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Leitores criticam STF pelo aumento do valor de diárias em viagem a trabalho
O artigo 5º da Constituição Federal deve revisto, pois perante a lei, alguns hoje são diferentes. No editorial Mordomia isonômica, um "cidadão da lei" precisa de R$ 1.125 por dia, para as despesas de alimentação, hospedagem e locomoção. Por outro lado, no mínimo quatro cidadãos, uma família, devem "viver" um mês com um salário mínimo de R$ 788. Para um mês, 70% de uma diária. Revisão da Constituição urgente. MARCO A. CORNETTI (Santa Rosa de Viterbo, SP) * Somente nos resta lamentar a decisão do STF, que aumentou o valor das diárias que os ministros recebem quando viajam a trabalho. Tal fato, somado a outras benesses exclusivas dos membros do Judiciário, só comprova minha tese, na qual existem dois tipos de trabalhadores no Brasil: os pertencentes ao Judiciário e o resto, que nem de longe goza dos mesmos privilégios. ANDRÉ GUIMARÃES MORAES, médico (Campinas, SP) * Até quando nós teremos que sustentar e suportar tantos reinados com o nosso trabalho? É o Executivo, o Legislativo e o Judiciário agindo conjuntamente no que diz respeito à expropriação do nosso bolso. Não medem a consequência de seus atos e passam pra nós a ideia de que pra eles vale tudo e para nós, o povo, resta a obediência. Quanto mais crise, mais mordomia. ORSON MUREB JACOB (Assis, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitores criticam STF pelo aumento do valor de diárias em viagem a trabalhoO artigo 5º da Constituição Federal deve revisto, pois perante a lei, alguns hoje são diferentes. No editorial Mordomia isonômica, um "cidadão da lei" precisa de R$ 1.125 por dia, para as despesas de alimentação, hospedagem e locomoção. Por outro lado, no mínimo quatro cidadãos, uma família, devem "viver" um mês com um salário mínimo de R$ 788. Para um mês, 70% de uma diária. Revisão da Constituição urgente. MARCO A. CORNETTI (Santa Rosa de Viterbo, SP) * Somente nos resta lamentar a decisão do STF, que aumentou o valor das diárias que os ministros recebem quando viajam a trabalho. Tal fato, somado a outras benesses exclusivas dos membros do Judiciário, só comprova minha tese, na qual existem dois tipos de trabalhadores no Brasil: os pertencentes ao Judiciário e o resto, que nem de longe goza dos mesmos privilégios. ANDRÉ GUIMARÃES MORAES, médico (Campinas, SP) * Até quando nós teremos que sustentar e suportar tantos reinados com o nosso trabalho? É o Executivo, o Legislativo e o Judiciário agindo conjuntamente no que diz respeito à expropriação do nosso bolso. Não medem a consequência de seus atos e passam pra nós a ideia de que pra eles vale tudo e para nós, o povo, resta a obediência. Quanto mais crise, mais mordomia. ORSON MUREB JACOB (Assis, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Brics lideram fluxo internacional de dinheiro ilegal, diz estudo
Países em desenvolvimento e emergentes movimentaram US$ 7,8 trilhões de origem ilícita entre 2004 e 2013, e o Brasil foi a sexta nação que mais contribuiu com o fluxo. O levantamento foi tornado público nesta terça-feira (8) pelo Global Financial Integrity (GFI), centro de pesquisas dos EUA. O Brasil movimentou, em média, US$ 22,67 bilhões ilegais por ano, segundo a estimativa do GFI. Os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) estão entre os sete principais emissores de recursos ilícitos, ao lado da Malásia (veja lista completa abaixo). A China teve o maior montante registrado, US$ 139,23 bilhões anuais, seguida da Rússia, com US$ 104,98 bilhões. O levantamento indica que o montante aumentou ao longo da década estudada. Em 2003, o fluxo ilícito total foi de US$ 456,3 bilhões. Em 2013, subiu para US$ 1,1 trilhão. Os fluxos financeiros ilícitos são, na definição do GFI, "a movimentação de um país a outro de dinheiro ou capital ganho, transferido e/ou utilizado". Como exemplo, o centro cita cartéis de drogas que usam dinheiro oriundo de esquema de lavagem, sonegação fiscal e esquemas de organizações terroristas. PREJUÍZOS "O estudo indica que, claramente, os fluxos financeiros ilícitos são o problema mais grave a prejudicar as economias emergentes e em desenvolvimento", afirmou o presidente do instituo, Raymond Baker. Na média, a movimentação corresponde a 4% do PIB (Produto Interno Bruto) dos países em desenvolvimento. Mas, em algumas regiões, a parcela é superior. Na África subsaariana, o montante representa 6,1%; em países europeus em desenvolvimento, 5,9%. Em sete dos dez anos de estudo, o fluxo financeiro ilegal superou o investimento internacional total em países pobres. O GFI observa que, apesar de os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da ONU, incluírem a redução do fluxo de recursos ilícitos, a comunidade internacional ainda não chegou a um acordo quanto aos indicadores para medir eventuais progressos e retrocessos. Os indicadores não estarão em uso antes de março de 2016, e o centro defende que o FMI (Fundo Monetário Internacional) conduza as medições. O GFI recomenda, entre outras, medidas de ampliação da transparência dos governos e controle mais rígido dos bancos sobre os verdadeiros beneficiários de contas abertas. RANKING Veja abaixo a lista das 20 economias em desenvolvimento que mais contribuíram para o fluxo de recursos ilícitos entre 2004 e 2013 e montante total exportado pelo país no período, segundo o Global Financial Integrity. 1. China - US$ 1,39 trilhão 2. Rússia - US$ 1,05 trilhão 3. México - US$ 528,44 bilhões 4. Índia - US$ 510,29 bilhões 5. Malásia - US$ 418,54 bilhões 6. Brasil - US$ 226,67 bilhões 7. África do Sul - US$ 209,22 bilhões 8. Tailândia - US$ 191,77 bilhões 9. Indonésia - US$ 180,71 bilhões 10. Nigéria - US$ 178,04 bilhões 11. Cazaquistão - US$ 167,4 bilhões 12. Turquia - US$ 154,5 bilhões 13. Venezuela - US$ 123,94 bilhões 14. Ucrânia- US$ 116,76 bilhões 15. Costa Rica - US$ 113,46 bilhões 16. Iraque - US$ 105,01 bilhões 17. Azerbaijão - US$ 95 bilhões 18. Vietnã - US$ 92,94 bilhões 19. Filipinas - US$ 90,25 bilhões 20. Polônia - US$ 90,02 bilhões
mundo
Brics lideram fluxo internacional de dinheiro ilegal, diz estudoPaíses em desenvolvimento e emergentes movimentaram US$ 7,8 trilhões de origem ilícita entre 2004 e 2013, e o Brasil foi a sexta nação que mais contribuiu com o fluxo. O levantamento foi tornado público nesta terça-feira (8) pelo Global Financial Integrity (GFI), centro de pesquisas dos EUA. O Brasil movimentou, em média, US$ 22,67 bilhões ilegais por ano, segundo a estimativa do GFI. Os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) estão entre os sete principais emissores de recursos ilícitos, ao lado da Malásia (veja lista completa abaixo). A China teve o maior montante registrado, US$ 139,23 bilhões anuais, seguida da Rússia, com US$ 104,98 bilhões. O levantamento indica que o montante aumentou ao longo da década estudada. Em 2003, o fluxo ilícito total foi de US$ 456,3 bilhões. Em 2013, subiu para US$ 1,1 trilhão. Os fluxos financeiros ilícitos são, na definição do GFI, "a movimentação de um país a outro de dinheiro ou capital ganho, transferido e/ou utilizado". Como exemplo, o centro cita cartéis de drogas que usam dinheiro oriundo de esquema de lavagem, sonegação fiscal e esquemas de organizações terroristas. PREJUÍZOS "O estudo indica que, claramente, os fluxos financeiros ilícitos são o problema mais grave a prejudicar as economias emergentes e em desenvolvimento", afirmou o presidente do instituo, Raymond Baker. Na média, a movimentação corresponde a 4% do PIB (Produto Interno Bruto) dos países em desenvolvimento. Mas, em algumas regiões, a parcela é superior. Na África subsaariana, o montante representa 6,1%; em países europeus em desenvolvimento, 5,9%. Em sete dos dez anos de estudo, o fluxo financeiro ilegal superou o investimento internacional total em países pobres. O GFI observa que, apesar de os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da ONU, incluírem a redução do fluxo de recursos ilícitos, a comunidade internacional ainda não chegou a um acordo quanto aos indicadores para medir eventuais progressos e retrocessos. Os indicadores não estarão em uso antes de março de 2016, e o centro defende que o FMI (Fundo Monetário Internacional) conduza as medições. O GFI recomenda, entre outras, medidas de ampliação da transparência dos governos e controle mais rígido dos bancos sobre os verdadeiros beneficiários de contas abertas. RANKING Veja abaixo a lista das 20 economias em desenvolvimento que mais contribuíram para o fluxo de recursos ilícitos entre 2004 e 2013 e montante total exportado pelo país no período, segundo o Global Financial Integrity. 1. China - US$ 1,39 trilhão 2. Rússia - US$ 1,05 trilhão 3. México - US$ 528,44 bilhões 4. Índia - US$ 510,29 bilhões 5. Malásia - US$ 418,54 bilhões 6. Brasil - US$ 226,67 bilhões 7. África do Sul - US$ 209,22 bilhões 8. Tailândia - US$ 191,77 bilhões 9. Indonésia - US$ 180,71 bilhões 10. Nigéria - US$ 178,04 bilhões 11. Cazaquistão - US$ 167,4 bilhões 12. Turquia - US$ 154,5 bilhões 13. Venezuela - US$ 123,94 bilhões 14. Ucrânia- US$ 116,76 bilhões 15. Costa Rica - US$ 113,46 bilhões 16. Iraque - US$ 105,01 bilhões 17. Azerbaijão - US$ 95 bilhões 18. Vietnã - US$ 92,94 bilhões 19. Filipinas - US$ 90,25 bilhões 20. Polônia - US$ 90,02 bilhões
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Japão se alinha aos EUA e pede mais pressão sobre Coreia do Norte
Em um discurso na Assembleia Geral da ONU totalmente dedicado às tensões com Pyongyang, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, afirmou que é necessário "mais pressão" para lidar com a Coreia do Norte, "não diálogo". Alinhando-se ao posicionamento americano, o premiê declarou que as negociações para desarmamento de Pyongyang das últimas duas décadas haviam falhado e demonstrou apoio às declarações do presidente americano Donald Trump de que "todas as opções estão sobre a mesa". Nos últimos meses, a Coreia do Norte intensificou seus testes balísticos e lançou dois mísseis que sobrevoaram a ilha do Japão, aumentando a tensão entre os dois países. "A gravidade desta ameaça é sem precedentes", disse Abe à plateia de líderes mundiais e diplomatas. "As armas nucleares da Coreia do Norte já são, ou estão a ponto de se tornarem, bombas de hidrogênio " afirmou o premiê, acrescentando que "cedo ou tarde" Pyongyang conseguirá lançá-las usando mísseis intercontinentais. Em seu primeiro discurso na Assembleia Geral da ONU, na terça-feira (19), Trump retomou o tom duro contra o regime de Kim Jong-un e disse que se os Estados Unidos "forem forçados a se defender ou defender seus aliados, não teremos outra a escolha que destruir totalmente a Coreia do Norte". Em resposta, o ministro de relações exteriores norte-coreano, Ri Yong-ho, disse que "ele [Trump] está sonhando se pensa em nos assustar com o som de um cachorro latindo". O discurso de Ri na cúpula está previsto para sexta-feira (22) e deve ser recebido com atenção pela comunidade internacional. A chanceler alemã Angela Merkel criticou o tom do discurso de Trump e afirmou ser "contra essas ameaças" em entrevista durante sua campanha eleitoral. Perguntado sobre as declarações de Trump, o presidente brasileiro, Michel Temer, disse que a posição brasileira é sempre de "conversas, de soluções diplomáticas". CAUTELA Adotando um tom mais ameno que o de seus aliados, o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, pediu a Pyongyang que abandonasse seu programa de armas nucleares e participasse do diálogo para prevenir um conflito. Moon apoiou sanções mais fortes em resposta aos teste recentes feito pela Coreia do Norte e afirmou que as relações com o regime de Kim Jong-un devem ser "administradas de forma estável" para evitar uma escalada de tensão e confrontos militares. O presidente sul-coreano disse que a Coreia do Norte "deve imediatamente cessar de tomar decisões inconsequentes que poderiam levar ao seu isolamento e colapso, e escolher o caminho do diálogo". "Nós não desejamos a queda da Coreia do Norte. Nós não buscaremos a unificação ou A absorção por meios artificiais; se a Coreia do Norte decidir ficar no lado certo da história, nós estamos prontos para assisti-la junto com a comunidade internacional", declarou Moon.
mundo
Japão se alinha aos EUA e pede mais pressão sobre Coreia do NorteEm um discurso na Assembleia Geral da ONU totalmente dedicado às tensões com Pyongyang, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, afirmou que é necessário "mais pressão" para lidar com a Coreia do Norte, "não diálogo". Alinhando-se ao posicionamento americano, o premiê declarou que as negociações para desarmamento de Pyongyang das últimas duas décadas haviam falhado e demonstrou apoio às declarações do presidente americano Donald Trump de que "todas as opções estão sobre a mesa". Nos últimos meses, a Coreia do Norte intensificou seus testes balísticos e lançou dois mísseis que sobrevoaram a ilha do Japão, aumentando a tensão entre os dois países. "A gravidade desta ameaça é sem precedentes", disse Abe à plateia de líderes mundiais e diplomatas. "As armas nucleares da Coreia do Norte já são, ou estão a ponto de se tornarem, bombas de hidrogênio " afirmou o premiê, acrescentando que "cedo ou tarde" Pyongyang conseguirá lançá-las usando mísseis intercontinentais. Em seu primeiro discurso na Assembleia Geral da ONU, na terça-feira (19), Trump retomou o tom duro contra o regime de Kim Jong-un e disse que se os Estados Unidos "forem forçados a se defender ou defender seus aliados, não teremos outra a escolha que destruir totalmente a Coreia do Norte". Em resposta, o ministro de relações exteriores norte-coreano, Ri Yong-ho, disse que "ele [Trump] está sonhando se pensa em nos assustar com o som de um cachorro latindo". O discurso de Ri na cúpula está previsto para sexta-feira (22) e deve ser recebido com atenção pela comunidade internacional. A chanceler alemã Angela Merkel criticou o tom do discurso de Trump e afirmou ser "contra essas ameaças" em entrevista durante sua campanha eleitoral. Perguntado sobre as declarações de Trump, o presidente brasileiro, Michel Temer, disse que a posição brasileira é sempre de "conversas, de soluções diplomáticas". CAUTELA Adotando um tom mais ameno que o de seus aliados, o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, pediu a Pyongyang que abandonasse seu programa de armas nucleares e participasse do diálogo para prevenir um conflito. Moon apoiou sanções mais fortes em resposta aos teste recentes feito pela Coreia do Norte e afirmou que as relações com o regime de Kim Jong-un devem ser "administradas de forma estável" para evitar uma escalada de tensão e confrontos militares. O presidente sul-coreano disse que a Coreia do Norte "deve imediatamente cessar de tomar decisões inconsequentes que poderiam levar ao seu isolamento e colapso, e escolher o caminho do diálogo". "Nós não desejamos a queda da Coreia do Norte. Nós não buscaremos a unificação ou A absorção por meios artificiais; se a Coreia do Norte decidir ficar no lado certo da história, nós estamos prontos para assisti-la junto com a comunidade internacional", declarou Moon.
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Mercadante afirma que 'não há base jurídica para impeachment' de Dilma
O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, convocou entrevista coletiva neste sábado (27) para se pronunciar sobre a delação do dono da UTC, Ricardo Pessoa, e afirmou que "não há base jurídica para o impeachment" da presidente Dilma Rousseff. De acordo com relatos da revista "Veja", Pessoa disse em sua delação que fez repasses ilegais para tesoureiros petistas e que foi pressionado para doar à campanha da presidente Dilma. Ele também teria citado repasses de dinheiro proveniente de propina à campanha de Mercadante ao governo de São Paulo em 2010, mas o ministro sustentou que as doações foram legais. "De fato as empresas contribuíram com R$ 500 mil. R$ 250 mil foram doados no dia 29/7/2010 pela Constran e a outra metade pela UTC no dia 27/8/2010. É só entrar [na Justiça Eleitoral] e estão lá as duas doações, o que mostra que as duas contribuições foram legais, estão oficializadas, e portanto não procede essa suspeição", disse. Mercadante confirmou ter se reunido com Pessoa durante a campanha. "Houve uma reunião na minha casa, de fato aconteceu. Tinha feito uma cirurgia, esse senhor queria me conhecer. Conheci ele nesta reunião e, basicamente nessa reunião, o que ele tratou foi sobre meu programa para São Paulo. Ele revelou que poderia contribuir para a minha campanha e eu agradeci. Que entrasse em contato com minha campanha e desde que fosse dentro da legislação", afirmou. Sobre as doações à campanha da presidente Dilma, ele afirmou que todas foram legais e registradas. O ministro também admitiu que desistiu de acompanhar a presidente Dilma em sua viagem aos Estados Unidos para se defender das acusações. "Eu queria estar aqui, eu queria explicar todas as vezes que fosse necessário. Tenho como homem público obrigação de prestar esclarecimentos. Quem não deve não teme. Por isso também eu fiquei", disse.
poder
Mercadante afirma que 'não há base jurídica para impeachment' de DilmaO ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, convocou entrevista coletiva neste sábado (27) para se pronunciar sobre a delação do dono da UTC, Ricardo Pessoa, e afirmou que "não há base jurídica para o impeachment" da presidente Dilma Rousseff. De acordo com relatos da revista "Veja", Pessoa disse em sua delação que fez repasses ilegais para tesoureiros petistas e que foi pressionado para doar à campanha da presidente Dilma. Ele também teria citado repasses de dinheiro proveniente de propina à campanha de Mercadante ao governo de São Paulo em 2010, mas o ministro sustentou que as doações foram legais. "De fato as empresas contribuíram com R$ 500 mil. R$ 250 mil foram doados no dia 29/7/2010 pela Constran e a outra metade pela UTC no dia 27/8/2010. É só entrar [na Justiça Eleitoral] e estão lá as duas doações, o que mostra que as duas contribuições foram legais, estão oficializadas, e portanto não procede essa suspeição", disse. Mercadante confirmou ter se reunido com Pessoa durante a campanha. "Houve uma reunião na minha casa, de fato aconteceu. Tinha feito uma cirurgia, esse senhor queria me conhecer. Conheci ele nesta reunião e, basicamente nessa reunião, o que ele tratou foi sobre meu programa para São Paulo. Ele revelou que poderia contribuir para a minha campanha e eu agradeci. Que entrasse em contato com minha campanha e desde que fosse dentro da legislação", afirmou. Sobre as doações à campanha da presidente Dilma, ele afirmou que todas foram legais e registradas. O ministro também admitiu que desistiu de acompanhar a presidente Dilma em sua viagem aos Estados Unidos para se defender das acusações. "Eu queria estar aqui, eu queria explicar todas as vezes que fosse necessário. Tenho como homem público obrigação de prestar esclarecimentos. Quem não deve não teme. Por isso também eu fiquei", disse.
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Fã que atacou Ana Hickmann ameaçou fazer roleta-russa, diz assessora
O homem armado que ameaçou a apresentadora Ana Hickmann, 35, afirmou que faria uma roleta-russa para ver se ela tinha sorte, segundo depoimento da concunhada e assessora Giovana Alves à Polícia Civil de Minas Gerais. Alves estava no local e foi ferida com dois tiros. "[Segundo a assessora], em certo momento ele [o agressor] falou assim: eu estou com uma bala a menos no revólver, vamos jogar roleta-russa para ver se você tem sorte", disse o delegado responsável pelo caso, Flávio Grossi, nesta quarta-feira (25). No sábado (21), Rodrigo de Pádua, 30, invadiu o quarto de hotel onde Hickmann se hospedava, em um bairro nobre de Belo Horizonte, com um revólver calibre 38. A apresentadora, a concunhada e o cunhado Gustavo Belo foram rendidos. Depois de uma luta corporal com Belo, Pádua morreu com dois tiros na nuca. A Polícia Civil ouviu Giovana Alves nesta terça (24), como parte do inquérito que investiga o caso. O segurança do hotel e o irmão de Pádua, Helisson, também depuseram. Apesar da ameaça de fazer roleta-russa, o tambor do revólver de Pádua estava cheio, com cinco balas. A perícia descobriu que ele guardava mais cinco munições no bolso. "[A ameaça] Não quer dizer que condiz com a verdade", disse o delegado Grossi. No depoimento à polícia, Alves também disse que consolava Hickmann no colo quando Pádua atirou, com a mira apontada para a cabeça da apresentadora. A bala atingiu ombro da assessora. O inquérito tem 30 dias para ser concluído, e pode ser adiado, mas Grossi diz que tentará antecipá-lo. Até agora, a morte de Pádua é encarada como um ato de legítima defesa. O CASO Rodrigo de Pádua se dizia fã da modelo e rendeu Belo no corredor para forçá-lo a entrar no quarto. Muito agitado e falando frases desconexas, ele obrigou os três a se virarem de costas. Do lado de fora do recinto, o cabeleireiro Júlio Figueiredo gravou o áudio do momento antes de chamar a segurança. "Eu sou um ser humano, cretina", gritou Pádua. "Eu tenho coração. Eu te falei um milhão de vezes." Pádua também gritou que não era assassino, e ao ser questionado porque estava com a arma na mão, respondeu: "Porque ela [Hickmann] é uma mentira. Uma filha da p.... Duvidou do amor que eu tinha, sua v....". A mãe dele, Wanda Simões de Pádua, disse na segunda (23) que seu filho não tinha intenção de atacar ou machucar Ana Hickmann.
cotidiano
Fã que atacou Ana Hickmann ameaçou fazer roleta-russa, diz assessoraO homem armado que ameaçou a apresentadora Ana Hickmann, 35, afirmou que faria uma roleta-russa para ver se ela tinha sorte, segundo depoimento da concunhada e assessora Giovana Alves à Polícia Civil de Minas Gerais. Alves estava no local e foi ferida com dois tiros. "[Segundo a assessora], em certo momento ele [o agressor] falou assim: eu estou com uma bala a menos no revólver, vamos jogar roleta-russa para ver se você tem sorte", disse o delegado responsável pelo caso, Flávio Grossi, nesta quarta-feira (25). No sábado (21), Rodrigo de Pádua, 30, invadiu o quarto de hotel onde Hickmann se hospedava, em um bairro nobre de Belo Horizonte, com um revólver calibre 38. A apresentadora, a concunhada e o cunhado Gustavo Belo foram rendidos. Depois de uma luta corporal com Belo, Pádua morreu com dois tiros na nuca. A Polícia Civil ouviu Giovana Alves nesta terça (24), como parte do inquérito que investiga o caso. O segurança do hotel e o irmão de Pádua, Helisson, também depuseram. Apesar da ameaça de fazer roleta-russa, o tambor do revólver de Pádua estava cheio, com cinco balas. A perícia descobriu que ele guardava mais cinco munições no bolso. "[A ameaça] Não quer dizer que condiz com a verdade", disse o delegado Grossi. No depoimento à polícia, Alves também disse que consolava Hickmann no colo quando Pádua atirou, com a mira apontada para a cabeça da apresentadora. A bala atingiu ombro da assessora. O inquérito tem 30 dias para ser concluído, e pode ser adiado, mas Grossi diz que tentará antecipá-lo. Até agora, a morte de Pádua é encarada como um ato de legítima defesa. O CASO Rodrigo de Pádua se dizia fã da modelo e rendeu Belo no corredor para forçá-lo a entrar no quarto. Muito agitado e falando frases desconexas, ele obrigou os três a se virarem de costas. Do lado de fora do recinto, o cabeleireiro Júlio Figueiredo gravou o áudio do momento antes de chamar a segurança. "Eu sou um ser humano, cretina", gritou Pádua. "Eu tenho coração. Eu te falei um milhão de vezes." Pádua também gritou que não era assassino, e ao ser questionado porque estava com a arma na mão, respondeu: "Porque ela [Hickmann] é uma mentira. Uma filha da p.... Duvidou do amor que eu tinha, sua v....". A mãe dele, Wanda Simões de Pádua, disse na segunda (23) que seu filho não tinha intenção de atacar ou machucar Ana Hickmann.
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Autor de xingamento a Chico também comentou foto de neto de Dilma
O jornalista João Pedrosa, que está sendo processado por Chico Buarque por ter xingado o músico e sua família no Instagram, também comentou o nascimento do neto de Dilma. Em uma foto postada pela empresária Rosangela Lyra –que pedia bênçãos para a criança e criticava o "momento de ódio exacerbado"–, o jornalista escreveu: "Maldita até a sétima geração!!!". Ele diz que não tem "nada a comentar". Leia a coluna completa aqui.
colunas
Autor de xingamento a Chico também comentou foto de neto de DilmaO jornalista João Pedrosa, que está sendo processado por Chico Buarque por ter xingado o músico e sua família no Instagram, também comentou o nascimento do neto de Dilma. Em uma foto postada pela empresária Rosangela Lyra –que pedia bênçãos para a criança e criticava o "momento de ódio exacerbado"–, o jornalista escreveu: "Maldita até a sétima geração!!!". Ele diz que não tem "nada a comentar". Leia a coluna completa aqui.
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Viagens invisíveis
Muito antes do Instagram e das poses de Francisco Cuoco na piscina de "Caras", com um pouquinho mais de ênfase que a dos pensadores dedicados ao tema nas últimas décadas, o escritor e dramaturgo Thomas Bernhard definiu a fotografia como "mania sórdida", uma "doença que acometeu toda a humanidade" e, em suma, "a maior desgraça do século 20". Em certas circunstâncias, é difícil não ver na sátira do trecho –tirado do romance "Extinção", de 1986–algo de profético. Nas atuais viagens, por exemplo: se há algo que não está em falta no século 21, ao menos quando falamos do turismo de classe média/alta no Ocidente, são imagens de metrópoles cada vez mais parecidas nos costumes, no comércio, nas atrações culturais. A questão é se esse esgotamento, perceptível no retrato de alguém em frente à Torre Eiffel ou naquele restaurantezinho simpático de Buenos Aires, estende-se à experiência. Ou seja, se a facilidade contemporânea de tirar e publicar instantâneos do gênero não tornou (ainda mais) uniforme o que eles narram –seus personagens num lugar supostamente estranho, fazendo coisas que supostamente não costumam fazer. Nos últimos anos, tenho viajado mais do que gostaria. Às vezes é bom, em outras é um pesadelo. Às vezes aproveito, em outras chafurdo em neurose no quarto do hotel. Em todas as ocasiões, planejo (e jamais consigo) voltar sem fotos ou filmes. Parece um desperdício entediado de oportunidades, mas em certo aspecto é o contrário disso. Num trecho de "As Cidades Invisíveis", de Italo Calvino, o imperador mongol Kublai Khan pergunta por que Marco Polo nunca fala de Veneza, lugar onde nasceu. O explorador responde que fazer o relato seria "cancelar as margens da memória", limitar a evocação da paisagem de sua infância às palavras que a descrevem. O mesmo talvez dê para dizer das imagens. Quando são produtos privados, que não buscam a autonomia simbólica da criação artística ou a relevância documental do jornalismo, elas nos obrigam a ver e interpretar apenas o que está dentro de seus limites. No recorte do passado trazido por cores, enquadramento e assunto escolhidos, a matriz é mais pobre que a das sensações amplas e abstratas presentes em qualquer lembrança. Não só pelo motivo óbvio de que as lentes não reproduzem o cheiro da grama de um parque, a temperatura que fazia quando conhecemos por acaso uma pessoa que mudou nossa vida. Também porque lembranças trabalham com a espontaneidade possível dos acontecimentos, mesmo num mundo afeito à encenação como o atual, enquanto a fotografia turística é puro cálculo: a decisão de levantar o celular ou a câmera, a consciência ao olhar (ou não) para ela, que Bernhard chama de "instante grotesco ou instante cômico" estrelado pela "caricatura perversa" de "marionetes ridículas". Se fotos são uma das faces objetivas de uma biografia, a versão externa e imutável do que escolhemos dizer sobre nós mesmos para quem as vê, a recusa a esse registro tem desdobramentos que vão além da esfera individual. Permitir que a vida ocorra na precariedade do momento é uma contribuição, em escala ínfima que seja, para diminuir a quantidade opressiva de clichês narcísicos ao redor. Não afetar exclusividade por algo que será compartilhado por centenas ou milhares. Não buscar aplausos por postar um sorriso na praia. Não alegar sofisticação porque compro picolé no mercadinho onde o dono não fala minha língua. Até quando o acaso nos distancia de um imaginário tão gasto pode ser interessante evitar os créditos do relato. Além das glórias hedonistas, viagens são chances de submergir em estados de espírito que hoje são quase tabus, como a solidão, a decepção, a angústia e o medo. É tentador transformar tais elementos em preliminares de uma fábula redentora, contada por quem superou obstáculos para crescer espiritualmente e, já com as malas desfeitas, tornou-se mais charmoso e cheio de si. Mas se deixar levar pelo fracasso puro, o deslocamento sem enfeites cuja única legenda é "por que mesmo eu preciso estar aqui?", pode ser igualmente rico. E bem mais original. Fotos servem para muita coisa. Não para captar a intensidade dessa experiência.
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Viagens invisíveisMuito antes do Instagram e das poses de Francisco Cuoco na piscina de "Caras", com um pouquinho mais de ênfase que a dos pensadores dedicados ao tema nas últimas décadas, o escritor e dramaturgo Thomas Bernhard definiu a fotografia como "mania sórdida", uma "doença que acometeu toda a humanidade" e, em suma, "a maior desgraça do século 20". Em certas circunstâncias, é difícil não ver na sátira do trecho –tirado do romance "Extinção", de 1986–algo de profético. Nas atuais viagens, por exemplo: se há algo que não está em falta no século 21, ao menos quando falamos do turismo de classe média/alta no Ocidente, são imagens de metrópoles cada vez mais parecidas nos costumes, no comércio, nas atrações culturais. A questão é se esse esgotamento, perceptível no retrato de alguém em frente à Torre Eiffel ou naquele restaurantezinho simpático de Buenos Aires, estende-se à experiência. Ou seja, se a facilidade contemporânea de tirar e publicar instantâneos do gênero não tornou (ainda mais) uniforme o que eles narram –seus personagens num lugar supostamente estranho, fazendo coisas que supostamente não costumam fazer. Nos últimos anos, tenho viajado mais do que gostaria. Às vezes é bom, em outras é um pesadelo. Às vezes aproveito, em outras chafurdo em neurose no quarto do hotel. Em todas as ocasiões, planejo (e jamais consigo) voltar sem fotos ou filmes. Parece um desperdício entediado de oportunidades, mas em certo aspecto é o contrário disso. Num trecho de "As Cidades Invisíveis", de Italo Calvino, o imperador mongol Kublai Khan pergunta por que Marco Polo nunca fala de Veneza, lugar onde nasceu. O explorador responde que fazer o relato seria "cancelar as margens da memória", limitar a evocação da paisagem de sua infância às palavras que a descrevem. O mesmo talvez dê para dizer das imagens. Quando são produtos privados, que não buscam a autonomia simbólica da criação artística ou a relevância documental do jornalismo, elas nos obrigam a ver e interpretar apenas o que está dentro de seus limites. No recorte do passado trazido por cores, enquadramento e assunto escolhidos, a matriz é mais pobre que a das sensações amplas e abstratas presentes em qualquer lembrança. Não só pelo motivo óbvio de que as lentes não reproduzem o cheiro da grama de um parque, a temperatura que fazia quando conhecemos por acaso uma pessoa que mudou nossa vida. Também porque lembranças trabalham com a espontaneidade possível dos acontecimentos, mesmo num mundo afeito à encenação como o atual, enquanto a fotografia turística é puro cálculo: a decisão de levantar o celular ou a câmera, a consciência ao olhar (ou não) para ela, que Bernhard chama de "instante grotesco ou instante cômico" estrelado pela "caricatura perversa" de "marionetes ridículas". Se fotos são uma das faces objetivas de uma biografia, a versão externa e imutável do que escolhemos dizer sobre nós mesmos para quem as vê, a recusa a esse registro tem desdobramentos que vão além da esfera individual. Permitir que a vida ocorra na precariedade do momento é uma contribuição, em escala ínfima que seja, para diminuir a quantidade opressiva de clichês narcísicos ao redor. Não afetar exclusividade por algo que será compartilhado por centenas ou milhares. Não buscar aplausos por postar um sorriso na praia. Não alegar sofisticação porque compro picolé no mercadinho onde o dono não fala minha língua. Até quando o acaso nos distancia de um imaginário tão gasto pode ser interessante evitar os créditos do relato. Além das glórias hedonistas, viagens são chances de submergir em estados de espírito que hoje são quase tabus, como a solidão, a decepção, a angústia e o medo. É tentador transformar tais elementos em preliminares de uma fábula redentora, contada por quem superou obstáculos para crescer espiritualmente e, já com as malas desfeitas, tornou-se mais charmoso e cheio de si. Mas se deixar levar pelo fracasso puro, o deslocamento sem enfeites cuja única legenda é "por que mesmo eu preciso estar aqui?", pode ser igualmente rico. E bem mais original. Fotos servem para muita coisa. Não para captar a intensidade dessa experiência.
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Comissão econômica chama ministros para falar da Carne Fraca no Senado
A Comissão de Assuntos Econômicos aprovou nesta terça-feira (21) um convite aos ministros da Agricultura, Blairo Maggi, da Justiça, Osmar Serraglio, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Marcos Pereira, para explicar aos senadores as acusações feitas pela Polícia Federal no âmbito da Operação Carne Fraca, bem como seus efeitos. A ação da PF, desencadeada na última sexta (17), colocou sob suspeita a qualidade da carne vendida no Brasil e tem gerado uma série de consequências econômicas, com a suspensão temporária de compras por parte de países exportadores. Também houve a aprovação de um convite para o diretor-geral da PF, Leandro Daiello, para que ele explique a condução das investigações pela corporação. Os pedidos decorreram da aprovação do requerimento da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Convites não denotam obrigatoriedade da autoridade em comparecer. O ministro Blairo Maggi deve falar já nesta quarta (22) em reunião na CAE com a CMA (Comissão de Meio Ambiente). Os demais ministros devem falar na próxima semana. Além dos convites aos ministros, os senadores aprovaram também um requerimento para a realização de uma audiência pública para discutir os efeitos da operação Carne Fraca com Blairo e Marcos Pereira. Nas audiências públicas, além dos senadores, integrantes da sociedade civil também podem participar. De onde vem Para onde vai
mercado
Comissão econômica chama ministros para falar da Carne Fraca no SenadoA Comissão de Assuntos Econômicos aprovou nesta terça-feira (21) um convite aos ministros da Agricultura, Blairo Maggi, da Justiça, Osmar Serraglio, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Marcos Pereira, para explicar aos senadores as acusações feitas pela Polícia Federal no âmbito da Operação Carne Fraca, bem como seus efeitos. A ação da PF, desencadeada na última sexta (17), colocou sob suspeita a qualidade da carne vendida no Brasil e tem gerado uma série de consequências econômicas, com a suspensão temporária de compras por parte de países exportadores. Também houve a aprovação de um convite para o diretor-geral da PF, Leandro Daiello, para que ele explique a condução das investigações pela corporação. Os pedidos decorreram da aprovação do requerimento da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Convites não denotam obrigatoriedade da autoridade em comparecer. O ministro Blairo Maggi deve falar já nesta quarta (22) em reunião na CAE com a CMA (Comissão de Meio Ambiente). Os demais ministros devem falar na próxima semana. Além dos convites aos ministros, os senadores aprovaram também um requerimento para a realização de uma audiência pública para discutir os efeitos da operação Carne Fraca com Blairo e Marcos Pereira. Nas audiências públicas, além dos senadores, integrantes da sociedade civil também podem participar. De onde vem Para onde vai
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Marca de Lisboa, bondes e elevadores conduzem uma viagem no tempo
Elementos imprescindíveis na paisagem urbana de Lisboa, os famosos bondes e elevadores da capital lusitana conduzem seus passageiros pelas ladeiras e colinas da cidade, proporcionando uma sensação de "viagem no tempo". Esses veículos, que conservam estrutura e estética originais desde o século 18, estão espalhados pelas regiões históricas de Lisboa e percorrem lenta e suavemente os espaços para que os viajantes possam desfrutar detalhadamente da vista. As pérolas da coleção são preservadas pelo museu da Carris, empresa que administra o transporte público de Lisboa. Entre os bairros da Ajuda e da Alfama, da parte alta à baixa da cidade, terra e ar são marcados pelo cabeamento elétrico e pelos trens urbanos, que já fazem parte da história desses lugares. De acordo com a Carris, são mais de 70 veículos e equipamentos, entre eles três elevadores (Glória, Bica e Lavra) e oito linhas de bonde, sendo três exclusivamente turísticas e que, no total, transportam cerca de 1,1 milhão de passageiros por ano. Com 130 anos de atividade, o elevador da Glória é o mais antigo de todos. Localizado na calçada da Glória, ele une a praça dos Restauradores ao boêmio Bairro Alto. Desembocando no miradouro de São Pedro de Alcântara, de onde é possível ter uma vista panorâmica da cidade, seu percurso é uma verdadeira exposição da arte urbana de Lisboa, com diversos painéis que lembram momentos históricos da capital, como a queda da ditadura salazarista, em 25 de abril de 1974. Totalmente integrados ao espaço público, esses típicos transportes de Lisboa fazem a conexão entre passado e presente, mas também servem, por exemplo, para campanhas natalinas –com o Papai Noel conduzindo e cantando dentro deles–, assim como para apresentações de fado nos bondes e jazz nos elevadores. Nos fins de semana, as praças da Figueira e do Martim Moniz são os principais pontos de saída para os visitantes que querem experimentar um passeio à moda tradicional e que escolhem os chamativos bondes amarelos da Carris que conseguem se locomover pelas estreitas e sinuosas ladeiras das colinas de Lisboa como nenhum outro transporte. A maior parte do público é formada por turistas –que contam inclusive com circuitos exclusivos, como "Hills Tramcar Tour", "Tram Tour Castle" e "Chiado Tram Tour"–, e que se amontoam em longas filas de espera. Já o monumental elevador de Santa Justa, classificado como Monumento Nacional em 2002, com sua bela estrutura de ferro fundido, é o único completamente vertical, que não utiliza veículos elétricos e que oferece aos visitantes uma das principais vistas aéreas da cidade, na região da Baixa. Contudo, se por um lado os bondes e elevadores fascinam os turistas, por outro perdem usuários locais, cansados das longas filas de espera e das aglomerações. Alguns, no entanto, ainda resistem e os utilizam, principalmente nos dias de semana, porque em determinadas áreas altas da capital nem os ônibus nem o metrô chegam.
turismo
Marca de Lisboa, bondes e elevadores conduzem uma viagem no tempoElementos imprescindíveis na paisagem urbana de Lisboa, os famosos bondes e elevadores da capital lusitana conduzem seus passageiros pelas ladeiras e colinas da cidade, proporcionando uma sensação de "viagem no tempo". Esses veículos, que conservam estrutura e estética originais desde o século 18, estão espalhados pelas regiões históricas de Lisboa e percorrem lenta e suavemente os espaços para que os viajantes possam desfrutar detalhadamente da vista. As pérolas da coleção são preservadas pelo museu da Carris, empresa que administra o transporte público de Lisboa. Entre os bairros da Ajuda e da Alfama, da parte alta à baixa da cidade, terra e ar são marcados pelo cabeamento elétrico e pelos trens urbanos, que já fazem parte da história desses lugares. De acordo com a Carris, são mais de 70 veículos e equipamentos, entre eles três elevadores (Glória, Bica e Lavra) e oito linhas de bonde, sendo três exclusivamente turísticas e que, no total, transportam cerca de 1,1 milhão de passageiros por ano. Com 130 anos de atividade, o elevador da Glória é o mais antigo de todos. Localizado na calçada da Glória, ele une a praça dos Restauradores ao boêmio Bairro Alto. Desembocando no miradouro de São Pedro de Alcântara, de onde é possível ter uma vista panorâmica da cidade, seu percurso é uma verdadeira exposição da arte urbana de Lisboa, com diversos painéis que lembram momentos históricos da capital, como a queda da ditadura salazarista, em 25 de abril de 1974. Totalmente integrados ao espaço público, esses típicos transportes de Lisboa fazem a conexão entre passado e presente, mas também servem, por exemplo, para campanhas natalinas –com o Papai Noel conduzindo e cantando dentro deles–, assim como para apresentações de fado nos bondes e jazz nos elevadores. Nos fins de semana, as praças da Figueira e do Martim Moniz são os principais pontos de saída para os visitantes que querem experimentar um passeio à moda tradicional e que escolhem os chamativos bondes amarelos da Carris que conseguem se locomover pelas estreitas e sinuosas ladeiras das colinas de Lisboa como nenhum outro transporte. A maior parte do público é formada por turistas –que contam inclusive com circuitos exclusivos, como "Hills Tramcar Tour", "Tram Tour Castle" e "Chiado Tram Tour"–, e que se amontoam em longas filas de espera. Já o monumental elevador de Santa Justa, classificado como Monumento Nacional em 2002, com sua bela estrutura de ferro fundido, é o único completamente vertical, que não utiliza veículos elétricos e que oferece aos visitantes uma das principais vistas aéreas da cidade, na região da Baixa. Contudo, se por um lado os bondes e elevadores fascinam os turistas, por outro perdem usuários locais, cansados das longas filas de espera e das aglomerações. Alguns, no entanto, ainda resistem e os utilizam, principalmente nos dias de semana, porque em determinadas áreas altas da capital nem os ônibus nem o metrô chegam.
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Após pane, resultado do 1º sorteio do ano da Mega só sairá nesta segunda
Quem fez apostas para o primeiro concurso do ano da Mega-Sena, Dupla Sena, Lotomania, Quina e Lotofácil terá de aguardar até esta segunda-feira (4) para saber se houve ganhadores ou não. Os números foram divulgados pela Caixa na noite deste sábado (2), mas os resultados da apuração, não. Segundo a Caixa Econômica, houve "problemas de ordem tecnológica" que impediram a realização da apuração. A falha no sistema, acrescentou a instituição, foi corrigida durante a madrugada. O número de acertadores e os valores de premiação deveriam ter sido divulgados até as 20h deste domingo (3). Mas a Caixa voltou atrás. Segundo nota publicada à imprensa neste domingo, a instituição decidiu ganhar mais tempo para processar os dados, que serão divulgados apenas na manhã desta segunda-feira (4). No concurso 1.776 da Mega-Sena foram sorteadas as seguintes dezenas: 10, 11, 14, 19, 39 e 48. No 3.974 da Quina, os números foram: 16, 17, 18, 34 e 55. Acompanhe os resultados das loterias
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Após pane, resultado do 1º sorteio do ano da Mega só sairá nesta segundaQuem fez apostas para o primeiro concurso do ano da Mega-Sena, Dupla Sena, Lotomania, Quina e Lotofácil terá de aguardar até esta segunda-feira (4) para saber se houve ganhadores ou não. Os números foram divulgados pela Caixa na noite deste sábado (2), mas os resultados da apuração, não. Segundo a Caixa Econômica, houve "problemas de ordem tecnológica" que impediram a realização da apuração. A falha no sistema, acrescentou a instituição, foi corrigida durante a madrugada. O número de acertadores e os valores de premiação deveriam ter sido divulgados até as 20h deste domingo (3). Mas a Caixa voltou atrás. Segundo nota publicada à imprensa neste domingo, a instituição decidiu ganhar mais tempo para processar os dados, que serão divulgados apenas na manhã desta segunda-feira (4). No concurso 1.776 da Mega-Sena foram sorteadas as seguintes dezenas: 10, 11, 14, 19, 39 e 48. No 3.974 da Quina, os números foram: 16, 17, 18, 34 e 55. Acompanhe os resultados das loterias
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'Não dá para governar o Brasil com grupo de amigos', diz FHC em diários
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso confessa em seus diários sobre o exercício da Presidência da República que é difícil governar "com os amigos", porque não se tem o distanciamento para "fazer o que deve ser feito" com eles. O tucano narra disputas internas em sua primeira gestão, avalia que elas minam sua autoridade e reclama da mesquinharia nas negociações políticas. Os relatos estão no primeiro dos quatro volumes do livro "Diários da Presidência" (Companhia das Letras), que chega às livrarias no dia 29 e detalha o cotidiano do poder nos primeiros dois anos do governo FHC, entre 1995 e 1996. Em vários trechos da obra, o ex-presidente tucano reclama das fofocas e rusgas internas e o consequente desgaste para o governo. No diário, FHC chega a se dizer "amargurado" pelo clima entre seus principais ministros, a maioria amigos pessoais, que engrenaram numa disputa por discordâncias ideológicas, políticas e de estilo. "O que sempre atrapalha, no processo político, são as questões pessoais, as vaidades, às vezes as ambições, e os mais próximos são os que mais nos machucam e atrapalham, porque a gente não tem o distanciamento para poder fazer o que deve ser feito", confessa o ex-presidente. FHC demonstra dificuldades em encaixar em seu governo o amigo José Serra, na época chefe do Planejamento, especialmente no Ministério da Fazenda. O ex-presidente diz ter sido sincero em uma conversa com o atual senador: "Disse, com toda franqueza, que só via duas maneiras de ele entrar no Ministério da Fazenda: ou provocando uma crise, porque a sua entrada provocaria a crise, ou depois de uma crise, para solucionar um impasse. Portanto, se algum ministro fracassasse, ele seria chamado". Mesmo assim, FHC queria o amigo no governo e disse que não havia "sentido algum, em um governo meu, você longe, dado o tipo de relacionamento que temos e a enorme capacidade que você tem". Pelos planos do ex-presidente, Serra deveria ir para um ministério com visibilidade, como Educação ou Saúde. "Meu raciocínio era o seguinte: Serra tem grande potencial político eleitoral, diferentemente dos outros da equipe econômica". Ele também narra em detalhes uma série de desentendimentos entre seus ministros. Serra tinha uma série de discordâncias com Pedro Malan (Fazenda), por exemplo. Num desses episódios, FHC chega a dizer que os dois travavam um "braço de ferro inútil". Outro personagem recorrente nas discussões é o ex-ministro Sério Motta (Comunicações). "Nesses últimos dias fiquei atazanado, e mesmo amargurado, com a relação tão difícil entre mim, Serra e o Sérgio [Motta]", narra FHC. Para o ex-presidente, "os inimigos dão menos trabalho do que os amigos próximos. Todo mundo sabe disso, mas é duro sentir na pele". Em tom de desabafo, diz que não "não dá para governar o Brasil com um grupo de amigos" e narra um pito que deu nos ministros mais próximos durante uma reunião. "Vocês têm ministérios excelentes, são excelentes ministros (...) dediquem-se a isso, meu Deus do céu. (...) Aqui entre nós, todas as coisas recaem sobre a minha cabeça, vão minando minha autoridade". O amigo e ministro das Comunicações, Sérgio Motta, é alvo constante de reclamações. Principalmente por seu jeito estourado e agressivo. Numa passagem de novembro de 1996, FHC relata os problemas políticos que vinha enfrentando porque Motta havia arrumado um "charivari" com o então prefeito de São Paulo, Paulo Maluf (PPB, hoje PP). Motta afirmou que Maluf tinha pede de cordeiro, mas, por baixo da pele, era uma hiena. O pepebista não gostou e entrou com uma queixa-crime contra o ministro. Aí vem a lamentação do presidente: "Falei com o Sérgio, que naturalmente veio com uma conversa branda, como se não tivesse dito nada de grave [...] Ele me respondeu que todos gostaram do que ele fez. Insistiu, portanto, no erro. Maluf é muito mais escolado, vai longe nas acusações, em tudo, e o Sérgio está caindo como um patinho nas armadilhas. E, claro, tudo respinga em mim. Vão achar que eu mandei o Sérgio dizer essas coisas."
poder
'Não dá para governar o Brasil com grupo de amigos', diz FHC em diáriosO ex-presidente Fernando Henrique Cardoso confessa em seus diários sobre o exercício da Presidência da República que é difícil governar "com os amigos", porque não se tem o distanciamento para "fazer o que deve ser feito" com eles. O tucano narra disputas internas em sua primeira gestão, avalia que elas minam sua autoridade e reclama da mesquinharia nas negociações políticas. Os relatos estão no primeiro dos quatro volumes do livro "Diários da Presidência" (Companhia das Letras), que chega às livrarias no dia 29 e detalha o cotidiano do poder nos primeiros dois anos do governo FHC, entre 1995 e 1996. Em vários trechos da obra, o ex-presidente tucano reclama das fofocas e rusgas internas e o consequente desgaste para o governo. No diário, FHC chega a se dizer "amargurado" pelo clima entre seus principais ministros, a maioria amigos pessoais, que engrenaram numa disputa por discordâncias ideológicas, políticas e de estilo. "O que sempre atrapalha, no processo político, são as questões pessoais, as vaidades, às vezes as ambições, e os mais próximos são os que mais nos machucam e atrapalham, porque a gente não tem o distanciamento para poder fazer o que deve ser feito", confessa o ex-presidente. FHC demonstra dificuldades em encaixar em seu governo o amigo José Serra, na época chefe do Planejamento, especialmente no Ministério da Fazenda. O ex-presidente diz ter sido sincero em uma conversa com o atual senador: "Disse, com toda franqueza, que só via duas maneiras de ele entrar no Ministério da Fazenda: ou provocando uma crise, porque a sua entrada provocaria a crise, ou depois de uma crise, para solucionar um impasse. Portanto, se algum ministro fracassasse, ele seria chamado". Mesmo assim, FHC queria o amigo no governo e disse que não havia "sentido algum, em um governo meu, você longe, dado o tipo de relacionamento que temos e a enorme capacidade que você tem". Pelos planos do ex-presidente, Serra deveria ir para um ministério com visibilidade, como Educação ou Saúde. "Meu raciocínio era o seguinte: Serra tem grande potencial político eleitoral, diferentemente dos outros da equipe econômica". Ele também narra em detalhes uma série de desentendimentos entre seus ministros. Serra tinha uma série de discordâncias com Pedro Malan (Fazenda), por exemplo. Num desses episódios, FHC chega a dizer que os dois travavam um "braço de ferro inútil". Outro personagem recorrente nas discussões é o ex-ministro Sério Motta (Comunicações). "Nesses últimos dias fiquei atazanado, e mesmo amargurado, com a relação tão difícil entre mim, Serra e o Sérgio [Motta]", narra FHC. Para o ex-presidente, "os inimigos dão menos trabalho do que os amigos próximos. Todo mundo sabe disso, mas é duro sentir na pele". Em tom de desabafo, diz que não "não dá para governar o Brasil com um grupo de amigos" e narra um pito que deu nos ministros mais próximos durante uma reunião. "Vocês têm ministérios excelentes, são excelentes ministros (...) dediquem-se a isso, meu Deus do céu. (...) Aqui entre nós, todas as coisas recaem sobre a minha cabeça, vão minando minha autoridade". O amigo e ministro das Comunicações, Sérgio Motta, é alvo constante de reclamações. Principalmente por seu jeito estourado e agressivo. Numa passagem de novembro de 1996, FHC relata os problemas políticos que vinha enfrentando porque Motta havia arrumado um "charivari" com o então prefeito de São Paulo, Paulo Maluf (PPB, hoje PP). Motta afirmou que Maluf tinha pede de cordeiro, mas, por baixo da pele, era uma hiena. O pepebista não gostou e entrou com uma queixa-crime contra o ministro. Aí vem a lamentação do presidente: "Falei com o Sérgio, que naturalmente veio com uma conversa branda, como se não tivesse dito nada de grave [...] Ele me respondeu que todos gostaram do que ele fez. Insistiu, portanto, no erro. Maluf é muito mais escolado, vai longe nas acusações, em tudo, e o Sérgio está caindo como um patinho nas armadilhas. E, claro, tudo respinga em mim. Vão achar que eu mandei o Sérgio dizer essas coisas."
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Médico que sofreu tiros de paciente é elogiado por leitor
A entrevista com o doutor Anuar Mitre (Três balas incandescentes) mostra a grandeza desse médico que, mesmo vítima de um ataque covarde, perdoou o seu algoz e continua se dedicando à medicina com entusiasmo. Apenas profissionais vocacionados e homens de grande caráter conseguem lidar com algo tão sério dessa forma. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Médico que sofreu tiros de paciente é elogiado por leitorA entrevista com o doutor Anuar Mitre (Três balas incandescentes) mostra a grandeza desse médico que, mesmo vítima de um ataque covarde, perdoou o seu algoz e continua se dedicando à medicina com entusiasmo. Apenas profissionais vocacionados e homens de grande caráter conseguem lidar com algo tão sério dessa forma. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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'Doutor Jivago' completa 50 anos como um dos principais romances do cinema
Esta terça-feira (22) marca os 50 anos do lançamento de um dos romances mais emblemáticos do cinema, "Doutor Jivago", estrelado por Omar Sharif e Julie Christie. Narrada em flashbacks, a trama épica adaptada do best-seller homônimo do russo Boris Pasternak ocorre nos anos anteriores e posteriores a Revolução Russa. Um triângulo amoroso envolvendo o médico e poeta Yuri (Sharif), sua mulher Tonya (Geraldine Chaplin) e Lara (Julie), enfermeira que se torna a grande paixão de Yuri, passa por décadas. Dirigido por David Lean, o filme estreou em 22 de dezembro nos Estados Unidos, em tempo de ser elegível para as indicações ao Oscar, mas teve recepção morna da crítica, que o tachou de excessivamente romântico e de não ser o melhor épico do diretor, o mesmo dos premiados "Lawrence da Arábia" (1962) e "A Ponte do Rio Kwai" (1957). Porém, quando as indicações foram anunciadas, "Doutor Jivago" foi nomeado em dez quesitos e terminou com cinco estatuetas: melhor roteiro adaptado, fotografia, direção de arte, figurino e trilha sonora para Maurice Jarre. Perdeu o prêmio de melhor filme para "A Noviça Rebelde". Ouça a premiada trilha sonora que inclui a clássica "Tema de Lara" (faixa 8), música responsável por muitos batismos até hoje. Doutor Jivago, por Maurice Jarre Abaixo, confira algumas curiosidades do filme na galeria.
ilustrada
'Doutor Jivago' completa 50 anos como um dos principais romances do cinemaEsta terça-feira (22) marca os 50 anos do lançamento de um dos romances mais emblemáticos do cinema, "Doutor Jivago", estrelado por Omar Sharif e Julie Christie. Narrada em flashbacks, a trama épica adaptada do best-seller homônimo do russo Boris Pasternak ocorre nos anos anteriores e posteriores a Revolução Russa. Um triângulo amoroso envolvendo o médico e poeta Yuri (Sharif), sua mulher Tonya (Geraldine Chaplin) e Lara (Julie), enfermeira que se torna a grande paixão de Yuri, passa por décadas. Dirigido por David Lean, o filme estreou em 22 de dezembro nos Estados Unidos, em tempo de ser elegível para as indicações ao Oscar, mas teve recepção morna da crítica, que o tachou de excessivamente romântico e de não ser o melhor épico do diretor, o mesmo dos premiados "Lawrence da Arábia" (1962) e "A Ponte do Rio Kwai" (1957). Porém, quando as indicações foram anunciadas, "Doutor Jivago" foi nomeado em dez quesitos e terminou com cinco estatuetas: melhor roteiro adaptado, fotografia, direção de arte, figurino e trilha sonora para Maurice Jarre. Perdeu o prêmio de melhor filme para "A Noviça Rebelde". Ouça a premiada trilha sonora que inclui a clássica "Tema de Lara" (faixa 8), música responsável por muitos batismos até hoje. Doutor Jivago, por Maurice Jarre Abaixo, confira algumas curiosidades do filme na galeria.
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Fechado há 2 meses, Hopi Hari diz que vai reabrir as portas em 5 de agosto
O Hopi Hari, em Vinhedo (SP), anunciou que vai reabrir suas portas dia 5 de agosto durante as sextas, sábados e domingos. Segundo a empresa, 72% das atrações estarão em funcionamento, e haverá um limite máximo de visitantes por dia. O parque também anunciou a abertura de 211 vagas de trabalho. "Aos poucos estamos resgatando nossa história e recuperando nossa economia, e contamos com vocês para superarmos este grande desafio", diz a empresa, em nota. O Hopi Hari vive uma grave crise, resultado de má gestão, acidentes e mais de R$ 400 milhões em dívidas, e tenta a aprovação de um plano de recuperação judicial. São mais de 1.700 credores, entre eles o BNDES, a Prefeitura de Vinhedo, a CPFL Energia e centenas de ex-funcionários. A situação levou ao fechamento temporário do parque, anunciado em 12 de maio. O objetivo declarado foi "tomar fôlego e voltar com toda força", segundo nota assinada pelo presidente do Hopi Hari, José Luiz Abdalla, divulgada na época. Pouco depois do anúncio da parada, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) suspendeu o registro da companhia, alegando ue a empresa, há mais de um ano, desrespeita a regra que a obriga a prestar informações à autarquia. Abdalla adquiriu o controle acionário da companhia em dezembro de 2016, com a promessa de construir um complexo hoteleiro com 1.200 apartamentos e um centro de convenções no local.
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Fechado há 2 meses, Hopi Hari diz que vai reabrir as portas em 5 de agostoO Hopi Hari, em Vinhedo (SP), anunciou que vai reabrir suas portas dia 5 de agosto durante as sextas, sábados e domingos. Segundo a empresa, 72% das atrações estarão em funcionamento, e haverá um limite máximo de visitantes por dia. O parque também anunciou a abertura de 211 vagas de trabalho. "Aos poucos estamos resgatando nossa história e recuperando nossa economia, e contamos com vocês para superarmos este grande desafio", diz a empresa, em nota. O Hopi Hari vive uma grave crise, resultado de má gestão, acidentes e mais de R$ 400 milhões em dívidas, e tenta a aprovação de um plano de recuperação judicial. São mais de 1.700 credores, entre eles o BNDES, a Prefeitura de Vinhedo, a CPFL Energia e centenas de ex-funcionários. A situação levou ao fechamento temporário do parque, anunciado em 12 de maio. O objetivo declarado foi "tomar fôlego e voltar com toda força", segundo nota assinada pelo presidente do Hopi Hari, José Luiz Abdalla, divulgada na época. Pouco depois do anúncio da parada, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) suspendeu o registro da companhia, alegando ue a empresa, há mais de um ano, desrespeita a regra que a obriga a prestar informações à autarquia. Abdalla adquiriu o controle acionário da companhia em dezembro de 2016, com a promessa de construir um complexo hoteleiro com 1.200 apartamentos e um centro de convenções no local.
