morte de Celso Daniel, Silva chegou a ficar preso preventivamente por sete meses e acabou solto por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal). Em novembro de 2015, Silva foi condenado em primeira instância por envolvimento no esquema de corrupção que teria funcionado no segundo mandato de Celso Daniel, a partir de 1997. A pena foi de 15 anos, 6 meses e 19 dias de prisão em regime fechado pelos crimes de concussão (exigência de cobrança indevida) e corrupção passiva. Ele recorria em liberdade. Podval, advogado de Silva, afirmou na ocasião que não havia provas de que ele tivesse contribuído com qualquer tipo de corrupção. | poder | Sombra, do caso Celso Daniel, morre em São PauloMorreu na manhã desta terça-feira (27), em São Paulo, o empresário Sergio Gomes da Silva, o Sombra, amigo e assessor do ex-prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel (PT), assassinado em janeiro de 2002 após ter sido sequestrado quando os dois estavam juntos em um carro. Silva estava internado em um hospital na zona leste da capital. Ele enfrentava um câncer havia cerca de dois anos. O advogado dele, Roberto Podval, confirmou à Folha a informação de sua morte. Próximo de Celso Daniel e com bom trânsito na Prefeitura de Santo André, Silva chegou a ser acusado pelo Ministério Público de envolvimento na morte do petista, como um dos mandantes do crime. Ele sempre negou. Suspeitava-se de que a morte tivesse relação com um esquema de pagamentos de propina a agentes públicos da cidade que teria, ainda, o envolvimento do empresário Ronan Maria Pinto –recentemente preso e depois solto na operação Lava Jato. Para a Polícia Civil, o ex-prefeito foi vítima de um crime comum (sem motivações políticas) –à época, seis homens foram presos e um adolescente, apreendido. Os adultos foram julgados e condenados em júri popular. No processo sobre a morte de Celso Daniel, Silva chegou a ficar preso preventivamente por sete meses e acabou solto por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal). Em novembro de 2015, Silva foi condenado em primeira instância por envolvimento no esquema de corrupção que teria funcionado no segundo mandato de Celso Daniel, a partir de 1997. A pena foi de 15 anos, 6 meses e 19 dias de prisão em regime fechado pelos crimes de concussão (exigência de cobrança indevida) e corrupção passiva. Ele recorria em liberdade. Podval, advogado de Silva, afirmou na ocasião que não havia provas de que ele tivesse contribuído com qualquer tipo de corrupção. | 0 |
Mega-Sena acumula e pode pagar R$ 45 milhões no próximo sábado | Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 1.746 da Mega-Sena, sorteadas nesta quarta-feira (30). O prêmio acumulou e a estimativa da Caixa Econômica Federal é de R$ 45 milhões, no próximo sorteio, que acontece no sábado (3). Os números sorteados, em Viçosa (MG), foram: 06 - 18 - 37- 40 - 41- 58. Apesar de nenhum apostador ter acertado todas as dezenas, 106 pessoas acertaram na quina e receberão R$ 36.347,41 cada. Outros 5.849 apostadores acertaram na quadra e levam para casa o prêmio de R$ 941,02 cada. | cotidiano | Mega-Sena acumula e pode pagar R$ 45 milhões no próximo sábadoNenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 1.746 da Mega-Sena, sorteadas nesta quarta-feira (30). O prêmio acumulou e a estimativa da Caixa Econômica Federal é de R$ 45 milhões, no próximo sorteio, que acontece no sábado (3). Os números sorteados, em Viçosa (MG), foram: 06 - 18 - 37- 40 - 41- 58. Apesar de nenhum apostador ter acertado todas as dezenas, 106 pessoas acertaram na quina e receberão R$ 36.347,41 cada. Outros 5.849 apostadores acertaram na quadra e levam para casa o prêmio de R$ 941,02 cada. | 6 |
Crise pode estimular negociações com a moeda digital no Brasil | A crise econômica também pode ajudar a expandir o uso do bitcoin no Brasil, dizem participantes do setor. De acordo com eles, com o aumento das incertezas e a forte desvalorização do real no último ano, a moeda digital pode ser um investimento rentável –e uma maneira de proteger seus rendimentos da inflação e da alta do dólar. "O real se desvalorizou cerca de 50% no último ano, e acreditamos que essa é uma ótima oportunidade para que as pessoas se envolvam com o bitcoin", diz Michael Dunworth, da start-up americana Snapcard. O Mercado Bitcoin, site que comercializa moedas digitais, aposta na divisa como forma de investimento em meio à turbulência. Segundo a empresa, o bitcoin se valorizou em 92% entre 1º de janeiro e 11 de dezembro deste ano –na semana passada, era negociado a R$ 1.909. "O Bitcoin foi o investimento com melhor rentabilidade no Brasil no ano de 2015", afirma texto divulgado pelo site. Criado em 2009 por um programador anônimo, o bitcoin é uma moeda digital sem vínculo com autoridades monetárias. É comprado em casas de câmbio especializadas. Sua vantagem é a transferência fácil, imediata e sem taxas para qualquer parte do mundo. A compra da moeda digital como forma de investimento, no entanto, deve ser vista com cautela. "Não é para se proteger [da crise]. As pessoas devem entender que o bitcoin é simplesmente uma forma de especulação, como um outro ativo", diz Michael Viriato, do Insper. "Ela está com uma volatilidade muito grande. Imagine se a moeda cai 50% em um mês e você comprou para ter dinheiro para fazer uma viagem para o exterior. Como moeda, o bitcoin não te trará tranquilidade." Economistas argumentam, também, que não há parâmetro para o preço pago pela moeda digital. O real, por exemplo, está vinculado ao desempenho da economia brasileira. Quando algo vai mal, ele perde valor. A cotação do bitcoin, no entanto, está ligada apenas à oferta e demanda pela divisa, algo que não pode ser previsto pelo desempenho de nenhum outro ativo ou economia, especificamente. "Na moeda de um país, existe um certo controle", diz Viriato. Já Rodrigo Batista, do Mercado Bitcoin, argumenta que o bitcoin é, sim, uma boa aplicação financeira, desde que os investidores estejam cientes de seus riscos. "É um investimento de risco alto. Comprar é como investir dinheiro numa start-up de pagamentos eletrônicos", afirma. | mercado | Crise pode estimular negociações com a moeda digital no BrasilA crise econômica também pode ajudar a expandir o uso do bitcoin no Brasil, dizem participantes do setor. De acordo com eles, com o aumento das incertezas e a forte desvalorização do real no último ano, a moeda digital pode ser um investimento rentável –e uma maneira de proteger seus rendimentos da inflação e da alta do dólar. "O real se desvalorizou cerca de 50% no último ano, e acreditamos que essa é uma ótima oportunidade para que as pessoas se envolvam com o bitcoin", diz Michael Dunworth, da start-up americana Snapcard. O Mercado Bitcoin, site que comercializa moedas digitais, aposta na divisa como forma de investimento em meio à turbulência. Segundo a empresa, o bitcoin se valorizou em 92% entre 1º de janeiro e 11 de dezembro deste ano –na semana passada, era negociado a R$ 1.909. "O Bitcoin foi o investimento com melhor rentabilidade no Brasil no ano de 2015", afirma texto divulgado pelo site. Criado em 2009 por um programador anônimo, o bitcoin é uma moeda digital sem vínculo com autoridades monetárias. É comprado em casas de câmbio especializadas. Sua vantagem é a transferência fácil, imediata e sem taxas para qualquer parte do mundo. A compra da moeda digital como forma de investimento, no entanto, deve ser vista com cautela. "Não é para se proteger [da crise]. As pessoas devem entender que o bitcoin é simplesmente uma forma de especulação, como um outro ativo", diz Michael Viriato, do Insper. "Ela está com uma volatilidade muito grande. Imagine se a moeda cai 50% em um mês e você comprou para ter dinheiro para fazer uma viagem para o exterior. Como moeda, o bitcoin não te trará tranquilidade." Economistas argumentam, também, que não há parâmetro para o preço pago pela moeda digital. O real, por exemplo, está vinculado ao desempenho da economia brasileira. Quando algo vai mal, ele perde valor. A cotação do bitcoin, no entanto, está ligada apenas à oferta e demanda pela divisa, algo que não pode ser previsto pelo desempenho de nenhum outro ativo ou economia, especificamente. "Na moeda de um país, existe um certo controle", diz Viriato. Já Rodrigo Batista, do Mercado Bitcoin, argumenta que o bitcoin é, sim, uma boa aplicação financeira, desde que os investidores estejam cientes de seus riscos. "É um investimento de risco alto. Comprar é como investir dinheiro numa start-up de pagamentos eletrônicos", afirma. | 2 |
Alckmin busca empresários para reerguer Museu da Língua Portuguesa | O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, se reuniu na segunda-feira (21) com empresários a fim de obter investimento para auxiliar na reconstrução do Museu da Língua Portuguesa. O prédio do museu, contíguo à estação da Luz, no centro da capital paulista, foi consumido por um incêndio em dezembro. Em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, o governo estadual procura obter apoio da iniciativa privada para criar uma "aliança solidária". A Secretaria da Cultura de SP informou que, no encontro, foi exposto o cenário a ser enfrentado para a reconstrução e restauro das áreas afetadas pelo incêndio e também contemplada uma nova concepção curatorial do museu. Alckmin afirma que foi feito um "estudo de modernização da parte museológica" e que também busca recursos por meio da Lei Rouanet. Segundo a Fundação Roberto Marinho, que concebeu o museu, a reunião foi um ponto de partida para que essas conversas com empresários evoluam. "A ideia é sensibilizar a iniciativa privada para investir na recuperação", afirma a fundação, por meio de sua assessoria. O Grupo Globo já se comprometeu a contribuir com R$ 10 milhões para a reconstrução da instituição. O valor da indenização do seguro ainda não foi definido, mas já se sabe que não será o suficiente para o total das obras, que ainda não tiveram início –foram tomadas apenas medidas emergenciais para preservação da infraestrutura do edifício e para a preparação das obras. Em entrevista à Folha, o diretor do Museu da Língua Portuguesa, Antonio Carlos Sartini, disse que espera reabrir o espaço até 2018. | cotidiano | Alckmin busca empresários para reerguer Museu da Língua PortuguesaO governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, se reuniu na segunda-feira (21) com empresários a fim de obter investimento para auxiliar na reconstrução do Museu da Língua Portuguesa. O prédio do museu, contíguo à estação da Luz, no centro da capital paulista, foi consumido por um incêndio em dezembro. Em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, o governo estadual procura obter apoio da iniciativa privada para criar uma "aliança solidária". A Secretaria da Cultura de SP informou que, no encontro, foi exposto o cenário a ser enfrentado para a reconstrução e restauro das áreas afetadas pelo incêndio e também contemplada uma nova concepção curatorial do museu. Alckmin afirma que foi feito um "estudo de modernização da parte museológica" e que também busca recursos por meio da Lei Rouanet. Segundo a Fundação Roberto Marinho, que concebeu o museu, a reunião foi um ponto de partida para que essas conversas com empresários evoluam. "A ideia é sensibilizar a iniciativa privada para investir na recuperação", afirma a fundação, por meio de sua assessoria. O Grupo Globo já se comprometeu a contribuir com R$ 10 milhões para a reconstrução da instituição. O valor da indenização do seguro ainda não foi definido, mas já se sabe que não será o suficiente para o total das obras, que ainda não tiveram início –foram tomadas apenas medidas emergenciais para preservação da infraestrutura do edifício e para a preparação das obras. Em entrevista à Folha, o diretor do Museu da Língua Portuguesa, Antonio Carlos Sartini, disse que espera reabrir o espaço até 2018. | 6 |
Chico Buarque anuncia turnê nacional do disco 'Caravanas' | O cantor Chico Buarque anunciou nas redes sociais que inicia em dezembro a turnê nacional do disco "Caravanas", lançado em agosto deste ano. "Caravanas" é o 23º álbum solo de estúdio do artista, o primeiro após seis anos do lançamento de "Chico", de 2011. A primeira apresentação será no dia 13 de dezembro no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. Depois, a turnê segue para temporada de três semanas no Rio de Janeiro, entre os dias 4 a 21 de janeiro de 2018, no Vivo Rio. Após o carnaval, "Caravanas" desembarca em São Paulo para quatro semanas de apresentações no Tom Brasil, de 1 a 11 de março e de 22 de março a 1 de abril. A turnê deve se estender ainda para outras capitais, que serão anunciadas em breve. As vendas para o show de Belo Horizonte começam na próxima quarta-feira (11) pelo site www.ingressorapido.com.br. Os ingressos para os shows no Rio de Janeiro estarão disponíveis a partir de 13 de outubro no site www.vivorio.com.br e, para São Paulo, em 18 de outubro nos sites www.grupotombrasil.com.br e www.ingressorapido.com.br. Os preços dos ingressos variam entre R$ 200 e R$ 490, com direito à meia-entrada. Confira o anúncio oficial: chico | ilustrada | Chico Buarque anuncia turnê nacional do disco 'Caravanas'O cantor Chico Buarque anunciou nas redes sociais que inicia em dezembro a turnê nacional do disco "Caravanas", lançado em agosto deste ano. "Caravanas" é o 23º álbum solo de estúdio do artista, o primeiro após seis anos do lançamento de "Chico", de 2011. A primeira apresentação será no dia 13 de dezembro no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. Depois, a turnê segue para temporada de três semanas no Rio de Janeiro, entre os dias 4 a 21 de janeiro de 2018, no Vivo Rio. Após o carnaval, "Caravanas" desembarca em São Paulo para quatro semanas de apresentações no Tom Brasil, de 1 a 11 de março e de 22 de março a 1 de abril. A turnê deve se estender ainda para outras capitais, que serão anunciadas em breve. As vendas para o show de Belo Horizonte começam na próxima quarta-feira (11) pelo site www.ingressorapido.com.br. Os ingressos para os shows no Rio de Janeiro estarão disponíveis a partir de 13 de outubro no site www.vivorio.com.br e, para São Paulo, em 18 de outubro nos sites www.grupotombrasil.com.br e www.ingressorapido.com.br. Os preços dos ingressos variam entre R$ 200 e R$ 490, com direito à meia-entrada. Confira o anúncio oficial: chico | 1 |
'Sou um cara de rompantes... Quem sabe?', diz Aécio sobre ir a ato dia 15 | Horas após divulgar em nota a decisão do PSDB de apoiar as manifestações do próximo dia 15, mas afirmar a jornalistas que não planeja ir ao ato, o senador Aécio Neves se definiu, no início da noite desta quarta-feira (11), como "um cara de rompantes". "Quem sabe eu não resisto na última hora", insinuou. A declaração foi dada durante entrevista na rádio JovemPan. O presidente nacional do PSDB disse que "golpista" é querer dizer sobre o que as pessoas podem ou não manifestar, Ele ainda fez um chamado àqueles que estão "com um nó na garganta", citando o sentimento de cansaço e os escândalos de corrupção. Para Aécio, o PT tem mania de achar que "o povo só pode se manifestar sobre os temas que ele considera adequados". "As pessoas que tiverem com esse sentimento [de indignação], com esse nó na garganta, devem ir sim para as ruas", disse Aécio. "Vão em paz", concluiu. Mapa dos protestos de março de 2015; Crédito Rubens Fernando/Editoria de arte/Folhapress IMPEACHMENT O senador voltou a dizer que "impeachment" não é palavra proibida. E salientou que, apesar de entender que o assunto não é agenda para o PSDB hoje, o desenrolar das investigações pode levar o partido a "discutir" o assunto. Aécio afirmou que existem dois componentes para dar base a um pedido de impedimento: um político e outro jurídico. O político, afirmou, vem crescendo a cada dia, com a manifesta insatisfação de uma parcela da sociedade. "O componente jurídico pode ser até que se configure com o andamento das investigações", avaliou, para afirmar em seguida que seu partido não vai, entretanto, "antecipar" essa situação. "Se essas condições se criarem, teremos que, com muita serenidade, discutir a questão", afirmou. O Solidariedade, partido do deputado Paulinho da Força (SP), vai lançar nesta quinta-feira (12) uma campanha pelo impeachment da presidente Dilma. É a primeira campanha oficial que um partido lança pelo impeachment. Paulinho é um dos mais ferrenhos adversários da presidente e comanda a Força Sindical, central de trabalhadores. DEM O DEM também se manifestou, nesta quarta (11), a favor das manifestações. Presidente do partido, o senador José Agripino Maia (RN) disse que os movimentos populares são "dignos pelo seu caráter pacífico", por isso merecem o respeito da sigla. "Não podemos, como partido ou militantes, deixar de aplaudir iniciativas que só orgulham a democracia brasileira", afirmou Agripino. Segundo o senador, os movimentos apartidários devem ser compreendidos como "manifestações refletidas da sociedade organizada". O partido não manifestou se é contrário ou a favor do impeachment de Dilma Rousseff, como fizeram os tucanos. SEXTA As centrais sindicais confirmaram nesta quarta que estão convocando manifestações para sexta-feira (13) em todo o país. O movimento será contra medidas provisórias que restringem o acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários. Os atos também serão a favor de outras pautas trabalhistas, pela reforma política e em defesa da Petrobras. Representantes de seis centrais sindicais estiveram em Brasília para tratar da negociação em torno das medidas provisórias e confirmaram que estão organizando o movimento para esta sexta. São elas: CUT, Força Sindical, CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), UGT (União Geral dos Trabalhadores), NCST (Nova Central Sindical dos Trabalhadores). O presidente da CUT, Vagner Freitas, defendeu o governo DIlma em reunião do Sindicato dos Bancários em São Pauloe disse que "é preciso dar uma resposta" ao que chamou de golpismo. Ele afirmou que a "eleição acabou. A disputa acabou". Sua fala se alinha ao que Dilma afirmou na segunda-feira (9), quando defendeu que 'terceiro turno' não é motivo para impeachment. "O governo vai sair quando acabar seu mandato. Não golpismo. Não golpismo", repetiu. Freitas disse à Folha que teme confrontos na sexta-feira durante ato organizado pela central. "Tenho certeza que revoltados vão querer armar confusão", afirmou. O caminho para o Impeachment; Crédito William Mur/Editoria de Arte/Folhapress | poder | 'Sou um cara de rompantes... Quem sabe?', diz Aécio sobre ir a ato dia 15Horas após divulgar em nota a decisão do PSDB de apoiar as manifestações do próximo dia 15, mas afirmar a jornalistas que não planeja ir ao ato, o senador Aécio Neves se definiu, no início da noite desta quarta-feira (11), como "um cara de rompantes". "Quem sabe eu não resisto na última hora", insinuou. A declaração foi dada durante entrevista na rádio JovemPan. O presidente nacional do PSDB disse que "golpista" é querer dizer sobre o que as pessoas podem ou não manifestar, Ele ainda fez um chamado àqueles que estão "com um nó na garganta", citando o sentimento de cansaço e os escândalos de corrupção. Para Aécio, o PT tem mania de achar que "o povo só pode se manifestar sobre os temas que ele considera adequados". "As pessoas que tiverem com esse sentimento [de indignação], com esse nó na garganta, devem ir sim para as ruas", disse Aécio. "Vão em paz", concluiu. Mapa dos protestos de março de 2015; Crédito Rubens Fernando/Editoria de arte/Folhapress IMPEACHMENT O senador voltou a dizer que "impeachment" não é palavra proibida. E salientou que, apesar de entender que o assunto não é agenda para o PSDB hoje, o desenrolar das investigações pode levar o partido a "discutir" o assunto. Aécio afirmou que existem dois componentes para dar base a um pedido de impedimento: um político e outro jurídico. O político, afirmou, vem crescendo a cada dia, com a manifesta insatisfação de uma parcela da sociedade. "O componente jurídico pode ser até que se configure com o andamento das investigações", avaliou, para afirmar em seguida que seu partido não vai, entretanto, "antecipar" essa situação. "Se essas condições se criarem, teremos que, com muita serenidade, discutir a questão", afirmou. O Solidariedade, partido do deputado Paulinho da Força (SP), vai lançar nesta quinta-feira (12) uma campanha pelo impeachment da presidente Dilma. É a primeira campanha oficial que um partido lança pelo impeachment. Paulinho é um dos mais ferrenhos adversários da presidente e comanda a Força Sindical, central de trabalhadores. DEM O DEM também se manifestou, nesta quarta (11), a favor das manifestações. Presidente do partido, o senador José Agripino Maia (RN) disse que os movimentos populares são "dignos pelo seu caráter pacífico", por isso merecem o respeito da sigla. "Não podemos, como partido ou militantes, deixar de aplaudir iniciativas que só orgulham a democracia brasileira", afirmou Agripino. Segundo o senador, os movimentos apartidários devem ser compreendidos como "manifestações refletidas da sociedade organizada". O partido não manifestou se é contrário ou a favor do impeachment de Dilma Rousseff, como fizeram os tucanos. SEXTA As centrais sindicais confirmaram nesta quarta que estão convocando manifestações para sexta-feira (13) em todo o país. O movimento será contra medidas provisórias que restringem o acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários. Os atos também serão a favor de outras pautas trabalhistas, pela reforma política e em defesa da Petrobras. Representantes de seis centrais sindicais estiveram em Brasília para tratar da negociação em torno das medidas provisórias e confirmaram que estão organizando o movimento para esta sexta. São elas: CUT, Força Sindical, CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), UGT (União Geral dos Trabalhadores), NCST (Nova Central Sindical dos Trabalhadores). O presidente da CUT, Vagner Freitas, defendeu o governo DIlma em reunião do Sindicato dos Bancários em São Pauloe disse que "é preciso dar uma resposta" ao que chamou de golpismo. Ele afirmou que a "eleição acabou. A disputa acabou". Sua fala se alinha ao que Dilma afirmou na segunda-feira (9), quando defendeu que 'terceiro turno' não é motivo para impeachment. "O governo vai sair quando acabar seu mandato. Não golpismo. Não golpismo", repetiu. Freitas disse à Folha que teme confrontos na sexta-feira durante ato organizado pela central. "Tenho certeza que revoltados vão querer armar confusão", afirmou. O caminho para o Impeachment; Crédito William Mur/Editoria de Arte/Folhapress | 0 |
"Star Wars" bate recorde de arrecadação nas salas Imax do Brasil | "Star Wars: O Despertar da Força" bateu recorde de arrecadação nas salas Imax do Brasil. O filme alcançou faturamento de R$ 1,5 milhão em seu primeiro fim de semana em cartaz nos 12 cinemas com a tecnologia, que conta com projeção de alta resolução e tela maior. * O recorde anterior era do filme "Vingadores: A Era de Ultron", que estreou no primeiro semestre deste ano, com R$ 1,3 milhão. Leia a coluna completa aqui | colunas | "Star Wars" bate recorde de arrecadação nas salas Imax do Brasil"Star Wars: O Despertar da Força" bateu recorde de arrecadação nas salas Imax do Brasil. O filme alcançou faturamento de R$ 1,5 milhão em seu primeiro fim de semana em cartaz nos 12 cinemas com a tecnologia, que conta com projeção de alta resolução e tela maior. * O recorde anterior era do filme "Vingadores: A Era de Ultron", que estreou no primeiro semestre deste ano, com R$ 1,3 milhão. Leia a coluna completa aqui | 10 |
