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Human Rights Watch cobra ação do Brasil sobre crise na Venezuela
O Brasil precisa assumir um papel construtivo na resolução da crise na Venezuela. Esse é o alerta de Kenneth Roth, diretor executivo da ONG de direitos humanos Human Rights Watch (HRW). "O novo governo no Brasil tem de reconhecer que precisa adotar uma abordagem mais construtiva na Venezuela", disse à Folha Roth, em visita a São Paulo. Segundo ele, o governo Temer representa uma oportunidade para o Brasil ter uma abordagem mais equilibrada e menos ideológica na região. "Mas não tenho certeza de que isso vai se concretizar, porque este governo é bastante sensível em relação a suas origens. Não está claro se vai agir contra a demagogia que está vindo de Caracas." Na segunda-feira (6), em entrevista no programa "Roda Viva", da TV Cultura, o chanceler José Serra disse que o Brasil não vai assumir um papel de liderança na negociação da crise venezuelana, a não ser que seja requisitado para isso. "Vemos com bons olhos as iniciativas" que estão em curso, disse Serra, referindo-se às ações de Luis Almagro —secretário geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), que invocou a carta democrática contra a Venezuela. Era também uma menção à Argentina, por meio da Unasul, que articulou uma missão de mediação liderada pelo ex-premiê espanhol José Luis Rodríguez Zapatero e pelos ex-presidentes Martín Torrijos, do Panamá, e Leonel Fernández, da República Dominicana. Roth aponta que o Brasil precisa pressionar o governo Maduro para que "os direitos da Assembleia Nacional sejam garantidos, o Judiciário seja independente, os presos políticos sejam libertados e a oposição possa falar livremente na mídia ou nas ruas." Segundo Roth, Almagro usou a carta democrática para alertar para a gravidade da crise na Venezuela e pressionar "os governos mais poderosos da América Latina a fazer alguma coisa, a intervir na situação". Indagado sobre o processo de impeachment no Brasil, o diretor-executivo da HRW afirmou: "Há um processo constitucional sendo supervisionado e acompanhado por um sistema judiciário independente; podem-se questionar as razões de algumas das pessoas que incentivaram o impeachment porque queriam apenas deter a operação Lava Jato, mas há supervisão do STF e não vemos razões para questionar." REFUGIADOS Em relação à crise dos refugiados que tentam entrar na Europa, o ativista afirma que países como o Brasil também deveriam assumir uma maior responsabilidade. "O Canadá recebeu 25 mil refugiados sírios, e os canadenses reclamaram que não era suficiente. Aumentaram o número de acolhidos para 40 mil. Ah, se houvesse mais 'Canadás' no mundo."
mundo
Human Rights Watch cobra ação do Brasil sobre crise na VenezuelaO Brasil precisa assumir um papel construtivo na resolução da crise na Venezuela. Esse é o alerta de Kenneth Roth, diretor executivo da ONG de direitos humanos Human Rights Watch (HRW). "O novo governo no Brasil tem de reconhecer que precisa adotar uma abordagem mais construtiva na Venezuela", disse à Folha Roth, em visita a São Paulo. Segundo ele, o governo Temer representa uma oportunidade para o Brasil ter uma abordagem mais equilibrada e menos ideológica na região. "Mas não tenho certeza de que isso vai se concretizar, porque este governo é bastante sensível em relação a suas origens. Não está claro se vai agir contra a demagogia que está vindo de Caracas." Na segunda-feira (6), em entrevista no programa "Roda Viva", da TV Cultura, o chanceler José Serra disse que o Brasil não vai assumir um papel de liderança na negociação da crise venezuelana, a não ser que seja requisitado para isso. "Vemos com bons olhos as iniciativas" que estão em curso, disse Serra, referindo-se às ações de Luis Almagro —secretário geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), que invocou a carta democrática contra a Venezuela. Era também uma menção à Argentina, por meio da Unasul, que articulou uma missão de mediação liderada pelo ex-premiê espanhol José Luis Rodríguez Zapatero e pelos ex-presidentes Martín Torrijos, do Panamá, e Leonel Fernández, da República Dominicana. Roth aponta que o Brasil precisa pressionar o governo Maduro para que "os direitos da Assembleia Nacional sejam garantidos, o Judiciário seja independente, os presos políticos sejam libertados e a oposição possa falar livremente na mídia ou nas ruas." Segundo Roth, Almagro usou a carta democrática para alertar para a gravidade da crise na Venezuela e pressionar "os governos mais poderosos da América Latina a fazer alguma coisa, a intervir na situação". Indagado sobre o processo de impeachment no Brasil, o diretor-executivo da HRW afirmou: "Há um processo constitucional sendo supervisionado e acompanhado por um sistema judiciário independente; podem-se questionar as razões de algumas das pessoas que incentivaram o impeachment porque queriam apenas deter a operação Lava Jato, mas há supervisão do STF e não vemos razões para questionar." REFUGIADOS Em relação à crise dos refugiados que tentam entrar na Europa, o ativista afirma que países como o Brasil também deveriam assumir uma maior responsabilidade. "O Canadá recebeu 25 mil refugiados sírios, e os canadenses reclamaram que não era suficiente. Aumentaram o número de acolhidos para 40 mil. Ah, se houvesse mais 'Canadás' no mundo."
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Banksy cria hotel temático diante do muro israelense na Cisjordânia
O artista britânico Banksy criou um hotel temático diante do muro israelense na cidade de Belém, na Cisjordânia. "O hotel com a pior vista do mundo", conforme classificação sarcástica do próprio Banksy, deve abrir oficialmente em 11 de março, mas jornalistas foram convidados a visitar o local nesta sexta-feira (3). O estabelecimento, chamado The Walled Off Hotel (O Hotel Murado, em tradução livre), tem nove quartos, um museu e é decorado com obras de Banksy. Em um dos quartos, há sobre a cama de casal uma pintura que mostra um palestino e soldado israelense em uma guerra de travesseiros. A diária no hotel sai a partir de US$ 30 (R$ 94). No passado, o misterioso artista britânico pintou grafites em trechos do muro israelense –erguido sob a justificativa de evitar atentados–, em outras partes da Cisjordânia e na faixa e Gaza.
mundo
Banksy cria hotel temático diante do muro israelense na CisjordâniaO artista britânico Banksy criou um hotel temático diante do muro israelense na cidade de Belém, na Cisjordânia. "O hotel com a pior vista do mundo", conforme classificação sarcástica do próprio Banksy, deve abrir oficialmente em 11 de março, mas jornalistas foram convidados a visitar o local nesta sexta-feira (3). O estabelecimento, chamado The Walled Off Hotel (O Hotel Murado, em tradução livre), tem nove quartos, um museu e é decorado com obras de Banksy. Em um dos quartos, há sobre a cama de casal uma pintura que mostra um palestino e soldado israelense em uma guerra de travesseiros. A diária no hotel sai a partir de US$ 30 (R$ 94). No passado, o misterioso artista britânico pintou grafites em trechos do muro israelense –erguido sob a justificativa de evitar atentados–, em outras partes da Cisjordânia e na faixa e Gaza.
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Bons pê-efes compensam correria na hora do almoço na Vila Olímpia
Almoçar na Vila Olímpia é sempre concorrido. Duas boas opções da região, Taste and See e Bistrô Dedo de Moça, oferecem pê-efes saborosos que ajudam a enfrentar o "rush da fome". As casas trabalham com menu executivo com pratos principais, entradas e sobremesa por preço fechado. No Taste and See, a entrada pode ser salada ou sopa. O local tem, normalmente, quatro opções diárias de pratos feitos e costuma gerar uma pequena e rápida fila de espera para os 48 lugares da casa. Na ocasião da visita, dois dos pratos eram moqueca vegetariana e lasanha de shimeji e espinafre. A sobremesa pode ser sorbet de frutas. O menu custa a partir de R$ 19,50. A água com limão é cortesia. No recém-inaugurado Bistrô Dedo de Moça, as entradas variam entre mix de folhas, abobrinha recheada com ricota ou grão-de-bico. Como prato principal, as opções agradam carnívoros e vegetarianos, com, por exemplo, carne assada ao molho do chef com arroz integral vermelho e batata rústica e também risoto de limão-siciliano e abobrinha. Entre as opções de sobremesa, há cremes de frutas e ganache de chocolate com farofa de amendoim. Todo o menu sai por R$ 23. TASTE AND SEE ONDE al. Raja Gabaglia, 254; tel. (11) 4371-7077 HORÁRIO de seg. a sex., das 7h às 15h, dom., das 10h às 16h OUTRA SUGESTÃO risoto de alho-poró e cogumelos (R$ 26) BISTRÔ DEDO DE MOÇA ONDE r. Fidêncio Ramos, 33; tel. (11) 3842-7103 HORÁRIO de seg. a sex., das 11h30 às 15h OUTRA SUGESTÃO nhoque de beterraba ao molho pesto de rúcula e manjericão com frango assado (R$ 23)
comida
Bons pê-efes compensam correria na hora do almoço na Vila OlímpiaAlmoçar na Vila Olímpia é sempre concorrido. Duas boas opções da região, Taste and See e Bistrô Dedo de Moça, oferecem pê-efes saborosos que ajudam a enfrentar o "rush da fome". As casas trabalham com menu executivo com pratos principais, entradas e sobremesa por preço fechado. No Taste and See, a entrada pode ser salada ou sopa. O local tem, normalmente, quatro opções diárias de pratos feitos e costuma gerar uma pequena e rápida fila de espera para os 48 lugares da casa. Na ocasião da visita, dois dos pratos eram moqueca vegetariana e lasanha de shimeji e espinafre. A sobremesa pode ser sorbet de frutas. O menu custa a partir de R$ 19,50. A água com limão é cortesia. No recém-inaugurado Bistrô Dedo de Moça, as entradas variam entre mix de folhas, abobrinha recheada com ricota ou grão-de-bico. Como prato principal, as opções agradam carnívoros e vegetarianos, com, por exemplo, carne assada ao molho do chef com arroz integral vermelho e batata rústica e também risoto de limão-siciliano e abobrinha. Entre as opções de sobremesa, há cremes de frutas e ganache de chocolate com farofa de amendoim. Todo o menu sai por R$ 23. TASTE AND SEE ONDE al. Raja Gabaglia, 254; tel. (11) 4371-7077 HORÁRIO de seg. a sex., das 7h às 15h, dom., das 10h às 16h OUTRA SUGESTÃO risoto de alho-poró e cogumelos (R$ 26) BISTRÔ DEDO DE MOÇA ONDE r. Fidêncio Ramos, 33; tel. (11) 3842-7103 HORÁRIO de seg. a sex., das 11h30 às 15h OUTRA SUGESTÃO nhoque de beterraba ao molho pesto de rúcula e manjericão com frango assado (R$ 23)
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Bipolaridade brasileira
A retomada de um caminho (qualquer que seja ele) seria mais rápida e fácil na hipótese de sucessivas renúncias: da presidente Dilma, do vice-presidente Temer, de Eduardo Cunha e –não se pode esquecer– de Renan Calheiros. A linha sucessória chegaria ao presidente do Supremo Tribunal Federal, que governaria até a realização de eleições diretas em 90 dias. Mas, no território da realpolitik, o desapego é um sonho improvável. Se a decisão do Supremo Tribunal Federal de suspender o mandato de Eduardo Cunha conforta quem vê na política o exercício de uma atividade transparente, ideológica e honesta, seu afastamento do cargo, medida sem precedentes, traz consequências importantes para a crise. O pedido da Procuradoria-Geral da República é de dezembro. O STF demorou cinco meses: a urgência é que justifica ações cautelares. O ministro da Justiça já declarou que não haveria impeachment se o tribunal tivesse agido antes... Se o processo contra Dilma obedeceu até aqui, rigorosamente, o figurino constitucional desenhado pelo próprio Supremo, a retórica oficial de um suposto golpe, da ilegalidade da acusação de crime de responsabilidade, ganha algum fôlego com o julgamento de quinta-feira. O Brasil tem um governo em formação e um governo moralmente sitiado. Se Dilma for afastada, como indicam os acontecimentos, teremos dois palácios –um querendo conquistar legitimidade para administrar o desastre econômico, outro, em ruínas, articulando recursos desesperados para tentar se salvar e estabelecer obstáculos para que o novo presidente se imponha. A bipolaridade de poder alcança a Câmara dos Deputados. Até a cassação de Eduardo Cunha. A suspensão do mandato faz dele um espectro que ronda a instituição, capaz de interferir na gestão da Casa, na tramitação de projetos de interesse do Executivo e em negociações parlamentares, mesmo sem se sentar na cadeira e a despeito de ter sucessor, também interino. Além das dificuldades econômicas e políticas, dois acontecimentos da semana mostram como o Brasil se distancia do desenvolvimento, apesar da aspiração geral pelo futuro melhor. Aplicativos de mensagens instantâneas, como o WhatsApp, fazem parte da vida comum. Pode o juiz de Lagarto ou de qualquer outra cidade proibir o serviço, atingindo milhões de pessoas, como represália a uma atitude que considera imprópria? Pode um magistrado, por exemplo, tirar do ar por 72 horas uma emissora de TV ou proibir, por três dias, a circulação de um jornal, por conta de alguma "desobediência"? Ou, mais absurdo ainda, poderia o Judiciário suspender, ainda que por horas, o fornecimento de energia elétrica ou de linhas telefônicas, como forma de coagir concessionárias? Há de haver medidas alternativas que não resultem em violação de direitos difusos e individuais. A despedida da neurocientista Suzana Herculano-Houzel na revista "Piauí" é um retrato sombrio da pesquisa no Brasil. Ela vai para a Universidade de Vanderbilt, como professora associada, por não encontrar aqui condições materiais que permitam florescer a Ciência em tantos lugares. É comum cientistas partirem para o exterior: seria inteligente atraí-los. Por essas e por outras, queremos ser e não somos.
colunas
Bipolaridade brasileiraA retomada de um caminho (qualquer que seja ele) seria mais rápida e fácil na hipótese de sucessivas renúncias: da presidente Dilma, do vice-presidente Temer, de Eduardo Cunha e –não se pode esquecer– de Renan Calheiros. A linha sucessória chegaria ao presidente do Supremo Tribunal Federal, que governaria até a realização de eleições diretas em 90 dias. Mas, no território da realpolitik, o desapego é um sonho improvável. Se a decisão do Supremo Tribunal Federal de suspender o mandato de Eduardo Cunha conforta quem vê na política o exercício de uma atividade transparente, ideológica e honesta, seu afastamento do cargo, medida sem precedentes, traz consequências importantes para a crise. O pedido da Procuradoria-Geral da República é de dezembro. O STF demorou cinco meses: a urgência é que justifica ações cautelares. O ministro da Justiça já declarou que não haveria impeachment se o tribunal tivesse agido antes... Se o processo contra Dilma obedeceu até aqui, rigorosamente, o figurino constitucional desenhado pelo próprio Supremo, a retórica oficial de um suposto golpe, da ilegalidade da acusação de crime de responsabilidade, ganha algum fôlego com o julgamento de quinta-feira. O Brasil tem um governo em formação e um governo moralmente sitiado. Se Dilma for afastada, como indicam os acontecimentos, teremos dois palácios –um querendo conquistar legitimidade para administrar o desastre econômico, outro, em ruínas, articulando recursos desesperados para tentar se salvar e estabelecer obstáculos para que o novo presidente se imponha. A bipolaridade de poder alcança a Câmara dos Deputados. Até a cassação de Eduardo Cunha. A suspensão do mandato faz dele um espectro que ronda a instituição, capaz de interferir na gestão da Casa, na tramitação de projetos de interesse do Executivo e em negociações parlamentares, mesmo sem se sentar na cadeira e a despeito de ter sucessor, também interino. Além das dificuldades econômicas e políticas, dois acontecimentos da semana mostram como o Brasil se distancia do desenvolvimento, apesar da aspiração geral pelo futuro melhor. Aplicativos de mensagens instantâneas, como o WhatsApp, fazem parte da vida comum. Pode o juiz de Lagarto ou de qualquer outra cidade proibir o serviço, atingindo milhões de pessoas, como represália a uma atitude que considera imprópria? Pode um magistrado, por exemplo, tirar do ar por 72 horas uma emissora de TV ou proibir, por três dias, a circulação de um jornal, por conta de alguma "desobediência"? Ou, mais absurdo ainda, poderia o Judiciário suspender, ainda que por horas, o fornecimento de energia elétrica ou de linhas telefônicas, como forma de coagir concessionárias? Há de haver medidas alternativas que não resultem em violação de direitos difusos e individuais. A despedida da neurocientista Suzana Herculano-Houzel na revista "Piauí" é um retrato sombrio da pesquisa no Brasil. Ela vai para a Universidade de Vanderbilt, como professora associada, por não encontrar aqui condições materiais que permitam florescer a Ciência em tantos lugares. É comum cientistas partirem para o exterior: seria inteligente atraí-los. Por essas e por outras, queremos ser e não somos.
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Índice de biodiesel em mistura sobe para grande consumidor
O CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), vinculado ao Ministério de Minas e Energia, flexibilizou a legislação do biodiesel comprado por grandes consumidores, que poderão usar uma mistura de até 30%. Para consumidores no varejo, o índice permanece nos atuais 7%. A resolução, publicada na quarta (14) no "Diário Oficial da União", permite também que grandes frotas de ônibus ou caminhões usem até 20% de biodiesel no abastecimento. Para o transporte ferroviário ou usos agrícola e industrial, o teto é de 30%. O índice exato, que pode ser inferior ao teto, será definido até o fim do ano, segundo Ricardo Dornelles, diretor do departamento de combustíveis renováveis do ministério. A resolução entra em vigor em janeiro. "O uso acima do percentual obrigatório [de 7%] até já existia, mas mediante regulamentação da ANP, que analisava caso a caso. Agora, haverá agilidade nisso, já que houve a flexibilização", diz. Com a resolução, um empresário que tenha uma frota de 30 caminhões, por exemplo, poderá negociar diretamente com a distribuidora de combustíveis a adição de biodiesel até o limite definido pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Embora considere uma vitória, Erasmo Carlos Battistella, presidente da Aprobio (associação de produtores de biodiesel), diz que a resolução não atende todos os pedidos do setor. "A expectativa era que fosse permitida a venda direta a grandes consumidores, mas teremos de negociar por meio dos leilões." Embora o consumidor final possa comprar direto das distribuidoras, elas terão de adquirir o combustível nos leilões, e não diretamente dos produtores. Se o pleito tivesse sido atendido, a estimativa, segundo Battistella, era de alta de 25% nas vendas. NOS POSTOS Nos postos de combustíveis, permanece o índice de 7% de mistura. Segundo Dornelles, não há garantia de que os motores dos veículos suportem nível maior de biodiesel. A meta de entidades do setor é que a mistura passe para 10% nos próximos anos.
mercado
Índice de biodiesel em mistura sobe para grande consumidorO CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), vinculado ao Ministério de Minas e Energia, flexibilizou a legislação do biodiesel comprado por grandes consumidores, que poderão usar uma mistura de até 30%. Para consumidores no varejo, o índice permanece nos atuais 7%. A resolução, publicada na quarta (14) no "Diário Oficial da União", permite também que grandes frotas de ônibus ou caminhões usem até 20% de biodiesel no abastecimento. Para o transporte ferroviário ou usos agrícola e industrial, o teto é de 30%. O índice exato, que pode ser inferior ao teto, será definido até o fim do ano, segundo Ricardo Dornelles, diretor do departamento de combustíveis renováveis do ministério. A resolução entra em vigor em janeiro. "O uso acima do percentual obrigatório [de 7%] até já existia, mas mediante regulamentação da ANP, que analisava caso a caso. Agora, haverá agilidade nisso, já que houve a flexibilização", diz. Com a resolução, um empresário que tenha uma frota de 30 caminhões, por exemplo, poderá negociar diretamente com a distribuidora de combustíveis a adição de biodiesel até o limite definido pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Embora considere uma vitória, Erasmo Carlos Battistella, presidente da Aprobio (associação de produtores de biodiesel), diz que a resolução não atende todos os pedidos do setor. "A expectativa era que fosse permitida a venda direta a grandes consumidores, mas teremos de negociar por meio dos leilões." Embora o consumidor final possa comprar direto das distribuidoras, elas terão de adquirir o combustível nos leilões, e não diretamente dos produtores. Se o pleito tivesse sido atendido, a estimativa, segundo Battistella, era de alta de 25% nas vendas. NOS POSTOS Nos postos de combustíveis, permanece o índice de 7% de mistura. Segundo Dornelles, não há garantia de que os motores dos veículos suportem nível maior de biodiesel. A meta de entidades do setor é que a mistura passe para 10% nos próximos anos.
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Abusados pelos governantes
Em 2010, os pais adotivos de Justin, 7 anos, decidiram devolvê-lo para o orfanato. Um ano depois da adoção, eles (norte-americanos) enfiaram o menino (russo, originalmente) num avião de volta para Moscou, com uma carta no bolso: "Sorry, Justin é um terror, intolerante, destrutivo, violento e incendiário". Segundo os pais adotivos, a origem da violência do menino estava nos anos de abuso no orfanato. Segundo os russos, a violência dos pais era pior que a do orfanato. Seja como for, psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais (russos, americanos ou outros) concordam: os abusos sofridos na infância não são facilmente curados ou compensados por carinho, sorriso e conforto. É quase uma regra: crianças que foram abusadas abusarão. Na "New Yorker" de 7 de dezembro, um artigo de Rachel Aviv sobre "o dilema do refugiado" conta a história de Nelson Kargbo, um menino de Serra Leoa que foi recrutado à força como criança-soldado, passou a infância matando e se drogando e, no fim, reencontrou sua família e, com ela, foi aceito como refugiado pelos EUA. Kargbo quase foi expulso dos EUA –como Justin, e por razões parecidas. Podemos chamar de abuso qualquer crueldade da qual somos vítimas. Mas o verdadeiro abuso é aquela violência que transforma sua vítima profundamente, deixando-a convencida de que qualquer lei ou regra vale pela força bruta de quem manda –e de que, inversamente, a única razão de respeitar uma regra é a fraqueza de quem obedece. Para Kargbo e Justin, uma autoridade vale só pela violência que ela exerce; com isso, a violência se reproduz: ela se impõe até o abusado se descobrir mais forte do que seu abusador. Falo em Kargbo e Justin, e penso na gente. Não somos muito diferentes dos dois meninos: o desrespeito e o abuso que sofremos de nossos governantes só podem nos dispor a praticar, nos outros e na coisa pública, o mesmo desrespeito e o mesmo abuso. Ou seja, o abuso dos governantes nos transforma, e não é para melhor. Nos anos 1980, um psicanalista italiano, Sergio Finzi, publicou um ensaio, "Il Padre Anal" (o pai anal), retomado em "Lavoro dell'Inconscio e Comunismo" (trabalho do inconsciente e comunismo). Em epígrafe, Finzi colocava uma frase de Georges Bataille (em "Le Petit", de 1943): "O que mais me consterna: ter visto, um grande número de vezes, meu pai defecando. Ele descia de sua cama de cego paralisado ["¦]. Descia dificilmente (eu o ajudava), sentava-se no vaso, de camisola, quase sempre mal cuidado ["¦], o olhar fixo para frente". A face tradicional da figura paterna é uma referência inspiradora e exemplar –um adulto admirado, professor ou professora, governante ou governanta etc. Existe, aliás, um tipo de neurose (a histeria) que se dedica a investigar as falhas eventuais dessa figura aparentemente impecável. Finzi chamava a atenção para outra figura paterna, igualmente necessária: um pai fracassado, impotente e por isso mesmo mais próximo da gente. Outro tipo de neurose (a obsessão) se dedica a proteger essa figura e a esconder sua fraqueza. Enfim, existe mais uma figura paterna, que não é necessária e que talvez ninguém mereça, mas que, às vezes, acontece: é um pai violento, medíocre e propriamente desprezível. Para Kargbo e Justin, que sofreram nas mãos de uma autoridade violenta e desprezível, ficou difícil acreditar que haja adultos diferentes do funcionário do orfanato ou do senhor da guerra de Serra Leoa. Quanto à gente, fica cada dia mais difícil acreditar num governo futuro que não seja a simples expressão da violência gananciosa dos governantes. Na clínica, em geral, quem lidou com um pai estuprador, violento e mentiroso tem dois caminhos possíveis: ele pode se tornar um defensor obstinado da lei (ser delegado, promotor, policial) ou, então, ele pode se tornar tão violento e bandido quanto a figura abusadora. Em ambos os casos, não é raro que apareça um desânimo profundo, uma sensação de abandono e uma vontade de não existir. Na tragédia grega, a vontade de sumir por causa de uma herança maldita se expressava assim: quisera eu nunca ter nascido para não ter de pagar pelos crimes cometidos por esse meu pai. Desânimo a parte, a mediocridade moral dos governantes institui o abuso e a violência como regras e exemplos de funcionamento social. Ela não corrompe apenas as trocas sociais, ela corrompe cada um de nos, no âmago.
colunas
Abusados pelos governantesEm 2010, os pais adotivos de Justin, 7 anos, decidiram devolvê-lo para o orfanato. Um ano depois da adoção, eles (norte-americanos) enfiaram o menino (russo, originalmente) num avião de volta para Moscou, com uma carta no bolso: "Sorry, Justin é um terror, intolerante, destrutivo, violento e incendiário". Segundo os pais adotivos, a origem da violência do menino estava nos anos de abuso no orfanato. Segundo os russos, a violência dos pais era pior que a do orfanato. Seja como for, psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais (russos, americanos ou outros) concordam: os abusos sofridos na infância não são facilmente curados ou compensados por carinho, sorriso e conforto. É quase uma regra: crianças que foram abusadas abusarão. Na "New Yorker" de 7 de dezembro, um artigo de Rachel Aviv sobre "o dilema do refugiado" conta a história de Nelson Kargbo, um menino de Serra Leoa que foi recrutado à força como criança-soldado, passou a infância matando e se drogando e, no fim, reencontrou sua família e, com ela, foi aceito como refugiado pelos EUA. Kargbo quase foi expulso dos EUA –como Justin, e por razões parecidas. Podemos chamar de abuso qualquer crueldade da qual somos vítimas. Mas o verdadeiro abuso é aquela violência que transforma sua vítima profundamente, deixando-a convencida de que qualquer lei ou regra vale pela força bruta de quem manda –e de que, inversamente, a única razão de respeitar uma regra é a fraqueza de quem obedece. Para Kargbo e Justin, uma autoridade vale só pela violência que ela exerce; com isso, a violência se reproduz: ela se impõe até o abusado se descobrir mais forte do que seu abusador. Falo em Kargbo e Justin, e penso na gente. Não somos muito diferentes dos dois meninos: o desrespeito e o abuso que sofremos de nossos governantes só podem nos dispor a praticar, nos outros e na coisa pública, o mesmo desrespeito e o mesmo abuso. Ou seja, o abuso dos governantes nos transforma, e não é para melhor. Nos anos 1980, um psicanalista italiano, Sergio Finzi, publicou um ensaio, "Il Padre Anal" (o pai anal), retomado em "Lavoro dell'Inconscio e Comunismo" (trabalho do inconsciente e comunismo). Em epígrafe, Finzi colocava uma frase de Georges Bataille (em "Le Petit", de 1943): "O que mais me consterna: ter visto, um grande número de vezes, meu pai defecando. Ele descia de sua cama de cego paralisado ["¦]. Descia dificilmente (eu o ajudava), sentava-se no vaso, de camisola, quase sempre mal cuidado ["¦], o olhar fixo para frente". A face tradicional da figura paterna é uma referência inspiradora e exemplar –um adulto admirado, professor ou professora, governante ou governanta etc. Existe, aliás, um tipo de neurose (a histeria) que se dedica a investigar as falhas eventuais dessa figura aparentemente impecável. Finzi chamava a atenção para outra figura paterna, igualmente necessária: um pai fracassado, impotente e por isso mesmo mais próximo da gente. Outro tipo de neurose (a obsessão) se dedica a proteger essa figura e a esconder sua fraqueza. Enfim, existe mais uma figura paterna, que não é necessária e que talvez ninguém mereça, mas que, às vezes, acontece: é um pai violento, medíocre e propriamente desprezível. Para Kargbo e Justin, que sofreram nas mãos de uma autoridade violenta e desprezível, ficou difícil acreditar que haja adultos diferentes do funcionário do orfanato ou do senhor da guerra de Serra Leoa. Quanto à gente, fica cada dia mais difícil acreditar num governo futuro que não seja a simples expressão da violência gananciosa dos governantes. Na clínica, em geral, quem lidou com um pai estuprador, violento e mentiroso tem dois caminhos possíveis: ele pode se tornar um defensor obstinado da lei (ser delegado, promotor, policial) ou, então, ele pode se tornar tão violento e bandido quanto a figura abusadora. Em ambos os casos, não é raro que apareça um desânimo profundo, uma sensação de abandono e uma vontade de não existir. Na tragédia grega, a vontade de sumir por causa de uma herança maldita se expressava assim: quisera eu nunca ter nascido para não ter de pagar pelos crimes cometidos por esse meu pai. Desânimo a parte, a mediocridade moral dos governantes institui o abuso e a violência como regras e exemplos de funcionamento social. Ela não corrompe apenas as trocas sociais, ela corrompe cada um de nos, no âmago.