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Precisamos de 'comissão da verdade fiscal', diz ex-secretário da Receita
Para o especialista em tributação Everardo Maciel, é duvidosa a chance de o governo controlar a inflação, e a polêmica criada pela manifestação do BC à véspera da decisão parece até "uma manobra diversionista" para tirar a atenção do desequilíbrio das contas públicas. O ex-secretário da Receita Federal por oito anos (nos governos FHC) diz que o Brasil precisa de uma "comissão da verdade fiscal". "Não há verdade fiscal, tudo foi mascarado e embaralhado, se fez de tudo para esconder o problema, que nasceu da imperícia, da arrogância, da negligência e tudo o mais." ★ Folha - A trajetória da dívida pública é crescente e houve enorme polêmica sobre se o BC deveria ou não subir os juros. O sr. acha que o país está em dominância fiscal [quando a piora nas finanças públicas limita o uso de juros para controlar a inflação]? Everardo Maciel - Estamos nos limites da dominância fiscal. E para superar isso só há um remédio, que é deplorável: a inflação, que já está num patamar lamentável. Ou seja, o estrago fiscal foi grande. Taxa básica de juros (Selic) Como viu a polêmica sobre a comunicação do BC em relação à taxa de juros ? A crise fiscal é um problema autônomo, que existe independentemente da taxa de juros. E acho controverso, nessas circunstâncias, dizer que um aumento da taxa teria efeito contra a inflação. Mas repito, qualquer que fosse a decisão, não há muita possibilidade de dar certo. Esse aumento não lida com o verdadeiro problema da crise fiscal -e a polêmica criada até parece uma manobra diversionista. Vivemos um conflito de expectativas desnecessário nesse anúncio da Selic, pois, qualquer que fosse a decisão, haveria expectativas frustradas. Criou-se um quadro de expectativas perigosas, delicadas, cujo desfecho será sempre ruim. Há uma incredulidade em relação ao ajuste fiscal e não haverá nada possível sem firmeza e determinação para enfrentar esse assunto. O sr. vê nexo entre a decisão do Copom e o relatório do FMI ? Não. Esses relatórios do FMI sempre têm um grau defasagem grande. E a simples alusão, parece muito mais um pretexto do que uma explicação. Veja o grau de confusão em que estão as coisas: no limite, não aumentar, porque o FMI não gostou, o que parece uma coisa risível, quase anedótica. Na última semana de 2015, o PT apresentou na Câmara a propostas de nova tabela do Imposto de Renda que tributaria em 40% aqueles que ganham mais de R$ 108 mil mensais e que isentaria salários de até R$ 3.390. Segundo dizem, isso geraria R$ 80 bilhões em aumento da arrecadação. Como o sr. vê tal proposta? Essa proposta é completamente inviável -e possivelmente diminuiria a arrecadação, ao elevar o nível de isenção. E a nova alíquota não alcança ninguém. R$ 80 bilhões é uma fantasia absoluta! Nós temos uma grande crise fiscal que não surgiu por geração espontânea. Foi produto de uma sucessão de erros, erros inacreditáveis, que em boa parte começam com o aumento extraordinário das despesas. Não se pode cobrar da sociedade um aumento de impostos, em virtude dos erros cometidos, sobretudo porque não está claro para ninguém que foram esgotadas as possibilidades de cortes de gastos. Boa parte do nosso orçamento está associado a despesas obrigatórias. Decorre por sua vez de uma norma constitucional ou infraconstitucional. A primeira questão é: que tal mudar a norma? Despesas obrigatórias deveriam de deixar de ser obrigatórias. Não há uma cláusula pétrea -e isso pode ser alterado. Sobretudo, não existe nem sequer uma clareza de que foram esgotadas as possibilidades. A solução começa pela transparência, dizendo que os problemas foram tais, os erros tais foram cometidos. Não adianta dizer que não tem como alterar. Aumentar tributos em situação de recessão nunca foi remédio para nada, ao contrário: você vai amplificar os problemas que hoje existem. E a questão das pedaladas fiscais? Quitar as pedaladas foi uma boa medida. Aponta na direção da transparência, o que é positivo, especialmente em relação às instituições financeiras oficiais. Tudo isso é bom, mas é preciso agora claramente abrir o orçamento, identificar problemas e compartilhar claramente as questões com a sociedade. Entenda as pedaladas E o governo tem condições de protagonizar uma discussão nesse sentido? Não há outro caminho. Quem não tem alternativa, não tem problema: precisa agir. Senão vamos ficar patinando. Eu não chego a refutar de pronto que, numa situação emergencial, num momento crítico, não se possa fazer uso de um aumento de tributação, por um tempo determinado, para cobrir os estragos que foram cometidos. Mas essa demanda deve ser precedida de uma maior clareza, de uma maior transparência quanto à natureza do problema. Isso pode ser feito por lei ou por emenda constitucional, o governo não pode fazer isso por decreto. Ou seja, com relação ao orçamento, estamos precisando de uma "comissão da verdade fiscal". Não há verdade fiscal, tudo foi mascarado e embaralhado, se fez de tudo para esconder o problema. Um problema que nasceu da imperícia, da arrogância, da negligência e tudo o mais... Como o Brasil pode sair dessa crise fiscal? Estamos vivendo turbulências. O Brasil perdeu a aura de querido do mercado internacional, lamentavelmente estamos numa posição secundária. Nessa circunstância vai ser difícil atrair investimentos estrangeiros. Mas sempre há o que fazer, não adianta ficar se lamentado. E não há uma solução única! Como disse, apreciei as medidas relativas à solução das pedaladas fiscais, ainda que alguns atribuam essas providências a uma certa cautela com relação ao que poderia avir em termos de um processo de impeachment. Concretamente, a providência foi boa, mas falta credibilidade ao governo. Foram rompidos os laços de confiança com a sociedade. É preciso cuidar de gestão, ter uma agenda positiva. Todo o tempo gasto em 2015 foi usado para deter o impeachment ou para se defender das ações associadas à Lava Jato, não houve uma agenda positiva. E a chamada complexidade tributária no Brasil? Há tanto o que fazer em termos de simplificação! Vamos separar a complexidade em duas vertentes. Uma é a da própria matéria tributária. A outra é a complexidade decorrente dos procedimentos. Em matéria de Imposto de Renda, nossa legislação é extremamente moderna, mas alguns querem complicá-la. Na área da tributação do consumo, especialmente a PIS, Cofins e ICMS, é muito próxima do caos. Mas dá para resolver, apontando e enfrentando problemas específicos. Simplificar a questão das certidões negativas. Essa questão da repatriação de recursos também foi caótica. Claro que sou a favor, mas não se pode estabelecer vantagens a quem cumpriu a lei, porque isso é um estímulo ao descumprimento. Inventam regras relacionados ao ganho de capital. Ganho de capital de quê? É difícil ser pior. Politicamente, o sr. vê chance de melhorar? Quando usamos uma linguagem clara para apontar os problemas e debater as possibilidades, começamos a criar as condições para a solução. Sem isso, sem uma proposta bem urdida e bem encaminhada, não vamos avançar. Estou fazendo um esforço para superar esse inevitável ceticismo, o desalento com relação ao Brasil, que lamento profundamente. Mas eu respiro e penso, não, ainda é possível! Já na Argentina, parece que o pessimismo virou otimismo. Trocamos de posição? Na Argentina entrou um governo que disse: nossos problemas são esses, vamos resolvê-los. O presidente Macri está recrutando a confiança da sociedade, dos investidores estrangeiros, por sua postura adequada, com uma formulação adequada, com um encaminhamento adequado -e tudo isso cria as próprias condições de viabilidade. Macri chegou recentemente, mas já se vê com outros olhos, houve uma mudança aquela Argentina que era prisioneira do fantasma do atraso do peronismo. Mas ninguém se iluda, essas forças vão se mover. A vida do Macri não deverá ser fácil. Essas pessoas têm poder e vão se reaglutinar, ninguém renuncia ao poder.
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Precisamos de 'comissão da verdade fiscal', diz ex-secretário da ReceitaPara o especialista em tributação Everardo Maciel, é duvidosa a chance de o governo controlar a inflação, e a polêmica criada pela manifestação do BC à véspera da decisão parece até "uma manobra diversionista" para tirar a atenção do desequilíbrio das contas públicas. O ex-secretário da Receita Federal por oito anos (nos governos FHC) diz que o Brasil precisa de uma "comissão da verdade fiscal". "Não há verdade fiscal, tudo foi mascarado e embaralhado, se fez de tudo para esconder o problema, que nasceu da imperícia, da arrogância, da negligência e tudo o mais." ★ Folha - A trajetória da dívida pública é crescente e houve enorme polêmica sobre se o BC deveria ou não subir os juros. O sr. acha que o país está em dominância fiscal [quando a piora nas finanças públicas limita o uso de juros para controlar a inflação]? Everardo Maciel - Estamos nos limites da dominância fiscal. E para superar isso só há um remédio, que é deplorável: a inflação, que já está num patamar lamentável. Ou seja, o estrago fiscal foi grande. Taxa básica de juros (Selic) Como viu a polêmica sobre a comunicação do BC em relação à taxa de juros ? A crise fiscal é um problema autônomo, que existe independentemente da taxa de juros. E acho controverso, nessas circunstâncias, dizer que um aumento da taxa teria efeito contra a inflação. Mas repito, qualquer que fosse a decisão, não há muita possibilidade de dar certo. Esse aumento não lida com o verdadeiro problema da crise fiscal -e a polêmica criada até parece uma manobra diversionista. Vivemos um conflito de expectativas desnecessário nesse anúncio da Selic, pois, qualquer que fosse a decisão, haveria expectativas frustradas. Criou-se um quadro de expectativas perigosas, delicadas, cujo desfecho será sempre ruim. Há uma incredulidade em relação ao ajuste fiscal e não haverá nada possível sem firmeza e determinação para enfrentar esse assunto. O sr. vê nexo entre a decisão do Copom e o relatório do FMI ? Não. Esses relatórios do FMI sempre têm um grau defasagem grande. E a simples alusão, parece muito mais um pretexto do que uma explicação. Veja o grau de confusão em que estão as coisas: no limite, não aumentar, porque o FMI não gostou, o que parece uma coisa risível, quase anedótica. Na última semana de 2015, o PT apresentou na Câmara a propostas de nova tabela do Imposto de Renda que tributaria em 40% aqueles que ganham mais de R$ 108 mil mensais e que isentaria salários de até R$ 3.390. Segundo dizem, isso geraria R$ 80 bilhões em aumento da arrecadação. Como o sr. vê tal proposta? Essa proposta é completamente inviável -e possivelmente diminuiria a arrecadação, ao elevar o nível de isenção. E a nova alíquota não alcança ninguém. R$ 80 bilhões é uma fantasia absoluta! Nós temos uma grande crise fiscal que não surgiu por geração espontânea. Foi produto de uma sucessão de erros, erros inacreditáveis, que em boa parte começam com o aumento extraordinário das despesas. Não se pode cobrar da sociedade um aumento de impostos, em virtude dos erros cometidos, sobretudo porque não está claro para ninguém que foram esgotadas as possibilidades de cortes de gastos. Boa parte do nosso orçamento está associado a despesas obrigatórias. Decorre por sua vez de uma norma constitucional ou infraconstitucional. A primeira questão é: que tal mudar a norma? Despesas obrigatórias deveriam de deixar de ser obrigatórias. Não há uma cláusula pétrea -e isso pode ser alterado. Sobretudo, não existe nem sequer uma clareza de que foram esgotadas as possibilidades. A solução começa pela transparência, dizendo que os problemas foram tais, os erros tais foram cometidos. Não adianta dizer que não tem como alterar. Aumentar tributos em situação de recessão nunca foi remédio para nada, ao contrário: você vai amplificar os problemas que hoje existem. E a questão das pedaladas fiscais? Quitar as pedaladas foi uma boa medida. Aponta na direção da transparência, o que é positivo, especialmente em relação às instituições financeiras oficiais. Tudo isso é bom, mas é preciso agora claramente abrir o orçamento, identificar problemas e compartilhar claramente as questões com a sociedade. Entenda as pedaladas E o governo tem condições de protagonizar uma discussão nesse sentido? Não há outro caminho. Quem não tem alternativa, não tem problema: precisa agir. Senão vamos ficar patinando. Eu não chego a refutar de pronto que, numa situação emergencial, num momento crítico, não se possa fazer uso de um aumento de tributação, por um tempo determinado, para cobrir os estragos que foram cometidos. Mas essa demanda deve ser precedida de uma maior clareza, de uma maior transparência quanto à natureza do problema. Isso pode ser feito por lei ou por emenda constitucional, o governo não pode fazer isso por decreto. Ou seja, com relação ao orçamento, estamos precisando de uma "comissão da verdade fiscal". Não há verdade fiscal, tudo foi mascarado e embaralhado, se fez de tudo para esconder o problema. Um problema que nasceu da imperícia, da arrogância, da negligência e tudo o mais... Como o Brasil pode sair dessa crise fiscal? Estamos vivendo turbulências. O Brasil perdeu a aura de querido do mercado internacional, lamentavelmente estamos numa posição secundária. Nessa circunstância vai ser difícil atrair investimentos estrangeiros. Mas sempre há o que fazer, não adianta ficar se lamentado. E não há uma solução única! Como disse, apreciei as medidas relativas à solução das pedaladas fiscais, ainda que alguns atribuam essas providências a uma certa cautela com relação ao que poderia avir em termos de um processo de impeachment. Concretamente, a providência foi boa, mas falta credibilidade ao governo. Foram rompidos os laços de confiança com a sociedade. É preciso cuidar de gestão, ter uma agenda positiva. Todo o tempo gasto em 2015 foi usado para deter o impeachment ou para se defender das ações associadas à Lava Jato, não houve uma agenda positiva. E a chamada complexidade tributária no Brasil? Há tanto o que fazer em termos de simplificação! Vamos separar a complexidade em duas vertentes. Uma é a da própria matéria tributária. A outra é a complexidade decorrente dos procedimentos. Em matéria de Imposto de Renda, nossa legislação é extremamente moderna, mas alguns querem complicá-la. Na área da tributação do consumo, especialmente a PIS, Cofins e ICMS, é muito próxima do caos. Mas dá para resolver, apontando e enfrentando problemas específicos. Simplificar a questão das certidões negativas. Essa questão da repatriação de recursos também foi caótica. Claro que sou a favor, mas não se pode estabelecer vantagens a quem cumpriu a lei, porque isso é um estímulo ao descumprimento. Inventam regras relacionados ao ganho de capital. Ganho de capital de quê? É difícil ser pior. Politicamente, o sr. vê chance de melhorar? Quando usamos uma linguagem clara para apontar os problemas e debater as possibilidades, começamos a criar as condições para a solução. Sem isso, sem uma proposta bem urdida e bem encaminhada, não vamos avançar. Estou fazendo um esforço para superar esse inevitável ceticismo, o desalento com relação ao Brasil, que lamento profundamente. Mas eu respiro e penso, não, ainda é possível! Já na Argentina, parece que o pessimismo virou otimismo. Trocamos de posição? Na Argentina entrou um governo que disse: nossos problemas são esses, vamos resolvê-los. O presidente Macri está recrutando a confiança da sociedade, dos investidores estrangeiros, por sua postura adequada, com uma formulação adequada, com um encaminhamento adequado -e tudo isso cria as próprias condições de viabilidade. Macri chegou recentemente, mas já se vê com outros olhos, houve uma mudança aquela Argentina que era prisioneira do fantasma do atraso do peronismo. Mas ninguém se iluda, essas forças vão se mover. A vida do Macri não deverá ser fácil. Essas pessoas têm poder e vão se reaglutinar, ninguém renuncia ao poder.
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Presidente da Anfavea diz que vai à CPI do Carf com 'tranquilidade'
Convocado nesta terça-feira (23) pela CPI do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) para prestar depoimento sobre as denúncias de manipulação de julgamentos relativos a multas da Receita Federal, o presidente da Anfavea (Associação das Montadoras de Veículos), Luiz Moan, disse que vai atender com "tranquilidade" o chamado da comissão de inquérito. Moan disse que a Anfavea não tem "nenhuma relação com o Carf", por isso recebeu com "surpresa" a notícia de sua convocação para falar na CPI. "Fomos citados em uma reportagem e essa mesma reportagem descaracterizou a presença da entidade. Com tranquilidade, achamos que essa convocação faz parte de um processo de CPI. Iremos falar quando for marcada a data", afirmou. Moan se reuniu nesta terça com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), mas disse que a conversa tratou "exclusivamente" sobre a conjuntura do setor automotivo no país, sem qualquer menção à convocação para falar na CPI. O presidente da Anfavea disse que o setor passa por uma série de dificuldades neste momento, com um excedente de pessoal nas fábricas. "Temos cerca de 30 mil funcionários que não estão trabalhando. Isso dá um retrato da dificuldade que o setor está passando neste momento", afirmou. Moan disse esperar que o pacote de ajuste fiscal do governo, aprovado parcialmente pelo Congresso, poderá ajudar com medidas de desburocratização para o setor. O presidente da Anfavea afirmou que prevê uma queda de 20,6% no mercado das montadoras e de 19% na produção do setor ao longo de 2015. "Sabemos da necessidade do governo com o ajuste fiscal, estamos junto com o governo nesse trabalho. Entendemos que desburocratização, simplificação de processos administrativos e possibilidade de redução de custos podem ser instrumentos de extrema relevância para que o setor possa retomar as atividades", afirmou. CONVOCAÇÕES A CPI do Carf aprovou nesta terça (23) a convocação de 13 pessoas, que serão obrigadas a comparecer para depor. Entre os convocados estão executivos da Ford, Mitsubishi Motors, Santander, Grupo RBS, Confederação Nacional do Comércio e Anfavea. Foram chamados ainda ex-conselheiros do órgão, o ex-presidente do Carf, Edson Pereira Rodrigues, e Lutero Fernandes do Nascimento, assessor de Otacílio Dantas Cartaxo, ex-presidente do conselho. O Carf é a última instância administrativa para se recorrer a uma multa aplicada pela Receita Federal. É formado por representantes da Fazenda e dos contribuintes. Desde o fim de março, o órgão é alvo da Operação Zelotes, conduzido pela Polícia Federal, Receita, Corregedoria do Ministério da Fazenda e Ministério Público, que investigam um esquema de venda de sentenças, para reduzir ou anular multas. OUTRO LADO Procurada nesta terça-feira (23), a Mitsubishi Motors afirmou, por telefone, que não vai se pronunciar. No final de março, quando a Operação Zelotes foi deflagrada, o Grupo RBS afirmou desconhecer a investigação e negou qualquer ilegalidade em suas relações com a Receita Federal. A empresa afirmou confiar na atuação das instituições responsáveis pela apuração para o devido esclarecimento dos fatos. O Banco Santander informou que tomou conhecimento do caso pela imprensa e acrescentou que sua defesa é sempre apresentada de forma ética e em respeito à legislação. "Estamos à disposição dos órgãos competentes para colaborar com qualquer esclarecimento necessário", afirmou na época. Em abril, a Anfavea afirmou que "desconhece o assunto". A Ford não respondeu à reportagem.
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Presidente da Anfavea diz que vai à CPI do Carf com 'tranquilidade'Convocado nesta terça-feira (23) pela CPI do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) para prestar depoimento sobre as denúncias de manipulação de julgamentos relativos a multas da Receita Federal, o presidente da Anfavea (Associação das Montadoras de Veículos), Luiz Moan, disse que vai atender com "tranquilidade" o chamado da comissão de inquérito. Moan disse que a Anfavea não tem "nenhuma relação com o Carf", por isso recebeu com "surpresa" a notícia de sua convocação para falar na CPI. "Fomos citados em uma reportagem e essa mesma reportagem descaracterizou a presença da entidade. Com tranquilidade, achamos que essa convocação faz parte de um processo de CPI. Iremos falar quando for marcada a data", afirmou. Moan se reuniu nesta terça com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), mas disse que a conversa tratou "exclusivamente" sobre a conjuntura do setor automotivo no país, sem qualquer menção à convocação para falar na CPI. O presidente da Anfavea disse que o setor passa por uma série de dificuldades neste momento, com um excedente de pessoal nas fábricas. "Temos cerca de 30 mil funcionários que não estão trabalhando. Isso dá um retrato da dificuldade que o setor está passando neste momento", afirmou. Moan disse esperar que o pacote de ajuste fiscal do governo, aprovado parcialmente pelo Congresso, poderá ajudar com medidas de desburocratização para o setor. O presidente da Anfavea afirmou que prevê uma queda de 20,6% no mercado das montadoras e de 19% na produção do setor ao longo de 2015. "Sabemos da necessidade do governo com o ajuste fiscal, estamos junto com o governo nesse trabalho. Entendemos que desburocratização, simplificação de processos administrativos e possibilidade de redução de custos podem ser instrumentos de extrema relevância para que o setor possa retomar as atividades", afirmou. CONVOCAÇÕES A CPI do Carf aprovou nesta terça (23) a convocação de 13 pessoas, que serão obrigadas a comparecer para depor. Entre os convocados estão executivos da Ford, Mitsubishi Motors, Santander, Grupo RBS, Confederação Nacional do Comércio e Anfavea. Foram chamados ainda ex-conselheiros do órgão, o ex-presidente do Carf, Edson Pereira Rodrigues, e Lutero Fernandes do Nascimento, assessor de Otacílio Dantas Cartaxo, ex-presidente do conselho. O Carf é a última instância administrativa para se recorrer a uma multa aplicada pela Receita Federal. É formado por representantes da Fazenda e dos contribuintes. Desde o fim de março, o órgão é alvo da Operação Zelotes, conduzido pela Polícia Federal, Receita, Corregedoria do Ministério da Fazenda e Ministério Público, que investigam um esquema de venda de sentenças, para reduzir ou anular multas. OUTRO LADO Procurada nesta terça-feira (23), a Mitsubishi Motors afirmou, por telefone, que não vai se pronunciar. No final de março, quando a Operação Zelotes foi deflagrada, o Grupo RBS afirmou desconhecer a investigação e negou qualquer ilegalidade em suas relações com a Receita Federal. A empresa afirmou confiar na atuação das instituições responsáveis pela apuração para o devido esclarecimento dos fatos. O Banco Santander informou que tomou conhecimento do caso pela imprensa e acrescentou que sua defesa é sempre apresentada de forma ética e em respeito à legislação. "Estamos à disposição dos órgãos competentes para colaborar com qualquer esclarecimento necessário", afirmou na época. Em abril, a Anfavea afirmou que "desconhece o assunto". A Ford não respondeu à reportagem.
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Corinthians vence o Cruzeiro e tem o melhor início do Brasileiro
Em um jogo muito estudado, principalmente no primeiro tempo, o Corinthians precisou da bola parada para furar a marcação do Cruzeiro e vencer por 1 a 0, nesta quarta-feira (14), no Itaquerão, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, a equipe continua na liderança isolada da competição agora com 19 pontos. Desde 2003, quando o torneio passou a ser disputado em pontos corridos, nenhum outro time atingiu essa pontuação após sete jogos. A melhor marca era do Cruzeiro, que somou 17 pontos (12 gols de saldo) em 2003. Corinthians (2011 e 2010) e o Atlético-MG (2009) também somaram a mesma pontuação, mas com saldo inferior. Na atual edição do Nacional, o clube venceu três jogos em seu estádio e empatou um. Como visitante são 100% de aproveitamento. O Corinthians completou também 20 jogos sem derrota. O último revés foi no dia 19 de março, quando perdeu para a Ferroviária por 1 a 0, fora de casa. Na oportunidade, Carille escalou uma formação mista. A equipe pode ampliar a série invicta no próximo domingo (18), quando enfrenta o Coritiba, às 11h, no Couto Pereira, em Curitiba. O JOGO Sem poder contar com Fagner e Rodriguinho, que estavam com a seleção brasileira, o técnico Fábio Carille escalou a mesma equipe do duelo contra o São Paulo. Paulo Roberto atuou na lateral direita, enquanto Marquinhos Gabriel entrou no meio de campo. O jogador atuou aberto pela direita e Jadson jogou mais centralizado na função de Rodriguinho. Apesar de manter o padrão tático e ter até mais posse de bola do que o rival na etapa inicial (63% a 37%), o Corinthians não conseguiu fazer triangulações e infiltrações durante o primeiro tempo. O time mineiro priorizava a marcação e muitas vezes tinha todos os jogadores atrás da linha de meio de campo. Mano Menezes pode ter adotado esse estilo por conhecer bem Fábio Carille. O treinador corintiano foi seu auxiliar em duas oportunidades no Corinthians. Ele também foi observador técnico da seleção brasileira comandada por Mano na Copa América de 2011. Assim, o melhor lance da etapa inicial e até o gol surgiu em uma bola parada. Aos 42 minutos, Jadson cobrou escanteio e Balbuena cabeceou para abrir o placar. No segundo tempo, o Cruzeiro se expôs mais. Mano colocou o meia ofensivo Alison no lugar do volante Henrique. Mesmo assim, as melhores oportunidades continuaram em lances de escanteio para os dois lados. Aos 6 minutos, Ábila, livre na pequena área, isolou por cima do gol de Cássio. O Corinthians respondeu em duas cobranças feitas por Jadson e com cabeçadas de Pablo, que exigiram boas defesas de Fábio. Com o passar do tempo, o Cruzeiro aumentou a pressão e insistiu nos cruzamentos para a área, mas o Corinthians conseguiu se segura. Nos acréscimos, Cássio fez boa defesa em chute de Rafael Sóbis.
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Corinthians vence o Cruzeiro e tem o melhor início do BrasileiroEm um jogo muito estudado, principalmente no primeiro tempo, o Corinthians precisou da bola parada para furar a marcação do Cruzeiro e vencer por 1 a 0, nesta quarta-feira (14), no Itaquerão, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, a equipe continua na liderança isolada da competição agora com 19 pontos. Desde 2003, quando o torneio passou a ser disputado em pontos corridos, nenhum outro time atingiu essa pontuação após sete jogos. A melhor marca era do Cruzeiro, que somou 17 pontos (12 gols de saldo) em 2003. Corinthians (2011 e 2010) e o Atlético-MG (2009) também somaram a mesma pontuação, mas com saldo inferior. Na atual edição do Nacional, o clube venceu três jogos em seu estádio e empatou um. Como visitante são 100% de aproveitamento. O Corinthians completou também 20 jogos sem derrota. O último revés foi no dia 19 de março, quando perdeu para a Ferroviária por 1 a 0, fora de casa. Na oportunidade, Carille escalou uma formação mista. A equipe pode ampliar a série invicta no próximo domingo (18), quando enfrenta o Coritiba, às 11h, no Couto Pereira, em Curitiba. O JOGO Sem poder contar com Fagner e Rodriguinho, que estavam com a seleção brasileira, o técnico Fábio Carille escalou a mesma equipe do duelo contra o São Paulo. Paulo Roberto atuou na lateral direita, enquanto Marquinhos Gabriel entrou no meio de campo. O jogador atuou aberto pela direita e Jadson jogou mais centralizado na função de Rodriguinho. Apesar de manter o padrão tático e ter até mais posse de bola do que o rival na etapa inicial (63% a 37%), o Corinthians não conseguiu fazer triangulações e infiltrações durante o primeiro tempo. O time mineiro priorizava a marcação e muitas vezes tinha todos os jogadores atrás da linha de meio de campo. Mano Menezes pode ter adotado esse estilo por conhecer bem Fábio Carille. O treinador corintiano foi seu auxiliar em duas oportunidades no Corinthians. Ele também foi observador técnico da seleção brasileira comandada por Mano na Copa América de 2011. Assim, o melhor lance da etapa inicial e até o gol surgiu em uma bola parada. Aos 42 minutos, Jadson cobrou escanteio e Balbuena cabeceou para abrir o placar. No segundo tempo, o Cruzeiro se expôs mais. Mano colocou o meia ofensivo Alison no lugar do volante Henrique. Mesmo assim, as melhores oportunidades continuaram em lances de escanteio para os dois lados. Aos 6 minutos, Ábila, livre na pequena área, isolou por cima do gol de Cássio. O Corinthians respondeu em duas cobranças feitas por Jadson e com cabeçadas de Pablo, que exigiram boas defesas de Fábio. Com o passar do tempo, o Cruzeiro aumentou a pressão e insistiu nos cruzamentos para a área, mas o Corinthians conseguiu se segura. Nos acréscimos, Cássio fez boa defesa em chute de Rafael Sóbis.
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Hoje na TV: São Paulo x San Lorenzo (ARG), pela Libertadores
15h - Masters 1.000 de Indian Wells, tênis, SporTV 2 16h45 - Barcelona x Manchester City, Liga dos Campeões, Band, Globo e ESPN Brasil 17h - Torneio fem. de Indian Wells, tênis, Bandsports 19h30 - Lajeadense x Bragantino, Copa do Brasil, SporTV 2 19h30 - Robert Morris x North Florida, basquete universitário, ESPN + 19h45 - Emelec (EQU) x Internacional, Libertadores, Fox Sports 19h45 - Estudiantes (ARG) x Libertad (PAR), Libertadores, Fox Sports 2 22h - São Paulo x San Lorenzo (ARG), Libertadores, Globo (para SP), Fox Sports e SporTV 22h - Santa Fe (COL) x Atlético-MG, Libertadores, Fox Sports 2 22h - Flamengo x Brasil de Pelotas, Copa do Brasil, Band, Globo (menos SP), ESPN Brasil e SporTV 2 22h - Fortaleza x Ceará, Copa do Nordeste, Esporte Interativo 22h - Dayton x Boise State, basquete universitário, ESPN + 23h - Torneio fem. de Indian Wells, tênis, Bandsports 23h30 - Golden State Warriors x Atlanta Hawks, NBA, ESPN 24h - Masters 1.000 de Indian Wells, tênis, SporTV 2
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Hoje na TV: São Paulo x San Lorenzo (ARG), pela Libertadores15h - Masters 1.000 de Indian Wells, tênis, SporTV 2 16h45 - Barcelona x Manchester City, Liga dos Campeões, Band, Globo e ESPN Brasil 17h - Torneio fem. de Indian Wells, tênis, Bandsports 19h30 - Lajeadense x Bragantino, Copa do Brasil, SporTV 2 19h30 - Robert Morris x North Florida, basquete universitário, ESPN + 19h45 - Emelec (EQU) x Internacional, Libertadores, Fox Sports 19h45 - Estudiantes (ARG) x Libertad (PAR), Libertadores, Fox Sports 2 22h - São Paulo x San Lorenzo (ARG), Libertadores, Globo (para SP), Fox Sports e SporTV 22h - Santa Fe (COL) x Atlético-MG, Libertadores, Fox Sports 2 22h - Flamengo x Brasil de Pelotas, Copa do Brasil, Band, Globo (menos SP), ESPN Brasil e SporTV 2 22h - Fortaleza x Ceará, Copa do Nordeste, Esporte Interativo 22h - Dayton x Boise State, basquete universitário, ESPN + 23h - Torneio fem. de Indian Wells, tênis, Bandsports 23h30 - Golden State Warriors x Atlanta Hawks, NBA, ESPN 24h - Masters 1.000 de Indian Wells, tênis, SporTV 2
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Artista fotografa o pôr do sol em SP todos os dias, há três anos
ELVIS PEREIRA DE SÃO PAULO Gabriela Saueia, 27, gasta duas horas e meia de seu tempo, diariamente, para provar que está errado quem diz que São Paulo é cinza. Há três anos, religiosamente, ela fotografa o pôr do sol da cidade, de onde estiver. As fotos, em formato Polaroid, são compartilhadas no Instagram e no Facebook do projeto Depois das Seis —as melhores ainda viram lambe-lambes colados nos muros paulistanos. "A cidade pode ser bonita se a gente conseguir observá-la", afirma a paulistana, formada em jornalismo, ex-estudante de direito, ex-moradora da zona sul e hoje habitante da região central. A relação com o pôr do sol se tornou tão importante que está, hoje, acima de um bar com amigos ou de um joelho operado. * sãopaulo - Ao postar a primeira foto do projeto, em março de 2013, você escreveu que pretendia mudar um pouco a alma de São Paulo. Por quê? Gabriela Saueia - Mudar um pouco a alma da cidade, mas também mostrar um outro lado dela. As pessoas ficam no automático —de sair de casa, trabalhar e voltar— e não percebem o que tem na cidade e é de graça. O pôr do sol está ali e muita gente não repara, só quando o céu está supercolorido. Mas é algo que acontece todo dia e todo dia é completamente diferente. O projeto foi um jeito que encontrei de redescobrir essa cidade, de ir mais para a rua. E todo mundo fala que São Paulo é muito cinza... Não é cinza? É, mas tem cores. Uma parte do projeto é colocar [as fotografias] nos muros para tentar mostrar como a cidade pode ser bonita se conseguirmos observá-la. Essa visão da "cidade cinza" a incomodava? A minha relação com São Paulo sempre foi muito complicada. Eu ficava muito mais em casa do que na rua. Era medo da cidade, por ela ter aquele estigma de ser superviolenta, perigosa. E o projeto me tirou isso. Não é assim [violenta]. E por que decidiu fotografar justamente o pôr do sol? Foi por acaso e não foi ao mesmo tempo [risos]. Sempre gostei do céu, que é incrível. Eu tinha começado um projeto de fotografar todo dia, mas era à noite e não deu certo. Aí começou o pôr do sol -muito porque a vista da minha antiga casa, na Vila Andrade, era direto para ele. Passei a gostar, era algo que dava um sentido diferente para os meus dias. É um jeito de fugir da rotina. Como cumpre a tarefa de fotografar diariamente? Transformei o projeto na minha vida. Paro tudo para fotografar. Meus amigos, às vezes, não entendem [risos]. Houve dias em que eu estava no bar com eles e falei: "Gente, já volto. Vou ali tirar uma foto." Como é a seleção dos pontos? Tem dias que escolho, mas de um tempo para cá começou a ser muito mais aleatório. Um dia entro no metrô e saio andando para descobrir lugares diferentes. E quando chove? Não importa, todo dia estou lá. Quando há dias complicados, tento tirar da minha casa [na região central]. Eu tinha de operar o meu joelho quando estava fazendo esse projeto e fui a uma consulta mais ou menos na hora do pôr do sol. O médico se atrasou. Saí, fui fotografar e voltei. Quando fui operar, falei no hospital: "Tenho de estar acordada na hora do pôr do sol, independentemente do que aconteça". A operação foi de manhã. Tem até uma foto em que estou na cadeira de rodas, o joelho direito enfaixado e fotografando da janela. Também quebrei a mão e continuei. Quais são os melhores locais para se observar o pôr do sol? Eu já tirei foto da avenida Rebouças e ficou legal. Na avenida São João, onde teoricamente você pensa que não há pôr do sol, fica bem certinho. E por que espalhar as fotografias com esses registros? A arte de rua está crescendo e colocar as imagens do pôr do sol nela é um jeito de tentar mostrar que a cidade não é tão cinza assim, se souber olhar. O projeto mudou a sua percepção sobre São Paulo? Eu tinha uma outra visão da cidade: pesada, sufocante. O projeto me fez ver que não [é assim]. É só realmente tentar procurar alguma coisa. Há coisas que ignoramos, que passam despercebidas.
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Artista fotografa o pôr do sol em SP todos os dias, há três anosELVIS PEREIRA DE SÃO PAULO Gabriela Saueia, 27, gasta duas horas e meia de seu tempo, diariamente, para provar que está errado quem diz que São Paulo é cinza. Há três anos, religiosamente, ela fotografa o pôr do sol da cidade, de onde estiver. As fotos, em formato Polaroid, são compartilhadas no Instagram e no Facebook do projeto Depois das Seis —as melhores ainda viram lambe-lambes colados nos muros paulistanos. "A cidade pode ser bonita se a gente conseguir observá-la", afirma a paulistana, formada em jornalismo, ex-estudante de direito, ex-moradora da zona sul e hoje habitante da região central. A relação com o pôr do sol se tornou tão importante que está, hoje, acima de um bar com amigos ou de um joelho operado. * sãopaulo - Ao postar a primeira foto do projeto, em março de 2013, você escreveu que pretendia mudar um pouco a alma de São Paulo. Por quê? Gabriela Saueia - Mudar um pouco a alma da cidade, mas também mostrar um outro lado dela. As pessoas ficam no automático —de sair de casa, trabalhar e voltar— e não percebem o que tem na cidade e é de graça. O pôr do sol está ali e muita gente não repara, só quando o céu está supercolorido. Mas é algo que acontece todo dia e todo dia é completamente diferente. O projeto foi um jeito que encontrei de redescobrir essa cidade, de ir mais para a rua. E todo mundo fala que São Paulo é muito cinza... Não é cinza? É, mas tem cores. Uma parte do projeto é colocar [as fotografias] nos muros para tentar mostrar como a cidade pode ser bonita se conseguirmos observá-la. Essa visão da "cidade cinza" a incomodava? A minha relação com São Paulo sempre foi muito complicada. Eu ficava muito mais em casa do que na rua. Era medo da cidade, por ela ter aquele estigma de ser superviolenta, perigosa. E o projeto me tirou isso. Não é assim [violenta]. E por que decidiu fotografar justamente o pôr do sol? Foi por acaso e não foi ao mesmo tempo [risos]. Sempre gostei do céu, que é incrível. Eu tinha começado um projeto de fotografar todo dia, mas era à noite e não deu certo. Aí começou o pôr do sol -muito porque a vista da minha antiga casa, na Vila Andrade, era direto para ele. Passei a gostar, era algo que dava um sentido diferente para os meus dias. É um jeito de fugir da rotina. Como cumpre a tarefa de fotografar diariamente? Transformei o projeto na minha vida. Paro tudo para fotografar. Meus amigos, às vezes, não entendem [risos]. Houve dias em que eu estava no bar com eles e falei: "Gente, já volto. Vou ali tirar uma foto." Como é a seleção dos pontos? Tem dias que escolho, mas de um tempo para cá começou a ser muito mais aleatório. Um dia entro no metrô e saio andando para descobrir lugares diferentes. E quando chove? Não importa, todo dia estou lá. Quando há dias complicados, tento tirar da minha casa [na região central]. Eu tinha de operar o meu joelho quando estava fazendo esse projeto e fui a uma consulta mais ou menos na hora do pôr do sol. O médico se atrasou. Saí, fui fotografar e voltei. Quando fui operar, falei no hospital: "Tenho de estar acordada na hora do pôr do sol, independentemente do que aconteça". A operação foi de manhã. Tem até uma foto em que estou na cadeira de rodas, o joelho direito enfaixado e fotografando da janela. Também quebrei a mão e continuei. Quais são os melhores locais para se observar o pôr do sol? Eu já tirei foto da avenida Rebouças e ficou legal. Na avenida São João, onde teoricamente você pensa que não há pôr do sol, fica bem certinho. E por que espalhar as fotografias com esses registros? A arte de rua está crescendo e colocar as imagens do pôr do sol nela é um jeito de tentar mostrar que a cidade não é tão cinza assim, se souber olhar. O projeto mudou a sua percepção sobre São Paulo? Eu tinha uma outra visão da cidade: pesada, sufocante. O projeto me fez ver que não [é assim]. É só realmente tentar procurar alguma coisa. Há coisas que ignoramos, que passam despercebidas.
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Prefeitura determina intervenção em gestão do Theatro Municipal em SP
Em meio à investigação de um rombo que pode chegar a R$ 20 milhões nas contas do Theatro Municipal de São Paulo, o prefeito Fernando Haddad (PT) determinou nesta sexta-feira (26) intervenção na gestão do Municipal, comandada pela organização social IBGC (Instituto Brasileiro de Gestão Cultural). A OS respondia ao ex-diretor-geral da Fundação Theatro Municipal, José Luiz Herencia, alvo de investigação conjunta da Controladoria-Geral do Município e do Ministério Público Estadual por suspeita de corrupção e enriquecimento ilícito durante sua gestão. Por meio de decreto, o prefeito Fernando Haddad determina intervenção nos prédios, serviços e bens móveis e imóveis que pertencem ao IBGC ou que foram cedidos à OS pela prefeitura. A intervenção que será comandada por Paulo Dallari, atual diretor-geral do Municipal, pode durar até 90 dias e, se necessário, será prorrogada. De acordo com o decreto de Haddad, a intervenção tem como objetivo "apoiar a atuação da Controladoria-Geral e do Ministério Público na apuração das responsabilidades e eventuais ilícitos" na gestão do teatro e "auxiliar os trabalhos de auditoria para a regularização das contas", para garantir que a programação do Municipal para 2016. A Fundação Theatro Municipal de São Paulo assinou contrato de quatro anos com o IBGC em julho de 2013. À época, segundo Herencia, foi a única OS a atender à convocação pública de entidades interessadas em gerir o teatro. José Luiz Herencia teve seus bloqueados pela Justiça em 15 de janeiro. A decisão judicial cita uma movimentação financeira do ex-diretor-geral do Municipal totalizando o valor de R$ 2,7 milhões entre janeiro e junho de 2014, além de outros valores milionários movimentados por uma conta em nome de sua mãe. Também estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão na sede do IBGC, na casa de William Nacked, diretor-executivo do Instituto Brasileiro de Gestão Cultural, e na sede do Instituto Brasil Leitor, entidade que ele preside.
ilustrada
Prefeitura determina intervenção em gestão do Theatro Municipal em SPEm meio à investigação de um rombo que pode chegar a R$ 20 milhões nas contas do Theatro Municipal de São Paulo, o prefeito Fernando Haddad (PT) determinou nesta sexta-feira (26) intervenção na gestão do Municipal, comandada pela organização social IBGC (Instituto Brasileiro de Gestão Cultural). A OS respondia ao ex-diretor-geral da Fundação Theatro Municipal, José Luiz Herencia, alvo de investigação conjunta da Controladoria-Geral do Município e do Ministério Público Estadual por suspeita de corrupção e enriquecimento ilícito durante sua gestão. Por meio de decreto, o prefeito Fernando Haddad determina intervenção nos prédios, serviços e bens móveis e imóveis que pertencem ao IBGC ou que foram cedidos à OS pela prefeitura. A intervenção que será comandada por Paulo Dallari, atual diretor-geral do Municipal, pode durar até 90 dias e, se necessário, será prorrogada. De acordo com o decreto de Haddad, a intervenção tem como objetivo "apoiar a atuação da Controladoria-Geral e do Ministério Público na apuração das responsabilidades e eventuais ilícitos" na gestão do teatro e "auxiliar os trabalhos de auditoria para a regularização das contas", para garantir que a programação do Municipal para 2016. A Fundação Theatro Municipal de São Paulo assinou contrato de quatro anos com o IBGC em julho de 2013. À época, segundo Herencia, foi a única OS a atender à convocação pública de entidades interessadas em gerir o teatro. José Luiz Herencia teve seus bloqueados pela Justiça em 15 de janeiro. A decisão judicial cita uma movimentação financeira do ex-diretor-geral do Municipal totalizando o valor de R$ 2,7 milhões entre janeiro e junho de 2014, além de outros valores milionários movimentados por uma conta em nome de sua mãe. Também estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão na sede do IBGC, na casa de William Nacked, diretor-executivo do Instituto Brasileiro de Gestão Cultural, e na sede do Instituto Brasil Leitor, entidade que ele preside.
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Presidente da CBF absolve Dunga e culpa erros individuais por fiasco
O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, defendeu neste domingo (28) o técnico Dunga e atribuiu a eliminação da seleção na Copa América a erros dos jogadores. Em entrevista à Folha no início da noite, por meio de mensagem de texto, o dirigente garantiu que não vai mexer na comissão técnica. Ele também não cogita a contratação de um profissional estrangeiro para ajudar Dunga nas eliminatórias da Copa do Mundo, que vai começar em outubro. No sábado (27), a seleção foi eliminada do torneio continental após perder nos pênaltis para o Paraguai. No Chile, o time nacional fez uma campanha pífia –venceu duas, empatou uma e perdeu outra. Nas quatro partidas, a equipe não convenceu nenhuma vez. Del Nero contou que receberá nesta semana relatório detalhado de Dunga e do coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi, sobre o trabalho de quase um mês. "É importante ressaltar que pretendo tê-los até 2018 passando pelas eliminatórias e a Olimpíada [do Rio-2016]", afirmou o dirigente, que fez questão de elogiar o treinador. "Há de se afirmar que o Dunga ganhou 11 partidas com uma equipe e quando foi para Copa América perdeu cinco titulares, incluindo o Neymar", acrescentou. Oscar, Luiz Gustavo, Danilo e Marcelo, este reserva, perderam a Copa América machucados, além de Neymar, suspenso das partidas finais. Apesar do desempenho fraco da seleção no Chile, Del Nero disse que o Brasil está no mesmo nível dos demais adversários da América do Sul para as eliminatórias. "As seleções estão no mesmo nível, com favoritismo argentino por conta de possuir no elenco o atleta Messi. A nossa foi desclassificada por um erro de um atleta. Sobre os penais perdidos, já assistimos grandes estrelas perderem até na Copa do Mundo", disse o dirigente. Questionado sobre o atleta que falhou, o presidente da CBF não deu o nome. Ele citou o "erro da mão" e os "dois penais não convertidos". No tempo normal, a seleção sofreu o empate após o zagueiro Thiago Silva cometer um pênalti infantil. Ele colocou a mão na bola numa disputa dentro da área com o atacante Roque Santa Cruz. Na disputa de pênaltis, Douglas Costa e Éverton Ribeiro desperdiçaram as suas cobranças. A Copa América confirmou a ascensão da escola de treinadores argentinos. Os quatro semifinalistas são comandados por treinadores do país. Mas, segundo Del Nero, a presença de quatro argentinos nas finais é "um momento pontual". EMOCIONAL Uma das críticas à seleção brasileira desde a Copa-2014 é o descontrole emocional dos jogadores. Na Copa América, Neymar arrumou briga com colombianos após a partida e ainda ficou esperando o árbitro chileno Enrique Osses na porta do vestiário para xingá-lo depois de receber cartão vermelho – ele foi suspenso por quatro jogos e perdeu o resto da competição. Contra o Paraguai, o time se abateu após levar o gol de empate e não atacou mais o time rival. Dunga não levou psicólogo para a Copa América. Preferiu a ajuda do engenheiro Evandro Motta, especializado em cursos de motivação. Para Del Nero, a ausência de um psicólogo não é um problema. "Se houver necessidade de contratação de psicólogos para estarem trabalhando com o grupo, assim o faremos se o Dunga solicitar. Mas psicólogo não ganha jogo. Nossos atletas jogam em grandes clubes e estão preparados para os desafios", disse o presidente da CBF.
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Presidente da CBF absolve Dunga e culpa erros individuais por fiascoO presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, defendeu neste domingo (28) o técnico Dunga e atribuiu a eliminação da seleção na Copa América a erros dos jogadores. Em entrevista à Folha no início da noite, por meio de mensagem de texto, o dirigente garantiu que não vai mexer na comissão técnica. Ele também não cogita a contratação de um profissional estrangeiro para ajudar Dunga nas eliminatórias da Copa do Mundo, que vai começar em outubro. No sábado (27), a seleção foi eliminada do torneio continental após perder nos pênaltis para o Paraguai. No Chile, o time nacional fez uma campanha pífia –venceu duas, empatou uma e perdeu outra. Nas quatro partidas, a equipe não convenceu nenhuma vez. Del Nero contou que receberá nesta semana relatório detalhado de Dunga e do coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi, sobre o trabalho de quase um mês. "É importante ressaltar que pretendo tê-los até 2018 passando pelas eliminatórias e a Olimpíada [do Rio-2016]", afirmou o dirigente, que fez questão de elogiar o treinador. "Há de se afirmar que o Dunga ganhou 11 partidas com uma equipe e quando foi para Copa América perdeu cinco titulares, incluindo o Neymar", acrescentou. Oscar, Luiz Gustavo, Danilo e Marcelo, este reserva, perderam a Copa América machucados, além de Neymar, suspenso das partidas finais. Apesar do desempenho fraco da seleção no Chile, Del Nero disse que o Brasil está no mesmo nível dos demais adversários da América do Sul para as eliminatórias. "As seleções estão no mesmo nível, com favoritismo argentino por conta de possuir no elenco o atleta Messi. A nossa foi desclassificada por um erro de um atleta. Sobre os penais perdidos, já assistimos grandes estrelas perderem até na Copa do Mundo", disse o dirigente. Questionado sobre o atleta que falhou, o presidente da CBF não deu o nome. Ele citou o "erro da mão" e os "dois penais não convertidos". No tempo normal, a seleção sofreu o empate após o zagueiro Thiago Silva cometer um pênalti infantil. Ele colocou a mão na bola numa disputa dentro da área com o atacante Roque Santa Cruz. Na disputa de pênaltis, Douglas Costa e Éverton Ribeiro desperdiçaram as suas cobranças. A Copa América confirmou a ascensão da escola de treinadores argentinos. Os quatro semifinalistas são comandados por treinadores do país. Mas, segundo Del Nero, a presença de quatro argentinos nas finais é "um momento pontual". EMOCIONAL Uma das críticas à seleção brasileira desde a Copa-2014 é o descontrole emocional dos jogadores. Na Copa América, Neymar arrumou briga com colombianos após a partida e ainda ficou esperando o árbitro chileno Enrique Osses na porta do vestiário para xingá-lo depois de receber cartão vermelho – ele foi suspenso por quatro jogos e perdeu o resto da competição. Contra o Paraguai, o time se abateu após levar o gol de empate e não atacou mais o time rival. Dunga não levou psicólogo para a Copa América. Preferiu a ajuda do engenheiro Evandro Motta, especializado em cursos de motivação. Para Del Nero, a ausência de um psicólogo não é um problema. "Se houver necessidade de contratação de psicólogos para estarem trabalhando com o grupo, assim o faremos se o Dunga solicitar. Mas psicólogo não ganha jogo. Nossos atletas jogam em grandes clubes e estão preparados para os desafios", disse o presidente da CBF.
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Crise mundial fez TCU profissionalizar análises de contas do governo
Quase oito anos atrás, a quebra de grandes bancos americanos levou a uma das maiores crises do planeta, derrubando a economia de países por todo o mundo. No Brasil, essa crise foi apelidada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "marolinha, numa aposta de que seus efeitos seriam pequenos diante dos sólidos fundamentos da economia nacional na época. Mas o abalo financeiro mundial está na origem do tsunami que levou ao afastamento da presidente Dilma Rousseff por irregularidades apontadas no uso de recursos públicos. A partir de um diagnóstico de organismos internacionais sobre a falta de confiabilidade nas contas dos estados nacionais, que passaram a ter dificuldade de financiar suas dívidas, o TCU (Tribunal de Contas da União) iniciou um processo de profissionalização da análise das contas do governo no Brasil, algo que já era realizado há mais de 70 anos no país, mas com poucos efeitos práticos. A postura mais profissional do órgão de controle pegou a presidente Dilma num momento de completo descontrole dos gastos, o que levou ao pedido para a reprovação das contas de 2014 e à contestação das contas de 2015 por motivos semelhantes. Os problemas apontados pelo TCU levaram os congressistas a afastar a presidente. A Constituição determina que anualmente o governo envie os dados para que o tribunal faça uma espécie de auditoria nesses números. Os técnicos do TCU começam a receber esses dados a partir do início do ano seguinte e têm até o fim do primeiro semestre para apresentar um relatório sobre esses dados ao Congresso, recomendando a aprovação (com ou sem ressalvas) das contas ou não. Em 79 anos antes de 2014, só uma vez houve recomendação pela não aprovação das contas, mesmo num país em que usar dinheiro de banco público para financiar gastos do Estado, por exemplo, era considerado algo normal. O trabalho funciona de forma muito semelhante ao que as auditorias externas fazem nas empresas. E tem função semelhante. "Equilíbrio fiscal é condição fundamental para uma sociedade que quer estimular o desenvolvimento", afirma o procurador-geral do TCU, Paulo Soares Bugarin, que é ex-auditor da Receita Federal, ex-Procurador da Fazenda Nacional e membro das academias de direito econômico e financeiro no Brasil e na França. "Um Estado saudável transmite confiança para os agentes econômicos". PROFISSIONALIZAÇÃO Segundo Bugarin, a partir de 2011 o TCU iniciou um processo de profissionalização da análise desses dados enviados pelo governo. Num acordo de cooperação com a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), organização de países desenvolvidos e em desenvolvimento da qual o Brasil não faz parte, o TCU comparou seu trabalho com o de outros órgãos de 12 nações. Era necessário, para o procurador, evoluir para uma análise que mostrasse a real situação fiscal do país. "O importante é implantar no Brasil uma cultura que homenageie a realidade orçamentária. O desrespeito [ao orçamento] tem consequências seríssimas para o Estado e para a democracia. O Brasil sofre as consequências do desequilíbrio [fiscal] com recessão, inflação e desemprego", disse o procurador-geral. Segundo ele, a comparação do Brasil com outros países mostrou que o órgão nacional precisava se concentrar mais na confiabilidade dos dados fornecidos pelo governo. Os números que vinham sendo apresentados não correspondiam de fato ao que estava ocorrendo. "Estavam empurrando [despesas] com a barriga", resume o procurador-geral sobre as irregularidades apontadas em 2013 e 2014. Para ele, o ganho dessas análises é mostrar ao país a real importância da função do Congresso em relação ao orçamento público. Cabe aos congressistas definirem onde o dinheiro público será gasto. Bugarin defende que eles precisam participar mais ativamente da decisão sobre essas despesas e decidir em quais políticas aplicar recursos, já que o dinheiro é sempre insuficiente para todas as demandas da sociedade. "O Legislativo existe para definir as escolhas da sociedade", lembrou. BANALIZAÇÃO A análise da unidade técnica do TCU das contas do ano de 2015 foi, para ele, novamente "profunda e abrangente". O Ministério Público decidiu ampliar o trabalho para questionar a legalidade da emissão de Medidas Provisórias para realizar gastos não urgentes, após uma decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, que cancelou gastos com publicidade do governo que tinham sido autorizados por uma MP. Ele defende que não é adequado haver uma "vulgarização" do uso de medidas provisórias para criar despesas que não estão autorizadas pelo Congresso e que não atendem ao critério previsto na lei, a emergência, o que só ocorreu em alguns casos no ano passado, como gastos com o combate à epidemia de Zika. "Não estamos discutindo se essa medida é válida. Mas ela tem que ser usada pelos critérios previstos na lei", afirmou Bugarin, alertando para a possibilidade de um orçamento paralelo caso a medida se banalize. Bugarin explicou ainda que o critério de abertura para créditos adicionais no orçamento têm que cumprir a regra geral prevista tanto na Constituição, como nas leis de Responsabilidade Fiscal e de Diretrizes Orçamentárias: só podem ser feitas sem autorização do Congresso quando há previsão de superávit primário ou se cortam despesas de outras áreas. Não ter observado esses critérios levou à recomendação do TCU de não aprovação das contas da presidente em 2014. MEIRELLES O procurador-geral fez questão de ressaltar que a análise do órgão é técnica e que as repercussões políticas dos seus atos ocorrem no Congresso. Segundo ele, a tarefa primordial do tribunal é "dizer o que ocorreu" e que ninguém faz isso com "prazer" quando são apontados erros. E, aos 54 anos, 20 deles no Tribunal, Bugarin não parece disposto a aceitar qualquer retrocesso nessa forma de atuação. Segundo ele, o ministro da Fazenda do governo interino Michel Temer, Henrique Meirelles, já esteve no TCU e foi informado sobre a necessidade de transparência nas contas públicas e de cumprimento dos princípios da Lei de Responsabilidade Fiscal. "Ele disse que vai cumprir", contou o procurador-geral.
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Crise mundial fez TCU profissionalizar análises de contas do governoQuase oito anos atrás, a quebra de grandes bancos americanos levou a uma das maiores crises do planeta, derrubando a economia de países por todo o mundo. No Brasil, essa crise foi apelidada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "marolinha, numa aposta de que seus efeitos seriam pequenos diante dos sólidos fundamentos da economia nacional na época. Mas o abalo financeiro mundial está na origem do tsunami que levou ao afastamento da presidente Dilma Rousseff por irregularidades apontadas no uso de recursos públicos. A partir de um diagnóstico de organismos internacionais sobre a falta de confiabilidade nas contas dos estados nacionais, que passaram a ter dificuldade de financiar suas dívidas, o TCU (Tribunal de Contas da União) iniciou um processo de profissionalização da análise das contas do governo no Brasil, algo que já era realizado há mais de 70 anos no país, mas com poucos efeitos práticos. A postura mais profissional do órgão de controle pegou a presidente Dilma num momento de completo descontrole dos gastos, o que levou ao pedido para a reprovação das contas de 2014 e à contestação das contas de 2015 por motivos semelhantes. Os problemas apontados pelo TCU levaram os congressistas a afastar a presidente. A Constituição determina que anualmente o governo envie os dados para que o tribunal faça uma espécie de auditoria nesses números. Os técnicos do TCU começam a receber esses dados a partir do início do ano seguinte e têm até o fim do primeiro semestre para apresentar um relatório sobre esses dados ao Congresso, recomendando a aprovação (com ou sem ressalvas) das contas ou não. Em 79 anos antes de 2014, só uma vez houve recomendação pela não aprovação das contas, mesmo num país em que usar dinheiro de banco público para financiar gastos do Estado, por exemplo, era considerado algo normal. O trabalho funciona de forma muito semelhante ao que as auditorias externas fazem nas empresas. E tem função semelhante. "Equilíbrio fiscal é condição fundamental para uma sociedade que quer estimular o desenvolvimento", afirma o procurador-geral do TCU, Paulo Soares Bugarin, que é ex-auditor da Receita Federal, ex-Procurador da Fazenda Nacional e membro das academias de direito econômico e financeiro no Brasil e na França. "Um Estado saudável transmite confiança para os agentes econômicos". PROFISSIONALIZAÇÃO Segundo Bugarin, a partir de 2011 o TCU iniciou um processo de profissionalização da análise desses dados enviados pelo governo. Num acordo de cooperação com a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), organização de países desenvolvidos e em desenvolvimento da qual o Brasil não faz parte, o TCU comparou seu trabalho com o de outros órgãos de 12 nações. Era necessário, para o procurador, evoluir para uma análise que mostrasse a real situação fiscal do país. "O importante é implantar no Brasil uma cultura que homenageie a realidade orçamentária. O desrespeito [ao orçamento] tem consequências seríssimas para o Estado e para a democracia. O Brasil sofre as consequências do desequilíbrio [fiscal] com recessão, inflação e desemprego", disse o procurador-geral. Segundo ele, a comparação do Brasil com outros países mostrou que o órgão nacional precisava se concentrar mais na confiabilidade dos dados fornecidos pelo governo. Os números que vinham sendo apresentados não correspondiam de fato ao que estava ocorrendo. "Estavam empurrando [despesas] com a barriga", resume o procurador-geral sobre as irregularidades apontadas em 2013 e 2014. Para ele, o ganho dessas análises é mostrar ao país a real importância da função do Congresso em relação ao orçamento público. Cabe aos congressistas definirem onde o dinheiro público será gasto. Bugarin defende que eles precisam participar mais ativamente da decisão sobre essas despesas e decidir em quais políticas aplicar recursos, já que o dinheiro é sempre insuficiente para todas as demandas da sociedade. "O Legislativo existe para definir as escolhas da sociedade", lembrou. BANALIZAÇÃO A análise da unidade técnica do TCU das contas do ano de 2015 foi, para ele, novamente "profunda e abrangente". O Ministério Público decidiu ampliar o trabalho para questionar a legalidade da emissão de Medidas Provisórias para realizar gastos não urgentes, após uma decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, que cancelou gastos com publicidade do governo que tinham sido autorizados por uma MP. Ele defende que não é adequado haver uma "vulgarização" do uso de medidas provisórias para criar despesas que não estão autorizadas pelo Congresso e que não atendem ao critério previsto na lei, a emergência, o que só ocorreu em alguns casos no ano passado, como gastos com o combate à epidemia de Zika. "Não estamos discutindo se essa medida é válida. Mas ela tem que ser usada pelos critérios previstos na lei", afirmou Bugarin, alertando para a possibilidade de um orçamento paralelo caso a medida se banalize. Bugarin explicou ainda que o critério de abertura para créditos adicionais no orçamento têm que cumprir a regra geral prevista tanto na Constituição, como nas leis de Responsabilidade Fiscal e de Diretrizes Orçamentárias: só podem ser feitas sem autorização do Congresso quando há previsão de superávit primário ou se cortam despesas de outras áreas. Não ter observado esses critérios levou à recomendação do TCU de não aprovação das contas da presidente em 2014. MEIRELLES O procurador-geral fez questão de ressaltar que a análise do órgão é técnica e que as repercussões políticas dos seus atos ocorrem no Congresso. Segundo ele, a tarefa primordial do tribunal é "dizer o que ocorreu" e que ninguém faz isso com "prazer" quando são apontados erros. E, aos 54 anos, 20 deles no Tribunal, Bugarin não parece disposto a aceitar qualquer retrocesso nessa forma de atuação. Segundo ele, o ministro da Fazenda do governo interino Michel Temer, Henrique Meirelles, já esteve no TCU e foi informado sobre a necessidade de transparência nas contas públicas e de cumprimento dos princípios da Lei de Responsabilidade Fiscal. "Ele disse que vai cumprir", contou o procurador-geral.
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Assembleia Legislativa de SP manobra para manter cargos de confiança
Uma manobra da Assembleia Legislativa de São Paulo tenta evitar a exoneração de 251 servidores em cargos de confiança que deveriam ser concursados, objeto de uma ação judicial. Projeto aprovado em 14 de março que aguarda sanção do governador Geraldo Alckmin (PSDB) transforma esses servidores em "especiais". A nova denominação, porém, pouco mudará nas atribuições desses funcionários. O texto, proposto pela Mesa Diretora da Assembleia, dribla uma ação do Ministério Público de São Paulo que considerou inconstitucional a livre nomeação de servidores para exercer funções técnicas na Casa. Esses servidores em cargos de confiança frequentemente são apadrinhados políticos de deputados. Em dezembro, o Tribunal de Justiça de São Paulo atendeu a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade movida pelo Ministério Público. Gianpaolo Smanio, procurador-geral de Justiça, considerou inconstitucional a contratação sem concurso de alguns assessores, assistentes e auxiliares técnicos. Esses cargos não têm "atribuições de assessoramento, chefia e direção, pois desempenham funções técnicas" e deveriam ser preenchidos por efetivos, "por não exigirem para seu bom desempenho especial relação de confiança", escreveu Smanio na ação. O número total de servidores comissionados (2.927) é quase quatro vezes maior que o de efetivos (759) na Assembleia. A liminar do TJ vedou novas contratações até que a Assembleia desse esclarecimentos e revisasse sua estrutura. Mas, em janeiro, o procurador concordou com a suspensão da liminar por 90 dias, sob o argumento de que a Assembleia havia criado uma comissão para reformular os cargos. 'REFORMULAÇÃO' O projeto que rebatizou os cargos foi apresentado no dia 8 de março e tramitou em regime de urgência. Em resumo, o texto extingue os cargos de assessores e assistentes técnicos e os transforma em secretários e assistentes especiais –dando a eles nomenclatura de pessoas com responsabilidades de coordenação. A Folha pediu que advogados especialistas em direito administrativo confrontassem o projeto de lei com a ação do Ministério Público. A avaliação é que a mudança se limitou a renomear cinco tipos de cargos e dar a eles atribuições genéricas, descritas com verbos como "coordenar" e "orientar", para parecer funções de assessoria. O futuro assistente especial de gabinete, atual assistente técnico legislativo, por exemplo, terá a função exclusiva de "orientar assessorias dos gabinetes e demais membros da bancada sobre deliberações do Colégio de Líderes ou de reunião da bancada". Em geral, o Colégio de Líderes –encontro dos líderes das bancadas para definir a pauta e outras prioridades da Casa– se reúne uma vez por semana, às terças-feiras. A nova descrição dos cargos também deixa explícito que os comissionados poderão fazer trabalhos "internos e externos" –o que, segundo um dos advogados consultados pela Folha, abre brecha para possíveis "fantasmas" na Assembleia. Em Araraquara (SP), o Ministério Público também questionou vários comissionados na Câmara Municipal, em 2015. Os vereadores os demitiram e, em seguida, os recontrataram, depois de trocar os nomes dos cargos. A Promotoria local chamou a manobra de "burla" e ajuizou ação de improbidade. Sobre a Assembleia, o procurador-geral de Justiça informou que analisará o projeto dos deputados em juízo. Procurado, o governo Alckmin informou que tem até o dia 30 para sancionar o projeto. OUTRO LADO A direção da Assembleia Legislativa de São Paulo afirmou, em nota, que "a nova nomenclatura harmoniza as atribuições dos antigos cargos com os desígnios da Constituição Federal". Ainda segundo o Legislativo, o projeto de lei que foi enviado ao governador para ser sancionado garante "maior transparência ao delimitar as funções desempenhadas pelos servidores". "O projeto não concede qualquer tipo de benefício ou alteração de jornada de trabalho já executada", diz a nota. Questionada sobre o futuro assistente especial de gabinete, cuja única função será orientar os gabinetes sobre as deliberações do Colégio de Líderes, a Assembleia afirmou que "essa é uma das principais reuniões do Parlamento". A nota diz que o colégio se reúne três vezes por semana. O normal, porém, é que a reunião seja semanal, às terças. * ENTENDA O CASO 1. O QUE O MINISTÉRIO PÚBLICO PEDIU O procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio, considerou inconstitucional a contratação excessiva de funcionários comissionados para exercer funções técnicas na Assembleia. De acordo com a Constituição Estadual, só podem ser nomeados para cargos de confiança funcionários com atribuições de chefia, direção ou assessoramento. Em dezembro, o Ministério Público moveu uma Ação Direta de Inconstitucionalidade com pedidos de esclarecimentos ao Governo e à Assembleia. O Tribunal de Justiça acolheu o pedido e suspendeu novas contratações. 2. A REAÇÃO DO LEGISLATIVO Em sua defesa, o parlamento paulista afirmou que já tinha instalado uma comissão para propor uma reestruturação nos quadros administrativos da Casa. Com isso, conseguiu a suspensão da liminar judicial e garantiu que formularia um projeto para atender aos pedidos da Procuradoria. 3. O NOVO PROJETO A Mesa Diretora anterior apresentou em 8 de março um projeto de lei para atender ao pedido do Ministério Público, que tramitou em regime de urgência. Aprovado na semana passada, aguarda sanção do governador. A proposta apenas altera o nome de cargos já existentes. Saiu o "técnico", entrou o "especial", mas pouco muda em suas atribuições.