Entre hesitação e firmeza | O presidente Michel Temer (PMDB) abandonou as meias palavras a que em geral recorre e, na semana passada, jogou a culpa pela crise na gestão petista e afirmou não ser passivo seu a irresponsabilidade que trouxe o país à recessão. Às vésperas de seu teste de fogo —a votação da proposta que limita o crescimento dos gastos à inflação—, Temer busca angariar apoio na sociedade para o ajuste duro que será preciso implementar. O deficit nas contas públicas, afinal, chegou a R$ 170,5 bilhões. O presidente deixa de lado uma parte fundamental, porém, ao não completar o balanço com um mea-culpa. Membro fundamental da coalizão que sustentou as duas gestões de Dilma Rousseff (PT), nada disse sobre o que acontecia. Alertas não faltaram; provenientes dos mais variados setores, ganhavam volume na mesma proporção dos desmandos federais. O PMDB, contudo, engrossou o coro apenas quando Dilma já agonizava. Se é correto dizer que o PT detinha o comando da política econômica desastrosa, também o é que o PMDB foi seu sócio minoritário e silencioso, beneficiando-se tanto da maquiagem contábil como do assalto aos cofres públicos. Feito o balanço completo, reconheça-se que o país precisa sair do atoleiro em que se encontra. A esse respeito, as propostas do governo Temer apontam na direção correta. O teto para os gastos públicos é condição necessária e primeiro passo para recuperar a confiança na solvência do Estado. Se aprovado, como se espera, o ritmo de crescimento das despesas se dará de forma controlada. A imposição de um limite também forçará um bem-vindo debate democrático sobre as prioridades do Orçamento. Temer também se comprometeu a enviar ao Congresso uma sugestão de reforma da Previdência, sem a qual o teto se inviabilizará. Para que prospere, porém, a proposta deve ser bem explicada e primar pela equidade. Ou seja, além de levar em conta a evolução da demografia, precisa equiparar os privilégios de aposentadorias especiais no serviço público às regras do INSS. Quanto às mudanças na legislação trabalhista, após tropeços de comunicação, o governo dá sinais de que prefere aguardar respostas advindas da própria sociedade. A agenda básica da administração Temer parece delineada. A hesitação e os recuos que têm caracterizado o governo, contudo, deixam dúvidas quanto à firmeza de propósitos do presidente —algo especialmente necessário dado o pendor do PMDB para práticas arcaicas e patrimonialistas. | opiniao | Entre hesitação e firmezaO presidente Michel Temer (PMDB) abandonou as meias palavras a que em geral recorre e, na semana passada, jogou a culpa pela crise na gestão petista e afirmou não ser passivo seu a irresponsabilidade que trouxe o país à recessão. Às vésperas de seu teste de fogo —a votação da proposta que limita o crescimento dos gastos à inflação—, Temer busca angariar apoio na sociedade para o ajuste duro que será preciso implementar. O deficit nas contas públicas, afinal, chegou a R$ 170,5 bilhões. O presidente deixa de lado uma parte fundamental, porém, ao não completar o balanço com um mea-culpa. Membro fundamental da coalizão que sustentou as duas gestões de Dilma Rousseff (PT), nada disse sobre o que acontecia. Alertas não faltaram; provenientes dos mais variados setores, ganhavam volume na mesma proporção dos desmandos federais. O PMDB, contudo, engrossou o coro apenas quando Dilma já agonizava. Se é correto dizer que o PT detinha o comando da política econômica desastrosa, também o é que o PMDB foi seu sócio minoritário e silencioso, beneficiando-se tanto da maquiagem contábil como do assalto aos cofres públicos. Feito o balanço completo, reconheça-se que o país precisa sair do atoleiro em que se encontra. A esse respeito, as propostas do governo Temer apontam na direção correta. O teto para os gastos públicos é condição necessária e primeiro passo para recuperar a confiança na solvência do Estado. Se aprovado, como se espera, o ritmo de crescimento das despesas se dará de forma controlada. A imposição de um limite também forçará um bem-vindo debate democrático sobre as prioridades do Orçamento. Temer também se comprometeu a enviar ao Congresso uma sugestão de reforma da Previdência, sem a qual o teto se inviabilizará. Para que prospere, porém, a proposta deve ser bem explicada e primar pela equidade. Ou seja, além de levar em conta a evolução da demografia, precisa equiparar os privilégios de aposentadorias especiais no serviço público às regras do INSS. Quanto às mudanças na legislação trabalhista, após tropeços de comunicação, o governo dá sinais de que prefere aguardar respostas advindas da própria sociedade. A agenda básica da administração Temer parece delineada. A hesitação e os recuos que têm caracterizado o governo, contudo, deixam dúvidas quanto à firmeza de propósitos do presidente —algo especialmente necessário dado o pendor do PMDB para práticas arcaicas e patrimonialistas. | 14 |
Defesa pede para Conselho afastar procurador da Lava-Jato do caso Lula | A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou nesta quarta-feira (27) com pedido para que o Conselho Nacional do Ministério Público afaste o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, integrante da força-tarefa da Lava jato, das investigações contra o petista e seus familiares. Os advogados acusam o procurador de agir com parcialidade e antecipar juízo sobre as apurações envolvendo Lula e seus familiares sem ter nenhum fato concreto para imputá-lo como culpado. Segundo os defensores, Lima teria afrontado o princípio da presunção da inocência e sigilo de Justiça, além de ter revelado um anseio pessoal em envolver indevidamente o ex-presidente na Lava Jato. A defesa utiliza como base do pedido entrevista concedidas por Lima e apontam que ele tratou de questões sobre investigação sigilosa e que atualmente está sob os cuidados do Supremo Tribunal Federal. O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato, determinou que o juiz Sergio Moro enviasse as investigações envolvendo o ex-presidente para o tribunal decidir de quem será a competência para investigar. Isso porque foram alcançadas pessoas com foro privilegiado em interceptações telefônicas feitas pela força-tarefa, que só podem ser investigadas com aval do STF. "As declarações de pré-julgamento, que, reproduzidas à exaustão pela mídia configuram verdadeiro tribunal paralelo, começaram no dia 4 de março, em coletiva quando da condução coercitiva ilegal feita contra o ex-presidente. E continuaram", dizem os advogados. Para os advogados de Lula, "tal conduta é extremamente grave, não podendo ser tolerada, principalmente por tratar-se de reincidência na questão." Na ação, os advogados citam texto do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em que exorta os integrantes do MP a agirem de forma serena e dentro da lei. | poder | Defesa pede para Conselho afastar procurador da Lava-Jato do caso LulaA defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou nesta quarta-feira (27) com pedido para que o Conselho Nacional do Ministério Público afaste o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, integrante da força-tarefa da Lava jato, das investigações contra o petista e seus familiares. Os advogados acusam o procurador de agir com parcialidade e antecipar juízo sobre as apurações envolvendo Lula e seus familiares sem ter nenhum fato concreto para imputá-lo como culpado. Segundo os defensores, Lima teria afrontado o princípio da presunção da inocência e sigilo de Justiça, além de ter revelado um anseio pessoal em envolver indevidamente o ex-presidente na Lava Jato. A defesa utiliza como base do pedido entrevista concedidas por Lima e apontam que ele tratou de questões sobre investigação sigilosa e que atualmente está sob os cuidados do Supremo Tribunal Federal. O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato, determinou que o juiz Sergio Moro enviasse as investigações envolvendo o ex-presidente para o tribunal decidir de quem será a competência para investigar. Isso porque foram alcançadas pessoas com foro privilegiado em interceptações telefônicas feitas pela força-tarefa, que só podem ser investigadas com aval do STF. "As declarações de pré-julgamento, que, reproduzidas à exaustão pela mídia configuram verdadeiro tribunal paralelo, começaram no dia 4 de março, em coletiva quando da condução coercitiva ilegal feita contra o ex-presidente. E continuaram", dizem os advogados. Para os advogados de Lula, "tal conduta é extremamente grave, não podendo ser tolerada, principalmente por tratar-se de reincidência na questão." Na ação, os advogados citam texto do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em que exorta os integrantes do MP a agirem de forma serena e dentro da lei. | 0 |
Novos Meninos | Chico Formiga costumava contar com sorriso no rosto a forma como foi obrigado a montar a geração dos Meninos da Vila, encantadores e campeões do Paulistão-1978. Recém-contratado, fez um diagnóstico assustador ao presidente Rubens Quintas. Disse que era preciso contratar um time novo inteiro. Incrédulo, Quintas respondeu não haver dinheiro para isso e escutou a réplica: "Tem de contratar um time todo! Ou então é melhor até apostar nos meninos..." A resposta de Rubens Quintas foi taxativa: "Pode escalar os meninos!" Quase nunca foi por filosofia, mas por necessidade, que o Santos formou quatro gerações de garotos. A de 1978 deu origem ao apelido "Meninos da Vila", mas não foi a primeira. A mais perfeita equipe de todos os tempos vestiu-se de branco com três pratas-da-casa apenas –Coutinho, Pelé e Pepe. Mas Lima, Dalmo, até mesmo Zito, chegaram ao Santos na faixa dos 20 anos. O Santástico, o Show da Vila, jogo de palavras criado em 1978 com o slogan do programa da TV Globo ""Fantástico, o Show da Vida"" também tinha jovens contratados a preços baixos. Os pontas Nilton Batata, do Atlético-PR, e João Paulo, do São Cristóvão, eram exemplos. Enderson Moreira não considera Arouca uma peça indispensável e já pensava assim antes de o volante entrar na Justiça. Não desejava perdê-lo, mas preferia abrir mão de um volante no elenco do que de Lucas Lima, Geuvânio, Thiago Ribeiro ou Gabriel. Destes, só dois são criados como Meninos da Vila: Gabriel e Geuvânio. Lucas Lima mescla juventude e talento para reger o meio de campo e Thiago Ribeiro tem velocidade e experiência para compor com Elano e Ricardo Oliveira a parte experiente de uma equipe jovem. É mais fácil montar um bom time com o que resta do elenco santista do que explicar por que o Santos endividou-se tanto depois de vender Neymar, Ganso, Danilo, Alex Sandro, Rafael Cabral e Zé Love, campeões da Libertadores de 2011. Uma corrente na Vila aposta que a dívida começou com a mudança de filosofia entre 2010 e 2011. Em vez de usar meninos e mesclá-los com alguns experientes, o Santos começou a contratar mais e pagar mais caro por quem ajudava pouco. Elano recebeu alto salário em sua segunda passagem pela Vila. Ibson, Henrique e Leandro Damião foram outros exemplos. O Santos arrecadou com vendas, mas gastou demais em contratações equivocadas e salários desproporcionais. É duvidoso se Ricardo Oliveira e Elano são as contratações certas. Mas são baratas, neste momento. E ainda há em casa jovens promissores para formar uma nova espinha dorsal. Para quem acha que a eliminação precoce da Copa São Paulo desmente essa tese, vale a lembrança de que nem Robinho nem Neymar brilharam na Copinha. NOVO PALMEIRAS Dudu ainda não estreou e o melhor em campo no amistoso de sábado foi Alione, que já era da casa. Boas estreias do lateral Lucas e do atacante Leandro Pereira. Na nova formação, Oswaldo pode usar Alione pela direita e Dudu pela esquerda. Claro, se Alione jogar o que se imaginava na sua chegada. NOVO CORINTHIANS Emerson como ponta de lança é uma formação igual à da final contra o Chelsea, em 2012. Tite começa do jeito que chegou ao ápice. Só que Emerson não é o mesmo. Pode ser útil, desde que escalado com moderação. O Corinthians tem bom time. E Renato Augusto prometendo que 2015 será seu ano. | colunas | Novos MeninosChico Formiga costumava contar com sorriso no rosto a forma como foi obrigado a montar a geração dos Meninos da Vila, encantadores e campeões do Paulistão-1978. Recém-contratado, fez um diagnóstico assustador ao presidente Rubens Quintas. Disse que era preciso contratar um time novo inteiro. Incrédulo, Quintas respondeu não haver dinheiro para isso e escutou a réplica: "Tem de contratar um time todo! Ou então é melhor até apostar nos meninos..." A resposta de Rubens Quintas foi taxativa: "Pode escalar os meninos!" Quase nunca foi por filosofia, mas por necessidade, que o Santos formou quatro gerações de garotos. A de 1978 deu origem ao apelido "Meninos da Vila", mas não foi a primeira. A mais perfeita equipe de todos os tempos vestiu-se de branco com três pratas-da-casa apenas –Coutinho, Pelé e Pepe. Mas Lima, Dalmo, até mesmo Zito, chegaram ao Santos na faixa dos 20 anos. O Santástico, o Show da Vila, jogo de palavras criado em 1978 com o slogan do programa da TV Globo ""Fantástico, o Show da Vida"" também tinha jovens contratados a preços baixos. Os pontas Nilton Batata, do Atlético-PR, e João Paulo, do São Cristóvão, eram exemplos. Enderson Moreira não considera Arouca uma peça indispensável e já pensava assim antes de o volante entrar na Justiça. Não desejava perdê-lo, mas preferia abrir mão de um volante no elenco do que de Lucas Lima, Geuvânio, Thiago Ribeiro ou Gabriel. Destes, só dois são criados como Meninos da Vila: Gabriel e Geuvânio. Lucas Lima mescla juventude e talento para reger o meio de campo e Thiago Ribeiro tem velocidade e experiência para compor com Elano e Ricardo Oliveira a parte experiente de uma equipe jovem. É mais fácil montar um bom time com o que resta do elenco santista do que explicar por que o Santos endividou-se tanto depois de vender Neymar, Ganso, Danilo, Alex Sandro, Rafael Cabral e Zé Love, campeões da Libertadores de 2011. Uma corrente na Vila aposta que a dívida começou com a mudança de filosofia entre 2010 e 2011. Em vez de usar meninos e mesclá-los com alguns experientes, o Santos começou a contratar mais e pagar mais caro por quem ajudava pouco. Elano recebeu alto salário em sua segunda passagem pela Vila. Ibson, Henrique e Leandro Damião foram outros exemplos. O Santos arrecadou com vendas, mas gastou demais em contratações equivocadas e salários desproporcionais. É duvidoso se Ricardo Oliveira e Elano são as contratações certas. Mas são baratas, neste momento. E ainda há em casa jovens promissores para formar uma nova espinha dorsal. Para quem acha que a eliminação precoce da Copa São Paulo desmente essa tese, vale a lembrança de que nem Robinho nem Neymar brilharam na Copinha. NOVO PALMEIRAS Dudu ainda não estreou e o melhor em campo no amistoso de sábado foi Alione, que já era da casa. Boas estreias do lateral Lucas e do atacante Leandro Pereira. Na nova formação, Oswaldo pode usar Alione pela direita e Dudu pela esquerda. Claro, se Alione jogar o que se imaginava na sua chegada. NOVO CORINTHIANS Emerson como ponta de lança é uma formação igual à da final contra o Chelsea, em 2012. Tite começa do jeito que chegou ao ápice. Só que Emerson não é o mesmo. Pode ser útil, desde que escalado com moderação. O Corinthians tem bom time. E Renato Augusto prometendo que 2015 será seu ano. | 10 |
Para quadrinista argentino, a arte se transformou em 'luxo' com a crise | O quadrinista argentino Pablo Holmberg, 36, abriu não só as "Portas do Éden", título de seu segundo livro que acaba de ganhar edição no Brasil pela Lote 42. Sob o pseudônimo de Kioskerman, o artista também abriu uma janela de possibilidades para seus colegas quando, em 2009, a prestigiada editora canadense de HQs Drawn & Quarterly reuniu suas primeiras histórias, publicadas até então de maneira independente pela internet, na edição de "Éden". O título saiu no Brasil em 2010 pela Zarabatana Books. "Antes disso, era muito raro que um artista independente saltasse da internet para uma editora", diz Holmberg à Folha, por telefone. Já traduzidas na França e nos Estados Unidos, as histórias fantásticas de Kioskerman se estruturam em quatro quadros. São como poemas em quadrinhos que versam sobre sentimentos, impressões sobre a natureza das coisas e a relação do homem com a metafísica, em busca de respostas para a própria existência. veja mais fotos O curioso é que tenha sido uma casa canadense a responsável por descobrir o "Eden" de Kioskerman, que passou por um pequeno inferno editorial antes de finalmente assinar um livro. Por não publicar seus trabalhos em jornais e revistas, seu trabalho era visto com desconfiança pelo mercado. "Em 2007, apresentei meus desenhos ao diretor da tradicional Ediciones de La Flor, a mesma que publica Mafalda. Ele gostou do que eu mostrei, mas me disse que não publicava ninguém que não tivesse passado por um jornal", relembra o quadrinista. A escolha pela Drawn & Quarterly, diz Holmberg, atentou tanto editores como outros quadrinistas às possibilidades de divulgar o trabalho pela internet. E acabou rendendo um contrato com a Sudamericana, uma das mais tradicionais da Argentina, além de uma indicação de "Eden" no livro "1001 Comics To Read Before you Die" (1001 quadrinhos para ler antes de morrer, em português), do crítico Paul Gravett. CRISE Ainda assim, Holmberg diz não acreditar que exista de fato um bom mercado de quadrinhos em seu país. "A economia argentina está em péssimas condições, em um dos piores momentos de sua história", comenta ele. "É difícil falar de um mercado se os autores não podem viver de sua arte." Ele diz que nunca viveu de quadrinhos e que a atividade é "de fato algo muito do meu ócio". No horário comercial, comanda uma empresa de infografia, que cria materiais gráficos a pedido de empresas para a capacitação de seus funcionários. Diante da crise, porém, a atividade artística tem parecido algo cada vez mais custoso para a criatividade dos artistas de sua geração, diz Holmberg. "Em uma economia que está tão golpeada, a arte lamentavelmente se transformou em um luxo", comenta. "Você tem que trabalhar muito mais, a inflação faz com que seu salário não seja suficiente para pagar o aluguel. É muito difícil pensar em coisas artísticas assim." Em "Portas do Éden", o quadrinista traduz o escapismo diante dessa realidade e cria um "mundo possível, superador da experiência desse mundo". Ele conta que a inspiração para as histórias vem da meditação, que pratica há oito anos. "Me ajuda muito. Me interesso muito pela filosofia oriental e aplico nos meus trabalhos coisas que aprendi no zen-budismo. Sobretudo, tratar de viver com menos, viver o momento presente e não pensar o tempo todo", explica. Holmberg diz que seu objetivo maior é discutir a mediação, feita por ritos e dogmas religiosos, entre as pessoas e suas experiências interiores. Além do livro recém-lançado, quem quiser "viver o momento presente" com Kioskerman pode visitar a exposição "Portas do Éden" com os desenhos do artista, em cartaz na galeria Epicentro Cultural até 8 de maio. PORTAS DO ÉDEN AUTOR Kioskerman EDITORA Lote 42 TRADUÇÃO Cecilia Arbolave QUANTO R$ 42,90 (120 págs.) EXPOSIÇÃO PORTAS DO ÉDEN QUANDO seg. a sex., das 13h às 20h; até 8 de maio de 2015 ONDE Galeria Epicentro Cultural, r. Paulistânia, 66, Vila Madalena QUANTO grátis | ilustrada | Para quadrinista argentino, a arte se transformou em 'luxo' com a criseO quadrinista argentino Pablo Holmberg, 36, abriu não só as "Portas do Éden", título de seu segundo livro que acaba de ganhar edição no Brasil pela Lote 42. Sob o pseudônimo de Kioskerman, o artista também abriu uma janela de possibilidades para seus colegas quando, em 2009, a prestigiada editora canadense de HQs Drawn & Quarterly reuniu suas primeiras histórias, publicadas até então de maneira independente pela internet, na edição de "Éden". O título saiu no Brasil em 2010 pela Zarabatana Books. "Antes disso, era muito raro que um artista independente saltasse da internet para uma editora", diz Holmberg à Folha, por telefone. Já traduzidas na França e nos Estados Unidos, as histórias fantásticas de Kioskerman se estruturam em quatro quadros. São como poemas em quadrinhos que versam sobre sentimentos, impressões sobre a natureza das coisas e a relação do homem com a metafísica, em busca de respostas para a própria existência. veja mais fotos O curioso é que tenha sido uma casa canadense a responsável por descobrir o "Eden" de Kioskerman, que passou por um pequeno inferno editorial antes de finalmente assinar um livro. Por não publicar seus trabalhos em jornais e revistas, seu trabalho era visto com desconfiança pelo mercado. "Em 2007, apresentei meus desenhos ao diretor da tradicional Ediciones de La Flor, a mesma que publica Mafalda. Ele gostou do que eu mostrei, mas me disse que não publicava ninguém que não tivesse passado por um jornal", relembra o quadrinista. A escolha pela Drawn & Quarterly, diz Holmberg, atentou tanto editores como outros quadrinistas às possibilidades de divulgar o trabalho pela internet. E acabou rendendo um contrato com a Sudamericana, uma das mais tradicionais da Argentina, além de uma indicação de "Eden" no livro "1001 Comics To Read Before you Die" (1001 quadrinhos para ler antes de morrer, em português), do crítico Paul Gravett. CRISE Ainda assim, Holmberg diz não acreditar que exista de fato um bom mercado de quadrinhos em seu país. "A economia argentina está em péssimas condições, em um dos piores momentos de sua história", comenta ele. "É difícil falar de um mercado se os autores não podem viver de sua arte." Ele diz que nunca viveu de quadrinhos e que a atividade é "de fato algo muito do meu ócio". No horário comercial, comanda uma empresa de infografia, que cria materiais gráficos a pedido de empresas para a capacitação de seus funcionários. Diante da crise, porém, a atividade artística tem parecido algo cada vez mais custoso para a criatividade dos artistas de sua geração, diz Holmberg. "Em uma economia que está tão golpeada, a arte lamentavelmente se transformou em um luxo", comenta. "Você tem que trabalhar muito mais, a inflação faz com que seu salário não seja suficiente para pagar o aluguel. É muito difícil pensar em coisas artísticas assim." Em "Portas do Éden", o quadrinista traduz o escapismo diante dessa realidade e cria um "mundo possível, superador da experiência desse mundo". Ele conta que a inspiração para as histórias vem da meditação, que pratica há oito anos. "Me ajuda muito. Me interesso muito pela filosofia oriental e aplico nos meus trabalhos coisas que aprendi no zen-budismo. Sobretudo, tratar de viver com menos, viver o momento presente e não pensar o tempo todo", explica. Holmberg diz que seu objetivo maior é discutir a mediação, feita por ritos e dogmas religiosos, entre as pessoas e suas experiências interiores. Além do livro recém-lançado, quem quiser "viver o momento presente" com Kioskerman pode visitar a exposição "Portas do Éden" com os desenhos do artista, em cartaz na galeria Epicentro Cultural até 8 de maio. PORTAS DO ÉDEN AUTOR Kioskerman EDITORA Lote 42 TRADUÇÃO Cecilia Arbolave QUANTO R$ 42,90 (120 págs.) EXPOSIÇÃO PORTAS DO ÉDEN QUANDO seg. a sex., das 13h às 20h; até 8 de maio de 2015 ONDE Galeria Epicentro Cultural, r. Paulistânia, 66, Vila Madalena QUANTO grátis | 1 |