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EUA dão sinal verde para Argentina emitir títulos e pagar credores
A Argentina poderá sair do "calote técnico" nos próximos dias. Nesta quarta (13), a Justiça americana retirou a liminar que impedia o país de pagar aos credores que aceitaram a renegociação da dívida em 2005 e 2010 enquanto os que não aceitaram também recebessem. A decisão foi tomada na Câmara de Apelações em Nova York em uma audiência de cerca de uma hora. O governo de Mauricio Macri comemorou a rapidez da Justiça, pois esperava que a solução só saísse em alguns dias. Com a queda da liminar, a Argentina poderá emitir os US$ 15 bilhões em títulos necessários para levantar recursos e quitar a dívida com os fundos abutres –credores que compraram os papéis "podres" da dívida argentina e não aceitaram as duas reestruturações nos anos 2000. A lei aprovada no Congresso, no fim de março, que permite o pagamento dos credores só autorizava o governo a emitir os papéis se a Justiça americana deixasse a Argentina sair do calote. O acordo com abutres, no entanto, tinha o dia 14 como data-limite para que o pagamento fosse feito. Diante da impossibilidade de a Argentina levantar os recursos em 24 horas, os abutres concordaram em estender o prazo para o próximo dia 22. A programação agora prevê que o governo receba as ofertas pelos papéis na segunda-feira (18) e que os negócios sejam fechados no dia seguinte. Com a saída do default, a Argentina poderá voltar ao mercado de crédito internacional. O endividamento no exterior é visto pelo governo como a melhor forma para financiar os investimentos que pretende fazer, sobretudo em infraestrutura.
mercado
EUA dão sinal verde para Argentina emitir títulos e pagar credoresA Argentina poderá sair do "calote técnico" nos próximos dias. Nesta quarta (13), a Justiça americana retirou a liminar que impedia o país de pagar aos credores que aceitaram a renegociação da dívida em 2005 e 2010 enquanto os que não aceitaram também recebessem. A decisão foi tomada na Câmara de Apelações em Nova York em uma audiência de cerca de uma hora. O governo de Mauricio Macri comemorou a rapidez da Justiça, pois esperava que a solução só saísse em alguns dias. Com a queda da liminar, a Argentina poderá emitir os US$ 15 bilhões em títulos necessários para levantar recursos e quitar a dívida com os fundos abutres –credores que compraram os papéis "podres" da dívida argentina e não aceitaram as duas reestruturações nos anos 2000. A lei aprovada no Congresso, no fim de março, que permite o pagamento dos credores só autorizava o governo a emitir os papéis se a Justiça americana deixasse a Argentina sair do calote. O acordo com abutres, no entanto, tinha o dia 14 como data-limite para que o pagamento fosse feito. Diante da impossibilidade de a Argentina levantar os recursos em 24 horas, os abutres concordaram em estender o prazo para o próximo dia 22. A programação agora prevê que o governo receba as ofertas pelos papéis na segunda-feira (18) e que os negócios sejam fechados no dia seguinte. Com a saída do default, a Argentina poderá voltar ao mercado de crédito internacional. O endividamento no exterior é visto pelo governo como a melhor forma para financiar os investimentos que pretende fazer, sobretudo em infraestrutura.
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Caminhoneiros dizem que protestos se espalham por 102 pontos
Líderes de caminhoneiros autônomos informaram que fizeram nesta quinta-feira 102 pontos de manifestações, alguns deles com fechamento de pistas, ao longo do dia em pelo menos seis estados. Segundo eles, a partir desta sexta-feira haverá novas adesões ao movimento que reivindica que o governo faça uma tabela de frete mínimo para a categoria. Até a última quarta-feira a categoria vinham negociando com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, a criação dessa tabela. Mas, após uma reunião na quarta-feira, o ministro informou que o governo faria apenas uma tabela referencial o que levou parte dos líderes dos caminhoneiros a iniciar um novo movimento de protesto. Em março, parte da categoria já havia feito greve para que o governo sancionasse mudanças na Lei dos Caminhoneiros. A greve da época tinha o apoio de grandes empresas já que os pontos da lei que foram sancionados, como aumento da jornada de trabalho dos caminhoneiros e isenção de pagamento de pedágio, beneficiavam as companhias. Mas as grandes empresas se posicionaram contra a tabela de frete, uma reivindicação dos caminhoneiros autônomos, que são em geral donos de apenas um caminhão e recebem valores de frete muito baixos para transportar as cargas de grandes companhias. Em entrevista pela manhã, Rossetto minimizou o movimento afirmando que ele era pequeno. Segundo o ministro, o governo respeitaria o direito de manifestação dos trabalhadores mas usaria a força policial para impedir qualquer fechamento de rodovia para garantir o direito ao abastecimento dos cidadãos. O ministro informou que houve até a manhã apenas 14 pontos de manifestação, sem interdição de pista. Até às 19h, a Polícia Rodoviária Federal não havia divulgado o número de pontos de interdição à tarde. Carlos Roesel, que representou caminhoneiros autônomos em comissões formadas pelo governo após a greve e e dirige o sindicato dos Cegonheiros de Minas Gerais (caminhões que transportam carros), afirmou que a sua categoria não faria parte do movimento grevista. Segundo ele, o governo se esforçou para atender ao máximo de reivindicações dos caminhoneiros desde a greve e a tabela de frete referencial poderá ser usada pela categoria. Outra parte dos caminhoneiros, contudo, continua contra a posição do governo sobre a tabela referencial. Diego Mendes, que representou caminhoneiros autônomos na região Norte e Nordeste, afirmou que, no Ceará, a BR-116 foi fechada por 250 caminhões na tarde de quinta-feira e que o movimento vai também fazer fechamento de vias no Rio Grande do Norte e Paraíba a partir de amanhã. Segundo ele, o governo não cumpriu com o combinado e mais uma vez favoreceu as empresas embarcadoras, donas das cargas, ao não dar a tabela de frete mínimo. "Fizemos 102 pontos de protesto hoje pelo balanço do movimento, atingindo seis estados. Amanhã haverá mais adesões", afirmou Mendes.
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Caminhoneiros dizem que protestos se espalham por 102 pontosLíderes de caminhoneiros autônomos informaram que fizeram nesta quinta-feira 102 pontos de manifestações, alguns deles com fechamento de pistas, ao longo do dia em pelo menos seis estados. Segundo eles, a partir desta sexta-feira haverá novas adesões ao movimento que reivindica que o governo faça uma tabela de frete mínimo para a categoria. Até a última quarta-feira a categoria vinham negociando com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, a criação dessa tabela. Mas, após uma reunião na quarta-feira, o ministro informou que o governo faria apenas uma tabela referencial o que levou parte dos líderes dos caminhoneiros a iniciar um novo movimento de protesto. Em março, parte da categoria já havia feito greve para que o governo sancionasse mudanças na Lei dos Caminhoneiros. A greve da época tinha o apoio de grandes empresas já que os pontos da lei que foram sancionados, como aumento da jornada de trabalho dos caminhoneiros e isenção de pagamento de pedágio, beneficiavam as companhias. Mas as grandes empresas se posicionaram contra a tabela de frete, uma reivindicação dos caminhoneiros autônomos, que são em geral donos de apenas um caminhão e recebem valores de frete muito baixos para transportar as cargas de grandes companhias. Em entrevista pela manhã, Rossetto minimizou o movimento afirmando que ele era pequeno. Segundo o ministro, o governo respeitaria o direito de manifestação dos trabalhadores mas usaria a força policial para impedir qualquer fechamento de rodovia para garantir o direito ao abastecimento dos cidadãos. O ministro informou que houve até a manhã apenas 14 pontos de manifestação, sem interdição de pista. Até às 19h, a Polícia Rodoviária Federal não havia divulgado o número de pontos de interdição à tarde. Carlos Roesel, que representou caminhoneiros autônomos em comissões formadas pelo governo após a greve e e dirige o sindicato dos Cegonheiros de Minas Gerais (caminhões que transportam carros), afirmou que a sua categoria não faria parte do movimento grevista. Segundo ele, o governo se esforçou para atender ao máximo de reivindicações dos caminhoneiros desde a greve e a tabela de frete referencial poderá ser usada pela categoria. Outra parte dos caminhoneiros, contudo, continua contra a posição do governo sobre a tabela referencial. Diego Mendes, que representou caminhoneiros autônomos na região Norte e Nordeste, afirmou que, no Ceará, a BR-116 foi fechada por 250 caminhões na tarde de quinta-feira e que o movimento vai também fazer fechamento de vias no Rio Grande do Norte e Paraíba a partir de amanhã. Segundo ele, o governo não cumpriu com o combinado e mais uma vez favoreceu as empresas embarcadoras, donas das cargas, ao não dar a tabela de frete mínimo. "Fizemos 102 pontos de protesto hoje pelo balanço do movimento, atingindo seis estados. Amanhã haverá mais adesões", afirmou Mendes.
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Barroso diz torcer pelo bem de Dilma, mas sem dever nada à presidente
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso disse nesta segunda-feira (1º) que torce para o bem da presidente afastada Dilma Rousseff, que deverá ter o julgamento de seu processo de impeachment concluído pelo Senado este mês, sem dever nada a ela. "Sou reconhecido e quero o bem, torço para o bem da presidente por ela ter me convidado [para ser ministro do STF], mas não no sentido de me sentir devedor de coisa alguma, faço o que acho o certo", disse, após afirmar que não pediu para ser ministro do Supremo. O ministro citou dois julgamentos de alta repercussão –do rito do impeachment e dos recursos no processo do mensalão– como fases difíceis devido à alta exposição que recebeu. "Às vezes a sociedade tem pressa, mas a Constituição existe inclusive, quando não sobretudo, para proteger as minorias, para proteger as pessoas com quem ninguém está feliz, quando ninguém gosta delas", declarou, sobre a época da definição do rito do impeachment. "Tanto que eu achava que o rito não podia ser modificado a cada passo, o rito tinha que ser preestablecido. E, portanto, foi assim que votei e o tribunal acompanhou majoritariamente a minha posição, muitos interesses foram contrariados", acrescentou. Em julgamento em dezembro do ano passado, STF tomou decisões que deram mais poderes ao Senado no processo do impeachement e que anularam uma comissão da Câmara que era pró-afastamento da presidente. O ministro Barroso puxou a divergência que saiu vitoriosa. Mais adiante, em março deste ano, outra decisão do Supremo derrotou recurso da Mesa Diretora da Câmara e manteve o rito estabelecido em dezembro. No caso do julgamento dos recursos do mensalão, Barroso disse ter votado pela manutenção da maioria das penas, exceto as do crime de quadrilha, que julgou prescritos. Na ocasião, o STF derrubou o crime de quadrilha por 6 votos a 5, beneficiando o ex-ministro José Dirceu, ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-presidente do PT José Genoino, além de outros cinco réus. "Votei pela prescrição, com poucas semanas de Supremo, o mundo desabou sobre minha cabeça. O que eu, a minha mulher e os meus filhos lemos de barbaridades, vocês não podem imaginar", afirmou. "Aprendi que só a verdade ofende. Se não for verdade, não tem problema nenhum", acrescentou, minimizando os comentários. REFORMA POLÍTICA Barroso também defendeu a necessidade de uma reforma política e a implantação do voto distrital misto. "Precisamos de uma reforma política capaz de baratear o custo de campanhas, dar maior legitimidade ao sistema representativo e diminuir o número de partidos para facilitar a governabilidade", defendeu. O ministro classificou o sistema de voto proporcional lista aberta, usado para escolher os deputados federais como "um desastre". "Menos de 10% dos deputados federais são eleitos com votação própria. Mais de 90% são eleitos por transferência de votos", explicou. "O eleitor não sabem quem o elegeu e o parlamentar não sabe por quem foi eleito. O eleito não tem a quem prestar contas e o eleito não tem de quem cobrar", concluiu. Ele tamém criticou as "legendas de aluguel", partidos que vivem de acesso ao fundo partidário e da venda de tempo de televisão. CORRUPÇÃO Sobre o enfrentamento da corrupção, Barroso disse que o Brasil cria um "estímulo à delinquência, sobretudo dos mais ricos" pois o risco de haver punição é baixo. "Parte da causa da corrupção no Brasil é a absoluta falta de risco de que aconteça qualquer coisa com quem proceda incorretamente. Estamos conseguindo derrotar isso", afirmou. O ministro disse que um avanço foi o entendimento do Supremo que permite a prisão de condenados após decisão de segunda instância, medida que evita "recursos eternamente procrastinatórios que geravam a impunidade".
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Barroso diz torcer pelo bem de Dilma, mas sem dever nada à presidenteO ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso disse nesta segunda-feira (1º) que torce para o bem da presidente afastada Dilma Rousseff, que deverá ter o julgamento de seu processo de impeachment concluído pelo Senado este mês, sem dever nada a ela. "Sou reconhecido e quero o bem, torço para o bem da presidente por ela ter me convidado [para ser ministro do STF], mas não no sentido de me sentir devedor de coisa alguma, faço o que acho o certo", disse, após afirmar que não pediu para ser ministro do Supremo. O ministro citou dois julgamentos de alta repercussão –do rito do impeachment e dos recursos no processo do mensalão– como fases difíceis devido à alta exposição que recebeu. "Às vezes a sociedade tem pressa, mas a Constituição existe inclusive, quando não sobretudo, para proteger as minorias, para proteger as pessoas com quem ninguém está feliz, quando ninguém gosta delas", declarou, sobre a época da definição do rito do impeachment. "Tanto que eu achava que o rito não podia ser modificado a cada passo, o rito tinha que ser preestablecido. E, portanto, foi assim que votei e o tribunal acompanhou majoritariamente a minha posição, muitos interesses foram contrariados", acrescentou. Em julgamento em dezembro do ano passado, STF tomou decisões que deram mais poderes ao Senado no processo do impeachement e que anularam uma comissão da Câmara que era pró-afastamento da presidente. O ministro Barroso puxou a divergência que saiu vitoriosa. Mais adiante, em março deste ano, outra decisão do Supremo derrotou recurso da Mesa Diretora da Câmara e manteve o rito estabelecido em dezembro. No caso do julgamento dos recursos do mensalão, Barroso disse ter votado pela manutenção da maioria das penas, exceto as do crime de quadrilha, que julgou prescritos. Na ocasião, o STF derrubou o crime de quadrilha por 6 votos a 5, beneficiando o ex-ministro José Dirceu, ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-presidente do PT José Genoino, além de outros cinco réus. "Votei pela prescrição, com poucas semanas de Supremo, o mundo desabou sobre minha cabeça. O que eu, a minha mulher e os meus filhos lemos de barbaridades, vocês não podem imaginar", afirmou. "Aprendi que só a verdade ofende. Se não for verdade, não tem problema nenhum", acrescentou, minimizando os comentários. REFORMA POLÍTICA Barroso também defendeu a necessidade de uma reforma política e a implantação do voto distrital misto. "Precisamos de uma reforma política capaz de baratear o custo de campanhas, dar maior legitimidade ao sistema representativo e diminuir o número de partidos para facilitar a governabilidade", defendeu. O ministro classificou o sistema de voto proporcional lista aberta, usado para escolher os deputados federais como "um desastre". "Menos de 10% dos deputados federais são eleitos com votação própria. Mais de 90% são eleitos por transferência de votos", explicou. "O eleitor não sabem quem o elegeu e o parlamentar não sabe por quem foi eleito. O eleito não tem a quem prestar contas e o eleito não tem de quem cobrar", concluiu. Ele tamém criticou as "legendas de aluguel", partidos que vivem de acesso ao fundo partidário e da venda de tempo de televisão. CORRUPÇÃO Sobre o enfrentamento da corrupção, Barroso disse que o Brasil cria um "estímulo à delinquência, sobretudo dos mais ricos" pois o risco de haver punição é baixo. "Parte da causa da corrupção no Brasil é a absoluta falta de risco de que aconteça qualquer coisa com quem proceda incorretamente. Estamos conseguindo derrotar isso", afirmou. O ministro disse que um avanço foi o entendimento do Supremo que permite a prisão de condenados após decisão de segunda instância, medida que evita "recursos eternamente procrastinatórios que geravam a impunidade".
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Alalaô: Popularização da Vila Madalena gera rixa entre moradores e novos foliões
THAIS BILENKY ROGÉRIO PAGNAN DE SÃO PAULO Nesta segunda-feira (16), seis universitários saíram de São Bernardo do Campo, na Grande SP, levando um megacooler com 600 cervejas e uma caixa de som potente. Desembarcaram na Vila Madalena, na zona oeste, ... Leia post completo no blog
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Alalaô: Popularização da Vila Madalena gera rixa entre moradores e novos foliõesTHAIS BILENKY ROGÉRIO PAGNAN DE SÃO PAULO Nesta segunda-feira (16), seis universitários saíram de São Bernardo do Campo, na Grande SP, levando um megacooler com 600 cervejas e uma caixa de som potente. Desembarcaram na Vila Madalena, na zona oeste, ... Leia post completo no blog
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Liminar de Teori contra Cunha descontentou parte dos colegas de STF
A liminar do ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinando o afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados e do mandato parlamentar descontentou alguns ministros. Nem todos achavam que a melhor solução era a pregada pelo magistrado. QUANTO PESA Alguns ministros acreditavam que o melhor seria apenas impedi-lo de assumir a Presidência da República caso Michel Temer viajasse, já que Cunha é réu na Operação Lava Jato. Outros iam além e defendiam a saída dele do cargo –mas não a suspensão do mandato. SUFOCO Com a liminar, Zavascki provocou "uma avalanche" que sufocou toda e qualquer possibilidade de divergência, segundo um integrante do Supremo. Ameaçado de ser atropelado por Marco Aurélio Mello, que anunciou estar pronto a divulgar seu relatório em outra ação sobre o mesmo tema, o ministro preferiu atropelar ele mesmo o colegiado. SERÁ QUE DÁ? Michel Temer tenta convencer empresários de que a união do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) com o Planejamento até que não seria um mau negócio. A resistência do setor, no entanto, é gigantesca. VOZ NAS ESTRADAS A cantora Sandy estreou a turnê "Meu Canto", que tem o marido dela, Lucas Lima, como diretor musical, na quinta (5). Os pais da cantora, Noely e Xororó, acompanharam a apresentação, no Tom Brasil. O músico Amon Lima, irmão de Lucas, também foi ao show. LARGADA Maratonista, o membro do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) Arnaldo Hossepian participa neste fim de semana de corrida na Suíça em prol da Unicef. O procurador de 54 anos, que representa os Ministérios Públicos estaduais no CNJ, intensificou os treinos em fevereiro para a prova, na busca de sua 12ª medalha. SEGUNDO TEMPO A atriz Claudia Raia vai encerrar na capital paulista a turnê do musical "Raia 30", depois de fazer 150 sessões em seis cidades. O espetáculo, que estreou em São Paulo em julho de 2015, volta a ficar em cartaz na cidade no dia 21 de maio, no Teatro Procópio Ferreira, para uma temporada de três semanas. DUPLA DINÂMICA A fotógrafa Claudia Andujar recebeu convidados como o ex-senador Eduardo Suplicy na abertura de sua exposição individual na terça (3), na Galeria Vermelho. A escritora Fernanda Young, que lançou seu livro "A Mão Esquerda de Vênus" na mesma ocasião, também recepcionou amigos como o publicitário Washington Olivetto, o apresentador Danilo Gentili e a atriz Monique Alfradique com o namorado, o empresário Gabriel Sala. O roteirista Alexandre Machado, marido de Fernanda, foi com uma das filhas do casal, Catarina. VOO SOLO Alfredo Volpi vai ganhar a primeira exposição individual em Londres no mês que vem. Mais de 30 obras do artista vão ficar na Cecília Brunsons Projects, como parte de uma parceria da galeria inglesa com a brasileira Almeida e Dale. O intercâmbio também levou em janeiro uma mostra de Claudio Tozzi para a capital britânica. CIDADE DO JAZZ KL Jay e Bixiga 70 vão fazer show gratuito na praça do Patriarca durante o Sampa Jazz Fest, que terá sua primeira edição a partir de 12 de maio. O evento também vai contar com exibições de filmes como "Hermeto Campeão", em uma sessão que vai homenagear o multi-instrumentista Hermeto Pascoal. CURTO-CIRCUITO O Jota Quest apresenta neste sábado (7) a "Pancadélico Tour" no Espaço das Américas, às 23h. O filme "O Começo da Vida", de Estela Renner, será exibido neste sábado (7), às 11h, no Cine Direitos Humanos, no Espaço Itaú da rua Frei Caneca. A peça "As Sombras de Dom Casmurro" estreia neste sábado (7), às 20h, temporada no Teatro Livraria da Vila do shopping JK Iguatemi. O espetáculo "Te Amo, Franco Roo!" estreia neste domingo (8), às 18h, no Satyros. O fotógrafo Ricardo Rojas abre neste sábado (7) a exposição "Metrô SP", na Uma/Raquel Davidowicz, na Vila Madalena. A 16ª Corrida e Caminhada do Graac é neste domingo (8), a partir das 7h, nas proximidades do parque Ibirapuera. com JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI
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Liminar de Teori contra Cunha descontentou parte dos colegas de STFA liminar do ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinando o afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados e do mandato parlamentar descontentou alguns ministros. Nem todos achavam que a melhor solução era a pregada pelo magistrado. QUANTO PESA Alguns ministros acreditavam que o melhor seria apenas impedi-lo de assumir a Presidência da República caso Michel Temer viajasse, já que Cunha é réu na Operação Lava Jato. Outros iam além e defendiam a saída dele do cargo –mas não a suspensão do mandato. SUFOCO Com a liminar, Zavascki provocou "uma avalanche" que sufocou toda e qualquer possibilidade de divergência, segundo um integrante do Supremo. Ameaçado de ser atropelado por Marco Aurélio Mello, que anunciou estar pronto a divulgar seu relatório em outra ação sobre o mesmo tema, o ministro preferiu atropelar ele mesmo o colegiado. SERÁ QUE DÁ? Michel Temer tenta convencer empresários de que a união do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) com o Planejamento até que não seria um mau negócio. A resistência do setor, no entanto, é gigantesca. VOZ NAS ESTRADAS A cantora Sandy estreou a turnê "Meu Canto", que tem o marido dela, Lucas Lima, como diretor musical, na quinta (5). Os pais da cantora, Noely e Xororó, acompanharam a apresentação, no Tom Brasil. O músico Amon Lima, irmão de Lucas, também foi ao show. LARGADA Maratonista, o membro do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) Arnaldo Hossepian participa neste fim de semana de corrida na Suíça em prol da Unicef. O procurador de 54 anos, que representa os Ministérios Públicos estaduais no CNJ, intensificou os treinos em fevereiro para a prova, na busca de sua 12ª medalha. SEGUNDO TEMPO A atriz Claudia Raia vai encerrar na capital paulista a turnê do musical "Raia 30", depois de fazer 150 sessões em seis cidades. O espetáculo, que estreou em São Paulo em julho de 2015, volta a ficar em cartaz na cidade no dia 21 de maio, no Teatro Procópio Ferreira, para uma temporada de três semanas. DUPLA DINÂMICA A fotógrafa Claudia Andujar recebeu convidados como o ex-senador Eduardo Suplicy na abertura de sua exposição individual na terça (3), na Galeria Vermelho. A escritora Fernanda Young, que lançou seu livro "A Mão Esquerda de Vênus" na mesma ocasião, também recepcionou amigos como o publicitário Washington Olivetto, o apresentador Danilo Gentili e a atriz Monique Alfradique com o namorado, o empresário Gabriel Sala. O roteirista Alexandre Machado, marido de Fernanda, foi com uma das filhas do casal, Catarina. VOO SOLO Alfredo Volpi vai ganhar a primeira exposição individual em Londres no mês que vem. Mais de 30 obras do artista vão ficar na Cecília Brunsons Projects, como parte de uma parceria da galeria inglesa com a brasileira Almeida e Dale. O intercâmbio também levou em janeiro uma mostra de Claudio Tozzi para a capital britânica. CIDADE DO JAZZ KL Jay e Bixiga 70 vão fazer show gratuito na praça do Patriarca durante o Sampa Jazz Fest, que terá sua primeira edição a partir de 12 de maio. O evento também vai contar com exibições de filmes como "Hermeto Campeão", em uma sessão que vai homenagear o multi-instrumentista Hermeto Pascoal. CURTO-CIRCUITO O Jota Quest apresenta neste sábado (7) a "Pancadélico Tour" no Espaço das Américas, às 23h. O filme "O Começo da Vida", de Estela Renner, será exibido neste sábado (7), às 11h, no Cine Direitos Humanos, no Espaço Itaú da rua Frei Caneca. A peça "As Sombras de Dom Casmurro" estreia neste sábado (7), às 20h, temporada no Teatro Livraria da Vila do shopping JK Iguatemi. O espetáculo "Te Amo, Franco Roo!" estreia neste domingo (8), às 18h, no Satyros. O fotógrafo Ricardo Rojas abre neste sábado (7) a exposição "Metrô SP", na Uma/Raquel Davidowicz, na Vila Madalena. A 16ª Corrida e Caminhada do Graac é neste domingo (8), a partir das 7h, nas proximidades do parque Ibirapuera. com JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI
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Comércio aproveita aversão a perdas para estimular gastos do consumidor
Se você gosta de futebol, pense em uma situação frequente: se o seu time tem uma série de vitórias importantes, mas perde um clássico para o principal rival, sua insatisfação parece superar toda a alegria sentida antes. Mas por que uma única derrota pode ter um peso maior que uma sequência de vitórias? A resposta é simples: somos avessos a perdas. O dissabor de perder atua de modo muito mais forte em nós do que o prazer da vitória. Quando o assunto é dinheiro, essa aversão torna-se muito mais evidente. Para mostrar como tomamos decisões irracionais com mais frequência do que gostaríamos, o psicólogo e economista comportamental Dan Ariely fez um experimento em que as pessoas deveriam escolher entre ganhar um cupom de US$ 10 ou pagar US$ 7 por um com valor de US$ 20. Ainda que a segunda opção ofereça um cupom de maior valor, a maioria optou pelo primeiro, justamente pela intolerância à ideia de perder dinheiro. Parece melhor somar US$ 10 ao que já se tem do que desembolsar US$ 7 para ter um lucro de US$ 13. Já percebeu como você fica muito mais suscetível a gastar mais com seu cartão de crédito ou débito do que com dinheiro vivo? Isso também tem a ver com aversão a perdas. O cartão elimina o efeito visual de ver uma grande quantia de dinheiro saindo da carteira. Experimente fazer as compras do mês no supermercado e usar dinheiro vivo em vez do cartão e você provavelmente vai sentir um peso maior para efetuar o pagamento. Se este princípio funcionasse apenas dessa maneira, poderíamos frequentemente evitar gastos. A grande questão é que os estrategistas de marketing também conhecem esses mecanismos e sabem como aplicá-lo a favor do comércio. Quando você passeia por um shopping com várias lojas em liquidação, uma das estratégias usadas é montar promoções "válidas enquanto durar o estoque" ou "por tempo limitado". O efeito disso é criar em nós uma ansiedade para comprar o produto naquele momento. Ou acabamos com a sensação de estar perdendo uma oportunidade. Quando você notar que está prestes a ser fisgado por essa armadilha das promoções, avalie se a compra é mesmo uma oportunidade como está sendo oferecida pelo vendedor. Lembre-se que o seu time pode ser campeão mesmo tropeçando diante do rival, assim como você pode aproveitar chances muito melhores se mantiver o seu dinheiro no bolso ou aplicado, em vez de gastá-lo em uma compra impulsiva. No fim das contas, você não sai perdendo nada.