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Assembleia Legislativa de SP manobra para manter cargos de confiançaUma manobra da Assembleia Legislativa de São Paulo tenta evitar a exoneração de 251 servidores em cargos de confiança que deveriam ser concursados, objeto de uma ação judicial. Projeto aprovado em 14 de março que aguarda sanção do governador Geraldo Alckmin (PSDB) transforma esses servidores em "especiais". A nova denominação, porém, pouco mudará nas atribuições desses funcionários. O texto, proposto pela Mesa Diretora da Assembleia, dribla uma ação do Ministério Público de São Paulo que considerou inconstitucional a livre nomeação de servidores para exercer funções técnicas na Casa. Esses servidores em cargos de confiança frequentemente são apadrinhados políticos de deputados. Em dezembro, o Tribunal de Justiça de São Paulo atendeu a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade movida pelo Ministério Público. Gianpaolo Smanio, procurador-geral de Justiça, considerou inconstitucional a contratação sem concurso de alguns assessores, assistentes e auxiliares técnicos. Esses cargos não têm "atribuições de assessoramento, chefia e direção, pois desempenham funções técnicas" e deveriam ser preenchidos por efetivos, "por não exigirem para seu bom desempenho especial relação de confiança", escreveu Smanio na ação. O número total de servidores comissionados (2.927) é quase quatro vezes maior que o de efetivos (759) na Assembleia. A liminar do TJ vedou novas contratações até que a Assembleia desse esclarecimentos e revisasse sua estrutura. Mas, em janeiro, o procurador concordou com a suspensão da liminar por 90 dias, sob o argumento de que a Assembleia havia criado uma comissão para reformular os cargos. 'REFORMULAÇÃO' O projeto que rebatizou os cargos foi apresentado no dia 8 de março e tramitou em regime de urgência. Em resumo, o texto extingue os cargos de assessores e assistentes técnicos e os transforma em secretários e assistentes especiais –dando a eles nomenclatura de pessoas com responsabilidades de coordenação. A Folha pediu que advogados especialistas em direito administrativo confrontassem o projeto de lei com a ação do Ministério Público. A avaliação é que a mudança se limitou a renomear cinco tipos de cargos e dar a eles atribuições genéricas, descritas com verbos como "coordenar" e "orientar", para parecer funções de assessoria. O futuro assistente especial de gabinete, atual assistente técnico legislativo, por exemplo, terá a função exclusiva de "orientar assessorias dos gabinetes e demais membros da bancada sobre deliberações do Colégio de Líderes ou de reunião da bancada". Em geral, o Colégio de Líderes –encontro dos líderes das bancadas para definir a pauta e outras prioridades da Casa– se reúne uma vez por semana, às terças-feiras. A nova descrição dos cargos também deixa explícito que os comissionados poderão fazer trabalhos "internos e externos" –o que, segundo um dos advogados consultados pela Folha, abre brecha para possíveis "fantasmas" na Assembleia. Em Araraquara (SP), o Ministério Público também questionou vários comissionados na Câmara Municipal, em 2015. Os vereadores os demitiram e, em seguida, os recontrataram, depois de trocar os nomes dos cargos. A Promotoria local chamou a manobra de "burla" e ajuizou ação de improbidade. Sobre a Assembleia, o procurador-geral de Justiça informou que analisará o projeto dos deputados em juízo. Procurado, o governo Alckmin informou que tem até o dia 30 para sancionar o projeto. OUTRO LADO A direção da Assembleia Legislativa de São Paulo afirmou, em nota, que "a nova nomenclatura harmoniza as atribuições dos antigos cargos com os desígnios da Constituição Federal". Ainda segundo o Legislativo, o projeto de lei que foi enviado ao governador para ser sancionado garante "maior transparência ao delimitar as funções desempenhadas pelos servidores". "O projeto não concede qualquer tipo de benefício ou alteração de jornada de trabalho já executada", diz a nota. Questionada sobre o futuro assistente especial de gabinete, cuja única função será orientar os gabinetes sobre as deliberações do Colégio de Líderes, a Assembleia afirmou que "essa é uma das principais reuniões do Parlamento". A nota diz que o colégio se reúne três vezes por semana. O normal, porém, é que a reunião seja semanal, às terças. * ENTENDA O CASO 1. O QUE O MINISTÉRIO PÚBLICO PEDIU O procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio, considerou inconstitucional a contratação excessiva de funcionários comissionados para exercer funções técnicas na Assembleia. De acordo com a Constituição Estadual, só podem ser nomeados para cargos de confiança funcionários com atribuições de chefia, direção ou assessoramento. Em dezembro, o Ministério Público moveu uma Ação Direta de Inconstitucionalidade com pedidos de esclarecimentos ao Governo e à Assembleia. O Tribunal de Justiça acolheu o pedido e suspendeu novas contratações. 2. A REAÇÃO DO LEGISLATIVO Em sua defesa, o parlamento paulista afirmou que já tinha instalado uma comissão para propor uma reestruturação nos quadros administrativos da Casa. Com isso, conseguiu a suspensão da liminar judicial e garantiu que formularia um projeto para atender aos pedidos da Procuradoria. 3. O NOVO PROJETO A Mesa Diretora anterior apresentou em 8 de março um projeto de lei para atender ao pedido do Ministério Público, que tramitou em regime de urgência. Aprovado na semana passada, aguarda sanção do governador. A proposta apenas altera o nome de cargos já existentes. Saiu o "técnico", entrou o "especial", mas pouco muda em suas atribuições.
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Fundo de Quintal faz homenagem a Almir Guineto em show da Virada
O grupo Fundo de Quintal abriu o show na praça do Campo Limpo, zona sul de São Paulo, debaixo de muita chuva, na noite deste domingo (21). Cerca de 200 pessoas, segundo estimativa da Guarda Civil Metropolitana, cantaram com o grupo sucessos como "O Show Tem que Continuar" e "Cantei pra Distrair". Mesmo com guarda-chuvas na mão, as pessoas arriscavam passos de samba com as canções do grupo. "A alegria de vocês embaixo dessa chuva me emociona", disse o Ubirany, um dos integrantes do conjunto original, formado em 1970 no lendário bloco carnavalesco Cacique de Ramos, no subúrbio do Rio de Janeiro. O grupo fez homenagem ao ex-integrante Almir Guineto, morto no dia 5 de maio, aos 70 anos. Eles tocaram a música "Conselho", sucesso na interpretação do vocalista. "Cresci ouvindo o Fundo de Quintal", disse o bailarino Vinicius Cosant, 20, morador do Campo Limpo. Ele aprovou a descentralização dos shows este ano. "Acho que dessa vez foi um ganho. A gente, da periferia, conseguiu ter acesso a mais atrações."
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Fundo de Quintal faz homenagem a Almir Guineto em show da ViradaO grupo Fundo de Quintal abriu o show na praça do Campo Limpo, zona sul de São Paulo, debaixo de muita chuva, na noite deste domingo (21). Cerca de 200 pessoas, segundo estimativa da Guarda Civil Metropolitana, cantaram com o grupo sucessos como "O Show Tem que Continuar" e "Cantei pra Distrair". Mesmo com guarda-chuvas na mão, as pessoas arriscavam passos de samba com as canções do grupo. "A alegria de vocês embaixo dessa chuva me emociona", disse o Ubirany, um dos integrantes do conjunto original, formado em 1970 no lendário bloco carnavalesco Cacique de Ramos, no subúrbio do Rio de Janeiro. O grupo fez homenagem ao ex-integrante Almir Guineto, morto no dia 5 de maio, aos 70 anos. Eles tocaram a música "Conselho", sucesso na interpretação do vocalista. "Cresci ouvindo o Fundo de Quintal", disse o bailarino Vinicius Cosant, 20, morador do Campo Limpo. Ele aprovou a descentralização dos shows este ano. "Acho que dessa vez foi um ganho. A gente, da periferia, conseguiu ter acesso a mais atrações."
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Vai ficar difícil de apoiá-los em 2018, diz Jucá sobre desembarque do PSDB
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) reagiu nesta quinta (8) à movimentação de desembarque dos tucanos da base do presidente Michel Temer. "Se o PSDB deixar hoje a base vai ficar muito difícil de o PMDB apoiá-los nas eleições de 2018", disse Jucá. "Política é feita de reciprocidade". O PSDB decide na próxima segunda-feira (12) se permanece na base. O partido aguarda a conclusão do julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que pode cassar Temer, para tomar uma decisão. Contudo, embora a expectativa seja de que a corte eleitoral não impugnará o mandato do peemedebista, tucanos estudam mesmo assim um desembarque. Em reuniões das bancadas do PSDB da Câmara e do Senado, nesta quarta (7), cresceu o sentimento de que é preciso romper com Temer. Os parlamentares avaliam que fatos ruins contra Temer "não deixarão de aparecer" e que isso pode provocar um desgaste maior ao partido para as eleições de 2018 do que se decidir hoje por romper com o PMDB. O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP) diz que a maioria no partido não vê como o peemedebista terminar o governo. "Conversei com os senadores e a maioria deles defende a saída do governo e a entrega dos ministérios, mantendo o apoio à agenda [reformas]", disse o líder da sigla. "Alguns acham que não é o momento de sair. Mas há uma unanimidade, ou são quase todos, que acham que o Michel Temer não consegue terminar o governo", disse. O PSDB fará uma reunião "estendida" na próxima segunda-feira (12) para debater o assunto. O encontro ocorreria nesta quinta (8), mas acabou sendo adiado para aguardar a conclusão de um julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que pode resultar na cassação de Temer. Tasso, que até então vinha se mantendo como defensor da manutenção do partido no governo, deu sinais de que a posição pode ser revista. Após um almoço com a bancada do partido no Senado, afirmou que a legenda "não precisa ter cargo e ministérios para continuar apoiando as reformas".
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Vai ficar difícil de apoiá-los em 2018, diz Jucá sobre desembarque do PSDBO líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) reagiu nesta quinta (8) à movimentação de desembarque dos tucanos da base do presidente Michel Temer. "Se o PSDB deixar hoje a base vai ficar muito difícil de o PMDB apoiá-los nas eleições de 2018", disse Jucá. "Política é feita de reciprocidade". O PSDB decide na próxima segunda-feira (12) se permanece na base. O partido aguarda a conclusão do julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que pode cassar Temer, para tomar uma decisão. Contudo, embora a expectativa seja de que a corte eleitoral não impugnará o mandato do peemedebista, tucanos estudam mesmo assim um desembarque. Em reuniões das bancadas do PSDB da Câmara e do Senado, nesta quarta (7), cresceu o sentimento de que é preciso romper com Temer. Os parlamentares avaliam que fatos ruins contra Temer "não deixarão de aparecer" e que isso pode provocar um desgaste maior ao partido para as eleições de 2018 do que se decidir hoje por romper com o PMDB. O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP) diz que a maioria no partido não vê como o peemedebista terminar o governo. "Conversei com os senadores e a maioria deles defende a saída do governo e a entrega dos ministérios, mantendo o apoio à agenda [reformas]", disse o líder da sigla. "Alguns acham que não é o momento de sair. Mas há uma unanimidade, ou são quase todos, que acham que o Michel Temer não consegue terminar o governo", disse. O PSDB fará uma reunião "estendida" na próxima segunda-feira (12) para debater o assunto. O encontro ocorreria nesta quinta (8), mas acabou sendo adiado para aguardar a conclusão de um julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que pode resultar na cassação de Temer. Tasso, que até então vinha se mantendo como defensor da manutenção do partido no governo, deu sinais de que a posição pode ser revista. Após um almoço com a bancada do partido no Senado, afirmou que a legenda "não precisa ter cargo e ministérios para continuar apoiando as reformas".
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EI assume responsabilidade por ataque a universidade dos EUA
A facção terrorista Estado Islâmico anunciou que foi responsável pelo ataque executado com automóvel e faca contra um campus em Ohio na segunda-feira (28). A informação foi divulgada nesta terça por uma agência de notícias ligada aos extremistas. O atentado deixou 11 feridos. "Um soldado do Estado Islâmico realizou o ataque no estado de Ohio e realizou a operação atendendo a um chamado para atacar cidadãos dos países que fazem parte da coalizão internacional", reportou a agência Amaq. Identificado como um estudante universitário somali chamado Abdul Razak Ali Artan, o autor do ataque foi morto a tiros pela polícia depois do ataque, na segunda-feira. Apesar do anúncio do EI, até agora investigadores não descobriram evidências fortes ligando Artan a outros militantes, células ou grupos conhecidos, afirmaram duas autoridades federais de segurança que não quiseram ser identificadas porque o inquérito está em andamento. Segundo autoridades americanas, o autor do ataque pode ter seguido o mesmo caminho de autorradicalização que militantes de outros ataques do padrão "lobo solitário". Investigadores estão examinando o histórico de Abdul Razak Ali Artan um dia depois de ele ter ferido onze pessoas no ataque no campus em Columbus onde ele era estudante. Ele foi morto a tiros momentos depois por um policial. As ações de Artan seguem o chamado padrão "lobo solitário" de ataques militantes nos EUA, como o do atirador que matou 49 pessoas numa boate em Orlando, na Flórida, em junho, e o do homem que matou quatro fuzileiros e um marinheiro numa ação a tiros em Chattanooga, no Tennessee, no ano passado, disseram as autoridades. Os agressores nesses dois ataques eram muçulmanos, assim como Artan, e foram mortos pela polícia. Investigadores examinam uma mensagem que, acredita-se, foi publicada no Facebook por Artan e que contém declarações fortes a respeito de estar "farto e cansado" de ver muçulmanos mortos e de se aproximar de um "ponto de ebulição", disse uma fonte das forças de segurança. Artan, que nasceu na Somália, era um residente legal e permanente dos EUA, que chegou no país em 2014, disse uma autoridade federal, que também pediu o anonimato.
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EI assume responsabilidade por ataque a universidade dos EUAA facção terrorista Estado Islâmico anunciou que foi responsável pelo ataque executado com automóvel e faca contra um campus em Ohio na segunda-feira (28). A informação foi divulgada nesta terça por uma agência de notícias ligada aos extremistas. O atentado deixou 11 feridos. "Um soldado do Estado Islâmico realizou o ataque no estado de Ohio e realizou a operação atendendo a um chamado para atacar cidadãos dos países que fazem parte da coalizão internacional", reportou a agência Amaq. Identificado como um estudante universitário somali chamado Abdul Razak Ali Artan, o autor do ataque foi morto a tiros pela polícia depois do ataque, na segunda-feira. Apesar do anúncio do EI, até agora investigadores não descobriram evidências fortes ligando Artan a outros militantes, células ou grupos conhecidos, afirmaram duas autoridades federais de segurança que não quiseram ser identificadas porque o inquérito está em andamento. Segundo autoridades americanas, o autor do ataque pode ter seguido o mesmo caminho de autorradicalização que militantes de outros ataques do padrão "lobo solitário". Investigadores estão examinando o histórico de Abdul Razak Ali Artan um dia depois de ele ter ferido onze pessoas no ataque no campus em Columbus onde ele era estudante. Ele foi morto a tiros momentos depois por um policial. As ações de Artan seguem o chamado padrão "lobo solitário" de ataques militantes nos EUA, como o do atirador que matou 49 pessoas numa boate em Orlando, na Flórida, em junho, e o do homem que matou quatro fuzileiros e um marinheiro numa ação a tiros em Chattanooga, no Tennessee, no ano passado, disseram as autoridades. Os agressores nesses dois ataques eram muçulmanos, assim como Artan, e foram mortos pela polícia. Investigadores examinam uma mensagem que, acredita-se, foi publicada no Facebook por Artan e que contém declarações fortes a respeito de estar "farto e cansado" de ver muçulmanos mortos e de se aproximar de um "ponto de ebulição", disse uma fonte das forças de segurança. Artan, que nasceu na Somália, era um residente legal e permanente dos EUA, que chegou no país em 2014, disse uma autoridade federal, que também pediu o anonimato.
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Paixão com juros
A coluna de domingo passado (24) sobre a independência do Banco Central despertou reações extremadas. Um grupo se posicionou contra a alta dos juros e defendeu apaixonadamente a manutenção da taxa básica ou sua diminuição. Outro grupo defendeu posição oposta: demandou posição a favor do aumento dos juros, argumentando que foi erro gravíssimo não fazê-lo neste momento. A leitura das mensagens dos dois grupos revela claros alinhamentos políticos. Os que defendiam a alta da taxa reclamavam por não haver críticas ao PT no texto. Já os que defendiam sua manutenção criticavam a "turma dos juros altos". Houve também parcela expressiva de leitores que respondeu de forma precisa à mensagem central do artigo, sobre as vantagens de um BC independente e o caráter técnico de suas decisões. Mas as reações extremadas comprovam a alta politização da discussão sobre juros no Brasil. A dominância do viés político nas visões sobre a política monetária é um despropósito, mas mostra a necessidade da discussão do tema e a pertinência da independência. Esse viés político e apaixonado é prejudicial à compreensão de um assunto técnico e nada apaixonante: a definição da taxa de juros mais adequada a cada momento da economia. Uma das questões que precisam ser bem entendidas é o real significado da independência do BC. Ela se restringe basicamente à fixação dos mandatos dos diretores e do presidente do banco (que passam a não poder mais serem demitidos pelo presidente da República) e à sua liberdade de usar os instrumentos de política monetária para alcançar a meta de inflação. A independência do BC, portanto, está a serviço da meta da inflação, que não é definida pelo banco, mas pelo Executivo. Cabe ao BC simplesmente cumprir a meta ou dar explicações à sociedade caso não tenha êxito. Além disso, é o presidente da Republica eleito que indica os diretores e o presidente do BC para serem aprovados pelo Senado. Um dos grandes ganhos do país na década passada foi reconhecer o valor da inflação baixa e controlada, que beneficia todos os setores sociais, principalmente os de menor renda. Portanto é muito importante que o debate sobre a atuação do BC seja aprofundado para que a política monetária volte ao devido lugar. Estudos abrangentes mostram que países com Banco Central independente têm inflação controlada e juros menores que países com BCs não independentes. Quanto maior a percepção de que as decisões para se atingir a meta de inflação são técnicas e baseadas em modelos testados, maior a probabilidade de manter as expectativas e a inflação na meta com a menor taxa de juros possível.
colunas
Paixão com jurosA coluna de domingo passado (24) sobre a independência do Banco Central despertou reações extremadas. Um grupo se posicionou contra a alta dos juros e defendeu apaixonadamente a manutenção da taxa básica ou sua diminuição. Outro grupo defendeu posição oposta: demandou posição a favor do aumento dos juros, argumentando que foi erro gravíssimo não fazê-lo neste momento. A leitura das mensagens dos dois grupos revela claros alinhamentos políticos. Os que defendiam a alta da taxa reclamavam por não haver críticas ao PT no texto. Já os que defendiam sua manutenção criticavam a "turma dos juros altos". Houve também parcela expressiva de leitores que respondeu de forma precisa à mensagem central do artigo, sobre as vantagens de um BC independente e o caráter técnico de suas decisões. Mas as reações extremadas comprovam a alta politização da discussão sobre juros no Brasil. A dominância do viés político nas visões sobre a política monetária é um despropósito, mas mostra a necessidade da discussão do tema e a pertinência da independência. Esse viés político e apaixonado é prejudicial à compreensão de um assunto técnico e nada apaixonante: a definição da taxa de juros mais adequada a cada momento da economia. Uma das questões que precisam ser bem entendidas é o real significado da independência do BC. Ela se restringe basicamente à fixação dos mandatos dos diretores e do presidente do banco (que passam a não poder mais serem demitidos pelo presidente da República) e à sua liberdade de usar os instrumentos de política monetária para alcançar a meta de inflação. A independência do BC, portanto, está a serviço da meta da inflação, que não é definida pelo banco, mas pelo Executivo. Cabe ao BC simplesmente cumprir a meta ou dar explicações à sociedade caso não tenha êxito. Além disso, é o presidente da Republica eleito que indica os diretores e o presidente do BC para serem aprovados pelo Senado. Um dos grandes ganhos do país na década passada foi reconhecer o valor da inflação baixa e controlada, que beneficia todos os setores sociais, principalmente os de menor renda. Portanto é muito importante que o debate sobre a atuação do BC seja aprofundado para que a política monetária volte ao devido lugar. Estudos abrangentes mostram que países com Banco Central independente têm inflação controlada e juros menores que países com BCs não independentes. Quanto maior a percepção de que as decisões para se atingir a meta de inflação são técnicas e baseadas em modelos testados, maior a probabilidade de manter as expectativas e a inflação na meta com a menor taxa de juros possível.
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Leitor comenta recondução de Janot como procurador-geral da República
Parabenizo o Ministério Público Federal pela recondução do competente, sério e ético Rodrigo Janot como procurador-geral da República por mais dois anos. A presidente Dilma agiu muito bem e corretamente ao indicá-lo após sua maciça vitória na eleição por seus pares do MPF (Dilma decide indicar Janot à Procuradoria). Felizmente, não vivemos mais os tempos do governo FHC, quando tínhamos a triste figura do "engavetador-geral da República". Hoje, o MPF e a Polícia Federal tem total autonomia e independência para investigar e apurar as denúncias contra integrantes do governo. * * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitor comenta recondução de Janot como procurador-geral da RepúblicaParabenizo o Ministério Público Federal pela recondução do competente, sério e ético Rodrigo Janot como procurador-geral da República por mais dois anos. A presidente Dilma agiu muito bem e corretamente ao indicá-lo após sua maciça vitória na eleição por seus pares do MPF (Dilma decide indicar Janot à Procuradoria). Felizmente, não vivemos mais os tempos do governo FHC, quando tínhamos a triste figura do "engavetador-geral da República". Hoje, o MPF e a Polícia Federal tem total autonomia e independência para investigar e apurar as denúncias contra integrantes do governo. * * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Governo busca apoio de elite empresarial para conter crise
Com os indicadores econômicos piorando e a instabilidade política reforçando o cenário de recessão, a presidente Dilma Rousseff irá recorrer aos líderes do PIB (Produto Interno Bruto) para tentar obter apoio e, assim, driblar a crise. O governo quer chamar a elite empresarial brasileira para um encontro nos moldes da reunião com os governadores, ocorrida semana passada, no Palácio da Alvorada. A petista também convidará executivos do mercado para conversas individuais. Estão na lista alguns dos maiores grupos privados do país, tais como Rubens Ometto (Cosan), Luiz Carlos Trabuco (Bradesco), Jorge Gerdau (Gerdau) e Abílio Diniz (Carrefour e BRF). Todos são considerados relativamente próximos ao Executivo. Em avaliações internas, o governo concluiu que precisa não só recuperar interlocução com os movimentos sociais, mas também refazer as pontes com o capital. O objetivo é, de um lado, mostrar apoio entre os chamados barões do PIB, e, do outro, obter ajuda da iniciativa privada para influenciar o Congresso contra a aprovação de projetos com forte impacto fiscal. O agravamento da situação política ampliou o grau de incerteza sobre o futuro da economia brasileira e gerou dúvidas sobre a capacidade do Planalto de reagir à crise. Na Câmara, as condições de governabilidade são as mais frágeis possíveis. Investigado pela operação Lava Jato, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem se valido da aguda fragilidade do governo como estratégia para tentar desviar a atenção de seu próprio desgaste. Nesta semana, o peemedebista colocou em votação a proposta que reajusta salários de carreiras do funcionalismo público federal. Uma aprovação em caráter definitivo gerará aos cofres da União uma perda aproximada de R$ 10 bilhões ao ano. E isso para atender à demanda de 71.397 servidores, 40.950 deles já aposentados. Um dia na crise FIESP E FIRJAN Nesta quinta (6), dois dos principais representantes da indústria nacional, Fiesp e a Firjan, divulgaram nota a favor da preservação da estabilidade institucional. Mas, em vez de citar nominalmente Dilma Rousseff, a declaração divulgada à imprensa menciona apenas o vice-presidente, Michel Temer (PMDB-SP). Na véspera, Temer fez um apelo ao Congresso contra projetos que ajudam a secar ainda mais os cofres federais e disse que o Brasil precisa de alguém capaz de "reunificar" o país. O tom não agradou a setores do governo, que viram no teor da fala a intenção de tentar se colocar como alternativa à presidente. "O Brasil não pode se permitir mais irresponsabilidades fiscais, tributárias ou administrativas e deve agir para manter o grau de investimento tão duramente conquistado, sob pena de colocar em risco a sobrevivência de milhares e milhares de empresas e milhões de empregos", diz a nota.
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Governo busca apoio de elite empresarial para conter criseCom os indicadores econômicos piorando e a instabilidade política reforçando o cenário de recessão, a presidente Dilma Rousseff irá recorrer aos líderes do PIB (Produto Interno Bruto) para tentar obter apoio e, assim, driblar a crise. O governo quer chamar a elite empresarial brasileira para um encontro nos moldes da reunião com os governadores, ocorrida semana passada, no Palácio da Alvorada. A petista também convidará executivos do mercado para conversas individuais. Estão na lista alguns dos maiores grupos privados do país, tais como Rubens Ometto (Cosan), Luiz Carlos Trabuco (Bradesco), Jorge Gerdau (Gerdau) e Abílio Diniz (Carrefour e BRF). Todos são considerados relativamente próximos ao Executivo. Em avaliações internas, o governo concluiu que precisa não só recuperar interlocução com os movimentos sociais, mas também refazer as pontes com o capital. O objetivo é, de um lado, mostrar apoio entre os chamados barões do PIB, e, do outro, obter ajuda da iniciativa privada para influenciar o Congresso contra a aprovação de projetos com forte impacto fiscal. O agravamento da situação política ampliou o grau de incerteza sobre o futuro da economia brasileira e gerou dúvidas sobre a capacidade do Planalto de reagir à crise. Na Câmara, as condições de governabilidade são as mais frágeis possíveis. Investigado pela operação Lava Jato, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem se valido da aguda fragilidade do governo como estratégia para tentar desviar a atenção de seu próprio desgaste. Nesta semana, o peemedebista colocou em votação a proposta que reajusta salários de carreiras do funcionalismo público federal. Uma aprovação em caráter definitivo gerará aos cofres da União uma perda aproximada de R$ 10 bilhões ao ano. E isso para atender à demanda de 71.397 servidores, 40.950 deles já aposentados. Um dia na crise FIESP E FIRJAN Nesta quinta (6), dois dos principais representantes da indústria nacional, Fiesp e a Firjan, divulgaram nota a favor da preservação da estabilidade institucional. Mas, em vez de citar nominalmente Dilma Rousseff, a declaração divulgada à imprensa menciona apenas o vice-presidente, Michel Temer (PMDB-SP). Na véspera, Temer fez um apelo ao Congresso contra projetos que ajudam a secar ainda mais os cofres federais e disse que o Brasil precisa de alguém capaz de "reunificar" o país. O tom não agradou a setores do governo, que viram no teor da fala a intenção de tentar se colocar como alternativa à presidente. "O Brasil não pode se permitir mais irresponsabilidades fiscais, tributárias ou administrativas e deve agir para manter o grau de investimento tão duramente conquistado, sob pena de colocar em risco a sobrevivência de milhares e milhares de empresas e milhões de empregos", diz a nota.
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Abertura de 'Mulher-Maravilha' revela spoiler de 'Liga da Justiça'
Uma cena do começo do filme "Mulher-Maravilha", que acaba de estrear no Brasil, dá aos fãs dos super-heróis da DC Comics uma prévia do que virá em "Liga da Justiça", reunião de personagens como Superman, Batman, Aquaman, Flash e a própria Mulher-Maravilha, com previsão de chegada ao circuito em 16 de novembro. No trecho em questão, a protagonista (vivida pela israelense Gal Gadot) recebe, nos dias de hoje, uma foto em preto e branco na qual ela aparece ao lado de seu parceiro, o militar Steve Trevor, e de outros combatentes. Juntos, durante a Primeira Guerra Mundial (1914-18), eles recuperaram para os Aliados um vilarejo belga invadido pelos alemães. O remetente da imagem é um certo Bruce Wayne, vulgo Batman. A foto apareceu pela primeira vez em "Batman vs. Superman - A Origem da Justiça", lançado em 2016. Ali, o registro era um dos arquivos que Wayne (Ben Affleck) encontrava em um drive com informações sobre "meta-humanos" pertencente ao vilão Lex Luthor. Ao descobrir a imagem, Batman se perguntava se Diana Prince (o nome civil da Mulher-Maravilha) era uma super-heroína camuflada e imortal. O que o novo filme sugere é que, aparentemente, Wayne foi atrás da fotografia original (em papel) depois de vê-la na tela do computador. E podem ser dois os seus objetivos ao enviá-la para Prince: tanto atrai-la para as fileiras da Liga da Justiça (relembrando suas conquistas passadas) quanto fazer um xaveco elegante. Saberemos daqui a alguns meses, quando "Liga da Justiça" estrear.
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Abertura de 'Mulher-Maravilha' revela spoiler de 'Liga da Justiça'Uma cena do começo do filme "Mulher-Maravilha", que acaba de estrear no Brasil, dá aos fãs dos super-heróis da DC Comics uma prévia do que virá em "Liga da Justiça", reunião de personagens como Superman, Batman, Aquaman, Flash e a própria Mulher-Maravilha, com previsão de chegada ao circuito em 16 de novembro. No trecho em questão, a protagonista (vivida pela israelense Gal Gadot) recebe, nos dias de hoje, uma foto em preto e branco na qual ela aparece ao lado de seu parceiro, o militar Steve Trevor, e de outros combatentes. Juntos, durante a Primeira Guerra Mundial (1914-18), eles recuperaram para os Aliados um vilarejo belga invadido pelos alemães. O remetente da imagem é um certo Bruce Wayne, vulgo Batman. A foto apareceu pela primeira vez em "Batman vs. Superman - A Origem da Justiça", lançado em 2016. Ali, o registro era um dos arquivos que Wayne (Ben Affleck) encontrava em um drive com informações sobre "meta-humanos" pertencente ao vilão Lex Luthor. Ao descobrir a imagem, Batman se perguntava se Diana Prince (o nome civil da Mulher-Maravilha) era uma super-heroína camuflada e imortal. O que o novo filme sugere é que, aparentemente, Wayne foi atrás da fotografia original (em papel) depois de vê-la na tela do computador. E podem ser dois os seus objetivos ao enviá-la para Prince: tanto atrai-la para as fileiras da Liga da Justiça (relembrando suas conquistas passadas) quanto fazer um xaveco elegante. Saberemos daqui a alguns meses, quando "Liga da Justiça" estrear.
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Movimento que pede boicote a Israel incomoda bastante tal país, diz leitor
Ninguém chuta cachorro morto. Muito menos o ladino Estado de Israel e seu poderosíssimo lobby. Foram dois artigos em Tendências/ Debates em menos de um mês criticando o movimento BDS, que ao que parece está incomodando, e muito. Primeiro, Floriano Pesaro. E agora, Reda Mansour, primeiro embaixador não-judeu de Israel no Brasil, que admite que a suposta democracia israelense trata diferentemente árabes e judeus. Tal qual a África do Sul tratava diferentemente brancos e negros. E que é justamente uma das razões, dentre tantas outras, para a existência do BDS. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Movimento que pede boicote a Israel incomoda bastante tal país, diz leitorNinguém chuta cachorro morto. Muito menos o ladino Estado de Israel e seu poderosíssimo lobby. Foram dois artigos em Tendências/ Debates em menos de um mês criticando o movimento BDS, que ao que parece está incomodando, e muito. Primeiro, Floriano Pesaro. E agora, Reda Mansour, primeiro embaixador não-judeu de Israel no Brasil, que admite que a suposta democracia israelense trata diferentemente árabes e judeus. Tal qual a África do Sul tratava diferentemente brancos e negros. E que é justamente uma das razões, dentre tantas outras, para a existência do BDS. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Anac recomenda chegar 2 horas antes em voos nacionais após manhã caótica
O tempo entre a decolagem do avião na pista de Congonhas, em São Paulo, e a aterrissagem no Santos Dumont, no Rio, é de 50 minutos. Mas, pela nova recomendação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), os passageiros desta e de outras viagens nacionais devem se preparar para perder mais tempo na espera –e chegar ao aeroporto duas horas antes do voo, e não apenas uma, como era a praxe antes. A orientação ocorre após os transtornos nos aeroportos brasileiros nesta segunda (18), no início da adoção de normas mais rígidas de inspeção de passageiros e de bagagens de mão antes do embarque doméstico no país. A ideia é padronizar regras de segurança de voos internacionais com voos nacionais, seguindo uma tendência de outros aeroportos no mundo. Sem ampla divulgação antecipada aos passageiros e aos próprios aeroportuários, houve longas filas na estreia das medidas. Os atrasos médios, de acordo com a Anac, variaram de 10 a 45 minutos nos horários de pico. Embora afirme que a alteração de padrão não tem a ver com a proximidade da Olimpíada, que começa em menos de um mês, a agência reconhece que o evento no Rio e as férias escolares aumentarão a demanda pelo transporte aéreo, exigindo organização maior dos operadores e das companhias aéreas. Segundo os novos procedimentos, notebooks têm que ser retirados da bagagem no momento de passar pelos aparelhos de raios X. Nesse setor, agentes do aeroporto podem pedir também a inspeção de malas de mão, e passageiros podem ser submetidos a revista corporal. ESCADA ROLANTE O aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, foi um dos que mais sentiram a mudança de regras. Na manhã de segunda, as filas começaram a se formar às 6h e atravessaram o saguão. No pico da inspeção, até as 8h30, a espera era estimada em 45 minutos. No saguão, as mensagens dos alto-falantes eram raras e com som abafado, difíceis de compreender. As escadas rolantes do aeroporto foram desligadas para orientar o fluxo de passageiros. Pelo menos 15 voos atrasaram em mais de meia hora. "Foi uma fila fora da normalidade. É um período de adaptação. Nós vamos analisar as falhas de comunicação e corrigir", afirmou Carlos Alberto da Silva Sousa, superintendente de Congonhas. Ele disse que estudará a possibilidade de aumentar as máquinas de raios X antes da sala de embarque. No aeroporto são nove e, na manhã desta segunda, todas estavam operando, segundo a Infraero (estatal aeroportuária). O superintendente pediu que os passageiros cheguem duas horas antes dos voos –antecedência maior que a de uma hora e meia recomendada pelas empresas aéreas na sexta-feira (15), quando as novas regras foram anunciadas pela agência de aviação. Com medo de perder seu voo, a professora Katia Porto, 58, chegou mais de seis horas antes em Congonhas. "Recebi uma mensagem de uma amiga avisando das filas e corri para cá", diz ela. No Santos Dumont, onde a fila para a sala de embarque dava duas voltas no saguão, a designer Bianca Mergh, 30, se espantou com a movimentação. "Segunda de manhã é sempre cheio, mas nunca tinha visto uma fila tão grande assim", afirmou Mergh. A designer disse que lhe recomendaram, no check-in, que retirasse o notebook da mala de mão e havia funcionários no portão de embarque distribuindo sacos plásticos para guardar os objetos metálicos, para facilitar a passagem pelo raio X. Mesmo assim, não havia nenhum cartaz ou aviso sobre as novas regras. Os aeroportos de Brasília e de Porto Alegre também registraram filas fora do comum, mas, segundo a Anac, os tempos médios não passaram de 17 minutos. A agência disse lamentar o incômodo sofrido pelos passageiros e pediu compreensão. Longas filas no aeroporto de Congonhas
cotidiano
Anac recomenda chegar 2 horas antes em voos nacionais após manhã caóticaO tempo entre a decolagem do avião na pista de Congonhas, em São Paulo, e a aterrissagem no Santos Dumont, no Rio, é de 50 minutos. Mas, pela nova recomendação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), os passageiros desta e de outras viagens nacionais devem se preparar para perder mais tempo na espera –e chegar ao aeroporto duas horas antes do voo, e não apenas uma, como era a praxe antes. A orientação ocorre após os transtornos nos aeroportos brasileiros nesta segunda (18), no início da adoção de normas mais rígidas de inspeção de passageiros e de bagagens de mão antes do embarque doméstico no país. A ideia é padronizar regras de segurança de voos internacionais com voos nacionais, seguindo uma tendência de outros aeroportos no mundo. Sem ampla divulgação antecipada aos passageiros e aos próprios aeroportuários, houve longas filas na estreia das medidas. Os atrasos médios, de acordo com a Anac, variaram de 10 a 45 minutos nos horários de pico. Embora afirme que a alteração de padrão não tem a ver com a proximidade da Olimpíada, que começa em menos de um mês, a agência reconhece que o evento no Rio e as férias escolares aumentarão a demanda pelo transporte aéreo, exigindo organização maior dos operadores e das companhias aéreas. Segundo os novos procedimentos, notebooks têm que ser retirados da bagagem no momento de passar pelos aparelhos de raios X. Nesse setor, agentes do aeroporto podem pedir também a inspeção de malas de mão, e passageiros podem ser submetidos a revista corporal. ESCADA ROLANTE O aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, foi um dos que mais sentiram a mudança de regras. Na manhã de segunda, as filas começaram a se formar às 6h e atravessaram o saguão. No pico da inspeção, até as 8h30, a espera era estimada em 45 minutos. No saguão, as mensagens dos alto-falantes eram raras e com som abafado, difíceis de compreender. As escadas rolantes do aeroporto foram desligadas para orientar o fluxo de passageiros. Pelo menos 15 voos atrasaram em mais de meia hora. "Foi uma fila fora da normalidade. É um período de adaptação. Nós vamos analisar as falhas de comunicação e corrigir", afirmou Carlos Alberto da Silva Sousa, superintendente de Congonhas. Ele disse que estudará a possibilidade de aumentar as máquinas de raios X antes da sala de embarque. No aeroporto são nove e, na manhã desta segunda, todas estavam operando, segundo a Infraero (estatal aeroportuária). O superintendente pediu que os passageiros cheguem duas horas antes dos voos –antecedência maior que a de uma hora e meia recomendada pelas empresas aéreas na sexta-feira (15), quando as novas regras foram anunciadas pela agência de aviação. Com medo de perder seu voo, a professora Katia Porto, 58, chegou mais de seis horas antes em Congonhas. "Recebi uma mensagem de uma amiga avisando das filas e corri para cá", diz ela. No Santos Dumont, onde a fila para a sala de embarque dava duas voltas no saguão, a designer Bianca Mergh, 30, se espantou com a movimentação. "Segunda de manhã é sempre cheio, mas nunca tinha visto uma fila tão grande assim", afirmou Mergh. A designer disse que lhe recomendaram, no check-in, que retirasse o notebook da mala de mão e havia funcionários no portão de embarque distribuindo sacos plásticos para guardar os objetos metálicos, para facilitar a passagem pelo raio X. Mesmo assim, não havia nenhum cartaz ou aviso sobre as novas regras. Os aeroportos de Brasília e de Porto Alegre também registraram filas fora do comum, mas, segundo a Anac, os tempos médios não passaram de 17 minutos. A agência disse lamentar o incômodo sofrido pelos passageiros e pediu compreensão. Longas filas no aeroporto de Congonhas
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Unesp divulga lista de aprovados para 2ª fase do vestibular do meio de ano
A Unesp (Universidade Estadual Paulista) divulgou nesta sexta-feira (29) a lista de aprovados na primeira fase do vestibular do meio de ano. Os candidatos podem consultar a relação de convocados na página oficial do vestibular da Unesp. Os selecionadas deverão fazer a segunda fase do processo seletivo nos dias 13 e 14 de junho. Veja a lista de convocados para a 2ª fase Caderno de questões | Gabarito 1ª fase | Manual do candidato Ao todo, 10.969 candidatos foram selecionados para a próxima etapa, que terá questões dissertativas e uma redação. Serão 36 questões, sendo 12 de cada uma das seguintes áreas: Linguagens e Códigos e suas tecnologias; Ciências Humanas e suas tecnologias; Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias. Os candidatos disputam 360 vagas nas unidades de Bauru, Dracena, Ilha Solteira, Registro e Sorocaba. São 40 vagas para cada curso oferecido, entre agronomia, zootecnia e as engenharias ambiental, civil, de controle e automação, de produção, elétrica e mecânica. O curso de engenharia civil é o mais concorrido, com 48,4 candidatos por vaga. Em seguida, vem o curso de engenharia de produção, com uma relação de candidato e vaga de 42,3. No vestibular do meio de ano de 2015, o Sistema de Reserva de Vagas para a Educação Básica Pública garante um mínimo de 25% das vagas de cada curso para alunos que tenham feito todo o ensino médio em escola pública. Segundo a Unesp, isso deve ampliar a proporção de matriculados egressos de escolas públicas na universidade, que foi de 40,7% no ano passado. PRIMEIRA FASE A primeira fase do vestibular do meio de ano 2015 da Unesp foi aplicada no dia 17 de maio e teve 10,2% de abstenção. Os candidatos tiveram quatro horas e meia para responder 90 questões de múltipla escolha divididas igualmente em três áreas: "linguagens e códigos" (que engloba língua portuguesa, literatura, língua inglesa, educação física e arte), "ciências humanas" (história, geografia e filosofia) e "ciências da natureza e matemática" (biologia, física, matemática e química. Para professores dos principais cursinhos de São Paulo, a prova da primeira fase do vestibular exigiu boa interpretação de texto e leitura atenta por parte dos estudantes. Contudo, os docentes afirmaram que prova teve duas grandes surpresas. Primeiro, as questões de matemática e física, em especial, eram mais ligadas ao dia a dia dos candidatos. "A maior diferença foi que as perguntas de matemática estavam mais contextualizadas, com questões do cotidiano, coisa que não tinha nas outras edições", afirma Célio Tasinafo, diretor pedagógico da Oficina do Estudante.
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Unesp divulga lista de aprovados para 2ª fase do vestibular do meio de anoA Unesp (Universidade Estadual Paulista) divulgou nesta sexta-feira (29) a lista de aprovados na primeira fase do vestibular do meio de ano. Os candidatos podem consultar a relação de convocados na página oficial do vestibular da Unesp. Os selecionadas deverão fazer a segunda fase do processo seletivo nos dias 13 e 14 de junho. Veja a lista de convocados para a 2ª fase Caderno de questões | Gabarito 1ª fase | Manual do candidato Ao todo, 10.969 candidatos foram selecionados para a próxima etapa, que terá questões dissertativas e uma redação. Serão 36 questões, sendo 12 de cada uma das seguintes áreas: Linguagens e Códigos e suas tecnologias; Ciências Humanas e suas tecnologias; Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias. Os candidatos disputam 360 vagas nas unidades de Bauru, Dracena, Ilha Solteira, Registro e Sorocaba. São 40 vagas para cada curso oferecido, entre agronomia, zootecnia e as engenharias ambiental, civil, de controle e automação, de produção, elétrica e mecânica. O curso de engenharia civil é o mais concorrido, com 48,4 candidatos por vaga. Em seguida, vem o curso de engenharia de produção, com uma relação de candidato e vaga de 42,3. No vestibular do meio de ano de 2015, o Sistema de Reserva de Vagas para a Educação Básica Pública garante um mínimo de 25% das vagas de cada curso para alunos que tenham feito todo o ensino médio em escola pública. Segundo a Unesp, isso deve ampliar a proporção de matriculados egressos de escolas públicas na universidade, que foi de 40,7% no ano passado. PRIMEIRA FASE A primeira fase do vestibular do meio de ano 2015 da Unesp foi aplicada no dia 17 de maio e teve 10,2% de abstenção. Os candidatos tiveram quatro horas e meia para responder 90 questões de múltipla escolha divididas igualmente em três áreas: "linguagens e códigos" (que engloba língua portuguesa, literatura, língua inglesa, educação física e arte), "ciências humanas" (história, geografia e filosofia) e "ciências da natureza e matemática" (biologia, física, matemática e química. Para professores dos principais cursinhos de São Paulo, a prova da primeira fase do vestibular exigiu boa interpretação de texto e leitura atenta por parte dos estudantes. Contudo, os docentes afirmaram que prova teve duas grandes surpresas. Primeiro, as questões de matemática e física, em especial, eram mais ligadas ao dia a dia dos candidatos. "A maior diferença foi que as perguntas de matemática estavam mais contextualizadas, com questões do cotidiano, coisa que não tinha nas outras edições", afirma Célio Tasinafo, diretor pedagógico da Oficina do Estudante.
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Santos empata no Pacaembu, e rodada beneficia o Corinthians
O Santos contou com o apoio de sua torcida, controlou o jogo, mas apenas empatou com o Fluminense em 0 a 0, nesta segunda-feira (14), no Pacaembu, pela 20ª Campeonato Brasileiro. Com o empate, a equipe deixou escapar a chance de pressionar o líder Corinthians. Agora com 36 pontos, o time santista está 11 pontos atrás do seu rival, que tem um jogo a menos e pode aumentar a diferença para 14 se vencer a partida desta rodada, contra a Chapecoense, adiada para o próximo dia 23. Apesar do resultado ficar aquém do esperado, o Santos manteve sua invencibilidade no Pacaembu. O time não perde no estádio desde abril de 2014, quando foi derrotado pelo Ituano por 1 a 0, na primeira partida da final do Paulista. Desde então, são 22 vitórias e dois empates. Em 2016, quando foi vice-campeão brasileiro, o clube tinha a mesma pontuação nesta altura do campeonato. Desta vez, porém, ocupa a terceira colocação o Grêmio é o vice-líder com 39 pontos. Aliás, os resultados da 20ª rodada beneficiaram o Corinthians. Dos seis primeiros colocados, apenas o Atlético-PR conseguiu triunfar. O time paranaense estava em oitavo lugar antes de a bola rolar. Já Sport, atualmente em quinto, e o Palmeiras, o quarto, apenas empataram com Ponte Preta e Vasco, respectivamente. Já o Grêmio foi derrotado pelo Botafogo. Mesmo com a possibilidade de se aproximar do Corinthians, o técnico Levir Culpi poupou três titulares: o zagueiro David Braz e os atacantes Bruno Henrique e Copete. No sistema defensivo, o treinador escalou Gustavo Henrique, que não atuava há 11 meses após passar por uma cirurgia no joelho. Thiago Ribeiro e Vladimir Hernández foram escalados no ataque. Com essa formação, o time não criou muitas chances de gol. No primeiro tempo, ameaçou em chutes de Léo Cittadini e Lucas Lima. No segundo, a dificuldade continuou e quem quase marcou foi o Fluminense. Wendel driblou Vanderlei e chutou na trave.
esporte
Santos empata no Pacaembu, e rodada beneficia o CorinthiansO Santos contou com o apoio de sua torcida, controlou o jogo, mas apenas empatou com o Fluminense em 0 a 0, nesta segunda-feira (14), no Pacaembu, pela 20ª Campeonato Brasileiro. Com o empate, a equipe deixou escapar a chance de pressionar o líder Corinthians. Agora com 36 pontos, o time santista está 11 pontos atrás do seu rival, que tem um jogo a menos e pode aumentar a diferença para 14 se vencer a partida desta rodada, contra a Chapecoense, adiada para o próximo dia 23. Apesar do resultado ficar aquém do esperado, o Santos manteve sua invencibilidade no Pacaembu. O time não perde no estádio desde abril de 2014, quando foi derrotado pelo Ituano por 1 a 0, na primeira partida da final do Paulista. Desde então, são 22 vitórias e dois empates. Em 2016, quando foi vice-campeão brasileiro, o clube tinha a mesma pontuação nesta altura do campeonato. Desta vez, porém, ocupa a terceira colocação o Grêmio é o vice-líder com 39 pontos. Aliás, os resultados da 20ª rodada beneficiaram o Corinthians. Dos seis primeiros colocados, apenas o Atlético-PR conseguiu triunfar. O time paranaense estava em oitavo lugar antes de a bola rolar. Já Sport, atualmente em quinto, e o Palmeiras, o quarto, apenas empataram com Ponte Preta e Vasco, respectivamente. Já o Grêmio foi derrotado pelo Botafogo. Mesmo com a possibilidade de se aproximar do Corinthians, o técnico Levir Culpi poupou três titulares: o zagueiro David Braz e os atacantes Bruno Henrique e Copete. No sistema defensivo, o treinador escalou Gustavo Henrique, que não atuava há 11 meses após passar por uma cirurgia no joelho. Thiago Ribeiro e Vladimir Hernández foram escalados no ataque. Com essa formação, o time não criou muitas chances de gol. No primeiro tempo, ameaçou em chutes de Léo Cittadini e Lucas Lima. No segundo, a dificuldade continuou e quem quase marcou foi o Fluminense. Wendel driblou Vanderlei e chutou na trave.
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Saiba como tirar respingos de tinta da lataria do veículo
DE SÃO PAULO João Furlan, sócio da rede de funilaria ChipsAway, ensina como retirar respingos de tinta da lataria do veículo. * Pigmentos à base de água, como tintas látex, são mais fáceis de ser retirados. Uma opção é limpar a mancha com um produto de polimento aplicado em um pano ou esponja. Tirar tinta spray exige um esforço a mais. Manchas grossas podem ser retiradas com óleo WD-40, que deve ser borrifado sobre elas. Uma espátula de plástico pode ajudar na remoção. Já as mais superficiais podem ser removidas com álcool isopropílico e uma flanela. O tíner também é eficiente para remover respingos, mas o solvente não deve ser usado em veículos que tenham sido repintados para não danificar a tinta. Para manchas nas janelas, a acetona é uma opção eficiente.
sobretudo
Saiba como tirar respingos de tinta da lataria do veículo DE SÃO PAULO João Furlan, sócio da rede de funilaria ChipsAway, ensina como retirar respingos de tinta da lataria do veículo. * Pigmentos à base de água, como tintas látex, são mais fáceis de ser retirados. Uma opção é limpar a mancha com um produto de polimento aplicado em um pano ou esponja. Tirar tinta spray exige um esforço a mais. Manchas grossas podem ser retiradas com óleo WD-40, que deve ser borrifado sobre elas. Uma espátula de plástico pode ajudar na remoção. Já as mais superficiais podem ser removidas com álcool isopropílico e uma flanela. O tíner também é eficiente para remover respingos, mas o solvente não deve ser usado em veículos que tenham sido repintados para não danificar a tinta. Para manchas nas janelas, a acetona é uma opção eficiente.
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Xuxa entra na brincadeira em vídeo promocional de 'Stranger Things'
Após a aparição de sua própria boneca em um vídeo promocional de "Stranger Things", Xuxa protagoniza outro cômico teaser da série da Netflix, divulgado nesta quinta-feira (4). No vídeo, Eleven (Millie Bobby Brown) sintoniza no programa da apresentadora brasileira durante a leitura das cartinhas enviadas pelos "baixinhos". Xuxa lê a carta de Joyce, personagem de Winona Ryder, que pede ajuda na busca por seu filho desaparecido, Will. "Vish, gente, será que ela comprou a minha boneca?", pergunta Xuxa, após ler um trecho em que Joyce fala que coisas estranhas passaram a acontecer em sua casa. A apresentadora pede para que informações sobre o paradeiro do garoto sejam enviadas à caixa-postal do programa, que, não coincidentemente inclui o nome da personagem que assiste ao programa, antes do que é considerado o número do diabo. Ao final, ela ainda dispara: "Quem quer ouvir o meu disquinho ao contrário?", fazendo referência às especulações de mensagens subliminares escondidas nas gravações da também cantora. Vídeo de 'Stranger Things'
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Xuxa entra na brincadeira em vídeo promocional de 'Stranger Things'Após a aparição de sua própria boneca em um vídeo promocional de "Stranger Things", Xuxa protagoniza outro cômico teaser da série da Netflix, divulgado nesta quinta-feira (4). No vídeo, Eleven (Millie Bobby Brown) sintoniza no programa da apresentadora brasileira durante a leitura das cartinhas enviadas pelos "baixinhos". Xuxa lê a carta de Joyce, personagem de Winona Ryder, que pede ajuda na busca por seu filho desaparecido, Will. "Vish, gente, será que ela comprou a minha boneca?", pergunta Xuxa, após ler um trecho em que Joyce fala que coisas estranhas passaram a acontecer em sua casa. A apresentadora pede para que informações sobre o paradeiro do garoto sejam enviadas à caixa-postal do programa, que, não coincidentemente inclui o nome da personagem que assiste ao programa, antes do que é considerado o número do diabo. Ao final, ela ainda dispara: "Quem quer ouvir o meu disquinho ao contrário?", fazendo referência às especulações de mensagens subliminares escondidas nas gravações da também cantora. Vídeo de 'Stranger Things'
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Orientalíssimo: Intifooda: disputa por comida em NY
Um vendedor de comida kosher -ou seja, que seja adequada às normas de alimentação judaicas- se aproxima da região do Rockefeller Center, em Manhattan, com seu carrinho. Comerciantes egípcios, já ali desde há algum tempo, lhe impedem de instalar-se no ... Leia post completo no blog
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Orientalíssimo: Intifooda: disputa por comida em NYUm vendedor de comida kosher -ou seja, que seja adequada às normas de alimentação judaicas- se aproxima da região do Rockefeller Center, em Manhattan, com seu carrinho. Comerciantes egípcios, já ali desde há algum tempo, lhe impedem de instalar-se no ... Leia post completo no blog
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Professora que apoiou ocupações tenta cargo de vereadora
KELLY MANTOVANI DA AGÊNCIA MURAL Pelas ruas da Brasilândia, zona norte, a professora Flávia Bischain, 31, candidata a vereadora pelo PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado), é conhecida pela militância na educação e nos direitos dos trabalhadores. Seguindo os passos da mãe, Sonia Bischain, 59, fotógrafa e ex-militante petista, Flávia começou cedo na política, ainda nos tempos de ensino médio em um grêmio estudantil. "Fizemos várias movimentações, como a luta contra a ação violenta da polícia nas escolas e um plano de livre comércio dos Estados Unidos para as Américas que poderia aumentar a dívida pública do país. Foi nessa época de secundarista que conheci o PSTU", diz. Em 2005, ingressou no curso de Ciências Sociais na UEL (Universidade Estadual de Londrina) no Paraná. Continuou como ativista, fez reivindicações na direção do diretório regional dos estudantes e foi uma das fundadoras da Anel (Assembleia Nacional dos Estudantes Livre) no Estado. De volta a São Paulo, em 2011, prestou concurso para ser professora do Estado e começou a dar aulas onde nasceu e cresceu, na Brasilândia. Desde então, além de trabalhar para atender às demandas do bairro, atua em defesa da educação e dos direitos trabalhistas. É membro do Conselho de Educação da Apeoesp (sindicato dos professores). Nas eleições passadas, em 2014, a docente candidatou-se a deputada estadual e obteve 2.000 votos. Apesar da posição de candidata, ela não leva os alunos para fazer campanha. O interesse em participar da política, segundo Bischain, vem dos alunos que desejam conhecer mais sobre a história do bairro e a vida comunitária. "Tento sempre lidar com problemas que os alunos têm no dia a dia e eles gostam bastante", afirma. Em novembro de 2015, apoiou os estudantes na ocupação da Escola Estadual Martin Egídio Damy, que fica no bairro. À época, as escolas estaduais teriam redução no tamanho das turmas de ensino médio. Hoje, alguns deles são militantes do partido e outros se tornaram simpatizantes de sua campanha. Se eleita, Bischain pretende investir no lazer, cultura e prevenção contra enchentes. Ela quer construir pistas de skate, mais praças, centros culturais e fazer uma manutenção contínua nos piscinões. Sem tempo para apresentar as propostas no horário eleitoral, Bischain vai às ruas com a mãe, Sonia, falar sobre o bairro e temas nacionais, como reforma trabalhista, escola sem partido, entre outros."Vemos as eleições como uma forma de discutir mais a política, independente da quantidade de votos", ressalta.
poder
Professora que apoiou ocupações tenta cargo de vereadoraKELLY MANTOVANI DA AGÊNCIA MURAL Pelas ruas da Brasilândia, zona norte, a professora Flávia Bischain, 31, candidata a vereadora pelo PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado), é conhecida pela militância na educação e nos direitos dos trabalhadores. Seguindo os passos da mãe, Sonia Bischain, 59, fotógrafa e ex-militante petista, Flávia começou cedo na política, ainda nos tempos de ensino médio em um grêmio estudantil. "Fizemos várias movimentações, como a luta contra a ação violenta da polícia nas escolas e um plano de livre comércio dos Estados Unidos para as Américas que poderia aumentar a dívida pública do país. Foi nessa época de secundarista que conheci o PSTU", diz. Em 2005, ingressou no curso de Ciências Sociais na UEL (Universidade Estadual de Londrina) no Paraná. Continuou como ativista, fez reivindicações na direção do diretório regional dos estudantes e foi uma das fundadoras da Anel (Assembleia Nacional dos Estudantes Livre) no Estado. De volta a São Paulo, em 2011, prestou concurso para ser professora do Estado e começou a dar aulas onde nasceu e cresceu, na Brasilândia. Desde então, além de trabalhar para atender às demandas do bairro, atua em defesa da educação e dos direitos trabalhistas. É membro do Conselho de Educação da Apeoesp (sindicato dos professores). Nas eleições passadas, em 2014, a docente candidatou-se a deputada estadual e obteve 2.000 votos. Apesar da posição de candidata, ela não leva os alunos para fazer campanha. O interesse em participar da política, segundo Bischain, vem dos alunos que desejam conhecer mais sobre a história do bairro e a vida comunitária. "Tento sempre lidar com problemas que os alunos têm no dia a dia e eles gostam bastante", afirma. Em novembro de 2015, apoiou os estudantes na ocupação da Escola Estadual Martin Egídio Damy, que fica no bairro. À época, as escolas estaduais teriam redução no tamanho das turmas de ensino médio. Hoje, alguns deles são militantes do partido e outros se tornaram simpatizantes de sua campanha. Se eleita, Bischain pretende investir no lazer, cultura e prevenção contra enchentes. Ela quer construir pistas de skate, mais praças, centros culturais e fazer uma manutenção contínua nos piscinões. Sem tempo para apresentar as propostas no horário eleitoral, Bischain vai às ruas com a mãe, Sonia, falar sobre o bairro e temas nacionais, como reforma trabalhista, escola sem partido, entre outros."Vemos as eleições como uma forma de discutir mais a política, independente da quantidade de votos", ressalta.
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Mulher acusada de dar veneno a filho e marido se entrega à polícia
A mulher acusada de dar veneno para ratos para um filho e o marido, Cristiane Coelho, 41, se entregou à polícia na tarde desta sexta-feira (8), em Fortaleza. A prisão preventiva dela foi decretada na terça-feira (5) e ela era considerada foragida desde esta manhã. Cristiane se apresentou na 3ª Vara do Júri de Fortaleza, onde corre o processo. Em seguida, passou por exame de corpo de delito e foi levada à Decap (Delegacia de Captura). De lá, será encaminhada para o DIP (Departamento de Inteligência Policial), no centro da capital cearense. Segundo o delegado Wilder Brito, que conduziu as investigações, Cristiane ficará sozinha em uma cela, já que tem formação superior, em educação física. ENTENDA O CASO Cristiane Coelho responde na Justiça por tentativa de homicídio do marido, o subtenente do Exército Francileudo Bezerra Severino, 45, e homicídio do filho deles Lewdo Coelho Severido, 9. Segundo investigação da polícia e denúncia da Promotoria, a mulher colocou veneno de rato, conhecido como chumbinho, em um sorvete de morango oferecido ao filho e em uma taça de vinho do marido. A criança morreu e o marido foi hospitalizado, mas sobreviveu. A Justiça do Ceará aceitou a denúncia e Cristiane se tornou ré –não é considerada culpada, mas será julgada pelo caso. Na terça-feira, a juíza Daniela da Rocha, da 3ª Vara do Júri de Fortaleza, também ordenou a quebra de sigilo dos e-mails de Cristiane e de Francileudo e de seus perfis nas redes sociais, no período de julho de 2013 a janeiro de 2015. O objetivo é identificar se houve coautoria do crime. Os dados serão repassados à Polícia Civil. O advogado de Cristiane, Paulo Quezado, não atendeu as ligações da reportagem.
cotidiano
Mulher acusada de dar veneno a filho e marido se entrega à políciaA mulher acusada de dar veneno para ratos para um filho e o marido, Cristiane Coelho, 41, se entregou à polícia na tarde desta sexta-feira (8), em Fortaleza. A prisão preventiva dela foi decretada na terça-feira (5) e ela era considerada foragida desde esta manhã. Cristiane se apresentou na 3ª Vara do Júri de Fortaleza, onde corre o processo. Em seguida, passou por exame de corpo de delito e foi levada à Decap (Delegacia de Captura). De lá, será encaminhada para o DIP (Departamento de Inteligência Policial), no centro da capital cearense. Segundo o delegado Wilder Brito, que conduziu as investigações, Cristiane ficará sozinha em uma cela, já que tem formação superior, em educação física. ENTENDA O CASO Cristiane Coelho responde na Justiça por tentativa de homicídio do marido, o subtenente do Exército Francileudo Bezerra Severino, 45, e homicídio do filho deles Lewdo Coelho Severido, 9. Segundo investigação da polícia e denúncia da Promotoria, a mulher colocou veneno de rato, conhecido como chumbinho, em um sorvete de morango oferecido ao filho e em uma taça de vinho do marido. A criança morreu e o marido foi hospitalizado, mas sobreviveu. A Justiça do Ceará aceitou a denúncia e Cristiane se tornou ré –não é considerada culpada, mas será julgada pelo caso. Na terça-feira, a juíza Daniela da Rocha, da 3ª Vara do Júri de Fortaleza, também ordenou a quebra de sigilo dos e-mails de Cristiane e de Francileudo e de seus perfis nas redes sociais, no período de julho de 2013 a janeiro de 2015. O objetivo é identificar se houve coautoria do crime. Os dados serão repassados à Polícia Civil. O advogado de Cristiane, Paulo Quezado, não atendeu as ligações da reportagem.