Filho de Cerveró diz que Delcídio usou nomes de Dilma e de ministros do STF | Em conversa gravada, o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), preso nesta quarta-feira (25) sob suspeita de interferir nas investigações da Lava Jato, indicou influência junto à presidente Dilma Rousseff e a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar conseguir a libertação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e Renato Duque. Na reunião, o congressista conversa com o advogado Edson Ribeiro e com Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor. Na fala, Delcídio fala que conversou com os ministros Dias Toffoli e Teori Zavascki, relator da Lava Jato, sobre o habeas corpus para os dois. O congressista discute ainda estratégias para o convencimento do ministro Gilmar Mendes, indicando que pediria ao "[vice-presidente da República] Michel [Temer]" e ao "[Presidente do Senado] Renan [Calheiros" que conversassem com Gilmar. Toffoli e Gilmar negam tratativas. Delcídio fala ainda sobre o plano de fuga para Nestor Cerveró. Em depoimento aos investigadores, Bernardo Cerveró disse ainda que Delcídio colocou como uma das movimentações políticas para favorecer a situação do ex-diretor da Petrobras 'estar' com a presidente Dilma Rousseff. "Prometeu movimentar-se politicamente para ajudar Nestor Cerveró e sugeriu que a família também procurasse Renan Calheiros e Edison Lobão [os senadores], porque Nestor Cerveró teria "trabalhado com essas pessoas", afirmou. Questionado sobre como, concretamente, Delcídio Amaral prometeu movimentação política, o depoente explica que o senador disse que "tinha entrada no Supremo", "esteve com Dilma", "esteve com lideranças", sempre procurando sinalizar que poderia haver uma melhoria da situação de Nestor Cerveró a partir desses contatos políticos. Indagado sobre o que esperava do senador com sua movimentação política, o depoente esclarece que esperava que um ou mais juízes fossem convencidos a conceder habeas corpus a seu pai. Questionado sobre as citações de Delcídio, Renan afirmou que não tem qualquer conhecimento sobre o caso e defendeu a separação dos Poderes. "Não acompanhei nenhum detalhe. Se há uma coisa que precisa ser preservada na circunstância em que vivemos no Brasil é a separação dos Poderes. Não vejo, sinceramente, a possibilidade de haver uma influência de um poder sobre o outro poder. Da mesma forma que vejo a necessidade de garantirmos a Constituição no que se refere às garantias individuais", disse. DIÁLOGO Leia a íntegra das conversas gravadas * DELCÍDIO: Agora, agora, Edson e Bernardo, é eu macho que nós temos que centrar fogo no STF agora, eu conversei com o Teori, conversei com o Toffoli, pedi pro Toffoli conversar com o Gilmar, o Michel conversou com o Gilmar também, porque o Michel tá muito preocupado com o Zelada, e eu vou conversar com o Gilmar também. EDSON: Tá. DELCÍDIO: Por que, o Gilmar ele oscila muito, uma hora ele tá bem, outra hora ele tá ruim e eu sou um dos poucos caras... EDSON: Quem seria a melhor pessoa pra falar com ele, Renan, ou Sarney... DELCÍDIO: Quem? EDSON: Falar com o Gilmar DELCÍDIO: Com o Gilmar, não, eu acho que o Renan conversaria bem com ele. EDSON: Eu também acho, o Renan, é preocupante a situação do Renan. DELCÍDIO: Eu acho que, mas por que, tem mais coisas do Renan? Não tem... EDSON: Não, mas o..., acho que o Fernando fala nele, não fala? DELCÍDIO: Fala, mas fala remetendo ao Nestor. EDSON: A é, também? Então tudo bem. DELCÍDIO: Como também fala do Jader, remetendo ao Nestor. EDSON: Então tudo bem. Escolheu o Fernando DELCÍDIO: Agora, então nós temos que centrar fogo agora pra resolver isto... EDSON: Mas então seria bom ver Renan olha só... DELCÍDIO: Não, eu vou falar com ele... DIOGO: Hoje tem reunião de líderes DELCÍDIO: Eu falo com o Renan hoje. EDSON: Tá bom. DELCÍDIO: Hoje eu falo, porque acho que o foco é o seguinte, tirar, agora a hora que ele sair tem que ir embora mesmo. Plano de fuga | poder | Filho de Cerveró diz que Delcídio usou nomes de Dilma e de ministros do STFEm conversa gravada, o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), preso nesta quarta-feira (25) sob suspeita de interferir nas investigações da Lava Jato, indicou influência junto à presidente Dilma Rousseff e a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar conseguir a libertação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e Renato Duque. Na reunião, o congressista conversa com o advogado Edson Ribeiro e com Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor. Na fala, Delcídio fala que conversou com os ministros Dias Toffoli e Teori Zavascki, relator da Lava Jato, sobre o habeas corpus para os dois. O congressista discute ainda estratégias para o convencimento do ministro Gilmar Mendes, indicando que pediria ao "[vice-presidente da República] Michel [Temer]" e ao "[Presidente do Senado] Renan [Calheiros" que conversassem com Gilmar. Toffoli e Gilmar negam tratativas. Delcídio fala ainda sobre o plano de fuga para Nestor Cerveró. Em depoimento aos investigadores, Bernardo Cerveró disse ainda que Delcídio colocou como uma das movimentações políticas para favorecer a situação do ex-diretor da Petrobras 'estar' com a presidente Dilma Rousseff. "Prometeu movimentar-se politicamente para ajudar Nestor Cerveró e sugeriu que a família também procurasse Renan Calheiros e Edison Lobão [os senadores], porque Nestor Cerveró teria "trabalhado com essas pessoas", afirmou. Questionado sobre como, concretamente, Delcídio Amaral prometeu movimentação política, o depoente explica que o senador disse que "tinha entrada no Supremo", "esteve com Dilma", "esteve com lideranças", sempre procurando sinalizar que poderia haver uma melhoria da situação de Nestor Cerveró a partir desses contatos políticos. Indagado sobre o que esperava do senador com sua movimentação política, o depoente esclarece que esperava que um ou mais juízes fossem convencidos a conceder habeas corpus a seu pai. Questionado sobre as citações de Delcídio, Renan afirmou que não tem qualquer conhecimento sobre o caso e defendeu a separação dos Poderes. "Não acompanhei nenhum detalhe. Se há uma coisa que precisa ser preservada na circunstância em que vivemos no Brasil é a separação dos Poderes. Não vejo, sinceramente, a possibilidade de haver uma influência de um poder sobre o outro poder. Da mesma forma que vejo a necessidade de garantirmos a Constituição no que se refere às garantias individuais", disse. DIÁLOGO Leia a íntegra das conversas gravadas * DELCÍDIO: Agora, agora, Edson e Bernardo, é eu macho que nós temos que centrar fogo no STF agora, eu conversei com o Teori, conversei com o Toffoli, pedi pro Toffoli conversar com o Gilmar, o Michel conversou com o Gilmar também, porque o Michel tá muito preocupado com o Zelada, e eu vou conversar com o Gilmar também. EDSON: Tá. DELCÍDIO: Por que, o Gilmar ele oscila muito, uma hora ele tá bem, outra hora ele tá ruim e eu sou um dos poucos caras... EDSON: Quem seria a melhor pessoa pra falar com ele, Renan, ou Sarney... DELCÍDIO: Quem? EDSON: Falar com o Gilmar DELCÍDIO: Com o Gilmar, não, eu acho que o Renan conversaria bem com ele. EDSON: Eu também acho, o Renan, é preocupante a situação do Renan. DELCÍDIO: Eu acho que, mas por que, tem mais coisas do Renan? Não tem... EDSON: Não, mas o..., acho que o Fernando fala nele, não fala? DELCÍDIO: Fala, mas fala remetendo ao Nestor. EDSON: A é, também? Então tudo bem. DELCÍDIO: Como também fala do Jader, remetendo ao Nestor. EDSON: Então tudo bem. Escolheu o Fernando DELCÍDIO: Agora, então nós temos que centrar fogo agora pra resolver isto... EDSON: Mas então seria bom ver Renan olha só... DELCÍDIO: Não, eu vou falar com ele... DIOGO: Hoje tem reunião de líderes DELCÍDIO: Eu falo com o Renan hoje. EDSON: Tá bom. DELCÍDIO: Hoje eu falo, porque acho que o foco é o seguinte, tirar, agora a hora que ele sair tem que ir embora mesmo. Plano de fuga | 0 |
Estado da ex-primeira dama Marisa Letícia é estável, segundo hospital | O hospital Sírio-Libanês divulgou, nesta quinta (26) novo boletim sobre o estado de saúde da ex-primeira-dama Marisa Letícia, internada na terça (24) após ter sofrido um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Segundo boletim, Marisa está "sedada e com pressão intracraniana controlada" e continua "estável e com mesmo suporte intensivo". Na quarta (25), ela foi submetida a um procedimento de introdução de um cateter para drenagem e redução da pressão arterial do cérebro. Marisa Letícia nasceu em São Bernardo do Campo em 7 abril de abril de 1950. Ela conheceu o ex-presidente Lula em 1973, aos 23 anos, no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. O casal tem quatro filhos. Na Operação Lava Jato, a ex-primeira-dama é ré junto com Lula em duas ações penais sob responsabilidade do juiz Sergio Moro. Ela também é mencionada em investigações relacionadas à reforma de um sítio, em Atibaia (SP), usado pela família. | poder | Estado da ex-primeira dama Marisa Letícia é estável, segundo hospitalO hospital Sírio-Libanês divulgou, nesta quinta (26) novo boletim sobre o estado de saúde da ex-primeira-dama Marisa Letícia, internada na terça (24) após ter sofrido um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Segundo boletim, Marisa está "sedada e com pressão intracraniana controlada" e continua "estável e com mesmo suporte intensivo". Na quarta (25), ela foi submetida a um procedimento de introdução de um cateter para drenagem e redução da pressão arterial do cérebro. Marisa Letícia nasceu em São Bernardo do Campo em 7 abril de abril de 1950. Ela conheceu o ex-presidente Lula em 1973, aos 23 anos, no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. O casal tem quatro filhos. Na Operação Lava Jato, a ex-primeira-dama é ré junto com Lula em duas ações penais sob responsabilidade do juiz Sergio Moro. Ela também é mencionada em investigações relacionadas à reforma de um sítio, em Atibaia (SP), usado pela família. | 0 |
Com 10 episódios, 'UnReal' revela a armação nos bastidores dos realities | Parece que o jogo virou para Sarah Shapiro. Produtora de TV americana, ela trabalhou durante seis anos coordenando o reality show de namoro "The Bachelor", em que mulheres disputam uma chance com um homem, vendido como "bom partido", após uma série de encontros televisionados. O final não foi feliz: a carga de trabalho jogou Sarah em uma depressão e, após sofrer rompantes suicidas, largou tudo e abandonou o show. Corta. Em 2015, ela estreou "UnReal", seriado em dez episódios que chega nesta segunda (28) ao Brasil, sobre o reality de namoro "Everlasting". Lembra "The Bachelor" em tudo: um ricaço à procura de uma garota, valsas em longos esvoaçantes, diálogos forçados e uma nítida atmosfera de que tudo ali não passa de armação. A diferença é que a ficção mostra o que a realidade esconde: os bastidores sórdidos dos programas do gênero, em que a edição desvirtua o caráter dos participantes ao retirar as falas de seu contexto original e a produção está mais preocupada em criar vilões e mocinhos do que retratar as diferentes personalidades das pessoas como elas realmente são. Mesmo que para isso seja preciso "regravar" as cenas. Em "UnReal", o alter ego de Sarah é a produtora Rachel Goldberg (Shiri Appleby),a mais talentosa (leia-se inescrupulosa) do "Everlasting". Endividada, ela volta ao show de que saíra surtada -não sem conflitos internos. No primeiro episódio, ela veste uma camiseta em que se lê "é com isso que uma feminista se parece". Seu trabalho é, basicamente, tortura psicológica em mulheres de quem precisa arrancar drama e estereótipos. Uma das paredes da sala em que a equipe trabalha é coberta de retratos dos participantes. Sobre eles, a diretora da atração, Quinn (Constance Zimmer), cola papéis em que se lê "doida para casar", "virgem", "vilã". A biografia de cada participante é catalogada em pastas, com informações repassadas por rádio aos produtores quando precisam interferir na trama. Como quando Rachel tenta tirar uma boa entrevista de uma eliminada, e uma colega sopra que a garota é filha adotiva. Evocar essas lembranças deixá-la emocionalmente abalada e arrancar algumas lágrimas. Emily Nussbaum, crítica de TV da "New Yorker", comparou "UnReal" a "forçar o espectador a testemunhar a crueldade por trás do bacon" que são os realities, num movimento também de autocrítica sobre o gosto por esses programas. Ou seja, esses programas são como salsichas: melhor não saber como são feitos. Se for para contar, que seja saboroso como "UnReal", caprichando no drama. NA TV UnReal QUANDO seg., às 23h30, no Lifetime | ilustrada | Com 10 episódios, 'UnReal' revela a armação nos bastidores dos realitiesParece que o jogo virou para Sarah Shapiro. Produtora de TV americana, ela trabalhou durante seis anos coordenando o reality show de namoro "The Bachelor", em que mulheres disputam uma chance com um homem, vendido como "bom partido", após uma série de encontros televisionados. O final não foi feliz: a carga de trabalho jogou Sarah em uma depressão e, após sofrer rompantes suicidas, largou tudo e abandonou o show. Corta. Em 2015, ela estreou "UnReal", seriado em dez episódios que chega nesta segunda (28) ao Brasil, sobre o reality de namoro "Everlasting". Lembra "The Bachelor" em tudo: um ricaço à procura de uma garota, valsas em longos esvoaçantes, diálogos forçados e uma nítida atmosfera de que tudo ali não passa de armação. A diferença é que a ficção mostra o que a realidade esconde: os bastidores sórdidos dos programas do gênero, em que a edição desvirtua o caráter dos participantes ao retirar as falas de seu contexto original e a produção está mais preocupada em criar vilões e mocinhos do que retratar as diferentes personalidades das pessoas como elas realmente são. Mesmo que para isso seja preciso "regravar" as cenas. Em "UnReal", o alter ego de Sarah é a produtora Rachel Goldberg (Shiri Appleby),a mais talentosa (leia-se inescrupulosa) do "Everlasting". Endividada, ela volta ao show de que saíra surtada -não sem conflitos internos. No primeiro episódio, ela veste uma camiseta em que se lê "é com isso que uma feminista se parece". Seu trabalho é, basicamente, tortura psicológica em mulheres de quem precisa arrancar drama e estereótipos. Uma das paredes da sala em que a equipe trabalha é coberta de retratos dos participantes. Sobre eles, a diretora da atração, Quinn (Constance Zimmer), cola papéis em que se lê "doida para casar", "virgem", "vilã". A biografia de cada participante é catalogada em pastas, com informações repassadas por rádio aos produtores quando precisam interferir na trama. Como quando Rachel tenta tirar uma boa entrevista de uma eliminada, e uma colega sopra que a garota é filha adotiva. Evocar essas lembranças deixá-la emocionalmente abalada e arrancar algumas lágrimas. Emily Nussbaum, crítica de TV da "New Yorker", comparou "UnReal" a "forçar o espectador a testemunhar a crueldade por trás do bacon" que são os realities, num movimento também de autocrítica sobre o gosto por esses programas. Ou seja, esses programas são como salsichas: melhor não saber como são feitos. Se for para contar, que seja saboroso como "UnReal", caprichando no drama. NA TV UnReal QUANDO seg., às 23h30, no Lifetime | 1 |
Guerra de Trump contra a mídia reflete também entre jornais | Foram seis meses ou mais de constante "guerra de jornais" entre o "New York Times" e o "Washington Post", por notícias exclusivas sobre Donald Trump —que respondeu tachando-os de inimigos do povo. O auge até o momento foi a revelação pelo "NYT" do encontro, durante a campanha de 2016, de Trump Jr. com uma advogada russa e outros que haviam prometido munição contra Hillary Clinton. Como escreveu a colunista de mídia do "WP", era notícia para calar o mantra de "fake news" usado pelo presidente americano para desqualificar a cobertura sobre os elos de sua campanha com o governo russo. Mas isso não aconteceu, Trump voltou ao Twitter como se nada tivesse mudado. O mantra não vai embora, diz Margaret Sullivan, simplesmente porque funciona, é o que basta para sua base. Outro crítico de mídia, Jay Rosen, concorda quanto à base de sustentação ser um nicho que não responde a fatos contrários, por mais comprovados que estejam, mas acrescenta outras razões. Uma delas é que a atual Casa Branca é incapaz de oferecer estratégia alternativa. Outra, na mesma linha, é que Trump e equipe são crias da imprensa. Stephen Bannon e Jared Kushner são até ex-publishers. Falhas pontuais da própria mídia também não ajudam, sobretudo aquelas mais bombásticas, da CNN —canal já marcado pelo vazamento de perguntas para a candidata democrata em dois debates. As falhas ajudam a compreender pesquisas como a Gallup de 4 e 5 de julho, que encontrou os americanos divididos a respeito da cobertura de Trump: 35% acham "muito pesada", 34%, "não o bastante". Os EUA podem estar rachados quanto à cobertura, mas não quanto ao desempenho de Trump no cargo, que começou a derreter: 58% desaprovam, 36% aprovam, pela pesquisa ABC/"WP". O resultado foi usado como argumento pelo "Wall Street Journal", de Rupert Murdoch, confidente de Trump, para cobrar que ele comece a contar a verdade sobre os elos da campanha com a Rússia. A Fox News, canal do mesmo Rupert Murdoch e maior sustentáculo de Trump na mídia, rachou depois da notícia do encontro de Trump Jr., com apresentadores de um lado e outro trocando acusações públicas. Restam unidos, ao lado de Trump, os radialistas ultraconservadores, como Rush Limbaugh, cada vez mais exasperados —e agora clamando contra a mídia e todo o establishment, que prepara um "golpe silencioso". | mundo | Guerra de Trump contra a mídia reflete também entre jornaisForam seis meses ou mais de constante "guerra de jornais" entre o "New York Times" e o "Washington Post", por notícias exclusivas sobre Donald Trump —que respondeu tachando-os de inimigos do povo. O auge até o momento foi a revelação pelo "NYT" do encontro, durante a campanha de 2016, de Trump Jr. com uma advogada russa e outros que haviam prometido munição contra Hillary Clinton. Como escreveu a colunista de mídia do "WP", era notícia para calar o mantra de "fake news" usado pelo presidente americano para desqualificar a cobertura sobre os elos de sua campanha com o governo russo. Mas isso não aconteceu, Trump voltou ao Twitter como se nada tivesse mudado. O mantra não vai embora, diz Margaret Sullivan, simplesmente porque funciona, é o que basta para sua base. Outro crítico de mídia, Jay Rosen, concorda quanto à base de sustentação ser um nicho que não responde a fatos contrários, por mais comprovados que estejam, mas acrescenta outras razões. Uma delas é que a atual Casa Branca é incapaz de oferecer estratégia alternativa. Outra, na mesma linha, é que Trump e equipe são crias da imprensa. Stephen Bannon e Jared Kushner são até ex-publishers. Falhas pontuais da própria mídia também não ajudam, sobretudo aquelas mais bombásticas, da CNN —canal já marcado pelo vazamento de perguntas para a candidata democrata em dois debates. As falhas ajudam a compreender pesquisas como a Gallup de 4 e 5 de julho, que encontrou os americanos divididos a respeito da cobertura de Trump: 35% acham "muito pesada", 34%, "não o bastante". Os EUA podem estar rachados quanto à cobertura, mas não quanto ao desempenho de Trump no cargo, que começou a derreter: 58% desaprovam, 36% aprovam, pela pesquisa ABC/"WP". O resultado foi usado como argumento pelo "Wall Street Journal", de Rupert Murdoch, confidente de Trump, para cobrar que ele comece a contar a verdade sobre os elos da campanha com a Rússia. A Fox News, canal do mesmo Rupert Murdoch e maior sustentáculo de Trump na mídia, rachou depois da notícia do encontro de Trump Jr., com apresentadores de um lado e outro trocando acusações públicas. Restam unidos, ao lado de Trump, os radialistas ultraconservadores, como Rush Limbaugh, cada vez mais exasperados —e agora clamando contra a mídia e todo o establishment, que prepara um "golpe silencioso". | 3 |
Delegação saudita irá ao Iraque para preparar reabertura de embaixada | Uma delegação saudita viajará a Bagdá, capital iraquiana, nesta semana a fim de iniciar os preparativos para reabrir uma embaixada no Iraque, informou a agência Saudi Press neste sábado (3), citando uma fonte oficial do Ministério das Relações Exteriores. Segundo a agência, a Arábia Saudita também prevê a criação de um consulado geral na capital curda iraquiana de Arbil. "A comissão técnica do Ministério das Relações Exteriores irá a Bagdá esta semana para coordenar com o Ministério das Relações Exteriores iraquiano as disposições necessárias para seleção e preparação de edifícios apropriados para as duas missões, em preparação para que eles possam começar a trabalhar na República do Iraque na primeira oportunidade", disse a agência saudita. O presidente iraquiano, Fouad Masoum, visitou Riad, na Arábia Saudita, no final do ano passado, aumentando as esperanças de uma tentativa de degelo nas relações entre os vizinhos árabes. A Arábia Saudita fechou sua embaixada em Bagdá em 1990, após a invasão do Kuwait pelo Iraque. | mundo | Delegação saudita irá ao Iraque para preparar reabertura de embaixadaUma delegação saudita viajará a Bagdá, capital iraquiana, nesta semana a fim de iniciar os preparativos para reabrir uma embaixada no Iraque, informou a agência Saudi Press neste sábado (3), citando uma fonte oficial do Ministério das Relações Exteriores. Segundo a agência, a Arábia Saudita também prevê a criação de um consulado geral na capital curda iraquiana de Arbil. "A comissão técnica do Ministério das Relações Exteriores irá a Bagdá esta semana para coordenar com o Ministério das Relações Exteriores iraquiano as disposições necessárias para seleção e preparação de edifícios apropriados para as duas missões, em preparação para que eles possam começar a trabalhar na República do Iraque na primeira oportunidade", disse a agência saudita. O presidente iraquiano, Fouad Masoum, visitou Riad, na Arábia Saudita, no final do ano passado, aumentando as esperanças de uma tentativa de degelo nas relações entre os vizinhos árabes. A Arábia Saudita fechou sua embaixada em Bagdá em 1990, após a invasão do Kuwait pelo Iraque. | 3 |