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Comércio aproveita aversão a perdas para estimular gastos do consumidorSe você gosta de futebol, pense em uma situação frequente: se o seu time tem uma série de vitórias importantes, mas perde um clássico para o principal rival, sua insatisfação parece superar toda a alegria sentida antes. Mas por que uma única derrota pode ter um peso maior que uma sequência de vitórias? A resposta é simples: somos avessos a perdas. O dissabor de perder atua de modo muito mais forte em nós do que o prazer da vitória. Quando o assunto é dinheiro, essa aversão torna-se muito mais evidente. Para mostrar como tomamos decisões irracionais com mais frequência do que gostaríamos, o psicólogo e economista comportamental Dan Ariely fez um experimento em que as pessoas deveriam escolher entre ganhar um cupom de US$ 10 ou pagar US$ 7 por um com valor de US$ 20. Ainda que a segunda opção ofereça um cupom de maior valor, a maioria optou pelo primeiro, justamente pela intolerância à ideia de perder dinheiro. Parece melhor somar US$ 10 ao que já se tem do que desembolsar US$ 7 para ter um lucro de US$ 13. Já percebeu como você fica muito mais suscetível a gastar mais com seu cartão de crédito ou débito do que com dinheiro vivo? Isso também tem a ver com aversão a perdas. O cartão elimina o efeito visual de ver uma grande quantia de dinheiro saindo da carteira. Experimente fazer as compras do mês no supermercado e usar dinheiro vivo em vez do cartão e você provavelmente vai sentir um peso maior para efetuar o pagamento. Se este princípio funcionasse apenas dessa maneira, poderíamos frequentemente evitar gastos. A grande questão é que os estrategistas de marketing também conhecem esses mecanismos e sabem como aplicá-lo a favor do comércio. Quando você passeia por um shopping com várias lojas em liquidação, uma das estratégias usadas é montar promoções "válidas enquanto durar o estoque" ou "por tempo limitado". O efeito disso é criar em nós uma ansiedade para comprar o produto naquele momento. Ou acabamos com a sensação de estar perdendo uma oportunidade. Quando você notar que está prestes a ser fisgado por essa armadilha das promoções, avalie se a compra é mesmo uma oportunidade como está sendo oferecida pelo vendedor. Lembre-se que o seu time pode ser campeão mesmo tropeçando diante do rival, assim como você pode aproveitar chances muito melhores se mantiver o seu dinheiro no bolso ou aplicado, em vez de gastá-lo em uma compra impulsiva. No fim das contas, você não sai perdendo nada.
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Baixas nas Farc afetam diálogo de paz entre a guerrilha e a Colômbia
As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) anunciaram nesta quarta-feira (27) que um ex-negociador de paz foi uma das vítimas do bombardeio aéreo que matou 27 guerrilheiros na última quinta-feira (21). A morte do guerrilheiro conhecido como Jairo Martínez, que participou dos diálogos com o governo em 2014, é a segunda baixa na cúpula da guerrilha em uma semana e deve prejudicar o diálogo iniciado em 2012 com o governo de Juan Manuel Santos. Segundo Pastor Alape, um dos negociadores das Farc em Cuba, o guerrilheiro morto, cujo nome verdadeiro era Pedro Nel Daza Narváez, estava em "missão de pedagogia de paz" no acampamento atingido pelo bombardeio em Guapí, no sudoeste do país. "Missão de pedagogia da paz" é como o grupo armado chama a preparação dos combatentes para o fim do conflito colombiano. Alape ainda acusou o Exército de usar força excessiva no ataque. Na versão do líder das Farc, alguns dos mortos foram baleados a curta distância e atingidos pelos militares enquanto pediam ajuda. A acusação foi negada pelo governo colombiano. Laudos do Instituto de Medicina Legal colombiano mostram que os membros das Farc foram atingidos por bombas atiradas dos aviões e disparos de metralhadoras também feitos do alto. A morte de Jairo Martínez é considerada pela imprensa colombiana a maior baixa nas Farc desde a morte de Alfonso Cano, então líder da guerrilha, em 2011. Ele foi chefe de segurança das Farc durante as negociações com o presidente Andrés Pastrana, iniciadas em 1998. O processo foi encerrado em 2002, quando as Farc sequestraram um avião para poder capturar o senador Jorge Eduardo Géchen. Martínez é um dos acusados pela Justiça de envolvimento na ação. Desde então, participou da entrega de diversos reféns, incluindo o do cinegrafistas francês Roméo Langlois, em 2012. Na segunda (25), as Farc perderam Román Ruiz, membro da liderança militar do grupo e braço direito de Pastor Alape. Ele foi morto em uma ação do Exército em Riosucio, no oeste colombiano. O canal de TV RCN informa que nesta ação poderia ter sido morto um terceiro dirigente das Farc, conhecido como Emiro Chaqueto. A informação, porém, não foi confirmada pelas autoridades até a conclusão desta edição. TEMPESTADE Apesar de qualificarem a situação como difícil, tanto o governo colombiano quanto as Farc apostam na continuidade do processo de paz. Pastor Alape defendeu o restabelecimento da confiança entre os dois lados da negociação. "Temos que sair desta turbulência para entregar ao povo colombiano um horizonte que nos permita chegar ao acordo final." Por sua vez, o presidente Juan Manuel Santos pediu às Forças Armadas que mantenham o pulso firme nos combates com a guerrilha. "Vamos perseverar, agora que estamos passando por uma tempestade no processo de paz, que espero que seja passageira", disse o mandatário. A tensão voltou a crescer após um período de calmaria nos combates, que levou o governo a suspender os ataques aéreos em março. A trégua foi rompida em abril, quando as Farc fizeram uma emboscada que deixou 11 militares mortos em um acampamento. Apesar de frequentes, os ataques não desmobilizaram o processo de paz — uma das bandeiras de Santos — para pôr fim ao conflito mais longevo da América Latina, que já dura mais de 50 anos.
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Baixas nas Farc afetam diálogo de paz entre a guerrilha e a ColômbiaAs Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) anunciaram nesta quarta-feira (27) que um ex-negociador de paz foi uma das vítimas do bombardeio aéreo que matou 27 guerrilheiros na última quinta-feira (21). A morte do guerrilheiro conhecido como Jairo Martínez, que participou dos diálogos com o governo em 2014, é a segunda baixa na cúpula da guerrilha em uma semana e deve prejudicar o diálogo iniciado em 2012 com o governo de Juan Manuel Santos. Segundo Pastor Alape, um dos negociadores das Farc em Cuba, o guerrilheiro morto, cujo nome verdadeiro era Pedro Nel Daza Narváez, estava em "missão de pedagogia de paz" no acampamento atingido pelo bombardeio em Guapí, no sudoeste do país. "Missão de pedagogia da paz" é como o grupo armado chama a preparação dos combatentes para o fim do conflito colombiano. Alape ainda acusou o Exército de usar força excessiva no ataque. Na versão do líder das Farc, alguns dos mortos foram baleados a curta distância e atingidos pelos militares enquanto pediam ajuda. A acusação foi negada pelo governo colombiano. Laudos do Instituto de Medicina Legal colombiano mostram que os membros das Farc foram atingidos por bombas atiradas dos aviões e disparos de metralhadoras também feitos do alto. A morte de Jairo Martínez é considerada pela imprensa colombiana a maior baixa nas Farc desde a morte de Alfonso Cano, então líder da guerrilha, em 2011. Ele foi chefe de segurança das Farc durante as negociações com o presidente Andrés Pastrana, iniciadas em 1998. O processo foi encerrado em 2002, quando as Farc sequestraram um avião para poder capturar o senador Jorge Eduardo Géchen. Martínez é um dos acusados pela Justiça de envolvimento na ação. Desde então, participou da entrega de diversos reféns, incluindo o do cinegrafistas francês Roméo Langlois, em 2012. Na segunda (25), as Farc perderam Román Ruiz, membro da liderança militar do grupo e braço direito de Pastor Alape. Ele foi morto em uma ação do Exército em Riosucio, no oeste colombiano. O canal de TV RCN informa que nesta ação poderia ter sido morto um terceiro dirigente das Farc, conhecido como Emiro Chaqueto. A informação, porém, não foi confirmada pelas autoridades até a conclusão desta edição. TEMPESTADE Apesar de qualificarem a situação como difícil, tanto o governo colombiano quanto as Farc apostam na continuidade do processo de paz. Pastor Alape defendeu o restabelecimento da confiança entre os dois lados da negociação. "Temos que sair desta turbulência para entregar ao povo colombiano um horizonte que nos permita chegar ao acordo final." Por sua vez, o presidente Juan Manuel Santos pediu às Forças Armadas que mantenham o pulso firme nos combates com a guerrilha. "Vamos perseverar, agora que estamos passando por uma tempestade no processo de paz, que espero que seja passageira", disse o mandatário. A tensão voltou a crescer após um período de calmaria nos combates, que levou o governo a suspender os ataques aéreos em março. A trégua foi rompida em abril, quando as Farc fizeram uma emboscada que deixou 11 militares mortos em um acampamento. Apesar de frequentes, os ataques não desmobilizaram o processo de paz — uma das bandeiras de Santos — para pôr fim ao conflito mais longevo da América Latina, que já dura mais de 50 anos.
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Câmara aprova projeto que acaba com símbolo de transgênico em rótulos
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira (28) projeto da bancada ruralista que acaba com o símbolo de identificação dos alimentos transgênicos, além de afrouxar as demais regras de rotulagem desses produtos. O texto, que vai agora para tramitação no Senado, exclui da Lei de Biossegurança e seus regulamentos a exigência da impressão de um "T" maiúsculo dentro de um triângulo amarelo nos alimentos que tenham presença de organismos geneticamente modificados em percentual superior a 1%. A regra já era bastante burlada e sua supressão é uma bandeira antiga da indústria alimentícia. O argumento defendido pela bancada ruralista é o de que o símbolo é um inibidor do consumo. O PT e outros partidos de esquerda tentaram barrar a proposta, mas foram derrotados. O texto principal do projeto, de autoria do deputado Luiz Carlos Heinze (PP-RS), passou por 320 votos contra 135. Pelo texto aprovado, também cai a exigência de que produtos derivados de animais alimentados com ração transgênica tenham esse alerta. O projeto mantém a exigência da informação da natureza transgênica dos alimentos produzidos a partir de organismos geneticamente modificados em índice superior a 1% de sua composição final, mas não padroniza a informação para o consumidor.
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Câmara aprova projeto que acaba com símbolo de transgênico em rótulosO plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira (28) projeto da bancada ruralista que acaba com o símbolo de identificação dos alimentos transgênicos, além de afrouxar as demais regras de rotulagem desses produtos. O texto, que vai agora para tramitação no Senado, exclui da Lei de Biossegurança e seus regulamentos a exigência da impressão de um "T" maiúsculo dentro de um triângulo amarelo nos alimentos que tenham presença de organismos geneticamente modificados em percentual superior a 1%. A regra já era bastante burlada e sua supressão é uma bandeira antiga da indústria alimentícia. O argumento defendido pela bancada ruralista é o de que o símbolo é um inibidor do consumo. O PT e outros partidos de esquerda tentaram barrar a proposta, mas foram derrotados. O texto principal do projeto, de autoria do deputado Luiz Carlos Heinze (PP-RS), passou por 320 votos contra 135. Pelo texto aprovado, também cai a exigência de que produtos derivados de animais alimentados com ração transgênica tenham esse alerta. O projeto mantém a exigência da informação da natureza transgênica dos alimentos produzidos a partir de organismos geneticamente modificados em índice superior a 1% de sua composição final, mas não padroniza a informação para o consumidor.
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Frederico Vasconcelos: OAB veta debate com magistrados
Advocacia vê discriminação: "A Ajufer jamais fez debate para o Quinto com juízes e com membros do MP". Sob o título "Democracia e Judiciário", a Associação dos Juízes Federais da 1ª Região (Ajufer) emitiu a seguinte nota na última sexta-feira ... Leia post completo no blog
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Frederico Vasconcelos: OAB veta debate com magistradosAdvocacia vê discriminação: "A Ajufer jamais fez debate para o Quinto com juízes e com membros do MP". Sob o título "Democracia e Judiciário", a Associação dos Juízes Federais da 1ª Região (Ajufer) emitiu a seguinte nota na última sexta-feira ... Leia post completo no blog
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CBF diz que lesão muscular tirou Oscar da seleção brasileira na Copa América
O coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi, afirmou que o meia-atacante Oscar, do Chelsea, ficou fora da lista de convocados para a Copa América em razão de uma lesão muscular. "Mourinho [técnico do Chelsea] ligou dois dias atrás e passou informações para a gente. A lesão foi no músculo do chute. A recuperação dessa lesão é muito grande, não vai dar para a Copa América", explicou Rinaldi. Oscar usou sua conta no Instagram e afirmou estar muito triste por ficar de fora da competição. "Estou muito triste por não poder defender meu país na Copa América, por conta dessa lesão. Estarei na torcida para que meus companheiros possam trazer esse título para nós!! Obrigado a todos pelo carinho e pelas mensagens recebidas, logo estarei de volta!!", escreveu. Oscar esteve entre os 11 titulares em sete das oito partidas que Dunga comandou a seleção brasileira nesta segunda passagem. Ficou fora apenas no último, contra o Chile, em Londres, porque o técnico quis testar outros atletas e colocou em campo uma equipe com "reservas". Em seu lugar foi convocado Everton Ribeiro, ex-Cruzeiro, atualmente no Al-Ahli, dos Emirados Árabes, mas o meia não é o favorito para ocupar o lugar de Oscar. O preferido é Philippe Coutinho, 22, destaque do Liverpool nesta temporada, que esteve em todas as convocações de Dunga até o momento. Contra o Chile, foi testado no lugar de Oscar, e agradou. A Copa América será realizada no Chile entre os dias 11 de junho a 5 de julho. O Brasil está no Grupo C da Copa América, ao lado de Colômbia, Peru e Venezuela. A estreia está marcada para o dia 14 de junho, contra os peruanos. Em seguida, a seleção encara a Colômbia, no dia 17, e a Venezuela, no dia 21. Antes da competição, porém, o Brasil fará dois amistosos. Primeiro contra o México, em 7 de junho, no estádio do Palmeiras, em São Paulo, e depois contra o Honduras, contra Honduras, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, no dia 10 de junho. CONFIRA A LISTA DOS CONVOCADOS PARA A COPA AMÉRICA GOLEIROS Jefferson (Botafogo) Diego Alves (Valencia) Marcelo Grohe (Grêmio) LATERAIS Danilo (Porto) Fabinho (Monaco) Filipe Luís (Chelsea) Marcelo (Real Madrid) ZAGUEIROS Miranda (Atlético de Madri) David Luiz (PSG) Marquinhos (PSG) Thiago Silva (PSG) VOLANTES Luiz Gustavo (Wolfsburg) Fernandinho (Manchester City) Elias (Corinthians) Casemiro (Porto) MEIAS Willian (Chelsea) Philippe Coutinho (Liverpool) Douglas Costa (Shakhtar Donetsk) Everton Ribeiro (Al-Ahli) ATACANTES Neymar (Barcelona) Diego Tardelli (Shandong Luneng) Robinho (Santos) Firmino (Hoffenheim)
esporte
CBF diz que lesão muscular tirou Oscar da seleção brasileira na Copa AméricaO coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi, afirmou que o meia-atacante Oscar, do Chelsea, ficou fora da lista de convocados para a Copa América em razão de uma lesão muscular. "Mourinho [técnico do Chelsea] ligou dois dias atrás e passou informações para a gente. A lesão foi no músculo do chute. A recuperação dessa lesão é muito grande, não vai dar para a Copa América", explicou Rinaldi. Oscar usou sua conta no Instagram e afirmou estar muito triste por ficar de fora da competição. "Estou muito triste por não poder defender meu país na Copa América, por conta dessa lesão. Estarei na torcida para que meus companheiros possam trazer esse título para nós!! Obrigado a todos pelo carinho e pelas mensagens recebidas, logo estarei de volta!!", escreveu. Oscar esteve entre os 11 titulares em sete das oito partidas que Dunga comandou a seleção brasileira nesta segunda passagem. Ficou fora apenas no último, contra o Chile, em Londres, porque o técnico quis testar outros atletas e colocou em campo uma equipe com "reservas". Em seu lugar foi convocado Everton Ribeiro, ex-Cruzeiro, atualmente no Al-Ahli, dos Emirados Árabes, mas o meia não é o favorito para ocupar o lugar de Oscar. O preferido é Philippe Coutinho, 22, destaque do Liverpool nesta temporada, que esteve em todas as convocações de Dunga até o momento. Contra o Chile, foi testado no lugar de Oscar, e agradou. A Copa América será realizada no Chile entre os dias 11 de junho a 5 de julho. O Brasil está no Grupo C da Copa América, ao lado de Colômbia, Peru e Venezuela. A estreia está marcada para o dia 14 de junho, contra os peruanos. Em seguida, a seleção encara a Colômbia, no dia 17, e a Venezuela, no dia 21. Antes da competição, porém, o Brasil fará dois amistosos. Primeiro contra o México, em 7 de junho, no estádio do Palmeiras, em São Paulo, e depois contra o Honduras, contra Honduras, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, no dia 10 de junho. CONFIRA A LISTA DOS CONVOCADOS PARA A COPA AMÉRICA GOLEIROS Jefferson (Botafogo) Diego Alves (Valencia) Marcelo Grohe (Grêmio) LATERAIS Danilo (Porto) Fabinho (Monaco) Filipe Luís (Chelsea) Marcelo (Real Madrid) ZAGUEIROS Miranda (Atlético de Madri) David Luiz (PSG) Marquinhos (PSG) Thiago Silva (PSG) VOLANTES Luiz Gustavo (Wolfsburg) Fernandinho (Manchester City) Elias (Corinthians) Casemiro (Porto) MEIAS Willian (Chelsea) Philippe Coutinho (Liverpool) Douglas Costa (Shakhtar Donetsk) Everton Ribeiro (Al-Ahli) ATACANTES Neymar (Barcelona) Diego Tardelli (Shandong Luneng) Robinho (Santos) Firmino (Hoffenheim)
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Maternar: Em dias de calor, quem precisa de água é a mãe, e não o bebê de peito
Os dias estão cada vez mais quentes e as mães que amamentam vez ou outra podem se perguntar se não devem oferecer água para o bebê. Se ele mamar exclusivamente no peito, não. A coordenadora-técnica do Hospital Santa Joana,  Helenilce... Leia post completo no blog
cotidiano
Maternar: Em dias de calor, quem precisa de água é a mãe, e não o bebê de peitoOs dias estão cada vez mais quentes e as mães que amamentam vez ou outra podem se perguntar se não devem oferecer água para o bebê. Se ele mamar exclusivamente no peito, não. A coordenadora-técnica do Hospital Santa Joana,  Helenilce... Leia post completo no blog
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Pasolini registra visão humanista de Jesus Cristo em longa de 1964
No próximo domingo (28), a Coleção Folha Grandes Biografias no Cinema lança seu quinto volume: "O Evangelho Segundo São Mateus", de Pier Paolo Pasolini. O longa-metragem de 1964, vencedor do o prêmio do júri no Festival de Veneza daquele ano, tem a marca dos filmes da primeira fase do cineasta italiano: uma associação entre crença católica e ideologia marxista. Ateu declarado, Pasolini reconta a vida de Jesus desde seu nascimento até sua ressurreição. Mas o faz de modo a humanizar a figura sacralizada de Cristo. A intenção do cineasta era ser mais próximo do texto bíblico e da realidade da época e da região. Buscou elenco e paisagens mais conformes daquele tempo —escalou trabalhadores locais para atuarem como figurantes. Para o papel de Jesus, selecionou o estudante espanhol Enrique Irazoqui, uma tentativa de dar nova face à cristalizada imagem cristã. Na cena da crucificação, Maria é interpretada pela mãe do própria diretor. O volume da série Grandes Biografias no Cinema —que traz semanalmente, em DVD, um filme sobre uma personalidade da história— custa R$ 19,90 e vem acompanhado de um livro sobre a obra.
ilustrada
Pasolini registra visão humanista de Jesus Cristo em longa de 1964No próximo domingo (28), a Coleção Folha Grandes Biografias no Cinema lança seu quinto volume: "O Evangelho Segundo São Mateus", de Pier Paolo Pasolini. O longa-metragem de 1964, vencedor do o prêmio do júri no Festival de Veneza daquele ano, tem a marca dos filmes da primeira fase do cineasta italiano: uma associação entre crença católica e ideologia marxista. Ateu declarado, Pasolini reconta a vida de Jesus desde seu nascimento até sua ressurreição. Mas o faz de modo a humanizar a figura sacralizada de Cristo. A intenção do cineasta era ser mais próximo do texto bíblico e da realidade da época e da região. Buscou elenco e paisagens mais conformes daquele tempo —escalou trabalhadores locais para atuarem como figurantes. Para o papel de Jesus, selecionou o estudante espanhol Enrique Irazoqui, uma tentativa de dar nova face à cristalizada imagem cristã. Na cena da crucificação, Maria é interpretada pela mãe do própria diretor. O volume da série Grandes Biografias no Cinema —que traz semanalmente, em DVD, um filme sobre uma personalidade da história— custa R$ 19,90 e vem acompanhado de um livro sobre a obra.
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91% dos brasileiros querem 'exame da ordem' para médicos, mostra pesquisa
Nove em cada dez brasileiros desejam que os médicos passem por um "exame da ordem" antes de ingressar no mercado de trabalho, como ocorre hoje com advogados. É o que revela pesquisa Datafolha com 4.060 pessoas de todas as regiões do país, encomendada pela APM (Associação Paulista de Medicina). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Segundo o levantamento, só 22% dos entrevistados consideram que a qualificação dos médicos tenha melhorado nos últimos anos. Aplicação de exames para médicos recém-formados - A percepção de piora tende a ser maior nas regiões metropolitanas do que no interior (42% contra 31%). A aplicação de um exame como o da ordem não é consenso. O Ministério da Educação e o CFM (Conselho Federal de Medicina) defendem que os alunos sejam avaliados periodicamente durante o curso, não no final. O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) aplica há 11 anos um teste para os recém-formados em medicina no Estado de São Paulo. Nesse período, a taxa de reprovação tem sido acima de 50%. Apesar de ser exame obrigatório para obtenção do registro do conselho, mesmo quem vai mal nele não é impedido de exercer a profissão. O conselho não pode, por força de lei, condicionar o registro ao resultado da prova. Para isso, seria preciso alterar a legislação federal. Qualificação dos médicos brasileiros - No Estado de São Paulo, várias instituições passaram a utilizar o exame do Cremesp como critério para o ingresso na residência médica e no mercado de trabalho. "É um exame reconhecido nacionalmente, apoiado pela população e que tem colocado na deriva os conselhos médicos contra", afirma o cardiologista Bráulio Luna Filho, presidente do Cremesp. Para Florisval Meinão, presidente da APM, o exame paulista tem mostrado que a formação médica é um problema muito sério. "E que tende a piorar com a abertura desenfreada de novas escolas médicas sem as menores condições", afirma. Para ele, é urgente que o país institua um exame no final do curso, a exemplo do que fazem os Estados Unidos e países da Europa. MINISTÉRIO Em nota, o Ministério da Educação informou que, a partir do segundo semestre de 2016, todos os estudantes de medicina do país deverão realizar uma prova progressiva no 2º, 4º e 6º anos. "Os exames terminais [como o do Cremesp] responsabilizam unicamente o estudante por eventuais problemas no aprendizado, não gerando impacto para os processos de avaliação da instituição de ensino. Os exames de progresso resolvem o problema na fonte." Aplicação de exame para médicos estrangeiros atuando no Brasil - Eles também serão critério classificatório para a seleção dos programas de residência médica, com previsão de acesso a partir de 2019. O ministério diz que os cursos de medicina do país também passarão por processos de avaliação externa a partir de março de 2016.
cotidiano
91% dos brasileiros querem 'exame da ordem' para médicos, mostra pesquisaNove em cada dez brasileiros desejam que os médicos passem por um "exame da ordem" antes de ingressar no mercado de trabalho, como ocorre hoje com advogados. É o que revela pesquisa Datafolha com 4.060 pessoas de todas as regiões do país, encomendada pela APM (Associação Paulista de Medicina). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Segundo o levantamento, só 22% dos entrevistados consideram que a qualificação dos médicos tenha melhorado nos últimos anos. Aplicação de exames para médicos recém-formados - A percepção de piora tende a ser maior nas regiões metropolitanas do que no interior (42% contra 31%). A aplicação de um exame como o da ordem não é consenso. O Ministério da Educação e o CFM (Conselho Federal de Medicina) defendem que os alunos sejam avaliados periodicamente durante o curso, não no final. O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) aplica há 11 anos um teste para os recém-formados em medicina no Estado de São Paulo. Nesse período, a taxa de reprovação tem sido acima de 50%. Apesar de ser exame obrigatório para obtenção do registro do conselho, mesmo quem vai mal nele não é impedido de exercer a profissão. O conselho não pode, por força de lei, condicionar o registro ao resultado da prova. Para isso, seria preciso alterar a legislação federal. Qualificação dos médicos brasileiros - No Estado de São Paulo, várias instituições passaram a utilizar o exame do Cremesp como critério para o ingresso na residência médica e no mercado de trabalho. "É um exame reconhecido nacionalmente, apoiado pela população e que tem colocado na deriva os conselhos médicos contra", afirma o cardiologista Bráulio Luna Filho, presidente do Cremesp. Para Florisval Meinão, presidente da APM, o exame paulista tem mostrado que a formação médica é um problema muito sério. "E que tende a piorar com a abertura desenfreada de novas escolas médicas sem as menores condições", afirma. Para ele, é urgente que o país institua um exame no final do curso, a exemplo do que fazem os Estados Unidos e países da Europa. MINISTÉRIO Em nota, o Ministério da Educação informou que, a partir do segundo semestre de 2016, todos os estudantes de medicina do país deverão realizar uma prova progressiva no 2º, 4º e 6º anos. "Os exames terminais [como o do Cremesp] responsabilizam unicamente o estudante por eventuais problemas no aprendizado, não gerando impacto para os processos de avaliação da instituição de ensino. Os exames de progresso resolvem o problema na fonte." Aplicação de exame para médicos estrangeiros atuando no Brasil - Eles também serão critério classificatório para a seleção dos programas de residência médica, com previsão de acesso a partir de 2019. O ministério diz que os cursos de medicina do país também passarão por processos de avaliação externa a partir de março de 2016.