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Pesquisador diz que plano energético de Donald Trump é 'equivocado'
A política de energia de Donald Trump promete fazer do futuro uma realidade, mas poderá levar o país ao passado. Essa é a avaliação de John Mathews, professor de inovação e estratégia na Macquarie University, em Sydney. Em entrevista à Folha, ele afirma que o plano de Trump de se concentrar em fontes de energia como petróleo, gás e carvão, minimizando os riscos geopolíticos da dependência externa, pode acabar entregando a liderança global a seu inimigo declarado: a China. O pesquisador australiano é autor do livro "Global Green Shift: When Ceres Meets Gaia" (Transição Verde Global: Quando Ceres Encontra Gaia, editora Anthem Press), ainda não lançado no Brasil. * Folha - Trump prometeu salvar a indústria de carvão, aumentar a produção de recursos fósseis e acabar com regulamentações ambientais. O que há de errado nesse plano? John Mathews - Não existe qualquer chance de Trump tornar a América grande novamente se ignorar a transição verde que já está acontecendo em outros países. A mudança para um paradigma de energia limpa é o segredo para a liderança industrial no futuro. O país que menosprezar a fabricação de energia renovável dá as costas para uma nova fase do capitalismo industrial. O que ganha um Estado ao estimular a transição verde? Em primeiro lugar, recursos fósseis limitam o crescimento. Não por serem fontes esgotáveis, mas pelas questões geopolíticas e ambientais. Veja o caso de países superpopulosos como China e Índia. Se quiserem continuar crescendo sob um paradigma de energia tradicional, terão que arcar com os custos de poluição e de segurança militar. Em segundo lugar, a transição verde significa que o país fabrica sua própria energia. E aumenta a competitividade industrial. Quais países avançaram na transição energética? Há o caso da Alemanha e especialmente dos países emergentes, incluindo o Brasil. Atualmente, a China lidera essa corrida. O país tem as taxas mais elevadas em termos de investimentos, capacidade instalada e produção de equipamentos de energia renovável. É um caso bem-sucedido de parceria público-privada, com direção estatal e bancos estatais de desenvolvimento. Além de desenvolver o setor, a China avançou no que eu chamo de mineração urbana, reutilizando o descarte de outras indústrias e setores. Petróleo e segurança internacional se confundem com a hegemonia americana. Mesmo que ignorar a transição verde seja ceder a vez na inovação industrial, pode-se entender a opção pela importância da geopolítica para o status quo dos EUA? Você pode ver a questão por esse lado, mas ainda assim é miopia estratégica. A China estava na vanguarda da inovação tecnológica e das expedições marítimas até que a dinastia Ming optou pelo isolacionismo no século 14. Este erro abriu o mundo à Europa e impôs à China séculos de humilhação e atraso. Os EUA podem estar cometendo o mesmo erro e, se Trump adotar uma doutrina isolacionista, pode entregar a liderança global à China, especialmente no que diz respeito à energia.
mundo
Pesquisador diz que plano energético de Donald Trump é 'equivocado'A política de energia de Donald Trump promete fazer do futuro uma realidade, mas poderá levar o país ao passado. Essa é a avaliação de John Mathews, professor de inovação e estratégia na Macquarie University, em Sydney. Em entrevista à Folha, ele afirma que o plano de Trump de se concentrar em fontes de energia como petróleo, gás e carvão, minimizando os riscos geopolíticos da dependência externa, pode acabar entregando a liderança global a seu inimigo declarado: a China. O pesquisador australiano é autor do livro "Global Green Shift: When Ceres Meets Gaia" (Transição Verde Global: Quando Ceres Encontra Gaia, editora Anthem Press), ainda não lançado no Brasil. * Folha - Trump prometeu salvar a indústria de carvão, aumentar a produção de recursos fósseis e acabar com regulamentações ambientais. O que há de errado nesse plano? John Mathews - Não existe qualquer chance de Trump tornar a América grande novamente se ignorar a transição verde que já está acontecendo em outros países. A mudança para um paradigma de energia limpa é o segredo para a liderança industrial no futuro. O país que menosprezar a fabricação de energia renovável dá as costas para uma nova fase do capitalismo industrial. O que ganha um Estado ao estimular a transição verde? Em primeiro lugar, recursos fósseis limitam o crescimento. Não por serem fontes esgotáveis, mas pelas questões geopolíticas e ambientais. Veja o caso de países superpopulosos como China e Índia. Se quiserem continuar crescendo sob um paradigma de energia tradicional, terão que arcar com os custos de poluição e de segurança militar. Em segundo lugar, a transição verde significa que o país fabrica sua própria energia. E aumenta a competitividade industrial. Quais países avançaram na transição energética? Há o caso da Alemanha e especialmente dos países emergentes, incluindo o Brasil. Atualmente, a China lidera essa corrida. O país tem as taxas mais elevadas em termos de investimentos, capacidade instalada e produção de equipamentos de energia renovável. É um caso bem-sucedido de parceria público-privada, com direção estatal e bancos estatais de desenvolvimento. Além de desenvolver o setor, a China avançou no que eu chamo de mineração urbana, reutilizando o descarte de outras indústrias e setores. Petróleo e segurança internacional se confundem com a hegemonia americana. Mesmo que ignorar a transição verde seja ceder a vez na inovação industrial, pode-se entender a opção pela importância da geopolítica para o status quo dos EUA? Você pode ver a questão por esse lado, mas ainda assim é miopia estratégica. A China estava na vanguarda da inovação tecnológica e das expedições marítimas até que a dinastia Ming optou pelo isolacionismo no século 14. Este erro abriu o mundo à Europa e impôs à China séculos de humilhação e atraso. Os EUA podem estar cometendo o mesmo erro e, se Trump adotar uma doutrina isolacionista, pode entregar a liderança global à China, especialmente no que diz respeito à energia.
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Safra brasileira em Berlim viaja no tempo e no espaço
É Tiradentes, o mártir da Inconfidência, quem lidera a considerável invasão brasileira nesta edição do Festival de Berlim. O personagem histórico é protagonista de "Joaquim", longa dirigido pelo pernambucano Marcelo Gomes que está na competição principal do evento. Além da cinebiografia, outros 11 títulos brasileiros compõem a programação, mas espalhados em mostras paralelas à da disputa pelo Urso de Ouro. Ao todo, são nove longas e três curtas-metragens. Em quantidade, trata-se da melhor edição para o Brasil nos últimos 30 anos. Em 2015 também havia 12 títulos nacionais, mas 4 em uma mostra paralela dedicada a produções indígenas do continente, o que deu um "empurrãozinho temático" ao país. A profusão tem a ver com o investimento em coproduções internacionais, situação de seis dos nove longas. "Os filmes já nascem conectados com possibilidades lá fora", diz Eduardo Valente, ex-assessor internacional da Ancine e hoje delegado do cinema brasileiro na Berlinale. Valente também destaca a existência de editais públicos voltados à experimentação, o que casa com os gostos da mostra alemã. "Berlim é muito conectado politicamente com causas latentes e produções de países periféricos." Festival Berlim OLHAR HISTÓRICO Da lavra brasileira, a Alemanha vai colher um volume de obras com olhar histórico –caso de "Vazante", de Daniela Thomas, ambientado na mesma Minas escravocrata de "Joaquim"– ou que escarafuncham rincões até hoje isolados, como "Rifle", de Davi Pretto, e "Mulher do Pai", de Cristiane Oliveira, rodados no Rio Grande do Sul. "Estamos em um momento de investigar as entranhas do país, que país somos. Sair dos centros urbanos já muito retratados pode ser um caminho simbólico para isso", diz o carioca Felipe Bragança, diretor de "Não Devore Meu Coração!", que se passa na fronteira com o Paraguai. Na vertente histórica, um expoente é "No Intenso Agora", com o qual João Moreira Salles rompe um hiato de dez anos, desde Santiago (2007). O documentário compila imagens de arquivo dos anos 1960 mundo afora e esboça aproximações ou distanciamentos. O diretor diz que a efervescência do momento atual não pesou no seu longa, que retrata uma época igualmente conturbada. "Aconteceu o contrário. Foram os eventos de 1968 –e, em especial, a luminosa e fugaz intensidade de certos momentos daquele ano– que moldaram a maneira como acompanhei os protestos brasileiros", diz à Folha. Ponta de lança da invasão brasileira, Marcelo Gomes diz que o acirramento político o levou a Tiradentes. "Quando se vai ao psicanalista resolver uma crise, começamos tentando desvendar o passado." CIDADÃO COMUM Gomes cavoucou o caldeirão cultural das Minas Gerais do século 18, em que a "riqueza já estava sendo concentrada numa elite ligada à terra enquanto que a população mista estava alijada disso". Para retratar Tiradentes (papel de Júlio Machado), o cineasta diz ter buscado se afastar da interpretação ufanista ou messiânica desse personagem histórico de que direita e esquerda, cada uma a seu modo, se apropriaram. "Não queria o herói, mas o cidadão comum, que convivia naquele caldo cultural e que teve a consciência política amadurecida." Com delegação expressiva e numa mostra politizada, atos como o da equipe de "Aquarius" em Cannes devem se repetir. Davi Pretto, de "Rifle", por exemplo, foi um dos que puxaram o coro de "Fora, Temer" no Festival de Brasília, em setembro passado. Gomes afirma que o assunto tem sido discutido entre os cineastas brasileiros, mas prefere não detalhar. "Joaquim" compete pelo Urso de Ouro contra 17 outros filmes, incluindo "Una Mujer Fantástica", do chileno Sebastián Lelio, "The Other Side of Hope", do finlandês Aki Kaurismäki, e "The Party", da inglesa Sally Potter. Também fazem parte da programação "Logan", novo episódio do super-herói Wolverine, e "T2 Trainspotting", continuação do filme de Danny Boyle, 20 anos mais tarde.
ilustrada
Safra brasileira em Berlim viaja no tempo e no espaçoÉ Tiradentes, o mártir da Inconfidência, quem lidera a considerável invasão brasileira nesta edição do Festival de Berlim. O personagem histórico é protagonista de "Joaquim", longa dirigido pelo pernambucano Marcelo Gomes que está na competição principal do evento. Além da cinebiografia, outros 11 títulos brasileiros compõem a programação, mas espalhados em mostras paralelas à da disputa pelo Urso de Ouro. Ao todo, são nove longas e três curtas-metragens. Em quantidade, trata-se da melhor edição para o Brasil nos últimos 30 anos. Em 2015 também havia 12 títulos nacionais, mas 4 em uma mostra paralela dedicada a produções indígenas do continente, o que deu um "empurrãozinho temático" ao país. A profusão tem a ver com o investimento em coproduções internacionais, situação de seis dos nove longas. "Os filmes já nascem conectados com possibilidades lá fora", diz Eduardo Valente, ex-assessor internacional da Ancine e hoje delegado do cinema brasileiro na Berlinale. Valente também destaca a existência de editais públicos voltados à experimentação, o que casa com os gostos da mostra alemã. "Berlim é muito conectado politicamente com causas latentes e produções de países periféricos." Festival Berlim OLHAR HISTÓRICO Da lavra brasileira, a Alemanha vai colher um volume de obras com olhar histórico –caso de "Vazante", de Daniela Thomas, ambientado na mesma Minas escravocrata de "Joaquim"– ou que escarafuncham rincões até hoje isolados, como "Rifle", de Davi Pretto, e "Mulher do Pai", de Cristiane Oliveira, rodados no Rio Grande do Sul. "Estamos em um momento de investigar as entranhas do país, que país somos. Sair dos centros urbanos já muito retratados pode ser um caminho simbólico para isso", diz o carioca Felipe Bragança, diretor de "Não Devore Meu Coração!", que se passa na fronteira com o Paraguai. Na vertente histórica, um expoente é "No Intenso Agora", com o qual João Moreira Salles rompe um hiato de dez anos, desde Santiago (2007). O documentário compila imagens de arquivo dos anos 1960 mundo afora e esboça aproximações ou distanciamentos. O diretor diz que a efervescência do momento atual não pesou no seu longa, que retrata uma época igualmente conturbada. "Aconteceu o contrário. Foram os eventos de 1968 –e, em especial, a luminosa e fugaz intensidade de certos momentos daquele ano– que moldaram a maneira como acompanhei os protestos brasileiros", diz à Folha. Ponta de lança da invasão brasileira, Marcelo Gomes diz que o acirramento político o levou a Tiradentes. "Quando se vai ao psicanalista resolver uma crise, começamos tentando desvendar o passado." CIDADÃO COMUM Gomes cavoucou o caldeirão cultural das Minas Gerais do século 18, em que a "riqueza já estava sendo concentrada numa elite ligada à terra enquanto que a população mista estava alijada disso". Para retratar Tiradentes (papel de Júlio Machado), o cineasta diz ter buscado se afastar da interpretação ufanista ou messiânica desse personagem histórico de que direita e esquerda, cada uma a seu modo, se apropriaram. "Não queria o herói, mas o cidadão comum, que convivia naquele caldo cultural e que teve a consciência política amadurecida." Com delegação expressiva e numa mostra politizada, atos como o da equipe de "Aquarius" em Cannes devem se repetir. Davi Pretto, de "Rifle", por exemplo, foi um dos que puxaram o coro de "Fora, Temer" no Festival de Brasília, em setembro passado. Gomes afirma que o assunto tem sido discutido entre os cineastas brasileiros, mas prefere não detalhar. "Joaquim" compete pelo Urso de Ouro contra 17 outros filmes, incluindo "Una Mujer Fantástica", do chileno Sebastián Lelio, "The Other Side of Hope", do finlandês Aki Kaurismäki, e "The Party", da inglesa Sally Potter. Também fazem parte da programação "Logan", novo episódio do super-herói Wolverine, e "T2 Trainspotting", continuação do filme de Danny Boyle, 20 anos mais tarde.
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Vazio por muitos anos
RIO DE JANEIRO - Muitas imagens sobre a tragédia do avião que caiu com a delegação da Chapecoense nos acompanharão para sempre. Para mim, é particularmente tocante a do fotógrafo Nelson Almeida, da Agência France-Presse, mostrando o menino com a camisa do clube, sozinho, sentado à arquibancada da Arena Condá, em Chapecó, poucas horas depois de a notícia tomar o mundo. Foi foto de primeira página do "Globo" e de vários jornais estrangeiros na quarta-feira (30). Soube-se depois que se chama Richard e tem sete anos. Todos nós, homens, jovens, maduros ou idosos que, um dia, tivemos a idade dele e aprendemos a amar um clube, podemos entender o peso de seu desamparo. Já nos sentimos assim quando nosso time perdeu um campeonato com o gol do adversário aos 44 do segundo tempo do jogo final. A vida estancou, morreu, ficou sem sentido. Ninguém sofre mais com uma derrota do que uma criança —porque ainda não teve tempo para assimilar a grande lição do futebol, que é a de nos ensinar a perder. Mas, para nossa sorte, dali a semanas ou meses, vinha mais um campeonato e, com ele, a esperança ou certeza de novas vitórias e conquistas. O pequeno torcedor da Chapecoense que se vê na foto não terá esse conforto. Seu clube não vai acabar (e pode-se dizer agora que não acabará nunca), mas "aquela" Chapecoense —dos gols de Bruno Rangel, das defesas de Danilo, dos passes de Cleber Santana— não existe mais. A dois passos da glória de um título continental, nunca se saberá se teria sido campeã. A festa que a cidade preparava para comemorá-la não acontecerá. O menino levará esse vazio por muitos anos, talvez para sempre. E serão necessárias muitas gerações para que, aos olhos das futuras crianças de Chapecó, o dia 29/11/2016 seja só uma página num livro de história.
colunas
Vazio por muitos anosRIO DE JANEIRO - Muitas imagens sobre a tragédia do avião que caiu com a delegação da Chapecoense nos acompanharão para sempre. Para mim, é particularmente tocante a do fotógrafo Nelson Almeida, da Agência France-Presse, mostrando o menino com a camisa do clube, sozinho, sentado à arquibancada da Arena Condá, em Chapecó, poucas horas depois de a notícia tomar o mundo. Foi foto de primeira página do "Globo" e de vários jornais estrangeiros na quarta-feira (30). Soube-se depois que se chama Richard e tem sete anos. Todos nós, homens, jovens, maduros ou idosos que, um dia, tivemos a idade dele e aprendemos a amar um clube, podemos entender o peso de seu desamparo. Já nos sentimos assim quando nosso time perdeu um campeonato com o gol do adversário aos 44 do segundo tempo do jogo final. A vida estancou, morreu, ficou sem sentido. Ninguém sofre mais com uma derrota do que uma criança —porque ainda não teve tempo para assimilar a grande lição do futebol, que é a de nos ensinar a perder. Mas, para nossa sorte, dali a semanas ou meses, vinha mais um campeonato e, com ele, a esperança ou certeza de novas vitórias e conquistas. O pequeno torcedor da Chapecoense que se vê na foto não terá esse conforto. Seu clube não vai acabar (e pode-se dizer agora que não acabará nunca), mas "aquela" Chapecoense —dos gols de Bruno Rangel, das defesas de Danilo, dos passes de Cleber Santana— não existe mais. A dois passos da glória de um título continental, nunca se saberá se teria sido campeã. A festa que a cidade preparava para comemorá-la não acontecerá. O menino levará esse vazio por muitos anos, talvez para sempre. E serão necessárias muitas gerações para que, aos olhos das futuras crianças de Chapecó, o dia 29/11/2016 seja só uma página num livro de história.
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Mundialíssimo: O que você quer saber de verdade?
O quê? O que o quê? O que o que o quê? O que o que o que o quê? Tá, chega. Tudo isso para dizer que, alguns meses depois de começarmos este Mundialíssimo projeto, tenho me perguntado quais são as ... Leia post completo no blog
mundo
Mundialíssimo: O que você quer saber de verdade?O quê? O que o quê? O que o que o quê? O que o que o que o quê? Tá, chega. Tudo isso para dizer que, alguns meses depois de começarmos este Mundialíssimo projeto, tenho me perguntado quais são as ... Leia post completo no blog
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Conheça empresas em São Paulo que fazem limpeza de sofás
DE SÃO PAULO Veja, a seguir, uma lista de empresas em São Paulo que oferecem o serviço de limpeza de sofás. * DR. LAVA TUDO Faz limpeza "semi" seca, com xampu e pouca água. O serviço dura cerca de uma hora e meia e é feito na casa do cliente. A partir de R$ 159; (11) 3003-0164 ou drlavatudo.com. TM HIPER LIMP Faz a higienização de sofás com xampu, antiácaros e perfume na residência do cliente. A partir de R$ 200; (11) 2379-8618 ou lavagemdesofas.com.br. HOUSE SHINE Oferece lavagem completa e higienização antialérgica. Limpeza realizada de forma "semi" seca, com pouca água. A partir de R$ 199; (11) 2626-7345 ou houseshine.com.br. NATUREZA E LIMPEZA Faz a limpeza com produtos derivados de casca de laranja, sem componentes químicos. A partir de R$ 230; (11) 4171-1991 ou naturezaelimpeza.com.br. MAXI CLEAN DO BRASIL Aplicam produtos para remover ácaros, mofo, odor e sujeiras do tecido do sofá. Serviço em domicílio. A partir de R$ 220 (três lugares); (11) 5565-1030 ou maxiclean.com.br. * Veja outras edições do Quem Procura Acha: Livros para manter a casa em ordem Empresas que limpam calhas Oficinas especializadas em escapamento Aplicativos que oferecem serviço de lavagem de carro Empresas que fazem limpeza de caixa d'água Onde trabalhar usando wi-fi gratuito em SP Empresas que fazem jardins verticais em apartamentos Endereços para reparo rápido na lataria do carro Oficinas que fazem reparo de retrovisores Empresas que consertam faróis e lanternas Empresas que fazem limpeza residencial pesada Empresas que fazem serviço de cromação de rodas, peças e acessórios Cursos sobre economia e negócios a distância em universidades Instituições com cursos sobre técnicas de negociação Oficinas especializadas no reparo de rodas Empresas em SP que instalam película antivandalismo em vidros de carros Oficinas que fazem restauração de carros antigos Empresas que fazem lavagem de carro a seco
sobretudo
Conheça empresas em São Paulo que fazem limpeza de sofás DE SÃO PAULO Veja, a seguir, uma lista de empresas em São Paulo que oferecem o serviço de limpeza de sofás. * DR. LAVA TUDO Faz limpeza "semi" seca, com xampu e pouca água. O serviço dura cerca de uma hora e meia e é feito na casa do cliente. A partir de R$ 159; (11) 3003-0164 ou drlavatudo.com. TM HIPER LIMP Faz a higienização de sofás com xampu, antiácaros e perfume na residência do cliente. A partir de R$ 200; (11) 2379-8618 ou lavagemdesofas.com.br. HOUSE SHINE Oferece lavagem completa e higienização antialérgica. Limpeza realizada de forma "semi" seca, com pouca água. A partir de R$ 199; (11) 2626-7345 ou houseshine.com.br. NATUREZA E LIMPEZA Faz a limpeza com produtos derivados de casca de laranja, sem componentes químicos. A partir de R$ 230; (11) 4171-1991 ou naturezaelimpeza.com.br. MAXI CLEAN DO BRASIL Aplicam produtos para remover ácaros, mofo, odor e sujeiras do tecido do sofá. Serviço em domicílio. A partir de R$ 220 (três lugares); (11) 5565-1030 ou maxiclean.com.br. * Veja outras edições do Quem Procura Acha: Livros para manter a casa em ordem Empresas que limpam calhas Oficinas especializadas em escapamento Aplicativos que oferecem serviço de lavagem de carro Empresas que fazem limpeza de caixa d'água Onde trabalhar usando wi-fi gratuito em SP Empresas que fazem jardins verticais em apartamentos Endereços para reparo rápido na lataria do carro Oficinas que fazem reparo de retrovisores Empresas que consertam faróis e lanternas Empresas que fazem limpeza residencial pesada Empresas que fazem serviço de cromação de rodas, peças e acessórios Cursos sobre economia e negócios a distância em universidades Instituições com cursos sobre técnicas de negociação Oficinas especializadas no reparo de rodas Empresas em SP que instalam película antivandalismo em vidros de carros Oficinas que fazem restauração de carros antigos Empresas que fazem lavagem de carro a seco
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Aventureira britânica desaparece no rio Solimões no Amazonas
Uma aventureira britânica de 43 anos, que viajava em um caiaque pelo rio Solimões, está desaparecida desde a última quarta-feira (13). Ela sumiu em uma região entre as cidades de Coari e Codajás, no Amazonas. No dia do desaparecimento da britânica, uma empresa acionou à noite o 9º Distrito Naval para avisar que o localizador de emergência dela tinha sido acionado. Horas após receber a informação, uma aeronave decolou ao amanhecer para começar o reconhecimento da área onde ela desapareceu. Desde o desaparecimento da canoísta, equipes de busca e salvamento da Marinha e dos bombeiros fazem buscas na região com aeronaves, lanchas e um navio. Eles também prestam apoio logístico aos agentes da Polícia Civil e Militar que embarcam a partir de Codajás. Na última sexta (15), as equipes localizaram com ajuda de ribeirinhos um caiaque abandonado em um banco de areia no rio Solimões, na região onde a atleta desapareceu. A pequena embarcação foi entregue à à Polícia Civil, de acordo com a Marinha. Até a manhã desta terça-feira (19), a mulher ainda não tinha sido localizada. VIAGEM A britânica tem relatado nas redes sociais e em um blog os detalhes da sua viagem solitária de caiaque pelo rio Amazonas, que começou em Iquique, no Peru. No blog, a mulher escreveu no dia 9 de agosto que gostaria de ver o quanto poderia ir longe pelo rio "sem suporte e sem ajuda". Na mesma postagem ela admitiu que encontraria dificuldades potenciais, mas que não tem arrependimentos. A canoísta chegou a postar uma piada no dia 10 direcionada a alguém que tentou fazê-la desistir da aventura. "Em Coari ou perto (a 100 quilômetros acima do rio) meu barco será roubado e eu serei assassinada. Legal", escreveu. Um dia antes de sumir, a britânica relatou ter visto de 50 a 30 homens em barcos com "flechas e rifles". A mensagem estava acompanhada de emojis rindo da situação. Uma pessoa comentou o post dizendo que ainda bem que ela "tem um bom senso de humor" em uma situação assustadora. A última postagem feita pela aventureira foi uma frase aparentemente inacabada, na madrugada do dia que ela desapareceu. "Uma mudança dramática em apenas um dia, mas o rio é assim mesmo. Cada quilômetro é diferente, e só porque uma área é ruim não significa que..."
cotidiano
Aventureira britânica desaparece no rio Solimões no AmazonasUma aventureira britânica de 43 anos, que viajava em um caiaque pelo rio Solimões, está desaparecida desde a última quarta-feira (13). Ela sumiu em uma região entre as cidades de Coari e Codajás, no Amazonas. No dia do desaparecimento da britânica, uma empresa acionou à noite o 9º Distrito Naval para avisar que o localizador de emergência dela tinha sido acionado. Horas após receber a informação, uma aeronave decolou ao amanhecer para começar o reconhecimento da área onde ela desapareceu. Desde o desaparecimento da canoísta, equipes de busca e salvamento da Marinha e dos bombeiros fazem buscas na região com aeronaves, lanchas e um navio. Eles também prestam apoio logístico aos agentes da Polícia Civil e Militar que embarcam a partir de Codajás. Na última sexta (15), as equipes localizaram com ajuda de ribeirinhos um caiaque abandonado em um banco de areia no rio Solimões, na região onde a atleta desapareceu. A pequena embarcação foi entregue à à Polícia Civil, de acordo com a Marinha. Até a manhã desta terça-feira (19), a mulher ainda não tinha sido localizada. VIAGEM A britânica tem relatado nas redes sociais e em um blog os detalhes da sua viagem solitária de caiaque pelo rio Amazonas, que começou em Iquique, no Peru. No blog, a mulher escreveu no dia 9 de agosto que gostaria de ver o quanto poderia ir longe pelo rio "sem suporte e sem ajuda". Na mesma postagem ela admitiu que encontraria dificuldades potenciais, mas que não tem arrependimentos. A canoísta chegou a postar uma piada no dia 10 direcionada a alguém que tentou fazê-la desistir da aventura. "Em Coari ou perto (a 100 quilômetros acima do rio) meu barco será roubado e eu serei assassinada. Legal", escreveu. Um dia antes de sumir, a britânica relatou ter visto de 50 a 30 homens em barcos com "flechas e rifles". A mensagem estava acompanhada de emojis rindo da situação. Uma pessoa comentou o post dizendo que ainda bem que ela "tem um bom senso de humor" em uma situação assustadora. A última postagem feita pela aventureira foi uma frase aparentemente inacabada, na madrugada do dia que ela desapareceu. "Uma mudança dramática em apenas um dia, mas o rio é assim mesmo. Cada quilômetro é diferente, e só porque uma área é ruim não significa que..."
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Casa Folha na Flip promove debates sobre jornalismo, arte e história
A Folha vai promover durante a Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), de 1º a 5 de julho, uma série de debates e lançamentos de livros. Nesta edição do evento literário, a Casa Folha vai ocupar um imóvel na rua do Comércio, nº 8, no centro histórico da cidade. A programação é gratuita e traz conversas com colunistas da Folha e escritores. Esta é a quinta vez em que o jornal terá um espaço com programação gratuita na festa literária. A Folha é parceira oficial de mídia da Flip. Na casa haverá uma livraria que venderá coleções da Folha, livros da Publifolha e do Três Estrelas (selo editorial do Grupo Folha). A casa também terá exposição fotográfica de reportagens da Folha, exemplares gratuitos do jornal para frequentadores e oferecimento de café Melitta. O artista plástico Renato Koledic vai expor seus trabalhos e fará caricaturas do público que visitar o local, de quinta a sábado. À noite, haverá música ao vivo. A primeira atividade da programação, às 10h30 do dia 2/7 (quinta), será um bate-papo com Carlos Heitor Cony, um dos principais escritores vivos do país, autor de "Pilatos" e "Quase Memória", entre outros romances. O mediador da conversa será Sérgio Dávila, editor-executivo da Folha. No mesmo dia, às 14h30, o jornalista Bernardo Mello Franco e Guilherme Boulos conversam sobre a crise política brasileira. Na sexta (3/7), Luiz Felipe Pondé fala sobre a cultura do narcisismo. Em seguida, autografa seu novo livro, "Os Dez Mandamentos (+Um)" (Três Estrelas), no qual analisa cada um dos mandamentos e sugere um novo, sobre o pessimismo, inspirado nos textos de Kafka. Às 14h30, a questão das drogas será debatida pelo historiador Jean Marcel França e Ilona Szabó, da Comissão Global de Políticas sobre Drogas, órgão da ONU. Logo depois França autografa o livro "História da Maconha no Brasil" (Três Estrelas). No mesmo dia haverá uma conversa sobre história entre a antropóloga Lilia Moritz Schwarcz e o jornalista Roberto Pompeu de Toledo. Lilia publicou em maio, em parceria com a historiadora Heloisa Murgel Starling, "Brasil: Uma Biografia" (Companhia das Letras). No mesmo mês Pompeu lançou "A Capital da Vertigem - Uma História de São Paulo de 1900 a 1954" (Objetiva). No sábado (4/7), às 14h30, Demétrio Magnoli aborda a posição do Brasil no mundo. Em seguida, autografa "A Hora e a História" (Três Estrelas), reunião com textos publicados na Folha, no "Globo" e no "Estado de S. Paulo". CONFIRA PROGRAMAÇÃO GRATUITA QUINTA (2/7) 10h30 - 11h30 A Arte do Romance Carlos Heitor Cony - escritor e colunista da Folha Mediação - Sérgio Dávila, editor-executivo da Folha 14h30 - 15h30 A Democracia Inacabada Bernardo Mello Franco - colunista da Folha Guilherme Boulos - líder sem-teto e colunista da Folha Mediação - Fernando Canzian, repórter especial da Folha 17h - 18h Uma Colunista Social nos Bastidores da Política Mônica Bergamo - colunista da Folha Mediação - Sérgio Dávila SEXTA (3/7) 10h30 - 11h30 A Cultura do Narcisismo Luiz Felipe Pondé - filósofo e colunista da Folha Mediação - Fernando Canzian 14h30 - 15h30 História da Maconha no Brasil Jean Marcel França - historiador e professor da Unesp Ilona Szabó - Comissão Global de Políticas sobre Drogas, órgão da ONU Mediação - Teté Ribeiro, editora da "Serafina" 18h - 19h Olhares da História Lilia Moritz Schwarcz - antro-póloga e professora da USP Roberto Pompeu de Toledo - jornalista, colunista da "Veja" Mediação - Sylvia Colombo, repórter especial da Folha SÁBADO (4/7) 10h30 - 11h30 Cinema e Literatura Inácio Araujo - crítico de cinema da Folha Mediação - André Barcinski, jornalista e autor de "Pavões Misteriosos" (Três Estrelas) 14h30 - 15h30 O Lugar do Brasil no Mundo, Hoje Demétrio Magnoli - sociólogo e colunista da Folha Mediação - Fernando Canzian 17h - 18h O Papel da Crítica Literária em Tempos de Internet Beatriz Sarlo - crítica literária argentina Mediação - Sylvia Colombo
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Casa Folha na Flip promove debates sobre jornalismo, arte e históriaA Folha vai promover durante a Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), de 1º a 5 de julho, uma série de debates e lançamentos de livros. Nesta edição do evento literário, a Casa Folha vai ocupar um imóvel na rua do Comércio, nº 8, no centro histórico da cidade. A programação é gratuita e traz conversas com colunistas da Folha e escritores. Esta é a quinta vez em que o jornal terá um espaço com programação gratuita na festa literária. A Folha é parceira oficial de mídia da Flip. Na casa haverá uma livraria que venderá coleções da Folha, livros da Publifolha e do Três Estrelas (selo editorial do Grupo Folha). A casa também terá exposição fotográfica de reportagens da Folha, exemplares gratuitos do jornal para frequentadores e oferecimento de café Melitta. O artista plástico Renato Koledic vai expor seus trabalhos e fará caricaturas do público que visitar o local, de quinta a sábado. À noite, haverá música ao vivo. A primeira atividade da programação, às 10h30 do dia 2/7 (quinta), será um bate-papo com Carlos Heitor Cony, um dos principais escritores vivos do país, autor de "Pilatos" e "Quase Memória", entre outros romances. O mediador da conversa será Sérgio Dávila, editor-executivo da Folha. No mesmo dia, às 14h30, o jornalista Bernardo Mello Franco e Guilherme Boulos conversam sobre a crise política brasileira. Na sexta (3/7), Luiz Felipe Pondé fala sobre a cultura do narcisismo. Em seguida, autografa seu novo livro, "Os Dez Mandamentos (+Um)" (Três Estrelas), no qual analisa cada um dos mandamentos e sugere um novo, sobre o pessimismo, inspirado nos textos de Kafka. Às 14h30, a questão das drogas será debatida pelo historiador Jean Marcel França e Ilona Szabó, da Comissão Global de Políticas sobre Drogas, órgão da ONU. Logo depois França autografa o livro "História da Maconha no Brasil" (Três Estrelas). No mesmo dia haverá uma conversa sobre história entre a antropóloga Lilia Moritz Schwarcz e o jornalista Roberto Pompeu de Toledo. Lilia publicou em maio, em parceria com a historiadora Heloisa Murgel Starling, "Brasil: Uma Biografia" (Companhia das Letras). No mesmo mês Pompeu lançou "A Capital da Vertigem - Uma História de São Paulo de 1900 a 1954" (Objetiva). No sábado (4/7), às 14h30, Demétrio Magnoli aborda a posição do Brasil no mundo. Em seguida, autografa "A Hora e a História" (Três Estrelas), reunião com textos publicados na Folha, no "Globo" e no "Estado de S. Paulo". CONFIRA PROGRAMAÇÃO GRATUITA QUINTA (2/7) 10h30 - 11h30 A Arte do Romance Carlos Heitor Cony - escritor e colunista da Folha Mediação - Sérgio Dávila, editor-executivo da Folha 14h30 - 15h30 A Democracia Inacabada Bernardo Mello Franco - colunista da Folha Guilherme Boulos - líder sem-teto e colunista da Folha Mediação - Fernando Canzian, repórter especial da Folha 17h - 18h Uma Colunista Social nos Bastidores da Política Mônica Bergamo - colunista da Folha Mediação - Sérgio Dávila SEXTA (3/7) 10h30 - 11h30 A Cultura do Narcisismo Luiz Felipe Pondé - filósofo e colunista da Folha Mediação - Fernando Canzian 14h30 - 15h30 História da Maconha no Brasil Jean Marcel França - historiador e professor da Unesp Ilona Szabó - Comissão Global de Políticas sobre Drogas, órgão da ONU Mediação - Teté Ribeiro, editora da "Serafina" 18h - 19h Olhares da História Lilia Moritz Schwarcz - antro-póloga e professora da USP Roberto Pompeu de Toledo - jornalista, colunista da "Veja" Mediação - Sylvia Colombo, repórter especial da Folha SÁBADO (4/7) 10h30 - 11h30 Cinema e Literatura Inácio Araujo - crítico de cinema da Folha Mediação - André Barcinski, jornalista e autor de "Pavões Misteriosos" (Três Estrelas) 14h30 - 15h30 O Lugar do Brasil no Mundo, Hoje Demétrio Magnoli - sociólogo e colunista da Folha Mediação - Fernando Canzian 17h - 18h O Papel da Crítica Literária em Tempos de Internet Beatriz Sarlo - crítica literária argentina Mediação - Sylvia Colombo
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Com baladas, escola de música e bloco, cresce cena inspirada na cultura cigana
Cerca de 500 pessoas dançam ao ritmo do "derbak" (instrumento de percussão de origem árabe). É a Caravana Cigana, festa que acontece bimensalmente no Centro Cultural Rio Verde, na Vila Madalena, em São Paulo. As baladas temáticas, que aconteciam de forma esporádica na cidade, estão cada vez mais populares. "As últimas festas bombaram no Rio Verde", diz o músico Guga Stroeter, sócio do centro cultural. Stroeter diz que se surpreendeu. "É uma música que não está nas rádios, difícil de tocar e quase impossível de dançar. Mas as pessoas dançam loucamente." Mesmo sem saber o que cantava, o público fazia coro para repetir refrões em romani (língua cigana da Europa central e oriental) e dançar ao som de grupos como Grand Bazaar e Orkestra Bandida, na última festa de 2014, em 28/11. Criada em 2013, a Grand Bazaar surgiu do desejo de levar o som cigano às baladas. "Algo que vimos bastante quando fomos à Europa, há uns três anos", conta André Vac, 25, que canta, toca guitarra, bandolim e rabeca no grupo. O músico Gabriel Levy, 49, credita parte do sucesso das festas a fantasias sobre essa cultura. "O que rola é um mito de que cigano é livre, mas na verdade ele é mais tradicionalista do que libertário." Levy integra o Mawaca, que há 19 anos faz "música de povos nômades", e o Mutrib, com dez anos de pesquisa em música dos Balcãs. Outra figura frequente nas festas ciganas, Guilherme Fogagnoli, 34, o DJ Kid, dá uma pegada eletrônica à música dos Balcãs. Kid criou um estilo próprio, o 'carinbalkan', que é a junção do carimbó, dança de roda criada no Pará, e a música dos Balcãs. Até o Carnaval já ganhou um bloco típico, o "Ciga-nos", criado em 2014. O próximo desfile está marcado para 7 de fevereiro (veja ao lado). FAZENDO ESCOLA Hoje, quem se interessa pela música cigana tem onde estudar. Criada em 2010, a Fundação Tarab se mostrou um celeiro de músicos e bandas –Grand Bazaar, Orkestra Bandida, Yaquin Ensemble, entre outros, passaram pela casa. Seu idealizador, Mario Aphonso III, 50, estudou com mestres turcos e se especializou em música oriental. Juliano Abramovay, 26, um dos músicos formados na Tarab, começou a se interessar pelo ritmo há quatro anos, em uma viagem à Turquia. Hoje, integra três grupos com essa temática: Grand Bazaar, Orkestra Bandida e Yaqin Ensemble. POR AÍ Onde escutar, dançar e aprender os ritmos ciganos Ciga-nos O autointitulado "bloco de carnaval mais cigano do Brasil" fará seu primeiro desfile de 2015 no dia 7/2. A concentração será às 16h na praça Roosevelt, em São Paulo Caravana Cigana A festa realizada a cada dois meses no Centro Cultural Rio Verde, na Vila Madalena, reúne bandas nacionais que tocam músicas ciganas, dos bálcãs e étnicas em geral –rola até dança do ventre. A programação de 2015 ainda não saiu Venga, Venga! O coletivo com discotecagem a partir de ritmos ciganos, apresentação de bandas e muita gente fantasiada. Em 22/1, o grupo estará no Festival de Verão de Salvador. As festas em São Paulo devem voltar depois do Carnaval, e não têm local fixo –são anunciadas na página Venga, Venga! no Facebook Cursos: Fundação Tarab A escola em São Paulo oferece de iniciação em estilos tradicionais, aulas com instrumentos típicos e história da música oriental, entre outros. Informações pelo telefone (11) 3021-3408 ou pelo e-mail [email protected]
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Com baladas, escola de música e bloco, cresce cena inspirada na cultura ciganaCerca de 500 pessoas dançam ao ritmo do "derbak" (instrumento de percussão de origem árabe). É a Caravana Cigana, festa que acontece bimensalmente no Centro Cultural Rio Verde, na Vila Madalena, em São Paulo. As baladas temáticas, que aconteciam de forma esporádica na cidade, estão cada vez mais populares. "As últimas festas bombaram no Rio Verde", diz o músico Guga Stroeter, sócio do centro cultural. Stroeter diz que se surpreendeu. "É uma música que não está nas rádios, difícil de tocar e quase impossível de dançar. Mas as pessoas dançam loucamente." Mesmo sem saber o que cantava, o público fazia coro para repetir refrões em romani (língua cigana da Europa central e oriental) e dançar ao som de grupos como Grand Bazaar e Orkestra Bandida, na última festa de 2014, em 28/11. Criada em 2013, a Grand Bazaar surgiu do desejo de levar o som cigano às baladas. "Algo que vimos bastante quando fomos à Europa, há uns três anos", conta André Vac, 25, que canta, toca guitarra, bandolim e rabeca no grupo. O músico Gabriel Levy, 49, credita parte do sucesso das festas a fantasias sobre essa cultura. "O que rola é um mito de que cigano é livre, mas na verdade ele é mais tradicionalista do que libertário." Levy integra o Mawaca, que há 19 anos faz "música de povos nômades", e o Mutrib, com dez anos de pesquisa em música dos Balcãs. Outra figura frequente nas festas ciganas, Guilherme Fogagnoli, 34, o DJ Kid, dá uma pegada eletrônica à música dos Balcãs. Kid criou um estilo próprio, o 'carinbalkan', que é a junção do carimbó, dança de roda criada no Pará, e a música dos Balcãs. Até o Carnaval já ganhou um bloco típico, o "Ciga-nos", criado em 2014. O próximo desfile está marcado para 7 de fevereiro (veja ao lado). FAZENDO ESCOLA Hoje, quem se interessa pela música cigana tem onde estudar. Criada em 2010, a Fundação Tarab se mostrou um celeiro de músicos e bandas –Grand Bazaar, Orkestra Bandida, Yaquin Ensemble, entre outros, passaram pela casa. Seu idealizador, Mario Aphonso III, 50, estudou com mestres turcos e se especializou em música oriental. Juliano Abramovay, 26, um dos músicos formados na Tarab, começou a se interessar pelo ritmo há quatro anos, em uma viagem à Turquia. Hoje, integra três grupos com essa temática: Grand Bazaar, Orkestra Bandida e Yaqin Ensemble. POR AÍ Onde escutar, dançar e aprender os ritmos ciganos Ciga-nos O autointitulado "bloco de carnaval mais cigano do Brasil" fará seu primeiro desfile de 2015 no dia 7/2. A concentração será às 16h na praça Roosevelt, em São Paulo Caravana Cigana A festa realizada a cada dois meses no Centro Cultural Rio Verde, na Vila Madalena, reúne bandas nacionais que tocam músicas ciganas, dos bálcãs e étnicas em geral –rola até dança do ventre. A programação de 2015 ainda não saiu Venga, Venga! O coletivo com discotecagem a partir de ritmos ciganos, apresentação de bandas e muita gente fantasiada. Em 22/1, o grupo estará no Festival de Verão de Salvador. As festas em São Paulo devem voltar depois do Carnaval, e não têm local fixo –são anunciadas na página Venga, Venga! no Facebook Cursos: Fundação Tarab A escola em São Paulo oferece de iniciação em estilos tradicionais, aulas com instrumentos típicos e história da música oriental, entre outros. Informações pelo telefone (11) 3021-3408 ou pelo e-mail [email protected]
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Israel resgata do Nepal 26 bebês de mães de aluguel
O governo de Israel vai resgatar 26 bebês recém-nascidos de barriga de aluguel no Nepal e quatro grávidas nepalesas que alugaram seus úteros a israelenses, na maioria casais gays. Nos últimos dois dias já foram levados para Israel oito dos bebês, após o violento terremoto no sábado (25) que deixou mais de 4.000 mortos. Na noite de segunda (27), outros 12 recém-nascidos e seus pais israelenses embarcariam em um avião de resgate. Desde que a Índia endureceu as regras para os estrangeiros que querem ter filhos de barriga de aluguel, o Nepal virou uma meca para gays e solteiros israelenses em busca do serviço. Há mais de cem mulheres nepalesas e indianas em Katmandu grávidas de filhos de israelenses. No procedimento, após a inseminação artificial utilizando o esperma do pai e o óvulo da mãe ou de uma doadora, implanta-se o embrião no útero da "mãe de aluguel". "As pessoas não se dão conta do alcance da destruição", disse à Associated Press o cantor israelense Ohad Hitman, que estava em um avião de resgate com seu parceiro Ran Harush, seu filho de dois anos, Barry, e a recém-nascida Eva. "Há dezenas de outros bebês vivendo em condições desumanas." Só uma agência de barriga de aluguel baseada em Tel Aviv, a Lotus Surrogacy, teve 20 nascimentos de bebês de barriga de aluguel no Nepal desde janeiro do ano passado, todos comissionados por pais solteiros ou casais gays. Editoria Arte/Folha O processo de barriga de aluguel é permitido em Israel, mas apenas para casais heterossexuais, embora um projeto de lei que ampliará o acesso esteja tramitando. A Índia era o principal destino para casais com dificuldades para engravidar ou solteiros que gostariam de ter filhos com ajuda de barriga de aluguel. Mas, a partir de 2012, o governo indiano passou a dar vistos apenas a casais heterossexuais casados há mais de dois anos no papel. O governo também passou a exigir uma carta das embaixadas atestando que o país de origem do casal aceita a prática de barriga de aluguel e permite a entrada do bebê como filho biológico. Agora, está em discussão uma lei que pode impossibilitar qualquer estrangeiro de buscar serviços de barriga de aluguel na Índia, reservando o serviço para casais heterossexuais indianos. Diante das dificuldades, algumas mães de aluguel indianas vão até o Nepal dar à luz. No Nepal, o governo permite que estrangeiros busquem mães de aluguel e facilita a documentação para saída dos bebês, argumentando que isso estimula o turismo médico no país. Normalmente, o processo custa em torno de US$ 20 mil no país, bem abaixo do custo nos EUA, onde ultrapassa os US$ 100 mil. AS MÃES QUE FICAM A operação de resgate dos pais e bebês israelenses no Nepal despertou críticas. "Tenho visto grande preocupação com a remoção de pais israelenses e seus bebês da área, pelo temor de tremores secundários, e pressões para acelerar o processo burocrático que permite trazer os bebês para Israel; mas não vi nenhuma palavra sobre o que vai acontecer com as mães de aluguel que acabaram de dar à luz", escreveu o ativista social Alon Lee-Green no jornal israelense Haaretz. O ministro da Justiça israelense, Yehuda Weinstein, autorizou mães de aluguel em avançado estágio da gestação a viajarem para Israel. Entre as cem mães de aluguel de bebês israelenses em Katmandu, 20 estão na fase final de gestação, mas não se sabe o que vai acontecer com as outras 80. Israel mandou uma equipe de emergência de 260 pessoas para o Nepal, além de 95 toneladas de ajuda humanitária e equipamentos médicos, entre eles instalações para partos.
mundo
Israel resgata do Nepal 26 bebês de mães de aluguelO governo de Israel vai resgatar 26 bebês recém-nascidos de barriga de aluguel no Nepal e quatro grávidas nepalesas que alugaram seus úteros a israelenses, na maioria casais gays. Nos últimos dois dias já foram levados para Israel oito dos bebês, após o violento terremoto no sábado (25) que deixou mais de 4.000 mortos. Na noite de segunda (27), outros 12 recém-nascidos e seus pais israelenses embarcariam em um avião de resgate. Desde que a Índia endureceu as regras para os estrangeiros que querem ter filhos de barriga de aluguel, o Nepal virou uma meca para gays e solteiros israelenses em busca do serviço. Há mais de cem mulheres nepalesas e indianas em Katmandu grávidas de filhos de israelenses. No procedimento, após a inseminação artificial utilizando o esperma do pai e o óvulo da mãe ou de uma doadora, implanta-se o embrião no útero da "mãe de aluguel". "As pessoas não se dão conta do alcance da destruição", disse à Associated Press o cantor israelense Ohad Hitman, que estava em um avião de resgate com seu parceiro Ran Harush, seu filho de dois anos, Barry, e a recém-nascida Eva. "Há dezenas de outros bebês vivendo em condições desumanas." Só uma agência de barriga de aluguel baseada em Tel Aviv, a Lotus Surrogacy, teve 20 nascimentos de bebês de barriga de aluguel no Nepal desde janeiro do ano passado, todos comissionados por pais solteiros ou casais gays. Editoria Arte/Folha O processo de barriga de aluguel é permitido em Israel, mas apenas para casais heterossexuais, embora um projeto de lei que ampliará o acesso esteja tramitando. A Índia era o principal destino para casais com dificuldades para engravidar ou solteiros que gostariam de ter filhos com ajuda de barriga de aluguel. Mas, a partir de 2012, o governo indiano passou a dar vistos apenas a casais heterossexuais casados há mais de dois anos no papel. O governo também passou a exigir uma carta das embaixadas atestando que o país de origem do casal aceita a prática de barriga de aluguel e permite a entrada do bebê como filho biológico. Agora, está em discussão uma lei que pode impossibilitar qualquer estrangeiro de buscar serviços de barriga de aluguel na Índia, reservando o serviço para casais heterossexuais indianos. Diante das dificuldades, algumas mães de aluguel indianas vão até o Nepal dar à luz. No Nepal, o governo permite que estrangeiros busquem mães de aluguel e facilita a documentação para saída dos bebês, argumentando que isso estimula o turismo médico no país. Normalmente, o processo custa em torno de US$ 20 mil no país, bem abaixo do custo nos EUA, onde ultrapassa os US$ 100 mil. AS MÃES QUE FICAM A operação de resgate dos pais e bebês israelenses no Nepal despertou críticas. "Tenho visto grande preocupação com a remoção de pais israelenses e seus bebês da área, pelo temor de tremores secundários, e pressões para acelerar o processo burocrático que permite trazer os bebês para Israel; mas não vi nenhuma palavra sobre o que vai acontecer com as mães de aluguel que acabaram de dar à luz", escreveu o ativista social Alon Lee-Green no jornal israelense Haaretz. O ministro da Justiça israelense, Yehuda Weinstein, autorizou mães de aluguel em avançado estágio da gestação a viajarem para Israel. Entre as cem mães de aluguel de bebês israelenses em Katmandu, 20 estão na fase final de gestação, mas não se sabe o que vai acontecer com as outras 80. Israel mandou uma equipe de emergência de 260 pessoas para o Nepal, além de 95 toneladas de ajuda humanitária e equipamentos médicos, entre eles instalações para partos.
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Outro Canal: Nova novela das 19h vai da favela a Nova York
De Paraisópolis (zona sul de São Paulo) a Nova York (EUA). A equipe de produção e os atores da próxima novela das 19h da Globo, "I Love Paraisópolis" estão viajando muito. Atores como Bruna Marquezine e Tatá Werneck enfrentaram um ... Leia post completo no blog
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Outro Canal: Nova novela das 19h vai da favela a Nova YorkDe Paraisópolis (zona sul de São Paulo) a Nova York (EUA). A equipe de produção e os atores da próxima novela das 19h da Globo, "I Love Paraisópolis" estão viajando muito. Atores como Bruna Marquezine e Tatá Werneck enfrentaram um ... Leia post completo no blog
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Medicina na UFRN tem pontuação de 868,98, a mais alta no Sisu para curso
A nota de corte para ingressar em um curso de medicina chegou a 868,98 após o primeiro dia de inscrições no Sisu (Sistema de Seleção Unificada) de início de ano. O sistema on-line oferece vagas em instituições públicas de todo o país e tem como único critério o desempenho do estudante no Enem 2014 e que não receberam nota zero na redação. As inscrições poderão ser feitas até o dia 22 de janeiro. Nesta terça-feira (20), é possível visualizar as primeiras notas de corte dos cursos cadastrados –ao todo, são 5.631 cursos de 128 instituições. Entre as 70 graduações de medicina, a da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), no campus Caicó, tem a pontuação mais alta (868,98), seguida da federal do Pará (858,13) e da Universidade de Brasília (826,54). As notas consideram a disputa da ampla concorrência –como prevê a lei de cotas, universidades e institutos federais destinam parte das vagas a estudantes de escolas públicas. A pontuação pode variar até o último dia de inscrições no sistema, na próxima quinta-feira (22). Até lá, o estudante pode mudar suas escolhas quantas vezes desejar. Diariamente, o MEC atualiza a pontuação dos cursos. Em São Paulo, a UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) é a única a disponibilizar vagas de medicina no Sisu. O curso tem um total de 40 vagas e, neste momento, tem nota de corte de 778,56. A menor nota de corte em medicina é de 723,96, na graduação da Unemat (Universidade do Estado de Mato Grosso), no campus de Cáceres. Ao todo, o Sisu do início de ano oferece 205,5 mil vagas, em 128 instituições públicas do país. Ao contrário das edições anteriores, haverá apenas uma única chamada. O estudante pode ainda manifestar interesse em participar de lista de espera -o que deve ser feito entre 26 de janeiro e 6 de fevereiro. A matrícula na instituição de ensino superior ocorrerá nos dias 30 de janeiro, 2 e 3 de fevereiro. No balanço divulgado pelo MEC, na noite desta terça, a maior nota de corte é apontada como a do curso de direito da UFF (Universidade Federal Fluminense), com 827,37 pontos. Isso ocorre porque o ministério contabiliza as universidades que utilizam apenas a nota do Sisu no processo de seleção. Ao considerar as universidades que utilizam bônus e outras formas de seleção o curso de medicina da UFRN tem a pontuação mais alta, com 868,98. COTAS Neste primeiro dia, a diferença de desempenho entre cotistas e não cotistas no curso de medicina ficou, na grande maioria dos casos, abaixo de 10%. A graduação na UFRN foi justamente a que registrou maior discrepância: enquanto a ampla concorrência tem nota de corte de 868,98, a pontuação mínima necessária para ingresso de estudantes de escolas públicas com renda familiar bruta per capita de até 1,5 salário mínimo (R$ 1.182) ficou em 681,54 (diferença de 21,5%). Ao mesmo tempo, duas graduações apresentam nota de corte para determinado grupo de cotistas superior à da ampla concorrência. É o caso de medicina na UFBA (federal da Bahia), onde a nota de corte da ampla concorrência, que disputa 34 das 60 vagas cadastradas, é de 776,22. Ao mesmo tempo, as duas vagas destinadas a estudantes de escolas públicas, independentemente da renda, aparecem com nota de corte de 780,83.
educacao
Medicina na UFRN tem pontuação de 868,98, a mais alta no Sisu para cursoA nota de corte para ingressar em um curso de medicina chegou a 868,98 após o primeiro dia de inscrições no Sisu (Sistema de Seleção Unificada) de início de ano. O sistema on-line oferece vagas em instituições públicas de todo o país e tem como único critério o desempenho do estudante no Enem 2014 e que não receberam nota zero na redação. As inscrições poderão ser feitas até o dia 22 de janeiro. Nesta terça-feira (20), é possível visualizar as primeiras notas de corte dos cursos cadastrados –ao todo, são 5.631 cursos de 128 instituições. Entre as 70 graduações de medicina, a da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), no campus Caicó, tem a pontuação mais alta (868,98), seguida da federal do Pará (858,13) e da Universidade de Brasília (826,54). As notas consideram a disputa da ampla concorrência –como prevê a lei de cotas, universidades e institutos federais destinam parte das vagas a estudantes de escolas públicas. A pontuação pode variar até o último dia de inscrições no sistema, na próxima quinta-feira (22). Até lá, o estudante pode mudar suas escolhas quantas vezes desejar. Diariamente, o MEC atualiza a pontuação dos cursos. Em São Paulo, a UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) é a única a disponibilizar vagas de medicina no Sisu. O curso tem um total de 40 vagas e, neste momento, tem nota de corte de 778,56. A menor nota de corte em medicina é de 723,96, na graduação da Unemat (Universidade do Estado de Mato Grosso), no campus de Cáceres. Ao todo, o Sisu do início de ano oferece 205,5 mil vagas, em 128 instituições públicas do país. Ao contrário das edições anteriores, haverá apenas uma única chamada. O estudante pode ainda manifestar interesse em participar de lista de espera -o que deve ser feito entre 26 de janeiro e 6 de fevereiro. A matrícula na instituição de ensino superior ocorrerá nos dias 30 de janeiro, 2 e 3 de fevereiro. No balanço divulgado pelo MEC, na noite desta terça, a maior nota de corte é apontada como a do curso de direito da UFF (Universidade Federal Fluminense), com 827,37 pontos. Isso ocorre porque o ministério contabiliza as universidades que utilizam apenas a nota do Sisu no processo de seleção. Ao considerar as universidades que utilizam bônus e outras formas de seleção o curso de medicina da UFRN tem a pontuação mais alta, com 868,98. COTAS Neste primeiro dia, a diferença de desempenho entre cotistas e não cotistas no curso de medicina ficou, na grande maioria dos casos, abaixo de 10%. A graduação na UFRN foi justamente a que registrou maior discrepância: enquanto a ampla concorrência tem nota de corte de 868,98, a pontuação mínima necessária para ingresso de estudantes de escolas públicas com renda familiar bruta per capita de até 1,5 salário mínimo (R$ 1.182) ficou em 681,54 (diferença de 21,5%). Ao mesmo tempo, duas graduações apresentam nota de corte para determinado grupo de cotistas superior à da ampla concorrência. É o caso de medicina na UFBA (federal da Bahia), onde a nota de corte da ampla concorrência, que disputa 34 das 60 vagas cadastradas, é de 776,22. Ao mesmo tempo, as duas vagas destinadas a estudantes de escolas públicas, independentemente da renda, aparecem com nota de corte de 780,83.
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Astrologia
Lua nova em Escorpião abre temporada de desafios políticos mais intensos. ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Começa hoje novo mês lunar. Este se concentra mais do que nunca no seu campo financeiro e no tema da transformação pessoal também. Com a Lua nova, dê a partida em projetos que tenham a ver com um amplo leque de mudanças pessoais. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Relacionamentos –como andam os seus? A Lua nova em Escorpião traz a chance de rever e renovar seus vínculos. Ela começa hoje, propondo uma retomada dos que tem propósito, onde a lealdade e a firmeza estejam presentes. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Da saúde aos animais domésticos, passando por suas tarefas de trabalho, seus assistentes e subalternos, a lunação de hoje traz para o primeiro plano o microcosmo de sua vida. Nada melhor do que aproveitar o embalo e rever tudo isso! CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) Novos ares para os amores, uma nova paixão talvez, ou quem sabe um filho a caminho? Pois a Lua nova em Escorpião de hoje brinda os cancerianos com uma dose alta de fertilidade e de romance! Seu magnetismo também vai aumentar... LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Assuntos de família entram para o primeiro plano a partir da Lua nova em Escorpião, que ocorre hoje. Por quatro semanas, as relações familiares, os imóveis, o passado etc. exigirão sua atenção, convocando emoções mais profundas. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Já pensou em estudar ou investigar um tema relacionado a seu trabalho, ou a um interesse pessoal? Com a lunação em Escorpião, você tem semanas ótimas para se dedicar a descobertas, pesquisas e investigações. Bons contatos também! LIBRA (23 set. a 22 out.) Tempo de rever seus investimentos, melhorar seu rendimento mensal e fazer um plano mais seguro no campo financeiro. Seu dinheiro pode aumentar ou diminuir de acordo com o bom uso de seus instintos e sabedoria. A hora é agora. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) É no seu signo que acontece a Lua nova deste mês. Sinal claríssimo para você investir mais e melhor em seus assuntos particulares: perseguir com garra um sonho secreto, reivindicar mais espaço... Aparência, saúde, apresentação também merecem atenção! SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Com a Lua nova em Escorpião de hoje começa o período mais intenso de mudanças internas profundas. Ninguém enxerga, mas você sente e muito. Momentos de descarte do passado, de desapego e transformação. Para encarar mágoas e dores também. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Amizades e relacionamentos amorosos que comecem agora tem tudo para dar um tom mais colorido e emocionante a sua vida! É a Lua nova em Escorpião, fenômeno amigo para você, promissor e esperançoso em todos os campos da vida. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Se há algo que o mundo espera de você e que está no seu poder realizar é de ser um agente transformador da realidade. Levar sabedoria, propósito a muitos, desvelando mistérios e expondo mazelas. A Lua nova de hoje impulsiona mais ainda! PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Você, querendo mudar de vida, correr mundo, buscar algo intenso, que tenha valor e o faça sentir-se mais vivo: é assim que a lunação em Escorpião embala seus sonhos, traz cismas, intuições, pressentimentos. Leve-os a sério.
ilustrada
AstrologiaLua nova em Escorpião abre temporada de desafios políticos mais intensos. ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Começa hoje novo mês lunar. Este se concentra mais do que nunca no seu campo financeiro e no tema da transformação pessoal também. Com a Lua nova, dê a partida em projetos que tenham a ver com um amplo leque de mudanças pessoais. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Relacionamentos –como andam os seus? A Lua nova em Escorpião traz a chance de rever e renovar seus vínculos. Ela começa hoje, propondo uma retomada dos que tem propósito, onde a lealdade e a firmeza estejam presentes. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Da saúde aos animais domésticos, passando por suas tarefas de trabalho, seus assistentes e subalternos, a lunação de hoje traz para o primeiro plano o microcosmo de sua vida. Nada melhor do que aproveitar o embalo e rever tudo isso! CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) Novos ares para os amores, uma nova paixão talvez, ou quem sabe um filho a caminho? Pois a Lua nova em Escorpião de hoje brinda os cancerianos com uma dose alta de fertilidade e de romance! Seu magnetismo também vai aumentar... LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Assuntos de família entram para o primeiro plano a partir da Lua nova em Escorpião, que ocorre hoje. Por quatro semanas, as relações familiares, os imóveis, o passado etc. exigirão sua atenção, convocando emoções mais profundas. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Já pensou em estudar ou investigar um tema relacionado a seu trabalho, ou a um interesse pessoal? Com a lunação em Escorpião, você tem semanas ótimas para se dedicar a descobertas, pesquisas e investigações. Bons contatos também! LIBRA (23 set. a 22 out.) Tempo de rever seus investimentos, melhorar seu rendimento mensal e fazer um plano mais seguro no campo financeiro. Seu dinheiro pode aumentar ou diminuir de acordo com o bom uso de seus instintos e sabedoria. A hora é agora. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) É no seu signo que acontece a Lua nova deste mês. Sinal claríssimo para você investir mais e melhor em seus assuntos particulares: perseguir com garra um sonho secreto, reivindicar mais espaço... Aparência, saúde, apresentação também merecem atenção! SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Com a Lua nova em Escorpião de hoje começa o período mais intenso de mudanças internas profundas. Ninguém enxerga, mas você sente e muito. Momentos de descarte do passado, de desapego e transformação. Para encarar mágoas e dores também. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Amizades e relacionamentos amorosos que comecem agora tem tudo para dar um tom mais colorido e emocionante a sua vida! É a Lua nova em Escorpião, fenômeno amigo para você, promissor e esperançoso em todos os campos da vida. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Se há algo que o mundo espera de você e que está no seu poder realizar é de ser um agente transformador da realidade. Levar sabedoria, propósito a muitos, desvelando mistérios e expondo mazelas. A Lua nova de hoje impulsiona mais ainda! PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Você, querendo mudar de vida, correr mundo, buscar algo intenso, que tenha valor e o faça sentir-se mais vivo: é assim que a lunação em Escorpião embala seus sonhos, traz cismas, intuições, pressentimentos. Leve-os a sério.