Fazenda pressiona governo a defender idade mínima para aposentadoria | O Ministério da Fazenda aumentou a pressão para que o governo Dilma Rousseff assuma a defesa da adoção da idade mínima para que os brasileiros possam se aposentar. O ministro Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo, participa das conversas com a equipe de Joaquim Levy. RUÍDO As negociações caminhavam bem até a semana passada, quando aumentaram os rumores de que Joaquim Levy poderia deixar o cargo por causa das críticas, entre outros, do PT e de Lula. FOGO BRANDO A discussão deve entrar em banho-maria pelo menos até a votação dos vetos da pauta-bomba no Congresso e da tentativa de aprovação do pacote fiscal que prevê a criação da CPMF. A Fazenda acredita, no entanto, que a sinalização de que Dilma apoiará a idade mínima é fundamental para sinalizar o compromisso de longo prazo do país com a responsabilidade fiscal. FOGO ALTO Fixar uma idade mínima, por outro lado, é considerada medida destinada a incendiar os movimentos sociais, frontalmente contrários à ideia. CRISTAIS O PTB vai lançar uma nota de repúdio aos procuradores que instalaram inquérito civil para investigar se os ex-presidentes Fernando Collor de Mello, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Lula levaram objetos dos palácios presidenciais de forma indevida. O secretário-geral do partido, Campos Machado, diz ser "inadmissível que um estadista desse porte seja exposto ao ridículo e tenha manchada a sua honra". CRISTAIS 2 Machado está preocupado especialmente com Collor, que é do PTB, e com FHC, "um estadista de quem o Brasil deve se orgulhar". COMEÇANDO OS TRABALHOS O desfile do estilista Alexandre Herchcovitch abriu a São Paulo Fashion Week no domingo (18). O cabeleireiro Celso Kamura e sua equipe cuidaram da beleza de modelos como Daiane Conterato. A consultora de moda Costanza Pascolato e os estilistas Reinaldo Lourenço e Dudu Bertholini assistiram ao desfile, na Prefeitura de SP. A apresentadora Fernanda Young, o arquiteto Isay Weinfeld e a modelo Vanessa Moreira também compareceram. Paulo Borges, diretor da SPFW, esteve no local. * Leia mais sobre a São Paulo Fashion Week aqui. PODE CHEGAR Novo administrador da Feira da Madrugada, Elias Tergilene vai propor à Prefeitura de SP a criação imediata de uma equipe de transição para transferir a gestão do espaço. "Precisamos começar logo a investir em propaganda para o Natal", diz ele, que venceu licitação e vai explorar o ponto por 35 anos. PODE CHEGAR 2 Tergilene planeja fazer obras emergenciais para reabrir o hotel, hoje interditado, que pode abrigar os motoristas de ônibus. E quer chamar o Ministério Público para fiscalizar o trabalho da administração, que será executada por sua empresa, o Grupo UAI, e por representantes dos feirantes e da prefeitura. DAQUI PRA LÁ A peça "Desamor", de Walcyr Carrasco, acaba de ser traduzida para o inglês com o título "Unlove". O ator Dionisio Neto está produzindo a peça em Nova York. Irlanda e Inglaterra também estão nos planos da equipe. FANTASIA NO AR O estilista Walério Araújo, o cantor Latino e o ex-jogador Ronaldo com a namorada, a modelo Celina Locks, estiveram na Ausländer Halloween Party, no sábado (17). A promoter Alicinha Cavalcanti e a modelo e atriz Carol Marra também participaram da festa, no Brás. PRATELEIRA A Prefeitura de São Paulo assina nesta terça (20) um compromisso com o Tribunal de Justiça de SP para reduzir em 10% o número de ações judiciais envolvendo o município, especialmente as execuções fiscais. A ideia é adotar soluções alternativas de resoluções de conflitos, como convocações administrativas, protestos extrajudiciais, conciliação e mediação. PRATELEIRA 2 O acordo faz parte do programa Município Amigo da Justiça, do TJ-SP, que tenta aliviar a carga de processos que chegam ao tribunal. * "Mais da metade das ações na Justiça no Estado referem-se a demandas que envolvem o poder público", diz Wilson Levy, diretor da presidência da corte. São Paulo é a primeira cidade a aderir. CURTO-CIRCUITO Tulipa Ruiz e Felipe Cordeiro se apresentam nesta terça (20) e quarta (21) no Baretto, o bar do Fasano. A partir das 20h, em Cerqueira César. A americana Meg Cabot faz sessão de autógrafos nesta terça (20), às 17h, na Livraria Saraiva do shopping Center Norte. A Galeria Mezanino abre nesta terça (20) duas exposições: de Francisco Maringelli e Sergio Kal e de Claudio Mubarac e Ulysses Bôscolo. A partir das 16h, em Pinheiros. A Ellus faz festa nesta terça (20) para comemorar o desfile na SPFW, a partir das 21h, no prédio da Bienal. Marcello Soares, diretor da empresa AEG Brasil, faz palestra nesta terça (20) no 3º Fórum de Gestão de Estádios e Arenas, no Allianz Parque. com JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI | colunas | Fazenda pressiona governo a defender idade mínima para aposentadoriaO Ministério da Fazenda aumentou a pressão para que o governo Dilma Rousseff assuma a defesa da adoção da idade mínima para que os brasileiros possam se aposentar. O ministro Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo, participa das conversas com a equipe de Joaquim Levy. RUÍDO As negociações caminhavam bem até a semana passada, quando aumentaram os rumores de que Joaquim Levy poderia deixar o cargo por causa das críticas, entre outros, do PT e de Lula. FOGO BRANDO A discussão deve entrar em banho-maria pelo menos até a votação dos vetos da pauta-bomba no Congresso e da tentativa de aprovação do pacote fiscal que prevê a criação da CPMF. A Fazenda acredita, no entanto, que a sinalização de que Dilma apoiará a idade mínima é fundamental para sinalizar o compromisso de longo prazo do país com a responsabilidade fiscal. FOGO ALTO Fixar uma idade mínima, por outro lado, é considerada medida destinada a incendiar os movimentos sociais, frontalmente contrários à ideia. CRISTAIS O PTB vai lançar uma nota de repúdio aos procuradores que instalaram inquérito civil para investigar se os ex-presidentes Fernando Collor de Mello, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Lula levaram objetos dos palácios presidenciais de forma indevida. O secretário-geral do partido, Campos Machado, diz ser "inadmissível que um estadista desse porte seja exposto ao ridículo e tenha manchada a sua honra". CRISTAIS 2 Machado está preocupado especialmente com Collor, que é do PTB, e com FHC, "um estadista de quem o Brasil deve se orgulhar". COMEÇANDO OS TRABALHOS O desfile do estilista Alexandre Herchcovitch abriu a São Paulo Fashion Week no domingo (18). O cabeleireiro Celso Kamura e sua equipe cuidaram da beleza de modelos como Daiane Conterato. A consultora de moda Costanza Pascolato e os estilistas Reinaldo Lourenço e Dudu Bertholini assistiram ao desfile, na Prefeitura de SP. A apresentadora Fernanda Young, o arquiteto Isay Weinfeld e a modelo Vanessa Moreira também compareceram. Paulo Borges, diretor da SPFW, esteve no local. * Leia mais sobre a São Paulo Fashion Week aqui. PODE CHEGAR Novo administrador da Feira da Madrugada, Elias Tergilene vai propor à Prefeitura de SP a criação imediata de uma equipe de transição para transferir a gestão do espaço. "Precisamos começar logo a investir em propaganda para o Natal", diz ele, que venceu licitação e vai explorar o ponto por 35 anos. PODE CHEGAR 2 Tergilene planeja fazer obras emergenciais para reabrir o hotel, hoje interditado, que pode abrigar os motoristas de ônibus. E quer chamar o Ministério Público para fiscalizar o trabalho da administração, que será executada por sua empresa, o Grupo UAI, e por representantes dos feirantes e da prefeitura. DAQUI PRA LÁ A peça "Desamor", de Walcyr Carrasco, acaba de ser traduzida para o inglês com o título "Unlove". O ator Dionisio Neto está produzindo a peça em Nova York. Irlanda e Inglaterra também estão nos planos da equipe. FANTASIA NO AR O estilista Walério Araújo, o cantor Latino e o ex-jogador Ronaldo com a namorada, a modelo Celina Locks, estiveram na Ausländer Halloween Party, no sábado (17). A promoter Alicinha Cavalcanti e a modelo e atriz Carol Marra também participaram da festa, no Brás. PRATELEIRA A Prefeitura de São Paulo assina nesta terça (20) um compromisso com o Tribunal de Justiça de SP para reduzir em 10% o número de ações judiciais envolvendo o município, especialmente as execuções fiscais. A ideia é adotar soluções alternativas de resoluções de conflitos, como convocações administrativas, protestos extrajudiciais, conciliação e mediação. PRATELEIRA 2 O acordo faz parte do programa Município Amigo da Justiça, do TJ-SP, que tenta aliviar a carga de processos que chegam ao tribunal. * "Mais da metade das ações na Justiça no Estado referem-se a demandas que envolvem o poder público", diz Wilson Levy, diretor da presidência da corte. São Paulo é a primeira cidade a aderir. CURTO-CIRCUITO Tulipa Ruiz e Felipe Cordeiro se apresentam nesta terça (20) e quarta (21) no Baretto, o bar do Fasano. A partir das 20h, em Cerqueira César. A americana Meg Cabot faz sessão de autógrafos nesta terça (20), às 17h, na Livraria Saraiva do shopping Center Norte. A Galeria Mezanino abre nesta terça (20) duas exposições: de Francisco Maringelli e Sergio Kal e de Claudio Mubarac e Ulysses Bôscolo. A partir das 16h, em Pinheiros. A Ellus faz festa nesta terça (20) para comemorar o desfile na SPFW, a partir das 21h, no prédio da Bienal. Marcello Soares, diretor da empresa AEG Brasil, faz palestra nesta terça (20) no 3º Fórum de Gestão de Estádios e Arenas, no Allianz Parque. com JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI | 10 |
Saques da poupança superam depósitos em R$ 5,38 bi em março | Em março, as retiradas da caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 5,38 bilhões, informou o Banco Central nesta quarta-feira (6). Esse foi o segundo pior desempenho para o mês na série histórica, iniciada em 1995. O resultado só não foi pior que em março do ano passado, que havia registrado saída líquida de R$ 11,438 bilhões. Houve recuo na saída de recursos também em relação a fevereiro deste ano, quando somou R$ 6,63 bilhões. No primeiro trimestre, os saques líquidos chegaram a R$ 24,050 bilhões, um saldo negativo de R$ 21,441 bilhões via Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e de R$ 2,609 bilhões da poupança rural. Em março apenas, os resgates superaram os depósitos em R$ 5,184 bilhões no SBPE. Ao mesmo tempo, na poupança rural, houve saída líquida de R$ 195,239 milhões. | mercado | Saques da poupança superam depósitos em R$ 5,38 bi em marçoEm março, as retiradas da caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 5,38 bilhões, informou o Banco Central nesta quarta-feira (6). Esse foi o segundo pior desempenho para o mês na série histórica, iniciada em 1995. O resultado só não foi pior que em março do ano passado, que havia registrado saída líquida de R$ 11,438 bilhões. Houve recuo na saída de recursos também em relação a fevereiro deste ano, quando somou R$ 6,63 bilhões. No primeiro trimestre, os saques líquidos chegaram a R$ 24,050 bilhões, um saldo negativo de R$ 21,441 bilhões via Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e de R$ 2,609 bilhões da poupança rural. Em março apenas, os resgates superaram os depósitos em R$ 5,184 bilhões no SBPE. Ao mesmo tempo, na poupança rural, houve saída líquida de R$ 195,239 milhões. | 2 |
'Nem tudo o que gosto, eu consumo', diz Haddad sobre veto ao foie gras | "Nem tudo o que eu gosto, eu consumo", disse o prefeito Fernando Haddad (PT), apreciador confesso de foie gras, sobre como faria para comer o ingrediente após o veto ao ingrediente. Nesta quinta-feira ele sancionou a lei que proíbe a produção e o comércio de foie gras em São Paulo. O prefeito comparou o ingrediente a cigarros e chocolates: "Gosto de cigarro, mas não fumo", disse. " Chocolate eu controlo." A Procuradoria Geral do Município havia recomendado o veto do prefeito ao projeto de lei argumentando que o tema não deveria ser tratado em âmbito municipal. Produção, consumo e proteção ambiental são assuntos federais. Haddad disse que a Procuradoria fez uma primeira interpretação da lei como um mecanismo que estivesse regendo o comércio na cidade de São Paulo. "Na minha visão não se trata disso. A intenção original do projeto desde sempre foi a questão ambiental, então não era uma lei que regia o que podia ou não ser comercializado na cidade." Para o prefeito, caberá ao judiciário, se provocado, decidir sobre a constitucionalidade da nova lei. "Mas, internamente, fizemos debate e descaracterizamos a inconstitucionalidade pela abordagem ambiental." Haddad argumenta que existem leis federais que proíbem os maus tratos aos animais. A base federal sustentaria a pretensão do vereador Laércio Benko (PHS), autor do projeto, e da câmara, que aprovou por unanimidade em votação simbólica, ter uma legislação mais dura na cidade sobre a questão ambiental. O prefeito disse ainda ser um assunto caro à comunidade. "Houve uma mobilização muito grande. Não é de hoje que a população se interessa pelo tema de sofrimento animal, então estamos levando muito a sério esse debate." Na quarta-feira (24), um grupo de ativistas pelos direitos dos animais fez uma manifestação na frente da prefeitura e Haddad recebeu um documento com 90 mil assinaturas a favor da proibição do foie gras. Colaborou Isabel Seta | comida | 'Nem tudo o que gosto, eu consumo', diz Haddad sobre veto ao foie gras"Nem tudo o que eu gosto, eu consumo", disse o prefeito Fernando Haddad (PT), apreciador confesso de foie gras, sobre como faria para comer o ingrediente após o veto ao ingrediente. Nesta quinta-feira ele sancionou a lei que proíbe a produção e o comércio de foie gras em São Paulo. O prefeito comparou o ingrediente a cigarros e chocolates: "Gosto de cigarro, mas não fumo", disse. " Chocolate eu controlo." A Procuradoria Geral do Município havia recomendado o veto do prefeito ao projeto de lei argumentando que o tema não deveria ser tratado em âmbito municipal. Produção, consumo e proteção ambiental são assuntos federais. Haddad disse que a Procuradoria fez uma primeira interpretação da lei como um mecanismo que estivesse regendo o comércio na cidade de São Paulo. "Na minha visão não se trata disso. A intenção original do projeto desde sempre foi a questão ambiental, então não era uma lei que regia o que podia ou não ser comercializado na cidade." Para o prefeito, caberá ao judiciário, se provocado, decidir sobre a constitucionalidade da nova lei. "Mas, internamente, fizemos debate e descaracterizamos a inconstitucionalidade pela abordagem ambiental." Haddad argumenta que existem leis federais que proíbem os maus tratos aos animais. A base federal sustentaria a pretensão do vereador Laércio Benko (PHS), autor do projeto, e da câmara, que aprovou por unanimidade em votação simbólica, ter uma legislação mais dura na cidade sobre a questão ambiental. O prefeito disse ainda ser um assunto caro à comunidade. "Houve uma mobilização muito grande. Não é de hoje que a população se interessa pelo tema de sofrimento animal, então estamos levando muito a sério esse debate." Na quarta-feira (24), um grupo de ativistas pelos direitos dos animais fez uma manifestação na frente da prefeitura e Haddad recebeu um documento com 90 mil assinaturas a favor da proibição do foie gras. Colaborou Isabel Seta | 26 |
Folha inicia nesta segunda sabatina com candidatos a vice-prefeito | Tem início nesta segunda-feira (8) uma série de sabatinas que a Folha realizará com candidatos a vice-prefeito da cidade de São Paulo. O entrevistado dessa segunda é Andrea Matarazzo (PSD), vice na chapa de Marta Suplicy (PMDB). O encontro será transmitido ao vivo, às 15h, pelo canal da TV Folha. Todas as sabatinas serão realizadas às 15h, com exceção da de Ivan Valente (PSOL), que compõe a chapa de Luiza Erundina, do mesmo partido, marcada para as 11h de sexta-feira (12). Na terça (9), a Folha recebe David Martins, vice do Major Olímpio, ambos do Solidariedade. Quarta (10) é a vez de Marlene Machado (PTB), da chapa de Celso Russomanno (PRB). Na quinta (11), o sabatinado é Bruno Covas, vice de João Doria, ambos do PSDB. Gabriel Chalita, vice de Fernando Haddad, atual prefeito e candidato à reeleição, ambos do PT, será entrevistado na sexta (12). Os candidatos à Prefeitura já foram entrevistados em sabatinas realizadas pela Folha, UOL e SBT. Confira: Fernando Haddad Marta Suplicy Luiza Erundina Celso Russomanno João Doria | poder | Folha inicia nesta segunda sabatina com candidatos a vice-prefeitoTem início nesta segunda-feira (8) uma série de sabatinas que a Folha realizará com candidatos a vice-prefeito da cidade de São Paulo. O entrevistado dessa segunda é Andrea Matarazzo (PSD), vice na chapa de Marta Suplicy (PMDB). O encontro será transmitido ao vivo, às 15h, pelo canal da TV Folha. Todas as sabatinas serão realizadas às 15h, com exceção da de Ivan Valente (PSOL), que compõe a chapa de Luiza Erundina, do mesmo partido, marcada para as 11h de sexta-feira (12). Na terça (9), a Folha recebe David Martins, vice do Major Olímpio, ambos do Solidariedade. Quarta (10) é a vez de Marlene Machado (PTB), da chapa de Celso Russomanno (PRB). Na quinta (11), o sabatinado é Bruno Covas, vice de João Doria, ambos do PSDB. Gabriel Chalita, vice de Fernando Haddad, atual prefeito e candidato à reeleição, ambos do PT, será entrevistado na sexta (12). Os candidatos à Prefeitura já foram entrevistados em sabatinas realizadas pela Folha, UOL e SBT. Confira: Fernando Haddad Marta Suplicy Luiza Erundina Celso Russomanno João Doria | 0 |
Estados passam a taxar benefício fiscal de empresas para ampliar receita | Quatro Estados criaram leis que, na prática, reduzem os benefícios fiscais concedidos a empresas para que se instalem em seus territórios. Rio de Janeiro, Ceará, Bahia e Pernambuco criaram o chamado Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal para receber 10% dos benefícios e incentivos fiscais. Ao menos mais três Estados enviaram projetos de lei a suas Assembleias Legislativas para aprovação do mecanismo. A criação do fundo foi autorizada pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), que reúne os secretários estaduais de Fazenda. É uma forma de ampliar as receitas num cenário de recessão e crise financeira. O destino dos recursos varia de acordo com o Estado. No Rio, a lei determina que a prioridade de uso dos recursos é o pagamento de servidores estaduais. O Estado já atrasou os vencimentos diversas vezes neste ano em razão da crise econômica. No Ceará, 20% dos recursos serão destinados à saúde. Na Bahia, a verba será aplicada no Fundo de Combate à Pobreza. A estimativa é que o Rio arrecade até R$ 450 milhões por ano, de acordo com a Secretaria de Fazenda. O fundo fluminense, contudo, isenta da cobrança empresas de 11 setores. O Estado calcula ter concedido R$ 8,7 bilhões em isenções fiscais neste ano, em que seu deficit é de R$ 19 bilhões. REFLEXO DA CRISE - Estados reduzem benefício fiscal de empresas e destinam recurso para novo fundo RESISTÊNCIA As leis preveem a extinção do encargo em dois anos. A medida tem a resistência das federações industriais. A Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) afirmou que pediu à CNI (Confederação Nacional da Indústria) que entre no STF (Supremo Tribunal Federal) com uma ação para declarar inconstitucional a criação do fundo no Rio. "Ao atingir não só os incentivos a serem concedidos mas também aqueles que estão em vigor, o Sistema Firjan alerta para o fato de que a nova lei gera um grave clima de insegurança jurídica para as indústrias que investem no Estado", afirmou a entidade, em nota. "Também desestimula não só os investimentos já previstos, de mais de R$ 42 bilhões, como também a vinda de novos empreendimentos", concluiu a Firjan. Goiás chegou a criar o fundo em janeiro, antes da autorização do Confaz, mas acabou cedendo à pressão da federação local e o revogou. O coordenador do Confaz e secretário de Tributação do Rio Grande do Norte, André Horta Melo, afirmou que todos os secretários concordaram em reunião do conselho que havia a necessidade de redução na renúncia fiscal. "O acordo era fazer que essa redução saísse do Confaz, e não apenas dos Estados. O trânsito do ponto de vista político é muito mais fácil [para aprovação na Assembleia]", disse Melo. O governo de São Paulo ainda não enviou um projeto de lei para a Assembleia tratando do tema. | mercado | Estados passam a taxar benefício fiscal de empresas para ampliar receitaQuatro Estados criaram leis que, na prática, reduzem os benefícios fiscais concedidos a empresas para que se instalem em seus territórios. Rio de Janeiro, Ceará, Bahia e Pernambuco criaram o chamado Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal para receber 10% dos benefícios e incentivos fiscais. Ao menos mais três Estados enviaram projetos de lei a suas Assembleias Legislativas para aprovação do mecanismo. A criação do fundo foi autorizada pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), que reúne os secretários estaduais de Fazenda. É uma forma de ampliar as receitas num cenário de recessão e crise financeira. O destino dos recursos varia de acordo com o Estado. No Rio, a lei determina que a prioridade de uso dos recursos é o pagamento de servidores estaduais. O Estado já atrasou os vencimentos diversas vezes neste ano em razão da crise econômica. No Ceará, 20% dos recursos serão destinados à saúde. Na Bahia, a verba será aplicada no Fundo de Combate à Pobreza. A estimativa é que o Rio arrecade até R$ 450 milhões por ano, de acordo com a Secretaria de Fazenda. O fundo fluminense, contudo, isenta da cobrança empresas de 11 setores. O Estado calcula ter concedido R$ 8,7 bilhões em isenções fiscais neste ano, em que seu deficit é de R$ 19 bilhões. REFLEXO DA CRISE - Estados reduzem benefício fiscal de empresas e destinam recurso para novo fundo RESISTÊNCIA As leis preveem a extinção do encargo em dois anos. A medida tem a resistência das federações industriais. A Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) afirmou que pediu à CNI (Confederação Nacional da Indústria) que entre no STF (Supremo Tribunal Federal) com uma ação para declarar inconstitucional a criação do fundo no Rio. "Ao atingir não só os incentivos a serem concedidos mas também aqueles que estão em vigor, o Sistema Firjan alerta para o fato de que a nova lei gera um grave clima de insegurança jurídica para as indústrias que investem no Estado", afirmou a entidade, em nota. "Também desestimula não só os investimentos já previstos, de mais de R$ 42 bilhões, como também a vinda de novos empreendimentos", concluiu a Firjan. Goiás chegou a criar o fundo em janeiro, antes da autorização do Confaz, mas acabou cedendo à pressão da federação local e o revogou. O coordenador do Confaz e secretário de Tributação do Rio Grande do Norte, André Horta Melo, afirmou que todos os secretários concordaram em reunião do conselho que havia a necessidade de redução na renúncia fiscal. "O acordo era fazer que essa redução saísse do Confaz, e não apenas dos Estados. O trânsito do ponto de vista político é muito mais fácil [para aprovação na Assembleia]", disse Melo. O governo de São Paulo ainda não enviou um projeto de lei para a Assembleia tratando do tema. | 2 |