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Em nota, Dilma destaca participação 'decisiva' do Brasil no Acordo de Paris
A presidente Dilma Rousseff destacou, em comunicado, a participação "decisiva" do Brasil no acordo alcançado na COP21, conferência do clima da ONU em Paris, e classificou o texto como "justo e ambicioso". O acordo, que, segundo Dilma, "define uma nova fase da luta contra a mudança do clima", obriga pela primeira vez todos os países signatários da Convenção do Clima (1992) a adotar medidas de combate ao aquecimento global. O chamado Acordo de Paris (leia a íntegra em inglês) estabelece que a temperatura global, a partir de agora, só poderá subir até um teto de "bem menos" de 2°C, na direção de 1,5°C. "O acordo alcançado, com a decisiva participação do Brasil, guia-se pelos princípios da Convenção de Mudança do Clima e respeita a diferenciação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento", disse a presidente. "Norteiam o Acordo de Paris os princípios da progressão, do não retrocesso, da flexibilidade, da diferenciação e da transparência." Dilma destaca que o texto prevê, "de forma equilibrada", dispositivos de mitigação e adaptação, e as necessidades de financiamento, de capacitação nacional e de transferência de tecnologia aos países em desenvolvimento. O acordo indica US$ 100 bilhões (R$ 378 bilhões) por ano como piso da ajuda dos países ricos aos mais pobres até 2025 e determina calendário de procedimentos, incluindo o balanço global das metas nacionais a cada cinco anos. Por outro lado, não transforma em obrigatório o cumprimento das promessas de cada país para cortar emissões de carbono. Na leitura do governo brasileiro, contudo, o texto "respeita a soberania nacional, facilita as ações nacionais e seu acompanhamento sem ser intrusivo ou punitivo". SUL-SUL No comunicado, a presidente celebra que os países desenvolvidos "deverão prover recursos financeiros para as ações nos países em desenvolvimento". "O Acordo de Paris fomenta, também, a possibilidade de apoio voluntário entre países em desenvolvimento, o que permitirá que o Brasil continue a promover a cooperação sul-sul", diz. O argumento de que o país já coopera com outras nações em desenvolvimento é um dos principais para que o Brasil resista a não colaborar com o fundo dos países desenvolvidos. Um levantamento feito pela Folha nos ministérios do Meio Ambiente, da Agricultura e de Minas e Energia, além do BNDES e da ABC (Agência Brasileira de Cooperação, ligada ao Itamaraty), no entanto, mostra que quase 90% dos US$ 55,5 milhões que o Brasil gastou em 21 projetos desde 2011 para ajudar países latino-americanos e africanos a combater os efeitos das mudanças climáticas vem de doações de fora. Do montante, US$ 48,9 milhões –ou 88%– vêm do Fundo Amazônia, que é formado quase que exclusivamente (99,3%) por doações dos governos da Noruega e da Alemanha. Os programas incluem projetos como gestão de recursos hídricos e de resíduos sólidos, de manejo sustentável de florestas e de zoneamento agroecológico. Mais cedo, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que chefia a delegação brasileira em Paris e atuou como um dos facilitadores para destravar as negociações, disse que o acordo "reflete todas as posições que o governo brasileiro defendeu". Izabella disse que a presidente Dilma ficou "radiante" com o resultado da COP21: "Viemos com o melhor do time da diplomacia. Acabei de falar com a presidente da República, está radiante. Trabalhamos muito e fomos atendidos em tudo o que Brasil teve de posições". E brincou: "Só temos que tomar champanhe com caipirinha hoje, quem quiser. Eu quero dormir". "Estamos muito satisfeitos, não é um trabalho só deste ano, é um processo. Viemos aqui para apresentar soluções. É um trabalho de todos, não só de um país. Isso mostra que precisamos de mais de 190 países juntos", disse. ACORDO DE PARIS SOBRE CLIMA
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Em nota, Dilma destaca participação 'decisiva' do Brasil no Acordo de ParisA presidente Dilma Rousseff destacou, em comunicado, a participação "decisiva" do Brasil no acordo alcançado na COP21, conferência do clima da ONU em Paris, e classificou o texto como "justo e ambicioso". O acordo, que, segundo Dilma, "define uma nova fase da luta contra a mudança do clima", obriga pela primeira vez todos os países signatários da Convenção do Clima (1992) a adotar medidas de combate ao aquecimento global. O chamado Acordo de Paris (leia a íntegra em inglês) estabelece que a temperatura global, a partir de agora, só poderá subir até um teto de "bem menos" de 2°C, na direção de 1,5°C. "O acordo alcançado, com a decisiva participação do Brasil, guia-se pelos princípios da Convenção de Mudança do Clima e respeita a diferenciação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento", disse a presidente. "Norteiam o Acordo de Paris os princípios da progressão, do não retrocesso, da flexibilidade, da diferenciação e da transparência." Dilma destaca que o texto prevê, "de forma equilibrada", dispositivos de mitigação e adaptação, e as necessidades de financiamento, de capacitação nacional e de transferência de tecnologia aos países em desenvolvimento. O acordo indica US$ 100 bilhões (R$ 378 bilhões) por ano como piso da ajuda dos países ricos aos mais pobres até 2025 e determina calendário de procedimentos, incluindo o balanço global das metas nacionais a cada cinco anos. Por outro lado, não transforma em obrigatório o cumprimento das promessas de cada país para cortar emissões de carbono. Na leitura do governo brasileiro, contudo, o texto "respeita a soberania nacional, facilita as ações nacionais e seu acompanhamento sem ser intrusivo ou punitivo". SUL-SUL No comunicado, a presidente celebra que os países desenvolvidos "deverão prover recursos financeiros para as ações nos países em desenvolvimento". "O Acordo de Paris fomenta, também, a possibilidade de apoio voluntário entre países em desenvolvimento, o que permitirá que o Brasil continue a promover a cooperação sul-sul", diz. O argumento de que o país já coopera com outras nações em desenvolvimento é um dos principais para que o Brasil resista a não colaborar com o fundo dos países desenvolvidos. Um levantamento feito pela Folha nos ministérios do Meio Ambiente, da Agricultura e de Minas e Energia, além do BNDES e da ABC (Agência Brasileira de Cooperação, ligada ao Itamaraty), no entanto, mostra que quase 90% dos US$ 55,5 milhões que o Brasil gastou em 21 projetos desde 2011 para ajudar países latino-americanos e africanos a combater os efeitos das mudanças climáticas vem de doações de fora. Do montante, US$ 48,9 milhões –ou 88%– vêm do Fundo Amazônia, que é formado quase que exclusivamente (99,3%) por doações dos governos da Noruega e da Alemanha. Os programas incluem projetos como gestão de recursos hídricos e de resíduos sólidos, de manejo sustentável de florestas e de zoneamento agroecológico. Mais cedo, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que chefia a delegação brasileira em Paris e atuou como um dos facilitadores para destravar as negociações, disse que o acordo "reflete todas as posições que o governo brasileiro defendeu". Izabella disse que a presidente Dilma ficou "radiante" com o resultado da COP21: "Viemos com o melhor do time da diplomacia. Acabei de falar com a presidente da República, está radiante. Trabalhamos muito e fomos atendidos em tudo o que Brasil teve de posições". E brincou: "Só temos que tomar champanhe com caipirinha hoje, quem quiser. Eu quero dormir". "Estamos muito satisfeitos, não é um trabalho só deste ano, é um processo. Viemos aqui para apresentar soluções. É um trabalho de todos, não só de um país. Isso mostra que precisamos de mais de 190 países juntos", disse. ACORDO DE PARIS SOBRE CLIMA
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'Nós cunhamos o termo 'medicina diagnóstica'', diz presidente do Fleury
DE SÃO PAULO Carlos Marinelli é presidente do grupo Fleury em São Paulo, empresa que empatou com Lavoisier e Delboni entre os laboratórios de análises clínicas em São Paulo. Como nasceu o Fleury? Foi fundado em 1926. Um dos criadores foi Gastão Fleury, que recebia as pessoas sempre com um cafezinho. O nome surgiu com a mania de pegar um táxi para fazer consulta com o Gastão e dizer: 'Vou lá no Fleury!'. O taxista já sabia aonde ir. Cite um grande feito do Fleury. Nós fomos os primeiros a cunhar o termo "medicina diagnóstica", na década de 1980. Não fazíamos mais só análises clínicas. Qual é o público do laboratório? Chamamos a marca de "premium", em oposição a outras do grupo que têm um perfil "intermediário alto". Naturalmente, nos relacionamos com a classe A. Mesmo assim, muitas vezes pessoas das classes B ou C acabam nos procurando, porque temos exames com metodologias que só nós fazemos, como os oncológicos. Haverá novos investimentos? Até 2016, vamos investir R$ 150 milhões. Vamos criar uma unidade que deve atender a todas as demandas de exames da saúde feminina.
saopaulo
'Nós cunhamos o termo 'medicina diagnóstica'', diz presidente do FleuryDE SÃO PAULO Carlos Marinelli é presidente do grupo Fleury em São Paulo, empresa que empatou com Lavoisier e Delboni entre os laboratórios de análises clínicas em São Paulo. Como nasceu o Fleury? Foi fundado em 1926. Um dos criadores foi Gastão Fleury, que recebia as pessoas sempre com um cafezinho. O nome surgiu com a mania de pegar um táxi para fazer consulta com o Gastão e dizer: 'Vou lá no Fleury!'. O taxista já sabia aonde ir. Cite um grande feito do Fleury. Nós fomos os primeiros a cunhar o termo "medicina diagnóstica", na década de 1980. Não fazíamos mais só análises clínicas. Qual é o público do laboratório? Chamamos a marca de "premium", em oposição a outras do grupo que têm um perfil "intermediário alto". Naturalmente, nos relacionamos com a classe A. Mesmo assim, muitas vezes pessoas das classes B ou C acabam nos procurando, porque temos exames com metodologias que só nós fazemos, como os oncológicos. Haverá novos investimentos? Até 2016, vamos investir R$ 150 milhões. Vamos criar uma unidade que deve atender a todas as demandas de exames da saúde feminina.
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Secretária fez parte de 'articulação criminosa', diz Procuradoria
Prestes a assumir a Secretaria de Políticas para as Mulheres, a ex-deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP) é apontada em investigação do Ministério Público Federal como integrante de uma "articulação criminosa" para desviar R$ 4 milhões de suas emendas parlamentares. Um relatório da Procuradoria-Geral da República dá mais detalhes da suspeita de envolvimento dela no esquema desmantelado pela Operação Voucher, em 2011. Na época, o nome de Pelaes foi citado no escândalo ligado a uma ONG fantasma que havia celebrado convênio com o Ministério do Turismo dois anos antes. Sua nomeação para a Secretaria das Mulheres, vinculada ao Ministério da Justiça, está prevista para ocorrer nos próximos dias, mas ela já participou de reuniões no governo de Michel Temer. O inquérito aberto em 2013 pelo STF (Supremo Tribunal Federal) foi devolvido à Justiça Federal do Amapá no ano passado depois que Pelaes deixou de ser deputada. As investigações estão em andamento. Os sigilos fiscal, bancário e telefônico de Pelaes foram quebrados. Nos autos está o pedido de abertura de investigação feito em 30 de novembro de 2012 pelo então procurador-geral da República, Roberto Gurgel. "Toda essa articulação criminosa contou com a participação da deputada federal Fátima Pelaes, que constantemente se reunia com servidores do Ministério do Turismo para agilizar a liberação das verbas do convênio", diz o documento. Segundo a investigação, Pelaes indicou uma ONG fantasma chamada Ibrasi para receber R$ 4 milhões de suas emendas para promover o turismo no Amapá. Na época, quatro depoimentos a apontaram como beneficiária de parte do dinheiro. Segundo a PGR, "é razoável supor que o objeto inicial da celebração do convênio era o desvio e a apropriação dos R$ 4 milhões". "A parlamentar [Pelaes] teria ainda escolhido as pessoas que ministrariam os cursos oferecidos no âmbito do convênio, que aparentemente sequer foram realizados", diz a Procuradoria. "Tais pessoas teriam sido selecionadas para que, caso fosse apurada a não realização dos cursos, pudessem falsamente testemunhar afirmando terem efetivamente trabalhado", ressalta. Questionada pela Folha, Pelaes respondeu, por meio da assessoria: "Eu confio no trabalho da polícia e da Justiça e estou tranquila de que tudo será esclarecido". A Operação Voucher expediu 38 mandados de prisão em agosto de 2011 e o caso de Pelaes foi remetido ao STF por causa do foro privilegiado. A investigação partiu de uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) apontando que a ONG não tinha condições mínimas de executar o contrato. Listas de prestadores de serviço, por exemplo, foram "forjadas mediante a participação de empresas fantasmas". Ações penais tramitam desde 2011 na Justiça Federal no Amapá contra pessoas vinculadas à ONG e ao Ministério do Turismo na época da celebração do convênio. O inquérito sobre Fátima Pelaes poderá se transformar em denúncia à Justiça ou ser arquivado.
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Secretária fez parte de 'articulação criminosa', diz ProcuradoriaPrestes a assumir a Secretaria de Políticas para as Mulheres, a ex-deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP) é apontada em investigação do Ministério Público Federal como integrante de uma "articulação criminosa" para desviar R$ 4 milhões de suas emendas parlamentares. Um relatório da Procuradoria-Geral da República dá mais detalhes da suspeita de envolvimento dela no esquema desmantelado pela Operação Voucher, em 2011. Na época, o nome de Pelaes foi citado no escândalo ligado a uma ONG fantasma que havia celebrado convênio com o Ministério do Turismo dois anos antes. Sua nomeação para a Secretaria das Mulheres, vinculada ao Ministério da Justiça, está prevista para ocorrer nos próximos dias, mas ela já participou de reuniões no governo de Michel Temer. O inquérito aberto em 2013 pelo STF (Supremo Tribunal Federal) foi devolvido à Justiça Federal do Amapá no ano passado depois que Pelaes deixou de ser deputada. As investigações estão em andamento. Os sigilos fiscal, bancário e telefônico de Pelaes foram quebrados. Nos autos está o pedido de abertura de investigação feito em 30 de novembro de 2012 pelo então procurador-geral da República, Roberto Gurgel. "Toda essa articulação criminosa contou com a participação da deputada federal Fátima Pelaes, que constantemente se reunia com servidores do Ministério do Turismo para agilizar a liberação das verbas do convênio", diz o documento. Segundo a investigação, Pelaes indicou uma ONG fantasma chamada Ibrasi para receber R$ 4 milhões de suas emendas para promover o turismo no Amapá. Na época, quatro depoimentos a apontaram como beneficiária de parte do dinheiro. Segundo a PGR, "é razoável supor que o objeto inicial da celebração do convênio era o desvio e a apropriação dos R$ 4 milhões". "A parlamentar [Pelaes] teria ainda escolhido as pessoas que ministrariam os cursos oferecidos no âmbito do convênio, que aparentemente sequer foram realizados", diz a Procuradoria. "Tais pessoas teriam sido selecionadas para que, caso fosse apurada a não realização dos cursos, pudessem falsamente testemunhar afirmando terem efetivamente trabalhado", ressalta. Questionada pela Folha, Pelaes respondeu, por meio da assessoria: "Eu confio no trabalho da polícia e da Justiça e estou tranquila de que tudo será esclarecido". A Operação Voucher expediu 38 mandados de prisão em agosto de 2011 e o caso de Pelaes foi remetido ao STF por causa do foro privilegiado. A investigação partiu de uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) apontando que a ONG não tinha condições mínimas de executar o contrato. Listas de prestadores de serviço, por exemplo, foram "forjadas mediante a participação de empresas fantasmas". Ações penais tramitam desde 2011 na Justiça Federal no Amapá contra pessoas vinculadas à ONG e ao Ministério do Turismo na época da celebração do convênio. O inquérito sobre Fátima Pelaes poderá se transformar em denúncia à Justiça ou ser arquivado.
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Após ocupações de escolas estaduais de SP, número de grêmios cresce 45%
Depois de protestos de estudantes por merenda e contra a reorganização escolar, neste ano e no fim do ano passado, o número de grêmios nas escolas estaduais de SP cresceu 45%. * Hoje, 4.515 das instituições -o que é cerca de 90% delas- têm associação eleita pelos estudantes, segundo a Secretaria Estadual de Educação. Em 2015, os grêmios estavam em 3.100 escolas. Leia a coluna completa aqui
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Após ocupações de escolas estaduais de SP, número de grêmios cresce 45%Depois de protestos de estudantes por merenda e contra a reorganização escolar, neste ano e no fim do ano passado, o número de grêmios nas escolas estaduais de SP cresceu 45%. * Hoje, 4.515 das instituições -o que é cerca de 90% delas- têm associação eleita pelos estudantes, segundo a Secretaria Estadual de Educação. Em 2015, os grêmios estavam em 3.100 escolas. Leia a coluna completa aqui
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Tenistas brasileiros revelam histórias e se provocam com perguntas
Marcelo Melo, 31, e Bruno Soares, 32, concentram as maiores expectativas de título nacional no Aberto do Brasil, nesta semana, em São Paulo. Terceiro e 11º colocados no ranking de duplas da ATP (Associação de Tenistas Profissionais), respectivamente, eles estão separados (cada um com um parceiro austríaco) e de um lado oposto ao outro na chave no torneio. Assim, os amigos mineiros que defendem o Brasil na Copa Davis e são favoritos a uma medalha na Olimpíada do Rio, podem até fazer a final neste domingo em São Paulo. Melo, com Julian Knowle, venceu a dupla formada pelo italiano Fabio Fognini e o espanhol Nicolás Almagro, nesta terça (10) por 2 sets a 1 (parciais de 4/6, 6/3 e 10/5 no match-tiebreak). Já Soares, ao lado de Alexander Peya, estreia nesta quarta-feira, às 19 horas, contra o italiano Paolo Lorenzi e o argentino Diego Schwartzman. A convite da Folha, Melo (bicampeão do torneio) fez quatro perguntas ao parceiro Soares (maior vencedor em duplas com três títulos no Brasil Open). Depois, Soares devolveu com duas para Melo. Nesse bate-bola, falaram de mulheres, possíveis parcerias e recordaram histórias que o outro gostaria de esquecer. * MARCELO MELO: É verdade que você ficou três dias sem comer sal para ficar mais definido? BRUNO SOARES: Ele lembra disso? É verdade. Faz muito tempo, eu era pequeno, devia ter uns 17 anos. Eu li isso em alguma reportagem e, como estava na pré-temporada, fiquei três dias sem comer sal. Cortei, mas não adiantou nada. Era verão, e eu como muita salada. Eu não temperava com sal e ficava esquisito. No terceiro dia não aguentei mais e não adiantou p... nenhuma, para falar a verdade. Nunca mais, melhor comer direitinho, com nutricionista. Assim mantenho a forma. MARCELO MELO: Qual seria o jogo de duplas dos sonhos para assistir? BRUNO SOARES: Os Bryan [irmãos gêmeos americanos, dupla número 1 do mundo] contra Roger Federer e Rafael Nadal. Melhores de um lado contra melhores do outro. Se jogarem dez vezes, em diferentes pisos, acho que os Bryan são favotitos: 60% a 40%. Seria 7 a 3 ou 6 a 4 para eles. MARCELO MELO: Qual jogador da história você gostaria de ter tido como parceiro? BRUNO SOARES: O melhor jogador de duplas que já vi: Daniel Nestor [do Canadá]. Seria o parceiro ideal porque eu acho ele o melhor da história. Quando cheguei no circuito em 2008 ele era "injogável". MARCELO MELO: Quanto seria um set de simples seu contra a americana Serena Williams, número 1 do mundo? BRUNO SOARES: Eu ganharia. Ficaria muito surpreso se eu perdesse um set para ela. Obviamente, pode acontecer [a derrota]. Se jogar dez vezes eu ganharia a grande maioria. Já treinei com várias meninas, já treinei com a Serena, mas nunca jogamos contra. É outro jogo, a movimentação e a força.. se bem que a Serena tem força. Mas os homens são bem mais rápidos. BRUNO SOARES: Quem seria a parceira de duplas mistas ideal para você? Por quê? A pergunta é pensando não-tenisticamente... MARCELO MELO: Ele quer me botar em problema? Se bem que estou solteiro, não tem problema. É... Eu diria... com a Ana Ivanovic [sérvia de 27 anos]. Seria uma bela parceira para jogar uma mistinha. Ela seria a número um da lista, não tenisticamente falando... BRUNO SOARES: Como foi a experiência de jogar 12 futures [torneios do menor escalão do tênis] no saibro na Itália? MARCELO MELO: Fui jogar um interclubes e perdi as 12 primeiras rodadas seguidas de simples. Estava jogando em condições lentas, às vezes chovendo. Meu recorde. Foram 12 primeiras rodadas seguidas com derrota. E olha que saia de cabeça de chave 2, 3, 4. Só tomava. Com certeza a pior sequência minha e de qualquer jogador. Eu ainda tinha um ranking moderado para jogar simples em future. É uma história que eu gostaria de esquecer, mas não dá.
esporte
Tenistas brasileiros revelam histórias e se provocam com perguntasMarcelo Melo, 31, e Bruno Soares, 32, concentram as maiores expectativas de título nacional no Aberto do Brasil, nesta semana, em São Paulo. Terceiro e 11º colocados no ranking de duplas da ATP (Associação de Tenistas Profissionais), respectivamente, eles estão separados (cada um com um parceiro austríaco) e de um lado oposto ao outro na chave no torneio. Assim, os amigos mineiros que defendem o Brasil na Copa Davis e são favoritos a uma medalha na Olimpíada do Rio, podem até fazer a final neste domingo em São Paulo. Melo, com Julian Knowle, venceu a dupla formada pelo italiano Fabio Fognini e o espanhol Nicolás Almagro, nesta terça (10) por 2 sets a 1 (parciais de 4/6, 6/3 e 10/5 no match-tiebreak). Já Soares, ao lado de Alexander Peya, estreia nesta quarta-feira, às 19 horas, contra o italiano Paolo Lorenzi e o argentino Diego Schwartzman. A convite da Folha, Melo (bicampeão do torneio) fez quatro perguntas ao parceiro Soares (maior vencedor em duplas com três títulos no Brasil Open). Depois, Soares devolveu com duas para Melo. Nesse bate-bola, falaram de mulheres, possíveis parcerias e recordaram histórias que o outro gostaria de esquecer. * MARCELO MELO: É verdade que você ficou três dias sem comer sal para ficar mais definido? BRUNO SOARES: Ele lembra disso? É verdade. Faz muito tempo, eu era pequeno, devia ter uns 17 anos. Eu li isso em alguma reportagem e, como estava na pré-temporada, fiquei três dias sem comer sal. Cortei, mas não adiantou nada. Era verão, e eu como muita salada. Eu não temperava com sal e ficava esquisito. No terceiro dia não aguentei mais e não adiantou p... nenhuma, para falar a verdade. Nunca mais, melhor comer direitinho, com nutricionista. Assim mantenho a forma. MARCELO MELO: Qual seria o jogo de duplas dos sonhos para assistir? BRUNO SOARES: Os Bryan [irmãos gêmeos americanos, dupla número 1 do mundo] contra Roger Federer e Rafael Nadal. Melhores de um lado contra melhores do outro. Se jogarem dez vezes, em diferentes pisos, acho que os Bryan são favotitos: 60% a 40%. Seria 7 a 3 ou 6 a 4 para eles. MARCELO MELO: Qual jogador da história você gostaria de ter tido como parceiro? BRUNO SOARES: O melhor jogador de duplas que já vi: Daniel Nestor [do Canadá]. Seria o parceiro ideal porque eu acho ele o melhor da história. Quando cheguei no circuito em 2008 ele era "injogável". MARCELO MELO: Quanto seria um set de simples seu contra a americana Serena Williams, número 1 do mundo? BRUNO SOARES: Eu ganharia. Ficaria muito surpreso se eu perdesse um set para ela. Obviamente, pode acontecer [a derrota]. Se jogar dez vezes eu ganharia a grande maioria. Já treinei com várias meninas, já treinei com a Serena, mas nunca jogamos contra. É outro jogo, a movimentação e a força.. se bem que a Serena tem força. Mas os homens são bem mais rápidos. BRUNO SOARES: Quem seria a parceira de duplas mistas ideal para você? Por quê? A pergunta é pensando não-tenisticamente... MARCELO MELO: Ele quer me botar em problema? Se bem que estou solteiro, não tem problema. É... Eu diria... com a Ana Ivanovic [sérvia de 27 anos]. Seria uma bela parceira para jogar uma mistinha. Ela seria a número um da lista, não tenisticamente falando... BRUNO SOARES: Como foi a experiência de jogar 12 futures [torneios do menor escalão do tênis] no saibro na Itália? MARCELO MELO: Fui jogar um interclubes e perdi as 12 primeiras rodadas seguidas de simples. Estava jogando em condições lentas, às vezes chovendo. Meu recorde. Foram 12 primeiras rodadas seguidas com derrota. E olha que saia de cabeça de chave 2, 3, 4. Só tomava. Com certeza a pior sequência minha e de qualquer jogador. Eu ainda tinha um ranking moderado para jogar simples em future. É uma história que eu gostaria de esquecer, mas não dá.
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Aberto do Rio começa nesta segunda com Robredo e brasileiros em quadra
O primeiro dia de disputa da segunda edição do Aberto do Rio tem, nesta segunda-feira, as estreias do espanhol Tommy Robredo, cabeça de chave 3, às 19h, e do gaúcho Guilherme Clezar, em seguida. A rodada começa às 11h, no Jockey Club Brasileiro, na capital fluminense. Número 17 do ranking mundial, Robredo enfrenta o sueco Elias Ymer. O espanhol chegou às quartas de final na primeira edição do torneio no Rio. Já o brasileiro Clezar terá pela frente o holandês Thiemo de Bakker, em confronto inédito. O jogador de 22 anos participa do Aberto do Rio pela segunda vez. A primeira partida da quadra central será da chave feminina, entre a australiana Olivia Rogowska e a romena Irina-Camelia Begu, cabeça de chave 2, às 11h. Não antes de 13h, o espanhol Albert Ramos-Vinolas enfrenta o austríaco Andreas Haider-Maurer. O finlandês Jarkko Nieminen estreia contra o italiano Marco Cecchinato não antes de 14h e a gaúcha Gabriela Cé joga não antes das 16h45 contra a francesa Pauline Parmentier. Na quadra 1, os brasileiros André Sá e João Souza, o Feijão, jogam por volta de 14h contra os argentinos Maximo Gonzalez e Juan Monaco. No mesmo horário, Fabiano de Paula e Marcelo Demoliner estreiam diante da dupla formada pelo eslovaco Martin Klizan e o austríaco Philipp Oswald. Outra estreia brasileira acontece na quadra 5, onde Carolina Meligeni Alves e Ingrid Martins encaram a taiwanesa Chieh-Yu Hsu e a búlgara Elitsa Kostova. NADAL X BELLUCCI Thomaz Bellucci, número um do Brasil, vai encarar o espanhol Rafael Nadal na primeira rodada do Aberto do Rio, na terça-feira (17). Nos três confrontos anteriores, o espanhol número três do mundo e atual campeão da competição saiu vitorioso sobre o brasileiro.
esporte
Aberto do Rio começa nesta segunda com Robredo e brasileiros em quadraO primeiro dia de disputa da segunda edição do Aberto do Rio tem, nesta segunda-feira, as estreias do espanhol Tommy Robredo, cabeça de chave 3, às 19h, e do gaúcho Guilherme Clezar, em seguida. A rodada começa às 11h, no Jockey Club Brasileiro, na capital fluminense. Número 17 do ranking mundial, Robredo enfrenta o sueco Elias Ymer. O espanhol chegou às quartas de final na primeira edição do torneio no Rio. Já o brasileiro Clezar terá pela frente o holandês Thiemo de Bakker, em confronto inédito. O jogador de 22 anos participa do Aberto do Rio pela segunda vez. A primeira partida da quadra central será da chave feminina, entre a australiana Olivia Rogowska e a romena Irina-Camelia Begu, cabeça de chave 2, às 11h. Não antes de 13h, o espanhol Albert Ramos-Vinolas enfrenta o austríaco Andreas Haider-Maurer. O finlandês Jarkko Nieminen estreia contra o italiano Marco Cecchinato não antes de 14h e a gaúcha Gabriela Cé joga não antes das 16h45 contra a francesa Pauline Parmentier. Na quadra 1, os brasileiros André Sá e João Souza, o Feijão, jogam por volta de 14h contra os argentinos Maximo Gonzalez e Juan Monaco. No mesmo horário, Fabiano de Paula e Marcelo Demoliner estreiam diante da dupla formada pelo eslovaco Martin Klizan e o austríaco Philipp Oswald. Outra estreia brasileira acontece na quadra 5, onde Carolina Meligeni Alves e Ingrid Martins encaram a taiwanesa Chieh-Yu Hsu e a búlgara Elitsa Kostova. NADAL X BELLUCCI Thomaz Bellucci, número um do Brasil, vai encarar o espanhol Rafael Nadal na primeira rodada do Aberto do Rio, na terça-feira (17). Nos três confrontos anteriores, o espanhol número três do mundo e atual campeão da competição saiu vitorioso sobre o brasileiro.