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Perfumado, Alvarinho
Ela é galega. Ela é branca. É perfumada... Antes de haver Espanha e Portugal e suas fronteiras se tocarem no rio Minho, havia a Galícia, que abrangia o noroeste da península. E é por ali que ela floresce. Estamos falando da casta alvarinho –albariño na Espanha, onde fica mais restrita à zona de Rias Baixas; em Portugal, está difundida para além da zona em volta do Minho. Mas é da região dos Vinhos Verdes que vêm sua produção mais significativa. Importante um parêntese sobre o termo "vinho verde". Trata-se de uma denominação de origem, uma região –e não a cor de um vinho. É uma região majoritariamente de brancos, mas tintos, rosés e espumantes também são produzidos. Parêntese feito, esta casta está à vontade ali. Naquela região bonita e verdejante o clima é fresco, regido pela proximidade com o oceano. Um ventinho fresco e úmido enfraquece o rigor do inverno e do verão. O resultado é um lento amadurecimento dos aromas nas uvas, fazendo com que se tornem profundos e extremamente pronunciados. Mais do que galega, espanhola ou portuguesa, a alvarinho é cheirosa, aromática. Ou melhor, seus vinhos o são. Sim, os bons Alvarinhos oferecem mais do que apenas frescor. Um típico Alvarinho tem notas de pera, pêssego, mel, flores brancas. Produtores de estilos mais densos alcançam perfume de amêndoas, folhas frescas... Às vezes uma nota de granito quente, como quando deitamos numa pedra na praia. Um Alvarinho bem-feito nunca passa batido. Mesmo sendo o frescor sua principal nota, tem força e potência de álcool, que aporta firmeza de estrutura e cremosidade, dando equilíbrio para a acidez típica. PORTAL DO FIDALGO 2013 Notas de flores do campo e algo de fermento de pão. Boca muito frutada e expressiva, com uma picadinha alcoólica, mas que não tira seu frescor QUANTO R$ 68 ONDE Casa Flora (tel. 11/2186-7676) ROLAN ALVARINHO CLASSICO 20 Maçã, lichia e flor. Ótima acidez, cremosinho, com um final quase salgado, bem refrescante QUANTO R$ 75 ONDE Adega Alentejana (tel. 11/5044-5760) POEMA SUPERIOR 2010 Estilo maduro, manga e amêndoa. Oleoso, com ótima acidez QUANTO R$ 166 ONDE Casa do Porto (tel. 11/3061-3003) MUROS ANTIGOS ESCOLHA 2012 Temperinho herbal, fresco, maçã e anis delicado e a florzinha do manjericão. Fresco, elegante, mas firme QUANTO R$ 59,80 ONDE Decanter (tel. 11/3702-2020)
colunas
Perfumado, AlvarinhoEla é galega. Ela é branca. É perfumada... Antes de haver Espanha e Portugal e suas fronteiras se tocarem no rio Minho, havia a Galícia, que abrangia o noroeste da península. E é por ali que ela floresce. Estamos falando da casta alvarinho –albariño na Espanha, onde fica mais restrita à zona de Rias Baixas; em Portugal, está difundida para além da zona em volta do Minho. Mas é da região dos Vinhos Verdes que vêm sua produção mais significativa. Importante um parêntese sobre o termo "vinho verde". Trata-se de uma denominação de origem, uma região –e não a cor de um vinho. É uma região majoritariamente de brancos, mas tintos, rosés e espumantes também são produzidos. Parêntese feito, esta casta está à vontade ali. Naquela região bonita e verdejante o clima é fresco, regido pela proximidade com o oceano. Um ventinho fresco e úmido enfraquece o rigor do inverno e do verão. O resultado é um lento amadurecimento dos aromas nas uvas, fazendo com que se tornem profundos e extremamente pronunciados. Mais do que galega, espanhola ou portuguesa, a alvarinho é cheirosa, aromática. Ou melhor, seus vinhos o são. Sim, os bons Alvarinhos oferecem mais do que apenas frescor. Um típico Alvarinho tem notas de pera, pêssego, mel, flores brancas. Produtores de estilos mais densos alcançam perfume de amêndoas, folhas frescas... Às vezes uma nota de granito quente, como quando deitamos numa pedra na praia. Um Alvarinho bem-feito nunca passa batido. Mesmo sendo o frescor sua principal nota, tem força e potência de álcool, que aporta firmeza de estrutura e cremosidade, dando equilíbrio para a acidez típica. PORTAL DO FIDALGO 2013 Notas de flores do campo e algo de fermento de pão. Boca muito frutada e expressiva, com uma picadinha alcoólica, mas que não tira seu frescor QUANTO R$ 68 ONDE Casa Flora (tel. 11/2186-7676) ROLAN ALVARINHO CLASSICO 20 Maçã, lichia e flor. Ótima acidez, cremosinho, com um final quase salgado, bem refrescante QUANTO R$ 75 ONDE Adega Alentejana (tel. 11/5044-5760) POEMA SUPERIOR 2010 Estilo maduro, manga e amêndoa. Oleoso, com ótima acidez QUANTO R$ 166 ONDE Casa do Porto (tel. 11/3061-3003) MUROS ANTIGOS ESCOLHA 2012 Temperinho herbal, fresco, maçã e anis delicado e a florzinha do manjericão. Fresco, elegante, mas firme QUANTO R$ 59,80 ONDE Decanter (tel. 11/3702-2020)
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Grécia reabre bancos para aposentados na quarta, com saque de até 120 euros
A Grécia vai reabrir mil agências bancárias a partir de quarta-feira (1) até o fim da semana para atender a pensionistas que não usam cartão para caixas automáticos, disse nesta terça-feira (30) o Ministério das Finanças. Cada aposentado poderá sacar até € 120 nesta semana. Ontem havia circulado a notícia de que os bancos reabririam apenas na quinta-feira. Os bancos devem permanecer fechados para outros serviços até 6 de julho, como parte dos controles de capital adotados esta semana para impedir o colapso do sistema bancário após o Banco Central Europeu ter congelado o suporte financeiro necessário para manter os bancos vivos. Saques automáticos —aos quais muitos dos aposentados não têm acesso— continuam funcionando, mas com restrições para o saque de até 60 euros por dia. O objetivo co controle é evitar que uma corrida aos bancos deteriore a situação do sistema bancário grego. A apreensão sobe no país conforme chega ao fim o prazo para que a Grécia pague uma dívida de 1,6 bilhão de euros ao FMI que vence nesta terça (1h da manhã de quarta no horário de Brasília). Como condição para a liberação de verbas que permitiriam o pagamento ao FMI, credores pressionam a Grécia para que aceite um ajuste de pelo menos € 7,9 bilhões nas contas públicas. Ele focaria em uma profunda reforma na previdência, mais corte de gastos e maior incidência no IVA, o imposto sobre valor agregado. O governo grego resiste em aceitar a medida, e convocou na sexta-feira (26) um plebiscito sobre as propostas que ocorrerá no próximo domingo. O governo grego afirmou na segunda que não pagará a parcela de 1,6 bilhão de euros, mas entrou em negociação com credores nesta terça. O Ministério das Finanças reiterou as garantias de que os depósitos bancários continuarão seguros após o plebiscito.
mercado
Grécia reabre bancos para aposentados na quarta, com saque de até 120 eurosA Grécia vai reabrir mil agências bancárias a partir de quarta-feira (1) até o fim da semana para atender a pensionistas que não usam cartão para caixas automáticos, disse nesta terça-feira (30) o Ministério das Finanças. Cada aposentado poderá sacar até € 120 nesta semana. Ontem havia circulado a notícia de que os bancos reabririam apenas na quinta-feira. Os bancos devem permanecer fechados para outros serviços até 6 de julho, como parte dos controles de capital adotados esta semana para impedir o colapso do sistema bancário após o Banco Central Europeu ter congelado o suporte financeiro necessário para manter os bancos vivos. Saques automáticos —aos quais muitos dos aposentados não têm acesso— continuam funcionando, mas com restrições para o saque de até 60 euros por dia. O objetivo co controle é evitar que uma corrida aos bancos deteriore a situação do sistema bancário grego. A apreensão sobe no país conforme chega ao fim o prazo para que a Grécia pague uma dívida de 1,6 bilhão de euros ao FMI que vence nesta terça (1h da manhã de quarta no horário de Brasília). Como condição para a liberação de verbas que permitiriam o pagamento ao FMI, credores pressionam a Grécia para que aceite um ajuste de pelo menos € 7,9 bilhões nas contas públicas. Ele focaria em uma profunda reforma na previdência, mais corte de gastos e maior incidência no IVA, o imposto sobre valor agregado. O governo grego resiste em aceitar a medida, e convocou na sexta-feira (26) um plebiscito sobre as propostas que ocorrerá no próximo domingo. O governo grego afirmou na segunda que não pagará a parcela de 1,6 bilhão de euros, mas entrou em negociação com credores nesta terça. O Ministério das Finanças reiterou as garantias de que os depósitos bancários continuarão seguros após o plebiscito.
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China retira moradores de área de explosões; mortos passam de 100
Por temores de contaminação química, as autoridades chinesas ordenaram neste sábado (15) a retirada de todos os moradores dentro de um raio de três quilômetros ao redor do epicentro das explosões que atingiram um armazém do porto de Tianjin, no nordeste da China, na quarta-feira (12). Novas pequenas explosões foram registradas neste sábado enquanto equipes que trabalhavam para eliminar perigosas contaminações químicas encontraram mais corpos, elevando para 104 o número de mortos —incluindo ao menos 21 bombeiros. Parentes invadiram uma coletiva do governo para reivindicar mais informações sobre bombeiros que desapareceram no local desde a rápida sucessão de explosões. Além dos mortos e do número incerto de desaparecidos, o desastre em Tianjin, que fica a 120 km a leste de Pequim, deixou 720 feridos. Destes, 25 estão em estado crítico e 33 em estado grave. Também neste sábado, um homem de 50 anos foi resgatado vivo a 50 metros de distância das explosões, segundo a agência oficial. Ele sobreviveu por três dias em um contêiner e sofreu problemas respiratórios. Sua situação é estável. Imagens de TV o mostraram sendo carregado em uma maca por um grupo de soldados usando máscaras de gás. PRODUTOS QUÍMICOS Dois veículos de imprensa chineses, incluindo o estatal "The Paper", informaram que o depósito armazenava 700 toneladas de cianeto de sódio —70 vezes mais do que deveria conter. A substância é um químico tóxico que pode formar um gás inflamável em contato com a água. Autoridades também detectaram no ar o altamente tóxico cianeto de hidrogênio em níveis levemente acima do que é considerado seguro, disse Wen Wurui, funcionário ambiental de Tianjin, ao "The Paper". No entanto, a contaminação, registrada durante a tarde em dois locais, não foi mais detectada no sábado à noite e não deve impactar ninguém na área, disse o jornal. A tragédia levantou questões sobre se químicos perigosos vinham sendo estocados muito perto de áreas residenciais e sobre se os bombeiros desencadearam as explosões possivelmente por não saber que no depósito havia substâncias que se tornam inflamáveis em contato com a água. As grandes explosões de quarta aconteceram cerca de 40 minutos depois do registro de que havia uma incêndio e depois da chegada de vários bombeiros ao local. Chamas foram vistas na área do desastre neste sábado, com o registro de pequenas explosões.
mundo
China retira moradores de área de explosões; mortos passam de 100Por temores de contaminação química, as autoridades chinesas ordenaram neste sábado (15) a retirada de todos os moradores dentro de um raio de três quilômetros ao redor do epicentro das explosões que atingiram um armazém do porto de Tianjin, no nordeste da China, na quarta-feira (12). Novas pequenas explosões foram registradas neste sábado enquanto equipes que trabalhavam para eliminar perigosas contaminações químicas encontraram mais corpos, elevando para 104 o número de mortos —incluindo ao menos 21 bombeiros. Parentes invadiram uma coletiva do governo para reivindicar mais informações sobre bombeiros que desapareceram no local desde a rápida sucessão de explosões. Além dos mortos e do número incerto de desaparecidos, o desastre em Tianjin, que fica a 120 km a leste de Pequim, deixou 720 feridos. Destes, 25 estão em estado crítico e 33 em estado grave. Também neste sábado, um homem de 50 anos foi resgatado vivo a 50 metros de distância das explosões, segundo a agência oficial. Ele sobreviveu por três dias em um contêiner e sofreu problemas respiratórios. Sua situação é estável. Imagens de TV o mostraram sendo carregado em uma maca por um grupo de soldados usando máscaras de gás. PRODUTOS QUÍMICOS Dois veículos de imprensa chineses, incluindo o estatal "The Paper", informaram que o depósito armazenava 700 toneladas de cianeto de sódio —70 vezes mais do que deveria conter. A substância é um químico tóxico que pode formar um gás inflamável em contato com a água. Autoridades também detectaram no ar o altamente tóxico cianeto de hidrogênio em níveis levemente acima do que é considerado seguro, disse Wen Wurui, funcionário ambiental de Tianjin, ao "The Paper". No entanto, a contaminação, registrada durante a tarde em dois locais, não foi mais detectada no sábado à noite e não deve impactar ninguém na área, disse o jornal. A tragédia levantou questões sobre se químicos perigosos vinham sendo estocados muito perto de áreas residenciais e sobre se os bombeiros desencadearam as explosões possivelmente por não saber que no depósito havia substâncias que se tornam inflamáveis em contato com a água. As grandes explosões de quarta aconteceram cerca de 40 minutos depois do registro de que havia uma incêndio e depois da chegada de vários bombeiros ao local. Chamas foram vistas na área do desastre neste sábado, com o registro de pequenas explosões.
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Vídeo mostra helicóptero russo sendo abatido por Estado Islâmico na Síria
Um vídeo divulgado pelo grupo autodenominado Estado Islâmico mostra o que seria um helicóptero russo sendo abatido na Síria. Na última sexta-feira (8), o Ministério de Defesa da Rússia confirmou a morte de dois pilotos após o helicóptero em que estavam ser atacado por militantes do grupo extremista islâmico. "Em 8 de julho, os pilotos instrutores Riafagat Khabibulin e Yevgueni Dolguin faziam uma missão no helicóptero sírio armado Mi-25. Nessa hora, os combatentes da organização Estado Islâmico (EI) lançaram uma ofensiva", informou o órgão por meio de um comunicado. "Os terroristas alcançaram o helicóptero, que caiu em território controlado pela Síria. A tripulação morreu", acrescentou a nota. Com os dois óbitos, sobe para 12 o número de militares russos mortos no conflito na Síria. Em setembro do ano passado, a Rússia iniciou uma ofensiva aérea no país, em apoio ao presidente Bashar al-Assad, seu aliado histórico. A guerra na Síria teve início em 2011 e já deixou pelo menos 400 mil mortos, segundo a ONU. Milhões de pessoas também tiveram de deixar suas casas.
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Vídeo mostra helicóptero russo sendo abatido por Estado Islâmico na SíriaUm vídeo divulgado pelo grupo autodenominado Estado Islâmico mostra o que seria um helicóptero russo sendo abatido na Síria. Na última sexta-feira (8), o Ministério de Defesa da Rússia confirmou a morte de dois pilotos após o helicóptero em que estavam ser atacado por militantes do grupo extremista islâmico. "Em 8 de julho, os pilotos instrutores Riafagat Khabibulin e Yevgueni Dolguin faziam uma missão no helicóptero sírio armado Mi-25. Nessa hora, os combatentes da organização Estado Islâmico (EI) lançaram uma ofensiva", informou o órgão por meio de um comunicado. "Os terroristas alcançaram o helicóptero, que caiu em território controlado pela Síria. A tripulação morreu", acrescentou a nota. Com os dois óbitos, sobe para 12 o número de militares russos mortos no conflito na Síria. Em setembro do ano passado, a Rússia iniciou uma ofensiva aérea no país, em apoio ao presidente Bashar al-Assad, seu aliado histórico. A guerra na Síria teve início em 2011 e já deixou pelo menos 400 mil mortos, segundo a ONU. Milhões de pessoas também tiveram de deixar suas casas.
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Em casa, United goleia o City no clássico de Manchester
Além de ser um dos maiores clássicos da Inglaterra, Manchester United e Manchester City entraram em campo neste domingo (12), pela 32ª rodada do Campeonato Inglês, na briga pela terceira posição da competição. E a equipe do United se deu melhor ao vencer o rival por 4 a 2. Com gols de Ashley Young, Fellaini, Mata e Smalling, o time comandado por Louis Van Gaal chegou aos 65 pontos e assegurou o terceiro lugar nesta rodada. Já o City, que chegou aos gols com Aguero, permaneceu com 61 pontos na quarta colocação, e já vê a vaga para a Liga dos Campeões ameaçada pelo Southampton. Sergio Aguero abriu o placar para os visitantes logo aos 7 min de partida. Sozinho, o atacante recebeu cruzamento e empurrou para o gol. A reação do United não demorou a vir. Aos 13 min, Young aproveitou a sobra de bola dentro da área e empatou o clássico. Ainda no primeiro tempo, Fellaini virou. O meia, em posição de impedimento, ganhou de cabeça para marcar o segundo do United. A equipe de Van Gaal poderia ter feito o terceiro logo no começo da segunda etapa, mas ele veio aos 21 min, com Juan Mata, em posição ilegal. O zagueiro Smalling ainda ampliou, aos 28 min, de cabeça. Já no fim do jogo, Aguero fez mais um para o City dando números finais a partida. Na próxima rodada do Campeonato, o Manchester United enfrenta o Chelsea, fora de casa, no sábado (18). No domingo (19), o Manchester City recebe o West Ham. 32ª rodada do Campeonato Inglês: SÁBADO (11) Swansea City 1x1 Everton Southampton 2x0 Hull City Sunderland 1x4 Crystal Palace Tottenham 0x1 Aston Vila West Bromwich 2x3 Leicester West Ham x Stoke City Burnley 0x1 Arsenal DOMINGO (12) Queens Park Rangers 0x1 Chelsea Manchester United 4x2 Manchester City SEGUNDA (13) Liverpool x Newcastle
esporte
Em casa, United goleia o City no clássico de ManchesterAlém de ser um dos maiores clássicos da Inglaterra, Manchester United e Manchester City entraram em campo neste domingo (12), pela 32ª rodada do Campeonato Inglês, na briga pela terceira posição da competição. E a equipe do United se deu melhor ao vencer o rival por 4 a 2. Com gols de Ashley Young, Fellaini, Mata e Smalling, o time comandado por Louis Van Gaal chegou aos 65 pontos e assegurou o terceiro lugar nesta rodada. Já o City, que chegou aos gols com Aguero, permaneceu com 61 pontos na quarta colocação, e já vê a vaga para a Liga dos Campeões ameaçada pelo Southampton. Sergio Aguero abriu o placar para os visitantes logo aos 7 min de partida. Sozinho, o atacante recebeu cruzamento e empurrou para o gol. A reação do United não demorou a vir. Aos 13 min, Young aproveitou a sobra de bola dentro da área e empatou o clássico. Ainda no primeiro tempo, Fellaini virou. O meia, em posição de impedimento, ganhou de cabeça para marcar o segundo do United. A equipe de Van Gaal poderia ter feito o terceiro logo no começo da segunda etapa, mas ele veio aos 21 min, com Juan Mata, em posição ilegal. O zagueiro Smalling ainda ampliou, aos 28 min, de cabeça. Já no fim do jogo, Aguero fez mais um para o City dando números finais a partida. Na próxima rodada do Campeonato, o Manchester United enfrenta o Chelsea, fora de casa, no sábado (18). No domingo (19), o Manchester City recebe o West Ham. 32ª rodada do Campeonato Inglês: SÁBADO (11) Swansea City 1x1 Everton Southampton 2x0 Hull City Sunderland 1x4 Crystal Palace Tottenham 0x1 Aston Vila West Bromwich 2x3 Leicester West Ham x Stoke City Burnley 0x1 Arsenal DOMINGO (12) Queens Park Rangers 0x1 Chelsea Manchester United 4x2 Manchester City SEGUNDA (13) Liverpool x Newcastle
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Palmeiras, Flamengo e Cruzeiro não têm titulares formados em casa
O Santos gasta R$ 12 milhões por ano nas suas divisões de base e tem três titulares formados em casa. Lucas Veríssimo, Zeca e Thiago Maia nasceram no processo de formação de craques do CT Rei Pelé. Também há Vítor Bueno, contratado por empréstimo quando era sub-23. Virou titular. Por R$ 10 milhões, o Palmeiras comprou 60% do contrato do zagueiro Luan, do Vasco. Há maneiras diferentes de montar times fortes. Quem tem dinheiro compra, quem não tem, forma. O São Paulo calcula gastar mais do que o Santos com seu trabalho de formação: R$ 20 milhões por ano. A venda de David Neres para o Ajax por R$ 38 milhões paga um ano e meio dessa conta. Nas finais dos estaduais e início dos torneios continentais, as duas filosofias colocam-se frente a frente. Dos doze maiores clubes do país, só Palmeiras, Flamengo e Cruzeiro não têm titulares formados em casa. O recorde atual é do Corinthians. Dos onze prováveis escalados hoje, contra o Botafogo, quatro nasceram no Parque São Jorge -Fágner, Arana, Maycon e Jô. Dois deles foram embora e retornaram, mas um terço do elenco profissional cresceu no Tatuapé. Com quatro formados em casa, o time de Fábio Carille sofreu no primeiro tempo contra a Universidad de Chile, quarta-feira, mas jogou bem no segundo e venceu de maneira convincente. Tem uma das defesas mais seguras do país. Dos times da Série A, só o Bahia tem média de gols sofridos menor. O Corinthians não brilha, mas é competitivo. Seu problema é quando o adversário o obriga a ter a posse de bola, como fará o Botafogo hoje à tarde. Com R$ 100 milhões de dívida de curto prazo e um estádio-problema, o que salva é descobrir jogadores. Às vezes, dá mais certo que contratar a peso de ouro. Depende da sorte. O São Paulo iniciou o ano de 1985 dizendo que não tinha dinheiro e o único jeito seria revelar talentos. Naquele janeiro, o Corinthians contratou Serginho e De León, juntou-os a Casagrande, Zenon, Arturzinho e Dunga. A equipe ficou conhecida como SeleTimão -a seleção corintiana. Foi um fiasco. Na história, ficou o time dos Menudos do Morumbi, campeões paulistas daquele ano e brasileiros em 1986. A geração de galácticos do Real Madrid conquistou três Ligas dos Campeões, em 1998, 2000 e 2002. Na segunda metade da década de 2000, seguiu contratando, mas assistiu ao reinado do Barcelona, com oito canteranos titulares na conquista de Wembley, em 2011. O Flamengo gastou R$ 11 milhões para contratar Berrio e a Taça Guanabara foi vencida pelo Fluminense, que gasta R$ 20 milhões na estrutura da base. Não há receita pronta. Mas sabe-se que, no Brasil, um dia o dinheiro vai acabar. O Palmeiras é o mais comprador de hoje. Fala em pagar dívidas e investir na estrutura das divisões de base. Um dia a Crefisa vai embora. É preciso ter tudo pronto para revelar jogadores, quando não for possível comprar no ritmo atual. Maurício Galiotte garante que fará isto, para não repetir o que se passou ao final da era Parmalat, em 2000. O Palmeiras é o time mais caro e candidato a todos os títulos. Os rivais montam times de maneira mais silenciosa. É trabalhoso. Mas pode dar certo.
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Palmeiras, Flamengo e Cruzeiro não têm titulares formados em casaO Santos gasta R$ 12 milhões por ano nas suas divisões de base e tem três titulares formados em casa. Lucas Veríssimo, Zeca e Thiago Maia nasceram no processo de formação de craques do CT Rei Pelé. Também há Vítor Bueno, contratado por empréstimo quando era sub-23. Virou titular. Por R$ 10 milhões, o Palmeiras comprou 60% do contrato do zagueiro Luan, do Vasco. Há maneiras diferentes de montar times fortes. Quem tem dinheiro compra, quem não tem, forma. O São Paulo calcula gastar mais do que o Santos com seu trabalho de formação: R$ 20 milhões por ano. A venda de David Neres para o Ajax por R$ 38 milhões paga um ano e meio dessa conta. Nas finais dos estaduais e início dos torneios continentais, as duas filosofias colocam-se frente a frente. Dos doze maiores clubes do país, só Palmeiras, Flamengo e Cruzeiro não têm titulares formados em casa. O recorde atual é do Corinthians. Dos onze prováveis escalados hoje, contra o Botafogo, quatro nasceram no Parque São Jorge -Fágner, Arana, Maycon e Jô. Dois deles foram embora e retornaram, mas um terço do elenco profissional cresceu no Tatuapé. Com quatro formados em casa, o time de Fábio Carille sofreu no primeiro tempo contra a Universidad de Chile, quarta-feira, mas jogou bem no segundo e venceu de maneira convincente. Tem uma das defesas mais seguras do país. Dos times da Série A, só o Bahia tem média de gols sofridos menor. O Corinthians não brilha, mas é competitivo. Seu problema é quando o adversário o obriga a ter a posse de bola, como fará o Botafogo hoje à tarde. Com R$ 100 milhões de dívida de curto prazo e um estádio-problema, o que salva é descobrir jogadores. Às vezes, dá mais certo que contratar a peso de ouro. Depende da sorte. O São Paulo iniciou o ano de 1985 dizendo que não tinha dinheiro e o único jeito seria revelar talentos. Naquele janeiro, o Corinthians contratou Serginho e De León, juntou-os a Casagrande, Zenon, Arturzinho e Dunga. A equipe ficou conhecida como SeleTimão -a seleção corintiana. Foi um fiasco. Na história, ficou o time dos Menudos do Morumbi, campeões paulistas daquele ano e brasileiros em 1986. A geração de galácticos do Real Madrid conquistou três Ligas dos Campeões, em 1998, 2000 e 2002. Na segunda metade da década de 2000, seguiu contratando, mas assistiu ao reinado do Barcelona, com oito canteranos titulares na conquista de Wembley, em 2011. O Flamengo gastou R$ 11 milhões para contratar Berrio e a Taça Guanabara foi vencida pelo Fluminense, que gasta R$ 20 milhões na estrutura da base. Não há receita pronta. Mas sabe-se que, no Brasil, um dia o dinheiro vai acabar. O Palmeiras é o mais comprador de hoje. Fala em pagar dívidas e investir na estrutura das divisões de base. Um dia a Crefisa vai embora. É preciso ter tudo pronto para revelar jogadores, quando não for possível comprar no ritmo atual. Maurício Galiotte garante que fará isto, para não repetir o que se passou ao final da era Parmalat, em 2000. O Palmeiras é o time mais caro e candidato a todos os títulos. Os rivais montam times de maneira mais silenciosa. É trabalhoso. Mas pode dar certo.
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Corinthians aguarda Chelsea, mas já admite que Pato pode voltar em julho
O presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, disse que irá aguardar o Chelsea para resolver a situação de Alexandre Pato, mas já admite a possibilidade de o atacante voltar em julho, quando termina o empréstimo ao clube inglês. O jogador tem contrato com o Corinthians até o fim deste ano e pode assinar um pré-contrato com outro time no meio da temporada. Se isso acontecer, ele sairá de graça após o término do vínculo com o clube paulista, que espera recuperar parte dos R$ 40 milhões que investiu na contratação do jogador no fim de 2012. Pato estreou pelo Chelsea no último fim de semana e marcou um gol de pênalti. "Gostei da estreia dele, fez gol, jogou bem, mas é tudo achismo. Eu me baseio em contrato, em valores, eles têm opção de sim ou não. Vamos aguardar para ver que medida o Chelsea vai tomar", disse Roberto de Andrade, que afirmou também que a situação do atacante permanece a mesma. "O Pato tem contrato conosco e tem de ser cumprido. É a mesma pergunta que vocês faziam quando ele estava no São Paulo. Não mudou nada. Se o Chelsea ou outro clube não exercer a compra, ele volta ao Corinthians e vai ser aproveitado", acrescentou o presidente corintiano. O clube alvinegro tem 60% dos direitos econômicos de Pato. O jogador tem os outros 40%.
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Corinthians aguarda Chelsea, mas já admite que Pato pode voltar em julhoO presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, disse que irá aguardar o Chelsea para resolver a situação de Alexandre Pato, mas já admite a possibilidade de o atacante voltar em julho, quando termina o empréstimo ao clube inglês. O jogador tem contrato com o Corinthians até o fim deste ano e pode assinar um pré-contrato com outro time no meio da temporada. Se isso acontecer, ele sairá de graça após o término do vínculo com o clube paulista, que espera recuperar parte dos R$ 40 milhões que investiu na contratação do jogador no fim de 2012. Pato estreou pelo Chelsea no último fim de semana e marcou um gol de pênalti. "Gostei da estreia dele, fez gol, jogou bem, mas é tudo achismo. Eu me baseio em contrato, em valores, eles têm opção de sim ou não. Vamos aguardar para ver que medida o Chelsea vai tomar", disse Roberto de Andrade, que afirmou também que a situação do atacante permanece a mesma. "O Pato tem contrato conosco e tem de ser cumprido. É a mesma pergunta que vocês faziam quando ele estava no São Paulo. Não mudou nada. Se o Chelsea ou outro clube não exercer a compra, ele volta ao Corinthians e vai ser aproveitado", acrescentou o presidente corintiano. O clube alvinegro tem 60% dos direitos econômicos de Pato. O jogador tem os outros 40%.
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Após polêmicas, 'MasterChef' estreia em busca de manter liderança na web
Está na hora de esquentar o forno, separar os ingredientes e conectar o celular na internet: a nova temporada do "MasterChef Brasil", reality gastronômico da Band e sucesso nas redes sociais, começa nesta terça-feira (7). Ainda que os 21 novos participantes da atração não tenham sido divulgados, já se sabe que estarão no centro de variadas discussões na web, que terão seu desempenho e comportamento analisados por internautas e, em algum momento, virarão memes. Tem sido assim desde que a Kantar Ibope passou a monitorar a audiência dos programas no Twitter, em junho de 2016. A medição leva em conta quantas vezes cada tuíte sobre o programa foi visto por internautas. São as "impressões". Desde que essa medição passou a ser feita, a Band terminou de exibir o terceiro "MasterChef" para amadores e levou ao ar a versão "Profissionais". Somando as duas temporadas, liderou o ranking semanal de "impressões" em 17 das 23 semanas entre todas as transmissões de TV (exceção: as esportivas não são contabilizadas). Mas, se mensagens sobre ovos, sorvete e vieiras dominaram a terceira edição amadora, na "Profissionais", exibida entre outubro e dezembro de 2016, foram as polêmicas —como machismo e desacato a jurados— que tomaram conta dos assuntos da web. Assim, será que a gastronomia foi para segundo plano? "De jeito nenhum", diz a chef Paola Carosella, jurada do programa. "Esse programa é sobre gastronomia. As polêmicas acontecem porque é um espelho do que a sociedade fala. O que se passa aqui é uma pequena amostra do que acontece nas escolas, nas esquinas, nos parques." Segundo a apresentadora Ana Paula Padrão, diversos fatores contribuem para o sucesso do "MasterChef" na web. "Penso nisso desde a primeira temporada", diz. "Tenho 30 anos de TV e até hoje não sei o que é preciso para ter sucesso. Tem um monte de coisas que explicam, como um elenco bacana e entrosado em um formato já testado em outros lugares e que funciona, mas tem um segredo que a gente não sabe dizer qual é", afirma ela. PERSONAGENS Ainda que o debate social tenha tomado conta do "MasterChef" —além do machismo, já houve conflito entre ricos e pobres, e a versão "Júnior" se viu em meio à discussão sobre pedofilia—, a Band diz que o critério para formar o elenco de cozinheiros é o talento. "Seria muito fácil termos alguns personagens. Mas é um programa sobre comida", diz Ana Paula Padrão. POLÊMICAS DO MASTERCHEF - Comentários na web aumentam quando há bate-bocas O casting é longo e ocorre, na maior parte do tempo, longe do estúdio. Primeiro, especialistas em gastronomia analisam as milhares de fichas de inscrição e chamam cerca de 500 pessoas para avaliação. "Basicamente cozinham na frente de uma câmera, e o especialista pergunta, por exemplo, por que a pessoa escolheu tal ingrediente e onde aprendeu a técnica. Eles dão notas, e só quem tiver as mais altas continua", explica. Aí começa a parte exibida na TV, quando 75 amadores preparam pratos para os jurados —é o primeiro contato com Erick Jacquin, Henrique Fogaça e Paola Carosella. Depois entra uma das surpresas desta edição: os 40 que sobrarem serão divididos em duplas ou quartetos e terão que cozinhar o mesmo alimento. Os 21 melhores entram na disputa semanal. "Gostei muito da novidade", diz Carosella. "Vai ser mais emocionante para quem assiste. E talvez mais fácil de avaliar." A outra mudança é o prêmio ter subido de R$ 150 mil para R$ 200 mil. * NA TV "MasterChef Brasil" QUANDO terças, 22h30, Band CLASSIFICAÇÃO 12 anos
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Após polêmicas, 'MasterChef' estreia em busca de manter liderança na webEstá na hora de esquentar o forno, separar os ingredientes e conectar o celular na internet: a nova temporada do "MasterChef Brasil", reality gastronômico da Band e sucesso nas redes sociais, começa nesta terça-feira (7). Ainda que os 21 novos participantes da atração não tenham sido divulgados, já se sabe que estarão no centro de variadas discussões na web, que terão seu desempenho e comportamento analisados por internautas e, em algum momento, virarão memes. Tem sido assim desde que a Kantar Ibope passou a monitorar a audiência dos programas no Twitter, em junho de 2016. A medição leva em conta quantas vezes cada tuíte sobre o programa foi visto por internautas. São as "impressões". Desde que essa medição passou a ser feita, a Band terminou de exibir o terceiro "MasterChef" para amadores e levou ao ar a versão "Profissionais". Somando as duas temporadas, liderou o ranking semanal de "impressões" em 17 das 23 semanas entre todas as transmissões de TV (exceção: as esportivas não são contabilizadas). Mas, se mensagens sobre ovos, sorvete e vieiras dominaram a terceira edição amadora, na "Profissionais", exibida entre outubro e dezembro de 2016, foram as polêmicas —como machismo e desacato a jurados— que tomaram conta dos assuntos da web. Assim, será que a gastronomia foi para segundo plano? "De jeito nenhum", diz a chef Paola Carosella, jurada do programa. "Esse programa é sobre gastronomia. As polêmicas acontecem porque é um espelho do que a sociedade fala. O que se passa aqui é uma pequena amostra do que acontece nas escolas, nas esquinas, nos parques." Segundo a apresentadora Ana Paula Padrão, diversos fatores contribuem para o sucesso do "MasterChef" na web. "Penso nisso desde a primeira temporada", diz. "Tenho 30 anos de TV e até hoje não sei o que é preciso para ter sucesso. Tem um monte de coisas que explicam, como um elenco bacana e entrosado em um formato já testado em outros lugares e que funciona, mas tem um segredo que a gente não sabe dizer qual é", afirma ela. PERSONAGENS Ainda que o debate social tenha tomado conta do "MasterChef" —além do machismo, já houve conflito entre ricos e pobres, e a versão "Júnior" se viu em meio à discussão sobre pedofilia—, a Band diz que o critério para formar o elenco de cozinheiros é o talento. "Seria muito fácil termos alguns personagens. Mas é um programa sobre comida", diz Ana Paula Padrão. POLÊMICAS DO MASTERCHEF - Comentários na web aumentam quando há bate-bocas O casting é longo e ocorre, na maior parte do tempo, longe do estúdio. Primeiro, especialistas em gastronomia analisam as milhares de fichas de inscrição e chamam cerca de 500 pessoas para avaliação. "Basicamente cozinham na frente de uma câmera, e o especialista pergunta, por exemplo, por que a pessoa escolheu tal ingrediente e onde aprendeu a técnica. Eles dão notas, e só quem tiver as mais altas continua", explica. Aí começa a parte exibida na TV, quando 75 amadores preparam pratos para os jurados —é o primeiro contato com Erick Jacquin, Henrique Fogaça e Paola Carosella. Depois entra uma das surpresas desta edição: os 40 que sobrarem serão divididos em duplas ou quartetos e terão que cozinhar o mesmo alimento. Os 21 melhores entram na disputa semanal. "Gostei muito da novidade", diz Carosella. "Vai ser mais emocionante para quem assiste. E talvez mais fácil de avaliar." A outra mudança é o prêmio ter subido de R$ 150 mil para R$ 200 mil. * NA TV "MasterChef Brasil" QUANDO terças, 22h30, Band CLASSIFICAÇÃO 12 anos
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Violão de Jimi Hendrix e guitarra de Prince serão leiloados em Londres
Um violão que pertenceu a Jimi Hendrix deve arrecadar mais de 80 mil libras esterlinas (cerca de R$ 339 mil) quando for a leilão em Londres na quinta-feira (15), parte da venda anual de itens do universo do entretenimento da casa de leilões britânica Bonhams. O cantor de "Purple Haze", que morreu em 1970 aos 27 anos de idade, teria usado o violão Epiphone durante três anos depois de comprá-lo usado por 25 dólares na cidade de Nova York durante uma turnê em 1967, informou a Bonhams. "Na verdade foi o instrumento que ele teve por mais tempo... e por ser um violão, é bastante provável que ele tenha composto algumas de suas canções nele", disse Katherine Schofield, chefe do departamento de entretenimento da Bonhams, à Reuters. Uma guitarra em forma de nuvem feita por encomenda para o falecido músico norte-americano Prince e usada em turnê também irá a leilão na mesma ocasião com um preço estimado entre 25 mil a 30 mil libras esterlinas. Entre as outras peças estão uma jaqueta espalhafatosa usada por Keith Richards, caricaturas raras dos Beatles desenhadas e assinadas pela banda e um piano Boesendorfer tocado por Freddie Mercury e pelo Coldplay.
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Violão de Jimi Hendrix e guitarra de Prince serão leiloados em LondresUm violão que pertenceu a Jimi Hendrix deve arrecadar mais de 80 mil libras esterlinas (cerca de R$ 339 mil) quando for a leilão em Londres na quinta-feira (15), parte da venda anual de itens do universo do entretenimento da casa de leilões britânica Bonhams. O cantor de "Purple Haze", que morreu em 1970 aos 27 anos de idade, teria usado o violão Epiphone durante três anos depois de comprá-lo usado por 25 dólares na cidade de Nova York durante uma turnê em 1967, informou a Bonhams. "Na verdade foi o instrumento que ele teve por mais tempo... e por ser um violão, é bastante provável que ele tenha composto algumas de suas canções nele", disse Katherine Schofield, chefe do departamento de entretenimento da Bonhams, à Reuters. Uma guitarra em forma de nuvem feita por encomenda para o falecido músico norte-americano Prince e usada em turnê também irá a leilão na mesma ocasião com um preço estimado entre 25 mil a 30 mil libras esterlinas. Entre as outras peças estão uma jaqueta espalhafatosa usada por Keith Richards, caricaturas raras dos Beatles desenhadas e assinadas pela banda e um piano Boesendorfer tocado por Freddie Mercury e pelo Coldplay.
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Pela primeira vez, Apple abre acesso a assistente virtual Siri e sistema iOS
A Apple está fazendo uma nova tentativa de cortejar os desenvolvedores ao abrir sua assistente virtual Siri, seu serviço iMessage e uma ampla variedade de outros aspectos de seu sistema operacional iOS a produtores externos de apps, pela primeira vez. As mudanças, anunciada em sua Worldwide Developers Conference (WWDC), em San Francisco, são uma tentativa da Apple de manter o lugar do iPhone nas prioridades dos produtores de apps, em meio às demandas de outros assistentes virtuais e apps de mensagens concorrentes, que tomam o tempo dos desenvolvedores e ameaçam tirar dos smartphones a posição de polo central da inovação. Os apps há muito são vitais para atrair e reter usuários para o iPhone, iPad e outros aparelhos da Apple, mas os desenvolvedores do Vale do Silício e outros lugares estão diante de uma explosão no número de plataformas que podem usar para seus produtos. Eles incluem por exemplo o sistema de controle de voz Echo, da Amazon, e o Facebook Messenger, que agora permite uma série de serviços comerciais e novas e coloridas formas de comunicação, tais como emojis e GIFs animados. "A WWDC costumava girar em torno de melhoras graduais, e não de grandes saltos. Isso pode não gerar empolgação imediata da parte dos consumidores, mas a Apple está refinando ainda mais a experiência, e isso produzirá melhoras sutis e interessantes para os usuários existentes", disse Geoff Blaber, analista da CCS Insight. "A inteligência artificial e interfaces naturais de voz representarão uma área de grande investimento e desordenamento, nos próximos anos. É essencial que a Apple esteja na vanguarda e abrir ativos como o sistema Siri, o serviço de mensagens e o de mapas é uma necessidade de competição". A App Store hoje oferece dois milhões de apps, e pagou US$ 50 bilhões aos criadores desses apps nos últimos oito anos. Mas embora o mercado de apps da Apple continue a gerar mais receitas para os desenvolvedores do que seu principal rival, o Google Play, ele começa a parecer superlotado, e caiu sob o domínio de alguns poucos desenvolvedores de porte muito grande. A Apple está revigorando sua plataforma com o lançamento do iOS 10, daqui a algum tempo, bem como com modificações no Mac, Watch e no seu software para televisores. Craig Federighi, vice-presidente sênior de engenharia de software da Apple, classificou o iOS 10 como "lançamento gigantesco", tanto para os produtores de apps quanto para os proprietários de iPhones. "Todas as áreas importantes do iOS agora estão abertas aos desenvolvedores", ele afirmou. No palco diante de cinco mil desenvolvedores, em San Francisco, a Apple mostrou o uso da Siri para envio de mensagens ao WeChat e WhatsApp, para chamar um carro do Uber, Lyft ou Didi (um serviço chinês de carros) ou para realizar pagamentos. A companhia também realizou uma série de mudanças para dar mais personalidade ao app iMessage, incluindo emojis melhorados, efeitos especiais e uma seção especializada na App Store. Além de versões novas do macOS, que ganhou marca nova, e de novas notificações interativas no iPhone, a Apple mostrou melhoras no Maps, a capacidade de pagar por assinaturas em seu serviço News e um novo app, reprojetado do zero, para a Apple Music, que agora conta com 15 milhões de assinantes. No app Photos, ela parece ter tentado recuperar parte do atraso diante dos avanços do Google e Facebook na inteligência artificial, anunciando que usaria um sistema de "aprendizado profundo" para busca e organização de imagens. Invadindo o território do PayPal, a Apple vai levar sua carteira digital Apple Pay à Web, com transações autenticadas por meio do leitor de impressões digitais do iPhone Touch. A Apple também prometeu um "grande salto adiante" no software do Watch, depois que usuários e desenvolvedores se frustraram com o tempo lento de resposta e a navegação confusa do produto. "O Watch vai parecer completamente novo", disse Kevin Lynch, vice-presidente de tecnologia da companhia. Imitando um dos recursos mais populares da Fitbit, os usuários do Apple Watch agora poderão compartilhar dados de suas sessões de exercício e de outras atividades com seus amigos, para competir quanto a quem se exercita mais. Tim Cook, o presidente-executivo da Apple, abriu o evento com um minuto de silêncio pelas vítimas do ataque do final de semana em uma casa noturna de Orlando, que ele definiu "ato insensato e inaceitável de terrorismo e ódio". Ele encerrou o evento demonstrando uma nova ferramenta educacional para o iPad, Swift Playgrounds, que ensina a codificar software por meio de uma interface colorida e animada, desenvolvida para agradar principalmente as crianças. Sem citar nominalmente o Google ou o Facebook, Federighi enfatizou a abordagem da Apple quanto à privacidade como diferenciador crucial. "Em cada recurso que criamos, consideramos cuidadosamente como proteger sua privacidade", ele disse, acrescentando que as capacidades de aprendizado profundo e inteligência artificial rodam no iPhone e não na nuvem, como acontece no caso da maioria dos rivais, a fim de manter os dados pessoais dos usuários "sob o seu controle". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Pela primeira vez, Apple abre acesso a assistente virtual Siri e sistema iOSA Apple está fazendo uma nova tentativa de cortejar os desenvolvedores ao abrir sua assistente virtual Siri, seu serviço iMessage e uma ampla variedade de outros aspectos de seu sistema operacional iOS a produtores externos de apps, pela primeira vez. As mudanças, anunciada em sua Worldwide Developers Conference (WWDC), em San Francisco, são uma tentativa da Apple de manter o lugar do iPhone nas prioridades dos produtores de apps, em meio às demandas de outros assistentes virtuais e apps de mensagens concorrentes, que tomam o tempo dos desenvolvedores e ameaçam tirar dos smartphones a posição de polo central da inovação. Os apps há muito são vitais para atrair e reter usuários para o iPhone, iPad e outros aparelhos da Apple, mas os desenvolvedores do Vale do Silício e outros lugares estão diante de uma explosão no número de plataformas que podem usar para seus produtos. Eles incluem por exemplo o sistema de controle de voz Echo, da Amazon, e o Facebook Messenger, que agora permite uma série de serviços comerciais e novas e coloridas formas de comunicação, tais como emojis e GIFs animados. "A WWDC costumava girar em torno de melhoras graduais, e não de grandes saltos. Isso pode não gerar empolgação imediata da parte dos consumidores, mas a Apple está refinando ainda mais a experiência, e isso produzirá melhoras sutis e interessantes para os usuários existentes", disse Geoff Blaber, analista da CCS Insight. "A inteligência artificial e interfaces naturais de voz representarão uma área de grande investimento e desordenamento, nos próximos anos. É essencial que a Apple esteja na vanguarda e abrir ativos como o sistema Siri, o serviço de mensagens e o de mapas é uma necessidade de competição". A App Store hoje oferece dois milhões de apps, e pagou US$ 50 bilhões aos criadores desses apps nos últimos oito anos. Mas embora o mercado de apps da Apple continue a gerar mais receitas para os desenvolvedores do que seu principal rival, o Google Play, ele começa a parecer superlotado, e caiu sob o domínio de alguns poucos desenvolvedores de porte muito grande. A Apple está revigorando sua plataforma com o lançamento do iOS 10, daqui a algum tempo, bem como com modificações no Mac, Watch e no seu software para televisores. Craig Federighi, vice-presidente sênior de engenharia de software da Apple, classificou o iOS 10 como "lançamento gigantesco", tanto para os produtores de apps quanto para os proprietários de iPhones. "Todas as áreas importantes do iOS agora estão abertas aos desenvolvedores", ele afirmou. No palco diante de cinco mil desenvolvedores, em San Francisco, a Apple mostrou o uso da Siri para envio de mensagens ao WeChat e WhatsApp, para chamar um carro do Uber, Lyft ou Didi (um serviço chinês de carros) ou para realizar pagamentos. A companhia também realizou uma série de mudanças para dar mais personalidade ao app iMessage, incluindo emojis melhorados, efeitos especiais e uma seção especializada na App Store. Além de versões novas do macOS, que ganhou marca nova, e de novas notificações interativas no iPhone, a Apple mostrou melhoras no Maps, a capacidade de pagar por assinaturas em seu serviço News e um novo app, reprojetado do zero, para a Apple Music, que agora conta com 15 milhões de assinantes. No app Photos, ela parece ter tentado recuperar parte do atraso diante dos avanços do Google e Facebook na inteligência artificial, anunciando que usaria um sistema de "aprendizado profundo" para busca e organização de imagens. Invadindo o território do PayPal, a Apple vai levar sua carteira digital Apple Pay à Web, com transações autenticadas por meio do leitor de impressões digitais do iPhone Touch. A Apple também prometeu um "grande salto adiante" no software do Watch, depois que usuários e desenvolvedores se frustraram com o tempo lento de resposta e a navegação confusa do produto. "O Watch vai parecer completamente novo", disse Kevin Lynch, vice-presidente de tecnologia da companhia. Imitando um dos recursos mais populares da Fitbit, os usuários do Apple Watch agora poderão compartilhar dados de suas sessões de exercício e de outras atividades com seus amigos, para competir quanto a quem se exercita mais. Tim Cook, o presidente-executivo da Apple, abriu o evento com um minuto de silêncio pelas vítimas do ataque do final de semana em uma casa noturna de Orlando, que ele definiu "ato insensato e inaceitável de terrorismo e ódio". Ele encerrou o evento demonstrando uma nova ferramenta educacional para o iPad, Swift Playgrounds, que ensina a codificar software por meio de uma interface colorida e animada, desenvolvida para agradar principalmente as crianças. Sem citar nominalmente o Google ou o Facebook, Federighi enfatizou a abordagem da Apple quanto à privacidade como diferenciador crucial. "Em cada recurso que criamos, consideramos cuidadosamente como proteger sua privacidade", ele disse, acrescentando que as capacidades de aprendizado profundo e inteligência artificial rodam no iPhone e não na nuvem, como acontece no caso da maioria dos rivais, a fim de manter os dados pessoais dos usuários "sob o seu controle". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Chineses compram start-up de tecnologia de anúncios Media.net por US$ 900 mi
A start-up de tecnologia para anúncios Media.net, fundada pelo empreendedor de tecnologia Divyank Turakhia, anunciou nesta segunda-feira (22) que foi adquirida por cerca de US$ 900 milhões por um grupo de investidores chineses. O acordo representaria o terceiro maior no setor de tecnologia de anúncios, após a aquisição da DoubleClick pelo Google, da Alphabet, e a compra da aQuantive pela Microsoft. "Tivemos um interesse incrível porque a tecnologia para anúncios é um espaço grande, que está crescendo, e ao mesmo tempo, o número de empresas que tem sido bem sucedidas nisso foi limitado", disse Turakhia em entrevista. Os produtos da empresa, licenciados por vários editores e redes de publicidade, podem aprender sozinhos e exibem os anúncios mais relevantes para os usuários. A empresa teve receita de 232 milhões de dólares em 2015, sendo mais da metade disso de usuários de dispositivos móveis. O consórcio chinês que comprará a Media.net da Starbuster TMT Investments, de Turakhia, já pagou US$ 426 milhões.
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Chineses compram start-up de tecnologia de anúncios Media.net por US$ 900 miA start-up de tecnologia para anúncios Media.net, fundada pelo empreendedor de tecnologia Divyank Turakhia, anunciou nesta segunda-feira (22) que foi adquirida por cerca de US$ 900 milhões por um grupo de investidores chineses. O acordo representaria o terceiro maior no setor de tecnologia de anúncios, após a aquisição da DoubleClick pelo Google, da Alphabet, e a compra da aQuantive pela Microsoft. "Tivemos um interesse incrível porque a tecnologia para anúncios é um espaço grande, que está crescendo, e ao mesmo tempo, o número de empresas que tem sido bem sucedidas nisso foi limitado", disse Turakhia em entrevista. Os produtos da empresa, licenciados por vários editores e redes de publicidade, podem aprender sozinhos e exibem os anúncios mais relevantes para os usuários. A empresa teve receita de 232 milhões de dólares em 2015, sendo mais da metade disso de usuários de dispositivos móveis. O consórcio chinês que comprará a Media.net da Starbuster TMT Investments, de Turakhia, já pagou US$ 426 milhões.
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Pico de consumo e "restrição" entre NE e Sul provocaram apagão, diz ONS
O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) confirmou, na tarde desta segunda-feira (19), que o apagão ocorrido em vários estados do país foi decorrente, em parte, do aumento da demanda de energia no horário de pico. Em nota publicada em seu site, o órgão disse ainda que houve "restrições de transferência de energia das regiões norte e nordeste para o sudeste", sem explicar claramente o que isso seria. Não está claro se essas "restrições" significam falhas em linhas de transmissão ou subestações de energia. O ONS explicou que essa situação provocou uma queda na "frequência elétrica" do sistema, provocando o desligamento automático de 11 usinas geradoras, das quais oito na região Sudeste, duas no Centro-Oeste e uma no Sul. Essas usinas produzem no total 2.200 MW. O sistema, que segundo o ONS, opera em frequência de 60 hertz, caiu a 59 hertz, causando a falha. A usina nuclear de Angra 1, em Angra dos Reis, foi uma das que parou de funcionar. Segundo a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobrás que opera a usina, por conta da alteração no padrão de frequência da usina, a unidade foi desligada às 14h49 e até às 18h56 não havia sido religada. O ONS informou que "visando restabelecer a frequência elétrica às suas condições normais" atuou em conjunto com as distribuidoras das regiões sul, sudeste e centro-oeste, "impactando menos de 5% da carga do sistema". No chamado SIN (Sistema Interligado Nacional), a energia produzida nas usinas espalhadas por todo o país pode trafegar entre as regiões, com exceção do Norte, que não é interligado. Diariamente volumes grandes de energia produzidos no Nordeste, por exemplo, viajam pelas linhas de transmissão para as regiões sudeste, centro-oeste e sul do país. Nesta terça-feira (20), às 14h30, no Rio de Janeiro, o ONS se reunirá com os agentes envolvidos para analisar o apagão de hoje. Leia a seguir a íntegra da nota do ONS: "No dia 19 de janeiro, a partir das 14h55, mesmo com folga de geração no Sistema Interligado Nacional (SIN), restrições na transferência de energia das Regiões Norte e Nordeste para o Sudeste, aliadas à elevação da demanda no horário de pico, provocaram a redução na frequência elétrica. Na sequência, ocorreu a perda de unidades geradoras nas usinas Angra I, Volta Grande, Amador Aguiar II, Sá Carvalho, Guilman Amorim, Canoas II, Viana e Linhares (Sudeste); Cana Brava e São Salvador (Centro-Oeste); Governador Ney Braga (Sul); totalizando 2.200 MW. Com isso, a frequência elétrica caiu a valores da ordem de 59 Hz, quando o normal é 60 Hz. Visando restabelecer a frequência elétrica às suas condições normais, o ONS adotou medidas operativas em conjunto com os agentes distribuidores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, impactando menos de 5% da carga do Sistema. A partir das 15h45, a situação foi totalmente normalizada. Amanhã, dia 20 de janeiro de 2015, às 14h30, no Rio de Janeiro, o ONS se reunirá com os agentes envolvidos para analisar a ocorrência."
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Pico de consumo e "restrição" entre NE e Sul provocaram apagão, diz ONSO ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) confirmou, na tarde desta segunda-feira (19), que o apagão ocorrido em vários estados do país foi decorrente, em parte, do aumento da demanda de energia no horário de pico. Em nota publicada em seu site, o órgão disse ainda que houve "restrições de transferência de energia das regiões norte e nordeste para o sudeste", sem explicar claramente o que isso seria. Não está claro se essas "restrições" significam falhas em linhas de transmissão ou subestações de energia. O ONS explicou que essa situação provocou uma queda na "frequência elétrica" do sistema, provocando o desligamento automático de 11 usinas geradoras, das quais oito na região Sudeste, duas no Centro-Oeste e uma no Sul. Essas usinas produzem no total 2.200 MW. O sistema, que segundo o ONS, opera em frequência de 60 hertz, caiu a 59 hertz, causando a falha. A usina nuclear de Angra 1, em Angra dos Reis, foi uma das que parou de funcionar. Segundo a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobrás que opera a usina, por conta da alteração no padrão de frequência da usina, a unidade foi desligada às 14h49 e até às 18h56 não havia sido religada. O ONS informou que "visando restabelecer a frequência elétrica às suas condições normais" atuou em conjunto com as distribuidoras das regiões sul, sudeste e centro-oeste, "impactando menos de 5% da carga do sistema". No chamado SIN (Sistema Interligado Nacional), a energia produzida nas usinas espalhadas por todo o país pode trafegar entre as regiões, com exceção do Norte, que não é interligado. Diariamente volumes grandes de energia produzidos no Nordeste, por exemplo, viajam pelas linhas de transmissão para as regiões sudeste, centro-oeste e sul do país. Nesta terça-feira (20), às 14h30, no Rio de Janeiro, o ONS se reunirá com os agentes envolvidos para analisar o apagão de hoje. Leia a seguir a íntegra da nota do ONS: "No dia 19 de janeiro, a partir das 14h55, mesmo com folga de geração no Sistema Interligado Nacional (SIN), restrições na transferência de energia das Regiões Norte e Nordeste para o Sudeste, aliadas à elevação da demanda no horário de pico, provocaram a redução na frequência elétrica. Na sequência, ocorreu a perda de unidades geradoras nas usinas Angra I, Volta Grande, Amador Aguiar II, Sá Carvalho, Guilman Amorim, Canoas II, Viana e Linhares (Sudeste); Cana Brava e São Salvador (Centro-Oeste); Governador Ney Braga (Sul); totalizando 2.200 MW. Com isso, a frequência elétrica caiu a valores da ordem de 59 Hz, quando o normal é 60 Hz. Visando restabelecer a frequência elétrica às suas condições normais, o ONS adotou medidas operativas em conjunto com os agentes distribuidores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, impactando menos de 5% da carga do Sistema. A partir das 15h45, a situação foi totalmente normalizada. Amanhã, dia 20 de janeiro de 2015, às 14h30, no Rio de Janeiro, o ONS se reunirá com os agentes envolvidos para analisar a ocorrência."
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Banco Central Europeu mantém juros inalterados, como era esperado
O Banco Central Europeu (BCE) deixou as taxas de juros inalteradas nesta quarta-feira (3), mantendo-as em mínimas recordes conforme dá continuidade ao esquema de impressão de dinheiro para impulsionar a economia. A decisão de manter o custo de empréstimo inalterado era amplamente esperada após o BCE ter cortado os juros a patamares mínimos em setembro do ano passado e dizer que haviam atingido "o piso". Na reunião desta quarta-feira, o BCE deixou a principal taxa de refinanciamento, que determina o custo do crédito na economia, em 0,05%. A autoridade monetária também manteve a taxa de depósito em -0,20%, o que significa que bancos pagam para manter recursos no banco central, e manteve sua taxa de empréstimo em 0,30%. Os mercados agora voltam suas atenções para a entrevista à imprensa do presidente do BCE, Mario Draghi, às 9h30 (horário de Brasília).
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Banco Central Europeu mantém juros inalterados, como era esperadoO Banco Central Europeu (BCE) deixou as taxas de juros inalteradas nesta quarta-feira (3), mantendo-as em mínimas recordes conforme dá continuidade ao esquema de impressão de dinheiro para impulsionar a economia. A decisão de manter o custo de empréstimo inalterado era amplamente esperada após o BCE ter cortado os juros a patamares mínimos em setembro do ano passado e dizer que haviam atingido "o piso". Na reunião desta quarta-feira, o BCE deixou a principal taxa de refinanciamento, que determina o custo do crédito na economia, em 0,05%. A autoridade monetária também manteve a taxa de depósito em -0,20%, o que significa que bancos pagam para manter recursos no banco central, e manteve sua taxa de empréstimo em 0,30%. Os mercados agora voltam suas atenções para a entrevista à imprensa do presidente do BCE, Mario Draghi, às 9h30 (horário de Brasília).
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Exportações em abril superam importações em US$ 491 milhões
A balança comercial brasileira registrou em abril o segundo saldo mensal positivo consecutivo, de US$ 491 milhões, informou nesta segunda-feira (4) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). No mês, as exportações voltaram a recuar na comparação com o mesmo período de 2014 e somaram US$ 15,2 bilhões –queda de 23,2% pela média diária. As importações, contudo, encolheram ainda mais (23,7%), totalizando US$ 14,7 bilhões, em um reflexo da desaceleração da economia. No acumulado do ano, a balança ainda segue com forte deficit, de US$ 5,066 bilhões. No período, as exportações encolheram 16,4% para US$ 57,9 bilhões, afetadas principalmente pela redução dos preços das principais commodities vendidas pelo país. As exportações de soja, por exemplo, despencaram 41% e as de minério de ferro, 45%. As vendas de produtos industrializados e semimanufaturados também recuaram, mas a um ritmo menor –11,3% e 2,5%, respectivamente. As importações tiveram queda total de 15,9% no quadrimestre e somaram US$ 63 bilhões. Houve recuo na compra de todas as categorias de uso, com destaque para petróleo (58%), em um reflexo da queda dos preços no mercado internacional, e de bens de consumo duráveis, com queda de 21%.
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Exportações em abril superam importações em US$ 491 milhõesA balança comercial brasileira registrou em abril o segundo saldo mensal positivo consecutivo, de US$ 491 milhões, informou nesta segunda-feira (4) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). No mês, as exportações voltaram a recuar na comparação com o mesmo período de 2014 e somaram US$ 15,2 bilhões –queda de 23,2% pela média diária. As importações, contudo, encolheram ainda mais (23,7%), totalizando US$ 14,7 bilhões, em um reflexo da desaceleração da economia. No acumulado do ano, a balança ainda segue com forte deficit, de US$ 5,066 bilhões. No período, as exportações encolheram 16,4% para US$ 57,9 bilhões, afetadas principalmente pela redução dos preços das principais commodities vendidas pelo país. As exportações de soja, por exemplo, despencaram 41% e as de minério de ferro, 45%. As vendas de produtos industrializados e semimanufaturados também recuaram, mas a um ritmo menor –11,3% e 2,5%, respectivamente. As importações tiveram queda total de 15,9% no quadrimestre e somaram US$ 63 bilhões. Houve recuo na compra de todas as categorias de uso, com destaque para petróleo (58%), em um reflexo da queda dos preços no mercado internacional, e de bens de consumo duráveis, com queda de 21%.