Pedido de prisão expôs Ministério Público ao ridículo, afirma leitor | O conteúdo do pedido de prisão de Lula expôs o Ministério Público de São Paulo ao ridículo universal. Mas não só a eles. Ficam também desacreditados tantos colunistas, entre os quais muitos da Folha, que vêm encarando as arbitrariedades do Ministério Público paulista e do sr. Moro como se sérias fossem. LÉO BUENO (Santo André, SP) * * Lula deveria estar mais preocupado em pensar como fará sua delação premiada do que em fazer parte do governo Dilma, já que sua prisão é iminente. ALFREDO JOSÉ SALVIANO (Jales, SP) * O PSDB novamente demonstrou que é inepto como partido de oposição ao pôr panos quentes na questão da prisão de Lula. Com o principal partido de oposição sempre em cima do muro, defendo a permanência de Dilma Rousseff até o fim do mandato, por uma questão de motivo inverso, já que o partido demonstra total inabilidade de cumprir seu papel de oposição e, portanto, não merece ser governo. RAFAEL ALBERTI CESA (Caxias do Sul, RS) * Com texto refinado, inteligente e de rara precisão, Bernado Mello Franco em poucas palavras a hipocrisia política. Enquanto parte da sociedade se ilude ao imaginar que o real motivo para a tentativa de afastamento da presidente tem origem no combate à corrupção, caciques políticos, à luz do dia, hasteiam a bandeira da moralidade, mas, na calada da noite, preocupam-se em estabelecer, e de antemão, os critérios para dividir o eventual espólio presidencial. DARCIO DE SOUZA (São Paulo, SP) * Vivi para ver um partido que se diz "dos trabalhadores" ter medo do povo na rua e, pior, negar esquizofrenicamente a realidade das consequências que ele mesmo, na condução do país, via Lula e Dilma, causou seduzido pelo poder. Práticas velhas de quem, vivente eterno em um eterno passado, não entendeu, tampouco aprendeu nada quando aquele muro caiu lá em Berlim... PAULO BOCCATO (Taquaritinga, SP) * * O Brasil produziu em meio a crise o seu Torquemada, o famigerado juiz Sergio Moro, o senhor da verdade. A continuar assim, não tenho dúvida de que construiremos patíbulos e fogueiras para exorcizar toda "gente ruim" e esquerdista que vive neste desolado e reacionário país. DANTE DONATELLI (São Paulo, SP) * * Dilma Rousseff alega que não vê motivo para sua renúncia ou impedimento. Foi eleita pela maioria dos brasileiros e não faz nada de errado que justifique sua saída. Na verdade, ela não foi eleita democraticamente, uma vez que iludiu os brasileiros, fazendo promessas impossíveis. GERALDO SIFFERT JUNIOR (Rio de Janeiro, RJ) * Nomear Luiz Inácio Lula da Silva para assumir algum ministério, com o intuito de garantir ao ex-presidente foro privilegiado, é um absurdo. Distribuir ministérios entre os partidos, com o objetivo de garantir algum apoio político, também é impróprio. Os critérios de escolha de ministros devem ser baseados única e exclusivamente na competência de cada profissional em conduzir a pasta de forma eficiente, legítima e qualificada. O Brasil precisa se levantar e sair desse lamaçal o mais rápido possível. Portanto, cada ministro deve honrar a posição que ocupa e trabalhar para defender somente os interesses do povo brasileiro, que precisa de um primeiro escalão íntegro, honesto e cumpridor de suas obrigações. JOSÉ CARLOS SARAIVA DA COSTA (Belo Horizonte, MG) * O sr. Pedro Luiz Passos, empresário da Natura, propõe a renúncia de Dilma. Brasileiro tem horror ao confronto, por isso ele propõe o "jeitinho". Ao contrário, a presidente deve ir até o fim, dentro da lei e dos princípios democráticos de direito, para apurar esse conluio entre Estado e mercado danoso à sociedade. Chega de varrer a sujeira para debaixo do tapete, seja do governo, da oposição ou do empresariado. Getúlio fez esse favor a seus detratores e os resultados estão aí. ADEMAR G. FEITEIRO (São Paulo, SP) * Equilibrado, sensato e muito esclarecedor o texto de Vladimir Safatle sobre as ações da Justiça e o tratamento que os partidos e seus representantes estão sendo submetidos no Brasil. Se houvesse sempre no país uma cobertura da imprensa implacável e uma ação mais efetiva do Ministério Público como presenciamos agora, talvez muitos políticos que hoje pedem a renúncia ou o impeachment da presidente da República estariam presos ou inelegíveis. ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP) * Desaprovo o pedido de prisão do Lula, mesmo sendo antipetista. Que ele responda por seus crimes em liberdade. Vale ressaltar que Lula continua sendo privilegiado. Se recebesse tratamento igual ao reservado à maioria dos suspeitos pobres ele passaria meses aguardando julgamento numa cela lotada. ANTONIO CELSO NOGUEIRA LEITE (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected] | paineldoleitor | Pedido de prisão expôs Ministério Público ao ridículo, afirma leitorO conteúdo do pedido de prisão de Lula expôs o Ministério Público de São Paulo ao ridículo universal. Mas não só a eles. Ficam também desacreditados tantos colunistas, entre os quais muitos da Folha, que vêm encarando as arbitrariedades do Ministério Público paulista e do sr. Moro como se sérias fossem. LÉO BUENO (Santo André, SP) * * Lula deveria estar mais preocupado em pensar como fará sua delação premiada do que em fazer parte do governo Dilma, já que sua prisão é iminente. ALFREDO JOSÉ SALVIANO (Jales, SP) * O PSDB novamente demonstrou que é inepto como partido de oposição ao pôr panos quentes na questão da prisão de Lula. Com o principal partido de oposição sempre em cima do muro, defendo a permanência de Dilma Rousseff até o fim do mandato, por uma questão de motivo inverso, já que o partido demonstra total inabilidade de cumprir seu papel de oposição e, portanto, não merece ser governo. RAFAEL ALBERTI CESA (Caxias do Sul, RS) * Com texto refinado, inteligente e de rara precisão, Bernado Mello Franco em poucas palavras a hipocrisia política. Enquanto parte da sociedade se ilude ao imaginar que o real motivo para a tentativa de afastamento da presidente tem origem no combate à corrupção, caciques políticos, à luz do dia, hasteiam a bandeira da moralidade, mas, na calada da noite, preocupam-se em estabelecer, e de antemão, os critérios para dividir o eventual espólio presidencial. DARCIO DE SOUZA (São Paulo, SP) * Vivi para ver um partido que se diz "dos trabalhadores" ter medo do povo na rua e, pior, negar esquizofrenicamente a realidade das consequências que ele mesmo, na condução do país, via Lula e Dilma, causou seduzido pelo poder. Práticas velhas de quem, vivente eterno em um eterno passado, não entendeu, tampouco aprendeu nada quando aquele muro caiu lá em Berlim... PAULO BOCCATO (Taquaritinga, SP) * * O Brasil produziu em meio a crise o seu Torquemada, o famigerado juiz Sergio Moro, o senhor da verdade. A continuar assim, não tenho dúvida de que construiremos patíbulos e fogueiras para exorcizar toda "gente ruim" e esquerdista que vive neste desolado e reacionário país. DANTE DONATELLI (São Paulo, SP) * * Dilma Rousseff alega que não vê motivo para sua renúncia ou impedimento. Foi eleita pela maioria dos brasileiros e não faz nada de errado que justifique sua saída. Na verdade, ela não foi eleita democraticamente, uma vez que iludiu os brasileiros, fazendo promessas impossíveis. GERALDO SIFFERT JUNIOR (Rio de Janeiro, RJ) * Nomear Luiz Inácio Lula da Silva para assumir algum ministério, com o intuito de garantir ao ex-presidente foro privilegiado, é um absurdo. Distribuir ministérios entre os partidos, com o objetivo de garantir algum apoio político, também é impróprio. Os critérios de escolha de ministros devem ser baseados única e exclusivamente na competência de cada profissional em conduzir a pasta de forma eficiente, legítima e qualificada. O Brasil precisa se levantar e sair desse lamaçal o mais rápido possível. Portanto, cada ministro deve honrar a posição que ocupa e trabalhar para defender somente os interesses do povo brasileiro, que precisa de um primeiro escalão íntegro, honesto e cumpridor de suas obrigações. JOSÉ CARLOS SARAIVA DA COSTA (Belo Horizonte, MG) * O sr. Pedro Luiz Passos, empresário da Natura, propõe a renúncia de Dilma. Brasileiro tem horror ao confronto, por isso ele propõe o "jeitinho". Ao contrário, a presidente deve ir até o fim, dentro da lei e dos princípios democráticos de direito, para apurar esse conluio entre Estado e mercado danoso à sociedade. Chega de varrer a sujeira para debaixo do tapete, seja do governo, da oposição ou do empresariado. Getúlio fez esse favor a seus detratores e os resultados estão aí. ADEMAR G. FEITEIRO (São Paulo, SP) * Equilibrado, sensato e muito esclarecedor o texto de Vladimir Safatle sobre as ações da Justiça e o tratamento que os partidos e seus representantes estão sendo submetidos no Brasil. Se houvesse sempre no país uma cobertura da imprensa implacável e uma ação mais efetiva do Ministério Público como presenciamos agora, talvez muitos políticos que hoje pedem a renúncia ou o impeachment da presidente da República estariam presos ou inelegíveis. ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP) * Desaprovo o pedido de prisão do Lula, mesmo sendo antipetista. Que ele responda por seus crimes em liberdade. Vale ressaltar que Lula continua sendo privilegiado. Se recebesse tratamento igual ao reservado à maioria dos suspeitos pobres ele passaria meses aguardando julgamento numa cela lotada. ANTONIO CELSO NOGUEIRA LEITE (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected] | 16 |
1 a cada 3 brasileiros tem medo de violência e da polícia, aponta pesquisa | Um a cada três brasileiros tem medo da violência urbana nas ruas de seu bairro tanto quanto da Polícia Militar, que deveria remediá-la. É o que mostra pesquisa inédita do Datafolha sobre medo e percepção de segurança. Realizado em 194 municípios do país, o levantamento apontou que 49% dos brasileiros têm medo de ser alvo de violência por parte da Polícia Militar e 60% têm medo de andar nas ruas da vizinhança depois do anoitecer. Um terço (35%), no entanto, tem medo das duas coisas. A sensação de vulnerabilidade e a ideia de que não há a quem recorrer, dizem especialistas, promove isolamento, enfraquece a coesão social e favorece a busca individual de medidas de segurança, nem sempre lícitas e que não melhoram o quadro geral. "O brasileiro hoje é refém do medo. Essas pessoas se sentem indefesas", avalia Arthur Trindade, ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal e professor da Universidade de Brasília, que estuda o medo do crime. Segundo ele, o temor da polícia ou do crime não necessariamente estão ligados a uma experiência anterior de violência. Por isso, não necessariamente quem foi vítima de um crime ou de abuso policial tem mais medo que aqueles que nunca passaram por isso. É o caso da ascensorista Cleide Luci, 49. Ela nunca sofreu furto, assalto ou qualquer outro crime, mas diz ter medo tanto de andar na rua de noite como da Polícia Militar. "Moro perto de Perus [zona norte], um bairro violento onde acontece muita coisa errada. Fico sempre com receio de sair de noite", diz. "Ao mesmo tempo, a polícia me dá medo porque já vi ela agir com muita truculência na periferia. Se você estiver num determinado lugar e tiver certas características, já é suspeito", avalia. "Os policiais que entram no elevador do meu trabalho, na região central, são sempre gentis. É muito diferente do que vejo perto de casa", diz ela. "Com isso, tenho medo de bandido e de polícia. Não sei a quem recorrer", desabafa. AMEDRONTADOS Trindade explica que o medo e a insegurança são maiores entre pessoas de baixa renda –55% têm medo da polícia militar e 62%, de andar nas ruas de noite– porque vivem em bairros menos estruturados e mais vulneráveis. Pretos e pardos também estão mais sujeitos ao medo pela questão de renda e, portanto, do local de moradia –57% daqueles que têm medo das ruas e da polícia são negros. Idosos e mulheres completam o perfil dos brasileiros que mais são vítimas da sensação de insegurança. Datafolha - Medo "Enquanto o homem tem medo de sofrer um assalto na rua, no caso da mulher, soma-se a isso o medo da violência sexual", explica. Registros oficiais contam 50 mil estupros por ano no Brasil. É por isso que, enquanto 52% dos homens têm medo de andar na rua após anoitecer, entre mulheres o índice é de 68%. Entre quem tem medo das ruas e da polícia, 56% é do sexo feminino. Segundo ele, o que diminui a sensação de medo é a confiança no vizinho, também entendida como coesão social, e a confiança nas instituições, caso das polícias –dois fatores distantes da atual realidade do país. De acordo com pesquisa do Latinobarômetro de 2015, só 7% dos brasileiros confiam em seus pares (o menor índice da América Latina). Estudos brasileiros também apontam índices baixos de confiança nas polícias, em geral em torno de 30%. POLÍCIA Para Marcelo Nery, sociólogo do Núcleo de Estudos da Violência da USP, as altas taxas de mortes provocadas por policiais e a percepção de que sua ação é "um tanto aleatória e sem um padrão" aumentam a insegurança. Nery cita a dramatização da violência feita por certos meios de comunicação aliada à falta de políticas claras de combate ao crime como uma combinação que potencializa a sensação de medo evidenciada pela pesquisa. Para o coronel Álvaro Camilo, ex-comandante da Polícia Militar de São Paulo, a mídia é um ator muito importante na construção da sensação de insegurança. Datafolha - Policial Ele avalia que há muito desconhecimento em relação à polícia, o que dificulta sua maior aproximação da população. "A polícia precisa ser conhecida para ser acreditada. Com isso, ela obtém mais informação da população e, portanto, trabalha melhor." Renato Sérgio de Lima, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, aponta que os dados sobre o medo das polícias são estáveis pelo menos desde 2012. "Os padrões de enfrentamento, a baixa capacidade de investigação e a crise do modelo federativo de segurança deixaram a população apavorada. Com isso, essas instituições não podem achar que estão trabalhando corretamente", afirma. Camilo admite que a polícia tem seu papel neste resultado. "O próprio policial muitas vezes não interage com a população. A polícia sofre com o estigma do regime militar, sendo que isso acabou e ela mudou há muito tempo", diz o pesquisador. Para Lima, a boa notícia é que 51% da população não tem medo da polícia, portanto, a reconhece como instância legítima de ordem e controle e de representação do Estado na detenção do monopólio de uso da força. GATILHOS E EFEITOS Trindade cita estudos que indicam que o que mais provoca medo no Brasil é o barulho de tiros, ao vivo ou no noticiário, seguido do assalto de rua e de incivilidades, como brigas e ameaças. As consequências, diz ele, são múltiplas. Na saúde, o medo gera ansiedade, fobias e pânico. Na economia, atrapalha os negócios e o turismo, e eleva os gastos com segurança privada. Do ponto de vista urbano, isola as pessoas, que passam a usar menos a cidade, tornando-a mais perigosa. "Quando o Estado não assume o protagonismo e não há política para o medo, as pessoas passam a tomar medidas que vão desde colocar caco de vidro no muro e ter um cachorro bravo até pagar milícias e contratar grupos de extermínio", alerta. Para Lima, do Fórum, a segurança precisa finalmente ser tratada como prioridade tanto pelo Executivo federal como pelos governos estaduais. "Vivemos uma crise de implementação. Só com pressão social as coisas serão transformadas e a política de segurança pública pode ser de fato posta em prática." | cotidiano | 1 a cada 3 brasileiros tem medo de violência e da polícia, aponta pesquisaUm a cada três brasileiros tem medo da violência urbana nas ruas de seu bairro tanto quanto da Polícia Militar, que deveria remediá-la. É o que mostra pesquisa inédita do Datafolha sobre medo e percepção de segurança. Realizado em 194 municípios do país, o levantamento apontou que 49% dos brasileiros têm medo de ser alvo de violência por parte da Polícia Militar e 60% têm medo de andar nas ruas da vizinhança depois do anoitecer. Um terço (35%), no entanto, tem medo das duas coisas. A sensação de vulnerabilidade e a ideia de que não há a quem recorrer, dizem especialistas, promove isolamento, enfraquece a coesão social e favorece a busca individual de medidas de segurança, nem sempre lícitas e que não melhoram o quadro geral. "O brasileiro hoje é refém do medo. Essas pessoas se sentem indefesas", avalia Arthur Trindade, ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal e professor da Universidade de Brasília, que estuda o medo do crime. Segundo ele, o temor da polícia ou do crime não necessariamente estão ligados a uma experiência anterior de violência. Por isso, não necessariamente quem foi vítima de um crime ou de abuso policial tem mais medo que aqueles que nunca passaram por isso. É o caso da ascensorista Cleide Luci, 49. Ela nunca sofreu furto, assalto ou qualquer outro crime, mas diz ter medo tanto de andar na rua de noite como da Polícia Militar. "Moro perto de Perus [zona norte], um bairro violento onde acontece muita coisa errada. Fico sempre com receio de sair de noite", diz. "Ao mesmo tempo, a polícia me dá medo porque já vi ela agir com muita truculência na periferia. Se você estiver num determinado lugar e tiver certas características, já é suspeito", avalia. "Os policiais que entram no elevador do meu trabalho, na região central, são sempre gentis. É muito diferente do que vejo perto de casa", diz ela. "Com isso, tenho medo de bandido e de polícia. Não sei a quem recorrer", desabafa. AMEDRONTADOS Trindade explica que o medo e a insegurança são maiores entre pessoas de baixa renda –55% têm medo da polícia militar e 62%, de andar nas ruas de noite– porque vivem em bairros menos estruturados e mais vulneráveis. Pretos e pardos também estão mais sujeitos ao medo pela questão de renda e, portanto, do local de moradia –57% daqueles que têm medo das ruas e da polícia são negros. Idosos e mulheres completam o perfil dos brasileiros que mais são vítimas da sensação de insegurança. Datafolha - Medo "Enquanto o homem tem medo de sofrer um assalto na rua, no caso da mulher, soma-se a isso o medo da violência sexual", explica. Registros oficiais contam 50 mil estupros por ano no Brasil. É por isso que, enquanto 52% dos homens têm medo de andar na rua após anoitecer, entre mulheres o índice é de 68%. Entre quem tem medo das ruas e da polícia, 56% é do sexo feminino. Segundo ele, o que diminui a sensação de medo é a confiança no vizinho, também entendida como coesão social, e a confiança nas instituições, caso das polícias –dois fatores distantes da atual realidade do país. De acordo com pesquisa do Latinobarômetro de 2015, só 7% dos brasileiros confiam em seus pares (o menor índice da América Latina). Estudos brasileiros também apontam índices baixos de confiança nas polícias, em geral em torno de 30%. POLÍCIA Para Marcelo Nery, sociólogo do Núcleo de Estudos da Violência da USP, as altas taxas de mortes provocadas por policiais e a percepção de que sua ação é "um tanto aleatória e sem um padrão" aumentam a insegurança. Nery cita a dramatização da violência feita por certos meios de comunicação aliada à falta de políticas claras de combate ao crime como uma combinação que potencializa a sensação de medo evidenciada pela pesquisa. Para o coronel Álvaro Camilo, ex-comandante da Polícia Militar de São Paulo, a mídia é um ator muito importante na construção da sensação de insegurança. Datafolha - Policial Ele avalia que há muito desconhecimento em relação à polícia, o que dificulta sua maior aproximação da população. "A polícia precisa ser conhecida para ser acreditada. Com isso, ela obtém mais informação da população e, portanto, trabalha melhor." Renato Sérgio de Lima, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, aponta que os dados sobre o medo das polícias são estáveis pelo menos desde 2012. "Os padrões de enfrentamento, a baixa capacidade de investigação e a crise do modelo federativo de segurança deixaram a população apavorada. Com isso, essas instituições não podem achar que estão trabalhando corretamente", afirma. Camilo admite que a polícia tem seu papel neste resultado. "O próprio policial muitas vezes não interage com a população. A polícia sofre com o estigma do regime militar, sendo que isso acabou e ela mudou há muito tempo", diz o pesquisador. Para Lima, a boa notícia é que 51% da população não tem medo da polícia, portanto, a reconhece como instância legítima de ordem e controle e de representação do Estado na detenção do monopólio de uso da força. GATILHOS E EFEITOS Trindade cita estudos que indicam que o que mais provoca medo no Brasil é o barulho de tiros, ao vivo ou no noticiário, seguido do assalto de rua e de incivilidades, como brigas e ameaças. As consequências, diz ele, são múltiplas. Na saúde, o medo gera ansiedade, fobias e pânico. Na economia, atrapalha os negócios e o turismo, e eleva os gastos com segurança privada. Do ponto de vista urbano, isola as pessoas, que passam a usar menos a cidade, tornando-a mais perigosa. "Quando o Estado não assume o protagonismo e não há política para o medo, as pessoas passam a tomar medidas que vão desde colocar caco de vidro no muro e ter um cachorro bravo até pagar milícias e contratar grupos de extermínio", alerta. Para Lima, do Fórum, a segurança precisa finalmente ser tratada como prioridade tanto pelo Executivo federal como pelos governos estaduais. "Vivemos uma crise de implementação. Só com pressão social as coisas serão transformadas e a política de segurança pública pode ser de fato posta em prática." | 6 |