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Em livro, Dado Villa-Lobos narra dor e delícia de conviver com Renato Russo
Renato Russo morreu à 1h15 do dia 11 de outubro de 1996. Horas depois, os amigos mais próximos, entre eles os companheiros da Legião Urbana, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, estavam em sua biblioteca. Totalmente chapados. "Um de nós encontrou uma pedra de maconha na gaveta da escrivaninha, e fizemos bom uso dela", recorda Dado, 49, no livro "Memórias de um Legionário", escrito com Felipe Demier e Romulo Mattos, que lança nesta quarta (27) em São Paulo. O grupo, que após o café da manhã digeria "a insuportável burocracia em torno da cremação e do contato da imprensa", honrava um Renato diferente daquele que deixou Dado "em estado de choque" três dias antes. Soropositivo, o músico de 36 anos descansava em seu apartamento, em Ipanema. Com 1,74 m, pesava 45 kg. "Vi um corpo esquálido como o de um prisioneiro judeu no holocausto." No dia, Dado entrou no banheiro e chorou. Na roda do baseado, contudo, riu ao lembrar de estripulias de Renato. No café de um shopping de São Paulo, Dado conta à Folha sobre a tarde em que simularam o programa "Qual É a Música?". Era o começo dos anos 1990, e a turma reunia Paula Toller e Lindbergh Farias, futuro líder dos caras-pintadas que ajudaram a derrubar Collor. Renato dublou Luiz Gonzaga -e cantava "eita, Paraíba, muié macho, sim, sinhô" olhando para Lindbergh, paraibano radicado no Rio. Mas, pelas memórias do caçula da banda, viver ao lado de Renato às vezes era "bad trip". Antes de completar 18 anos, Dado desistiu de morar na França com o pai diplomata quando o colega o convidou para fazer um som, em 1983. Dado disse sim, e os anos seguintes foram de idas e vindas com o vocalista da Legião, numa relação de amor e ódio que escancara em 255 páginas. Renato viera do Aborto Elétrico. Saiu da banda após atritos com o baterista Fê Lemos, que chegou a lhe atirar uma baqueta no rosto -ficou irado pois o cantor, embriagado, esquecia letras num show para o qual já chegara atrasado. Já era referência entre aspirantes a rockstar em Brasília. Na fase "trovador solitário", tocava sozinho na cena roqueira, ele e um violão, canções que virariam hits da Legião, como "Faroeste Caboclo". Dado o achava corajoso. "O público jogava moedas no palco, como se ele fosse um mendigo, e pedia sucesso da velha guarda, como Cauby Peixoto." Até que, em 1982, Renato e Marcelo Bonfá, o ruivo "que parecia um pouco o Salsicha do 'Scooby-Doo'", decidiram montar uma banda de rock. LEITE O resto é história -cheia de altos e baixos. Como quando ela não apareceu num festival, em 1984, e Dado e Bonfá se apavoraram. Dona Carminha, mãe de Renato, o trouxe pelo braço. "O nosso vocalista estava um trapo: bêbado, com olheiras, incapaz de articular uma palavra". O episódio serviu de alerta. "Percebemos que ele perdia o controle e que, muito provavelmente, isso aconteceria novamente." Pouco depois, Renato cortou os pulsos. Dado conta ter sabido que ele logo se arrependeu e gritou "mamãe!", sendo hospitalizado em seguida. Para Dado, os dilemas da adolescência foram definidores para Renato, filho de país católicos, às voltas com uma "sexualidade recalcada", que "namorava escondido numa Brasília reacionária". Levaria anos para que "virasse paladino da causa gay" -e se sentisse confortável para apresentar namorados, como Scott, "um californiano louro, todo fortão", à banda. A época em que Fernanda, mulher de Dado, era empresária da Legião também causou cizânia. No livro, Dado lembra quando Renato, "no melhor estilo babaca pop star", bateu a porta do camarim na cara dela."Tinha ficado putinho quando descobriu que a Fernanda não tinha comprado o leite que ele lhe pediu." Há vezes em que Dado crê que seu amigo "partiu cedo demais. Não tive tempo de colocar o dedo na cara dele por algumas coisas". Boas lembranças também vêm à tona, e hoje prevalece a sensação de que "a página virou", afirma. "Ah, e eu faço terapia há anos!" MEMÓRIAS DE UM LEGIONÁRIO AUTORES Dado Villa-Lobos, Felipe Demier e Romulo Mattos EDITORA Mauad X QUANTO R$ 49,90 (256 págs.) LANÇAMENTO nesta quarta (27), às 19h, na livraria Cultura do Conjunto Nacional (av. Paulista, 2073, tel. 11-3170-4033)
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Em livro, Dado Villa-Lobos narra dor e delícia de conviver com Renato RussoRenato Russo morreu à 1h15 do dia 11 de outubro de 1996. Horas depois, os amigos mais próximos, entre eles os companheiros da Legião Urbana, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, estavam em sua biblioteca. Totalmente chapados. "Um de nós encontrou uma pedra de maconha na gaveta da escrivaninha, e fizemos bom uso dela", recorda Dado, 49, no livro "Memórias de um Legionário", escrito com Felipe Demier e Romulo Mattos, que lança nesta quarta (27) em São Paulo. O grupo, que após o café da manhã digeria "a insuportável burocracia em torno da cremação e do contato da imprensa", honrava um Renato diferente daquele que deixou Dado "em estado de choque" três dias antes. Soropositivo, o músico de 36 anos descansava em seu apartamento, em Ipanema. Com 1,74 m, pesava 45 kg. "Vi um corpo esquálido como o de um prisioneiro judeu no holocausto." No dia, Dado entrou no banheiro e chorou. Na roda do baseado, contudo, riu ao lembrar de estripulias de Renato. No café de um shopping de São Paulo, Dado conta à Folha sobre a tarde em que simularam o programa "Qual É a Música?". Era o começo dos anos 1990, e a turma reunia Paula Toller e Lindbergh Farias, futuro líder dos caras-pintadas que ajudaram a derrubar Collor. Renato dublou Luiz Gonzaga -e cantava "eita, Paraíba, muié macho, sim, sinhô" olhando para Lindbergh, paraibano radicado no Rio. Mas, pelas memórias do caçula da banda, viver ao lado de Renato às vezes era "bad trip". Antes de completar 18 anos, Dado desistiu de morar na França com o pai diplomata quando o colega o convidou para fazer um som, em 1983. Dado disse sim, e os anos seguintes foram de idas e vindas com o vocalista da Legião, numa relação de amor e ódio que escancara em 255 páginas. Renato viera do Aborto Elétrico. Saiu da banda após atritos com o baterista Fê Lemos, que chegou a lhe atirar uma baqueta no rosto -ficou irado pois o cantor, embriagado, esquecia letras num show para o qual já chegara atrasado. Já era referência entre aspirantes a rockstar em Brasília. Na fase "trovador solitário", tocava sozinho na cena roqueira, ele e um violão, canções que virariam hits da Legião, como "Faroeste Caboclo". Dado o achava corajoso. "O público jogava moedas no palco, como se ele fosse um mendigo, e pedia sucesso da velha guarda, como Cauby Peixoto." Até que, em 1982, Renato e Marcelo Bonfá, o ruivo "que parecia um pouco o Salsicha do 'Scooby-Doo'", decidiram montar uma banda de rock. LEITE O resto é história -cheia de altos e baixos. Como quando ela não apareceu num festival, em 1984, e Dado e Bonfá se apavoraram. Dona Carminha, mãe de Renato, o trouxe pelo braço. "O nosso vocalista estava um trapo: bêbado, com olheiras, incapaz de articular uma palavra". O episódio serviu de alerta. "Percebemos que ele perdia o controle e que, muito provavelmente, isso aconteceria novamente." Pouco depois, Renato cortou os pulsos. Dado conta ter sabido que ele logo se arrependeu e gritou "mamãe!", sendo hospitalizado em seguida. Para Dado, os dilemas da adolescência foram definidores para Renato, filho de país católicos, às voltas com uma "sexualidade recalcada", que "namorava escondido numa Brasília reacionária". Levaria anos para que "virasse paladino da causa gay" -e se sentisse confortável para apresentar namorados, como Scott, "um californiano louro, todo fortão", à banda. A época em que Fernanda, mulher de Dado, era empresária da Legião também causou cizânia. No livro, Dado lembra quando Renato, "no melhor estilo babaca pop star", bateu a porta do camarim na cara dela."Tinha ficado putinho quando descobriu que a Fernanda não tinha comprado o leite que ele lhe pediu." Há vezes em que Dado crê que seu amigo "partiu cedo demais. Não tive tempo de colocar o dedo na cara dele por algumas coisas". Boas lembranças também vêm à tona, e hoje prevalece a sensação de que "a página virou", afirma. "Ah, e eu faço terapia há anos!" MEMÓRIAS DE UM LEGIONÁRIO AUTORES Dado Villa-Lobos, Felipe Demier e Romulo Mattos EDITORA Mauad X QUANTO R$ 49,90 (256 págs.) LANÇAMENTO nesta quarta (27), às 19h, na livraria Cultura do Conjunto Nacional (av. Paulista, 2073, tel. 11-3170-4033)
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Turnê de Caetano e Gil em São Paulo ganha apresentação extra
Tocando juntos pelo mundo na turnê "Dois Amigos, Um Século de Música", Caetano Veloso e Gilberto Gil farão um show a mais em São Paulo no domingo, 23 de agosto, às 20h, no Citibank Hall. Completam, assim, uma série de apresentações durante todo o fim de semana, começando na sexta-feira (21) – os ingressos para essa data e para o sábado (22) estão esgotados, em todos os setores. Os ingressos para a apresentação extra custam de R$ 60 (meia-entrada na plateia superior 3) a R$ 450 e começam a ser vendidos nesta quarta (8), no site da empresa que produz o evento, na bilheteria do Citibank Hall e em pontos de venda. CAETANO VELOSO E GILBERTO GIL QUANDO sex. (21/8), às 22h30, sáb. (22/8), às 22h, e dom. (23), às 20h ONDE Citibank Hall SP - av. das Nações Unidas, 17.955, Santo Amaro, tel. (11) 4003-5588 QUANTO de R$ 60 a R$ 450 CLASSIFICAÇÃO 13 anos
ilustrada
Turnê de Caetano e Gil em São Paulo ganha apresentação extraTocando juntos pelo mundo na turnê "Dois Amigos, Um Século de Música", Caetano Veloso e Gilberto Gil farão um show a mais em São Paulo no domingo, 23 de agosto, às 20h, no Citibank Hall. Completam, assim, uma série de apresentações durante todo o fim de semana, começando na sexta-feira (21) – os ingressos para essa data e para o sábado (22) estão esgotados, em todos os setores. Os ingressos para a apresentação extra custam de R$ 60 (meia-entrada na plateia superior 3) a R$ 450 e começam a ser vendidos nesta quarta (8), no site da empresa que produz o evento, na bilheteria do Citibank Hall e em pontos de venda. CAETANO VELOSO E GILBERTO GIL QUANDO sex. (21/8), às 22h30, sáb. (22/8), às 22h, e dom. (23), às 20h ONDE Citibank Hall SP - av. das Nações Unidas, 17.955, Santo Amaro, tel. (11) 4003-5588 QUANTO de R$ 60 a R$ 450 CLASSIFICAÇÃO 13 anos
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Após deixar o Corinthians, Gil assina por quatro anos com clube chinês
O zagueiro Gil, 28, é oficialmente jogador do Shandong Luneng (CHN). O jogador assinou contrato por quatro anos com o clube chinês e deve viajar ao país asiático nesta sexta-feira (22). O Corinthians aceitou a proposta de 10 milhões de euros (cerca de R$ 44 milhões) pelo jogador e deve receber 90% do valor (aproximadamente R$ 39 mi). Gil estava com o elenco corintiano nos Estados Unidos, onde o time faz pré-temporada, mas voltou ao Brasil na terça-feira (19) para acertar a sua saída do clube paulista. O elenco continua nos EUA e volta a campo no sábado (23) em amistoso contra o Fort Lauderdale Strikers, time de Ronaldo Fenômeno. A saída de Gil é a sexta baixa do Corinthians desde a conquista do hexacampeonato. Jadson, Renato Augusto e Ralf, que também jogarão na China, Vagner Love, contratado pelo Monaco, da França, e Edu Dracena, que foi para o Palmeiras, já deixaram a equipe. Contra o ucraniano Shakhtar Donetsk, nesta quarta-feira (20), a dupla de zaga titular foi formada por Felipe e Yago. A diretoria do clube, no entanto, está em busca de reforços para o setor. Os outros zagueiros do elenco são o experiente Vilson, que veio da Chapecoense nesta temporada, e Pedro Henrique, formado nas categorias de base do clube. Mercado da bola
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Após deixar o Corinthians, Gil assina por quatro anos com clube chinêsO zagueiro Gil, 28, é oficialmente jogador do Shandong Luneng (CHN). O jogador assinou contrato por quatro anos com o clube chinês e deve viajar ao país asiático nesta sexta-feira (22). O Corinthians aceitou a proposta de 10 milhões de euros (cerca de R$ 44 milhões) pelo jogador e deve receber 90% do valor (aproximadamente R$ 39 mi). Gil estava com o elenco corintiano nos Estados Unidos, onde o time faz pré-temporada, mas voltou ao Brasil na terça-feira (19) para acertar a sua saída do clube paulista. O elenco continua nos EUA e volta a campo no sábado (23) em amistoso contra o Fort Lauderdale Strikers, time de Ronaldo Fenômeno. A saída de Gil é a sexta baixa do Corinthians desde a conquista do hexacampeonato. Jadson, Renato Augusto e Ralf, que também jogarão na China, Vagner Love, contratado pelo Monaco, da França, e Edu Dracena, que foi para o Palmeiras, já deixaram a equipe. Contra o ucraniano Shakhtar Donetsk, nesta quarta-feira (20), a dupla de zaga titular foi formada por Felipe e Yago. A diretoria do clube, no entanto, está em busca de reforços para o setor. Os outros zagueiros do elenco são o experiente Vilson, que veio da Chapecoense nesta temporada, e Pedro Henrique, formado nas categorias de base do clube. Mercado da bola
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Alalaô: Chuva adia saída de bloco paulistano e transforma área vip em 'lamaçal'
DE SÃO PAULO A forte chuva que atingiu a região metropolitana de São Paulo na tarde deste sábado (7) atrasou a saída da banda Gueri Gueri da praça Gen. Estilac Lea (monumento às Bandeiras), região do parque Ibirapuera, onde integrantes ... Leia post completo no blog
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Alalaô: Chuva adia saída de bloco paulistano e transforma área vip em 'lamaçal'DE SÃO PAULO A forte chuva que atingiu a região metropolitana de São Paulo na tarde deste sábado (7) atrasou a saída da banda Gueri Gueri da praça Gen. Estilac Lea (monumento às Bandeiras), região do parque Ibirapuera, onde integrantes ... Leia post completo no blog
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Dois presos fogem do Complexo de Pedrinhas no Maranhão
Dois presos fugiram da CCPJ (Central de Custódia de Presos de Justiça) do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA), na tarde desta segunda-feira (12). Os detentos Hailton Silva e Fagner Gomes Sena, que estavam no bloco B da unidade prisional, pediram atendimento médico. Segundo a Sejap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária), os detentos renderam os auxiliares penitenciários e o vigilantes quando eram levados à enfermaria. A Secretaria informou que acompanha as investigações sobre o procedimento de segurança no momento da fuga para apurar as responsabilidades. O Complexo Penitenciário de Pedrinhas foi palco de diversas rebeliões, decapitações de presos e tentativas de fuga desde 2013. Ao todo, 79 mortes de detentos foram registradas nos dois anos. A violência no sistema prisional gerou uma crise de segurança na gestão da então governadora Roseana Sarney (PMDB), que deixou o cargo no fim de 2014 e antecedeu o atual governador, Flávio Dino (PC do B), além de críticas de organizações internacionais. TENTATIVA DE RESGATE Um dia antes desta fuga, a Polícia Militar entrou em confronto com um grupo que planejava resgatar presos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Três homens foram mortos pela PM e outros três presos. O confronto ocorreu na madrugada de domingo (11) em uma casa onde o grupo estava reunido no Povoado Camboa dos Frades, na Vila Maranhão, a cerca de 15 quilômetros do complexo prisional. No imóvel, foram apreendidos duas escopetas calibre 12, uma metralhadora mini Uzi, duas pistolas ponto 40, munições, carregadores e dinamites. Segundo o governo, o material apreendido seria utilizado no resgate dos presos. A PM chegou ao grupo após receber uma denúncia anônima. O serviço de inteligência da corporação, por meio de interceptações telefônicas, também já tinha colhido relatos de que poderia haver uma grande tentativa de resgate de detentos nesta madrugada. RESGATE Em abril, oito criminosos atacaram o complexo penitenciários de Pedrinhas com tiros de fuzis e pistolas. A ação foi combinada para facilitar a fuga de detentos. De acordo com o governo, vários veículos -o número exato não foi divulgado- foram parados em frente ao complexo e os bandidos atiraram contra o prédio. Houve uma troca de tiros com policiais. À época, quatro presos do Centro de Detenção Provisória conseguiram fugir durante o tiroteio, mas foram capturados foram recapturados pela PM. REDUÇÃO DE MORTES Com uma população carcerária de 6.435 presos, o governo do Maranhão informou que conseguiu reduzir em 77,78% o número de mortos em presídios este ano. Segundo a Sejap, nos primeiros nove meses deste ano foram registradas seis mortes em presídios. No mesmo período do ano passado, 24 detentos foram mortos. Outro percentual positivo que o governo aponta é na redução de fugas em presídios que foi 77, 27%, também em comparação ao mesmo período de 2014. O governo informou que está conseguindo cumprir o acordo firmado com o Conselho Nacional de Justiça após a crise prisional no Estado. Duas unidades prisionais de ressocialização foram entregues em julho nas cidades de Balsas e Açailândia. Outros presídios nas cidades de Pinheiro, Pedreiras, Timon, Imperatriz e Codó também estão com cerca de 80% da construção pronta.
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Dois presos fogem do Complexo de Pedrinhas no MaranhãoDois presos fugiram da CCPJ (Central de Custódia de Presos de Justiça) do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA), na tarde desta segunda-feira (12). Os detentos Hailton Silva e Fagner Gomes Sena, que estavam no bloco B da unidade prisional, pediram atendimento médico. Segundo a Sejap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária), os detentos renderam os auxiliares penitenciários e o vigilantes quando eram levados à enfermaria. A Secretaria informou que acompanha as investigações sobre o procedimento de segurança no momento da fuga para apurar as responsabilidades. O Complexo Penitenciário de Pedrinhas foi palco de diversas rebeliões, decapitações de presos e tentativas de fuga desde 2013. Ao todo, 79 mortes de detentos foram registradas nos dois anos. A violência no sistema prisional gerou uma crise de segurança na gestão da então governadora Roseana Sarney (PMDB), que deixou o cargo no fim de 2014 e antecedeu o atual governador, Flávio Dino (PC do B), além de críticas de organizações internacionais. TENTATIVA DE RESGATE Um dia antes desta fuga, a Polícia Militar entrou em confronto com um grupo que planejava resgatar presos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Três homens foram mortos pela PM e outros três presos. O confronto ocorreu na madrugada de domingo (11) em uma casa onde o grupo estava reunido no Povoado Camboa dos Frades, na Vila Maranhão, a cerca de 15 quilômetros do complexo prisional. No imóvel, foram apreendidos duas escopetas calibre 12, uma metralhadora mini Uzi, duas pistolas ponto 40, munições, carregadores e dinamites. Segundo o governo, o material apreendido seria utilizado no resgate dos presos. A PM chegou ao grupo após receber uma denúncia anônima. O serviço de inteligência da corporação, por meio de interceptações telefônicas, também já tinha colhido relatos de que poderia haver uma grande tentativa de resgate de detentos nesta madrugada. RESGATE Em abril, oito criminosos atacaram o complexo penitenciários de Pedrinhas com tiros de fuzis e pistolas. A ação foi combinada para facilitar a fuga de detentos. De acordo com o governo, vários veículos -o número exato não foi divulgado- foram parados em frente ao complexo e os bandidos atiraram contra o prédio. Houve uma troca de tiros com policiais. À época, quatro presos do Centro de Detenção Provisória conseguiram fugir durante o tiroteio, mas foram capturados foram recapturados pela PM. REDUÇÃO DE MORTES Com uma população carcerária de 6.435 presos, o governo do Maranhão informou que conseguiu reduzir em 77,78% o número de mortos em presídios este ano. Segundo a Sejap, nos primeiros nove meses deste ano foram registradas seis mortes em presídios. No mesmo período do ano passado, 24 detentos foram mortos. Outro percentual positivo que o governo aponta é na redução de fugas em presídios que foi 77, 27%, também em comparação ao mesmo período de 2014. O governo informou que está conseguindo cumprir o acordo firmado com o Conselho Nacional de Justiça após a crise prisional no Estado. Duas unidades prisionais de ressocialização foram entregues em julho nas cidades de Balsas e Açailândia. Outros presídios nas cidades de Pinheiro, Pedreiras, Timon, Imperatriz e Codó também estão com cerca de 80% da construção pronta.
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Finja até conseguir
Nossas expectativas têm um poder enorme sobre a realidade que vivemos: elas têm a capacidade de transformar a nossa percepção sobre o mundo e sobre nós mesmos. Se você se vê como alguém azarado, terá a certeza de que tudo o que acontece de ruim com você - e muitas coisas acontecem de ruim - será fruto do azar. Se, por outro lado, você se acha uma pessoa de sucesso, verá muitas e muitas realizações graças ao seu esforço. Se esse papo soa mais como o best-seller "O Segredo" do que como uma coluna sobre economia comportamental, então veja o seguinte estudo realizado por Margaeth Shin, Todd Pittinsky e Nalini Ambady, professores de Harvard. A ideia do estudo era verificar como uma expectativa sobre um estereótipo pode afetar o nosso comportamento. No caso, eles decidiram trabalhar com o conceito da idade. Para isso, eles fizeram os alunos da universidade trabalharem em um jogo para completar frases com palavras como "bingo", "antigo" e "Flórida" (o estado americano é extremamente popular como destino para aposentados). O objetivo do estudo era medir quanto tempo os alunos levavam para atravessar o corredor e sair do prédio onde era realizado o teste. Os resultados são conclusivos: os alunos que foram afetados pelas palavras ligados a idosos eram consideravelmente mais lentos do que os do grupo de controle. E estamos falando aqui de jovens alunos de graduação de Harvard. Se a simples menção de palavras que remetem a um estado avançado de idade pode afetar a nossa maneira de andar, imagine como elas impactam o restante do nosso comportamento e percepção de mundo. "As expectativas nos ajudam a entender uma conversa em uma sala barulhenta, mesmo sem ouvir uma palavra aqui e outra ali, assim como nos permite ler mensagens de texto em nossos celulares, apesar de algumas palavras virem embaralhadas. Apesar de algumas expectativas poderem nos fazer de bobos de tempos em tempos, elas podem ser também muito poderosas e úteis", afirma Dan Ariely em "Previsivelmente Irracional". Quer saber como? Em diversos estudos já foi comprovado que se você se forçar a sorrir (colocando uma caneta entre os dentes), depois de certo tempo você vai se sentir melhor, e até feliz. Não é à toa que existe uma expressão em inglês que afirma: "fake it until you make it", finja até conseguir, em uma tradução livre. O segredo do livro "O Segredo" era que se você realmente quiser algo e acreditar que aquilo é possível, pode conseguir. A teoria econômica comportamental justifica: nossas expectativas podem moldar nossa percepção e comportamento e nos levar a adotar atitudes que vão nos levar ao caminho desejado. Se você não é ainda bem-sucedido, mas quer ser, finja que é até conseguir. A mudança de postura e de atitudes podem muito bem ajudar a chegar lá. Post em parceria com Carolina Ruhman Sandler, jornalista, fundadora do site Finanças Femininas e coautora do livro "Finanças femininas - Como organizar suas contas, aprender a investir e realizar seus sonhos" (Saraiva)
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Finja até conseguirNossas expectativas têm um poder enorme sobre a realidade que vivemos: elas têm a capacidade de transformar a nossa percepção sobre o mundo e sobre nós mesmos. Se você se vê como alguém azarado, terá a certeza de que tudo o que acontece de ruim com você - e muitas coisas acontecem de ruim - será fruto do azar. Se, por outro lado, você se acha uma pessoa de sucesso, verá muitas e muitas realizações graças ao seu esforço. Se esse papo soa mais como o best-seller "O Segredo" do que como uma coluna sobre economia comportamental, então veja o seguinte estudo realizado por Margaeth Shin, Todd Pittinsky e Nalini Ambady, professores de Harvard. A ideia do estudo era verificar como uma expectativa sobre um estereótipo pode afetar o nosso comportamento. No caso, eles decidiram trabalhar com o conceito da idade. Para isso, eles fizeram os alunos da universidade trabalharem em um jogo para completar frases com palavras como "bingo", "antigo" e "Flórida" (o estado americano é extremamente popular como destino para aposentados). O objetivo do estudo era medir quanto tempo os alunos levavam para atravessar o corredor e sair do prédio onde era realizado o teste. Os resultados são conclusivos: os alunos que foram afetados pelas palavras ligados a idosos eram consideravelmente mais lentos do que os do grupo de controle. E estamos falando aqui de jovens alunos de graduação de Harvard. Se a simples menção de palavras que remetem a um estado avançado de idade pode afetar a nossa maneira de andar, imagine como elas impactam o restante do nosso comportamento e percepção de mundo. "As expectativas nos ajudam a entender uma conversa em uma sala barulhenta, mesmo sem ouvir uma palavra aqui e outra ali, assim como nos permite ler mensagens de texto em nossos celulares, apesar de algumas palavras virem embaralhadas. Apesar de algumas expectativas poderem nos fazer de bobos de tempos em tempos, elas podem ser também muito poderosas e úteis", afirma Dan Ariely em "Previsivelmente Irracional". Quer saber como? Em diversos estudos já foi comprovado que se você se forçar a sorrir (colocando uma caneta entre os dentes), depois de certo tempo você vai se sentir melhor, e até feliz. Não é à toa que existe uma expressão em inglês que afirma: "fake it until you make it", finja até conseguir, em uma tradução livre. O segredo do livro "O Segredo" era que se você realmente quiser algo e acreditar que aquilo é possível, pode conseguir. A teoria econômica comportamental justifica: nossas expectativas podem moldar nossa percepção e comportamento e nos levar a adotar atitudes que vão nos levar ao caminho desejado. Se você não é ainda bem-sucedido, mas quer ser, finja que é até conseguir. A mudança de postura e de atitudes podem muito bem ajudar a chegar lá. Post em parceria com Carolina Ruhman Sandler, jornalista, fundadora do site Finanças Femininas e coautora do livro "Finanças femininas - Como organizar suas contas, aprender a investir e realizar seus sonhos" (Saraiva)
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'Ajuste não é nem de direita, nem de esquerda, nem de centro', diz Dilma a jornal
Em entrevista ao jornal belga "Le Soir", publicada nesta segunda (8), a presidente Dilma Rousseff defendeu o freio de arrumação que seu governo está promovendo nas contas públicas e rechaçou a teoria de que sua equipe econômica está usando uma cartilha conservadora para organizar as finanças. "Tivemos que fazer esse ajuste, que não é nem de direita, nem de esquerda, nem de centro", afirmou. A presidente disse ainda que o ajuste fiscal "não é uma escolha". "O ajuste é essencial. Não é algo que você pode ou não fazer: não há alternativa senão fazê-lo. E para isso é preciso coragem", concluiu. As recentes medidas econômicas têm sido alvo de críticas, inclusive do PT, partido de Dilma. Recentemente, parlamentares e militantes da sigla criticaram a agenda econômica e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. A presidente saiu em defesa do subordinado em entrevista publicada nesta segunda pelo "O Estado de S. Paulo". À publicação, Dilma disse que Levy não deveria ser tratado como "judas". Ao "Le Soir", Dilma voltou a sustentar que o ajuste "não é um fim em si mesmo" e que deve ser encarado como uma etapa para a retomada do crescimento do país. PETROBRAS Questionada sobre os efeitos da corrupção na Petrobras, Dilma afirmou que seu governo defende as investigações e tentou restringir os desvios a um grupo que não pertencia à sua equipe de confiança. "A Petrobras é uma empresa com 90 mil funcionários. No entanto, apenas cinco pessoas estão envolvidas neste escândalo. (...) Essas cinco pessoas já não estavam trabalhando na Petrobras desde o final de 2011. Não porque eram suspeitos, mas porque quando eu tomei posse, eles não faziam parte dos membros da equipe em que eu confio", afirmou.
poder
'Ajuste não é nem de direita, nem de esquerda, nem de centro', diz Dilma a jornalEm entrevista ao jornal belga "Le Soir", publicada nesta segunda (8), a presidente Dilma Rousseff defendeu o freio de arrumação que seu governo está promovendo nas contas públicas e rechaçou a teoria de que sua equipe econômica está usando uma cartilha conservadora para organizar as finanças. "Tivemos que fazer esse ajuste, que não é nem de direita, nem de esquerda, nem de centro", afirmou. A presidente disse ainda que o ajuste fiscal "não é uma escolha". "O ajuste é essencial. Não é algo que você pode ou não fazer: não há alternativa senão fazê-lo. E para isso é preciso coragem", concluiu. As recentes medidas econômicas têm sido alvo de críticas, inclusive do PT, partido de Dilma. Recentemente, parlamentares e militantes da sigla criticaram a agenda econômica e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. A presidente saiu em defesa do subordinado em entrevista publicada nesta segunda pelo "O Estado de S. Paulo". À publicação, Dilma disse que Levy não deveria ser tratado como "judas". Ao "Le Soir", Dilma voltou a sustentar que o ajuste "não é um fim em si mesmo" e que deve ser encarado como uma etapa para a retomada do crescimento do país. PETROBRAS Questionada sobre os efeitos da corrupção na Petrobras, Dilma afirmou que seu governo defende as investigações e tentou restringir os desvios a um grupo que não pertencia à sua equipe de confiança. "A Petrobras é uma empresa com 90 mil funcionários. No entanto, apenas cinco pessoas estão envolvidas neste escândalo. (...) Essas cinco pessoas já não estavam trabalhando na Petrobras desde o final de 2011. Não porque eram suspeitos, mas porque quando eu tomei posse, eles não faziam parte dos membros da equipe em que eu confio", afirmou.