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Candidatos do PSB e PT consolidam liderança no Recife
JOÃO PEDRO PITOMBO DE SALVADOR O prefeito Geraldo Júlio (PSB) e o ex-prefeito João Paulo Lima (PT) cresceram em intenções de voto e se consolidaram na liderança da corrida eleitoral no Recife, aponta pesquisa do Datafolha. No primeiro levantamento após o início da campanha eleitoral no rádio e na televisão, Geraldo Júlio cresceu oito pontos e subiu de 28% para 36%, em comparação com a pesquisa realizada nos dias 23 e 24 de agosto. O petista João Paulo avançou de 32% para 34%. Foi superado numericamente em relação à última pesquisa, mas segue na liderança em situação de empate técnico. recife - Resposta estimulada e única, em % Em terceiro lugar aparece Daniel Coelho (PSDB), que oscilou de 10% para 11%. Priscila Krause (DEM), que estava em quarto, registrou queda de 6% para 2%, mesmo número de Edilson Silva (PSOL), que caiu de 3% para 2%. Carlos Augusto (PV) manteve o 1% registrado no levantamento anterior. Simone Fontana (PSTU) e Pantaleão (PCO) não pontuaram. O número de eleitores que pretendem votar branco ou nulo caiu de 13% para 10%. Também houve queda no número de indecisos, de 7% para 4%. Na pesquisa espontânea, em que não são mostrados os nomes dos candidatos, Geraldo Júlio aparece em primeiro com 28% seguido de João Paulo com 23%. Daniel Coelho tem 6%, seguido de Edilson Silva com 2% e Priscila Krause com 1%. Os outros candidatos não pontuaram. O número de eleitores indecisos na espontânea caiu de 49% para 26%. Brancos e nulos somam 11%, enquanto 1% deram outras respostas. SEGUNDO TURNO O Datafolha também fez simulação de segundo turno entre os candidatos Geraldo Júlio e João Paulo. O prefeito do PSB aparece na liderança com 49% das intenções de voto contra 39% do petista. O levantamento foi realizado no dia 8 de setembro com 816 entrevistas no Recife. A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos. recife - Resposta estimulada e única, em %
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Candidatos do PSB e PT consolidam liderança no RecifeJOÃO PEDRO PITOMBO DE SALVADOR O prefeito Geraldo Júlio (PSB) e o ex-prefeito João Paulo Lima (PT) cresceram em intenções de voto e se consolidaram na liderança da corrida eleitoral no Recife, aponta pesquisa do Datafolha. No primeiro levantamento após o início da campanha eleitoral no rádio e na televisão, Geraldo Júlio cresceu oito pontos e subiu de 28% para 36%, em comparação com a pesquisa realizada nos dias 23 e 24 de agosto. O petista João Paulo avançou de 32% para 34%. Foi superado numericamente em relação à última pesquisa, mas segue na liderança em situação de empate técnico. recife - Resposta estimulada e única, em % Em terceiro lugar aparece Daniel Coelho (PSDB), que oscilou de 10% para 11%. Priscila Krause (DEM), que estava em quarto, registrou queda de 6% para 2%, mesmo número de Edilson Silva (PSOL), que caiu de 3% para 2%. Carlos Augusto (PV) manteve o 1% registrado no levantamento anterior. Simone Fontana (PSTU) e Pantaleão (PCO) não pontuaram. O número de eleitores que pretendem votar branco ou nulo caiu de 13% para 10%. Também houve queda no número de indecisos, de 7% para 4%. Na pesquisa espontânea, em que não são mostrados os nomes dos candidatos, Geraldo Júlio aparece em primeiro com 28% seguido de João Paulo com 23%. Daniel Coelho tem 6%, seguido de Edilson Silva com 2% e Priscila Krause com 1%. Os outros candidatos não pontuaram. O número de eleitores indecisos na espontânea caiu de 49% para 26%. Brancos e nulos somam 11%, enquanto 1% deram outras respostas. SEGUNDO TURNO O Datafolha também fez simulação de segundo turno entre os candidatos Geraldo Júlio e João Paulo. O prefeito do PSB aparece na liderança com 49% das intenções de voto contra 39% do petista. O levantamento foi realizado no dia 8 de setembro com 816 entrevistas no Recife. A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos. recife - Resposta estimulada e única, em %
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Medidas paliativas vão apenas agravar a crise
A crise do Rio de Janeiro era esperada. A principal causa foi o crescimento dos gastos com pessoal, ativos e inativos. Durante anos, o gasto do tesouro do Rio de Janeiro com folha de pagamentos cresceu mais de 16% ao ano, segundo a Secretaria do Tesouro Nacional. Esse crescimento decorreu de diversos fatores. As regras da previdência pública permitem aposentadorias precoces, com muitos servidores se aposentando com menos de 50 anos de idade. Esse problema é agravado pelo rápido envelhecimento da população. Além disso, o deficit da previdência dos servidores era financiado com royalties do petróleo. Não é fiscalmente responsável pagar despesas recorrentes com rendas voláteis. Com a queda do preço do petróleo, o tesouro teve que arcar com despesas crescentes para pagar as aposentadorias. Agravando as dificuldades, o Rio de Janeiro, como outros Estados, concedeu diversos benefícios fiscais para setores privados. O deficit da previdência no Rio de Janeiro já era conhecido no começo da década. Em vez de enfrentar o problema estrutural, o governo financiou despesas recorrentes crescentes com recursos extraordinárias, como os depósitos judiciais entre partes privadas e os empréstimos concedidos por bancos públicos ou com o aval do Tesouro Nacional. Além disso, o governo vendeu receitas de petróleo para os próximos anos para pagar despesas correntes com previdência, e agora propõe vender as receitas das próximas décadas. Em 2015, alguns Estados fizeram ajustes fiscais severos, como Espírito Santo, Goiás e Alagoas, ao contrário do Rio de Janeiro. As receitas extraordinárias têm o mau hábito de terminar. As despesas recorrentes, não. As medidas adotadas pelo Rio de Janeiro apenas adiaram o enfrentamento dos problemas estruturais, que se agravaram neste período. Superar a crise fiscal requer interromper o crescimento da despesa incompatível com a receita pública, o que implica rever as regras de aposentadoria dos servidores, reduzir o quadro de pessoal, implementar o teto constitucional que limita a remuneração dos servidores públicos e reduzir benefícios, entre outras difíceis medidas. Não há saída sustentável sem redução do gasto com pessoal, reforma da previdência dos servidores públicos e a revisão dos incentivos fiscais concedidos para o setor privado. A proposta de novos empréstimos com garantias para Estados que estão com problemas para pagar despesas correntes repete o equívoco das medidas adotadas nos últimos anos, como a renegociação das dívidas estaduais, provocada pelo Supremo. Medidas paliativas apenas resultarão em uma crise ainda mais severa nos próximos anos.
colunas
Medidas paliativas vão apenas agravar a criseA crise do Rio de Janeiro era esperada. A principal causa foi o crescimento dos gastos com pessoal, ativos e inativos. Durante anos, o gasto do tesouro do Rio de Janeiro com folha de pagamentos cresceu mais de 16% ao ano, segundo a Secretaria do Tesouro Nacional. Esse crescimento decorreu de diversos fatores. As regras da previdência pública permitem aposentadorias precoces, com muitos servidores se aposentando com menos de 50 anos de idade. Esse problema é agravado pelo rápido envelhecimento da população. Além disso, o deficit da previdência dos servidores era financiado com royalties do petróleo. Não é fiscalmente responsável pagar despesas recorrentes com rendas voláteis. Com a queda do preço do petróleo, o tesouro teve que arcar com despesas crescentes para pagar as aposentadorias. Agravando as dificuldades, o Rio de Janeiro, como outros Estados, concedeu diversos benefícios fiscais para setores privados. O deficit da previdência no Rio de Janeiro já era conhecido no começo da década. Em vez de enfrentar o problema estrutural, o governo financiou despesas recorrentes crescentes com recursos extraordinárias, como os depósitos judiciais entre partes privadas e os empréstimos concedidos por bancos públicos ou com o aval do Tesouro Nacional. Além disso, o governo vendeu receitas de petróleo para os próximos anos para pagar despesas correntes com previdência, e agora propõe vender as receitas das próximas décadas. Em 2015, alguns Estados fizeram ajustes fiscais severos, como Espírito Santo, Goiás e Alagoas, ao contrário do Rio de Janeiro. As receitas extraordinárias têm o mau hábito de terminar. As despesas recorrentes, não. As medidas adotadas pelo Rio de Janeiro apenas adiaram o enfrentamento dos problemas estruturais, que se agravaram neste período. Superar a crise fiscal requer interromper o crescimento da despesa incompatível com a receita pública, o que implica rever as regras de aposentadoria dos servidores, reduzir o quadro de pessoal, implementar o teto constitucional que limita a remuneração dos servidores públicos e reduzir benefícios, entre outras difíceis medidas. Não há saída sustentável sem redução do gasto com pessoal, reforma da previdência dos servidores públicos e a revisão dos incentivos fiscais concedidos para o setor privado. A proposta de novos empréstimos com garantias para Estados que estão com problemas para pagar despesas correntes repete o equívoco das medidas adotadas nos últimos anos, como a renegociação das dívidas estaduais, provocada pelo Supremo. Medidas paliativas apenas resultarão em uma crise ainda mais severa nos próximos anos.
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Em conselho da ONU, China é criticada por piora em direitos humanos
Doze países, liderados pelos Estados Unidos, criticaram "a deterioração dos direitos humanos" na China em uma declaração lida durante reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, nesta quinta-feira (10). O embaixador americano Keith Harper cobrou que o governo de Pequim libere ativistas detidos no país, sejam chineses ou estrangeiros. E afirmou que as frequentes transmissões, pela televisão, de supostas confissões de detidos por crimes diversos, antes mesmo de processos judiciais, violam convenções internacionais e as próprias leis chinesas. O raro posicionamento foi apresentado em conjunto com Austrália, Japão e nove países europeus. Especialistas apontam maior cerco às manifestações individuais e pressão sobre a sociedade civil após a chegada ao poder do presidente Xi Jinping, em 2013. A China tem sido criticada pela prisão de cerca de 200 advogados ligados a questões de direitos humanos, em 2015, e a uma maior censura nas redes sociais e jornais. Sophie Richardson, diretora da Human Rights Watch para a China, comemorou as críticas à China. "A declaração mostra que, enquanto o presidente Xi Jinping pensa que ele pode erradicar diferenças de opinião em casa, o mundo apoia os defensores em combate pelos direitos humanos na China", disse em nota divulgada pela entidade. REAÇÃO FIRME CHINESA A delegação chinesa no conselho reagiu de maneira firme à fala do embaixador americano. "Os Estados Unidos são um país notório por prisões abusivas em Guantánamo, sua violência por armas é desenfreada, o racismo é um mal enraizado", afirmou ao conselho o diplomata Fu Cong. "Os Estados Unidos conduzem escutas clandestinas em larga escala, usam drones para atacar civis inocentes em ouutros países, suas tropas cometem estupros e assassinatos de locais em terra estrangeira. E promovem sequestros no exterior e utilizam prisões clandestinas." Em outro episódio, a delegação chinesa escreveu para diplomatas e integrantes da ONU recomendando que eles não compareçam a um evento marcado para esta sexta (11), em Genebra, onde falará o Dalai Lama, acusado pelo governo chinês de separatismo. A carta foi escrita na terça (8), dia em que o evento, patrocinado pelos Estados Unidos e o Canadá, foi anunciado.
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Em conselho da ONU, China é criticada por piora em direitos humanosDoze países, liderados pelos Estados Unidos, criticaram "a deterioração dos direitos humanos" na China em uma declaração lida durante reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, nesta quinta-feira (10). O embaixador americano Keith Harper cobrou que o governo de Pequim libere ativistas detidos no país, sejam chineses ou estrangeiros. E afirmou que as frequentes transmissões, pela televisão, de supostas confissões de detidos por crimes diversos, antes mesmo de processos judiciais, violam convenções internacionais e as próprias leis chinesas. O raro posicionamento foi apresentado em conjunto com Austrália, Japão e nove países europeus. Especialistas apontam maior cerco às manifestações individuais e pressão sobre a sociedade civil após a chegada ao poder do presidente Xi Jinping, em 2013. A China tem sido criticada pela prisão de cerca de 200 advogados ligados a questões de direitos humanos, em 2015, e a uma maior censura nas redes sociais e jornais. Sophie Richardson, diretora da Human Rights Watch para a China, comemorou as críticas à China. "A declaração mostra que, enquanto o presidente Xi Jinping pensa que ele pode erradicar diferenças de opinião em casa, o mundo apoia os defensores em combate pelos direitos humanos na China", disse em nota divulgada pela entidade. REAÇÃO FIRME CHINESA A delegação chinesa no conselho reagiu de maneira firme à fala do embaixador americano. "Os Estados Unidos são um país notório por prisões abusivas em Guantánamo, sua violência por armas é desenfreada, o racismo é um mal enraizado", afirmou ao conselho o diplomata Fu Cong. "Os Estados Unidos conduzem escutas clandestinas em larga escala, usam drones para atacar civis inocentes em ouutros países, suas tropas cometem estupros e assassinatos de locais em terra estrangeira. E promovem sequestros no exterior e utilizam prisões clandestinas." Em outro episódio, a delegação chinesa escreveu para diplomatas e integrantes da ONU recomendando que eles não compareçam a um evento marcado para esta sexta (11), em Genebra, onde falará o Dalai Lama, acusado pelo governo chinês de separatismo. A carta foi escrita na terça (8), dia em que o evento, patrocinado pelos Estados Unidos e o Canadá, foi anunciado.
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Emprego mostra que Brasil saiu 'definitivamente' da recessão, diz Meirelles
Os bons resultados do emprego mostram que o Brasil saiu "definitivamente" da recessão, segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Nesta sexta (22), em Nova York, ele disse a jornalistas que "o fato de o emprego estar mostrando recuperação consistente mostra que está o crescimento e a economia brasileira estão consolidados." "Saímos definitivamente da recessão, agora, de uma forma consistente e consolidada pelo emprego", afirmou o ministro. O Ministério do Trabalho divulgou na quinta (21) que o Brasil criou 35,5 mil vagas de trabalho com carteira assinada em agosto. Foi o quinto mês seguido de resultado positivo no trabalho formal, de acordo com as estatísticas oficiais. Segundo Meirelles, o emprego é o ultimo indicador a reagir no processo de recuperação porque as empresas normalmente preservam uma certa capacidade ociosa e "começam a usá-la antes de, de fato, começar a contratar". "Portanto é normal que, na recuperação, o emprego reaja com uma certa defasagem e na retração também", afirmou. O saldo de agosto é o maior para o mês desde 2014. Em 2015 e 2016, ocorreram mais demissões do que contratações neste período. DESBLOQUEIO Questionado sobre o anúncio da liberação de R$ 12,8 bilhões do Orçamento de 2017 pelo Ministério do Planejamento, Meirelles disse que a melhora na arrecadação permitiu o desbloqueio. "Na medida em que a arrecadação começa a reagir, outras medidas também começam a surtir efeito. Quer dizer, medidas que foram tomadas visando maior arrecadação e cortes de despesas. E é possível descontingenciar", afirmou. "Os cortes específicos de despesas permitem que os cortes horizontais de contingenciamento sejam diminuídos, e isso é o que está acontecendo."
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Emprego mostra que Brasil saiu 'definitivamente' da recessão, diz MeirellesOs bons resultados do emprego mostram que o Brasil saiu "definitivamente" da recessão, segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Nesta sexta (22), em Nova York, ele disse a jornalistas que "o fato de o emprego estar mostrando recuperação consistente mostra que está o crescimento e a economia brasileira estão consolidados." "Saímos definitivamente da recessão, agora, de uma forma consistente e consolidada pelo emprego", afirmou o ministro. O Ministério do Trabalho divulgou na quinta (21) que o Brasil criou 35,5 mil vagas de trabalho com carteira assinada em agosto. Foi o quinto mês seguido de resultado positivo no trabalho formal, de acordo com as estatísticas oficiais. Segundo Meirelles, o emprego é o ultimo indicador a reagir no processo de recuperação porque as empresas normalmente preservam uma certa capacidade ociosa e "começam a usá-la antes de, de fato, começar a contratar". "Portanto é normal que, na recuperação, o emprego reaja com uma certa defasagem e na retração também", afirmou. O saldo de agosto é o maior para o mês desde 2014. Em 2015 e 2016, ocorreram mais demissões do que contratações neste período. DESBLOQUEIO Questionado sobre o anúncio da liberação de R$ 12,8 bilhões do Orçamento de 2017 pelo Ministério do Planejamento, Meirelles disse que a melhora na arrecadação permitiu o desbloqueio. "Na medida em que a arrecadação começa a reagir, outras medidas também começam a surtir efeito. Quer dizer, medidas que foram tomadas visando maior arrecadação e cortes de despesas. E é possível descontingenciar", afirmou. "Os cortes específicos de despesas permitem que os cortes horizontais de contingenciamento sejam diminuídos, e isso é o que está acontecendo."
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Temer avalia corte de gastos e pente-fino em programas sociais
Nos primeiros dois meses à frente da Presidência da República, caso a presidente Dilma Rousseff seja afastada temporariamente do cargo, o vice-presidente Michel Temer pretende adotar medidas econômicas de curto prazo para tentar recuperar o desempenho da economia e a credibilidade do governo junto ao mercado. Em um esforço de corte de custos, o peemedebista quer reduzir de 32 para 25 o número de ministérios e avalia um pente-fino geral nos gastos governamentais para avaliação de suas demandas e impactos, incluindo programas sociais como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida. Como previsto no programa governamental "Ponte para o Futuro", elaborado pelo vice-presidente, a ideia é constatar se as atuais iniciativas e medidas estão atendendo seus objetivos iniciais e o público alvo para os quais foram criadas. O pente-fino deverá se estender também para alugueis, fornecedores e pessoal. Além disso, a equipe do peemedebista quer fixar um teto para as despesas de custeio, mas não foi definido ainda o critério para o limite. No "Ponte para o Futuro", há previsão de que ele seja estabelecido por meio de lei e seja inferior ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). No período, a ideia é também iniciar no Congresso Nacional uma discussão sobre a realização de reformas previdenciária e trabalhista, que deverão ser efetuadas, contudo, em um segundo momento da gestão interina. O comando peemedebista defende a necessidade de fixação de uma idade mínima para aposentadoria, proposta que enfrenta resistência entre as centrais sindicais. Os homens de Temer Para evitar um desgaste de partida, Temer defende que a questão seja melhor discutida antes do envio de uma proposta ao Congresso Nacional. O peemedebista também pretende criar um programa de concessões e privatizações, que será gerido pelo ex-ministro Moreira Franco, que deverá ocupar cargo de assessor especial. Nas palavras de um aliado do peemedebista, o vice-presidente precisará logo de cara mostrar que fará mudanças efetivas e que fará uma gestão superior a de Dilma. Além disso, terá de aproveitar uma espécie de "lua de mel" com o Congresso Nacional. Nos cálculos do grupo do peemedebista, nos primeiros 60 dias, será possível contar com uma base aliada de cerca de 400 deputados federais e 56 senadores, quantidade que poderá ser reduzida caso o governo não consiga estabilizar a economia.
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Temer avalia corte de gastos e pente-fino em programas sociaisNos primeiros dois meses à frente da Presidência da República, caso a presidente Dilma Rousseff seja afastada temporariamente do cargo, o vice-presidente Michel Temer pretende adotar medidas econômicas de curto prazo para tentar recuperar o desempenho da economia e a credibilidade do governo junto ao mercado. Em um esforço de corte de custos, o peemedebista quer reduzir de 32 para 25 o número de ministérios e avalia um pente-fino geral nos gastos governamentais para avaliação de suas demandas e impactos, incluindo programas sociais como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida. Como previsto no programa governamental "Ponte para o Futuro", elaborado pelo vice-presidente, a ideia é constatar se as atuais iniciativas e medidas estão atendendo seus objetivos iniciais e o público alvo para os quais foram criadas. O pente-fino deverá se estender também para alugueis, fornecedores e pessoal. Além disso, a equipe do peemedebista quer fixar um teto para as despesas de custeio, mas não foi definido ainda o critério para o limite. No "Ponte para o Futuro", há previsão de que ele seja estabelecido por meio de lei e seja inferior ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). No período, a ideia é também iniciar no Congresso Nacional uma discussão sobre a realização de reformas previdenciária e trabalhista, que deverão ser efetuadas, contudo, em um segundo momento da gestão interina. O comando peemedebista defende a necessidade de fixação de uma idade mínima para aposentadoria, proposta que enfrenta resistência entre as centrais sindicais. Os homens de Temer Para evitar um desgaste de partida, Temer defende que a questão seja melhor discutida antes do envio de uma proposta ao Congresso Nacional. O peemedebista também pretende criar um programa de concessões e privatizações, que será gerido pelo ex-ministro Moreira Franco, que deverá ocupar cargo de assessor especial. Nas palavras de um aliado do peemedebista, o vice-presidente precisará logo de cara mostrar que fará mudanças efetivas e que fará uma gestão superior a de Dilma. Além disso, terá de aproveitar uma espécie de "lua de mel" com o Congresso Nacional. Nos cálculos do grupo do peemedebista, nos primeiros 60 dias, será possível contar com uma base aliada de cerca de 400 deputados federais e 56 senadores, quantidade que poderá ser reduzida caso o governo não consiga estabilizar a economia.
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Convenção do PSDB estima reunir 3.000 em Brasília
A convenção nacional do PSDB, principal partido da oposição, estima reunir cerca de 3.000 militantes neste domingo (5), quando será formada a nova executiva tucana. O evento acontece em centro de convenções localizado em um dos melhores hotéis da cidade e a alguns quilômetros do Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente Dilma Rousseff. Militantes são recepcionados com um "kit sobrevivência", contendo sanduíche natural, suco, fruta e chocolate. Até a chegada da cúpula do partido, com presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do governador de São Paulo Geraldo Alckmin e do senador Aécio Neves (MG), deputados se revezam em discursos contra a presidente Dilma. Há ainda show da banda Afro Lata, grupo de percussionistas da comunidade de Vigário Geral (Rio). "O Brasil conhece uma presidente que mente, que não diz nada com nada. () O máximo que consegue fazer é uma apologia à mandioca", disse o deputado Bruno Araújo (PE). "A crise econômica, infelizmente, está só começando. Nossos adversários perderam a dimensão da ética", emendou o deputado mineiro Marcus Pestana. Como revelou a Folha, Aécio Neves, que será oficialmente reeleito para o comando da sigla, vai apresentar uma "carta de princípios" ao país. Ele pretende reafirmar compromissos assumidos durante a última campanha presidencial, em 2014, quando disputou contra a presidente Dilma Rousseff e perdeu por margem pequena de votos. O tucano chegou às 11h27, acompanhado da cúpula do partido. A recepção aos políticos provocou tumulto no local: alguns militantes caíram no chão ao tentar se aproximar dos tucanos - o senador estava acompanhado do presidente de honra do partido, Fernando Henrique Cardoso, do governador de São Paulo e do líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB). Candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais, Aécio foi recebido com gritos de "Aécio guerreiro, orgulho dos mineiros" e "a juventude já decidiu: Aécio Neves presidente do Brasil". O político foi apresentado pelo locutor como "neto de Tancredo Neves" e "o nome no coração do nosso povo". A convenção reúne não só a cúpula tucana como também outros partidos da oposição: estão presentes o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), o presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), e a presidente do PTB, deputada federal Cristiane Brasil (RJ). MUDANÇAS NO ESTATUTO Na manhã de hoje, foram aprovadas mudanças no estatuto do partido. Entre elas, a criação de duas vice-presidências: uma para mulheres e outra para o tema jurídico. Pouco depois das eleições presidenciais, o PSDB moveu ação contra Dilma no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em que pede a cassação da chapa encabeçada pela petista por abuso de poder econômico e político. Atualmente, o PSDB reúne no Congresso Nacional 11 senadores e 54 deputados federais, de um total de 83 e 513 cadeiras, respectivamente. Ao todo, o partido comanda cinco Estados - São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Pará - e 793 prefeituras. A legenda soma ainda 95 deputados estaduais e 5.261 vereadores.
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Convenção do PSDB estima reunir 3.000 em BrasíliaA convenção nacional do PSDB, principal partido da oposição, estima reunir cerca de 3.000 militantes neste domingo (5), quando será formada a nova executiva tucana. O evento acontece em centro de convenções localizado em um dos melhores hotéis da cidade e a alguns quilômetros do Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente Dilma Rousseff. Militantes são recepcionados com um "kit sobrevivência", contendo sanduíche natural, suco, fruta e chocolate. Até a chegada da cúpula do partido, com presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do governador de São Paulo Geraldo Alckmin e do senador Aécio Neves (MG), deputados se revezam em discursos contra a presidente Dilma. Há ainda show da banda Afro Lata, grupo de percussionistas da comunidade de Vigário Geral (Rio). "O Brasil conhece uma presidente que mente, que não diz nada com nada. () O máximo que consegue fazer é uma apologia à mandioca", disse o deputado Bruno Araújo (PE). "A crise econômica, infelizmente, está só começando. Nossos adversários perderam a dimensão da ética", emendou o deputado mineiro Marcus Pestana. Como revelou a Folha, Aécio Neves, que será oficialmente reeleito para o comando da sigla, vai apresentar uma "carta de princípios" ao país. Ele pretende reafirmar compromissos assumidos durante a última campanha presidencial, em 2014, quando disputou contra a presidente Dilma Rousseff e perdeu por margem pequena de votos. O tucano chegou às 11h27, acompanhado da cúpula do partido. A recepção aos políticos provocou tumulto no local: alguns militantes caíram no chão ao tentar se aproximar dos tucanos - o senador estava acompanhado do presidente de honra do partido, Fernando Henrique Cardoso, do governador de São Paulo e do líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB). Candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais, Aécio foi recebido com gritos de "Aécio guerreiro, orgulho dos mineiros" e "a juventude já decidiu: Aécio Neves presidente do Brasil". O político foi apresentado pelo locutor como "neto de Tancredo Neves" e "o nome no coração do nosso povo". A convenção reúne não só a cúpula tucana como também outros partidos da oposição: estão presentes o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), o presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), e a presidente do PTB, deputada federal Cristiane Brasil (RJ). MUDANÇAS NO ESTATUTO Na manhã de hoje, foram aprovadas mudanças no estatuto do partido. Entre elas, a criação de duas vice-presidências: uma para mulheres e outra para o tema jurídico. Pouco depois das eleições presidenciais, o PSDB moveu ação contra Dilma no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em que pede a cassação da chapa encabeçada pela petista por abuso de poder econômico e político. Atualmente, o PSDB reúne no Congresso Nacional 11 senadores e 54 deputados federais, de um total de 83 e 513 cadeiras, respectivamente. Ao todo, o partido comanda cinco Estados - São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Pará - e 793 prefeituras. A legenda soma ainda 95 deputados estaduais e 5.261 vereadores.
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Quem arquitetou o golpe na Turquia?
A história política turca tem um legado de intervenções militares que desmoralizou a liderança civil e democrática de nossa República em 1960, 1971, 1980 e 1997. Apesar de autoridades civis eleitas democraticamente terem sido desacreditadas em cada um desses golpes, a estrutura política preexistente sempre foi capaz de formar novos partidos políticos e estabilizar operações governamentais para uma retirada militar. De acordo com muitos analistas militares renomados, o golpe recente na Turquia, em 15/7, parece ter sido planejado para fracassar e fornecer ao presidente Recep Tayyip Erdogan um pretexto para constituir seu próprio regime, com a instituição de um estado de emergência. Assim, para alguns especialistas, a vitória tramada de Erdogan sobre a suposta tentativa de golpe tinha o objetivo de mostrar ao mundo que ele ainda é poderoso. No artigo intitulado "A Turquia Entra em Parafuso", o professor Umit Cizre, um renomado acadêmico turco, especialista em relações cívico-militares, apontou que a falta de informações sólidas é uma das características perturbadoras desse tipo de golpe. "Três semanas após o 15 de julho, nem os eventos ocorridos na noite do golpe nem as identidades dos instigadores e seus colaboradores foram esclarecidos de forma satisfatória. Não é surpresa que teorias da conspiração encontrem solo fértil para crescer. O governo promove uniformemente uma dessas teorias -gulenistas [referência aos seguidores do clérigo Fethullah Gülen] organizaram o complô com apoio da CIA e da administração Obama. O clamor geral, em todos os níveis políticos e sociais, demonizando a 'organização terrorista', faz parecer que o caso contra os gulenistas está encerrado", escreveu Cizre. No artigo "Um Golpe Muito Previsível?", Philip Giraldi, um proeminente especialista em inteligência e segurança, observou que ninguém em Washington acredita que Gülen esteja por trás dos atos. "É conveniente, para Erdogan, culpar o seu principal oponente, pois isso facilitará a prisão de qualquer pessoa não relacionada ao golpe, afirmando que ela é gulenista. Erdogan tornou-se hábil em prender oponentes, com frequência jornalistas, sob acusações falsas, incluindo traição, e dessa vez não será diferente", escreveu. Para Giraldi, a tentativa de golpe foi, basicamente, uma armação: "Erdogan e seu governo vinham dando sinais, há meses, a respeito da possibilidade de um golpe. O evento em si não deveria surpreender ninguém. Entretanto, está claro que, de fato, havia um golpe sendo tramado, aparentemente apoiado por setores do Exército que defendem um Estado laico". O expurgo na Turquia, avalia o pesquisador, não está limitado aos seguidores de Gülen -inclui todos os segmentos da sociedade que possam ser críticos ao governo. Erdogan exterminou a democracia na Turquia. Centenas de veículos de comunicação foram fechados, dezenas de jornalistas foram presos, mais de 80 mil pessoas das Forças Armadas, do serviço público, do Judiciário e das universidades perderam seus empregos ou foram detidas. De acordo com a Anistia Internacional, algumas foram torturadas e estupradas. O governo também tomou posse, sem qualquer base legal, de propriedades privadas e de contas bancárias de cidadãos. Ao descrever os acontecimentos de 15 de julho como "um presente de Deus", Erdogan tornou claro seu intuito de perseguir qualquer pessoa, seja ela gulenista ou não. BAYRAM OZTURK, jornalista turco. Foi membro do conselho editorial do jornal "Zaman", fechado no final de julho pelo governo turco. O periódico era ligado ao grupo do clérigo Fethullah Gülen, a quem o presidente Erdogan acusa de instigar o golpe no país PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected].
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Quem arquitetou o golpe na Turquia?A história política turca tem um legado de intervenções militares que desmoralizou a liderança civil e democrática de nossa República em 1960, 1971, 1980 e 1997. Apesar de autoridades civis eleitas democraticamente terem sido desacreditadas em cada um desses golpes, a estrutura política preexistente sempre foi capaz de formar novos partidos políticos e estabilizar operações governamentais para uma retirada militar. De acordo com muitos analistas militares renomados, o golpe recente na Turquia, em 15/7, parece ter sido planejado para fracassar e fornecer ao presidente Recep Tayyip Erdogan um pretexto para constituir seu próprio regime, com a instituição de um estado de emergência. Assim, para alguns especialistas, a vitória tramada de Erdogan sobre a suposta tentativa de golpe tinha o objetivo de mostrar ao mundo que ele ainda é poderoso. No artigo intitulado "A Turquia Entra em Parafuso", o professor Umit Cizre, um renomado acadêmico turco, especialista em relações cívico-militares, apontou que a falta de informações sólidas é uma das características perturbadoras desse tipo de golpe. "Três semanas após o 15 de julho, nem os eventos ocorridos na noite do golpe nem as identidades dos instigadores e seus colaboradores foram esclarecidos de forma satisfatória. Não é surpresa que teorias da conspiração encontrem solo fértil para crescer. O governo promove uniformemente uma dessas teorias -gulenistas [referência aos seguidores do clérigo Fethullah Gülen] organizaram o complô com apoio da CIA e da administração Obama. O clamor geral, em todos os níveis políticos e sociais, demonizando a 'organização terrorista', faz parecer que o caso contra os gulenistas está encerrado", escreveu Cizre. No artigo "Um Golpe Muito Previsível?", Philip Giraldi, um proeminente especialista em inteligência e segurança, observou que ninguém em Washington acredita que Gülen esteja por trás dos atos. "É conveniente, para Erdogan, culpar o seu principal oponente, pois isso facilitará a prisão de qualquer pessoa não relacionada ao golpe, afirmando que ela é gulenista. Erdogan tornou-se hábil em prender oponentes, com frequência jornalistas, sob acusações falsas, incluindo traição, e dessa vez não será diferente", escreveu. Para Giraldi, a tentativa de golpe foi, basicamente, uma armação: "Erdogan e seu governo vinham dando sinais, há meses, a respeito da possibilidade de um golpe. O evento em si não deveria surpreender ninguém. Entretanto, está claro que, de fato, havia um golpe sendo tramado, aparentemente apoiado por setores do Exército que defendem um Estado laico". O expurgo na Turquia, avalia o pesquisador, não está limitado aos seguidores de Gülen -inclui todos os segmentos da sociedade que possam ser críticos ao governo. Erdogan exterminou a democracia na Turquia. Centenas de veículos de comunicação foram fechados, dezenas de jornalistas foram presos, mais de 80 mil pessoas das Forças Armadas, do serviço público, do Judiciário e das universidades perderam seus empregos ou foram detidas. De acordo com a Anistia Internacional, algumas foram torturadas e estupradas. O governo também tomou posse, sem qualquer base legal, de propriedades privadas e de contas bancárias de cidadãos. Ao descrever os acontecimentos de 15 de julho como "um presente de Deus", Erdogan tornou claro seu intuito de perseguir qualquer pessoa, seja ela gulenista ou não. BAYRAM OZTURK, jornalista turco. Foi membro do conselho editorial do jornal "Zaman", fechado no final de julho pelo governo turco. O periódico era ligado ao grupo do clérigo Fethullah Gülen, a quem o presidente Erdogan acusa de instigar o golpe no país PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected].
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Visitas decisivas
O São Paulo abriu mão de ser o melhor visitante do Brasileiro ao escalar seis reservas contra o Santos. O triunfo no clássico faria o time de Bauza encostar na zona de classificação da Libertadores por causa dos pontos como visitante. Ninguém somou mais pontos fora de casa até agora do que o Cruzeiro, que ameaçou tirar o Palmeiras da liderança pela dificuldade de Cuca em jogar distante do estádio Allianz Parque. Nos últimos três Brasileiros, o campeão foi o time de melhor desempenho tanto em seu estádio quanto nos campos rivais. Desta vez, o melhor visitante está estacionado no meio da tabela e o líder tem o menor número de pontos desde 2004, na 11ª rodada. Está diferente. O que sedimenta a liderança do Palmeiras é ser o melhor mandante do Brasileiro, o único com aproveitamento total quando joga dentro de casa. É um mistério até hoje por que faz tanta diferença jogar diante de sua torcida ou distante dela. É incrível, mas sempre foi assim. O Santos de Pelé campeão da Libertadores de 1962, enfiou 9 x 1 no Cerro Porteño no Brasil, mas empatou por 1 x 1 em Assunção. O Palmeiras tem como dívida repetir em suas viagens o bom desempenho doméstico. A irregularidade ainda pode ser explicada pelo trabalho de curto prazo. Não há times sólidos no país, pois não há trabalhos sedimentados. O Palmeiras é um exemplo. Lidera o Brasileirão com seu técnico no cargo há três meses "" 22 jogos "" e ainda com muitos altos e baixos. Há um contraponto. O líder jogou mal em Belo Horizonte, em parte porque o Cruzeiro teve uma apresentação excelente. Começou a rodada em 16º lugar e era o lanterna há uma semana. Em qual campeonato do planeta, o 16º colocado é capaz de colocar o líder em apuros como fez o Cruzeiro no sábado? Nem quando o Chelsea ocupou a 16ª colocação da Premier League... O líder perde pontos porque os rivais são do mesmo nível. O Cruzeiro dos nove pontos fora do estádio Mineirão teve show de Alisson sobre o lento lateral-direito Fabiano. Cuca tentou corrigir a marcação sobre De Arrascaeta deslocando Tchê Tchê para a lateral esquerda, porque o meia uruguaio jogava na ponta direita. A formação que dá certo em casa foi repetida no Mineirão, tentativa de manter o bom desempenho mesmo longe de sua torcida. Nada disso resolveu. O Cruzeiro jogou bem e mereceu ganhar. Um pouco pelos problemas que o líder ainda tem. Muito porque o equilíbrio continua sendo o maior atrativo do Brasileiro. O lanterna da semana passada pode ganhar do primeiro colocado. O Cruzeiro, campeão dois anos atrás, brigava contra o rebaixamento, e o líder atual lutou para não cair até o último jogo, há duas temporadas. O único jeito de ser campeão brasileiro é ser ousado sempre. Daí o pecado do São Paulo, derrotado no clássico do Pacaembu. Bauza depende de Calleri para fazer gols em casa, ou passa em branco como aconteceu quinta-feira contra o Sport. Faz poucos gols como visitante, o que dificulta ganhar a taça nos pontos corridos. A vocação tricolor é o mata-mata. Se quiser uma boa notícia, o São Paulo descobriu que Luiz Araújo pode ser um bom substituto para Kelvin na semifinal da Libertadores. Campinho PVC OS CAMPEÕES A Alemanha não vence a Eurocopa há vinte anos e não jogou ainda como favorita ao título. Mas tem uma de suas velhas características: autoridade. Ganhou da Eslováquia e espera o ganhador de Itália x Espanha, hoje. EFEITO CASA Só três vezes o campeão da Euro foi o anfitrião e isto não acontece desde 1984. Campeã em casa pela última vez, a França contou com a ajuda da arquibancada —e de Griezmann— para vencer a Irlanda.
colunas
Visitas decisivasO São Paulo abriu mão de ser o melhor visitante do Brasileiro ao escalar seis reservas contra o Santos. O triunfo no clássico faria o time de Bauza encostar na zona de classificação da Libertadores por causa dos pontos como visitante. Ninguém somou mais pontos fora de casa até agora do que o Cruzeiro, que ameaçou tirar o Palmeiras da liderança pela dificuldade de Cuca em jogar distante do estádio Allianz Parque. Nos últimos três Brasileiros, o campeão foi o time de melhor desempenho tanto em seu estádio quanto nos campos rivais. Desta vez, o melhor visitante está estacionado no meio da tabela e o líder tem o menor número de pontos desde 2004, na 11ª rodada. Está diferente. O que sedimenta a liderança do Palmeiras é ser o melhor mandante do Brasileiro, o único com aproveitamento total quando joga dentro de casa. É um mistério até hoje por que faz tanta diferença jogar diante de sua torcida ou distante dela. É incrível, mas sempre foi assim. O Santos de Pelé campeão da Libertadores de 1962, enfiou 9 x 1 no Cerro Porteño no Brasil, mas empatou por 1 x 1 em Assunção. O Palmeiras tem como dívida repetir em suas viagens o bom desempenho doméstico. A irregularidade ainda pode ser explicada pelo trabalho de curto prazo. Não há times sólidos no país, pois não há trabalhos sedimentados. O Palmeiras é um exemplo. Lidera o Brasileirão com seu técnico no cargo há três meses "" 22 jogos "" e ainda com muitos altos e baixos. Há um contraponto. O líder jogou mal em Belo Horizonte, em parte porque o Cruzeiro teve uma apresentação excelente. Começou a rodada em 16º lugar e era o lanterna há uma semana. Em qual campeonato do planeta, o 16º colocado é capaz de colocar o líder em apuros como fez o Cruzeiro no sábado? Nem quando o Chelsea ocupou a 16ª colocação da Premier League... O líder perde pontos porque os rivais são do mesmo nível. O Cruzeiro dos nove pontos fora do estádio Mineirão teve show de Alisson sobre o lento lateral-direito Fabiano. Cuca tentou corrigir a marcação sobre De Arrascaeta deslocando Tchê Tchê para a lateral esquerda, porque o meia uruguaio jogava na ponta direita. A formação que dá certo em casa foi repetida no Mineirão, tentativa de manter o bom desempenho mesmo longe de sua torcida. Nada disso resolveu. O Cruzeiro jogou bem e mereceu ganhar. Um pouco pelos problemas que o líder ainda tem. Muito porque o equilíbrio continua sendo o maior atrativo do Brasileiro. O lanterna da semana passada pode ganhar do primeiro colocado. O Cruzeiro, campeão dois anos atrás, brigava contra o rebaixamento, e o líder atual lutou para não cair até o último jogo, há duas temporadas. O único jeito de ser campeão brasileiro é ser ousado sempre. Daí o pecado do São Paulo, derrotado no clássico do Pacaembu. Bauza depende de Calleri para fazer gols em casa, ou passa em branco como aconteceu quinta-feira contra o Sport. Faz poucos gols como visitante, o que dificulta ganhar a taça nos pontos corridos. A vocação tricolor é o mata-mata. Se quiser uma boa notícia, o São Paulo descobriu que Luiz Araújo pode ser um bom substituto para Kelvin na semifinal da Libertadores. Campinho PVC OS CAMPEÕES A Alemanha não vence a Eurocopa há vinte anos e não jogou ainda como favorita ao título. Mas tem uma de suas velhas características: autoridade. Ganhou da Eslováquia e espera o ganhador de Itália x Espanha, hoje. EFEITO CASA Só três vezes o campeão da Euro foi o anfitrião e isto não acontece desde 1984. Campeã em casa pela última vez, a França contou com a ajuda da arquibancada —e de Griezmann— para vencer a Irlanda.
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CBF não envia acordos de patrocínio, mas leva outros documentos à CPI
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) informou que entregará à CPI do Futebol, em Brasília, alguns documentos solicitados pela comissão que investiga a entidade e cartolas. Secretário-geral da entidade, Walter Feldman disse ter entregue os documentos à diretoria da CBF na capital federal para serem protocolados. Não estão entre eles os contratos de patrocínio da CBF, já que na semana passada o STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu uma liminar que dá à confederação o direito de não divulgar seus acordos com parceiros comerciais e aqueles relacionados à seleção brasileira, requerimento que havia sido feito pelo presidente da CPI, o senador Romário (PSB-RJ). "Há documentos que são confidenciais. Há outros que não vemos problema nenhum em entregar", disse Feldman à Folha. Entre os papéis estão os repasses feitos pela CBF para as federações estaduais, entre o período de 2005 a 2015, pedido feito em outro requerimento, do senador Wellington Fagundes (PR-MT). Deve contar também repasse feito aos dirigentes dessas federações.
esporte
CBF não envia acordos de patrocínio, mas leva outros documentos à CPIA CBF (Confederação Brasileira de Futebol) informou que entregará à CPI do Futebol, em Brasília, alguns documentos solicitados pela comissão que investiga a entidade e cartolas. Secretário-geral da entidade, Walter Feldman disse ter entregue os documentos à diretoria da CBF na capital federal para serem protocolados. Não estão entre eles os contratos de patrocínio da CBF, já que na semana passada o STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu uma liminar que dá à confederação o direito de não divulgar seus acordos com parceiros comerciais e aqueles relacionados à seleção brasileira, requerimento que havia sido feito pelo presidente da CPI, o senador Romário (PSB-RJ). "Há documentos que são confidenciais. Há outros que não vemos problema nenhum em entregar", disse Feldman à Folha. Entre os papéis estão os repasses feitos pela CBF para as federações estaduais, entre o período de 2005 a 2015, pedido feito em outro requerimento, do senador Wellington Fagundes (PR-MT). Deve contar também repasse feito aos dirigentes dessas federações.
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Macri é internado em Buenos Aires após sofrer arritmia cardíaca
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, foi hospitalizado por volta das 19h30 desta sexta-feira (3) após sofrer uma arritmia cardíaca. A Casa Rosada informou que ele ele passa bem, mas deverá permanecer na Clínica Olivos (a cinco quadras da residência presidencial), na região metropolitana de Buenos Aires, por mais algumas horas. Macri, 57, teve os primeiros sintomas da fibrilação atrial (espécie de arritmia considerada comum, principalmente em pessoas mais velhas) por volta das 15h, mas continuou trabalhando até o fim da tarde, quando os médicos da Presidência decidiram encaminhá-lo à clínica para a realização de exames. Durante a tarde, a revista "Caras" havia noticiado a internação, que foi desmentida em seguida pela Casa Rosada com a publicação de uma foto feita no mesmo momento. A imagem mostrava o dirigente recebendo quatro jornalistas na Quinta de Olivos, a residência oficial. Três horas e meia depois, porém, a informação foi confirmada. Em janeiro, o chefe de Estado fissurou uma costela ao cair enquanto brincava com sua filha de quatro anos, Antonia. O acidente o impediu de participar da cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) no Equador.
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Macri é internado em Buenos Aires após sofrer arritmia cardíacaO presidente da Argentina, Mauricio Macri, foi hospitalizado por volta das 19h30 desta sexta-feira (3) após sofrer uma arritmia cardíaca. A Casa Rosada informou que ele ele passa bem, mas deverá permanecer na Clínica Olivos (a cinco quadras da residência presidencial), na região metropolitana de Buenos Aires, por mais algumas horas. Macri, 57, teve os primeiros sintomas da fibrilação atrial (espécie de arritmia considerada comum, principalmente em pessoas mais velhas) por volta das 15h, mas continuou trabalhando até o fim da tarde, quando os médicos da Presidência decidiram encaminhá-lo à clínica para a realização de exames. Durante a tarde, a revista "Caras" havia noticiado a internação, que foi desmentida em seguida pela Casa Rosada com a publicação de uma foto feita no mesmo momento. A imagem mostrava o dirigente recebendo quatro jornalistas na Quinta de Olivos, a residência oficial. Três horas e meia depois, porém, a informação foi confirmada. Em janeiro, o chefe de Estado fissurou uma costela ao cair enquanto brincava com sua filha de quatro anos, Antonia. O acidente o impediu de participar da cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) no Equador.
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Bibliófilo organiza dicionário com 6 mil pseudônimos literários
Em 2017, um dicionário com cerca de 6.000 pseudônimos de escritores ficará pronto. O livro é fruto de 12 anos de pesquisa do bibliófilo Luís Pio Pedro. Se forem levados em conta outros disfarces, como o uso de iniciais, a obra já tem quase 10 mil verbetes. Aparecem Drummond (Barba Azul, El Caballero Sentimental) e Mário de Andrade (Pau D'Alho), entre outros. Drummond era o autor que mais usava disfarces: dele, o dicionário, que sai pela Ateliê Editorial, terá 63 verbetes. Leitura O Instituto Pró-Livro, que faz a conhecida pesquisa "Retratos da Leitura no Brasil", realiza pela primeira vez o Prêmio IPL, voltado para organizações que atuam na promoção do livro. A cerimônia de entrega do troféu será na quinta (15). Leitura 2 Na chamada "cadeia produtiva", os vencedores foram, nesta ordem: o projeto Bibliotecas Comunitárias, do Instituto Ecofuturo, mantido pela Suzano Papel e Celulose; o Skoob, rede social de leitores; e os clubes de leitura promovidos pela Companhia das Letras em presídios. Leitura 3 Já nas categorias ONGs, os eleitos foram os projetos Leia Para uma Criança, do Itaú Social; a Expedição Vaga Lume, que faz promoção da leitura na Amazônia; e a Flupp (Festa Literária das Periferias). Leitura 4 Já na categoria de mídia, os eleitos foram a revista "Emília"; a Plataforma do Letramento, da Fundação Volkswagen; e o programa "GloboNews Literatura". Casa de Machado Um grupo de imortais da Academia Brasileira de Letras defende que o poeta Antonio Cicero, que hoje concorre à vaga de Ivo Pitanguy, mude para a vaga deixada por Ferreira Gullar. Para a cadeira do cirurgião plástico, concorreriam João Almino e Arno Wehling, atual presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Festa O escritor lusitano Afonso Cruz é um dos confirmados da Flipoços 2017. Hermanos Quem sente saudade da coleção Otra Língua, da Rocco, agora tem a ¡Nosotros!, da Mundaréu. No prelo, estão "Andaimes" do autor uruguaio Mario Benedetti, em 'El País de la Canela', do colombiano William Ospina. Moda Depois de lançar os diários de Francisco Brennand, a editora Inquietude vai resgatar a obra do estilista Simão Azulay, que foi um dos maiores nomes da moda brasileira.
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Bibliófilo organiza dicionário com 6 mil pseudônimos literáriosEm 2017, um dicionário com cerca de 6.000 pseudônimos de escritores ficará pronto. O livro é fruto de 12 anos de pesquisa do bibliófilo Luís Pio Pedro. Se forem levados em conta outros disfarces, como o uso de iniciais, a obra já tem quase 10 mil verbetes. Aparecem Drummond (Barba Azul, El Caballero Sentimental) e Mário de Andrade (Pau D'Alho), entre outros. Drummond era o autor que mais usava disfarces: dele, o dicionário, que sai pela Ateliê Editorial, terá 63 verbetes. Leitura O Instituto Pró-Livro, que faz a conhecida pesquisa "Retratos da Leitura no Brasil", realiza pela primeira vez o Prêmio IPL, voltado para organizações que atuam na promoção do livro. A cerimônia de entrega do troféu será na quinta (15). Leitura 2 Na chamada "cadeia produtiva", os vencedores foram, nesta ordem: o projeto Bibliotecas Comunitárias, do Instituto Ecofuturo, mantido pela Suzano Papel e Celulose; o Skoob, rede social de leitores; e os clubes de leitura promovidos pela Companhia das Letras em presídios. Leitura 3 Já nas categorias ONGs, os eleitos foram os projetos Leia Para uma Criança, do Itaú Social; a Expedição Vaga Lume, que faz promoção da leitura na Amazônia; e a Flupp (Festa Literária das Periferias). Leitura 4 Já na categoria de mídia, os eleitos foram a revista "Emília"; a Plataforma do Letramento, da Fundação Volkswagen; e o programa "GloboNews Literatura". Casa de Machado Um grupo de imortais da Academia Brasileira de Letras defende que o poeta Antonio Cicero, que hoje concorre à vaga de Ivo Pitanguy, mude para a vaga deixada por Ferreira Gullar. Para a cadeira do cirurgião plástico, concorreriam João Almino e Arno Wehling, atual presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Festa O escritor lusitano Afonso Cruz é um dos confirmados da Flipoços 2017. Hermanos Quem sente saudade da coleção Otra Língua, da Rocco, agora tem a ¡Nosotros!, da Mundaréu. No prelo, estão "Andaimes" do autor uruguaio Mario Benedetti, em 'El País de la Canela', do colombiano William Ospina. Moda Depois de lançar os diários de Francisco Brennand, a editora Inquietude vai resgatar a obra do estilista Simão Azulay, que foi um dos maiores nomes da moda brasileira.
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Museu do Prado reproduz obras em 3 dimensões para cegos
Os guardas do Museu do Prado geralmente exigem que os visitantes se mantenham a um braço de distância de suas obras-primas. Mas, numa manhã recente neste museu de Madri, José Pedro González passava os dedos por uma das mais famosas pinturas de El Greco, "O Cavalheiro da Mão no Peito". Ele fez um movimento de vaivém sobre os olhos do fidalgo, esfregou a barba da figura e finalmente chegou à mão, acompanhando as bordas de cada dedo. Naturalmente, tratava-se de uma cópia. Mas -e isso é o mais surpreendente- essa cópia estava em três dimensões, para que González, 56, cego desde os 14 anos, pudesse experimentar a pintura por si próprio. "É uma sensação incrível", descreveu. "Sinto a pintura até o detalhe de cada unha." González estava visitando uma exposição pequena e altamente incomum, chamada "Tocando o Prado", que foi concebida para permitir que pessoas cegas ou com visão limitada pudessem, pelo tato, criar uma imagem mental de uma pintura. A mostra, que vai até 28 de junho, ocupa uma passagem lateral do museu. Estão expostas cópias tridimensionais de seis telas famosas do acervo do Prado, incluindo "O Guarda-Sol" (Goya), uma natureza morta de Van der Hamen, "A Forja de Vulcano" (Velázquez) e "Noli Me Tangere" (Correggio), retratando um encontro de Jesus com Maria Madalena. O Metropolitan Museum of Art (MoMA), de Nova York, e a National Gallery, de Londres, estão entre os vários museus que já organizam atividades para visitantes cegos, incluindo visitas guiadas especiais, aulas de desenho e oficinas "de toque", no qual os deficientes visuais podem tatear esculturas. O Louvre, em Paris, também tem uma Galeria Tátil com reproduções de algumas esculturas de seu acervo. Outros exemplos incluem o Museu de Arte de Denver e o Museu Nacional de San Carlos, na Cidade do México, um dos pioneiros no uso da colagem para reproduzir pinturas que pudessem ser sentidas pelos cegos. Mas a ideia de oferecer aos cegos a chance de tatear as telas por intermédio de cópias impressas em 3D vai muito além. Em 2011, a Galeria degli Uffizi, em Florença (Itália), exibiu uma versão mais modesta do método tridimensional do Prado, oferecendo uma cópia reduzida de uma das suas obras-primas, "O Nascimento de Vênus", de Botticelli. Outros museus têm usado cópias 3D em preto e branco. Mas Fernando Pérez Suescun, curador da exposição no Prado, disse que para eles foi "importante adicionar a cor, porque os deficientes visuais muitas vezes ainda podem perceber um pouco de cor". Partindo de uma foto em alta resolução da tela, os funcionários da gráfica especializada Estudios Durero, próxima a Bilbao, selecionam texturas e características que pudessem ser realçadas para os cegos. Em seguida, eles criaram uma impressão com uma tinta especial e, depois, usaram um processo químico para adicionar volume. Cada obra apresentada no Prado custa cerca de US$ 6.680. Um guia de áudio acompanha os cegos pela exposição, mas outros visitantes também recebem um guia de áudio e uma máscara para que possam se relacionar melhor com aquilo que um deficiente visual percebe. González nunca havia visto o retrato do cavalheiro de El Greco, uma das muitas obras-primas do Prado. Mas ele havia visitado museus quando criança e continuou a fazer isso depois de perder a visão, com a ajuda de sua mulher, que lhe descreve as pinturas. "É muito bom ver as pinturas com minha mulher e ficar com ela, mas faz claramente uma grande diferença quando eu consigo descobrir uma pintura sozinho em vez de escutar o que ela tem a me dizer", afirmou. Andrés Oteo, 56, que ficou cego por causa de um glaucoma há 35 anos, disse que havia visto o retrato do fidalgo na sua juventude, mas "uma coisa é lembrar mais ou menos de como era, e outra coisa é poder tocá-la em todos os seus detalhes". Ele acrescentou: "É como recuperar a visão".
ilustrada
Museu do Prado reproduz obras em 3 dimensões para cegosOs guardas do Museu do Prado geralmente exigem que os visitantes se mantenham a um braço de distância de suas obras-primas. Mas, numa manhã recente neste museu de Madri, José Pedro González passava os dedos por uma das mais famosas pinturas de El Greco, "O Cavalheiro da Mão no Peito". Ele fez um movimento de vaivém sobre os olhos do fidalgo, esfregou a barba da figura e finalmente chegou à mão, acompanhando as bordas de cada dedo. Naturalmente, tratava-se de uma cópia. Mas -e isso é o mais surpreendente- essa cópia estava em três dimensões, para que González, 56, cego desde os 14 anos, pudesse experimentar a pintura por si próprio. "É uma sensação incrível", descreveu. "Sinto a pintura até o detalhe de cada unha." González estava visitando uma exposição pequena e altamente incomum, chamada "Tocando o Prado", que foi concebida para permitir que pessoas cegas ou com visão limitada pudessem, pelo tato, criar uma imagem mental de uma pintura. A mostra, que vai até 28 de junho, ocupa uma passagem lateral do museu. Estão expostas cópias tridimensionais de seis telas famosas do acervo do Prado, incluindo "O Guarda-Sol" (Goya), uma natureza morta de Van der Hamen, "A Forja de Vulcano" (Velázquez) e "Noli Me Tangere" (Correggio), retratando um encontro de Jesus com Maria Madalena. O Metropolitan Museum of Art (MoMA), de Nova York, e a National Gallery, de Londres, estão entre os vários museus que já organizam atividades para visitantes cegos, incluindo visitas guiadas especiais, aulas de desenho e oficinas "de toque", no qual os deficientes visuais podem tatear esculturas. O Louvre, em Paris, também tem uma Galeria Tátil com reproduções de algumas esculturas de seu acervo. Outros exemplos incluem o Museu de Arte de Denver e o Museu Nacional de San Carlos, na Cidade do México, um dos pioneiros no uso da colagem para reproduzir pinturas que pudessem ser sentidas pelos cegos. Mas a ideia de oferecer aos cegos a chance de tatear as telas por intermédio de cópias impressas em 3D vai muito além. Em 2011, a Galeria degli Uffizi, em Florença (Itália), exibiu uma versão mais modesta do método tridimensional do Prado, oferecendo uma cópia reduzida de uma das suas obras-primas, "O Nascimento de Vênus", de Botticelli. Outros museus têm usado cópias 3D em preto e branco. Mas Fernando Pérez Suescun, curador da exposição no Prado, disse que para eles foi "importante adicionar a cor, porque os deficientes visuais muitas vezes ainda podem perceber um pouco de cor". Partindo de uma foto em alta resolução da tela, os funcionários da gráfica especializada Estudios Durero, próxima a Bilbao, selecionam texturas e características que pudessem ser realçadas para os cegos. Em seguida, eles criaram uma impressão com uma tinta especial e, depois, usaram um processo químico para adicionar volume. Cada obra apresentada no Prado custa cerca de US$ 6.680. Um guia de áudio acompanha os cegos pela exposição, mas outros visitantes também recebem um guia de áudio e uma máscara para que possam se relacionar melhor com aquilo que um deficiente visual percebe. González nunca havia visto o retrato do cavalheiro de El Greco, uma das muitas obras-primas do Prado. Mas ele havia visitado museus quando criança e continuou a fazer isso depois de perder a visão, com a ajuda de sua mulher, que lhe descreve as pinturas. "É muito bom ver as pinturas com minha mulher e ficar com ela, mas faz claramente uma grande diferença quando eu consigo descobrir uma pintura sozinho em vez de escutar o que ela tem a me dizer", afirmou. Andrés Oteo, 56, que ficou cego por causa de um glaucoma há 35 anos, disse que havia visto o retrato do fidalgo na sua juventude, mas "uma coisa é lembrar mais ou menos de como era, e outra coisa é poder tocá-la em todos os seus detalhes". Ele acrescentou: "É como recuperar a visão".