Crise no Mercosul leva Paraguai a chamar embaixador na Venezuela | Em um indicativo de que a crise do Mercosul só se agrava, o governo do Paraguai convocou para consultas seu embaixador na Venezuela, Enrique Jara Ocampos. A medida, tomada na manhã desta sexta-feira (5), demonstra o descontentamento do governo de Horacio Cartes com as afirmações feitas pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Na noite de quarta (3), o dirigente disse que a Venezuela é perseguida pela "tríplice aliança de torturadores" da América do Sul, formada pela "oligarquia paraguaia corrupta e narcotraficante, pelo enfraquecido [presidente Mauricio] Macri, da Argentina, fracassado e repudiado por seu povo, e agora pela ditadura imposta no Brasil." Maduro fez a afirmação em resposta à posição de Brasília, Buenos Aires e Assunção de não o aceitarem como presidente do Mercosul. O bloco está sem comando há uma semana, quando o Uruguai deu por encerrado seu período de liderança e a Venezuela se autoproclamou presidente —pela regra, a liderança do grupo muda a cada seis meses em ordem alfabética. O chanceler paraguaio, Eladio Loizaga, disse na noite desta quinta (4) à Folha, antes de chamar para consultas o embaixador na Venezuela, que não é possível dialogar em um ambiente de provocação. "Houve e há paciência, mas estamos em um momento em que a linguagem está muito pesada. Antes de mensagens conciliadoras, estamos vendo mensagens de provocação", acrescentou. Representantes dos quatro membros fundadores do bloco (Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai) se reuniram na quinta em Montevidéu na tentativa de resolver o impasse, mas não chegaram a um acordo nem encontraram uma forma de manter as atividades do grupo sem um líder. Sem um presidente, o Mercosul poderá atrasar negociações internacionais com terceiros, congelar a implementação de acordos firmados com outros países e impedir novas parcerias do bloco. Decisões operacionais de comércio exterior, como reduções de tarifas, com impactos no setor privado, também poderão ser adiadas. A crise no grupo se arrasta há alguns meses porque Paraguai, Brasil e Argentina se opõem a Maduro com a justificativa de que seu governo não respeita direitos humanos, mantendo presos políticos de oposição. | mundo | Crise no Mercosul leva Paraguai a chamar embaixador na VenezuelaEm um indicativo de que a crise do Mercosul só se agrava, o governo do Paraguai convocou para consultas seu embaixador na Venezuela, Enrique Jara Ocampos. A medida, tomada na manhã desta sexta-feira (5), demonstra o descontentamento do governo de Horacio Cartes com as afirmações feitas pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Na noite de quarta (3), o dirigente disse que a Venezuela é perseguida pela "tríplice aliança de torturadores" da América do Sul, formada pela "oligarquia paraguaia corrupta e narcotraficante, pelo enfraquecido [presidente Mauricio] Macri, da Argentina, fracassado e repudiado por seu povo, e agora pela ditadura imposta no Brasil." Maduro fez a afirmação em resposta à posição de Brasília, Buenos Aires e Assunção de não o aceitarem como presidente do Mercosul. O bloco está sem comando há uma semana, quando o Uruguai deu por encerrado seu período de liderança e a Venezuela se autoproclamou presidente —pela regra, a liderança do grupo muda a cada seis meses em ordem alfabética. O chanceler paraguaio, Eladio Loizaga, disse na noite desta quinta (4) à Folha, antes de chamar para consultas o embaixador na Venezuela, que não é possível dialogar em um ambiente de provocação. "Houve e há paciência, mas estamos em um momento em que a linguagem está muito pesada. Antes de mensagens conciliadoras, estamos vendo mensagens de provocação", acrescentou. Representantes dos quatro membros fundadores do bloco (Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai) se reuniram na quinta em Montevidéu na tentativa de resolver o impasse, mas não chegaram a um acordo nem encontraram uma forma de manter as atividades do grupo sem um líder. Sem um presidente, o Mercosul poderá atrasar negociações internacionais com terceiros, congelar a implementação de acordos firmados com outros países e impedir novas parcerias do bloco. Decisões operacionais de comércio exterior, como reduções de tarifas, com impactos no setor privado, também poderão ser adiadas. A crise no grupo se arrasta há alguns meses porque Paraguai, Brasil e Argentina se opõem a Maduro com a justificativa de que seu governo não respeita direitos humanos, mantendo presos políticos de oposição. | 3 |
SP terá multa de R$ 500 para quem impedir amamentação em público | O prefeito Fernando Haddad (PT) sancionou uma lei que prevê multa de R$ 500 para quem constranger mães que amamentam em público. A sanção foi publicada no Diário Oficial da Cidade desta terça-feira (14). A punição vale para estabelecimentos fechados ou abertos destinados a atividades comerciais, culturais, recreativas ou de prestação de serviço público ou privado. O valor dobra em caso de reincidência. De autoria dos vereadores Aurélio Nomura (PSDB), Patrícia Bezerra (PSDB) e Edir Salles (PSD), o projeto foi apresentado na Câmara Municipal de São Paulo em 2013, porém, foi mantido na gaveta até o mês passado, quando foi aprovado dentro de um pacote de projetos de vereadores no Legislativo. Naquele ano, a turismóloga Geovana Cleres foi abordada por funcionárias do Sesc Belenzinho quando dava de mamar a sua filha de 1 ano. À época, o Sesc atribuiu a abordagem a uma falha de comunicação. Mesmo assim, houve uma manifestação que reuniu dezenas de mães, que realizaram um "mamaço". Segundo o texto dos parlamentares, mesmo os estabelecimentos que tenham áreas específicas destinadas à amamentação não poderão impedir as mães de oferecer o peito a seus filhos em outras áreas. Embora já seja lei, haverá um prazo, que poderá chegar a 90 dias, para a regulamentação. A fiscalização deverá ser feita pelos mesmos 500 agentes vistores que fiscalizam outra série de atividades na cidade. MAMAÇOS O caso de Geovana não foi o único a gerar polêmica. Em maio de 2011, cerca de 30 mães promoveram um mamaço no saguão do Itaú Cultural, na avenida Paulista. O protesto aconteceu dias depois de a antropóloga Marina Barão, 29, ser proibida de amamentar seu filho Francisco, de três meses, no mesmo centro de exposições. O protesto ganhou o apoio da direção da instituição, que argumentou ter sido uma falha de uma funcionária, que foi orientada a agir de maneira diferente. Em fevereiro de 2014, a cena se repetiu no MIS (Museu da Imagem e do Som). A modelo Priscila Navarro Bueno, 29, contou que um funcionário a abordou quando ela, ao lado do marido, tirou o seio para amamentar a filha de sete meses. Segundo ela, o funcionário questionou se ela gostaria de amamentar num local reservado. O MIS pediu desculpas pelo ocorrido, o que não evitou um outro mamaço, que reuniu 40 famílias no local. | cotidiano | SP terá multa de R$ 500 para quem impedir amamentação em públicoO prefeito Fernando Haddad (PT) sancionou uma lei que prevê multa de R$ 500 para quem constranger mães que amamentam em público. A sanção foi publicada no Diário Oficial da Cidade desta terça-feira (14). A punição vale para estabelecimentos fechados ou abertos destinados a atividades comerciais, culturais, recreativas ou de prestação de serviço público ou privado. O valor dobra em caso de reincidência. De autoria dos vereadores Aurélio Nomura (PSDB), Patrícia Bezerra (PSDB) e Edir Salles (PSD), o projeto foi apresentado na Câmara Municipal de São Paulo em 2013, porém, foi mantido na gaveta até o mês passado, quando foi aprovado dentro de um pacote de projetos de vereadores no Legislativo. Naquele ano, a turismóloga Geovana Cleres foi abordada por funcionárias do Sesc Belenzinho quando dava de mamar a sua filha de 1 ano. À época, o Sesc atribuiu a abordagem a uma falha de comunicação. Mesmo assim, houve uma manifestação que reuniu dezenas de mães, que realizaram um "mamaço". Segundo o texto dos parlamentares, mesmo os estabelecimentos que tenham áreas específicas destinadas à amamentação não poderão impedir as mães de oferecer o peito a seus filhos em outras áreas. Embora já seja lei, haverá um prazo, que poderá chegar a 90 dias, para a regulamentação. A fiscalização deverá ser feita pelos mesmos 500 agentes vistores que fiscalizam outra série de atividades na cidade. MAMAÇOS O caso de Geovana não foi o único a gerar polêmica. Em maio de 2011, cerca de 30 mães promoveram um mamaço no saguão do Itaú Cultural, na avenida Paulista. O protesto aconteceu dias depois de a antropóloga Marina Barão, 29, ser proibida de amamentar seu filho Francisco, de três meses, no mesmo centro de exposições. O protesto ganhou o apoio da direção da instituição, que argumentou ter sido uma falha de uma funcionária, que foi orientada a agir de maneira diferente. Em fevereiro de 2014, a cena se repetiu no MIS (Museu da Imagem e do Som). A modelo Priscila Navarro Bueno, 29, contou que um funcionário a abordou quando ela, ao lado do marido, tirou o seio para amamentar a filha de sete meses. Segundo ela, o funcionário questionou se ela gostaria de amamentar num local reservado. O MIS pediu desculpas pelo ocorrido, o que não evitou um outro mamaço, que reuniu 40 famílias no local. | 6 |
'O colapso moral do Estado está à vista de todos', diz leitor | CORRUPÇÃO O colapso moral do Estado está à vista de todos. No STF, ministros ignoram leis e questionam publicamente decisões de colegas. O Senado mobiliza mais forças para defender Aécio Neves do que para defender interesses do país. O Executivo compra a granel votos na Câmara para livrá-lo da Justiça e nomeia o relator que deverá julgá-lo. Como o Supremo revogou o Estado laico, autorizando ensino religioso confessional nas escolas públicas, alguns parlamentares estudam revogar o sétimo mandamento. JOSÉ TADEU GOBBI, publicitário (São Paulo, SP) * O Congresso Nacional está paralisado há meses, com um custo financeiro elevadíssimo para o povo brasileiro, não para decidir medidas que interessam à nação, mas para defender-se das acusações de corrupção. Os congressistas unem-se agora em defesa do senador Aécio Neves para evitar que amanhã tenham o mesmo destino. A impunidade e a injustiça continuam prevalecendo. ROSA LINA KRAUSE (Timbó, SC) * Quem foi à rua pedindo o impeachment de Dilma Rousseff não vai às ruas agora contra Michel Temer. A turba que lotou as ruas —e a telas das TVs— com a camisa da CBF parece estar com a sensação de dever cumprido por tirar uma mulher e colocar um homem no lugar. Dilma não os representava. Temer representa. Muitos estão deslumbrados, sonhando com as (já esquecidas pela mídia) malas de Geddel. ISABEL FERRONATO (Blumenau, SC) * Atualmente, não vale a pena pensar o Brasil, lutar por um país melhor. A indiferença, o comodismo, a descrença, a desesperança, tudo desanima. O tecido social vai se esfarrapando do Oiapoque ao Chuí. O brasileiro só se inflama e se posiciona quando o assunto é futebol. O resto que se dane. Os privilegiados, ainda legalmente amparados por um foro especial, resistem às investidas saneadoras do processo crônico de corrupção, com cínicas argumentações. Novas perspectivas são necessárias para devolver a fé à população. JOÃO HÉLIO ROCHA (Nova Friburgo, RJ) - PLANOS DE SAÚDE A justificativa das empresas para esse reajuste: diluir após os 60 aquele reajuste enorme que hoje é feito aos 59. Como não tenho a íntegra do projeto, preciso do texto da Folha, que é omisso quanto à situação dos que já passaram dos 60 e já foram penalizados com aquele reajuste feito aos 59. ROQUE LUIZ R. DA SILVEIRA (Jundiaí, SP) * Os congressistas representam o povo ou os interesses das seguradoras? Estava convencido de que era o povo. Errei. Queria saber o que os senadores e deputados fizeram para tapar o buraco financeiro do país, para além de aumentar seus salários e benefícios neste momento delicado. FRANCISCUS D'HANENS (São Paulo, SP) - COLUNISTAS Hélio, suas colunas são brilhantes, mas desta vez você se superou. Além da decisão de afastar Aécio Neves ter sido irresponsável, faltou bom senso aos ministros. O que nós menos precisamos no momento é conflito entre as instituições. Mas, infelizmente, alguns ministros estão mais preocupados em aparecer na mídia do que em fazer Justiça. ANTENOR BAPTISTA (São Paulo, SP) * Segundo o colunista Bernardo Mello Franco, o deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) disse, em defesa das negociatas de Temer, que "os deputados não são santos porque o povo também não é santo". Quando um homem de 87 anos diz tal disparate, não há como ter esperanças. Essa é a real tragédia brasileira. ADEMAR G. FEITEIRO, advogado (São Paulo, SP) * É muito triste para os milhões de brasileiros que nem sequer conhecem esse cidadão ter que conviver com tamanho disparate e atitudes contrárias ao Brasil. Espero que esta seja a última dele, seja pela idade, seja pela eleição. Precisamos aprender a cassar maus políticos pelo voto! APARECIDO J.G. SILVA (Santana de Parnaíba, SP) - RIO TIETÊ Existe um erro conceitual no saneamento brasileiro que embasa o artigo do presidente da Sabesp e que necessita ser esclarecido. A agência reguladora não deveria regular a Sabesp, e sim os contratos operados por ela, que deveriam ser obtidos num ambiente de competição entre operadores, não de monopólio. Esse é o verdadeiro xis da questão. Se assim fosse, já teríamos alcançados há muito tempo o acesso universal aos serviços e a despoluição do rio Tietê. YVES BESSE (São Paulo, SP) * O texto anuncia e tenta justificar o aumento futuro de tarifas. Nenhuma palavra sobre os bilhões já investidos em projetos de despoluição do rio Tietê totalmente fracassados. Monopólio é isso. Ninguém é responsabilizado por nada. PETER JANOS WECHSLER (São Paulo, SP) - EDITORIAIS Editorial lúcido e sucinto, expressando o pensamento de muitos brasileiros despojados de ideologias retrógradas ("Infraestrutura à venda" ). ÉDEN A. SANTOS (São Paulo, SP) * Sobre o editorial "Suicídio e prevenção", a prevenção do suicídio, que envolve o acesso aos serviços de saúde, vai além da existência do Caps. Exige uma rede ambulatorial ampla, emergências para manejo de situações de crise e leitos hospitalares para a proteção das pessoas em maior risco. Considerando que o risco de suicídio é uma emergência médica e que a quase totalidade das vítimas apresentava um transtorno psiquiátrico, a presença do psiquiatra em todos os níveis de assistência, ambulatorial, emergencial e hospitalar, é fundamental. ALEXANDRE P. DIAZ (Florianópolis, SC) e ANTÔNIO G. DA SILVA (Brasília, DF), coordenadores nacionais da Campanha Setembro Amarelo - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected] | paineldoleitor | 'O colapso moral do Estado está à vista de todos', diz leitorCORRUPÇÃO O colapso moral do Estado está à vista de todos. No STF, ministros ignoram leis e questionam publicamente decisões de colegas. O Senado mobiliza mais forças para defender Aécio Neves do que para defender interesses do país. O Executivo compra a granel votos na Câmara para livrá-lo da Justiça e nomeia o relator que deverá julgá-lo. Como o Supremo revogou o Estado laico, autorizando ensino religioso confessional nas escolas públicas, alguns parlamentares estudam revogar o sétimo mandamento. JOSÉ TADEU GOBBI, publicitário (São Paulo, SP) * O Congresso Nacional está paralisado há meses, com um custo financeiro elevadíssimo para o povo brasileiro, não para decidir medidas que interessam à nação, mas para defender-se das acusações de corrupção. Os congressistas unem-se agora em defesa do senador Aécio Neves para evitar que amanhã tenham o mesmo destino. A impunidade e a injustiça continuam prevalecendo. ROSA LINA KRAUSE (Timbó, SC) * Quem foi à rua pedindo o impeachment de Dilma Rousseff não vai às ruas agora contra Michel Temer. A turba que lotou as ruas —e a telas das TVs— com a camisa da CBF parece estar com a sensação de dever cumprido por tirar uma mulher e colocar um homem no lugar. Dilma não os representava. Temer representa. Muitos estão deslumbrados, sonhando com as (já esquecidas pela mídia) malas de Geddel. ISABEL FERRONATO (Blumenau, SC) * Atualmente, não vale a pena pensar o Brasil, lutar por um país melhor. A indiferença, o comodismo, a descrença, a desesperança, tudo desanima. O tecido social vai se esfarrapando do Oiapoque ao Chuí. O brasileiro só se inflama e se posiciona quando o assunto é futebol. O resto que se dane. Os privilegiados, ainda legalmente amparados por um foro especial, resistem às investidas saneadoras do processo crônico de corrupção, com cínicas argumentações. Novas perspectivas são necessárias para devolver a fé à população. JOÃO HÉLIO ROCHA (Nova Friburgo, RJ) - PLANOS DE SAÚDE A justificativa das empresas para esse reajuste: diluir após os 60 aquele reajuste enorme que hoje é feito aos 59. Como não tenho a íntegra do projeto, preciso do texto da Folha, que é omisso quanto à situação dos que já passaram dos 60 e já foram penalizados com aquele reajuste feito aos 59. ROQUE LUIZ R. DA SILVEIRA (Jundiaí, SP) * Os congressistas representam o povo ou os interesses das seguradoras? Estava convencido de que era o povo. Errei. Queria saber o que os senadores e deputados fizeram para tapar o buraco financeiro do país, para além de aumentar seus salários e benefícios neste momento delicado. FRANCISCUS D'HANENS (São Paulo, SP) - COLUNISTAS Hélio, suas colunas são brilhantes, mas desta vez você se superou. Além da decisão de afastar Aécio Neves ter sido irresponsável, faltou bom senso aos ministros. O que nós menos precisamos no momento é conflito entre as instituições. Mas, infelizmente, alguns ministros estão mais preocupados em aparecer na mídia do que em fazer Justiça. ANTENOR BAPTISTA (São Paulo, SP) * Segundo o colunista Bernardo Mello Franco, o deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) disse, em defesa das negociatas de Temer, que "os deputados não são santos porque o povo também não é santo". Quando um homem de 87 anos diz tal disparate, não há como ter esperanças. Essa é a real tragédia brasileira. ADEMAR G. FEITEIRO, advogado (São Paulo, SP) * É muito triste para os milhões de brasileiros que nem sequer conhecem esse cidadão ter que conviver com tamanho disparate e atitudes contrárias ao Brasil. Espero que esta seja a última dele, seja pela idade, seja pela eleição. Precisamos aprender a cassar maus políticos pelo voto! APARECIDO J.G. SILVA (Santana de Parnaíba, SP) - RIO TIETÊ Existe um erro conceitual no saneamento brasileiro que embasa o artigo do presidente da Sabesp e que necessita ser esclarecido. A agência reguladora não deveria regular a Sabesp, e sim os contratos operados por ela, que deveriam ser obtidos num ambiente de competição entre operadores, não de monopólio. Esse é o verdadeiro xis da questão. Se assim fosse, já teríamos alcançados há muito tempo o acesso universal aos serviços e a despoluição do rio Tietê. YVES BESSE (São Paulo, SP) * O texto anuncia e tenta justificar o aumento futuro de tarifas. Nenhuma palavra sobre os bilhões já investidos em projetos de despoluição do rio Tietê totalmente fracassados. Monopólio é isso. Ninguém é responsabilizado por nada. PETER JANOS WECHSLER (São Paulo, SP) - EDITORIAIS Editorial lúcido e sucinto, expressando o pensamento de muitos brasileiros despojados de ideologias retrógradas ("Infraestrutura à venda" ). ÉDEN A. SANTOS (São Paulo, SP) * Sobre o editorial "Suicídio e prevenção", a prevenção do suicídio, que envolve o acesso aos serviços de saúde, vai além da existência do Caps. Exige uma rede ambulatorial ampla, emergências para manejo de situações de crise e leitos hospitalares para a proteção das pessoas em maior risco. Considerando que o risco de suicídio é uma emergência médica e que a quase totalidade das vítimas apresentava um transtorno psiquiátrico, a presença do psiquiatra em todos os níveis de assistência, ambulatorial, emergencial e hospitalar, é fundamental. ALEXANDRE P. DIAZ (Florianópolis, SC) e ANTÔNIO G. DA SILVA (Brasília, DF), coordenadores nacionais da Campanha Setembro Amarelo - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected] | 16 |
Com Massa em 4º e Nasr em 5º, Brasil tem melhor resultado desde 2009 | Pela primeira vez desde a temporada de 2012 com dois representantes no grid da F-1, o Brasil conseguiu neste domingo (15) em Melbourne seu melhor resultado na categoria desde 2009. A quarta colocação de Felipe Massa e o quinto posto do estreante Felipe Nasr no GP da Austrália, foram o melhor desempenho do país desde que o GP da Inglaterra de 2009, quando Rubens Barrichello, correndo pela Brawn, foi o terceiro colocado e Massa, então na Ferrari, completou a prova em Silverstone no quarto posto. "Sem dúvida este foi um começo bem melhor que o do ano passado, não só para mim, mas para os dois Felipes, já que o 'menor' fez uma excelente corrida de estreia também", festejou Massa, que no ano passado abandonou a corrida australiana logo na primeira curva após ser acertado pela Caterham de Kamui Kobayashi. Neste domingo, no Albert Park, o piloto da Williams ficou na terceira posição por boa parte da corrida, mas, após perder tempo atrás de Daniel Ricciardo, da Red Bull, ao voltar à pista depois de seu pit stop acabou perdendo o posto para Sebastian Vettel, da Ferrari _Lewis Hamilton, da Mercedes, venceu a corrida em Melbourne, seguido por seu companheiro de time, Nico Rosberg. "Eu perdi mais ou menos um segundo e meio atrás de um carro mais lento, que era o do Ricciardo e acabei perdendo a posição. A gente já tinha visto que a Ferrari tinha um ritmo de corrida muito parecido ao nosso nas simulações de corrida durante o treino da sexta-feira e foi isso o que aconteceu", afirmou Massa, único representante da Williams neste domingo, já que Valtteri Bottas foi vetado de correr por conta de uma lesão que sofreu nas costas durante o treino de classificação. "Fiquei chateado por ter perdido a posição, mas de qualquer forma foi um bom começo para nós. Nosso carro estava bom e a gente estava na briga o tempo todo. Agora vamos para a próxima corrida sabendo que temos que trabalhar e que ainda temos muito a fazer", completou o piloto brasileiro. | esporte | Com Massa em 4º e Nasr em 5º, Brasil tem melhor resultado desde 2009Pela primeira vez desde a temporada de 2012 com dois representantes no grid da F-1, o Brasil conseguiu neste domingo (15) em Melbourne seu melhor resultado na categoria desde 2009. A quarta colocação de Felipe Massa e o quinto posto do estreante Felipe Nasr no GP da Austrália, foram o melhor desempenho do país desde que o GP da Inglaterra de 2009, quando Rubens Barrichello, correndo pela Brawn, foi o terceiro colocado e Massa, então na Ferrari, completou a prova em Silverstone no quarto posto. "Sem dúvida este foi um começo bem melhor que o do ano passado, não só para mim, mas para os dois Felipes, já que o 'menor' fez uma excelente corrida de estreia também", festejou Massa, que no ano passado abandonou a corrida australiana logo na primeira curva após ser acertado pela Caterham de Kamui Kobayashi. Neste domingo, no Albert Park, o piloto da Williams ficou na terceira posição por boa parte da corrida, mas, após perder tempo atrás de Daniel Ricciardo, da Red Bull, ao voltar à pista depois de seu pit stop acabou perdendo o posto para Sebastian Vettel, da Ferrari _Lewis Hamilton, da Mercedes, venceu a corrida em Melbourne, seguido por seu companheiro de time, Nico Rosberg. "Eu perdi mais ou menos um segundo e meio atrás de um carro mais lento, que era o do Ricciardo e acabei perdendo a posição. A gente já tinha visto que a Ferrari tinha um ritmo de corrida muito parecido ao nosso nas simulações de corrida durante o treino da sexta-feira e foi isso o que aconteceu", afirmou Massa, único representante da Williams neste domingo, já que Valtteri Bottas foi vetado de correr por conta de uma lesão que sofreu nas costas durante o treino de classificação. "Fiquei chateado por ter perdido a posição, mas de qualquer forma foi um bom começo para nós. Nosso carro estava bom e a gente estava na briga o tempo todo. Agora vamos para a próxima corrida sabendo que temos que trabalhar e que ainda temos muito a fazer", completou o piloto brasileiro. | 4 |