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Kit promete fazer carro andar com vapor de gasolina
KARINA CRAVEIRO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA "Deixe de ser refém dos postos de combustíveis. Com esse kit você economiza até 50% de gasolina", diz o anúncio do site Meu Carro Econômico, que oferece um kit vaporizador de gasolina. A solução consiste em aproveitar o vapor da gasolina gerado pela aceleração. "Estamos parados no momento por uma questão de atualização do kit, que é produzido em Santa Catarina. A gente entrega para todo o país", diz, por telefone, Rosemere de Cunha, responsável pela logística da empresa. O equipamento custa entre R$ 1.200 e R$ 1.900. "A instalação leva uma hora, temos o retorno positivo de vários clientes", diz Cunha. Soluções como essa são atraentes, mas especialistas afirmam que há riscos. "Se eu jogar vapor em um coletor qualquer e houver faísca, vou explodir o filtro de ar e vários outros componentes", afirma Henrique Pereira, da Comissão Técnica de Motores Otto da SAE Brasil (sociedade que reúne engenheiros automotivos). Segundo Pereira, se existisse um vaporizador realmente eficiente, ele já estaria sendo usado pela indústria. "Ideias são bem-vindas, trazem inovações, mas muitas vezes os inventores não conhecem as leis de emissões e outros tantos aspectos", diz. Mas o motor funciona de fato com um vaporizador? "Sim, na marcha lenta, quando a potência está entre 0,5 cv e 1 cv", diz Ricardo Dilser, da Fiat. "O vapor não dá conta de tirar o carro da inércia." Em uma outra busca na internet aparecem motores movidos a água. "É preciso tirar o hidrogênio da água para fazer o motor funcionar em marcha lenta . Tenho que enfiar um 'caminhão' de energia elétrica para essa transformação química. Não funciona, infelizmente. Essas soluções são como receitas radicais de emagrecimento", compara Dilser.
sobretudo
Kit promete fazer carro andar com vapor de gasolina KARINA CRAVEIRO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA "Deixe de ser refém dos postos de combustíveis. Com esse kit você economiza até 50% de gasolina", diz o anúncio do site Meu Carro Econômico, que oferece um kit vaporizador de gasolina. A solução consiste em aproveitar o vapor da gasolina gerado pela aceleração. "Estamos parados no momento por uma questão de atualização do kit, que é produzido em Santa Catarina. A gente entrega para todo o país", diz, por telefone, Rosemere de Cunha, responsável pela logística da empresa. O equipamento custa entre R$ 1.200 e R$ 1.900. "A instalação leva uma hora, temos o retorno positivo de vários clientes", diz Cunha. Soluções como essa são atraentes, mas especialistas afirmam que há riscos. "Se eu jogar vapor em um coletor qualquer e houver faísca, vou explodir o filtro de ar e vários outros componentes", afirma Henrique Pereira, da Comissão Técnica de Motores Otto da SAE Brasil (sociedade que reúne engenheiros automotivos). Segundo Pereira, se existisse um vaporizador realmente eficiente, ele já estaria sendo usado pela indústria. "Ideias são bem-vindas, trazem inovações, mas muitas vezes os inventores não conhecem as leis de emissões e outros tantos aspectos", diz. Mas o motor funciona de fato com um vaporizador? "Sim, na marcha lenta, quando a potência está entre 0,5 cv e 1 cv", diz Ricardo Dilser, da Fiat. "O vapor não dá conta de tirar o carro da inércia." Em uma outra busca na internet aparecem motores movidos a água. "É preciso tirar o hidrogênio da água para fazer o motor funcionar em marcha lenta . Tenho que enfiar um 'caminhão' de energia elétrica para essa transformação química. Não funciona, infelizmente. Essas soluções são como receitas radicais de emagrecimento", compara Dilser.
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Garota de 18 anos morre após inalar gás de buzina durante festa em SP
Uma estudante de 18 anos morreu na madrugada deste sábado (26), em São José do Rio Preto (438 km de SP), depois de inalar gás de buzina durante um churrasco com amigos. De acordo com a Polícia Civil, Maria Luiza Perez Perassolo estava na área de lazer do condomínio Village Dhamas quando passou mal e desmaiou após inalar o gás, que é facilmente encontrado e supostamente provoca efeitos alucinógenos. O gás, que tem butano e propano (derivados do petróleo) e também é encontrado em dosagens distintas no isqueiro e no ar-condicionado, é expelido a uma temperatura que chega a -20 ºC, o que pode "queimar" o sistema respiratório. Segundo o boletim de ocorrência, uma equipe médica foi enviada ao local por volta das 2h50, mas a jovem morreu antes de chegar ao hospital. A suspeita é que tenha ocorrido uma parada cardiorrespiratória. O corpo foi encaminhado ao IML, que deve esclarecer as causas da morte em até 30 dias. Amigos informaram à polícia que a estudante tinha ido momentos antes a um posto de gasolina próximo ao condomínio para comprar mais bebidas para o churrasco. A buzina teria sido adquirida no local. O frasco foi apreendido pela Polícia Civil para investigação.
cotidiano
Garota de 18 anos morre após inalar gás de buzina durante festa em SPUma estudante de 18 anos morreu na madrugada deste sábado (26), em São José do Rio Preto (438 km de SP), depois de inalar gás de buzina durante um churrasco com amigos. De acordo com a Polícia Civil, Maria Luiza Perez Perassolo estava na área de lazer do condomínio Village Dhamas quando passou mal e desmaiou após inalar o gás, que é facilmente encontrado e supostamente provoca efeitos alucinógenos. O gás, que tem butano e propano (derivados do petróleo) e também é encontrado em dosagens distintas no isqueiro e no ar-condicionado, é expelido a uma temperatura que chega a -20 ºC, o que pode "queimar" o sistema respiratório. Segundo o boletim de ocorrência, uma equipe médica foi enviada ao local por volta das 2h50, mas a jovem morreu antes de chegar ao hospital. A suspeita é que tenha ocorrido uma parada cardiorrespiratória. O corpo foi encaminhado ao IML, que deve esclarecer as causas da morte em até 30 dias. Amigos informaram à polícia que a estudante tinha ido momentos antes a um posto de gasolina próximo ao condomínio para comprar mais bebidas para o churrasco. A buzina teria sido adquirida no local. O frasco foi apreendido pela Polícia Civil para investigação.
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Aviso de férias
O colunista está de férias e retorna no dia 5 de agosto.
colunas
Aviso de fériasO colunista está de férias e retorna no dia 5 de agosto.
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Sexteto Mundano homenageia a artista chilena Violeta Parra
AMANDA NOGUEIRA DE SÃO PAULO Foi após ver o filme "Violeta Se Fue a Los Cielos", em 2012, que o multi-instrumentista Carlinhos Antunes decidiu fazer um álbum dedicado ao lado terno da artista chilena Violeta Parra. O resultado é apresentado pela primeira vez em show do Sexteto Mundano neste sábado (7). "O filme mostrou o lado mais denso, mas ela também era gozadora e bem humorada, embora sempre reservada", diz Antunes. Ele encabeçou, ao lado da cantora Sarah Abreu, a gravação do álbum "Violeta Parra - Terna e Eterna" (2014), que conta com composições e textos da homenageada, além de clássicos do universo latino e de canções autorais do grupo. Casa de Francisca - R. José Maria Lisboa, 190, Jardim Paulista, tel. 3052-0547. Sáb. (7): 22h30. 80 min. 18 anos. Couv. art.: R$ 53. CC: D, E, M e V. Ingr. p/ casadefrancisca.art.br.
saopaulo
Sexteto Mundano homenageia a artista chilena Violeta ParraAMANDA NOGUEIRA DE SÃO PAULO Foi após ver o filme "Violeta Se Fue a Los Cielos", em 2012, que o multi-instrumentista Carlinhos Antunes decidiu fazer um álbum dedicado ao lado terno da artista chilena Violeta Parra. O resultado é apresentado pela primeira vez em show do Sexteto Mundano neste sábado (7). "O filme mostrou o lado mais denso, mas ela também era gozadora e bem humorada, embora sempre reservada", diz Antunes. Ele encabeçou, ao lado da cantora Sarah Abreu, a gravação do álbum "Violeta Parra - Terna e Eterna" (2014), que conta com composições e textos da homenageada, além de clássicos do universo latino e de canções autorais do grupo. Casa de Francisca - R. José Maria Lisboa, 190, Jardim Paulista, tel. 3052-0547. Sáb. (7): 22h30. 80 min. 18 anos. Couv. art.: R$ 53. CC: D, E, M e V. Ingr. p/ casadefrancisca.art.br.
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Responsável por erro no Oscar usava Twitter durante cerimônia
A PricewaterhouseCoopers, empresa que audita o Oscar, divulgou um novo comunicado no fim da noite desta segunda-feira (27) dizendo que o responsável pelo erro na entrega do prêmio de melhor filme foi o funcionário que dá os envelopes aos apresentadores. Na mensagem, além de ter responsabilizado Brian Cullinan, a empresa disse que os protocolos para que o erro fosse corrigido não foram seguidos de maneira rápida o suficiente. "A PwC é a responsável pela série de erros e de quebras de protocolo durante a noite do Oscar", afirmou a empresa em um comunicado em seu perfil do Twitter. "O funcionário da PwC Brian Cullinan por engano deu o envelope reserva de melhor atriz no lugar do envelope de melhor filme aos apresentadores Warren Beatty e Faye Dunaway. Assim que o erro ocorreu, protocolos para corrigi-lo não foram seguidos de forma rápida o suficiente por Cullinan ou por sua colega", declarou. "Estamos profundamente tristes pela frustração sofrida pela equipe de 'La La Land' e de 'Moonlight'. Também nos desculpamos sinceramente com Warren Beatty, Faye Dunaway, Jimmy Kimmel, a rede ABC e Academia, sendo que nenhum deles teve culpa na noite de ontem. Também queremos estender nossos agradecimentos a cada um deles pela forma graciosa como se comportaram em um momento tão difícil", completou. Erro no Oscar Tim Ryan, presidente da PwC nos EUA, disse à revista "Variety" que conversou com Cullinan, que estava do lado esquerdo do palco, durante toda a noite. "Ele se sente terrível, horrível. Está muito incomodado com seu erro, que também é meu, nosso, e todos nos sentimos mal", assinalou. Segundo a agência de notícias "AFP", Cullinan usou o Twitter durante toda a noite do Oscar, tendo até publicado uma foto de Emma Stone, depois apagada. Durante a cerimônia do Oscar, dois funcionários da PwC, Cullinan e Martha L. Ruiz, ficam posicionados um de cada lado do palco com os envelopes e os entrega ao apresentador de cada categoria. Como Beatty surgiu dos bastidores do lado de Cullinan, caberia a ele dar o envelope de melhor filme ao ator. No entanto, ele acabou entregando o de melhor atriz, que havia sobrado. Leonardo Di Caprio, que havia apresentado o prêmio de Emma Stone pouco antes, tinha recebido o envelope de Ruiz.
ilustrada
Responsável por erro no Oscar usava Twitter durante cerimôniaA PricewaterhouseCoopers, empresa que audita o Oscar, divulgou um novo comunicado no fim da noite desta segunda-feira (27) dizendo que o responsável pelo erro na entrega do prêmio de melhor filme foi o funcionário que dá os envelopes aos apresentadores. Na mensagem, além de ter responsabilizado Brian Cullinan, a empresa disse que os protocolos para que o erro fosse corrigido não foram seguidos de maneira rápida o suficiente. "A PwC é a responsável pela série de erros e de quebras de protocolo durante a noite do Oscar", afirmou a empresa em um comunicado em seu perfil do Twitter. "O funcionário da PwC Brian Cullinan por engano deu o envelope reserva de melhor atriz no lugar do envelope de melhor filme aos apresentadores Warren Beatty e Faye Dunaway. Assim que o erro ocorreu, protocolos para corrigi-lo não foram seguidos de forma rápida o suficiente por Cullinan ou por sua colega", declarou. "Estamos profundamente tristes pela frustração sofrida pela equipe de 'La La Land' e de 'Moonlight'. Também nos desculpamos sinceramente com Warren Beatty, Faye Dunaway, Jimmy Kimmel, a rede ABC e Academia, sendo que nenhum deles teve culpa na noite de ontem. Também queremos estender nossos agradecimentos a cada um deles pela forma graciosa como se comportaram em um momento tão difícil", completou. Erro no Oscar Tim Ryan, presidente da PwC nos EUA, disse à revista "Variety" que conversou com Cullinan, que estava do lado esquerdo do palco, durante toda a noite. "Ele se sente terrível, horrível. Está muito incomodado com seu erro, que também é meu, nosso, e todos nos sentimos mal", assinalou. Segundo a agência de notícias "AFP", Cullinan usou o Twitter durante toda a noite do Oscar, tendo até publicado uma foto de Emma Stone, depois apagada. Durante a cerimônia do Oscar, dois funcionários da PwC, Cullinan e Martha L. Ruiz, ficam posicionados um de cada lado do palco com os envelopes e os entrega ao apresentador de cada categoria. Como Beatty surgiu dos bastidores do lado de Cullinan, caberia a ele dar o envelope de melhor filme ao ator. No entanto, ele acabou entregando o de melhor atriz, que havia sobrado. Leonardo Di Caprio, que havia apresentado o prêmio de Emma Stone pouco antes, tinha recebido o envelope de Ruiz.
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Trump alerta para risco de 'conflito grande' com Coreia do Norte
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou na quinta-feira (27) para o risco de um "grande conflito" com a Coreia do Norte, mas disse esperar resolver o impasse sobre o programa nuclear do país por meio da diplomacia. "Há um risco de que nós acabemos tendo um grande, grande conflito com a Coreia do Norte. Absolutamente", disse Trump em entrevista à agência de notícias Reuters. "Nós amaríamos resolver as coisas diplomaticamente, mas é muito difícil." O republicano também elogiou o presidente da China, Xi Jinping, por sua ajuda em conter as ameaças militares do país vizinho. "Eu acredito que ele se esforçando muito. Ele certamente não quer ver caos e morte", afirmou. Questionado se pensa que o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, age racionalmente, Trump lembrou que ele chegou ao poder quando ainda era muito jovem. "Ele tinha 27 anos. O pai dele morre, ele assume um regime. Então diga o que você quiser, mas isso não é fácil, especialmente nessa idade. Não quero dar crédito a ele, só estou dizendo que é algo muito difícil de se fazer. Sobre ele ser racional ou não, eu não tenho opinião. Espero que ele seja racional", declarou. Nas últimas semanas, cresceram as tensões na península Coreana, com trocas de acusações e ameaças praticamente diárias entre a Coreia do Norte e os EUA. Em meio a exercícios militares e testes de míssil do regime de Pyongyang, que também busca desenvolver a bomba nuclear, os EUA enviaram um porta-aviões e para a região e começaram a instalação de um sistema antimíssil na Coreia do Sul. Analistas avaliam ser improvável que os EUA iniciem um conflito militar na região, devido ao risco de um alto custo humanitário ante benefícios geopolíticos relativamente baixos.
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Trump alerta para risco de 'conflito grande' com Coreia do NorteO presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou na quinta-feira (27) para o risco de um "grande conflito" com a Coreia do Norte, mas disse esperar resolver o impasse sobre o programa nuclear do país por meio da diplomacia. "Há um risco de que nós acabemos tendo um grande, grande conflito com a Coreia do Norte. Absolutamente", disse Trump em entrevista à agência de notícias Reuters. "Nós amaríamos resolver as coisas diplomaticamente, mas é muito difícil." O republicano também elogiou o presidente da China, Xi Jinping, por sua ajuda em conter as ameaças militares do país vizinho. "Eu acredito que ele se esforçando muito. Ele certamente não quer ver caos e morte", afirmou. Questionado se pensa que o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, age racionalmente, Trump lembrou que ele chegou ao poder quando ainda era muito jovem. "Ele tinha 27 anos. O pai dele morre, ele assume um regime. Então diga o que você quiser, mas isso não é fácil, especialmente nessa idade. Não quero dar crédito a ele, só estou dizendo que é algo muito difícil de se fazer. Sobre ele ser racional ou não, eu não tenho opinião. Espero que ele seja racional", declarou. Nas últimas semanas, cresceram as tensões na península Coreana, com trocas de acusações e ameaças praticamente diárias entre a Coreia do Norte e os EUA. Em meio a exercícios militares e testes de míssil do regime de Pyongyang, que também busca desenvolver a bomba nuclear, os EUA enviaram um porta-aviões e para a região e começaram a instalação de um sistema antimíssil na Coreia do Sul. Analistas avaliam ser improvável que os EUA iniciem um conflito militar na região, devido ao risco de um alto custo humanitário ante benefícios geopolíticos relativamente baixos.
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Em nova alta, dólar bate R$ 3,186 diante da cautela com ajuste fiscal
O dólar voltou a subir nesta quarta-feira (27) com o mercado cauteloso em relação ao reequilíbrio das contas públicas no Brasil, um dia após o Senado ter aprovado a medida provisória 665, que restringe o acesso a benefícios trabalhistas com o objetivo de cortar gastos públicos obrigatórios. A avaliação de analistas é que, apesar de o governo ter vencido uma importante batalha, ainda há muito trabalho a fazer para que o país consiga cumprir a meta de superavit de 1,1% do PIB em 2015. Os ruídos de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tem enfrentado resistência dentro do governo para dar sequência ao processo de ajuste fiscal deixam os investidores na defensiva, à espera de resultados. Às 11h50 (de Brasília), o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha valorização de 0,76% sobre o real, cotado em R$ 3,174 na venda. Mais cedo, a moeda americana alcançou a máxima de R$ 3,184. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, operava em alta de 1,01%, para R$ 3,182, depois de ter batido R$ 3,186. Ambos estão no maior nível em dois meses. O cenário externo adiciona ainda mais pressão sobre o câmbio nesta quarta. O Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jack Lew, pediu a negociadores europeus que não errem os cálculos enquanto tentam negociar um acordo de dívida com o governo grego, pois é impossível prever exatamente o custo de uma saída da Grécia da zona do euro. Lew segue para Alemanha para participar da reunião do G7. Investidores também continuam apreensivos em relação ao rumo do juro básico nos EUA, após resultados recentes de indicadores terem sinalizado fortalecimento da economia americana. Além disso, o discurso da presidente do Federal Reserve (BC dos EUA), Janet Yellen, na semana passada, deixou claro que a intenção da autoridade é começar a elevar a taxa de juros daquele país ainda em 2015. Uma alta do juro americano deixaria os títulos do Tesouro dos EUA –que são remunerados por essa taxa e considerados de baixíssimo risco– mais atraentes do que aplicações em mercados emergentes como o Brasil, provocando uma saída de recursos dessas economias. A menor oferta de dólares tenderia a pressionar a cotação da moeda americana para cima. O cenário é agravado pela perspectiva de menor intervenção do Banco Central do Brasil no câmbio. Nesta quarta, a autoridade monetária vai rolar para 2016 os vencimentos de 8,1 mil contratos de swap que estão previstos para o início de junho, em um leilão que pode movimentar até US$ 400 milhões. A operação é equivalente à venda futura de dólares. AÇÕES No mercado de ações, o principal índice da Bolsa brasileira oscila perto da estabilidade nesta quarta-feira, com o avanço da Petrobras e dos bancos ofuscando a desvalorização dos papéis da mineradora Vale. Às 11h50, o Ibovespa tinha ligeira baixa de 0,01%, para 53.625 pontos. O volume financeiro girava em torno de R$ 2,2 bilhões. No setor bancário, segmento com maior peso dentro do índice, o Itaú ganhava 0,97%, para R$ 35,25, enquanto o Bradesco subia 1,51%, para R$ 28,83. Esses papéis haviam sido penalizados nos últimos pregões, após o aumento, na semana passada, da CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido) de 15% para 20%. A Petrobras via sua ação preferencial, mais negociada e sem direito a voto, avançar 0,64%, para R$ 12,47, devolvendo parte da perda de mais de 7% registrada nos últimos três pregões. O papel ordinário, com direito a voto, ganhava 1,04%, para R$ 13,50. No sentido oposto, as ações preferenciais da Vale recuavam 1,20%, para R$ 17,24, depois de terem subido 5,31% nos últimos quatro pregões. Com Reuters
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Em nova alta, dólar bate R$ 3,186 diante da cautela com ajuste fiscalO dólar voltou a subir nesta quarta-feira (27) com o mercado cauteloso em relação ao reequilíbrio das contas públicas no Brasil, um dia após o Senado ter aprovado a medida provisória 665, que restringe o acesso a benefícios trabalhistas com o objetivo de cortar gastos públicos obrigatórios. A avaliação de analistas é que, apesar de o governo ter vencido uma importante batalha, ainda há muito trabalho a fazer para que o país consiga cumprir a meta de superavit de 1,1% do PIB em 2015. Os ruídos de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tem enfrentado resistência dentro do governo para dar sequência ao processo de ajuste fiscal deixam os investidores na defensiva, à espera de resultados. Às 11h50 (de Brasília), o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha valorização de 0,76% sobre o real, cotado em R$ 3,174 na venda. Mais cedo, a moeda americana alcançou a máxima de R$ 3,184. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, operava em alta de 1,01%, para R$ 3,182, depois de ter batido R$ 3,186. Ambos estão no maior nível em dois meses. O cenário externo adiciona ainda mais pressão sobre o câmbio nesta quarta. O Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jack Lew, pediu a negociadores europeus que não errem os cálculos enquanto tentam negociar um acordo de dívida com o governo grego, pois é impossível prever exatamente o custo de uma saída da Grécia da zona do euro. Lew segue para Alemanha para participar da reunião do G7. Investidores também continuam apreensivos em relação ao rumo do juro básico nos EUA, após resultados recentes de indicadores terem sinalizado fortalecimento da economia americana. Além disso, o discurso da presidente do Federal Reserve (BC dos EUA), Janet Yellen, na semana passada, deixou claro que a intenção da autoridade é começar a elevar a taxa de juros daquele país ainda em 2015. Uma alta do juro americano deixaria os títulos do Tesouro dos EUA –que são remunerados por essa taxa e considerados de baixíssimo risco– mais atraentes do que aplicações em mercados emergentes como o Brasil, provocando uma saída de recursos dessas economias. A menor oferta de dólares tenderia a pressionar a cotação da moeda americana para cima. O cenário é agravado pela perspectiva de menor intervenção do Banco Central do Brasil no câmbio. Nesta quarta, a autoridade monetária vai rolar para 2016 os vencimentos de 8,1 mil contratos de swap que estão previstos para o início de junho, em um leilão que pode movimentar até US$ 400 milhões. A operação é equivalente à venda futura de dólares. AÇÕES No mercado de ações, o principal índice da Bolsa brasileira oscila perto da estabilidade nesta quarta-feira, com o avanço da Petrobras e dos bancos ofuscando a desvalorização dos papéis da mineradora Vale. Às 11h50, o Ibovespa tinha ligeira baixa de 0,01%, para 53.625 pontos. O volume financeiro girava em torno de R$ 2,2 bilhões. No setor bancário, segmento com maior peso dentro do índice, o Itaú ganhava 0,97%, para R$ 35,25, enquanto o Bradesco subia 1,51%, para R$ 28,83. Esses papéis haviam sido penalizados nos últimos pregões, após o aumento, na semana passada, da CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido) de 15% para 20%. A Petrobras via sua ação preferencial, mais negociada e sem direito a voto, avançar 0,64%, para R$ 12,47, devolvendo parte da perda de mais de 7% registrada nos últimos três pregões. O papel ordinário, com direito a voto, ganhava 1,04%, para R$ 13,50. No sentido oposto, as ações preferenciais da Vale recuavam 1,20%, para R$ 17,24, depois de terem subido 5,31% nos últimos quatro pregões. Com Reuters
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Ministro critica proposta de Alckmin para punição de jovens infratores
O ministro de Direitos Humanos, Pepe Vargas (PT), criticou nesta quarta-feira (22) uma das principais bandeiras do governador Geraldo Alckmin (PSDB) na área se segurança pública, a elevação do tempo máximo de internação de adolescentes que cometerem crimes hediondos. "Vemos com muita preocupação propostas que simplesmente aumentem o tempo de internação como solução de todos os problemas. (...) Não tenhamos a ideia fácil e tão comum de que agravar e agravar e agravar a pena resolva o problema", discursou o ministro durante comissão geral no plenário da Câmara para debater o projeto. O tema é discutido atualmente em uma comissão especial da Câmara e tem como relator o líder da bancada do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP). Em linhas gerais, o projeto endurece o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), com destaque para a elevação, no caso do cometimento de crimes hediondos, do tempo máximo de internação permitido de três para oito anos. Alckmin já esteve várias vezes no Congresso defendendo a medida. O ministro afirmou não ver redução da criminalidade em situações em que o Legislativo aumentou a pena. Apesar de sua posição, integrantes do governo Dilma Rousseff dizem que há abertura para negociação de aperfeiçoamentos do Estatuto da Criança e do Adolescente. Em sua fala, Pepe Vargas defendeu abordagens sistêmicas para além da repressão ou de endurecimento da legislação, mas não entrou em detalhes. "A cada dia 28 adolescentes são assassinados no Brasil, é um verdadeiro genocídio", discursou, defendendo ainda a restrição das possibilidades de internação aos casos em que haja realmente uma ameaça à sociedade. O único ponto defendido por ele no projeto relatado pelo PSDB é o que estabelece a redução de um dia da pena para cada cinco em que que o adolescente infrator estudar ou participar de cursos profissionalizantes. O secretário de Segurança Pública de SP, Alexandre de Moraes, defendeu o projeto defendido por Alckmin e disse que ele é "completo, aborda todos os aspectos da questão sem alterar os princípios da Constituição". Ele disse ainda, em nota, que "seria importante o Ministro se informar melhor, pois perceberá que em todas as legislações avançadas do mundo a internação é proporcional ao delito, pois impunidade gera a total deseducação". "O ECA, que é uma boa lei, falha no tratamento dos crimes graves, gerando impunidade em casos gravíssimos, pois trata da mesma maneira crimes leves e reincidência de homicídios, latrocínios e estupros", completou ele. Além do projeto de ampliação da internação de adolescentes infratores, a Câmara discute a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a chamada "bancada da bala" apoiam essas medidas. O PT de Dilma Rousseff é contra.