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Lattes, o físico brasileiro que disputou o Nobel e nomeou base de currículos
RESUMO Há 70 anos, o brasileiro César Lattes teve participação decisiva em uma das descobertas mais importantes da física no século 20: a detecção da partícula méson pi, que mantém o núcleo atômico coeso. Seus feitos lhe renderam várias homenagens, entre as quais a de nomear a plataforma acadêmica de currículos. Há 70 anos, a descoberta de uma nova partícula subatômica causou sensação na comunidade internacional e esteve por trás do gesto contido do jovem na foto estampada na lateral desta página. A imagem simboliza um período em que ciência, alavancada por ideais desenvolvimentistas e ligados à segurança nacional, integrou um projeto de nação para o Brasil. Então com 24 anos de idade, Cesare Mansueto Giulio Lattes (1924-2005) foi recepcionado pela imprensa ao voltar ao país no auge de sua fama, alcançada por feitos na Inglaterra e nos EUA. Único físico formado na turma de 1943 da USP, aquele curitibano com planos de ser professor secundário havia ido muito mais longe do que previra. César Lattes se tornava "nosso herói da era nuclear". A revista "Nature" de 24 de maio de 1947, em poucas páginas, detalhava a detecção de um novo fragmento de matéria: a partícula méson pi (hoje, píon), responsável por manter prótons e nêutrons "colados" no núcleo atômico. O feito era do laboratório H. H. Wills, da Universidade de Bristol, onde Lattes havia chegado no início de 1946 a convite de Giuseppe Occhialini (1907-1993), que fora seu professor na USP, e Cecil Powell (1903-1969), chefe do grupo. A equipe de Bristol usava placas fotográficas especiais para capturar a trajetória e a desintegração de partículas subatômicas. Quando Lattes se instalou na universidade britânica, o material havia passado por melhorias técnicas e estava em fase de calibração. Lattes pôde pôr em prática um plano que havia traçado ainda no Brasil. Ele queria usar as chapas para estudar os raios cósmicos, núcleos atômicos que, a todo instante, penetram a Terra e, chocando-se com moléculas da atmosfera, geram uma chuveirada de partículas. A esperança dos físicos era a de que um desses nacos de matéria fosse uma partícula ainda desconhecida. Para melhorar as chances dessa "captura", as chapas eram expostas em montanhas. No final de 1946, Lattes pediu a Occhialini que deixasse algumas caixas delas no Pic du Midi, nos Pirineus franceses (2.500 m de altitude). Parte dessas placas tinha algo novo. Lattes havia pedido ao fabricante que incluísse, na sua composição, o elemento químico boro. Essa inovação tornou mais fácil visualizar as trajetórias dos dois mésons pi que ilustraram o artigo da "Nature" há 70 anos. Entusiasmado, Lattes apostou que, no monte Chacaltaya, na Bolívia, com o dobro da altura do Pic du Midi, ele poderia capturar mais mésons pi. O laboratório H. H. Wills pagou a passagem até o Rio de Janeiro e, de lá, o brasileiro se viraria para chegar ao seu destino. Montanhas, neve, cavernas, fundos de lago etc. Física experimental tinha algo de aventura à época. Do pico andino, Lattes trouxe centenas de mésons. Os resultados foram publicados em outubro de 1947 na "Nature", revelando mais detalhes sobre as partículas. CALIFÓRNIA Ao final daquele ano, o H. H. Wills ganhava ares de meca da técnica fotográfica aplicada à física. As notícias da detecção do méson pi espalharam-se. Do norte da Europa, veio o convite para Lattes dar palestras. Em Copenhague, o jovem brasileiro encontrou-se com Niels Bohr (1885-1962), Nobel de Física de 1922. O dinamarquês ficou surpreso ao saber que Lattes pretendia deixar Bristol e seguir para os EUA. Sua missão seria detectar mésons no então mais potente acelerador de partículas do mundo, o sincrociclótron de 184 polegadas, na Universidade da Califórnia (Berkeley). Essa máquina, que começara a funcionar havia mais de um ano, tinha o propósito de produzir mésons. Mas, para constrangimento geral, as partículas ainda não haviam sido detectadas. Lattes chegou no início de 1948 e, dez dias depois, com a ajuda do colega norte-americano Eugene Gardner (1913-1950), visualizou os mésons nas chapas fotográficas expostas ao feixe de partículas gerado por aquele equipamento. Pela primeira vez, partículas detectadas apenas na radiação cósmica haviam sido produzidas artificialmente. Além disso, a visualização dos mésons pi por Lattes e Gardner mostrava que um avanço técnico implementado naquele sincrociclótron funcionava. Estavam lançadas, assim, as sementes para uma nova forma de fazer física: a era das máquinas, que transformaria os EUA no centro mundial desse ramo pelo próximo meio século. A produção artificial do méson pi foi capa da revista "Science News Times", ocupou páginas de duas edições da revista "Time", mereceu entrevista coletiva com cobertura da "Nucleonics" e rendeu reportagens no jornal "The New York Times", cuja editoria de ciência elegeu aquele o feito mais importante da física no ano, comparando-o à fissão do núcleo atômico. No Brasil, os feitos de Lattes também tiveram ampla repercussão. Jornais, revistas e suplementos começaram a moldar "nosso herói da era nuclear". O curitibano era o representante brasileiro de uma nova ordem mundial, na qual conhecimento tornava-se sinônimo de poder (político e econômico). No mundo, naquele momento, nascia a aliança entre ciência, tecnologia, capital e Estado. Eram as raízes do complexo militar-tecnológico dos EUA. DESENVOLVIMENTISMO O Brasil reagiu a esse novo cenário mundial. Cevada por uma mentalidade desenvolvimentista, uma campanha reuniu formadores de opinião de vários setores. Pleiteava-se a criação de um instituto no qual se fizesse, em período integral, pesquisa em física. Por sua parte, militares nacionalistas viram ali a chance de obter o ciclo completo da energia nuclear –ainda hoje de extrema importância. O sucesso do movimento rendeu frutos em 1949, quando foi fundado o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). Lattes era seu diretor científico. Nos anos seguintes, essa primeira aliança entre físicos e militares criou dois projetos distintos. O primeiro, de um "Brasil grande", capitaneado pelo físico-químico e almirante Álvaro Alberto da Mota e Silva (1889-1976), tinha como frente principal a construção de um acelerador mais potente que o de Berkeley. No outro, o do "Brasil realista", defendido por Lattes, propunha-se algo mais modesto: um acelerador de pequeno porte, para treinamento de estudantes. O acelerador do almirante Álvaro Alberto naufragou fragorosamente. O país nem tinha os equipamentos necessários para a usinagem dos ímãs gigantescos usados nessas máquinas. O cenário "Brasil grande", contudo, evaporou mesmo por causa de um escândalo. O diretor financeiro do CBPF gastou a verba do acelerador em corridas de cavalo. Embora desaconselhado por colegas, Lattes foi à mídia, e o jornalista Carlos Lacerda (1914-1977) usou a história para atacar o governo de Getúlio Vargas, seu rival. Lacerda publicou na capa de seu jornal, "Tribuna da Imprensa", uma carta de Lattes. Aos 30 anos, devido às pressões, Lattes teve um surto psiquiátrico. Viajou para os EUA em busca de tratamento. Regressou ao Brasil em 1957, talvez para tentar finalizar o que havia construído. Crise no CBPF, salários baixos, inflação, família numerosa e quadro mental instável. Esses fatores levaram o físico de volta à USP, em 1959, onde seguiu com projetos experimentais envolvendo o uso das placas fotográficas e o estudo dos raios cósmicos. Em 1967, Lattes transferiu-se para a então recém-inaugurada Universidade Estadual de Campinas (SP), na qual se aposentaria. Para o Brasil, o méson foi muito mais do que uma partícula, e Lattes, muito mais do que ele mesmo. Seus feitos impulsionaram a construção da estrutura político-administrativa de ciência no país. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) são frutos de um projeto que alçou um cientista a herói nacional, de um país que percebeu que conhecimento era a ordem do dia para uma nova geopolítica. Até a década de 1920, praticamente tudo o que havia de física experimental no Brasil era um laboratório didático na Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Lattes elevou o campo de estudos a novos patamares. Na década de 1950, construiu, em Chacaltaya, um laboratório para estudar radiação cósmica. Nesse mesmo período, a Europa, recuperando-se da Segunda Guerra, erguia seu centro de pesquisas nucleares. Aquele era um Brasil –ao menos em ciência– protagonista da história. As trajetórias de partículas na forma de risquinhos pontilhados que aparecem no artigo de maio de 1947 mudaram a ciência brasileira. E essa, nas décadas seguintes, mudaria a cara do país. Lattes poderia ter feito carreira no exterior, mas optou por seu país. "Prefiro ajudar a construir a ciência no Brasil do que ganhar um Nobel", escreveu, na década de 1940, ao colega físico José Leite Lopes (1918-2006). Não era bravata. Em 1949, o japonês Hideki Yukawa (1907-1981) ganhou o Prêmio Nobel de Física pela previsão teórica dos mésons. Um ano depois, Cecil Powell foi laureado pelo desenvolvimento do método fotográfico que permitiu as descobertas sobre os mésons. Lattes recebeu sete indicações ao prêmio. Passados 70 anos, o nome "Lattes" e o termo "méson pi" ainda ressoam. O cientista recebeu várias homenagens (títulos, prêmios, nomes de rua). A faceta mais famosa é a plataforma acadêmica de currículos. São ecos benignos de um país que havia feito da ciência uma prioridade. Com um pouco de esforço, será possível não só capturar aquela mensagem, mas amplificá-la e recolocá-la em prática. ANTONIO AUGUSTO PASSOS VIDEIRA, 53, é professor do departamento de filosofia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, colaborador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas e pesquisador do CNPq. CÁSSIO LEITE VIEIRA, 56, trabalha na revista "Ciência Hoje" e no Núcleo de Comunicação Social do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas.
ilustrissima
Lattes, o físico brasileiro que disputou o Nobel e nomeou base de currículosRESUMO Há 70 anos, o brasileiro César Lattes teve participação decisiva em uma das descobertas mais importantes da física no século 20: a detecção da partícula méson pi, que mantém o núcleo atômico coeso. Seus feitos lhe renderam várias homenagens, entre as quais a de nomear a plataforma acadêmica de currículos. Há 70 anos, a descoberta de uma nova partícula subatômica causou sensação na comunidade internacional e esteve por trás do gesto contido do jovem na foto estampada na lateral desta página. A imagem simboliza um período em que ciência, alavancada por ideais desenvolvimentistas e ligados à segurança nacional, integrou um projeto de nação para o Brasil. Então com 24 anos de idade, Cesare Mansueto Giulio Lattes (1924-2005) foi recepcionado pela imprensa ao voltar ao país no auge de sua fama, alcançada por feitos na Inglaterra e nos EUA. Único físico formado na turma de 1943 da USP, aquele curitibano com planos de ser professor secundário havia ido muito mais longe do que previra. César Lattes se tornava "nosso herói da era nuclear". A revista "Nature" de 24 de maio de 1947, em poucas páginas, detalhava a detecção de um novo fragmento de matéria: a partícula méson pi (hoje, píon), responsável por manter prótons e nêutrons "colados" no núcleo atômico. O feito era do laboratório H. H. Wills, da Universidade de Bristol, onde Lattes havia chegado no início de 1946 a convite de Giuseppe Occhialini (1907-1993), que fora seu professor na USP, e Cecil Powell (1903-1969), chefe do grupo. A equipe de Bristol usava placas fotográficas especiais para capturar a trajetória e a desintegração de partículas subatômicas. Quando Lattes se instalou na universidade britânica, o material havia passado por melhorias técnicas e estava em fase de calibração. Lattes pôde pôr em prática um plano que havia traçado ainda no Brasil. Ele queria usar as chapas para estudar os raios cósmicos, núcleos atômicos que, a todo instante, penetram a Terra e, chocando-se com moléculas da atmosfera, geram uma chuveirada de partículas. A esperança dos físicos era a de que um desses nacos de matéria fosse uma partícula ainda desconhecida. Para melhorar as chances dessa "captura", as chapas eram expostas em montanhas. No final de 1946, Lattes pediu a Occhialini que deixasse algumas caixas delas no Pic du Midi, nos Pirineus franceses (2.500 m de altitude). Parte dessas placas tinha algo novo. Lattes havia pedido ao fabricante que incluísse, na sua composição, o elemento químico boro. Essa inovação tornou mais fácil visualizar as trajetórias dos dois mésons pi que ilustraram o artigo da "Nature" há 70 anos. Entusiasmado, Lattes apostou que, no monte Chacaltaya, na Bolívia, com o dobro da altura do Pic du Midi, ele poderia capturar mais mésons pi. O laboratório H. H. Wills pagou a passagem até o Rio de Janeiro e, de lá, o brasileiro se viraria para chegar ao seu destino. Montanhas, neve, cavernas, fundos de lago etc. Física experimental tinha algo de aventura à época. Do pico andino, Lattes trouxe centenas de mésons. Os resultados foram publicados em outubro de 1947 na "Nature", revelando mais detalhes sobre as partículas. CALIFÓRNIA Ao final daquele ano, o H. H. Wills ganhava ares de meca da técnica fotográfica aplicada à física. As notícias da detecção do méson pi espalharam-se. Do norte da Europa, veio o convite para Lattes dar palestras. Em Copenhague, o jovem brasileiro encontrou-se com Niels Bohr (1885-1962), Nobel de Física de 1922. O dinamarquês ficou surpreso ao saber que Lattes pretendia deixar Bristol e seguir para os EUA. Sua missão seria detectar mésons no então mais potente acelerador de partículas do mundo, o sincrociclótron de 184 polegadas, na Universidade da Califórnia (Berkeley). Essa máquina, que começara a funcionar havia mais de um ano, tinha o propósito de produzir mésons. Mas, para constrangimento geral, as partículas ainda não haviam sido detectadas. Lattes chegou no início de 1948 e, dez dias depois, com a ajuda do colega norte-americano Eugene Gardner (1913-1950), visualizou os mésons nas chapas fotográficas expostas ao feixe de partículas gerado por aquele equipamento. Pela primeira vez, partículas detectadas apenas na radiação cósmica haviam sido produzidas artificialmente. Além disso, a visualização dos mésons pi por Lattes e Gardner mostrava que um avanço técnico implementado naquele sincrociclótron funcionava. Estavam lançadas, assim, as sementes para uma nova forma de fazer física: a era das máquinas, que transformaria os EUA no centro mundial desse ramo pelo próximo meio século. A produção artificial do méson pi foi capa da revista "Science News Times", ocupou páginas de duas edições da revista "Time", mereceu entrevista coletiva com cobertura da "Nucleonics" e rendeu reportagens no jornal "The New York Times", cuja editoria de ciência elegeu aquele o feito mais importante da física no ano, comparando-o à fissão do núcleo atômico. No Brasil, os feitos de Lattes também tiveram ampla repercussão. Jornais, revistas e suplementos começaram a moldar "nosso herói da era nuclear". O curitibano era o representante brasileiro de uma nova ordem mundial, na qual conhecimento tornava-se sinônimo de poder (político e econômico). No mundo, naquele momento, nascia a aliança entre ciência, tecnologia, capital e Estado. Eram as raízes do complexo militar-tecnológico dos EUA. DESENVOLVIMENTISMO O Brasil reagiu a esse novo cenário mundial. Cevada por uma mentalidade desenvolvimentista, uma campanha reuniu formadores de opinião de vários setores. Pleiteava-se a criação de um instituto no qual se fizesse, em período integral, pesquisa em física. Por sua parte, militares nacionalistas viram ali a chance de obter o ciclo completo da energia nuclear –ainda hoje de extrema importância. O sucesso do movimento rendeu frutos em 1949, quando foi fundado o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). Lattes era seu diretor científico. Nos anos seguintes, essa primeira aliança entre físicos e militares criou dois projetos distintos. O primeiro, de um "Brasil grande", capitaneado pelo físico-químico e almirante Álvaro Alberto da Mota e Silva (1889-1976), tinha como frente principal a construção de um acelerador mais potente que o de Berkeley. No outro, o do "Brasil realista", defendido por Lattes, propunha-se algo mais modesto: um acelerador de pequeno porte, para treinamento de estudantes. O acelerador do almirante Álvaro Alberto naufragou fragorosamente. O país nem tinha os equipamentos necessários para a usinagem dos ímãs gigantescos usados nessas máquinas. O cenário "Brasil grande", contudo, evaporou mesmo por causa de um escândalo. O diretor financeiro do CBPF gastou a verba do acelerador em corridas de cavalo. Embora desaconselhado por colegas, Lattes foi à mídia, e o jornalista Carlos Lacerda (1914-1977) usou a história para atacar o governo de Getúlio Vargas, seu rival. Lacerda publicou na capa de seu jornal, "Tribuna da Imprensa", uma carta de Lattes. Aos 30 anos, devido às pressões, Lattes teve um surto psiquiátrico. Viajou para os EUA em busca de tratamento. Regressou ao Brasil em 1957, talvez para tentar finalizar o que havia construído. Crise no CBPF, salários baixos, inflação, família numerosa e quadro mental instável. Esses fatores levaram o físico de volta à USP, em 1959, onde seguiu com projetos experimentais envolvendo o uso das placas fotográficas e o estudo dos raios cósmicos. Em 1967, Lattes transferiu-se para a então recém-inaugurada Universidade Estadual de Campinas (SP), na qual se aposentaria. Para o Brasil, o méson foi muito mais do que uma partícula, e Lattes, muito mais do que ele mesmo. Seus feitos impulsionaram a construção da estrutura político-administrativa de ciência no país. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) são frutos de um projeto que alçou um cientista a herói nacional, de um país que percebeu que conhecimento era a ordem do dia para uma nova geopolítica. Até a década de 1920, praticamente tudo o que havia de física experimental no Brasil era um laboratório didático na Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Lattes elevou o campo de estudos a novos patamares. Na década de 1950, construiu, em Chacaltaya, um laboratório para estudar radiação cósmica. Nesse mesmo período, a Europa, recuperando-se da Segunda Guerra, erguia seu centro de pesquisas nucleares. Aquele era um Brasil –ao menos em ciência– protagonista da história. As trajetórias de partículas na forma de risquinhos pontilhados que aparecem no artigo de maio de 1947 mudaram a ciência brasileira. E essa, nas décadas seguintes, mudaria a cara do país. Lattes poderia ter feito carreira no exterior, mas optou por seu país. "Prefiro ajudar a construir a ciência no Brasil do que ganhar um Nobel", escreveu, na década de 1940, ao colega físico José Leite Lopes (1918-2006). Não era bravata. Em 1949, o japonês Hideki Yukawa (1907-1981) ganhou o Prêmio Nobel de Física pela previsão teórica dos mésons. Um ano depois, Cecil Powell foi laureado pelo desenvolvimento do método fotográfico que permitiu as descobertas sobre os mésons. Lattes recebeu sete indicações ao prêmio. Passados 70 anos, o nome "Lattes" e o termo "méson pi" ainda ressoam. O cientista recebeu várias homenagens (títulos, prêmios, nomes de rua). A faceta mais famosa é a plataforma acadêmica de currículos. São ecos benignos de um país que havia feito da ciência uma prioridade. Com um pouco de esforço, será possível não só capturar aquela mensagem, mas amplificá-la e recolocá-la em prática. ANTONIO AUGUSTO PASSOS VIDEIRA, 53, é professor do departamento de filosofia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, colaborador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas e pesquisador do CNPq. CÁSSIO LEITE VIEIRA, 56, trabalha na revista "Ciência Hoje" e no Núcleo de Comunicação Social do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas.
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Blog de Tec: Anúncio do primeiro iPhone, com Steve Jobs, faz oito anos; assista
"Vira e mexe, aparece um produto revolucionário que muda tudo", disse Steve Jobs em 9 de janeiro de 2007, quando subiu ao palco para falar sobre um dispositivo que, segundo ele, havia sido desenvolvido durante dois anos e meio, mas que estava ... Leia post completo no blog
tec
Blog de Tec: Anúncio do primeiro iPhone, com Steve Jobs, faz oito anos; assista"Vira e mexe, aparece um produto revolucionário que muda tudo", disse Steve Jobs em 9 de janeiro de 2007, quando subiu ao palco para falar sobre um dispositivo que, segundo ele, havia sido desenvolvido durante dois anos e meio, mas que estava ... Leia post completo no blog
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Dia 6 de agosto encerro minha atividade no São Paulo, diz Ceni
O goleiro Rogério Ceni, 42, do São Paulo, afirmou nesta quinta-feira (14) que a princípio vai cumprir seu contrato com o clube, que termina no dia 6 de agosto. A declaração do camisa 1 e capitão são-paulino aconteceu um dia após a eliminação do clube na Libertadores. O São Paulo foi eliminado pelo Cruzeiro nos pênaltis por 4 a 3, após perder por 1 a 0 no tempo normal. No primeiro jogo, o time paulista venceu por 1 a 0. "A princípio vou cumprir meu contrato que vai até o dia 6 de agosto", disse o goleiro no desembarque da equipe no aeroporto de Congonhas. "É uma pena me despedir. Última possibilidade de jogar final, mas acho que fizemos coisas bacanas. Não merecia encerrado tão cedo", afirmou Ceni. "Isso aqui é minha vida, mas existe um contrato e um combinado. Dia 6 encerro minha atividade no São Paulo. Minha função agora será torcer", completou. O goleiro afirmou que mesmo após a derrota no tempo normal ainda estava confiante na classificação são-paulina para as quartas de final e destacou que, apesar de se despedir da Libertadores, seus companheiros de equipe ainda poderão conquistar esse título. Editoria de Arte/Folhapress "Eles terão outras chances, são jovens. Para mim foi a última, mas eles terão outras oportunidades", afirmou. RECEPÇÃO HOSTIL Autor de declarações polêmicas após a eliminação nesta quarta-feira, quando criticou Alexandre Pato por ter dito que não aceitaria ficar no banco de reservas, Luis Fabiano foi recebido aos gritos de "pipoqueiro" por alguns torcedores que aguardavam o desembarque dos jogadores do São Paulo no aeroporto. O jogador mostrou aborrecimento com os xingamentos. "Jamais abandonarei em momentos difíceis. Independentemente dos idiotas que me xingam", disse. "Estou tranquilo. Tenho experiência para aguentar a pressão. Quem me xinga hoje, amanhã vai comemorar gols", completou. Luis Fabiano foi um dos três jogadores são-paulinos que erraram suas cobranças na decisão por pênaltis. Os outros dois foram o volante Souza e o zagueiro Lucão.
esporte
Dia 6 de agosto encerro minha atividade no São Paulo, diz CeniO goleiro Rogério Ceni, 42, do São Paulo, afirmou nesta quinta-feira (14) que a princípio vai cumprir seu contrato com o clube, que termina no dia 6 de agosto. A declaração do camisa 1 e capitão são-paulino aconteceu um dia após a eliminação do clube na Libertadores. O São Paulo foi eliminado pelo Cruzeiro nos pênaltis por 4 a 3, após perder por 1 a 0 no tempo normal. No primeiro jogo, o time paulista venceu por 1 a 0. "A princípio vou cumprir meu contrato que vai até o dia 6 de agosto", disse o goleiro no desembarque da equipe no aeroporto de Congonhas. "É uma pena me despedir. Última possibilidade de jogar final, mas acho que fizemos coisas bacanas. Não merecia encerrado tão cedo", afirmou Ceni. "Isso aqui é minha vida, mas existe um contrato e um combinado. Dia 6 encerro minha atividade no São Paulo. Minha função agora será torcer", completou. O goleiro afirmou que mesmo após a derrota no tempo normal ainda estava confiante na classificação são-paulina para as quartas de final e destacou que, apesar de se despedir da Libertadores, seus companheiros de equipe ainda poderão conquistar esse título. Editoria de Arte/Folhapress "Eles terão outras chances, são jovens. Para mim foi a última, mas eles terão outras oportunidades", afirmou. RECEPÇÃO HOSTIL Autor de declarações polêmicas após a eliminação nesta quarta-feira, quando criticou Alexandre Pato por ter dito que não aceitaria ficar no banco de reservas, Luis Fabiano foi recebido aos gritos de "pipoqueiro" por alguns torcedores que aguardavam o desembarque dos jogadores do São Paulo no aeroporto. O jogador mostrou aborrecimento com os xingamentos. "Jamais abandonarei em momentos difíceis. Independentemente dos idiotas que me xingam", disse. "Estou tranquilo. Tenho experiência para aguentar a pressão. Quem me xinga hoje, amanhã vai comemorar gols", completou. Luis Fabiano foi um dos três jogadores são-paulinos que erraram suas cobranças na decisão por pênaltis. Os outros dois foram o volante Souza e o zagueiro Lucão.
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Festival de Berlim distribui ingressos e vira válvula de escape para refugiados
Próximo à Potsdamer Platz, uma das principais praças da capital alemã, onde são exibidos os filmes do Festival de Berlim, uma outra multidão se aglomera. É o LAGeSo, o departamento berlinense de amparo social que, só em 2015, recebeu 80 mil refugiados. Nas tendas do pátio, palco de confrontos com a polícia que puseram em xeque a vocação anfitriã da cidade, dezenas de pessoas falando árabe –as mulheres usando hijab (o véu islâmico que cobre o cabelo)– aguardam para dar entrada no processo para pedir asilo político. Vêm em sua maioria da Síria, do Iraque e do Afeganistão, diz à Folha o porta-voz do órgão, Alexander Busche. Na sexta (19), 200 pessoas haviam passado pela triagem e esperavam residir na capital do país mais rico da Europa. A crise humanitária que se vê nas ruas migrou para dentro dos filmes desta edição da Berlinale: é o tema do favorito ao Urso de Ouro, o contundente documentário "Fuocoammare", de Gianfranco Rosi, que aborda o assunto sob a perspectiva dos habitantes de Lampedusa, ilha italiana que é rota para os que migram a partir da África. Nas entrevistas coletivas, o ator e produtor George Clooney foi colocado contra a parede para dizer o que tem feito pelos refugiados, o ator Daniel Brühl viu paralelos entre o nazismo e a forma como os governos europeus lidam com o assunto, e o diretor Thomas Vinterberg se disse envergonhado por ser dinamarquês. "Como alemã me sinto responsável por ajudar e proteger aqueles que, assim como meus pais, tiveram de fugir de uma guerra horrível", diz Nicole Zeisig, relações-públicas na embaixada malaia em Berlim. Ela se voluntariou num programa idealizado pelo festival e aceitou levar três jovens irmãos sírios -Rand, Yamen e Haya- a sessões de cinema. O filme escolhido foi o neozelandês "Born to Dance", sobre a cena do hip-hop na Nova Zelândia. "Fiquei preocupada com a escolha porque Rand e Haya usam hijab e todas as danças eram muito sexy", conta ela. Eles gostaram. SEMELHANÇAS Para "Alone in Berlin", drama em competição sobre um casal que desafia o regime nazista, levou Diana, arquiteta oriunda de Damasco. A refugiada de 45 anos chorou na primeira cena, diz Nicole. "Achei que tinha errado em levar alguém que fugiu de um conflito para ver um filme sobre a Segunda Guerra." No final da trama, as duas choraram: "Ela viu semelhanças com a Síria". A primeira escolha de filme da voluntária Anna Hartmann, 34, foi um "desastre", conta. A documentarista levou o sírio Kheir, 25, para ver o longa tunisiano "Hedi", sobre um jovem árabe em conflito com suas tradições. O jovem achou a trama irreal: "Um muçulmano nunca trataria sua mãe desta forma", disse após uma cena em que o protagonista grita com a progenitora. Ele também ficou incomodado com as cenas de sexo: "Sei que vocês alemães são bem abertos, mas nunca assistiríamos a algo assim". Na segunda tentativa, os dois foram ver "Fuocoammare". Assim como os retratados no documentário, o sírio Kheir também quase morreu na travessia por mar: sua família desembolsou US$ 2.000 por um lugar num barco que virou durante uma tempestade. Eles foram salvos por uma patrulha grega. Anna olhou de soslaio para o sírio quando o barco do filme sacode nas ondas. "Ele estava segurando firme na poltrona. Senti um ligeiro tremor." Segundo o festival, o programa envolveu 953 pessoas, incluindo voluntários e refugiados. A mostra, que termina neste domingo (21), anunciará os vencedores dos prêmios na noite de sábado (20).
ilustrada
Festival de Berlim distribui ingressos e vira válvula de escape para refugiadosPróximo à Potsdamer Platz, uma das principais praças da capital alemã, onde são exibidos os filmes do Festival de Berlim, uma outra multidão se aglomera. É o LAGeSo, o departamento berlinense de amparo social que, só em 2015, recebeu 80 mil refugiados. Nas tendas do pátio, palco de confrontos com a polícia que puseram em xeque a vocação anfitriã da cidade, dezenas de pessoas falando árabe –as mulheres usando hijab (o véu islâmico que cobre o cabelo)– aguardam para dar entrada no processo para pedir asilo político. Vêm em sua maioria da Síria, do Iraque e do Afeganistão, diz à Folha o porta-voz do órgão, Alexander Busche. Na sexta (19), 200 pessoas haviam passado pela triagem e esperavam residir na capital do país mais rico da Europa. A crise humanitária que se vê nas ruas migrou para dentro dos filmes desta edição da Berlinale: é o tema do favorito ao Urso de Ouro, o contundente documentário "Fuocoammare", de Gianfranco Rosi, que aborda o assunto sob a perspectiva dos habitantes de Lampedusa, ilha italiana que é rota para os que migram a partir da África. Nas entrevistas coletivas, o ator e produtor George Clooney foi colocado contra a parede para dizer o que tem feito pelos refugiados, o ator Daniel Brühl viu paralelos entre o nazismo e a forma como os governos europeus lidam com o assunto, e o diretor Thomas Vinterberg se disse envergonhado por ser dinamarquês. "Como alemã me sinto responsável por ajudar e proteger aqueles que, assim como meus pais, tiveram de fugir de uma guerra horrível", diz Nicole Zeisig, relações-públicas na embaixada malaia em Berlim. Ela se voluntariou num programa idealizado pelo festival e aceitou levar três jovens irmãos sírios -Rand, Yamen e Haya- a sessões de cinema. O filme escolhido foi o neozelandês "Born to Dance", sobre a cena do hip-hop na Nova Zelândia. "Fiquei preocupada com a escolha porque Rand e Haya usam hijab e todas as danças eram muito sexy", conta ela. Eles gostaram. SEMELHANÇAS Para "Alone in Berlin", drama em competição sobre um casal que desafia o regime nazista, levou Diana, arquiteta oriunda de Damasco. A refugiada de 45 anos chorou na primeira cena, diz Nicole. "Achei que tinha errado em levar alguém que fugiu de um conflito para ver um filme sobre a Segunda Guerra." No final da trama, as duas choraram: "Ela viu semelhanças com a Síria". A primeira escolha de filme da voluntária Anna Hartmann, 34, foi um "desastre", conta. A documentarista levou o sírio Kheir, 25, para ver o longa tunisiano "Hedi", sobre um jovem árabe em conflito com suas tradições. O jovem achou a trama irreal: "Um muçulmano nunca trataria sua mãe desta forma", disse após uma cena em que o protagonista grita com a progenitora. Ele também ficou incomodado com as cenas de sexo: "Sei que vocês alemães são bem abertos, mas nunca assistiríamos a algo assim". Na segunda tentativa, os dois foram ver "Fuocoammare". Assim como os retratados no documentário, o sírio Kheir também quase morreu na travessia por mar: sua família desembolsou US$ 2.000 por um lugar num barco que virou durante uma tempestade. Eles foram salvos por uma patrulha grega. Anna olhou de soslaio para o sírio quando o barco do filme sacode nas ondas. "Ele estava segurando firme na poltrona. Senti um ligeiro tremor." Segundo o festival, o programa envolveu 953 pessoas, incluindo voluntários e refugiados. A mostra, que termina neste domingo (21), anunciará os vencedores dos prêmios na noite de sábado (20).
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De Tarsila a Tunga, livro apresenta artistas brasileiros para as crianças
DE SÃO PAULO Todas as semanas, os convidados da sãopaulo indicam, na coluna "Folhinha", passeios, peças e livros para curtir com as crianças. Veja abaixo as sugestões desta semana. * Bruno Molinero, do blog "Era Outra Vez", indica o livro "Arte Brasileira para Crianças" Indicação: acima de 8 anos Quantos artistas brasileiros você conhece? No livro "Arte Brasileira para Crianças" há cem deles. De Tarsila do Amaral ao precursor do grafite no país, Alex Vallauri. De Candido Portinari a Tunga. Cada um dos nomes vem acompanhado de uma breve explicação e uma proposta de atividade, que pode ser desenhar inspirado nas obras dos artistas ou fazer intervenções. Que tal desenhar na parede da sala ou espalhar ovos de verdade pelo quarto? Autoras: Isabel Diegues, Márcia Fortes, Mini Kerti e Priscila Lopes. Ilustradora: Juliana Montenegro. Editora: Cobogó (2016, 224 págs., R$ 85) * Mônica Rodrigues da Costa, jornalista especializada em infância, sugere a peça "Nerina, a Ovelha Negra" Indicação: acima de 6 anos Nerina é o único bicho preto de seu rebanho; os irmãos dela, todos branquinhos, não aceitam a diferença. Lobos malvados aparecem na floresta e se aproveitam da heroína para atrair mais alimento para a alcateia. A música e o canto emocionam enquanto a cenografia animada e a projeção ao vivo de bonecos compõem o vale onde se passa a fábula. Espetáculo produzido pelo Maracujá Laboratório de Artes a partir de um livro com título homônimo do cartunista italiano Michele Iacocca. Sesc Pompeia - teatro. R. Clélia, 93, Água Branca, tel. 3871-7700. 356 lugares. Sáb. e dom.: 12h. Até 23/4. 50 min. Livre. Ingresso: R$ 5 a R$ 17. Menores de 12 anos: grátis. * Gabriela Romeu, jornalista especializada em infância, destaca a peça "Gagá" indicação: acima de 8 anos Lelé (Fausto Franco) e Tantã (Jackie Obrigon) vivem num quarto branco, sem porta nem janela, tendo como única comunicação com o mundo exterior um alto-falante. Até que chega Gagá (Guto Togniazzolo), completando o trio que tece diálogos tão absurdos quanto filosóficos. Crianças, velhos ou loucos? É o que o espectador se pergunta no desenrolar dessa história cheia de humor e poesia. Sesc Pinheiros - Auditório*. R. Pais Leme, 195, Pinheiros, tel. 3095-9400. 98 lugares. Dom.: 15h e 17h. Até 30/4. 60 min. Livre. Ingresso: R$ 5 a R$ 17. Menores de 12 anos: grátis. - CINEMA O Poderoso Chefinho Um bebê falante de terno e gravata se une ao ciumento irmão mais velho para salvar os pais e impedir que cães fofos tomem o lugar dos bebês nas famílias. Com dublagem de Alec Baldwin (na versão legendada) e Giovanna Antonelli (dublada). The Boss Baby. EUA, 2017.Direção: Tom McGrath. 97 min. Livre. Salas e horários. * SHOW Patati Patatá - A Vida é Bela A dupla de palhaços apresenta o espetáculo "A Vida é Bela", baseado em seu último álbum, de mesmo nome. Circo Stankowich. R. Uriel Gaspar, 149, Belenzinho, tel. 94924-6455. 1.000 lugares. Sáb. e dom.: 16h, 18h30 e 20h30. Até 2/4. 120 min. Livre. Ingresso: R$ 40 a R$ 300. * TEATRO INFANTIL Brincar de Pensar A peça explora as obras de Clarice Lispector (1920-1977) no teatro. Inspirada em oito contos da autora, a montagem conta a história de Marília, menina que recebe um presente anônimo. Ela convida os amigos Outrem e Maria-Mole para explorá-lo e, juntos, eles brincam de imaginar. Indicação da crítica: a partir de 9 anos. Direção: Vanessa Bruno. Com: Isabel Wilker, Lívia Vilela, Elisa Volpatto e Luiz Felipe Bianchini. 50 min. 7 anos. Teatro Décio de Almeida Prado. R. Cojuba, 45, Itaim Bibi, tel. 3079-3438. 186 lugares. Sáb. e dom.: 16h. Até 30/4. 50 min. 7 anos. Ingresso: R$ 14, p/ sympla.com.br. Se Essa Rua Fosse Minha - Espetáculo de Brincar Duas figuras folclóricas se divertem em uma rua e conversam sobre as mudanças que chegam com o crescimento. A montagem resgata uma seleção de cantigas de roda e de brincadeiras brasileiras. Texto: Paula Giannini. Direção: Amauri Ernani. Com: Andreza Crocetti e Sido Calesso. 60 min. Livre. Teatro MuBE Nova Cultural. R. Alemanha, 221, Jardim Europa, tel. 4301-7521. 192 lugares. Sáb.: 17h. Até 27/5. 60 min. Livre. Ingresso: R$ 40. O Vaqueiro e o Bicho Froxo Esta é a primeira peça infantil da companhia Pia Fraus, que estreou em 1987. Na trama, um vaqueiro vê Rosinha, seu grande amor, ser raptada pelo Bicho Froxo. Na companhia de personagens do folclore, ele parte para resgatá-la. Direção: Beto Andretta. Com: Mateus Romero, Cristiano Bacelar, Ana Catarina Vieira e Vanessa Silva. 60 min. Livre. Sesc Consolação. R. Dr. Vila Nova, 245, Vila Buarque, tel. 3234-3000. Sáb.: 16h. Até 8/4. 60 min. Livre. GRÁTIS
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De Tarsila a Tunga, livro apresenta artistas brasileiros para as criançasDE SÃO PAULO Todas as semanas, os convidados da sãopaulo indicam, na coluna "Folhinha", passeios, peças e livros para curtir com as crianças. Veja abaixo as sugestões desta semana. * Bruno Molinero, do blog "Era Outra Vez", indica o livro "Arte Brasileira para Crianças" Indicação: acima de 8 anos Quantos artistas brasileiros você conhece? No livro "Arte Brasileira para Crianças" há cem deles. De Tarsila do Amaral ao precursor do grafite no país, Alex Vallauri. De Candido Portinari a Tunga. Cada um dos nomes vem acompanhado de uma breve explicação e uma proposta de atividade, que pode ser desenhar inspirado nas obras dos artistas ou fazer intervenções. Que tal desenhar na parede da sala ou espalhar ovos de verdade pelo quarto? Autoras: Isabel Diegues, Márcia Fortes, Mini Kerti e Priscila Lopes. Ilustradora: Juliana Montenegro. Editora: Cobogó (2016, 224 págs., R$ 85) * Mônica Rodrigues da Costa, jornalista especializada em infância, sugere a peça "Nerina, a Ovelha Negra" Indicação: acima de 6 anos Nerina é o único bicho preto de seu rebanho; os irmãos dela, todos branquinhos, não aceitam a diferença. Lobos malvados aparecem na floresta e se aproveitam da heroína para atrair mais alimento para a alcateia. A música e o canto emocionam enquanto a cenografia animada e a projeção ao vivo de bonecos compõem o vale onde se passa a fábula. Espetáculo produzido pelo Maracujá Laboratório de Artes a partir de um livro com título homônimo do cartunista italiano Michele Iacocca. Sesc Pompeia - teatro. R. Clélia, 93, Água Branca, tel. 3871-7700. 356 lugares. Sáb. e dom.: 12h. Até 23/4. 50 min. Livre. Ingresso: R$ 5 a R$ 17. Menores de 12 anos: grátis. * Gabriela Romeu, jornalista especializada em infância, destaca a peça "Gagá" indicação: acima de 8 anos Lelé (Fausto Franco) e Tantã (Jackie Obrigon) vivem num quarto branco, sem porta nem janela, tendo como única comunicação com o mundo exterior um alto-falante. Até que chega Gagá (Guto Togniazzolo), completando o trio que tece diálogos tão absurdos quanto filosóficos. Crianças, velhos ou loucos? É o que o espectador se pergunta no desenrolar dessa história cheia de humor e poesia. Sesc Pinheiros - Auditório*. R. Pais Leme, 195, Pinheiros, tel. 3095-9400. 98 lugares. Dom.: 15h e 17h. Até 30/4. 60 min. Livre. Ingresso: R$ 5 a R$ 17. Menores de 12 anos: grátis. - CINEMA O Poderoso Chefinho Um bebê falante de terno e gravata se une ao ciumento irmão mais velho para salvar os pais e impedir que cães fofos tomem o lugar dos bebês nas famílias. Com dublagem de Alec Baldwin (na versão legendada) e Giovanna Antonelli (dublada). The Boss Baby. EUA, 2017.Direção: Tom McGrath. 97 min. Livre. Salas e horários. * SHOW Patati Patatá - A Vida é Bela A dupla de palhaços apresenta o espetáculo "A Vida é Bela", baseado em seu último álbum, de mesmo nome. Circo Stankowich. R. Uriel Gaspar, 149, Belenzinho, tel. 94924-6455. 1.000 lugares. Sáb. e dom.: 16h, 18h30 e 20h30. Até 2/4. 120 min. Livre. Ingresso: R$ 40 a R$ 300. * TEATRO INFANTIL Brincar de Pensar A peça explora as obras de Clarice Lispector (1920-1977) no teatro. Inspirada em oito contos da autora, a montagem conta a história de Marília, menina que recebe um presente anônimo. Ela convida os amigos Outrem e Maria-Mole para explorá-lo e, juntos, eles brincam de imaginar. Indicação da crítica: a partir de 9 anos. Direção: Vanessa Bruno. Com: Isabel Wilker, Lívia Vilela, Elisa Volpatto e Luiz Felipe Bianchini. 50 min. 7 anos. Teatro Décio de Almeida Prado. R. Cojuba, 45, Itaim Bibi, tel. 3079-3438. 186 lugares. Sáb. e dom.: 16h. Até 30/4. 50 min. 7 anos. Ingresso: R$ 14, p/ sympla.com.br. Se Essa Rua Fosse Minha - Espetáculo de Brincar Duas figuras folclóricas se divertem em uma rua e conversam sobre as mudanças que chegam com o crescimento. A montagem resgata uma seleção de cantigas de roda e de brincadeiras brasileiras. Texto: Paula Giannini. Direção: Amauri Ernani. Com: Andreza Crocetti e Sido Calesso. 60 min. Livre. Teatro MuBE Nova Cultural. R. Alemanha, 221, Jardim Europa, tel. 4301-7521. 192 lugares. Sáb.: 17h. Até 27/5. 60 min. Livre. Ingresso: R$ 40. O Vaqueiro e o Bicho Froxo Esta é a primeira peça infantil da companhia Pia Fraus, que estreou em 1987. Na trama, um vaqueiro vê Rosinha, seu grande amor, ser raptada pelo Bicho Froxo. Na companhia de personagens do folclore, ele parte para resgatá-la. Direção: Beto Andretta. Com: Mateus Romero, Cristiano Bacelar, Ana Catarina Vieira e Vanessa Silva. 60 min. Livre. Sesc Consolação. R. Dr. Vila Nova, 245, Vila Buarque, tel. 3234-3000. Sáb.: 16h. Até 8/4. 60 min. Livre. GRÁTIS
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Pronatec Campo oferece 35 mil vagas para moradores de áreas rurais
A população da zona rural já pode fazer a pré-matrícula para os cursos ofertados pelo Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) Campo. Aproximadamente 35 mil vagas estão abertas para 116 cursos em todo o país. Os interessados devem procurar as delegacias do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), os sindicatos dos Trabalhadores Rurais, as secretarias de Agricultura ou órgão similar que presta assistência técnica e extensão rural para saber os cursos ofertados na região, verificar a disponibilidade de vaga e fazer a pré-matrícula. A confirmação da inscrição será nas unidades de ensino, a partir de março. Segundo o MDA, os cursos mais procurados são de agricultor familiar, horticultor orgânico, agricultor orgânico, agente de desenvolvimento cooperativista, bovinocultor de leite, avicultor, fruticultor, auxiliar de agropecuária, piscicultor e preparador de doces e conservas. Cada pessoa pode fazer até três cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) por ano e um curso técnico. Os cursos FIC servem para a qualificação profissional, dão certificado de formação e têm carga horária mínima de 160 horas. Os cursos técnicos também dão diploma e têm duração mínima de um ano, além da carga horária prevista para o estágio profissional supervisionado. Se sobrar vagas, as turmas serão abertas para inscrição on-line e qualquer pessoa poderá se inscrever nas vagas remanescentes pelo site do Pronatec dez dias antes do início do curso. A iniciativa do Pronatec Campo integra o Programa Nacional de Educação no Campo (Pronacampo), do Ministério da Educação (MEC) e faz parte do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), criado em 2011. De acordo com informações do MDA, entre 2012 e 2014 mais de 27 mil matrículas foram feitas para 175 cursos do Pronatec Campo, formando cerca de 1.500 turmas. A metodologia do programa intercala um período de convivência na sala de aula com outro no campo.
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Pronatec Campo oferece 35 mil vagas para moradores de áreas ruraisA população da zona rural já pode fazer a pré-matrícula para os cursos ofertados pelo Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) Campo. Aproximadamente 35 mil vagas estão abertas para 116 cursos em todo o país. Os interessados devem procurar as delegacias do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), os sindicatos dos Trabalhadores Rurais, as secretarias de Agricultura ou órgão similar que presta assistência técnica e extensão rural para saber os cursos ofertados na região, verificar a disponibilidade de vaga e fazer a pré-matrícula. A confirmação da inscrição será nas unidades de ensino, a partir de março. Segundo o MDA, os cursos mais procurados são de agricultor familiar, horticultor orgânico, agricultor orgânico, agente de desenvolvimento cooperativista, bovinocultor de leite, avicultor, fruticultor, auxiliar de agropecuária, piscicultor e preparador de doces e conservas. Cada pessoa pode fazer até três cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) por ano e um curso técnico. Os cursos FIC servem para a qualificação profissional, dão certificado de formação e têm carga horária mínima de 160 horas. Os cursos técnicos também dão diploma e têm duração mínima de um ano, além da carga horária prevista para o estágio profissional supervisionado. Se sobrar vagas, as turmas serão abertas para inscrição on-line e qualquer pessoa poderá se inscrever nas vagas remanescentes pelo site do Pronatec dez dias antes do início do curso. A iniciativa do Pronatec Campo integra o Programa Nacional de Educação no Campo (Pronacampo), do Ministério da Educação (MEC) e faz parte do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), criado em 2011. De acordo com informações do MDA, entre 2012 e 2014 mais de 27 mil matrículas foram feitas para 175 cursos do Pronatec Campo, formando cerca de 1.500 turmas. A metodologia do programa intercala um período de convivência na sala de aula com outro no campo.
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Ueba! Karaokê na CPI!
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Últimas notícias! Breaking news! "Sensacionalista": "Casamento da Preta Gil tem mais famosos que o comercial da decolar.com". Rarará! O menos famoso era o Gil! Que deu uma canja no casamento. Maravilhoso. Pra quem pode! Pior um amigo que se casou e teve canja do Latino! Rarará! E, no altar, 56 padrinhos! Então não era casamento, era o Bloco da Preta! Rarará! Casamento ostentação: 476 padrinhos, 4.800 docinhos, 450 picolés e UM NOIVO! Rarará. Melhor look do casamento: o bundão da Ivete! Rarará! Adoro a Preta Gil! A Preta é pop! E atenção! Karaokê na CPI! "Doleira promete delação premiada e canta Roberto Carlos na CPI". Mas é CPI ou karaokê? Caraokê Parlamentar de Inquérito! Diz que ela cantou "Amada Amante". Errado! Doleira tem que cantar esta versão do Roberto Carlos: "Tudo que eu gosto é ilegal, imoral ou EM DÓLAR!". Rarará! "The Voice" na CPI! "American Idol". Rarará! Ô esculhambação, viu! E a sabatina do Fachin. Nunca vi sabatina de candidato ao Supremo virar Fla-Flu! O dia inteiro: #Fachinsim e #Fachinnão! E as perguntas dos senadores? Ministério das Perguntas Cretinas! "O senhor acredita em Deus?". "Não, acredito no Galvão Bueno, serve?". "Não, acredito na Dilma, serve?". Rarará. E o tuiteiro MC GatoSarado acha que o Silvio Santos é quem deveria ter feito a sabatina: "Sr. Fachin, você só poderá ser ministro do Supremo se conseguir descer o tobogã com a bandeja e encher o pote até a linha". Rarará. Já imaginou o Fachin descendo um tobogã com a bandeja? Virou gincana! Rarará! E o povo do Twitter caiu no deboche: "Fachin, quem você escolhia no Street Fighter 2?". "Fachin, você é a favor da poligamia ou da monotonia?". "Fachin, CPF na nota?". "Fachin, débito ou crédito?". "Fachin, pode ser Pepsi?" Nããão! Rarará! A situação está ficando psico escalafobética! Nóis sofre, mas nóis goza! Hoje, só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Ueba! Karaokê na CPI!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Últimas notícias! Breaking news! "Sensacionalista": "Casamento da Preta Gil tem mais famosos que o comercial da decolar.com". Rarará! O menos famoso era o Gil! Que deu uma canja no casamento. Maravilhoso. Pra quem pode! Pior um amigo que se casou e teve canja do Latino! Rarará! E, no altar, 56 padrinhos! Então não era casamento, era o Bloco da Preta! Rarará! Casamento ostentação: 476 padrinhos, 4.800 docinhos, 450 picolés e UM NOIVO! Rarará. Melhor look do casamento: o bundão da Ivete! Rarará! Adoro a Preta Gil! A Preta é pop! E atenção! Karaokê na CPI! "Doleira promete delação premiada e canta Roberto Carlos na CPI". Mas é CPI ou karaokê? Caraokê Parlamentar de Inquérito! Diz que ela cantou "Amada Amante". Errado! Doleira tem que cantar esta versão do Roberto Carlos: "Tudo que eu gosto é ilegal, imoral ou EM DÓLAR!". Rarará! "The Voice" na CPI! "American Idol". Rarará! Ô esculhambação, viu! E a sabatina do Fachin. Nunca vi sabatina de candidato ao Supremo virar Fla-Flu! O dia inteiro: #Fachinsim e #Fachinnão! E as perguntas dos senadores? Ministério das Perguntas Cretinas! "O senhor acredita em Deus?". "Não, acredito no Galvão Bueno, serve?". "Não, acredito na Dilma, serve?". Rarará. E o tuiteiro MC GatoSarado acha que o Silvio Santos é quem deveria ter feito a sabatina: "Sr. Fachin, você só poderá ser ministro do Supremo se conseguir descer o tobogã com a bandeja e encher o pote até a linha". Rarará. Já imaginou o Fachin descendo um tobogã com a bandeja? Virou gincana! Rarará! E o povo do Twitter caiu no deboche: "Fachin, quem você escolhia no Street Fighter 2?". "Fachin, você é a favor da poligamia ou da monotonia?". "Fachin, CPF na nota?". "Fachin, débito ou crédito?". "Fachin, pode ser Pepsi?" Nããão! Rarará! A situação está ficando psico escalafobética! Nóis sofre, mas nóis goza! Hoje, só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Facebook restringe vídeos e fotos que mostram violência extrema
O Facebook começou a colocar advertências sobre vídeos postados em seu site, identificando conteúdos que possam "chocar, ofender ou indispor" seus espectadores. Os alertas impedem que os vídeos sejam automaticamente rodados nos "feeds" do Facebook –é preciso clicar neles, ao contrário de vídeos comuns. O site também está impedindo que vídeos e fotos chocantes sejam mostrados a qualquer usuário identificado como menor de 18 anos. Mas críticos alegam que a medida é insuficiente para proteger os usuários mais jovens e vulneráveis da rede social. Entre os primeiros posts afetados pela iniciativa estão as imagens que mostram o policial francês Ahmed Merabet sendo morto à queima-roupa em Paris pelos atiradores responsáveis pelo ataque à Charlie Hebdo. O Facebook foi alvo de duras críticas nos últimos anos por permitir que imagens violentas e fortes permanecessem em suas páginas, por conta do interesse público. As diretrizes da empresa vetam materiais que sejam "compartilhados por prazer sádico ou para celebrar ou glorificar a violência". No entanto, permitem vídeos noticiosos ou imagens documentárias que retratem decapitações e outros tipos de assassinatos, apesar de eventuais choques que possam causar. E o Facebook é aberto a adolescentes a partir dos 13 anos, mas muitas crianças mais novas driblam as restrições e também usam a rede social. Em agosto passado, polêmicas envolvendo imagens de cabeças humanas colocadas em espetos na Síria levaram o Instituto de Segurança Online da Família (Fosi, na sigla em inglês) - membro do conselho de segurança do Facebook - a exigir mudanças na rede social. CAPAS Stephen Balkam, executivo-chefe da organização, disse à BBC que queria que capas fossem colocadas sobre vídeos e fotos chocantes, para impedir que fossem vistas sem uma advertência, e que um "portão" dificultasse seu acesso por jovens com menos de 18 anos. O Facebook confirmou que começou a implementar esse sistema em dezembro, aplicando-o a materiais fortes denunciados por usuários. "Quando as pessoas compartilham coisas no Facebook, esperamos que o façam com responsabilidade, incluindo escolher quem vai ver esse conteúdo", disse à BBC uma porta-voz da empresa. "Também pedimos que as pessoas advirtam sua audiência quanto ao que estão prestes a ver caso o vídeo contenha violência. Em casos em que as pessoas denunciam conteúdo forte a nós, que não seja apropriado para menores de idade, podemos acrescentar uma advertência para adultos e impedir que jovens vejam o conteúdo." A porta-voz acrescentou que os engenheiros do Facebook ainda pretendem aperfeiçoar o método, o que pode incluir advertências em vídeos do YouTube (algo que não é possível atualmente) ou sobre fotografias perturbadoras que estejam disponíveis para adultos. Balkam elogiou a iniciativa do Facebook. "Também acho que é uma linha muito tênue entre proteção de usuários e proteção da liberdade de expressão, e acho que eles acertaram." DECAPITAÇÕES O Facebook já havia experimentado uma forma mais básica de alerta a vídeos de decapitações datados de outubro de 2013, depois de o premiê britânico David Cameron ter dito que a empresa era "irresponsável". Mais tarde, tais vídeos foram completamente banidos. A medida recém-adotada pelo Facebook foram bem vistas pela Childnet International, ONG londrina que também aconselha a rede social. "É um passo muito bom para tentar proteger as pessoas desse tipo de conteúdo, e estamos felizes que haja barreiras a menores de idade", disse Will Gardner, executivo-chefe da ONG. "É preciso reconhecer que as pessoas nem sempre se inscrevem (na rede social) com sua idade verdadeira. É importante agir para protegê-las de conteúdo prejudicial e perturbador que elas não querem ver." Mas o psicólogo Arthur Cassidy, de uma organização de prevenção ao suicídio, acredita que o Facebook deva implementar um veto a vídeos e fotos de violência extrema, argumentando que é o grande número de crianças que usam a rede social e que muitas podem tentar driblar as novas restrições. "No fim das contas, advertências não impedem que jovens vejam conteúdo incômodo e que pode causar danos psicológicos", opina. "Eles ainda vão querer assistir, independentemente de quão grotesco seja. E isso tem o potencial de influenciar o comportamento dos que podem se tornar eles próprios agressores."
bbc
Facebook restringe vídeos e fotos que mostram violência extremaO Facebook começou a colocar advertências sobre vídeos postados em seu site, identificando conteúdos que possam "chocar, ofender ou indispor" seus espectadores. Os alertas impedem que os vídeos sejam automaticamente rodados nos "feeds" do Facebook –é preciso clicar neles, ao contrário de vídeos comuns. O site também está impedindo que vídeos e fotos chocantes sejam mostrados a qualquer usuário identificado como menor de 18 anos. Mas críticos alegam que a medida é insuficiente para proteger os usuários mais jovens e vulneráveis da rede social. Entre os primeiros posts afetados pela iniciativa estão as imagens que mostram o policial francês Ahmed Merabet sendo morto à queima-roupa em Paris pelos atiradores responsáveis pelo ataque à Charlie Hebdo. O Facebook foi alvo de duras críticas nos últimos anos por permitir que imagens violentas e fortes permanecessem em suas páginas, por conta do interesse público. As diretrizes da empresa vetam materiais que sejam "compartilhados por prazer sádico ou para celebrar ou glorificar a violência". No entanto, permitem vídeos noticiosos ou imagens documentárias que retratem decapitações e outros tipos de assassinatos, apesar de eventuais choques que possam causar. E o Facebook é aberto a adolescentes a partir dos 13 anos, mas muitas crianças mais novas driblam as restrições e também usam a rede social. Em agosto passado, polêmicas envolvendo imagens de cabeças humanas colocadas em espetos na Síria levaram o Instituto de Segurança Online da Família (Fosi, na sigla em inglês) - membro do conselho de segurança do Facebook - a exigir mudanças na rede social. CAPAS Stephen Balkam, executivo-chefe da organização, disse à BBC que queria que capas fossem colocadas sobre vídeos e fotos chocantes, para impedir que fossem vistas sem uma advertência, e que um "portão" dificultasse seu acesso por jovens com menos de 18 anos. O Facebook confirmou que começou a implementar esse sistema em dezembro, aplicando-o a materiais fortes denunciados por usuários. "Quando as pessoas compartilham coisas no Facebook, esperamos que o façam com responsabilidade, incluindo escolher quem vai ver esse conteúdo", disse à BBC uma porta-voz da empresa. "Também pedimos que as pessoas advirtam sua audiência quanto ao que estão prestes a ver caso o vídeo contenha violência. Em casos em que as pessoas denunciam conteúdo forte a nós, que não seja apropriado para menores de idade, podemos acrescentar uma advertência para adultos e impedir que jovens vejam o conteúdo." A porta-voz acrescentou que os engenheiros do Facebook ainda pretendem aperfeiçoar o método, o que pode incluir advertências em vídeos do YouTube (algo que não é possível atualmente) ou sobre fotografias perturbadoras que estejam disponíveis para adultos. Balkam elogiou a iniciativa do Facebook. "Também acho que é uma linha muito tênue entre proteção de usuários e proteção da liberdade de expressão, e acho que eles acertaram." DECAPITAÇÕES O Facebook já havia experimentado uma forma mais básica de alerta a vídeos de decapitações datados de outubro de 2013, depois de o premiê britânico David Cameron ter dito que a empresa era "irresponsável". Mais tarde, tais vídeos foram completamente banidos. A medida recém-adotada pelo Facebook foram bem vistas pela Childnet International, ONG londrina que também aconselha a rede social. "É um passo muito bom para tentar proteger as pessoas desse tipo de conteúdo, e estamos felizes que haja barreiras a menores de idade", disse Will Gardner, executivo-chefe da ONG. "É preciso reconhecer que as pessoas nem sempre se inscrevem (na rede social) com sua idade verdadeira. É importante agir para protegê-las de conteúdo prejudicial e perturbador que elas não querem ver." Mas o psicólogo Arthur Cassidy, de uma organização de prevenção ao suicídio, acredita que o Facebook deva implementar um veto a vídeos e fotos de violência extrema, argumentando que é o grande número de crianças que usam a rede social e que muitas podem tentar driblar as novas restrições. "No fim das contas, advertências não impedem que jovens vejam conteúdo incômodo e que pode causar danos psicológicos", opina. "Eles ainda vão querer assistir, independentemente de quão grotesco seja. E isso tem o potencial de influenciar o comportamento dos que podem se tornar eles próprios agressores."