Notícia falsa para manipular mercado financeiro entra na mira dos EUA | Em 18 de janeiro de 2012, o "Seeking Alpha", um site de notícias financeiras, publicou um artigo intitulado "ImmunoCellular Therapeutics pode estar para renascer, de novo", que destacava o trabalho da empresa americana no desenvolvimento de tratamento experimental contra o câncer. Mas os leitores não foram informados de que a companhia fizera um pagamento indireto ao autor da reportagem, Vincent Cassano, segundo documentos apresentados em abril a um tribunal de Nova York pelas autoridades regulatórias dos EUA. O artigo dava a entender que a ImmunoCellular Therapeutics havia produzido um importante tratamento contra o câncer, conhecido como ICT-107, e que o produto seria mais barato que um medicamento concorrente. Nos meses que se seguiram, o preço das ações da ImmunoCellular subiu fortemente, de US$ 42.18 no dia anterior à publicação da reportagem para um pico de US$ 155,20, no fim de junho de 2012 —uma alta de 263%. No entanto, depois de uma atualização decepcionante quanto aos resultados de testes clínicos do ICT-107, em dezembro de 2013, as ações da empresa sofreram forte queda. Na semana passada, estavam cotadas a US$ 2,23. O artigo foi um de pelo menos 200 que foram publicados pelo "Seeking Alpha" sem identificação como reportagem paga, entre agosto de 2011 e março de 2014, de acordo com a SEC (Securities and Exchange Commission), agência federal que regulamenta os mercados de valores mobiliários dos EUA. Um porta-voz da ImmunoCellular disse que a empresa havia "cooperado plenamente" com a investigação da SEC. Um porta-voz do "Seeking Alpha" afirmou que a empresa também havia cooperado com a SEC e que estava apoiando os esforços das autoridades para impedir a ação daqueles que promovem ações por meios antiéticos. Os documentos judiciais mostram que a SEC identificou artigos publicados sem identificação como reportagem paga em vários sites de investimento, entre os quais "Benzinga", "Wall Street Cheat Sheet", "TheStreet", "MarketPlayground", e "Forbes", além do Seeking Alpha. Jim McCaughan, presidente-executivo da Principal Global Investors, companhia de gestão de patrimônio que tem US$ 41,1 bilhões sob sua administração, comentou as constatações da SEC, dizendo: "A situação me lembrou o filme 'O Lobo de Wall Street', mas atualizado para a era digital. Temos uma versão digital mais sofisticada das antigas tramoias envolvendo ações de preço baixíssimos, nas quais companhias inexistentes eram promovidas por meio de notícias falsas". A SEC apresentou acusações de fraude contra três companhias de capital aberto, sete empresas de comunicações, dois presidentes-executivos e nove jornalistas, por seu envolvimento no que ela caracterizou como "sofisticado esquema de promoção de ações". Dezessete dos acusados já aceitaram acordos sob os quais pagarão indenizações ou multas em valores que variam de US$ 2.200 a US$ 3 milhões. A SEC manteve seus processos contra 10 outras pessoas envolvidas nessa nova tentativa de manipular preços de ações por meio da disseminação das chamadas notícias falsas. A frase, popularizada pelo presidente norte-americano Donald Trump em sua campanha eleitoral no ano passado, é referência a artigos que deliberadamente iludem os leitores com o objetivo de promover uma causa, por exemplo a difamação de um candidato a cargo eleitoral. As autoridades regulatórias estão cada vez mais preocupadas com o possível efeito das notícias falsas sobre as decisões de investimento. A escala do mais recente escândalo levou a SEC a divulgar novos alertas quanto à possibilidade de que comentários aparentemente independentes postados em sites de pesquisa sobre investimentos sejam na verdade parte de uma campanha paga de promoção de ações. "Tenha em mente que os fraudadores podem gerar artigos promovendo as ações de uma empresa com o objetivo de elevar seu preço e lucrar à custa do investidor", a SEC afirmou. Andrew Clare, professor de gestão de ativos na Cass Business School, em Londres, diz que as notícias falsas podem distorcer a alocação eficiente de capital no mercado de ações, ao atrair investidores desatentos a empresas fraudulentas. "Essas reportagens terminam resultando em prejuízos para os investidores, quando a verdade é descoberta", diz o professor Clare. "Isso ilustra a importância das investigações detalhadas que administradores de fundos e outros investidores devem conduzir para se protegerem contra a promoção indevida de ações por terceiros. As autoridades regulatórias também precisam garantir que as fontes diretas e indiretas dessas reportagens fiquem claras". McCaughan acrescenta que o crescimento das notícias falsas é uma questão que pode afetar os investidores de varejo e também os administradores profissionais de investimento, especialmente aqueles que dependam de sistemas computadorizados para suas decisões estratégicas. "As notícias falsas podem ser um problema para os administradores quantitativos. Os fundos quantitativos usam cada vez mais os sistemas big data e complexas fontes novas de dados, e terão de estar cientes das distorções que as notícias falsas podem introduzir", ele disse. A investigação da SEC tinha por foco uma empresa de promoção de ações chamada Lindingo, controlada e operada por Kamilla Bjorlin, uma atriz que usa o pseudônimo de Milla Bjorn em seu trabalho nas telas. Ela trabalhou em "Misconduct", filme estrelado por Al Pacino e Anthony Hopkins que foi lançado em 2016. A Lindingo supostamente orquestrou a publicação de mais de 400 artigos em sites de investimento, sobre 11 empresas cotadas em bolsa, e recebeu pagamentos de pelo menos US$ 1 milhão em dinheiro e ações por seus serviços, de acordo com documentos fornecidos pela SEC a um tribunal de Nova York, em abril. A publicação de pelo menos 50 artigos sobre a ImmunoCellular Therapeutics foi paga pela Lindingo. Manish Singh, presidente-executivo da ImmunoCellular Therapeutics entre 2008 e agosto de 2012, teria instruído a Lindingo a dizer aos jornalistas que não revelassem que estavam sendo pagos para escrever sobre ações específicas. Um dos e-mails de Singh à Lindingo em maio de 2012 admitia que revelar a publicação de matérias pagas seria "um sinal vermelho para os investidores", de acordo com documentos encaminhados ao tribunal pela SEC. Jan Dwarshuis, vice-presidente de investimento da Thirteen Asset Management, uma administradora suíça de fundos, diz que as ações de biotecnologia são especialmente vulneráveis a manipulação online, porque em muitos casos é difícil avaliar que grau de sucesso os produtos dessas empresas terão. "As notícias falsas estão se tornando problema sério para os mercados financeiros", disse Dwarshuis, que ao longo dos últimos dez anos estabeleceu uma divisão interna de notícias em sua empresa, com mais de 1,5 mil fontes, a fim de obter informações mais confiáveis. "Agora tenho a capacidade de filtrar notícias e determinar a verdadeira identidade das fontes de informação. Mesmo assim, me sinto cada vez mais vulnerável às notícias falsas", ele diz, acrescentando que fiscalização mais severa sobre a mídia seria necessária para enfrentar o problema. Escritórios de advocacia cuja especialidade são ações judiciais coletivas estão de olho em empresas que desfrutaram de altas acentuadas nos preços de suas ações depois que pagaram pela publicação de conteúdo lisonjeiro a seu respeito por sites financeiros. Mas a despeito da pressão judicial e regulatória, é pouco provável que o problema venha a ser resolvido em curto prazo, de acordo com Lars Hamberg, antigo administrador de fundos de investimentos que agora comanda a Gavagai, uma empresa sueca de tecnologia que se especializa em sistemas de análise de texto. Ele diz que criminosos e agentes patrocinados por governos estão usando métodos inovadores onde quer que possam, para ganhar dinheiro ou influenciar as pessoas de maneiras altamente sofisticadas. Ele diz que sua empresa é capaz de detectar notícias falsas ao analisar a maneira pela qual informações são compartilhadas na Internet. Mas essas questões vão além do mercado dos Estados Unidos. "As notícias falsas são problema em toda parte", ele disse. Administradores de fundos em todo o mundo estão intensificando seus esforços para escapar às informações falsas difundidas online. Nicolas Roth, que comanda a área de ativos alternativos no Reyl, um banco privado em Genebra, diz que diversos administradores de investimentos desenvolveram novos sistemas de avaliações de notícias, diretamente integrados a programas de transações automatizadas, Esses programas podem ter impacto significativo sobre o preço das ações de uma empresa, mas existe a possibilidade de que sejam manipulados ou explorados por operadores ou outros interessados em disseminar informações falsas. "Não é impensável que um dia vejamos um grande evento de mercado causado por notícias falsas", diz Roth. "Os investidores precisam reconhecer que, se um possível atalho parece óbvio, então é provavelmente insensato segui-lo. Em última análise, análises rigorosas e investigações aprofundadas são necessárias, quer para investimentos, quer para avaliar as notícias", ele acrescentou. Tradução de PAULO MIGLIACCI | mercado | Notícia falsa para manipular mercado financeiro entra na mira dos EUAEm 18 de janeiro de 2012, o "Seeking Alpha", um site de notícias financeiras, publicou um artigo intitulado "ImmunoCellular Therapeutics pode estar para renascer, de novo", que destacava o trabalho da empresa americana no desenvolvimento de tratamento experimental contra o câncer. Mas os leitores não foram informados de que a companhia fizera um pagamento indireto ao autor da reportagem, Vincent Cassano, segundo documentos apresentados em abril a um tribunal de Nova York pelas autoridades regulatórias dos EUA. O artigo dava a entender que a ImmunoCellular Therapeutics havia produzido um importante tratamento contra o câncer, conhecido como ICT-107, e que o produto seria mais barato que um medicamento concorrente. Nos meses que se seguiram, o preço das ações da ImmunoCellular subiu fortemente, de US$ 42.18 no dia anterior à publicação da reportagem para um pico de US$ 155,20, no fim de junho de 2012 —uma alta de 263%. No entanto, depois de uma atualização decepcionante quanto aos resultados de testes clínicos do ICT-107, em dezembro de 2013, as ações da empresa sofreram forte queda. Na semana passada, estavam cotadas a US$ 2,23. O artigo foi um de pelo menos 200 que foram publicados pelo "Seeking Alpha" sem identificação como reportagem paga, entre agosto de 2011 e março de 2014, de acordo com a SEC (Securities and Exchange Commission), agência federal que regulamenta os mercados de valores mobiliários dos EUA. Um porta-voz da ImmunoCellular disse que a empresa havia "cooperado plenamente" com a investigação da SEC. Um porta-voz do "Seeking Alpha" afirmou que a empresa também havia cooperado com a SEC e que estava apoiando os esforços das autoridades para impedir a ação daqueles que promovem ações por meios antiéticos. Os documentos judiciais mostram que a SEC identificou artigos publicados sem identificação como reportagem paga em vários sites de investimento, entre os quais "Benzinga", "Wall Street Cheat Sheet", "TheStreet", "MarketPlayground", e "Forbes", além do Seeking Alpha. Jim McCaughan, presidente-executivo da Principal Global Investors, companhia de gestão de patrimônio que tem US$ 41,1 bilhões sob sua administração, comentou as constatações da SEC, dizendo: "A situação me lembrou o filme 'O Lobo de Wall Street', mas atualizado para a era digital. Temos uma versão digital mais sofisticada das antigas tramoias envolvendo ações de preço baixíssimos, nas quais companhias inexistentes eram promovidas por meio de notícias falsas". A SEC apresentou acusações de fraude contra três companhias de capital aberto, sete empresas de comunicações, dois presidentes-executivos e nove jornalistas, por seu envolvimento no que ela caracterizou como "sofisticado esquema de promoção de ações". Dezessete dos acusados já aceitaram acordos sob os quais pagarão indenizações ou multas em valores que variam de US$ 2.200 a US$ 3 milhões. A SEC manteve seus processos contra 10 outras pessoas envolvidas nessa nova tentativa de manipular preços de ações por meio da disseminação das chamadas notícias falsas. A frase, popularizada pelo presidente norte-americano Donald Trump em sua campanha eleitoral no ano passado, é referência a artigos que deliberadamente iludem os leitores com o objetivo de promover uma causa, por exemplo a difamação de um candidato a cargo eleitoral. As autoridades regulatórias estão cada vez mais preocupadas com o possível efeito das notícias falsas sobre as decisões de investimento. A escala do mais recente escândalo levou a SEC a divulgar novos alertas quanto à possibilidade de que comentários aparentemente independentes postados em sites de pesquisa sobre investimentos sejam na verdade parte de uma campanha paga de promoção de ações. "Tenha em mente que os fraudadores podem gerar artigos promovendo as ações de uma empresa com o objetivo de elevar seu preço e lucrar à custa do investidor", a SEC afirmou. Andrew Clare, professor de gestão de ativos na Cass Business School, em Londres, diz que as notícias falsas podem distorcer a alocação eficiente de capital no mercado de ações, ao atrair investidores desatentos a empresas fraudulentas. "Essas reportagens terminam resultando em prejuízos para os investidores, quando a verdade é descoberta", diz o professor Clare. "Isso ilustra a importância das investigações detalhadas que administradores de fundos e outros investidores devem conduzir para se protegerem contra a promoção indevida de ações por terceiros. As autoridades regulatórias também precisam garantir que as fontes diretas e indiretas dessas reportagens fiquem claras". McCaughan acrescenta que o crescimento das notícias falsas é uma questão que pode afetar os investidores de varejo e também os administradores profissionais de investimento, especialmente aqueles que dependam de sistemas computadorizados para suas decisões estratégicas. "As notícias falsas podem ser um problema para os administradores quantitativos. Os fundos quantitativos usam cada vez mais os sistemas big data e complexas fontes novas de dados, e terão de estar cientes das distorções que as notícias falsas podem introduzir", ele disse. A investigação da SEC tinha por foco uma empresa de promoção de ações chamada Lindingo, controlada e operada por Kamilla Bjorlin, uma atriz que usa o pseudônimo de Milla Bjorn em seu trabalho nas telas. Ela trabalhou em "Misconduct", filme estrelado por Al Pacino e Anthony Hopkins que foi lançado em 2016. A Lindingo supostamente orquestrou a publicação de mais de 400 artigos em sites de investimento, sobre 11 empresas cotadas em bolsa, e recebeu pagamentos de pelo menos US$ 1 milhão em dinheiro e ações por seus serviços, de acordo com documentos fornecidos pela SEC a um tribunal de Nova York, em abril. A publicação de pelo menos 50 artigos sobre a ImmunoCellular Therapeutics foi paga pela Lindingo. Manish Singh, presidente-executivo da ImmunoCellular Therapeutics entre 2008 e agosto de 2012, teria instruído a Lindingo a dizer aos jornalistas que não revelassem que estavam sendo pagos para escrever sobre ações específicas. Um dos e-mails de Singh à Lindingo em maio de 2012 admitia que revelar a publicação de matérias pagas seria "um sinal vermelho para os investidores", de acordo com documentos encaminhados ao tribunal pela SEC. Jan Dwarshuis, vice-presidente de investimento da Thirteen Asset Management, uma administradora suíça de fundos, diz que as ações de biotecnologia são especialmente vulneráveis a manipulação online, porque em muitos casos é difícil avaliar que grau de sucesso os produtos dessas empresas terão. "As notícias falsas estão se tornando problema sério para os mercados financeiros", disse Dwarshuis, que ao longo dos últimos dez anos estabeleceu uma divisão interna de notícias em sua empresa, com mais de 1,5 mil fontes, a fim de obter informações mais confiáveis. "Agora tenho a capacidade de filtrar notícias e determinar a verdadeira identidade das fontes de informação. Mesmo assim, me sinto cada vez mais vulnerável às notícias falsas", ele diz, acrescentando que fiscalização mais severa sobre a mídia seria necessária para enfrentar o problema. Escritórios de advocacia cuja especialidade são ações judiciais coletivas estão de olho em empresas que desfrutaram de altas acentuadas nos preços de suas ações depois que pagaram pela publicação de conteúdo lisonjeiro a seu respeito por sites financeiros. Mas a despeito da pressão judicial e regulatória, é pouco provável que o problema venha a ser resolvido em curto prazo, de acordo com Lars Hamberg, antigo administrador de fundos de investimentos que agora comanda a Gavagai, uma empresa sueca de tecnologia que se especializa em sistemas de análise de texto. Ele diz que criminosos e agentes patrocinados por governos estão usando métodos inovadores onde quer que possam, para ganhar dinheiro ou influenciar as pessoas de maneiras altamente sofisticadas. Ele diz que sua empresa é capaz de detectar notícias falsas ao analisar a maneira pela qual informações são compartilhadas na Internet. Mas essas questões vão além do mercado dos Estados Unidos. "As notícias falsas são problema em toda parte", ele disse. Administradores de fundos em todo o mundo estão intensificando seus esforços para escapar às informações falsas difundidas online. Nicolas Roth, que comanda a área de ativos alternativos no Reyl, um banco privado em Genebra, diz que diversos administradores de investimentos desenvolveram novos sistemas de avaliações de notícias, diretamente integrados a programas de transações automatizadas, Esses programas podem ter impacto significativo sobre o preço das ações de uma empresa, mas existe a possibilidade de que sejam manipulados ou explorados por operadores ou outros interessados em disseminar informações falsas. "Não é impensável que um dia vejamos um grande evento de mercado causado por notícias falsas", diz Roth. "Os investidores precisam reconhecer que, se um possível atalho parece óbvio, então é provavelmente insensato segui-lo. Em última análise, análises rigorosas e investigações aprofundadas são necessárias, quer para investimentos, quer para avaliar as notícias", ele acrescentou. Tradução de PAULO MIGLIACCI | 2 |
Deputados terão 'sensibilidade' para votar ajuste fiscal, diz Dilma | Diante do embate entre os partidos de sua base aliada para a votação das medidas do ajuste fiscal, a presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira (6) que "não se pode fazer análises políticas em cima de climas emocionais momentâneos". Segundo a presidente, parte dos deputados "terá a sensibilidade necessária para que se vote o ajuste". "É impossível o país achar que vive, de um dia para o outro, grandes transformações. Vamos aguardar para ver como é que transcorre essa votação do ajuste, vamos nos manter tranquilos. Tenho certeza de que haverá, por parte dos parlamentares, a sensibilidade necessária para que se vote o ajuste", disse Dilma após o lançamento do Plano de Defesa da Agropecuária, no Palácio do Planalto. Na manhã desta quarta, o vice-presidente Michel Temer reuniu ministros do governo e líderes da base para alinhar a votação do pacote e garantir a aprovação da medida provisória 665, que endurece regras de concessão de benefícios trabalhistas, como seguro-desemprego. PMDB e PT seguem em um impasse. Deputados peemedebistas deixaram claro que não irão apoiar o pacote fiscal caso o PT não decida pelo fechamento da questão ainda hoje. Eles estão insatisfeitos com o programa de TV do PT, veiculado nesta terça-feira (5), no qual o ex-presidente Lula ataca o projeto da terceirização e não faz nenhuma defesa do ajuste. "Esse é um ajuste restritivo de direitos, que pode ser admitido com algo necessário no atual cenário. Agora, se o partido da presidente não tiver esse convencimento, evidentemente que não seremos nós que teremos", afirmou o líder da bancada do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), que participou da reunião com Temer. O fechamento de questão teoricamente obriga todos os 64 deputados petistas a votarem a favor da medida -e quem desrespeitar a decisão fica sujeito a punições. Na terça, a bancada petista decidiu apoiar o pacote, mas divergências internas evitaram o fechamento de questão. Na prática, isso possibilitaria que petistas votassem contra a proposta sem risco de punição. PANELAÇO A presidente Dilma minimizou o panelaço registrado em diversas cidades do país na noite desta terça, durante veiculação do programa do PT em rede nacional e disse que não participou do filme petista porque "nem sempre" faz parte das peças de seu partido. "[Manifestação] é normal no Brasil. Vejo [o panelaço] como mais uma manifestação de uma posição diferente da outra", afirmou. | poder | Deputados terão 'sensibilidade' para votar ajuste fiscal, diz DilmaDiante do embate entre os partidos de sua base aliada para a votação das medidas do ajuste fiscal, a presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira (6) que "não se pode fazer análises políticas em cima de climas emocionais momentâneos". Segundo a presidente, parte dos deputados "terá a sensibilidade necessária para que se vote o ajuste". "É impossível o país achar que vive, de um dia para o outro, grandes transformações. Vamos aguardar para ver como é que transcorre essa votação do ajuste, vamos nos manter tranquilos. Tenho certeza de que haverá, por parte dos parlamentares, a sensibilidade necessária para que se vote o ajuste", disse Dilma após o lançamento do Plano de Defesa da Agropecuária, no Palácio do Planalto. Na manhã desta quarta, o vice-presidente Michel Temer reuniu ministros do governo e líderes da base para alinhar a votação do pacote e garantir a aprovação da medida provisória 665, que endurece regras de concessão de benefícios trabalhistas, como seguro-desemprego. PMDB e PT seguem em um impasse. Deputados peemedebistas deixaram claro que não irão apoiar o pacote fiscal caso o PT não decida pelo fechamento da questão ainda hoje. Eles estão insatisfeitos com o programa de TV do PT, veiculado nesta terça-feira (5), no qual o ex-presidente Lula ataca o projeto da terceirização e não faz nenhuma defesa do ajuste. "Esse é um ajuste restritivo de direitos, que pode ser admitido com algo necessário no atual cenário. Agora, se o partido da presidente não tiver esse convencimento, evidentemente que não seremos nós que teremos", afirmou o líder da bancada do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), que participou da reunião com Temer. O fechamento de questão teoricamente obriga todos os 64 deputados petistas a votarem a favor da medida -e quem desrespeitar a decisão fica sujeito a punições. Na terça, a bancada petista decidiu apoiar o pacote, mas divergências internas evitaram o fechamento de questão. Na prática, isso possibilitaria que petistas votassem contra a proposta sem risco de punição. PANELAÇO A presidente Dilma minimizou o panelaço registrado em diversas cidades do país na noite desta terça, durante veiculação do programa do PT em rede nacional e disse que não participou do filme petista porque "nem sempre" faz parte das peças de seu partido. "[Manifestação] é normal no Brasil. Vejo [o panelaço] como mais uma manifestação de uma posição diferente da outra", afirmou. | 0 |