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Ministro critica proposta de Alckmin para punição de jovens infratoresO ministro de Direitos Humanos, Pepe Vargas (PT), criticou nesta quarta-feira (22) uma das principais bandeiras do governador Geraldo Alckmin (PSDB) na área se segurança pública, a elevação do tempo máximo de internação de adolescentes que cometerem crimes hediondos. "Vemos com muita preocupação propostas que simplesmente aumentem o tempo de internação como solução de todos os problemas. (...) Não tenhamos a ideia fácil e tão comum de que agravar e agravar e agravar a pena resolva o problema", discursou o ministro durante comissão geral no plenário da Câmara para debater o projeto. O tema é discutido atualmente em uma comissão especial da Câmara e tem como relator o líder da bancada do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP). Em linhas gerais, o projeto endurece o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), com destaque para a elevação, no caso do cometimento de crimes hediondos, do tempo máximo de internação permitido de três para oito anos. Alckmin já esteve várias vezes no Congresso defendendo a medida. O ministro afirmou não ver redução da criminalidade em situações em que o Legislativo aumentou a pena. Apesar de sua posição, integrantes do governo Dilma Rousseff dizem que há abertura para negociação de aperfeiçoamentos do Estatuto da Criança e do Adolescente. Em sua fala, Pepe Vargas defendeu abordagens sistêmicas para além da repressão ou de endurecimento da legislação, mas não entrou em detalhes. "A cada dia 28 adolescentes são assassinados no Brasil, é um verdadeiro genocídio", discursou, defendendo ainda a restrição das possibilidades de internação aos casos em que haja realmente uma ameaça à sociedade. O único ponto defendido por ele no projeto relatado pelo PSDB é o que estabelece a redução de um dia da pena para cada cinco em que que o adolescente infrator estudar ou participar de cursos profissionalizantes. O secretário de Segurança Pública de SP, Alexandre de Moraes, defendeu o projeto defendido por Alckmin e disse que ele é "completo, aborda todos os aspectos da questão sem alterar os princípios da Constituição". Ele disse ainda, em nota, que "seria importante o Ministro se informar melhor, pois perceberá que em todas as legislações avançadas do mundo a internação é proporcional ao delito, pois impunidade gera a total deseducação". "O ECA, que é uma boa lei, falha no tratamento dos crimes graves, gerando impunidade em casos gravíssimos, pois trata da mesma maneira crimes leves e reincidência de homicídios, latrocínios e estupros", completou ele. Além do projeto de ampliação da internação de adolescentes infratores, a Câmara discute a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a chamada "bancada da bala" apoiam essas medidas. O PT de Dilma Rousseff é contra.
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Presidente do Barça diz que Neymar é história e ninguém está acima do clube
O presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, abriu um congresso do clube nesta segunda-feira (7) com um forte discurso sobre a transferência Neymar para o PSG. Falando para o corpo diretivo, Bartomeu disse que o atacante brasileiro já faz parte da história e ninguém está acima do clube. "Quero falar de futuro. Somos o Barcelona, um clube querido ao redor do mundo. Mas, antes, queremos dar por encerrado um capítulo do passado. Neymar fez parte de nosso clube, mas agora já é história. Foi uma decisão sua e fizemos tudo que estava ao nosso alcance para que ficasse. Sempre atuando com a responsabilidade que nos cabe, respeitamos a sua decisão. Tudo tem um limite e nenhum jogador pode estar acima do Barcelona", disse. Dez maiores transferências da história do futebol - Jogadores e temporada da transferência; valores em milhões de Euros Bartomeu aproveitou a situação para criticar indiretamente a postura do PSG, que para selar a transferência pagou os 222 milhões de euros (cerca de R$ 820 milhões) previstos como multa rescisória. "Somos um clube de 118 anos de história, com grandes jogadores, com mais de 140 mil sócios, é nosso, dos sócios e não de um xeque ou oligarca", disse, em referência ao time parisiense, que é comandado pelo milionário Nasser Al-Khelaifi. QUANTO NEYMAR RECEBEU - Valor em R$ milhares corrigidos pelo IPCA O presidente do Barcelona ainda citou Lionel Messi e André Iniesta como exemplos de jogadores que estão identificados com o clube. E disse de forma direta que a maneira escolhida para a saída de Neymar não foi a correta, apesar de a recompensa financeira ter sido satisfatória. "O compromisso de fidelidade de Leo Messi também deve ser um exemplo, assim como Andrés Iniesta. Prevíamos a possibilidade de Neymar sair e por isso subimos a cláusula e agora estamos trabalhando para encontrar substitutos", disse, citando que o valor da transferência será usado na busca por um substituto e para melhorar o patrimônio do clube. NEYMAR NO BARCELONA - Por temporada "A decisão, seja qual fosse, seria boa para o Barça. Se ficasse, iríamos manter um grande jogador e se saísse teríamos uma grande quantidade (de dinheiro). Com esta cláusula tínhamos todas as garantias a. As formas não foram as melhores, não são as que devem defender o nosso jogador. Este dinheiro servirá para melhorar o nosso patrimônio", completou.
esporte
Presidente do Barça diz que Neymar é história e ninguém está acima do clubeO presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, abriu um congresso do clube nesta segunda-feira (7) com um forte discurso sobre a transferência Neymar para o PSG. Falando para o corpo diretivo, Bartomeu disse que o atacante brasileiro já faz parte da história e ninguém está acima do clube. "Quero falar de futuro. Somos o Barcelona, um clube querido ao redor do mundo. Mas, antes, queremos dar por encerrado um capítulo do passado. Neymar fez parte de nosso clube, mas agora já é história. Foi uma decisão sua e fizemos tudo que estava ao nosso alcance para que ficasse. Sempre atuando com a responsabilidade que nos cabe, respeitamos a sua decisão. Tudo tem um limite e nenhum jogador pode estar acima do Barcelona", disse. Dez maiores transferências da história do futebol - Jogadores e temporada da transferência; valores em milhões de Euros Bartomeu aproveitou a situação para criticar indiretamente a postura do PSG, que para selar a transferência pagou os 222 milhões de euros (cerca de R$ 820 milhões) previstos como multa rescisória. "Somos um clube de 118 anos de história, com grandes jogadores, com mais de 140 mil sócios, é nosso, dos sócios e não de um xeque ou oligarca", disse, em referência ao time parisiense, que é comandado pelo milionário Nasser Al-Khelaifi. QUANTO NEYMAR RECEBEU - Valor em R$ milhares corrigidos pelo IPCA O presidente do Barcelona ainda citou Lionel Messi e André Iniesta como exemplos de jogadores que estão identificados com o clube. E disse de forma direta que a maneira escolhida para a saída de Neymar não foi a correta, apesar de a recompensa financeira ter sido satisfatória. "O compromisso de fidelidade de Leo Messi também deve ser um exemplo, assim como Andrés Iniesta. Prevíamos a possibilidade de Neymar sair e por isso subimos a cláusula e agora estamos trabalhando para encontrar substitutos", disse, citando que o valor da transferência será usado na busca por um substituto e para melhorar o patrimônio do clube. NEYMAR NO BARCELONA - Por temporada "A decisão, seja qual fosse, seria boa para o Barça. Se ficasse, iríamos manter um grande jogador e se saísse teríamos uma grande quantidade (de dinheiro). Com esta cláusula tínhamos todas as garantias a. As formas não foram as melhores, não são as que devem defender o nosso jogador. Este dinheiro servirá para melhorar o nosso patrimônio", completou.
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PT fala em 'regime de exceção' e defende Lula para derrubar reformas
Em documento que servirá de base para o 6º Congresso Nacional do PT, que começa nesta quinta-feira (1) em Brasília, o partido afirma que o país vive um "regime de exceção" com as prisões da Lava Jato, que não votará em eventual processo de eleições indiretas e que apenas a candidatura do ex-presidente Lula ao Planalto em 2018 será capaz de derrubar as medidas aprovadas pelo governo de Michel Temer. "O PT lutará para impedir que os golpistas interditem o direito do companheiro Lula ser candidato à Presidência da República", diz o texto ao qual Folha teve acesso. Lula é réu em cinco ações penais e, caso seja condenado em segunda instância, tornaria-se inelegível. No documento, a cúpula do PT faz referência ao que chama de "República de Curitiba", comandada pelo juiz Sergio Moro, e diz que é ali que dirigentes do PT estão presos "há mais de um ano, alguns sequer condenados pelo regime de exceção que se instala no país". "A eleição de Lula presidente é uma condição para revogar as mudanças adotadas pelos golpistas, para adotar medidas de emergência que encadeiem reformas estruturais, que só o governo Lula pode conduzir, e que enfrentem a crise do ponto de vista das classes trabalhadoras", completa o documento. Ainda de acordo com o texto –que ainda pode sofrer modificações até sábado (3), quando o congresso se encerra–, o PT rejeita qualquer possibilidade de eleição via colégio eleitoral e defende, além da convocação de uma Assembleia Constituinte, as eleições diretas para substituir Temer caso o presidente seja cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em julgamento que se inicia em 6 de junho. "O PT manifesta sua posição inegociável pelas Diretas Já e contra o golpe dentro do golpe. Enfrentamos quaisquer iniciativas das classes dominantes de impor eleições indiretas por meio de um colégio eleitoral. O PT rejeita terminantemente as duas alternativas golpistas. O PT não votará no colégio eleitoral", diz o texto. Lula, por sua vez, sabe que há parlamentares petistas na Câmara e no Senado que abriram conversas com diversos grupos da base de Temer na articulação de uma solução via eleições indiretas caso ele seja cassado. O ex-presidente deu ordem para que a defesa pública do partido seja pelas eleições diretas porque não acredita que será possível haver "um nome de centro" entre os candidatos, que poderia acenar ao PT. Lula avalia ainda que o partido teria pouca influência no processo, mas não impediu nenhum diálogo. No documento, os petistas defendem tirar da pauta do Congresso as reformas trabalhista e previdenciária e derrubar medidas como a Lei de Terceirização, a reforma do Ensino Médio e a PEC do Teto de Gastos, que estabeleceu um limite para os gastos públicos o que, segundo eles, prejudica áreas como saúde e educação. Com esse discurso, a legenda quer se reaproximar de sua militância e das bases sociais e sindicais, que se distanciaram do petismo durante os governos de Lula e, principalmente, da ex-presidente Dilma Rousseff. O texto faz ainda críticas à condução da Operação Lava Jato que, segundo o partido, acontece sob o cenário da "violência de Estado, levada a efeito por setores do Ministério Público, do Judiciário e das policiais". 'ERROS E INSUFICIÊNCIAS' No documento de cerca de 40 páginas, o PT faz um balanço das gestões do partido e uma autocrítica ao dizer que "está claro" que o impeachment de Dilma ocorreu "devido a nossos erros e insuficiências". "Ao realizar o balanço deste período, não podemos deixar de enfatizar nossos êxitos. Não porque não tenhamos cometidos erros, tampouco porque tenhamos sido exitosos em, tudo. Aliás, se fosse assim, o golpe não teria ocorrido e viveríamos no socialismo". Mais adiante, após fazer críticas à política econômica de Dilma, levanta teses sobre como o impeachment foi aprovado por um parlamento "onde a base do governo era supostamente majoritária", com respaldo de um "Supremo Tribunal Federal composto, em sua ampla maioria, por ministros indicados por presidentes petistas".
poder
PT fala em 'regime de exceção' e defende Lula para derrubar reformasEm documento que servirá de base para o 6º Congresso Nacional do PT, que começa nesta quinta-feira (1) em Brasília, o partido afirma que o país vive um "regime de exceção" com as prisões da Lava Jato, que não votará em eventual processo de eleições indiretas e que apenas a candidatura do ex-presidente Lula ao Planalto em 2018 será capaz de derrubar as medidas aprovadas pelo governo de Michel Temer. "O PT lutará para impedir que os golpistas interditem o direito do companheiro Lula ser candidato à Presidência da República", diz o texto ao qual Folha teve acesso. Lula é réu em cinco ações penais e, caso seja condenado em segunda instância, tornaria-se inelegível. No documento, a cúpula do PT faz referência ao que chama de "República de Curitiba", comandada pelo juiz Sergio Moro, e diz que é ali que dirigentes do PT estão presos "há mais de um ano, alguns sequer condenados pelo regime de exceção que se instala no país". "A eleição de Lula presidente é uma condição para revogar as mudanças adotadas pelos golpistas, para adotar medidas de emergência que encadeiem reformas estruturais, que só o governo Lula pode conduzir, e que enfrentem a crise do ponto de vista das classes trabalhadoras", completa o documento. Ainda de acordo com o texto –que ainda pode sofrer modificações até sábado (3), quando o congresso se encerra–, o PT rejeita qualquer possibilidade de eleição via colégio eleitoral e defende, além da convocação de uma Assembleia Constituinte, as eleições diretas para substituir Temer caso o presidente seja cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em julgamento que se inicia em 6 de junho. "O PT manifesta sua posição inegociável pelas Diretas Já e contra o golpe dentro do golpe. Enfrentamos quaisquer iniciativas das classes dominantes de impor eleições indiretas por meio de um colégio eleitoral. O PT rejeita terminantemente as duas alternativas golpistas. O PT não votará no colégio eleitoral", diz o texto. Lula, por sua vez, sabe que há parlamentares petistas na Câmara e no Senado que abriram conversas com diversos grupos da base de Temer na articulação de uma solução via eleições indiretas caso ele seja cassado. O ex-presidente deu ordem para que a defesa pública do partido seja pelas eleições diretas porque não acredita que será possível haver "um nome de centro" entre os candidatos, que poderia acenar ao PT. Lula avalia ainda que o partido teria pouca influência no processo, mas não impediu nenhum diálogo. No documento, os petistas defendem tirar da pauta do Congresso as reformas trabalhista e previdenciária e derrubar medidas como a Lei de Terceirização, a reforma do Ensino Médio e a PEC do Teto de Gastos, que estabeleceu um limite para os gastos públicos o que, segundo eles, prejudica áreas como saúde e educação. Com esse discurso, a legenda quer se reaproximar de sua militância e das bases sociais e sindicais, que se distanciaram do petismo durante os governos de Lula e, principalmente, da ex-presidente Dilma Rousseff. O texto faz ainda críticas à condução da Operação Lava Jato que, segundo o partido, acontece sob o cenário da "violência de Estado, levada a efeito por setores do Ministério Público, do Judiciário e das policiais". 'ERROS E INSUFICIÊNCIAS' No documento de cerca de 40 páginas, o PT faz um balanço das gestões do partido e uma autocrítica ao dizer que "está claro" que o impeachment de Dilma ocorreu "devido a nossos erros e insuficiências". "Ao realizar o balanço deste período, não podemos deixar de enfatizar nossos êxitos. Não porque não tenhamos cometidos erros, tampouco porque tenhamos sido exitosos em, tudo. Aliás, se fosse assim, o golpe não teria ocorrido e viveríamos no socialismo". Mais adiante, após fazer críticas à política econômica de Dilma, levanta teses sobre como o impeachment foi aprovado por um parlamento "onde a base do governo era supostamente majoritária", com respaldo de um "Supremo Tribunal Federal composto, em sua ampla maioria, por ministros indicados por presidentes petistas".
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Turquia trata EI como principal suspeito de atentado, diz premiê
Para as autoridades turcas, a milícia terrorista Estado Islâmico (EI) é a principal suspeita do atentado que matou ao menos 97 pessoas em Ancara, afirmou o primeiro-ministro do país, Ahmet Davutoglu, nesta segunda (12), destacando que os investigadores estão perto de identificar um dos dois homens-bomba. Davutoglu já havia dito em uma entrevista ao canal NTV que as evidências apontavam para "um certo grupo", o qual ele se recusou a identificar. O primeiro-ministro havia colocado, anteriormente, a guerrilha curda PKK entre os suspeitos. A manifestação, no último sábado (10), foi organizada por ativistas turcos e curdos para pedir mais democracia e o fim da luta, retomada em julho, entre as forças de seguranças do país com os rebeldes curdos. O atentado ocorre menos de um mês antes das eleições parlamentares, marcadas para 1º de novembro. Ninguém assumiu a responsabilidade pelo ato. A mídia turca apontou, porem, para as semelhanças com o ataque de um homem-bomba que matou 33 pessoas em Suruç, perto da fronteira com a Síria, em julho. O governo, à época, apontou o EI como culpado. Segundo o jornal "Hürriyet", o artefato e os explosivos usados em Ancara são similares aos usados em Suruç. Nesta segunda, o "Yeni Safak", um jornal pró-governo, afirmou que o foco das autoridades na investigação é o EI, e que os peritos estão comparando amostras de DNA dos suspeitos com o de familiares de cerca de 20 extremistas. Segundo Davutoglu, a Turquia havia recebido informações de que rebeldes curdos ou militantes do EI planejavam explodir bombas no país e que dois suspeitos haviam sido detidos antes do ataque de sábado. AGENDA O partido governista, AKP, ao qual são filiados tanto Davutoglu quanto o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, cancelou todos os compromissos de campanha até a sexta-feira (16) devido ao atentado terrorista. Também nesta segunda, Berlim anunciou que a chanceler alemã, Angela Merkel, vai fazer uma viagem para a Turquia no próximo domingo (18). Na pauta das discussões estão questões de segurança, a crise de refugiados e o conflito na Síria, segundo seu porta-voz.
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Turquia trata EI como principal suspeito de atentado, diz premiêPara as autoridades turcas, a milícia terrorista Estado Islâmico (EI) é a principal suspeita do atentado que matou ao menos 97 pessoas em Ancara, afirmou o primeiro-ministro do país, Ahmet Davutoglu, nesta segunda (12), destacando que os investigadores estão perto de identificar um dos dois homens-bomba. Davutoglu já havia dito em uma entrevista ao canal NTV que as evidências apontavam para "um certo grupo", o qual ele se recusou a identificar. O primeiro-ministro havia colocado, anteriormente, a guerrilha curda PKK entre os suspeitos. A manifestação, no último sábado (10), foi organizada por ativistas turcos e curdos para pedir mais democracia e o fim da luta, retomada em julho, entre as forças de seguranças do país com os rebeldes curdos. O atentado ocorre menos de um mês antes das eleições parlamentares, marcadas para 1º de novembro. Ninguém assumiu a responsabilidade pelo ato. A mídia turca apontou, porem, para as semelhanças com o ataque de um homem-bomba que matou 33 pessoas em Suruç, perto da fronteira com a Síria, em julho. O governo, à época, apontou o EI como culpado. Segundo o jornal "Hürriyet", o artefato e os explosivos usados em Ancara são similares aos usados em Suruç. Nesta segunda, o "Yeni Safak", um jornal pró-governo, afirmou que o foco das autoridades na investigação é o EI, e que os peritos estão comparando amostras de DNA dos suspeitos com o de familiares de cerca de 20 extremistas. Segundo Davutoglu, a Turquia havia recebido informações de que rebeldes curdos ou militantes do EI planejavam explodir bombas no país e que dois suspeitos haviam sido detidos antes do ataque de sábado. AGENDA O partido governista, AKP, ao qual são filiados tanto Davutoglu quanto o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, cancelou todos os compromissos de campanha até a sexta-feira (16) devido ao atentado terrorista. Também nesta segunda, Berlim anunciou que a chanceler alemã, Angela Merkel, vai fazer uma viagem para a Turquia no próximo domingo (18). Na pauta das discussões estão questões de segurança, a crise de refugiados e o conflito na Síria, segundo seu porta-voz.
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Pantanal ainda é o bioma mais preservado do país, mostra relatório
Um novo relatório, que será lançado na quarta-feira (21), indica que o Pantanal conserva a posição de área natural menos devastada pela sanha brasileira contra qualquer tipo de mato. De acordo com dados de satélite, 82% da imensa planície alagável continuam intactos. É uma situação parecida com a da floresta amazônica, que mantém 80,5% da cobertura vegetal de origem. Ou seja, 19,5% já foram para o espaço –melhor dizendo, para a atmosfera, na forma de gases do efeito estufa (compostos de carbono que agravam o aquecimento global). O estudo "Monitoramento da Cobertura Vegetal e Uso do Solo da Bacia do Alto Paraguai", obtido pela coluna, se refere ao ano 2016 e foi feito pelo WWF com a Fundação Tuiuiú e a Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Seu lançamento ocorrerá dentro de dois dias em Campo Grande (MS). A semelhança da Amazônia com o Pantanal é só aparente. As diferenças começam pelo tamanho: a floresta amazônica tinha originalmente 4 milhões de quilômetros quadrados (km²), quase metade do tamanho do Brasil. O Pantanal, algo entre 140 mil km² e 150 mil km², conforme a fonte (respectivamente, o estudo em questão e o IBGE), menos de 2% do território nacional. Apesar do nome, o Pantanal é também mais seco (1.200-1.400 mm anuais de precipitação) que a Amazônia (1.500-3.250 mm). A água se acumula nele porque a topografia é plana e ela demora para escoar na cheia, mas sua maior parte vem de chuvas que caem no planalto em volta, onde ficam as cabeceiras dos rios da bacia do Paraguai. Apesar do alto grau de preservação, basta olhar o mapa da área desmatada ("antropizada", no jargão ecológico, e em vermelho, na figura) para ficar preocupado. O Pantanal é uma planície alagável cercada de desmatamento por todos os lados. A perda de vegetação não é boa para os rios. Eles podem até ganhar mais vazão, se a água deixar de se infiltrar lentamente no solo graças à presença da floresta e escorrer direto para o leito fluvial, mas ao mesmo tempo aumenta a erosão. Boa parte do solo carregado vai parar no Pantanal, onde se deposita nos rios lerdos, formando os "arrombados" (rios cada vez mais largos e rasos, resultado do assoreamento). Má notícia para os répteis, peixes e pássaros que fazem a riqueza da fauna pantaneira e veem, assim, seu habitat transtornado. O desmatamento no planalto é fruto da expansão agrícola, que converte cerrado e outras matas em campos cultivados (soja, milho, algodão, cana etc.) e pastos. O Pantanal também tem muita pecuária, mas ela é praticada ali de forma extensiva, com manejo de pastagens naturais –o capim que cresce entre os capões de mata e as lagoas (chamadas de "baías"). Pelo menos 5% do bioma (quase 7.500 km²) abrigam essas áreas naturais manejadas (ANM), como as chama o estudo do WWF, que as inclui nos 82% de preservação. Há quem veja aí um risco, pois esse manejo pode bem ser meio caminho andado para uma definitiva antropização. Por exemplo, com a introdução de espécies exóticas de capim. Se essas ANM forem descontadas, o grau de manutenção do Pantanal virgem cai para 77%. Talvez não fosse o suficiente para perder o posto de bioma menos devastado do Brasil, porque afinal um desconto semelhante teria de ser feito na Amazônia. Há muita área degradada por lá que não entra na estatística de desmatamento, que se baseia só no que o satélite enxerga como corte raso. O WWF monitora o desmatamento pantaneiro desde 2008, mas esse foi o primeiro levantamento feito com a UCDB e a Tuiuiú, e a metodologia foi aperfeiçoada. Apesar de a comparação com anos anteriores não ser recomendável, tecnicamente, parece certo que houve deterioração: oito anos antes, quase 87% do Pantanal ainda estavam preservados. O estudo do WWF indica que meros 45% da área de cabeceiras no planalto estão preservados. Com base no cadastro ambiental rural (CAR), os autores estimam que os donos das terras estejam devendo aproximadamente 3.900 km² de reserva legal (área da propriedade que, por lei, deve ser mantida com vegetação natural). O custo para recuperar esse enorme passivo ambiental, que pode sufocar lentamente o Pantanal, é da ordem de R$ 3,9 bilhões. Isso dá menos de 40% dos R$ 10,3 bilhões que a JBS terá de pagar de multa em seu acordo de leniência com o Ministério Público Federal.