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Zé João relembra como acabou com o maior jejum brasileiro na São Silvestre
O Brasil tenta neste ano quebrar a hegemonia estrangeira que já dura dez anos entre as mulheres e cinco entre os homens na São Silvestre. A corrida ocorre na manhã deste sábado (31), com largadas a partir das 8h20. O maior tempo do país sem vitórias na prova, porém, foi 33 anos. O jejum acabou quando o pernambucano José João da Silva cruzou em primeiro na edição de 1980. Zé João, como é conhecido, foi aos Jogos de Los Angeles-1984. Correu os 5.000 m e foi à semifinal dos 10.000 m. Hoje, aos 61 anos, ele diz que sua "medalha olímpica" foi conquistada naquele 31 de dezembro de 1980. "Aquele foi o grande ano da minha vida. Tinha ganho provas, batido recordes. Existia até certa pressão da mídia sobre mim, como eu iria me comportar em casa", lembra. Zé João liderou boa parte da prova, que tinha trajeto menor, 8.900 m. Na parte final, porém, foi ultrapassado pelo português Fernando Mamede. Só nos últimos 800 m, já na avenida Paulista, é que o brasileiro conseguiu alcançar o adversário e retomar a liderança para não perdê-la mais. "Eu apontei na avenida e ouvi meu técnico gritando 'Vai João'. O Mamede tinha diminuído o ritmo. Eu ia, e via a luz do caminhão da imprensa, que acompanhava o líder, cada vez mais perto", lembra. "Nesse caminhão, estava o Osmar de Oliveira, que era narrador da corrida e o meu médico. Comecei a ouvir os gritos dele também: 'Vai João'. Teve muita festa. Foi lindo. Muito legal. A prova que valeu por todas", afirma. Zé João perdeu as contas de quantas São Silvestre correu, mas de sua estreia em 1976 à despedida em 1992, ganhou dois bronzes, uma prata e dois ouros -além de 1980, venceu em 1985. A prova é ainda mais especial para ele por ter sido a inspiração para a sua carreira. Vindo de Bezerros-PE, sua terra natal, a São Paulo para estudar e trabalhar, ele arrumou emprego de entregador numa cantina nos Jardins. No Reveillon de 1973 para 74, ele foi barrado pela polícia quando tentava entregar uma pizza na avenida Paulista. Não demorou muito para ele entender que se tratava de uma corrida, a São Silvestre. "Ali descobri, queria correr", conta o bicampeão, que hoje organiza corridas de rua pelo Brasil. "Na verdade meu sócio trabalha enquanto eu fico correndo por aí", ele brinca. Entre uma resposta e outra, Zé João costuma gargalhar com as lembranças de quem demonstra saber ter escrito o nome na história do atletismo nacional. Hoje, aos 61 anos, corre em média 10 km por dia. "Faço pelo equilíbrio da vida. A vida é o que se não um movimento?". Leia os principais trechos da entrevista com o ex-atleta: * CHEGADA EM SÃO PAULO Zé João: "Nasci em Bezerros-PE, 78 km acima do Recife, na Zona da Mata. Minha família tinha roça, criava uns bichinhos, milho, feijão. Vim para São Paulo estudar e arrumar um trabalho. Tinha uns 17 anos, vim com o meu cunhado. Fui morar numa pensão, na alameda Pamplona com a alameda Santos [Jardins, zona oeste de São Paulo]. Estudava e de fim de semana e feriado fazia entrega pra uma cantina. Naquele tempo não tinha esse negócio de motoboy, ia a pé mesmo, meio trotando, era menino novo, rápido." PIZZA FRIA E SÃO SILVESTRE "Numa dessas entregas fui barrado pela polícia na avenida Paulista. Era uma pizza no hospital Matarazzo, pros plantonistas, me lembro que era o Dr. Arquimedes (risos). O policial me disse: 'Espera um pouquinho'. E era quase meia-noite, tinha carro da imprensa. Eu não entendi. Quando a polícia liberou cheguei com a pizza meio fria. Ficou essa piada rolando, o entregador de pizza barrado na São Silvestre. Cheguei na cantina e contei o que tinha acontecido. O meu patrão, me explicou que era a São Silvestre, que era tradicional, que os estrangeiros vinham e ganhavam. E eu respondi: 'quero correr!'. De tanto encher a cabeça dele, um dia ele pegou o carro e me levou para conhecer o percurso. Ele foi de carro, eu fui atrás correndo. Era 1h da manhã. Ele me viu correndo, viu que eu levava jeito, e me aconselhou a arrumar um treinador." O ATLETISMO "Peguei a minha bicicleta e fui até o Clube Pinheiros. Amarrei ela na grade, falei com o guardinha e entrei. Imagina fazer isso hoje em qualquer clube? Amarra a bicicleta, dá o R.G. e entra. Eu sabia que eu tinha que falar com o Pedrão [Pedro Henrique Camargo de Toledo], técnico do João do Pulo, mas ele me mandou pro Carlão [Carlos Gomes Ventura]. No teste, eu nem sabia que a pista de atletismo era uma bola, dava uma volta. Ele disse para eu correr até mandar parar. Fiz 5 km em 16min32s, tempo bom até hoje. Meses depois, em 1976, comecei a competir." ESTREIA NA PROVA "Eu me lembro que eu corria, corria, corria, e estava no meio do povão. Era muita gente. Eu nem vi a frente. Mas fui o melhor do clube, e fiquei em 89º, bom resultado para a estreia [em 1976]. Em 1977, fui o 63º, melhor do clube de novo, entre os dez do Brasil. Em 78, fui 35º. E em 1979, fui 15º, mas já vi a frente, senti o cheiro de ar fresco. Morri no fim e perdi várias posições." 1980 "Foi o grande ano da minha vida. Mudei do Pinheiros para o São Paulo [Futebol Clube]. Foi quando eu pude me dedicar exclusivamente ao atletismo. Antes disso eu ainda tinha que fazer uns bicos. O clube me garantiu que eu iria só treinar, e que teria carteira assinada como auxiliar técnico. Eu corria 5 km e 10 km. Comecei a participar mais de competições, a ter projeção. Estava bem, tinha ganhado provas, batido recordes. Lembro que tinha expectativa sobre mim, da mídia. Naquele tempo, a gente fazia uma seletiva antes da São Silvestre, no mesmo percurso, e eu tinha feito a segunda melhor marca do ano no mundo naquela distância. Eu lembro da cobrança: 'Como Zé João vai se comportar nesse dia, em casa? Eu sabia que se eu rendesse, o pódio estava ali. E ganhar? Eram 33 anos de jejum. QUEBRAR O JEJUM "Tinha o português Mamede, recordista mundial. Tinha o Lindsay, o Salazar. Uns 10 a 15 corredores de elite para brigar. Meu téecnico esvaziou a garagem de um prédio perto da Gazeta para eu poder me aquecer e concentrar sossegado. Quando faltavam uns dez minutos para começar, eles me conduziram até a largada. Eu me prostrei do lado direito, porque queria tomar o cuidado de não bater em ninguém. Até perdi umas posições no começo. Quando chegamos na Brigadeiro [Luis Antônio], eu estava entre os 30 primeiros, mais ou menos. Com sete minutos de prova, eu já era o líder. Lembro bem os três quilômetros, perto da rua Líbero Badaró. Ali, eu abri uns 10 metros e mantive, na São João, na Ipiranga. Passando a Igreja da Consolação, o Mamede me passou e abriu uns cinco metros, e depois mais, talvez uns 30 m. Mas no fim da subida, quando a gente virou na Paulista, o Carlão percebeu que o Mamede estava diminuindo. E o Carlão gritava: 'Vai João'. E eu via a luz do caminhão da imprensa, que acompanhava o líder cada vez mais de perto. Neste caminhão, estava o Osmar de Oliveira narrando a prova. Ele era o meu médico, então já viu. Dava pra ouvir ele gritando também: 'Vai João.' Faltando uns 800 metros, eu estava muito perto e, quando passei o Mamede na frente do Masp, foi uma festa. Eu tenho essa narração gravada. É muito lindo. Foi muito legal. Foi uma prova que valeu por todas, quebrou a tabu. Não tem preço. Foi a minha medalha olímpica." EX-ATLETA "Parei mesmo em 1997, há 19 anos –e a minha melhor medalha foi nunca ter parado. Hoje, faço pelo equilíbrio da vida, pra ter muita disposição para trabalhar e viver. Eu entendi a importância que a atividade física tem na vida. A vida é o que se não um movimento? O primeiro horário é meu, 6h30, 7h. Corro 10 km por dia em 1 hora, 50 minutos. Tenho um físico sem problemas, faço na boa. A minha corrida é pela saúde. Eu quero correr hoje para amanhã correr de novo. O médico até agora só serviu para dizer que eu estou ótimo –vou até bater na madeira aqui." EMPRESÁRIO DO ESPORTE "Hoje, meu sócio trabalha e eu fico por aí correndo [gargalhadas]. Na verdade, minha aposentadoria coincidiu com a criação do Troféu Cidade de São Paulo, a corrida de 10 km que acontece no dia do aniversário da cidade até hoje. A prova teria o meu nome, para homenagear. Quando eu soube disso, achei que não combinava. Pedi pra trocar e a Prefeitura aceitou. Minha empresa nasceu para organizar esta prova, e hoje é isso o que faço."
esporte
Zé João relembra como acabou com o maior jejum brasileiro na São SilvestreO Brasil tenta neste ano quebrar a hegemonia estrangeira que já dura dez anos entre as mulheres e cinco entre os homens na São Silvestre. A corrida ocorre na manhã deste sábado (31), com largadas a partir das 8h20. O maior tempo do país sem vitórias na prova, porém, foi 33 anos. O jejum acabou quando o pernambucano José João da Silva cruzou em primeiro na edição de 1980. Zé João, como é conhecido, foi aos Jogos de Los Angeles-1984. Correu os 5.000 m e foi à semifinal dos 10.000 m. Hoje, aos 61 anos, ele diz que sua "medalha olímpica" foi conquistada naquele 31 de dezembro de 1980. "Aquele foi o grande ano da minha vida. Tinha ganho provas, batido recordes. Existia até certa pressão da mídia sobre mim, como eu iria me comportar em casa", lembra. Zé João liderou boa parte da prova, que tinha trajeto menor, 8.900 m. Na parte final, porém, foi ultrapassado pelo português Fernando Mamede. Só nos últimos 800 m, já na avenida Paulista, é que o brasileiro conseguiu alcançar o adversário e retomar a liderança para não perdê-la mais. "Eu apontei na avenida e ouvi meu técnico gritando 'Vai João'. O Mamede tinha diminuído o ritmo. Eu ia, e via a luz do caminhão da imprensa, que acompanhava o líder, cada vez mais perto", lembra. "Nesse caminhão, estava o Osmar de Oliveira, que era narrador da corrida e o meu médico. Comecei a ouvir os gritos dele também: 'Vai João'. Teve muita festa. Foi lindo. Muito legal. A prova que valeu por todas", afirma. Zé João perdeu as contas de quantas São Silvestre correu, mas de sua estreia em 1976 à despedida em 1992, ganhou dois bronzes, uma prata e dois ouros -além de 1980, venceu em 1985. A prova é ainda mais especial para ele por ter sido a inspiração para a sua carreira. Vindo de Bezerros-PE, sua terra natal, a São Paulo para estudar e trabalhar, ele arrumou emprego de entregador numa cantina nos Jardins. No Reveillon de 1973 para 74, ele foi barrado pela polícia quando tentava entregar uma pizza na avenida Paulista. Não demorou muito para ele entender que se tratava de uma corrida, a São Silvestre. "Ali descobri, queria correr", conta o bicampeão, que hoje organiza corridas de rua pelo Brasil. "Na verdade meu sócio trabalha enquanto eu fico correndo por aí", ele brinca. Entre uma resposta e outra, Zé João costuma gargalhar com as lembranças de quem demonstra saber ter escrito o nome na história do atletismo nacional. Hoje, aos 61 anos, corre em média 10 km por dia. "Faço pelo equilíbrio da vida. A vida é o que se não um movimento?". Leia os principais trechos da entrevista com o ex-atleta: * CHEGADA EM SÃO PAULO Zé João: "Nasci em Bezerros-PE, 78 km acima do Recife, na Zona da Mata. Minha família tinha roça, criava uns bichinhos, milho, feijão. Vim para São Paulo estudar e arrumar um trabalho. Tinha uns 17 anos, vim com o meu cunhado. Fui morar numa pensão, na alameda Pamplona com a alameda Santos [Jardins, zona oeste de São Paulo]. Estudava e de fim de semana e feriado fazia entrega pra uma cantina. Naquele tempo não tinha esse negócio de motoboy, ia a pé mesmo, meio trotando, era menino novo, rápido." PIZZA FRIA E SÃO SILVESTRE "Numa dessas entregas fui barrado pela polícia na avenida Paulista. Era uma pizza no hospital Matarazzo, pros plantonistas, me lembro que era o Dr. Arquimedes (risos). O policial me disse: 'Espera um pouquinho'. E era quase meia-noite, tinha carro da imprensa. Eu não entendi. Quando a polícia liberou cheguei com a pizza meio fria. Ficou essa piada rolando, o entregador de pizza barrado na São Silvestre. Cheguei na cantina e contei o que tinha acontecido. O meu patrão, me explicou que era a São Silvestre, que era tradicional, que os estrangeiros vinham e ganhavam. E eu respondi: 'quero correr!'. De tanto encher a cabeça dele, um dia ele pegou o carro e me levou para conhecer o percurso. Ele foi de carro, eu fui atrás correndo. Era 1h da manhã. Ele me viu correndo, viu que eu levava jeito, e me aconselhou a arrumar um treinador." O ATLETISMO "Peguei a minha bicicleta e fui até o Clube Pinheiros. Amarrei ela na grade, falei com o guardinha e entrei. Imagina fazer isso hoje em qualquer clube? Amarra a bicicleta, dá o R.G. e entra. Eu sabia que eu tinha que falar com o Pedrão [Pedro Henrique Camargo de Toledo], técnico do João do Pulo, mas ele me mandou pro Carlão [Carlos Gomes Ventura]. No teste, eu nem sabia que a pista de atletismo era uma bola, dava uma volta. Ele disse para eu correr até mandar parar. Fiz 5 km em 16min32s, tempo bom até hoje. Meses depois, em 1976, comecei a competir." ESTREIA NA PROVA "Eu me lembro que eu corria, corria, corria, e estava no meio do povão. Era muita gente. Eu nem vi a frente. Mas fui o melhor do clube, e fiquei em 89º, bom resultado para a estreia [em 1976]. Em 1977, fui o 63º, melhor do clube de novo, entre os dez do Brasil. Em 78, fui 35º. E em 1979, fui 15º, mas já vi a frente, senti o cheiro de ar fresco. Morri no fim e perdi várias posições." 1980 "Foi o grande ano da minha vida. Mudei do Pinheiros para o São Paulo [Futebol Clube]. Foi quando eu pude me dedicar exclusivamente ao atletismo. Antes disso eu ainda tinha que fazer uns bicos. O clube me garantiu que eu iria só treinar, e que teria carteira assinada como auxiliar técnico. Eu corria 5 km e 10 km. Comecei a participar mais de competições, a ter projeção. Estava bem, tinha ganhado provas, batido recordes. Lembro que tinha expectativa sobre mim, da mídia. Naquele tempo, a gente fazia uma seletiva antes da São Silvestre, no mesmo percurso, e eu tinha feito a segunda melhor marca do ano no mundo naquela distância. Eu lembro da cobrança: 'Como Zé João vai se comportar nesse dia, em casa? Eu sabia que se eu rendesse, o pódio estava ali. E ganhar? Eram 33 anos de jejum. QUEBRAR O JEJUM "Tinha o português Mamede, recordista mundial. Tinha o Lindsay, o Salazar. Uns 10 a 15 corredores de elite para brigar. Meu téecnico esvaziou a garagem de um prédio perto da Gazeta para eu poder me aquecer e concentrar sossegado. Quando faltavam uns dez minutos para começar, eles me conduziram até a largada. Eu me prostrei do lado direito, porque queria tomar o cuidado de não bater em ninguém. Até perdi umas posições no começo. Quando chegamos na Brigadeiro [Luis Antônio], eu estava entre os 30 primeiros, mais ou menos. Com sete minutos de prova, eu já era o líder. Lembro bem os três quilômetros, perto da rua Líbero Badaró. Ali, eu abri uns 10 metros e mantive, na São João, na Ipiranga. Passando a Igreja da Consolação, o Mamede me passou e abriu uns cinco metros, e depois mais, talvez uns 30 m. Mas no fim da subida, quando a gente virou na Paulista, o Carlão percebeu que o Mamede estava diminuindo. E o Carlão gritava: 'Vai João'. E eu via a luz do caminhão da imprensa, que acompanhava o líder cada vez mais de perto. Neste caminhão, estava o Osmar de Oliveira narrando a prova. Ele era o meu médico, então já viu. Dava pra ouvir ele gritando também: 'Vai João.' Faltando uns 800 metros, eu estava muito perto e, quando passei o Mamede na frente do Masp, foi uma festa. Eu tenho essa narração gravada. É muito lindo. Foi muito legal. Foi uma prova que valeu por todas, quebrou a tabu. Não tem preço. Foi a minha medalha olímpica." EX-ATLETA "Parei mesmo em 1997, há 19 anos –e a minha melhor medalha foi nunca ter parado. Hoje, faço pelo equilíbrio da vida, pra ter muita disposição para trabalhar e viver. Eu entendi a importância que a atividade física tem na vida. A vida é o que se não um movimento? O primeiro horário é meu, 6h30, 7h. Corro 10 km por dia em 1 hora, 50 minutos. Tenho um físico sem problemas, faço na boa. A minha corrida é pela saúde. Eu quero correr hoje para amanhã correr de novo. O médico até agora só serviu para dizer que eu estou ótimo –vou até bater na madeira aqui." EMPRESÁRIO DO ESPORTE "Hoje, meu sócio trabalha e eu fico por aí correndo [gargalhadas]. Na verdade, minha aposentadoria coincidiu com a criação do Troféu Cidade de São Paulo, a corrida de 10 km que acontece no dia do aniversário da cidade até hoje. A prova teria o meu nome, para homenagear. Quando eu soube disso, achei que não combinava. Pedi pra trocar e a Prefeitura aceitou. Minha empresa nasceu para organizar esta prova, e hoje é isso o que faço."
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Meirelles diz que meta de inflação de 3% ao ano está gerando 'controvérsia'
O ministro Henrique Meirelles (Fazenda) comentou nesta quarta-feira (1º) sobre o intuito do Banco Central de fazer a meta de inflação caminhar, no longo prazo, para 3% ao ano. Hoje a meta é de 4,5%. Ele disse que o tema, lançado nesta terça (31) pelo presidente do BC, Ilan Goldfajn, está "dando muita controvérsia". O ministro participa de evento do banco Credit Suisse em São Paulo. "Eu prefiro deixar esse assunto com o presidente do Banco Central. Uma pessoa só falando já está gerando muito mal entendido, duas pessoas falando dá mais", disse. "Mas não há dúvida de que a tendência da inflação no Brasil de longo prazo é de queda, primeiro porque o Banco Central está fazendo um excelente trabalho, segundo porque uma das causas fundamentais da inflação era a expansão fiscal constante e isso está sendo resolvido", disse. Ele também afirmou que questões que tratam da segurança jurídica de empresas e de produtividade também estão sendo observadas, o que contribui para baixar o juro estrutural e a inflação no país. O ministro afirmou que vai esperar a proposta do BC ao Conselho Monetário Nacional, formado por Fazenda, Planejamento e Banco Central, que fixará em junho a meta de 2019. "Certamente o Banco Central vai estudar isso e até junho vai fazer uma proposta ao Conselho Monetário Nacional. Vamos considerar".
mercado
Meirelles diz que meta de inflação de 3% ao ano está gerando 'controvérsia'O ministro Henrique Meirelles (Fazenda) comentou nesta quarta-feira (1º) sobre o intuito do Banco Central de fazer a meta de inflação caminhar, no longo prazo, para 3% ao ano. Hoje a meta é de 4,5%. Ele disse que o tema, lançado nesta terça (31) pelo presidente do BC, Ilan Goldfajn, está "dando muita controvérsia". O ministro participa de evento do banco Credit Suisse em São Paulo. "Eu prefiro deixar esse assunto com o presidente do Banco Central. Uma pessoa só falando já está gerando muito mal entendido, duas pessoas falando dá mais", disse. "Mas não há dúvida de que a tendência da inflação no Brasil de longo prazo é de queda, primeiro porque o Banco Central está fazendo um excelente trabalho, segundo porque uma das causas fundamentais da inflação era a expansão fiscal constante e isso está sendo resolvido", disse. Ele também afirmou que questões que tratam da segurança jurídica de empresas e de produtividade também estão sendo observadas, o que contribui para baixar o juro estrutural e a inflação no país. O ministro afirmou que vai esperar a proposta do BC ao Conselho Monetário Nacional, formado por Fazenda, Planejamento e Banco Central, que fixará em junho a meta de 2019. "Certamente o Banco Central vai estudar isso e até junho vai fazer uma proposta ao Conselho Monetário Nacional. Vamos considerar".
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Turquia pede que Genebra retire da ONU foto que faz crítica a Erdogan
A Turquia pediu que autoridades de Genebra, na Suíça, retirem da sede da ONU na cidade uma fotografia que mostra uma manifestação contra o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. A imagem foi produzida pelo fotógrafo suíço Demir Sonmez. Nela, um cartaz diz: "Me chamo Berkin Elvan, a polícia me matou sob ordens do primeiro-ministro turco", em referência ao cargo que Erdogan ocupou entre 2003 a 2014. A fotografia faz parte de uma exposição na área externa da ONU na cidade, e mostra manifestantes com um cartaz que responsabiliza o governo de Erdogan pela morte de um adolescente. A exposição tem o apoio da cidade de Genebra e do grupo Repórteres Sem Fronteiras. Em entrevista à Agência France Presse, o fotógrafo disse que seu objetivo era destacar "as múltiplas lutas do povo". CENSURA Uma jornalista holandesa foi detida no fim de semana pela polícia turca, uma semana depois de criticar o presidente do país pela falta de liberdade de imprensa na Turquia. A informação foi confirmada pelo governo turco. Ebru Umar, que tem ascendência turca, publicou em seu Twitter que foi libertada, mas estava proibida de deixar o país. Em um texto publicado no jornal "Metro", Umar chamou Erdogan de ditador. Um porta-voz do governo holandês disse que está acompanhando o caso e mantém contato com a jornalista. Em um outro caso de censura, um repórter norte-americano que vive e trabalha na Turquia foi proibido de entrar no país depois de uma viagem. David Lepeska cobre notícias para o "Guardian", a "Al Jazeera", e a "Foreign Affairs", e teve visto negado no aeroporto de Istambul. O governo da Turquia alegou que ele não tinha o visto apropriado para atuar como correspondente estrangeiro no país.
mundo
Turquia pede que Genebra retire da ONU foto que faz crítica a ErdoganA Turquia pediu que autoridades de Genebra, na Suíça, retirem da sede da ONU na cidade uma fotografia que mostra uma manifestação contra o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. A imagem foi produzida pelo fotógrafo suíço Demir Sonmez. Nela, um cartaz diz: "Me chamo Berkin Elvan, a polícia me matou sob ordens do primeiro-ministro turco", em referência ao cargo que Erdogan ocupou entre 2003 a 2014. A fotografia faz parte de uma exposição na área externa da ONU na cidade, e mostra manifestantes com um cartaz que responsabiliza o governo de Erdogan pela morte de um adolescente. A exposição tem o apoio da cidade de Genebra e do grupo Repórteres Sem Fronteiras. Em entrevista à Agência France Presse, o fotógrafo disse que seu objetivo era destacar "as múltiplas lutas do povo". CENSURA Uma jornalista holandesa foi detida no fim de semana pela polícia turca, uma semana depois de criticar o presidente do país pela falta de liberdade de imprensa na Turquia. A informação foi confirmada pelo governo turco. Ebru Umar, que tem ascendência turca, publicou em seu Twitter que foi libertada, mas estava proibida de deixar o país. Em um texto publicado no jornal "Metro", Umar chamou Erdogan de ditador. Um porta-voz do governo holandês disse que está acompanhando o caso e mantém contato com a jornalista. Em um outro caso de censura, um repórter norte-americano que vive e trabalha na Turquia foi proibido de entrar no país depois de uma viagem. David Lepeska cobre notícias para o "Guardian", a "Al Jazeera", e a "Foreign Affairs", e teve visto negado no aeroporto de Istambul. O governo da Turquia alegou que ele não tinha o visto apropriado para atuar como correspondente estrangeiro no país.
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Código inexplorado é risco que não dá muito certo em filme de italiano
Quem ainda tem o hábito de escolher o filme pelo nome do diretor pode decidir ver "O Conto dos Contos", assinado pelo prestigiado Matteo Garrone, e pensar que entrou na sala errada. O cineasta italiano despertou atenção com a ferocidade de sua crítica social em "Gomorra" (2008) e "Reality "" A Grande Ilusão" (2012), ambos valorizados com o Grande Prêmio de Cannes. Monstros, ogros e mundos de fantasia não muito distantes de "O Senhor dos Anéis" causam estranheza em seu novo trabalho. O filme adapta histórias reunidas por Giambattista Basile, poeta napolitano do século 17 no "Pentamerão", um livro de contos de fadas que antecede as coletâneas que fizeram de Charles Perrault e dos Irmãos Grimm clássicos infantis. A adaptação está mais para Terry Gilliam do que para Jacques Demy, ou seja, a fantasia inclina-se para o grotesco pantagruélico em vez das sutilezas da fábula. O filme utiliza três histórias e as intercala em busca do ritmo mais apreciado pelo público contemporâneo. Uma tem como centro uma rainha e o filho que ela consegue gestar ao ingerir as entranhas de um monstro. A segunda narra as agruras matrimoniais de uma princesa cujo pai vive encantado por uma pulga gigante que ele cultiva nos aposentos reais. O terceiro explora as desventuras de um rei seduzido por uma desconhecida. A luta pelo poder a qualquer preço, a substituição da realidade pela fantasia, a busca irracional pela aparência por meio de artifícios são temas presentes nos filmes anteriores de Garrone e que neste o diretor retrabalha. A opção por um código estranho e inexplorado é, no entanto, um risco que não dá muito certo. Os que adoram os universos fantásticos podem achar o filme longo e cansativo, enquanto os admiradores do olhar agudo de Garrone tendem a se perder entre os simbolismos e as alegorias que permeiam sua revisão dos contos de fadas. Resta apenas o resgate do pouco conhecido "Pentamerão" e o jeito perverso de contar histórias infantis capazes de deixar as crianças assombradas pelo resto da vida. O CONTO DOS CONTOS DIREÇÃO: Matteo Garrone ELENCO: Salma Hayek, Vincent Cassel PRODUÇÃO: Itália/França/Reino Unido, 2014, 16 anos QUANDO: estreia nesta quinta (12)
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Código inexplorado é risco que não dá muito certo em filme de italianoQuem ainda tem o hábito de escolher o filme pelo nome do diretor pode decidir ver "O Conto dos Contos", assinado pelo prestigiado Matteo Garrone, e pensar que entrou na sala errada. O cineasta italiano despertou atenção com a ferocidade de sua crítica social em "Gomorra" (2008) e "Reality "" A Grande Ilusão" (2012), ambos valorizados com o Grande Prêmio de Cannes. Monstros, ogros e mundos de fantasia não muito distantes de "O Senhor dos Anéis" causam estranheza em seu novo trabalho. O filme adapta histórias reunidas por Giambattista Basile, poeta napolitano do século 17 no "Pentamerão", um livro de contos de fadas que antecede as coletâneas que fizeram de Charles Perrault e dos Irmãos Grimm clássicos infantis. A adaptação está mais para Terry Gilliam do que para Jacques Demy, ou seja, a fantasia inclina-se para o grotesco pantagruélico em vez das sutilezas da fábula. O filme utiliza três histórias e as intercala em busca do ritmo mais apreciado pelo público contemporâneo. Uma tem como centro uma rainha e o filho que ela consegue gestar ao ingerir as entranhas de um monstro. A segunda narra as agruras matrimoniais de uma princesa cujo pai vive encantado por uma pulga gigante que ele cultiva nos aposentos reais. O terceiro explora as desventuras de um rei seduzido por uma desconhecida. A luta pelo poder a qualquer preço, a substituição da realidade pela fantasia, a busca irracional pela aparência por meio de artifícios são temas presentes nos filmes anteriores de Garrone e que neste o diretor retrabalha. A opção por um código estranho e inexplorado é, no entanto, um risco que não dá muito certo. Os que adoram os universos fantásticos podem achar o filme longo e cansativo, enquanto os admiradores do olhar agudo de Garrone tendem a se perder entre os simbolismos e as alegorias que permeiam sua revisão dos contos de fadas. Resta apenas o resgate do pouco conhecido "Pentamerão" e o jeito perverso de contar histórias infantis capazes de deixar as crianças assombradas pelo resto da vida. O CONTO DOS CONTOS DIREÇÃO: Matteo Garrone ELENCO: Salma Hayek, Vincent Cassel PRODUÇÃO: Itália/França/Reino Unido, 2014, 16 anos QUANDO: estreia nesta quinta (12)
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Ministro argentino critica pedido de dados e é acusado de machismo
Virou um bate-boca público a divulgação das estatísticas de pobreza na Argentina. Após a Justiça mandar o governo apresentar os números que mostrariam quantos são os cidadãos pobres e indigentes do país, o ministro da Economia, Axel Kicillof, atacou uma política da oposição, que havia feito o pedido de informação judicialmente. Contrariado com o pedido de informações, Kicillof acusou a deputada Victoria Donda, que integra a frente opositora Progressistas, de fazer o pedido à Justiça para aparecer na imprensa e que ela deveria "vestir-se de plumas". Poucas horas depois, Donda respondeu e acusou Kicillof de machismo. Ela afirmou que o denunciaria por discriminação de gênero. Os últimos dados oficiais sobre a pobreza na Argentina são de 2013 e informam que o problema atingiria menos de 5% da população. Depois disso, o governo interrompeu a pesquisa. Estatísticas privadas, como as do Observatório da Dívida Social, produzido pela Universidade Católica, avaliam que a pobreza atinge 28,7% dos argentinos e que a situação piorou depois de 2011, com a alta da inflação. "O ministro reproduz uma conduta machista e violenta, que mata uma mulher a cada 30 horas na Argentina", disse a deputada Donda, em entrevista ao jornal "Clarín". Kicillof é funcionário da presidente Cristina Kirchner, que em seus discursos defende repetidamente a igualdade de gênero. Na véspera, a presidente repreendeu em cadeia nacional um jornalista que teria agredido uma assessora do Ministério da Economia. "Esqueçam que é uma funcionária, é uma mulher", criticou Cristina. No fim da tarde, por meio de sua conta numa rede social, Kicillof tentou explicar-se. Disse que não se tratava de uma crítica machista. Sem se desculpar com a deputada, informou apenas que não teve intenção de ofender às mulheres. "Usei uma expressão de uso cotidiano, que faz referência a chamar atenção, muito além do gênero", afirmou. "Até me atreveria a dizer que pensar que plumas são matéria exclusiva de mulheres é uma concepção retrógrada."
mundo
Ministro argentino critica pedido de dados e é acusado de machismoVirou um bate-boca público a divulgação das estatísticas de pobreza na Argentina. Após a Justiça mandar o governo apresentar os números que mostrariam quantos são os cidadãos pobres e indigentes do país, o ministro da Economia, Axel Kicillof, atacou uma política da oposição, que havia feito o pedido de informação judicialmente. Contrariado com o pedido de informações, Kicillof acusou a deputada Victoria Donda, que integra a frente opositora Progressistas, de fazer o pedido à Justiça para aparecer na imprensa e que ela deveria "vestir-se de plumas". Poucas horas depois, Donda respondeu e acusou Kicillof de machismo. Ela afirmou que o denunciaria por discriminação de gênero. Os últimos dados oficiais sobre a pobreza na Argentina são de 2013 e informam que o problema atingiria menos de 5% da população. Depois disso, o governo interrompeu a pesquisa. Estatísticas privadas, como as do Observatório da Dívida Social, produzido pela Universidade Católica, avaliam que a pobreza atinge 28,7% dos argentinos e que a situação piorou depois de 2011, com a alta da inflação. "O ministro reproduz uma conduta machista e violenta, que mata uma mulher a cada 30 horas na Argentina", disse a deputada Donda, em entrevista ao jornal "Clarín". Kicillof é funcionário da presidente Cristina Kirchner, que em seus discursos defende repetidamente a igualdade de gênero. Na véspera, a presidente repreendeu em cadeia nacional um jornalista que teria agredido uma assessora do Ministério da Economia. "Esqueçam que é uma funcionária, é uma mulher", criticou Cristina. No fim da tarde, por meio de sua conta numa rede social, Kicillof tentou explicar-se. Disse que não se tratava de uma crítica machista. Sem se desculpar com a deputada, informou apenas que não teve intenção de ofender às mulheres. "Usei uma expressão de uso cotidiano, que faz referência a chamar atenção, muito além do gênero", afirmou. "Até me atreveria a dizer que pensar que plumas são matéria exclusiva de mulheres é uma concepção retrógrada."
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'Imposto verde' exige compensação tributária, diz pesquisador
A adoção de imposto que incida sobre empresas que emitem mais gases poluentes exige que outro imposto seja reduzido. A avaliação é de Sérgio Leitão, diretor do Instituto Escolhas, que participou de debate no Fórum Economia Limpa, nesta terça (21). O evento foi promovido pela Folha e Abralatas (Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade) em São Paulo. Ex-diretor do Greenpeace, Leitão afirma que a simples adoção de um novo imposto chegaria a reduzir o PIB, pois setores como siderurgia e transporte teriam seus produtos sobretaxados e menos consumidos –essas atividades estão entre as que mais emitem materiais poluentes. A discussão sobre a taxação está sendo feita no mundo e ganhou força após o Acordo de Paris, ano passado, em que 175 países se comprometeram a reduzir suas emissões de carbono (incluindo China, Índia e EUA, os maiores poluentes, e o Brasil). Leitão, autor de pesquisa sobre o tema, sugere que no Brasil o imposto a ser reduzido seja o PIS-Cofins, por ser muito complexo e com margem para simplificações, além de estar presente em diversas etapas da produção. Coordenadora-executiva do Fundo Verde da Universidade Federal do RJ, Suzana Kahn afirma ser "um contrassenso" sobretaxar a emissão de carbono, sendo que os governos ainda subsidiam a indústria petrolífera. Kahn se mostra cética em relação ao uso de "imposto verde". "Não dá para apostar todas as fichas no mercado ou na taxação", disse. "Em qualquer solução, quem paga a conta é o consumidor", disse Gustavo Pimentel, diretor da consultoria Sitawi Finanças do Bem e analista de investimentos. Pimentel não vê essa situação como negativa. "Hoje, quem paga a conta das mudanças climáticas é o cidadão."
seminariosfolha
'Imposto verde' exige compensação tributária, diz pesquisadorA adoção de imposto que incida sobre empresas que emitem mais gases poluentes exige que outro imposto seja reduzido. A avaliação é de Sérgio Leitão, diretor do Instituto Escolhas, que participou de debate no Fórum Economia Limpa, nesta terça (21). O evento foi promovido pela Folha e Abralatas (Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade) em São Paulo. Ex-diretor do Greenpeace, Leitão afirma que a simples adoção de um novo imposto chegaria a reduzir o PIB, pois setores como siderurgia e transporte teriam seus produtos sobretaxados e menos consumidos –essas atividades estão entre as que mais emitem materiais poluentes. A discussão sobre a taxação está sendo feita no mundo e ganhou força após o Acordo de Paris, ano passado, em que 175 países se comprometeram a reduzir suas emissões de carbono (incluindo China, Índia e EUA, os maiores poluentes, e o Brasil). Leitão, autor de pesquisa sobre o tema, sugere que no Brasil o imposto a ser reduzido seja o PIS-Cofins, por ser muito complexo e com margem para simplificações, além de estar presente em diversas etapas da produção. Coordenadora-executiva do Fundo Verde da Universidade Federal do RJ, Suzana Kahn afirma ser "um contrassenso" sobretaxar a emissão de carbono, sendo que os governos ainda subsidiam a indústria petrolífera. Kahn se mostra cética em relação ao uso de "imposto verde". "Não dá para apostar todas as fichas no mercado ou na taxação", disse. "Em qualquer solução, quem paga a conta é o consumidor", disse Gustavo Pimentel, diretor da consultoria Sitawi Finanças do Bem e analista de investimentos. Pimentel não vê essa situação como negativa. "Hoje, quem paga a conta das mudanças climáticas é o cidadão."
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Erramos: 'Crítica: 'Uma Noite no Museu 3' é fraco como fábula e como comédia'
Diferentemente do informado no texto 'Crítica: 'Uma Noite no Museu 3' é fraco como fábula e como comédia', (Ilustrada - 08/01/2015 - 12h06) o longa em que o guarda Larry volta ao museu após receber um pedido de socorro do caubói em miniatura Jedediah é o segundo da franquia. No terceiro, ele vai para Londres descobrir o que há de errado com a tábua mágica que dá vida aos bonecos, cuja mágica parece estar no fim. O texto já foi corrigido.
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Erramos: 'Crítica: 'Uma Noite no Museu 3' é fraco como fábula e como comédia'Diferentemente do informado no texto 'Crítica: 'Uma Noite no Museu 3' é fraco como fábula e como comédia', (Ilustrada - 08/01/2015 - 12h06) o longa em que o guarda Larry volta ao museu após receber um pedido de socorro do caubói em miniatura Jedediah é o segundo da franquia. No terceiro, ele vai para Londres descobrir o que há de errado com a tábua mágica que dá vida aos bonecos, cuja mágica parece estar no fim. O texto já foi corrigido.
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Emergentes e vendas on-line ajudam dona da Zara a superar rival H&M
As vendas da varejista de moda H&M caíram inesperadamente em fevereiro, enquanto a Inditex, dona da Zara, se distanciou ainda mais da rival sueca, ajudada pela expansão on-line e pela maior presença nos mercados emergentes. A Inditex, maior varejista de roupas do mundo, tem superado a H&M nos últimos anos apoiada no crescimento on-line e na expansão para novos mercados. A empresa espanhola apostou na diversificação dos negócios mais rapidamente e investiu em marcas mais caras, reduzindo a exposição ao crescimento das redes mais baratas, como a Primark. A H&M deu continuidade aos planos para lançar 'e-commerce' em mais mercados neste ano e acelerar a expansão de novas marcas, como a COS e a & Other Stories do mercado-médio. Nesta quarta-feira (15), a H&M revelou que as vendas em moeda local caíram em fevereiro pela primeira vez em quatro anos. Já as vendas em moeda local da dona da Zara subiram entre 1º de fevereiro e 12 de março. Os resultados da Inditex podem indicar que a estratégia da empresa está dando frutos. A dona da Zara tem aberto lojas maiores em áreas nobres, com a integração posterior das operações on-line.
mercado
Emergentes e vendas on-line ajudam dona da Zara a superar rival H&MAs vendas da varejista de moda H&M caíram inesperadamente em fevereiro, enquanto a Inditex, dona da Zara, se distanciou ainda mais da rival sueca, ajudada pela expansão on-line e pela maior presença nos mercados emergentes. A Inditex, maior varejista de roupas do mundo, tem superado a H&M nos últimos anos apoiada no crescimento on-line e na expansão para novos mercados. A empresa espanhola apostou na diversificação dos negócios mais rapidamente e investiu em marcas mais caras, reduzindo a exposição ao crescimento das redes mais baratas, como a Primark. A H&M deu continuidade aos planos para lançar 'e-commerce' em mais mercados neste ano e acelerar a expansão de novas marcas, como a COS e a & Other Stories do mercado-médio. Nesta quarta-feira (15), a H&M revelou que as vendas em moeda local caíram em fevereiro pela primeira vez em quatro anos. Já as vendas em moeda local da dona da Zara subiram entre 1º de fevereiro e 12 de março. Os resultados da Inditex podem indicar que a estratégia da empresa está dando frutos. A dona da Zara tem aberto lojas maiores em áreas nobres, com a integração posterior das operações on-line.
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Câmara aprova teto para os gastos públicos mas rejeita PEC do Teto da Propina
Por 366 votos a favor e 54,5 milhões contra, a Câmara aprovou a PEC 241, que limita os gastos públicos. O projeto de emenda constitucional, que havia sido rejeitado por Dilma, limita os gastos públicos em educação e saúde durante vinte anos. A aprovação foi fácil, custou apenas um jantar com bebida e sobremesa liberadas. Uma outra PEC, no entanto, não deverá ser aprovada no Congresso: a que estabelece um teto para as propinas negociadas pelos parlamentares.
colunas
Câmara aprova teto para os gastos públicos mas rejeita PEC do Teto da PropinaPor 366 votos a favor e 54,5 milhões contra, a Câmara aprovou a PEC 241, que limita os gastos públicos. O projeto de emenda constitucional, que havia sido rejeitado por Dilma, limita os gastos públicos em educação e saúde durante vinte anos. A aprovação foi fácil, custou apenas um jantar com bebida e sobremesa liberadas. Uma outra PEC, no entanto, não deverá ser aprovada no Congresso: a que estabelece um teto para as propinas negociadas pelos parlamentares.
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Pedágios de São Paulo continuarão a aceitar Sem Parar antigo no feriado
Embora vença nesta sexta-feira (30) o prazo para troca de milhões de "tags" do Sem Parar, equipamento usado para pagar pedágio de modo eletrônico, nada mudará nas praças de pedágio do Estado de São Paulo até a próxima semana. A informação foi confirmada à Folha pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), responsável pela supervisão das concessionárias de rodovias paulistas. Isso significa que motoristas com qualquer tipo de equipamento não terão problemas nas praças de pedágio durante a saída para o feriado - um risco que existia se as cancelas não se abrissem para aqueles que ainda não fizeram a atualização do "tag" em seus veículos. A troca foi definida em 2011, quando o governo decidiu adotar uma nova tecnologia nas estradas e publicou resolução estabelecendo que quase três milhões de "tags" antigos deveriam ser aposentados até 7 de novembro de 2014. Como a STP, empresa responsável pelo Sem Parar, não respeitou por completo os prazos, a Artesp prorrogou o prazo para 30 de outubro deste ano. A medida foi tomada exatamente para não prejudicar os motoristas. Desta vez, no entanto, a agência avalia que a empresa está cumprindo de forma adequada o cronograma de substituição, e não haverá nova prorrogação do prazo. Até que um relatório final enviado pela STP seja avaliado, no entanto, os pedágios paulistas seguirão aceitando as duas tecnologias. Antes, os pedágios paulistas aceitavam dispositivos com frequência de 5,8 GHz, mas optou-se pela implementação da tecnologia com padrão 915 MHz, considerado mais moderno e que permite a implantação do pedágio por quilômetro rodado, hoje funcionando de modo experimental em trechos de quatro rodovias do Estado. Desde 2013, a STP passou a instalar dois "tags" nos veículos dos clientes, sob o argumento de que a tecnologia escolhida pelo governo não funciona em estacionamentos de shoppings, por exemplo -que não são regulados pela Artesp. A empresa orienta que, em caso de dúvidas, o cliente procure uma de suas 434 lojas ou entre em contato com a Central de Atendimento pelos telefones 0800 015 0252 e 11 - 4002 1552, disponíveis 24 horas por dia. O cliente pode ainda fazer contato com a empresa pelo site www.semparar.com.br, por meio dos serviços de Chat e do Fale Conosco.
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Pedágios de São Paulo continuarão a aceitar Sem Parar antigo no feriadoEmbora vença nesta sexta-feira (30) o prazo para troca de milhões de "tags" do Sem Parar, equipamento usado para pagar pedágio de modo eletrônico, nada mudará nas praças de pedágio do Estado de São Paulo até a próxima semana. A informação foi confirmada à Folha pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), responsável pela supervisão das concessionárias de rodovias paulistas. Isso significa que motoristas com qualquer tipo de equipamento não terão problemas nas praças de pedágio durante a saída para o feriado - um risco que existia se as cancelas não se abrissem para aqueles que ainda não fizeram a atualização do "tag" em seus veículos. A troca foi definida em 2011, quando o governo decidiu adotar uma nova tecnologia nas estradas e publicou resolução estabelecendo que quase três milhões de "tags" antigos deveriam ser aposentados até 7 de novembro de 2014. Como a STP, empresa responsável pelo Sem Parar, não respeitou por completo os prazos, a Artesp prorrogou o prazo para 30 de outubro deste ano. A medida foi tomada exatamente para não prejudicar os motoristas. Desta vez, no entanto, a agência avalia que a empresa está cumprindo de forma adequada o cronograma de substituição, e não haverá nova prorrogação do prazo. Até que um relatório final enviado pela STP seja avaliado, no entanto, os pedágios paulistas seguirão aceitando as duas tecnologias. Antes, os pedágios paulistas aceitavam dispositivos com frequência de 5,8 GHz, mas optou-se pela implementação da tecnologia com padrão 915 MHz, considerado mais moderno e que permite a implantação do pedágio por quilômetro rodado, hoje funcionando de modo experimental em trechos de quatro rodovias do Estado. Desde 2013, a STP passou a instalar dois "tags" nos veículos dos clientes, sob o argumento de que a tecnologia escolhida pelo governo não funciona em estacionamentos de shoppings, por exemplo -que não são regulados pela Artesp. A empresa orienta que, em caso de dúvidas, o cliente procure uma de suas 434 lojas ou entre em contato com a Central de Atendimento pelos telefones 0800 015 0252 e 11 - 4002 1552, disponíveis 24 horas por dia. O cliente pode ainda fazer contato com a empresa pelo site www.semparar.com.br, por meio dos serviços de Chat e do Fale Conosco.
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Hillary Clinton diz que legalizar imigrantes é bom para os EUA
Em sua primeira entrevista como pré-candidata à Presidência dos Estados Unidos, a democrata Hillary Clinton disse à emissora CNN nesta terça-feira (7) que regularizar a situação de imigrantes será bom para o país. "Sabemos que não deportaremos 11 ou 12 milhões de pessoas. Não deveríamos estar separando famílias, não deveríamos estar impedindo as pessoas de se integrarem integralmente ao nosso país", afirmou a ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama dos EUA. "É bom para a gente. É bom economicamente, é bom para os impostos que serão coletados, é bom para as crianças, que poderão ir o mais longe que seu talento e trabalho duro as levarem." Hillary disse que os pré-candidatos do Partido Republicano não estão comprometidos com a pauta da cidadania dos imigrantes, o que ela considera um "erro". "Eles não querem regularizar", afirmou. A ex-secretária de Estado se disse "muito desapontada" com o adversário republicano e amigo Donald Trump, que atacou os mexicanos que vivem ilegalmente nos Estados Unidos, dizendo que eles trazem drogas e crimes. Trump ainda sugeriu a construção de um muro para separar os países. "Me sinto muito mal com ele e com o Partido Republicano por não ter reagido imediatamente nem tê-lo contido", afirmou a pré-candidata. Ela estendeu a crítica aos demais candidatos do partido adversário, que estariam todos no "mesmo espectro de hostilidade", nas palavras de Hillary. Um dos pré-candidatos favoritos do Partido Republicano, o ex-governador da Flórida Jeb Bush, é casado com uma mexicana e repreendeu Trump pelos comentários. A ex-primeira-dama insistiu em que Bush, irmão e filho de ex-presidentes americanos, não está disposto a lutar pela cidadania dos imigrantes. "Ele não acredita no caminho da cidadania. Se ele já acreditou em algum momento, ele não acredita mais", afirmou a democrata. E-MAILS POLÊMICOS Hillary, que também já foi senadora por Nova York, rechaçou ter violado leis e normas ao se corresponder por meio de uma conta pessoal de e-mail, e não pelo endereço do governo americano. E argumentou que, ao tornar público o conteúdo das correspondências, prova sua idoneidade. "Isso tem sido superestimado sem base em leis ou nos fatos", disse. "A bem da verdade, isso tem sido usado por republicanos no Congresso, OK. Mas quero que as pessoas entendam que a verdade é que tudo o que fiz era permitido." A democrata atribuiu a falta de confiança que a população americana demonstra por ela nas pesquisas aos ataques aos quais é submetida. "Tenho confiança em que, durante a campanha, as pessoas saberão quem vai lutar por elas, quem estará ao lado delas quando precisarem. Eu sou esse tipo de pessoa e isso é o que eu faço, não apenas em campanha, mas também como presidente", rebateu. A pré-candidata disse ainda se "orgulhar" da Fundação Clinton, criada por seu marido, o ex-presidente Bill Clinton. A instituição foi criticada por suposto conflito de interesses por ter recebido doações de estrangeiros enquanto ela estava à frente do Departamento de Estado. Hillary negou ter intenção de fechar a fundação caso seja eleita. "O trabalho [da instituição] faz bem ao mundo e deve continuar sendo feito."
mundo
Hillary Clinton diz que legalizar imigrantes é bom para os EUAEm sua primeira entrevista como pré-candidata à Presidência dos Estados Unidos, a democrata Hillary Clinton disse à emissora CNN nesta terça-feira (7) que regularizar a situação de imigrantes será bom para o país. "Sabemos que não deportaremos 11 ou 12 milhões de pessoas. Não deveríamos estar separando famílias, não deveríamos estar impedindo as pessoas de se integrarem integralmente ao nosso país", afirmou a ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama dos EUA. "É bom para a gente. É bom economicamente, é bom para os impostos que serão coletados, é bom para as crianças, que poderão ir o mais longe que seu talento e trabalho duro as levarem." Hillary disse que os pré-candidatos do Partido Republicano não estão comprometidos com a pauta da cidadania dos imigrantes, o que ela considera um "erro". "Eles não querem regularizar", afirmou. A ex-secretária de Estado se disse "muito desapontada" com o adversário republicano e amigo Donald Trump, que atacou os mexicanos que vivem ilegalmente nos Estados Unidos, dizendo que eles trazem drogas e crimes. Trump ainda sugeriu a construção de um muro para separar os países. "Me sinto muito mal com ele e com o Partido Republicano por não ter reagido imediatamente nem tê-lo contido", afirmou a pré-candidata. Ela estendeu a crítica aos demais candidatos do partido adversário, que estariam todos no "mesmo espectro de hostilidade", nas palavras de Hillary. Um dos pré-candidatos favoritos do Partido Republicano, o ex-governador da Flórida Jeb Bush, é casado com uma mexicana e repreendeu Trump pelos comentários. A ex-primeira-dama insistiu em que Bush, irmão e filho de ex-presidentes americanos, não está disposto a lutar pela cidadania dos imigrantes. "Ele não acredita no caminho da cidadania. Se ele já acreditou em algum momento, ele não acredita mais", afirmou a democrata. E-MAILS POLÊMICOS Hillary, que também já foi senadora por Nova York, rechaçou ter violado leis e normas ao se corresponder por meio de uma conta pessoal de e-mail, e não pelo endereço do governo americano. E argumentou que, ao tornar público o conteúdo das correspondências, prova sua idoneidade. "Isso tem sido superestimado sem base em leis ou nos fatos", disse. "A bem da verdade, isso tem sido usado por republicanos no Congresso, OK. Mas quero que as pessoas entendam que a verdade é que tudo o que fiz era permitido." A democrata atribuiu a falta de confiança que a população americana demonstra por ela nas pesquisas aos ataques aos quais é submetida. "Tenho confiança em que, durante a campanha, as pessoas saberão quem vai lutar por elas, quem estará ao lado delas quando precisarem. Eu sou esse tipo de pessoa e isso é o que eu faço, não apenas em campanha, mas também como presidente", rebateu. A pré-candidata disse ainda se "orgulhar" da Fundação Clinton, criada por seu marido, o ex-presidente Bill Clinton. A instituição foi criticada por suposto conflito de interesses por ter recebido doações de estrangeiros enquanto ela estava à frente do Departamento de Estado. Hillary negou ter intenção de fechar a fundação caso seja eleita. "O trabalho [da instituição] faz bem ao mundo e deve continuar sendo feito."
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Em evento no Pacaembu, revezamento em SP terá homenagem aos 'sem tocha'
MARCEL MERGUIZO PAULO ROBERTO CONDE ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO O revezamento da chama olímpica em São Paulo, no domingo, 24 de julho, contará com um grande evento no Pacaembu para homenagear mais de 70 atletas que já participaram dos Jogos. A ideia surgiu da professora e pesquisadora da USP, Kátia Rubio, que iniciou campanha para que todos os atletas olímpicos do país pudessem carregar a tocha no revezamento. Como muitos deles não foram convidados (por patrocinadores, governos ou comitês), uma festa para eles foi planejada e ocorrerá no início da tarde do domingo (24), no Estádio Municipal da capital paulista. O Pacaembu estará aberto ao público e haverá apresentações de ginástica e artes marciais com crianças a partir das 14h. Às 15h30, os atletas olímpicos entrarão no estádio pelo túnel do vestiário e serão homenageados. Às 16h04, então, a tocha entrará no campo e será recebida pelos atletas que farão um corredor na pista, onde a chama passará. "A ideia é homenagear todos os atletas e dar aos sem tocha a oportunidade de se aproximarem desse símbolo tão importante para eles", afirma Kátia, que tem a aprovação e apoio da comissão organizadora do revezamento em São Paulo. À Folha, o comitê organizador Rio-2016 não confirma o evento no Pacaembu assim como não divulga o trajeto da tocha na capital paulista. Até o momento, 70 atletas olímpicos já confirmaram presença na festa, mas outros ainda devem participar. "Em princípio eram apenas paulistas, mas atletas de outros estados, sem tocha e esquecidos, me perguntaram se poderiam participar. Consultei os organizadores e disseram que sim. Então teremos uma festa olímpica sem fronteiras", diz Kátia. A lista já conta com Cadum, Mosquito, Valter Hime, Cassiano Schalch, Jadel Gregorio, Eduardo Agra, Rosemar Coelho, Regina Vilela, Rita Zanata, Leila Sobral, Carlos Chinis, Aderval Arvani, Decio Cataruzzi, Elisângela Adriano, Roberto Caribé, Manfred Kaufmann, Vania Hernandes, Natalia Eidt entre outros.
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Em evento no Pacaembu, revezamento em SP terá homenagem aos 'sem tocha' MARCEL MERGUIZO PAULO ROBERTO CONDE ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO O revezamento da chama olímpica em São Paulo, no domingo, 24 de julho, contará com um grande evento no Pacaembu para homenagear mais de 70 atletas que já participaram dos Jogos. A ideia surgiu da professora e pesquisadora da USP, Kátia Rubio, que iniciou campanha para que todos os atletas olímpicos do país pudessem carregar a tocha no revezamento. Como muitos deles não foram convidados (por patrocinadores, governos ou comitês), uma festa para eles foi planejada e ocorrerá no início da tarde do domingo (24), no Estádio Municipal da capital paulista. O Pacaembu estará aberto ao público e haverá apresentações de ginástica e artes marciais com crianças a partir das 14h. Às 15h30, os atletas olímpicos entrarão no estádio pelo túnel do vestiário e serão homenageados. Às 16h04, então, a tocha entrará no campo e será recebida pelos atletas que farão um corredor na pista, onde a chama passará. "A ideia é homenagear todos os atletas e dar aos sem tocha a oportunidade de se aproximarem desse símbolo tão importante para eles", afirma Kátia, que tem a aprovação e apoio da comissão organizadora do revezamento em São Paulo. À Folha, o comitê organizador Rio-2016 não confirma o evento no Pacaembu assim como não divulga o trajeto da tocha na capital paulista. Até o momento, 70 atletas olímpicos já confirmaram presença na festa, mas outros ainda devem participar. "Em princípio eram apenas paulistas, mas atletas de outros estados, sem tocha e esquecidos, me perguntaram se poderiam participar. Consultei os organizadores e disseram que sim. Então teremos uma festa olímpica sem fronteiras", diz Kátia. A lista já conta com Cadum, Mosquito, Valter Hime, Cassiano Schalch, Jadel Gregorio, Eduardo Agra, Rosemar Coelho, Regina Vilela, Rita Zanata, Leila Sobral, Carlos Chinis, Aderval Arvani, Decio Cataruzzi, Elisângela Adriano, Roberto Caribé, Manfred Kaufmann, Vania Hernandes, Natalia Eidt entre outros.
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Malásia registra 1° caso suspeito de zika em uma mulher
A Malásia anunciou nesta quinta-feira (1°) o primeiro caso suspeito de zika no país, em uma mulher de 58 anos, que as autoridades acreditam ter contraído o vírus em Cingapura, onde mais de cem casos já foram confirmados. O Ministério da Saúde malaio informou que a paciente fez uma rápida viagem no fim de agosto para visitar a filha, que mora em Cingapura. Depois de retornar para a capital malaia, Kuala Lumpur, a mulher passou mal e passou a ser considerada um caso suspeito de zika, com base em um exame de urina, mas a confirmação depende dos exames de sangue. "Suspeita-se que a fonte da infeção tenha ocorrido em Singapura", diz o comunicado. Estados Unidos, Austrália, Taiwan e Reino Unido já advertiram seus cidadãos, especialmente as grávidas, sobre o perigo de viajar a Cingapura. O primeiro caso de vírus da zika em Cingapura foi registrado em maio, levado por um homem que havia estado no Brasil. As autoridades de Cingapura afirmaram, em comunicado na noite desta quarta-feira (31), que havia identificado 22 novos casos no país e o primeiro caso de transmissão em uma mulher grávida. Zika e microcefalia O vírus da zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, foi detectado no Brasil no ano passado e se espalhou pelas Américas desde então. É um risco para mulheres grávidas que, infectadas, podem ter bebês com microcefalia, segundo especialistas. O vírus já foi detectado em 67 países. Cientistas afirmam que o vírus que circula no Brasil foi importado da Polinésia Francesa, no oceano Pacífico, durante a Copa das Confederações, em 2013. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
cotidiano
Malásia registra 1° caso suspeito de zika em uma mulherA Malásia anunciou nesta quinta-feira (1°) o primeiro caso suspeito de zika no país, em uma mulher de 58 anos, que as autoridades acreditam ter contraído o vírus em Cingapura, onde mais de cem casos já foram confirmados. O Ministério da Saúde malaio informou que a paciente fez uma rápida viagem no fim de agosto para visitar a filha, que mora em Cingapura. Depois de retornar para a capital malaia, Kuala Lumpur, a mulher passou mal e passou a ser considerada um caso suspeito de zika, com base em um exame de urina, mas a confirmação depende dos exames de sangue. "Suspeita-se que a fonte da infeção tenha ocorrido em Singapura", diz o comunicado. Estados Unidos, Austrália, Taiwan e Reino Unido já advertiram seus cidadãos, especialmente as grávidas, sobre o perigo de viajar a Cingapura. O primeiro caso de vírus da zika em Cingapura foi registrado em maio, levado por um homem que havia estado no Brasil. As autoridades de Cingapura afirmaram, em comunicado na noite desta quarta-feira (31), que havia identificado 22 novos casos no país e o primeiro caso de transmissão em uma mulher grávida. Zika e microcefalia O vírus da zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, foi detectado no Brasil no ano passado e se espalhou pelas Américas desde então. É um risco para mulheres grávidas que, infectadas, podem ter bebês com microcefalia, segundo especialistas. O vírus já foi detectado em 67 países. Cientistas afirmam que o vírus que circula no Brasil foi importado da Polinésia Francesa, no oceano Pacífico, durante a Copa das Confederações, em 2013. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
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Único desenho que retrata Charles Darwin na Patagônia vai a leilão
Acredita-se que exista apenas uma imagem de Charles Darwin durante a viagem que inspirou a teoria da evolução: uma aquarela anônima, sem inscrição do autor, que mostra o naturalista e a tribulação do HMS Beagle enquanto o barco estava ancorado na costa da Patagônia, em 1832. Este desenho histórico vai a leilão em 15 de dezembro, pela Sotheby's. O lance inicial será de 50 mil libras (aproximadamente R$ 282 mil). A aquarela mostra fósseis e espécies da fauna sendo içadas ao barco para posterior análise de Darwin, que está posicionado bem no centro da imagem. O naturalista mostra um inseto e diz ao que parece ser o médico da tripulação, Benjamin Bynoe: "Observe que as pernas são longas e os palpos são dentados na parte interna. (...) Sua história é pouco conhecida, mas não pode haver dúvida de seu ser de natureza predatória." A imagem não é assinada, mas o antigo proprietário da obra acredita que o autor seja Augustus Earle, artista de bordo contratado em outubro de 1931 pelo capitão Robert FitzRoy. Earle teria abandonado a expedição —que durou quatro anos e nove meses— antes do previsto devido a problemas de saúde, deixando para trás apenas poucos desenhos. Ainda assim, a imagem retrata uma cena que corresponde a fatos conhecidos ocorridos no fim de setembro de 1832, quando o HMS Beagle estava no porto de Bahía Blanca (630 quilômetros de Buenos Aires, na Argentina) e Earle ainda compunha a equipe. Na ocasião, FitzRoy e Darwin foram a Punta Alta, a 27 quilômetros de onde estavam, e encontraram fósseis de mamíferos extintos. Em relato posterior, FitzRoy narra o momento: "A atenção do meu amigo [Darwin] foi atraída para penhascos baixos (...) onde encontrou alguns desses enormes ossos fósseis descritos em seu trabalho; a despeito das nossas risadas diante das cargas que pareciam ser lixo e que eram frequentemente trazidas a bordo, ele e seu servo usaram suas picaretas a sério, e conseguiram o que se provou serem os restos mais interessantes e valiosos de animais extintos." DARWIN EM ALTA O anúncio do leilão é feito no mesmo mês em que "A Origem das Espécies" foi eleita a obra acadêmica mais influente do mundo. Concorriam duzentos livros enviados por editoras do Reino Unido, e os votos foram feitos online no site da organização do Academic Book Week (semana do livro acadêmico, em tradução livre). A obra máxima de Darwin venceu "Uma Breve História do Tempo", Stephen Hawking; "Crítica da Razão Pura", Immanuel Kant; "Manifesto Comunista", de Karl Marx e Friedrich Engels; "A República", de Platão; "O Segundo Sexo", de Simone de Beauvoir; "A Riqueza das Nações", de Adam Smith, entre outros títulos que formam o pensamento humano.
ilustrada
Único desenho que retrata Charles Darwin na Patagônia vai a leilãoAcredita-se que exista apenas uma imagem de Charles Darwin durante a viagem que inspirou a teoria da evolução: uma aquarela anônima, sem inscrição do autor, que mostra o naturalista e a tribulação do HMS Beagle enquanto o barco estava ancorado na costa da Patagônia, em 1832. Este desenho histórico vai a leilão em 15 de dezembro, pela Sotheby's. O lance inicial será de 50 mil libras (aproximadamente R$ 282 mil). A aquarela mostra fósseis e espécies da fauna sendo içadas ao barco para posterior análise de Darwin, que está posicionado bem no centro da imagem. O naturalista mostra um inseto e diz ao que parece ser o médico da tripulação, Benjamin Bynoe: "Observe que as pernas são longas e os palpos são dentados na parte interna. (...) Sua história é pouco conhecida, mas não pode haver dúvida de seu ser de natureza predatória." A imagem não é assinada, mas o antigo proprietário da obra acredita que o autor seja Augustus Earle, artista de bordo contratado em outubro de 1931 pelo capitão Robert FitzRoy. Earle teria abandonado a expedição —que durou quatro anos e nove meses— antes do previsto devido a problemas de saúde, deixando para trás apenas poucos desenhos. Ainda assim, a imagem retrata uma cena que corresponde a fatos conhecidos ocorridos no fim de setembro de 1832, quando o HMS Beagle estava no porto de Bahía Blanca (630 quilômetros de Buenos Aires, na Argentina) e Earle ainda compunha a equipe. Na ocasião, FitzRoy e Darwin foram a Punta Alta, a 27 quilômetros de onde estavam, e encontraram fósseis de mamíferos extintos. Em relato posterior, FitzRoy narra o momento: "A atenção do meu amigo [Darwin] foi atraída para penhascos baixos (...) onde encontrou alguns desses enormes ossos fósseis descritos em seu trabalho; a despeito das nossas risadas diante das cargas que pareciam ser lixo e que eram frequentemente trazidas a bordo, ele e seu servo usaram suas picaretas a sério, e conseguiram o que se provou serem os restos mais interessantes e valiosos de animais extintos." DARWIN EM ALTA O anúncio do leilão é feito no mesmo mês em que "A Origem das Espécies" foi eleita a obra acadêmica mais influente do mundo. Concorriam duzentos livros enviados por editoras do Reino Unido, e os votos foram feitos online no site da organização do Academic Book Week (semana do livro acadêmico, em tradução livre). A obra máxima de Darwin venceu "Uma Breve História do Tempo", Stephen Hawking; "Crítica da Razão Pura", Immanuel Kant; "Manifesto Comunista", de Karl Marx e Friedrich Engels; "A República", de Platão; "O Segundo Sexo", de Simone de Beauvoir; "A Riqueza das Nações", de Adam Smith, entre outros títulos que formam o pensamento humano.
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Ingresso para Barça e Real vira brinde em 'venda de canetas' por cambistas
"Vendo canetas e dou ingressos para Barcelona e Real Madrid de brinde". Antes que algum torcedor se anime em adquirir um pacote de canetas e acompanhar o clássico do Campeonato Espanhol direto do Camp Nou, é bom se atentar para o preço da "oferta" para a partida deste sábado (2). As "canetas" chegam a custar até 2.000 euros (cerca de R$ 8.200). A artimanha de venda é adotada por cambistas na Espanha para burlar a fiscalização e repassar as entradas ilegalmente. A federação espanhola impede a revenda de ingressos por canais não autorizados pela Liga. Caso seja comprovado que o ticket tenha sido adquirido por vias ilegais, os clubes se reservam o direito de cancelar o ingresso. A Folha realizou na tarde desta quarta-feira (30) uma busca em portais de classificados online e encontrou diversos ingressos para o jogo sendo oferecidos como "brindes" na compra de canetas. Por 2.000 euros, um dos usuários colocou à venda uma caneta, que acompanhava, de brinde, dois ingressos com "vista perfeita para o campo". Outro usuário anunciou seis pacotes de canetas por 500 euros cada um. O site oficial do Barcelona ainda vende pacote premium de entradas a partir de 1.300 euros. De acordo com o diário espanhol "As", o preço médio para ingressos remanescentes em canais oficiais é de 879 euros. Ainda segundo o jornal, 78,7% dos ingressos vendidos por sistemas de revenda legais são destinados a torcedores de fora da Espanha.
esporte
Ingresso para Barça e Real vira brinde em 'venda de canetas' por cambistas"Vendo canetas e dou ingressos para Barcelona e Real Madrid de brinde". Antes que algum torcedor se anime em adquirir um pacote de canetas e acompanhar o clássico do Campeonato Espanhol direto do Camp Nou, é bom se atentar para o preço da "oferta" para a partida deste sábado (2). As "canetas" chegam a custar até 2.000 euros (cerca de R$ 8.200). A artimanha de venda é adotada por cambistas na Espanha para burlar a fiscalização e repassar as entradas ilegalmente. A federação espanhola impede a revenda de ingressos por canais não autorizados pela Liga. Caso seja comprovado que o ticket tenha sido adquirido por vias ilegais, os clubes se reservam o direito de cancelar o ingresso. A Folha realizou na tarde desta quarta-feira (30) uma busca em portais de classificados online e encontrou diversos ingressos para o jogo sendo oferecidos como "brindes" na compra de canetas. Por 2.000 euros, um dos usuários colocou à venda uma caneta, que acompanhava, de brinde, dois ingressos com "vista perfeita para o campo". Outro usuário anunciou seis pacotes de canetas por 500 euros cada um. O site oficial do Barcelona ainda vende pacote premium de entradas a partir de 1.300 euros. De acordo com o diário espanhol "As", o preço médio para ingressos remanescentes em canais oficiais é de 879 euros. Ainda segundo o jornal, 78,7% dos ingressos vendidos por sistemas de revenda legais são destinados a torcedores de fora da Espanha.
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