O leitor no espelho | RIO DE JANEIRO - Em fevereiro próximo serão 20 anos da morte de Paulo Francis. "Paulo quem?", perguntarão alguns. Digo isso porque —atualizando a frase de Ivan Lessa—, num país que a cada ano esquece o que aconteceu no ano anterior, Francis já devia ter sido esquecido há muito. Mas não é assim. Sua memória continua viva e, sabendo que fomos amigos, jovens que o descobrem pelo YouTube querem saber como ele era por trás daqueles óculos. Uma boa resposta hoje seria: leiam "A Segunda Mais Antiga Profissão do Mundo", coletânea de suas colunas de Nova York para a Folha entre 1975 e 1990, que acaba de sair. Descobrirão um homem que tratava a "alta" e a "baixa" cultura com a mesma sem-cerimônia, fazia citações secretas (e quem entendesse, entendesse) e usava expressões já fora de moda, como "bocó", "do balacobaco" e "neca, Dulcineca". Não tem preço lê-lo sobre pessoas que admirava, como Bernard Shaw, H.L. Mencken, George Orwell. Francis era político em tudo que escrevia, mesmo que sobre jornalismo e cultura, como neste livro —que se passa bem na época de sua, para mim, propalada conversão da esquerda para a direita. Conheci Francis em 1967. Pelos 30 anos seguintes, encontramo-nos com frequência em três continentes e nunca o vi como um homem de esquerda. Foi preso quatro vezes pela ditadura, entre 1968 e 1971, embora seu único risco para o regime fosse o de, um dia, convencer o povo de que os militares eram um bando de jecas atônitos com o poder. Os jovens que participavam das passeatas em 1968 o achavam um "burguês idealista e livresco", insulto então terrível. No futuro, ele apenas assumiria, rindo, essa definição. Francis escrevia para um leitor utópico, capaz de decifrar até suas entrelinhas. Mas esse leitor só existia em seu espelho —o que torna sua leitura, hoje, uma festa. | colunas | O leitor no espelhoRIO DE JANEIRO - Em fevereiro próximo serão 20 anos da morte de Paulo Francis. "Paulo quem?", perguntarão alguns. Digo isso porque —atualizando a frase de Ivan Lessa—, num país que a cada ano esquece o que aconteceu no ano anterior, Francis já devia ter sido esquecido há muito. Mas não é assim. Sua memória continua viva e, sabendo que fomos amigos, jovens que o descobrem pelo YouTube querem saber como ele era por trás daqueles óculos. Uma boa resposta hoje seria: leiam "A Segunda Mais Antiga Profissão do Mundo", coletânea de suas colunas de Nova York para a Folha entre 1975 e 1990, que acaba de sair. Descobrirão um homem que tratava a "alta" e a "baixa" cultura com a mesma sem-cerimônia, fazia citações secretas (e quem entendesse, entendesse) e usava expressões já fora de moda, como "bocó", "do balacobaco" e "neca, Dulcineca". Não tem preço lê-lo sobre pessoas que admirava, como Bernard Shaw, H.L. Mencken, George Orwell. Francis era político em tudo que escrevia, mesmo que sobre jornalismo e cultura, como neste livro —que se passa bem na época de sua, para mim, propalada conversão da esquerda para a direita. Conheci Francis em 1967. Pelos 30 anos seguintes, encontramo-nos com frequência em três continentes e nunca o vi como um homem de esquerda. Foi preso quatro vezes pela ditadura, entre 1968 e 1971, embora seu único risco para o regime fosse o de, um dia, convencer o povo de que os militares eram um bando de jecas atônitos com o poder. Os jovens que participavam das passeatas em 1968 o achavam um "burguês idealista e livresco", insulto então terrível. No futuro, ele apenas assumiria, rindo, essa definição. Francis escrevia para um leitor utópico, capaz de decifrar até suas entrelinhas. Mas esse leitor só existia em seu espelho —o que torna sua leitura, hoje, uma festa. | 10 |
Vai sobrar para os tesoureiros petistas | Há uma bomba relógio nas carceragens da Lava Jato. Depois que o marqueteiro João Santana e sua mulher detonaram a conexão das petropropinas com a caixa do PT, Dilma Rousseff tomou distância da tesouraria do partido. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, seguiu caminho semelhante. Se houve caixa dois nas suas campanhas, não passou por eles. Pelo cheiro da brilhantina, vai sobrar para os tesoureiros do PT. João Vaccari está na cadeia desde 2015 e já foi condenado a 24 anos de cana. Seu antecessor, Paulo Ferreira foi preso em junho. Os dois guardam o silencio das múmias, mas alguma coisa nessa história não faz sentido. Vaccari e Ferreira não têm patrimônio ou padrão de vida à altura das propinas milionárias que o PT arrecadava. Se os grandes comissários não sabiam de nada, fica uma pergunta: onde os tesoureiros puseram o dinheiro? Leia a coluna completa aqui. | colunas | Vai sobrar para os tesoureiros petistasHá uma bomba relógio nas carceragens da Lava Jato. Depois que o marqueteiro João Santana e sua mulher detonaram a conexão das petropropinas com a caixa do PT, Dilma Rousseff tomou distância da tesouraria do partido. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, seguiu caminho semelhante. Se houve caixa dois nas suas campanhas, não passou por eles. Pelo cheiro da brilhantina, vai sobrar para os tesoureiros do PT. João Vaccari está na cadeia desde 2015 e já foi condenado a 24 anos de cana. Seu antecessor, Paulo Ferreira foi preso em junho. Os dois guardam o silencio das múmias, mas alguma coisa nessa história não faz sentido. Vaccari e Ferreira não têm patrimônio ou padrão de vida à altura das propinas milionárias que o PT arrecadava. Se os grandes comissários não sabiam de nada, fica uma pergunta: onde os tesoureiros puseram o dinheiro? Leia a coluna completa aqui. | 10 |
George Martin foi meu 2º pai, diz Paul; veja reações à morte do 'quinto Beatle' | Anunciada pelo baterista Ringo Starr, a morte do lendário produtor musical britânico George Martin mobilizou artistas no início da manhã desta quarta (9), em especial o ex-beatle Paul McCartney. Martin era conhecido como "o quinto Beatle", por seu papel chave na carreira do quarteto de Liverpool. Em um texto emocionado publicado em seu site, Paul disse que o produtor foi, para ele, como um segundo pai. "Tenho memórias maravilhosas deste grande homem que sempre estará comigo. Foi um verdadeiro cavalheiro", escreveu. "Ele guiou a carreira dos Beatles com tal habilidade e humor que se tornou um verdadeiro amigo para mim e para minha família." Para Paul, se alguém merecia o título de "quinto beatle", era Martin. O produtor morreu na madrugada desta quarta, aos 90 anos. A causa não foi divulgada. "Que Deus abençoe George Martin, paz e amor para Judy e sua família", afirmou Ringo, que deu a notícia pelo Twitter. Ele produziu quase todos os discos do quarteto, teve um papel decisivo na integração de Ringo ao grupo em substituição do baterista Pete Best. "As lendas estão voltando para casa", escreveu o cantor norte-americano Lenny Kravitz em referência a Martin, um "produtor visionário". "Sir George Martin era um gigante da música —junto aos Fab Four criou a música pop mais duradoura do mundo", escreveu no Twitter o primeiro-ministro britânico, David Cameron. "Descanse em paz, George Martin. Estou tão chateado que não tenho palavras", escreveu Sean Lennon, filho mais novo de John Lennon, sob uma foto de George Martin no Instagram. | ilustrada | George Martin foi meu 2º pai, diz Paul; veja reações à morte do 'quinto Beatle'Anunciada pelo baterista Ringo Starr, a morte do lendário produtor musical britânico George Martin mobilizou artistas no início da manhã desta quarta (9), em especial o ex-beatle Paul McCartney. Martin era conhecido como "o quinto Beatle", por seu papel chave na carreira do quarteto de Liverpool. Em um texto emocionado publicado em seu site, Paul disse que o produtor foi, para ele, como um segundo pai. "Tenho memórias maravilhosas deste grande homem que sempre estará comigo. Foi um verdadeiro cavalheiro", escreveu. "Ele guiou a carreira dos Beatles com tal habilidade e humor que se tornou um verdadeiro amigo para mim e para minha família." Para Paul, se alguém merecia o título de "quinto beatle", era Martin. O produtor morreu na madrugada desta quarta, aos 90 anos. A causa não foi divulgada. "Que Deus abençoe George Martin, paz e amor para Judy e sua família", afirmou Ringo, que deu a notícia pelo Twitter. Ele produziu quase todos os discos do quarteto, teve um papel decisivo na integração de Ringo ao grupo em substituição do baterista Pete Best. "As lendas estão voltando para casa", escreveu o cantor norte-americano Lenny Kravitz em referência a Martin, um "produtor visionário". "Sir George Martin era um gigante da música —junto aos Fab Four criou a música pop mais duradoura do mundo", escreveu no Twitter o primeiro-ministro britânico, David Cameron. "Descanse em paz, George Martin. Estou tão chateado que não tenho palavras", escreveu Sean Lennon, filho mais novo de John Lennon, sob uma foto de George Martin no Instagram. | 1 |
Alckmin perdoa dívidas de R$ 116 mi de acusada de cartel | Num contrato em que o Metrô apontou perdas de mais de R$ 300 milhões, o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) fez um acordo com a multinacional francesa Alstom no qual perdoou dívidas que somam R$ 116 milhões e aceitou que o produto contratado seja entregue até 2021, com dez anos de atraso. A medida foi adotada em janeiro este ano, período em que o Metrô passa por uma grave crise financeira. O produto é um sistema digital que visa diminuir o intervalo entre os trens, de modo a agilizar o transporte dos passageiros, reduzir a superlotação e aumentar o número de usuários. É conhecido nos meios técnicos como CTBC (Controle de Trens Baseado em Comunicação). As relações da Alstom com tucanos são investigadas desde 2008, quando surgiram indícios de que a multinacional francesa teria pago propina entre 1998 e 2003 para fechar contrato com estatais de energia, no governo de Mário Covas. Oito anos depois, o processo ainda não foi julgado. ARBITRAGEM O acordo foi fechado em uma câmara arbitral, sistema que substitui a Justiça e é recomendado pelo Banco Mundial, por gerar decisões mais rápidas. A Procuradoria-Geral do Estado (PGE), órgão de defesa do Executivo, representou o governo Alckmin. A arbitragem teve início em 2013 sob sigilo, como previa o contrato, mas a Folha obteve acesso ao acordo pois uma lei de 2015 passou a obrigar os governos a dar publicidade às arbitragens que envolvam recursos públicos. O sistema da Alstom foi contratado em 2008, no governo de José Serra (PSDB), por R$ 780 milhões, para melhorar a eficiência das linhas 1-azul, 2-verde e 3-vermelha. A entrega estava prevista para 2011, foi adiada para o ano seguinte e, após a assinatura do acordo, funciona em tempo integral só na linha 2-verde. Nas outras duas linhas, o cronograma de entrega se estende até 2021. Em razão dos atrasos, o Metrô aplicou a partir de 2012 multas de R$ 78 milhões e ameaçava romper o contrato. A multinacional francesa, por sua vez, alegava que o Metrô não fizera as obras físicas nas três linhas para que o sistema digital fosse implantado. Afirmava também que a companhia queria um produto muito mais sofisticado do que estava previsto no contrato. A Alstom então solicitou que a disputa fosse resolvida por meio de arbitragem. O caso foi para a Corte Internacional de Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional em janeiro de 2013. O Metrô defendia que os atrasos provocaram perdas de R$ 289,1 milhões para a companhia. Já a Alstom argumentava que os atrasos e a exigência de novas funções aumentara o valor do contrato em R$ 173,1 milhões. Em agosto do ano passado, as empresas pediram a suspensão da arbitragem porque discutiam um acordo, que acabou homologado em 27 de janeiro deste ano. No acordo, o Metrô e a Alstom desistem dos valores que reivindicavam, inclusive da multa de R$ 78 milhões. Ao ser questionado sobre o que ocorreu com a diferença de R$ 116 milhões entre os valores que as empresas pediam, a Secretaria de Transportes Metropolitanos, à qual o Metrô é subordinado, limitou-se a afirmar que "os valores foram tratados como referência para discussão em arbitragem, algo natural nesse tipo de litígio". Já a Alstom não quis se pronunciar sobre o acordo. A arbitragem custou US$ 536.785 (o equivalente a R$ 2,17 milhões, quando se corrige o valor pela cotação do dia da homologação) para as duas empresas. VALORES DIFERENTES O caso do sistema de controle digital também foi levado pelo Metrô ao Tribunal de Contas do Estado, que atualmente analisa o contrato. Em manifestação protocolada no tribunal em junho do ano passado, o Metrô alegou que teve perdas de R$ 315 milhões -R$ 26 milhões a mais em relação ao montante apresentado na arbitragem. Só com a receita perdida com a "demanda de usuários reprimida e prejuízo decorrente de trens parados" a companhia afirmou ter verificado um prejuízo de R$ 307,7 milhões. Segundo o ofício do Metrô, à época a Alstom pleiteava valores que somavam R$ 245,9 milhões -um aumento de R$ 72,8 milhões em relação ao montante discutido na corte de arbitragem. O maior valor da conta da Alstom informada pelo Metrô ao Tribunal de Contas referia-se a novas funções para o sistema: R$ 167 milhões. O Metrô e a Alstom não responderam por que os valores discutidos na corte de arbitragem são diferentes daqueles apresentados ao Tribunal de Contas. | poder | Alckmin perdoa dívidas de R$ 116 mi de acusada de cartelNum contrato em que o Metrô apontou perdas de mais de R$ 300 milhões, o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) fez um acordo com a multinacional francesa Alstom no qual perdoou dívidas que somam R$ 116 milhões e aceitou que o produto contratado seja entregue até 2021, com dez anos de atraso. A medida foi adotada em janeiro este ano, período em que o Metrô passa por uma grave crise financeira. O produto é um sistema digital que visa diminuir o intervalo entre os trens, de modo a agilizar o transporte dos passageiros, reduzir a superlotação e aumentar o número de usuários. É conhecido nos meios técnicos como CTBC (Controle de Trens Baseado em Comunicação). As relações da Alstom com tucanos são investigadas desde 2008, quando surgiram indícios de que a multinacional francesa teria pago propina entre 1998 e 2003 para fechar contrato com estatais de energia, no governo de Mário Covas. Oito anos depois, o processo ainda não foi julgado. ARBITRAGEM O acordo foi fechado em uma câmara arbitral, sistema que substitui a Justiça e é recomendado pelo Banco Mundial, por gerar decisões mais rápidas. A Procuradoria-Geral do Estado (PGE), órgão de defesa do Executivo, representou o governo Alckmin. A arbitragem teve início em 2013 sob sigilo, como previa o contrato, mas a Folha obteve acesso ao acordo pois uma lei de 2015 passou a obrigar os governos a dar publicidade às arbitragens que envolvam recursos públicos. O sistema da Alstom foi contratado em 2008, no governo de José Serra (PSDB), por R$ 780 milhões, para melhorar a eficiência das linhas 1-azul, 2-verde e 3-vermelha. A entrega estava prevista para 2011, foi adiada para o ano seguinte e, após a assinatura do acordo, funciona em tempo integral só na linha 2-verde. Nas outras duas linhas, o cronograma de entrega se estende até 2021. Em razão dos atrasos, o Metrô aplicou a partir de 2012 multas de R$ 78 milhões e ameaçava romper o contrato. A multinacional francesa, por sua vez, alegava que o Metrô não fizera as obras físicas nas três linhas para que o sistema digital fosse implantado. Afirmava também que a companhia queria um produto muito mais sofisticado do que estava previsto no contrato. A Alstom então solicitou que a disputa fosse resolvida por meio de arbitragem. O caso foi para a Corte Internacional de Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional em janeiro de 2013. O Metrô defendia que os atrasos provocaram perdas de R$ 289,1 milhões para a companhia. Já a Alstom argumentava que os atrasos e a exigência de novas funções aumentara o valor do contrato em R$ 173,1 milhões. Em agosto do ano passado, as empresas pediram a suspensão da arbitragem porque discutiam um acordo, que acabou homologado em 27 de janeiro deste ano. No acordo, o Metrô e a Alstom desistem dos valores que reivindicavam, inclusive da multa de R$ 78 milhões. Ao ser questionado sobre o que ocorreu com a diferença de R$ 116 milhões entre os valores que as empresas pediam, a Secretaria de Transportes Metropolitanos, à qual o Metrô é subordinado, limitou-se a afirmar que "os valores foram tratados como referência para discussão em arbitragem, algo natural nesse tipo de litígio". Já a Alstom não quis se pronunciar sobre o acordo. A arbitragem custou US$ 536.785 (o equivalente a R$ 2,17 milhões, quando se corrige o valor pela cotação do dia da homologação) para as duas empresas. VALORES DIFERENTES O caso do sistema de controle digital também foi levado pelo Metrô ao Tribunal de Contas do Estado, que atualmente analisa o contrato. Em manifestação protocolada no tribunal em junho do ano passado, o Metrô alegou que teve perdas de R$ 315 milhões -R$ 26 milhões a mais em relação ao montante apresentado na arbitragem. Só com a receita perdida com a "demanda de usuários reprimida e prejuízo decorrente de trens parados" a companhia afirmou ter verificado um prejuízo de R$ 307,7 milhões. Segundo o ofício do Metrô, à época a Alstom pleiteava valores que somavam R$ 245,9 milhões -um aumento de R$ 72,8 milhões em relação ao montante discutido na corte de arbitragem. O maior valor da conta da Alstom informada pelo Metrô ao Tribunal de Contas referia-se a novas funções para o sistema: R$ 167 milhões. O Metrô e a Alstom não responderam por que os valores discutidos na corte de arbitragem são diferentes daqueles apresentados ao Tribunal de Contas. | 0 |
Eleitor de Trump, brasileiro teme risco de fraude na eleição | O evento foi organizado na última hora, mas mesmo assim atraiu centenas de pessoas para ver Donald Trump, em mais um esforço do bilionário para estancar a sangria de sua campanha presidencial. Embora seus números nas pesquisas tenham entrado em queda livre desde a revelação de comentários obscenos feitos sobre mulheres em 2005 e uma série de acusações de agressão sexual, Trump ainda tem o apoio de ao menos 40% dos eleitores, e eles não se entregam. No galpão de um centro equestre de Colorado Springs, cidade aos pés das famosas Montanhas Rochosas (centro-oeste dos EUA), o figurino do público era feito de variações em torno do tema Trump, e incluía camisetas com insultos variados à adversária democrata, Hillary Clinton, máscaras do bilionário e um mar de bonés vermelhos com o slogan da campanha: "Faça a América grandiosa novamente". Mas apenas um simpatizante de Trump usava o uniforme canarinho. Era o paulista Walter Feitosa, 58, que vive há 27 anos nos EUA e vestiu um agasalho da Seleção Brasileira para ver de perto o candidato que espera ajudar a eleger em novembro. Para ele, o apelo principal de Trump é ser alguém que foge do figurino do político tradicional. "Ele fala a verdade na cara das pessoas. Gosto disso", explicou à Folha, ecoando a insatisfação dos seguidores de Trump com os políticos. Com quase três décadas de EUA, casado com uma americana e com duas filhas nascidas no país, Feitosa já viveu nos Estados da Virginia e do Texas antes de se mudar para o Colorado, onde trabalha com compra e venda de carros e tem uma empresa de limpeza de carpetes. Desconfiado de que Hillary Clinton tem o sistema a seu favor, não duvida de que possa haver fraudes na eleição que prejudiquem Donald Trump, uma suspeita que o bilionário tem mencionado com mais intensidade nos últimos dias. "Acho que pode haver sim", diz. "Na eleição presidencial de 2000 eu vi um eleitor votar sem ter documento de identidade, só porque insistiu. Isso é errado". O brasileiro era um dos poucos latinos presentes no comício desta terça (18) em Colorado Springs, confirmando a impopularidade de Trump com a minoria que ganhou peso nos últimos anos, passando a formar 14% do eleitorado. Para Feitosa, o minguado apoio latino a Trump é resultado do discurso de medo de Hillary, que assusta os latinos ao dizer que o republicano irá deportar todos os imigrantes ilegais do país caso seja eleito. "Isso é impossível. Não dá para expulsar 12 milhões de pessoas", diz Feitosa, admitindo que o próprio Trump fez a promessa durante a campanha, antes de aliviar seu discurso. A desconfiança de Feitosa com Hillary Clinton vem da sensação de que ela usa suas conexões políticas para ter vantagens pessoais e se safar de enrascadas, como o controvertido uso não autorizado de uma conta de e-mail privada quando era secretária de Estado (2009-2013). O FBI (polícia federal americana) decidiu não indiciá-la, mas Feitosa acha que ela foi por um arranjo político. "Nisso ela é professora", afirmou Feitosa, pouco antes de o público que aguardava Trump pedir a prisão de Hillary, fazendo coro num dos gritos de guerra da campanha presidencial republicana: "Tranquem-na!". | mundo | Eleitor de Trump, brasileiro teme risco de fraude na eleiçãoO evento foi organizado na última hora, mas mesmo assim atraiu centenas de pessoas para ver Donald Trump, em mais um esforço do bilionário para estancar a sangria de sua campanha presidencial. Embora seus números nas pesquisas tenham entrado em queda livre desde a revelação de comentários obscenos feitos sobre mulheres em 2005 e uma série de acusações de agressão sexual, Trump ainda tem o apoio de ao menos 40% dos eleitores, e eles não se entregam. No galpão de um centro equestre de Colorado Springs, cidade aos pés das famosas Montanhas Rochosas (centro-oeste dos EUA), o figurino do público era feito de variações em torno do tema Trump, e incluía camisetas com insultos variados à adversária democrata, Hillary Clinton, máscaras do bilionário e um mar de bonés vermelhos com o slogan da campanha: "Faça a América grandiosa novamente". Mas apenas um simpatizante de Trump usava o uniforme canarinho. Era o paulista Walter Feitosa, 58, que vive há 27 anos nos EUA e vestiu um agasalho da Seleção Brasileira para ver de perto o candidato que espera ajudar a eleger em novembro. Para ele, o apelo principal de Trump é ser alguém que foge do figurino do político tradicional. "Ele fala a verdade na cara das pessoas. Gosto disso", explicou à Folha, ecoando a insatisfação dos seguidores de Trump com os políticos. Com quase três décadas de EUA, casado com uma americana e com duas filhas nascidas no país, Feitosa já viveu nos Estados da Virginia e do Texas antes de se mudar para o Colorado, onde trabalha com compra e venda de carros e tem uma empresa de limpeza de carpetes. Desconfiado de que Hillary Clinton tem o sistema a seu favor, não duvida de que possa haver fraudes na eleição que prejudiquem Donald Trump, uma suspeita que o bilionário tem mencionado com mais intensidade nos últimos dias. "Acho que pode haver sim", diz. "Na eleição presidencial de 2000 eu vi um eleitor votar sem ter documento de identidade, só porque insistiu. Isso é errado". O brasileiro era um dos poucos latinos presentes no comício desta terça (18) em Colorado Springs, confirmando a impopularidade de Trump com a minoria que ganhou peso nos últimos anos, passando a formar 14% do eleitorado. Para Feitosa, o minguado apoio latino a Trump é resultado do discurso de medo de Hillary, que assusta os latinos ao dizer que o republicano irá deportar todos os imigrantes ilegais do país caso seja eleito. "Isso é impossível. Não dá para expulsar 12 milhões de pessoas", diz Feitosa, admitindo que o próprio Trump fez a promessa durante a campanha, antes de aliviar seu discurso. A desconfiança de Feitosa com Hillary Clinton vem da sensação de que ela usa suas conexões políticas para ter vantagens pessoais e se safar de enrascadas, como o controvertido uso não autorizado de uma conta de e-mail privada quando era secretária de Estado (2009-2013). O FBI (polícia federal americana) decidiu não indiciá-la, mas Feitosa acha que ela foi por um arranjo político. "Nisso ela é professora", afirmou Feitosa, pouco antes de o público que aguardava Trump pedir a prisão de Hillary, fazendo coro num dos gritos de guerra da campanha presidencial republicana: "Tranquem-na!". | 3 |