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Pantanal ainda é o bioma mais preservado do país, mostra relatórioUm novo relatório, que será lançado na quarta-feira (21), indica que o Pantanal conserva a posição de área natural menos devastada pela sanha brasileira contra qualquer tipo de mato. De acordo com dados de satélite, 82% da imensa planície alagável continuam intactos. É uma situação parecida com a da floresta amazônica, que mantém 80,5% da cobertura vegetal de origem. Ou seja, 19,5% já foram para o espaço –melhor dizendo, para a atmosfera, na forma de gases do efeito estufa (compostos de carbono que agravam o aquecimento global). O estudo "Monitoramento da Cobertura Vegetal e Uso do Solo da Bacia do Alto Paraguai", obtido pela coluna, se refere ao ano 2016 e foi feito pelo WWF com a Fundação Tuiuiú e a Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Seu lançamento ocorrerá dentro de dois dias em Campo Grande (MS). A semelhança da Amazônia com o Pantanal é só aparente. As diferenças começam pelo tamanho: a floresta amazônica tinha originalmente 4 milhões de quilômetros quadrados (km²), quase metade do tamanho do Brasil. O Pantanal, algo entre 140 mil km² e 150 mil km², conforme a fonte (respectivamente, o estudo em questão e o IBGE), menos de 2% do território nacional. Apesar do nome, o Pantanal é também mais seco (1.200-1.400 mm anuais de precipitação) que a Amazônia (1.500-3.250 mm). A água se acumula nele porque a topografia é plana e ela demora para escoar na cheia, mas sua maior parte vem de chuvas que caem no planalto em volta, onde ficam as cabeceiras dos rios da bacia do Paraguai. Apesar do alto grau de preservação, basta olhar o mapa da área desmatada ("antropizada", no jargão ecológico, e em vermelho, na figura) para ficar preocupado. O Pantanal é uma planície alagável cercada de desmatamento por todos os lados. A perda de vegetação não é boa para os rios. Eles podem até ganhar mais vazão, se a água deixar de se infiltrar lentamente no solo graças à presença da floresta e escorrer direto para o leito fluvial, mas ao mesmo tempo aumenta a erosão. Boa parte do solo carregado vai parar no Pantanal, onde se deposita nos rios lerdos, formando os "arrombados" (rios cada vez mais largos e rasos, resultado do assoreamento). Má notícia para os répteis, peixes e pássaros que fazem a riqueza da fauna pantaneira e veem, assim, seu habitat transtornado. O desmatamento no planalto é fruto da expansão agrícola, que converte cerrado e outras matas em campos cultivados (soja, milho, algodão, cana etc.) e pastos. O Pantanal também tem muita pecuária, mas ela é praticada ali de forma extensiva, com manejo de pastagens naturais –o capim que cresce entre os capões de mata e as lagoas (chamadas de "baías"). Pelo menos 5% do bioma (quase 7.500 km²) abrigam essas áreas naturais manejadas (ANM), como as chama o estudo do WWF, que as inclui nos 82% de preservação. Há quem veja aí um risco, pois esse manejo pode bem ser meio caminho andado para uma definitiva antropização. Por exemplo, com a introdução de espécies exóticas de capim. Se essas ANM forem descontadas, o grau de manutenção do Pantanal virgem cai para 77%. Talvez não fosse o suficiente para perder o posto de bioma menos devastado do Brasil, porque afinal um desconto semelhante teria de ser feito na Amazônia. Há muita área degradada por lá que não entra na estatística de desmatamento, que se baseia só no que o satélite enxerga como corte raso. O WWF monitora o desmatamento pantaneiro desde 2008, mas esse foi o primeiro levantamento feito com a UCDB e a Tuiuiú, e a metodologia foi aperfeiçoada. Apesar de a comparação com anos anteriores não ser recomendável, tecnicamente, parece certo que houve deterioração: oito anos antes, quase 87% do Pantanal ainda estavam preservados. O estudo do WWF indica que meros 45% da área de cabeceiras no planalto estão preservados. Com base no cadastro ambiental rural (CAR), os autores estimam que os donos das terras estejam devendo aproximadamente 3.900 km² de reserva legal (área da propriedade que, por lei, deve ser mantida com vegetação natural). O custo para recuperar esse enorme passivo ambiental, que pode sufocar lentamente o Pantanal, é da ordem de R$ 3,9 bilhões. Isso dá menos de 40% dos R$ 10,3 bilhões que a JBS terá de pagar de multa em seu acordo de leniência com o Ministério Público Federal.
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Huck Presidente! Vou de Uber!
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Loucura! Loucura! Loucura!! Até o Huck quer ser presidente! Com Huck presidente, a Lava Jato muda de nome pra Cadeião do Huck! E o ministério? Transportes: Angélica! Vou de táxi! "Dona Angélica, seu helicóptero está pronto." "Não, vooou de táaaxi." Rarará! Saúde: Dani Bananinha! Aquilo que é Saúde! Esportes: Ronaldo. Cultura: o redator do Soletrando! Justiça e Balada: Aécio Neves! Rarará! O Huck quer renovar a política, mas antes tem que renovar as amizades. Apagar aquela foto com o Eike e o Aécio! Rarará! E um amigo me disse que o Huck é o Aécio terceirizado! Rarará! E o Doria pra presidente? Primeiras medidas! Varrer a rampa fantasiado de gari. Pintar o mural de Di Cavalcanti de cinza pensando que é grafite. Trocar as tapeçarias de Genaro de Carvalho por Romero Britto! Trocar as emas por pavões. Alá, eu nunca moraria num lugar que tivesse ema. E a faixa presidencial será da Ralph Lauren! Vender o Maranhão pra Dubai! O Pantanal pra China. E Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul pra Rússia! Rarará! E eu já disse que o Doria mandou dar blitz nos salões de beleza de luxo porque ninguém acerta o tom de loiro da Bia Doria? Rarará! E vamos ter o primeiro presidente de terninho acinturado! Rarará! E ainda temos o Lula: que vai dizer que aquele Lula da Lava Jato não é o Lula, é um amigo dele. E o Boçalnaro: que é contra os gays, mas adora uma dita dura! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! E com essa história da Carne Podre, os veganos estão na moda! E um amigo me perguntou como será relação carnal de um casal vegano? "Mozão, bota esse pepino pra fora!". "E eu vou comer essa couve-florzinha, sem glúten." Sem lactose! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Hoje só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Huck Presidente! Vou de Uber!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Loucura! Loucura! Loucura!! Até o Huck quer ser presidente! Com Huck presidente, a Lava Jato muda de nome pra Cadeião do Huck! E o ministério? Transportes: Angélica! Vou de táxi! "Dona Angélica, seu helicóptero está pronto." "Não, vooou de táaaxi." Rarará! Saúde: Dani Bananinha! Aquilo que é Saúde! Esportes: Ronaldo. Cultura: o redator do Soletrando! Justiça e Balada: Aécio Neves! Rarará! O Huck quer renovar a política, mas antes tem que renovar as amizades. Apagar aquela foto com o Eike e o Aécio! Rarará! E um amigo me disse que o Huck é o Aécio terceirizado! Rarará! E o Doria pra presidente? Primeiras medidas! Varrer a rampa fantasiado de gari. Pintar o mural de Di Cavalcanti de cinza pensando que é grafite. Trocar as tapeçarias de Genaro de Carvalho por Romero Britto! Trocar as emas por pavões. Alá, eu nunca moraria num lugar que tivesse ema. E a faixa presidencial será da Ralph Lauren! Vender o Maranhão pra Dubai! O Pantanal pra China. E Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul pra Rússia! Rarará! E eu já disse que o Doria mandou dar blitz nos salões de beleza de luxo porque ninguém acerta o tom de loiro da Bia Doria? Rarará! E vamos ter o primeiro presidente de terninho acinturado! Rarará! E ainda temos o Lula: que vai dizer que aquele Lula da Lava Jato não é o Lula, é um amigo dele. E o Boçalnaro: que é contra os gays, mas adora uma dita dura! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! E com essa história da Carne Podre, os veganos estão na moda! E um amigo me perguntou como será relação carnal de um casal vegano? "Mozão, bota esse pepino pra fora!". "E eu vou comer essa couve-florzinha, sem glúten." Sem lactose! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Hoje só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Uber demite engenheiro suspeito de roubar dados de carros do Google
A Uber demitiu o principal engenheiro de sua divisão de carros autoguiados, Anthony Levandowski, em meio a uma disputa judicial de alto risco na qual a empresa está tentando provar que não roubou segredos comerciais da Waymo, a unidade de carros autoguiados da Alphabet (Google). A decisão representa uma virada dramática na situação de Levandowski, a quem Travis Kalanick, o presidente-executivo da Uber, um dia definiu como "meu irmão postiço". A Uber adquiriu a start-up criada por Levandowski, a Otto, por US$ 680 milhões, ainda que a empresa não tivesse receita e existisse havia apenas seis meses. Como membro fundador da equipe de veículos autoguiados do Google, Levandowski é um dos mais importantes engenheiros no campo dos veículos autônomos e ganhou mais de US$ 120 milhões em bonificações em seus anos no Google. Sua demissão representa a mais recente em uma série de perdas de executivos para a Uber, que está passando por uma sucessão de crises que variam de acusações de assédio sexual à exposição do programa "Greyball", que a empresa usava para escapar à atenção das autoridades regulatórias. A companhia vai divulgar seu relatório sobre as acusações de assédio sexual nesta semana. A Uber confirmou a demissão de Levandowski nesta terça-feira (30) e anunciou que Eric Meyhofer continuará a liderar seus esforços no campo dos carros autoguiados. Quando Levandowski foi contratado pela Uber, no fim do ano passado, ele assumiu o comando dos esforços da empresa no ramo dos veículos autoguiados, um programa que Kalanick definiu como "existencial" para a sobrevivência em longo prazo da empresa. No entanto, em fevereiro a Waymo abriu processo contra a Uber, acusando a empresa de roubar segredos comerciais. Uma das peças centrais da acusação é a denúncia de que Levandowski teria baixado mais de 14 mil documentos da Waymo antes de deixar a empresa, um fato que seus advogados não contestam. A Uber nega ter usado quaisquer dos segredos comerciais a que Levandowski supostamente teria acesso, mas enfrenta dificuldades para provar essa afirmação porque Levandowski não está cooperando com a investigação e se recusou a entregar provas como o seu laptop e hard drives pessoais. Os advogados dele disseram que seu cliente reafirma o direito conferido pela quinta emenda à constituição dos Estados Unidos, que protege acusados contra autoincriminação, em resposta às solicitações judiciais de documentos. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Uber demite engenheiro suspeito de roubar dados de carros do GoogleA Uber demitiu o principal engenheiro de sua divisão de carros autoguiados, Anthony Levandowski, em meio a uma disputa judicial de alto risco na qual a empresa está tentando provar que não roubou segredos comerciais da Waymo, a unidade de carros autoguiados da Alphabet (Google). A decisão representa uma virada dramática na situação de Levandowski, a quem Travis Kalanick, o presidente-executivo da Uber, um dia definiu como "meu irmão postiço". A Uber adquiriu a start-up criada por Levandowski, a Otto, por US$ 680 milhões, ainda que a empresa não tivesse receita e existisse havia apenas seis meses. Como membro fundador da equipe de veículos autoguiados do Google, Levandowski é um dos mais importantes engenheiros no campo dos veículos autônomos e ganhou mais de US$ 120 milhões em bonificações em seus anos no Google. Sua demissão representa a mais recente em uma série de perdas de executivos para a Uber, que está passando por uma sucessão de crises que variam de acusações de assédio sexual à exposição do programa "Greyball", que a empresa usava para escapar à atenção das autoridades regulatórias. A companhia vai divulgar seu relatório sobre as acusações de assédio sexual nesta semana. A Uber confirmou a demissão de Levandowski nesta terça-feira (30) e anunciou que Eric Meyhofer continuará a liderar seus esforços no campo dos carros autoguiados. Quando Levandowski foi contratado pela Uber, no fim do ano passado, ele assumiu o comando dos esforços da empresa no ramo dos veículos autoguiados, um programa que Kalanick definiu como "existencial" para a sobrevivência em longo prazo da empresa. No entanto, em fevereiro a Waymo abriu processo contra a Uber, acusando a empresa de roubar segredos comerciais. Uma das peças centrais da acusação é a denúncia de que Levandowski teria baixado mais de 14 mil documentos da Waymo antes de deixar a empresa, um fato que seus advogados não contestam. A Uber nega ter usado quaisquer dos segredos comerciais a que Levandowski supostamente teria acesso, mas enfrenta dificuldades para provar essa afirmação porque Levandowski não está cooperando com a investigação e se recusou a entregar provas como o seu laptop e hard drives pessoais. Os advogados dele disseram que seu cliente reafirma o direito conferido pela quinta emenda à constituição dos Estados Unidos, que protege acusados contra autoincriminação, em resposta às solicitações judiciais de documentos. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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São Paulo tenta se recompor contra a Linense antes de jogo na Libertadores
Derrotado por 3 a 0 pelo Palmeiras e em meio a uma crise que quase derrubou o técnico Muricy Ramalho, o São Paulo quer usar a partida contra o Linense pelo Campeonato Paulista, neste domingo (29), às 16h, no Morumbi, para colocar a cabeça em ordem antes de começar a definir seu futuro na Copa Libertadores. Na quarta (1º/4), a equipe visita o San Lorenzo, na Argentina, em um jogo importante para sua pretensão de avançar para a fase final da competição. Já no Paulista, não há motivo para preocupação. O São Paulo já está nas quartas. O clima, no entanto, será de cobrança. A Independente, maior torcida organizada do São Paulo, anunciou por meio de suas redes sociais que irá realizar um protesto antes da partida, às 16h, Os motivos são a má fase do time no ano e o preço dos ingressos. Em 2015, o São Paulo perdeu duas vezes para o Corinthians e uma para o Palmeiras, e empatou com o Santos.
esporte
São Paulo tenta se recompor contra a Linense antes de jogo na LibertadoresDerrotado por 3 a 0 pelo Palmeiras e em meio a uma crise que quase derrubou o técnico Muricy Ramalho, o São Paulo quer usar a partida contra o Linense pelo Campeonato Paulista, neste domingo (29), às 16h, no Morumbi, para colocar a cabeça em ordem antes de começar a definir seu futuro na Copa Libertadores. Na quarta (1º/4), a equipe visita o San Lorenzo, na Argentina, em um jogo importante para sua pretensão de avançar para a fase final da competição. Já no Paulista, não há motivo para preocupação. O São Paulo já está nas quartas. O clima, no entanto, será de cobrança. A Independente, maior torcida organizada do São Paulo, anunciou por meio de suas redes sociais que irá realizar um protesto antes da partida, às 16h, Os motivos são a má fase do time no ano e o preço dos ingressos. Em 2015, o São Paulo perdeu duas vezes para o Corinthians e uma para o Palmeiras, e empatou com o Santos.
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Viaduto da Nove de Julho que será reaberto para carros é rota de Doria
João Doria (PSDB) ganhará tempo em seu trajeto de casa à prefeitura após a primeira mudança viária de sua gestão. A partir desta sexta (6), o tucano e os demais que passam de carro pela avenida Nove de Julho poderão voltar a usar o viaduto que passa em cima da praça 14 Bis, atualmente restrito à circulação de ônibus. O viaduto fica no caminho de cerca de 6 km entre a casa do prefeito, no Jardim Europa, na zona oeste, e a sede da prefeitura, no centro da cidade. A reabertura para carros terá limitações. Apenas veículos com duas pessoas ou mais poderão trafegar na via, das 5h às 21h nos dias de semana e das 5h às 15h aos sábados. Nos demais horários e aos domingos e feriados, o acesso será liberado para todos os veículos, independentemente do número de ocupantes. O viaduto virou um corredor exclusivo de ônibus em novembro de 2015, em decisão do então prefeito Fernando Haddad (PT). A medida irritou os motoristas, já que os carros passaram a ser obrigados a contornar a praça, em trajeto com semáforos e cercado por moradores de rua. Segundo a prefeitura, essa mudança viária foi uma iniciativa do secretário Sérgio Avelleda (Transportes), ratificada pelo prefeito, com base em critérios técnicos, que apontariam a subutilização da via pelos ônibus. No mês passado, em evento da Fecomercio-SP (Federação de Bens, Serviços e Turismo do Estado de SP), Doria já antecipava a medida. "Esse viaduto será aberto para automóvel, vamos acabar com essa história", disse, após ser interrompido por aplausos de diretores de sindicatos patronais. "Tem meio dúzia de ônibus a cada meia hora. Vamos acabar com essa história, isso é uma obviedade, é só ficar aqui e ver. Não precisa nem ser técnico de engenharia de tráfego para uma obviedade desse tipo. As coisas óbvias nós temos que fazer imediatamente, tem que fazer executar." O secretário municipal dos Transportes diz que esse é o início de um projeto piloto de compartilhamento de carros. "Não vamos implantar sem uma avaliação. O viaduto apresenta exclusividade para ônibus, mas há um espaço ocioso", afirma Avelleda. Segundo a gestão Doria, passam hoje 120 ônibus por hora e 50 táxis por hora no local. O total esperado no viaduto após a mudança para carros compartilhados, diz a administração tucana, é de 570 veículos por hora, abaixo da capacidade de 800. Por serem minoria, afirma Avelleda, os carros com mais de uma pessoa não devem atrapalhar os ônibus. Medições sobre os efeitos da medida passarão a ser feitas com o início da ação. "Em São Paulo, o índice é de 1,7 pessoa por veículo. É uma imensa quantidade de carros circulando com apenas uma pessoa. Com aplicativos é perfeitamente possível que as pessoas façam o compartilhamento de veículos." Outra questão que pesou na escolha dessa via, segundo ele, é a facilidade de fiscalizar se há menos de duas pessoas nos carros. Trata-se de local fechado, de 600 metros, que pode ser vigiado por dois agentes, um em cada entrada. Quem usa ônibus criticou a decisão da prefeitura, enquanto motoristas comemoraram. "Transporte coletivo tem que ser priorizado. Se os carros voltarem, quem pega ônibus será prejudicado", disse o bancário Felipe Carvalho, 33. O técnico de TV a cabo Jeferson Lucas, 27, que dirige, afirmou que o trânsito na parte de baixo do viaduto deve melhorar com a medida. Chamada Doria ESPECIALISTAS Especialistas em mobilidade consideram viável a volta dos carros no viaduto da av. Nove de Julho, mas indicam a necessidade de ajustes para que a medida funcione sem problemas. O consultor Sérgio Ejzenberg, engenheiro e mestre em transportes pela USP, lembra que a tentativa de criar uma faixa para veículos só com mais de um ocupante não deu certo na Radial Leste, devido à dificuldade de fiscalização. "É uma medida pontual, arbitrária, num trecho minúsculo, bom para gerar fiscalização atrapalhada", diz ele, favorável à total reabertura para automóveis. Para o consultor Horácio Figueira, a restrição a carros com uma pessoa ameniza o impacto no sistema de ônibus, mas deve ser fiscalizada. O especialista Flamínio Fichmann vê subutilização da via hoje, que sobrecarrega o trânsito na parte inferior do viaduto. Figueira e Fichmann dizem que pode haver problema no entrelaçamento entre carros e ônibus, pelo fato de o corredor ser à esquerda e as paradas, à direita. Para que a velocidade dos coletivos não seja afetada, sugerem desde um semáforo até a transferência dessa parada à esquerda.
cotidiano
Viaduto da Nove de Julho que será reaberto para carros é rota de DoriaJoão Doria (PSDB) ganhará tempo em seu trajeto de casa à prefeitura após a primeira mudança viária de sua gestão. A partir desta sexta (6), o tucano e os demais que passam de carro pela avenida Nove de Julho poderão voltar a usar o viaduto que passa em cima da praça 14 Bis, atualmente restrito à circulação de ônibus. O viaduto fica no caminho de cerca de 6 km entre a casa do prefeito, no Jardim Europa, na zona oeste, e a sede da prefeitura, no centro da cidade. A reabertura para carros terá limitações. Apenas veículos com duas pessoas ou mais poderão trafegar na via, das 5h às 21h nos dias de semana e das 5h às 15h aos sábados. Nos demais horários e aos domingos e feriados, o acesso será liberado para todos os veículos, independentemente do número de ocupantes. O viaduto virou um corredor exclusivo de ônibus em novembro de 2015, em decisão do então prefeito Fernando Haddad (PT). A medida irritou os motoristas, já que os carros passaram a ser obrigados a contornar a praça, em trajeto com semáforos e cercado por moradores de rua. Segundo a prefeitura, essa mudança viária foi uma iniciativa do secretário Sérgio Avelleda (Transportes), ratificada pelo prefeito, com base em critérios técnicos, que apontariam a subutilização da via pelos ônibus. No mês passado, em evento da Fecomercio-SP (Federação de Bens, Serviços e Turismo do Estado de SP), Doria já antecipava a medida. "Esse viaduto será aberto para automóvel, vamos acabar com essa história", disse, após ser interrompido por aplausos de diretores de sindicatos patronais. "Tem meio dúzia de ônibus a cada meia hora. Vamos acabar com essa história, isso é uma obviedade, é só ficar aqui e ver. Não precisa nem ser técnico de engenharia de tráfego para uma obviedade desse tipo. As coisas óbvias nós temos que fazer imediatamente, tem que fazer executar." O secretário municipal dos Transportes diz que esse é o início de um projeto piloto de compartilhamento de carros. "Não vamos implantar sem uma avaliação. O viaduto apresenta exclusividade para ônibus, mas há um espaço ocioso", afirma Avelleda. Segundo a gestão Doria, passam hoje 120 ônibus por hora e 50 táxis por hora no local. O total esperado no viaduto após a mudança para carros compartilhados, diz a administração tucana, é de 570 veículos por hora, abaixo da capacidade de 800. Por serem minoria, afirma Avelleda, os carros com mais de uma pessoa não devem atrapalhar os ônibus. Medições sobre os efeitos da medida passarão a ser feitas com o início da ação. "Em São Paulo, o índice é de 1,7 pessoa por veículo. É uma imensa quantidade de carros circulando com apenas uma pessoa. Com aplicativos é perfeitamente possível que as pessoas façam o compartilhamento de veículos." Outra questão que pesou na escolha dessa via, segundo ele, é a facilidade de fiscalizar se há menos de duas pessoas nos carros. Trata-se de local fechado, de 600 metros, que pode ser vigiado por dois agentes, um em cada entrada. Quem usa ônibus criticou a decisão da prefeitura, enquanto motoristas comemoraram. "Transporte coletivo tem que ser priorizado. Se os carros voltarem, quem pega ônibus será prejudicado", disse o bancário Felipe Carvalho, 33. O técnico de TV a cabo Jeferson Lucas, 27, que dirige, afirmou que o trânsito na parte de baixo do viaduto deve melhorar com a medida. Chamada Doria ESPECIALISTAS Especialistas em mobilidade consideram viável a volta dos carros no viaduto da av. Nove de Julho, mas indicam a necessidade de ajustes para que a medida funcione sem problemas. O consultor Sérgio Ejzenberg, engenheiro e mestre em transportes pela USP, lembra que a tentativa de criar uma faixa para veículos só com mais de um ocupante não deu certo na Radial Leste, devido à dificuldade de fiscalização. "É uma medida pontual, arbitrária, num trecho minúsculo, bom para gerar fiscalização atrapalhada", diz ele, favorável à total reabertura para automóveis. Para o consultor Horácio Figueira, a restrição a carros com uma pessoa ameniza o impacto no sistema de ônibus, mas deve ser fiscalizada. O especialista Flamínio Fichmann vê subutilização da via hoje, que sobrecarrega o trânsito na parte inferior do viaduto. Figueira e Fichmann dizem que pode haver problema no entrelaçamento entre carros e ônibus, pelo fato de o corredor ser à esquerda e as paradas, à direita. Para que a velocidade dos coletivos não seja afetada, sugerem desde um semáforo até a transferência dessa parada à esquerda.
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Integrante do governo Alckmin é demitido após pedir 'dízimo' para PRB
Integrante do governo Geraldo Alckmin (PSDB), o chefe de gabinete da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude de São Paulo, Aildo Rodrigues (PRB), foi exonerado no sábado (30) após virar alvo de investigação na Corregedoria do Estado devido a uma denúncia de que ele pedia uma espécie de "dízimo" a funcionários comissionados da pasta. A contribuição seria destinada ao PRB, segundo o próprio Rodrigues admitiu à Folha. Além de chefe de gabinete da Secretaria de Esporte, sob controle do PRB, ele é presidente do diretório paulistano do partido e tesoureiro do diretório estadual. O secretário da Casa Civil, Edson Aparecido, conta ter recebido, no fim do ano passado, uma denúncia anônima com cópia de uma carta em que Rodrigues pedia a todos os ocupantes de cargos comissionados na secretaria uma doação. Aparecido relata ainda ter encaminhado o caso para a Corregedoria. Em 5 de janeiro, foi aberta uma investigação. "Conversei com o secretário [Jean Madeira] e o [presidente do PRB] Marcos Pereira, porque isso é um absurdo e ele tinha que deixar o cargo", afirma o chefe da Casa Civil. No Palácio dos Bandeirantes, colaboradores do governador Alckmin referem-se ironicamente à contribuição como "dízimo". OUTRO LADO Rodrigues afirma que pedir contribuições é inerente a suas funções no PRB e que não há irregularidades. Segundo ele, sua exoneração ocorreu após um pedido seu para deixar o cargo a fim de trabalhar na campanha do deputado federal e apresentador de TV Celso Russomanno (PRB-SP) para a Prefeitura de São Paulo. A assessoria da secretaria confirmou essa versão. "Isso é inerente à condição como tesoureiro do PRB no Estado e presidente na capital. Pedir contribuição é uma previsão estatutária, por isso minha obrigação de fazer. Vou continuar pedindo e contribui quem quer, pois não é obrigatório como em muitos partidos", argumenta. O presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, diz que concorda com o pedido desde que "dentro das normalidades estatutárias, sendo que ninguém é obrigado a doar nada". Afirma também que Aildo deixou o cargo para coordenar a campanha do PRB na capital. "Ele é homem de minha confiança".
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Integrante do governo Alckmin é demitido após pedir 'dízimo' para PRBIntegrante do governo Geraldo Alckmin (PSDB), o chefe de gabinete da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude de São Paulo, Aildo Rodrigues (PRB), foi exonerado no sábado (30) após virar alvo de investigação na Corregedoria do Estado devido a uma denúncia de que ele pedia uma espécie de "dízimo" a funcionários comissionados da pasta. A contribuição seria destinada ao PRB, segundo o próprio Rodrigues admitiu à Folha. Além de chefe de gabinete da Secretaria de Esporte, sob controle do PRB, ele é presidente do diretório paulistano do partido e tesoureiro do diretório estadual. O secretário da Casa Civil, Edson Aparecido, conta ter recebido, no fim do ano passado, uma denúncia anônima com cópia de uma carta em que Rodrigues pedia a todos os ocupantes de cargos comissionados na secretaria uma doação. Aparecido relata ainda ter encaminhado o caso para a Corregedoria. Em 5 de janeiro, foi aberta uma investigação. "Conversei com o secretário [Jean Madeira] e o [presidente do PRB] Marcos Pereira, porque isso é um absurdo e ele tinha que deixar o cargo", afirma o chefe da Casa Civil. No Palácio dos Bandeirantes, colaboradores do governador Alckmin referem-se ironicamente à contribuição como "dízimo". OUTRO LADO Rodrigues afirma que pedir contribuições é inerente a suas funções no PRB e que não há irregularidades. Segundo ele, sua exoneração ocorreu após um pedido seu para deixar o cargo a fim de trabalhar na campanha do deputado federal e apresentador de TV Celso Russomanno (PRB-SP) para a Prefeitura de São Paulo. A assessoria da secretaria confirmou essa versão. "Isso é inerente à condição como tesoureiro do PRB no Estado e presidente na capital. Pedir contribuição é uma previsão estatutária, por isso minha obrigação de fazer. Vou continuar pedindo e contribui quem quer, pois não é obrigatório como em muitos partidos", argumenta. O presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, diz que concorda com o pedido desde que "dentro das normalidades estatutárias, sendo que ninguém é obrigado a doar nada". Afirma também que Aildo deixou o cargo para coordenar a campanha do PRB na capital. "Ele é homem de minha confiança".
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Associações fazem lobby no Congresso contra corte de supersalários
Os gabinetes de lideranças partidárias da Câmara dos Deputados foram ocupados na manhã desta terça-feira (1º) por representantes das principais associações de magistrados e de integrantes do Ministério Público, que pressionam por mudanças no projeto que corta os supersalários do funcionalismo. O texto, de autoria do governo federal, faz parte do pacote de ajuste fiscal e projeta economia aos cofres federais de R$ 800 milhões ao ano. A oposição, porém, acertou com as entidades classistas que vai apresentar requerimentos para adiar a votação, marcada para esta quarta (2). Hoje o teto do funcionalismo é de R$ 33,7 mil mensais, mas brechas na legislação permitem acúmulos que levam servidores a ultrapassarem esse rendimento. Aos deputados, os dirigentes das associações de classe afirmaram, entre outras coisas, que o projeto inviabiliza a Justiça Eleitoral, já que corta o extra que os magistrados e integrantes do Ministério Público recebem pela segunda função, caso ele ultrapasse o teto. Estiveram na Câmara dirigentes da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), Anamatra (magistrado da Justiça do Trabalho), Conamp (Associação Nacional dos Membros do Ministério Público) e do Colégio de Presidentes dos Tribunais de Justiça. "Esse projeto desestrutura as carreiras (...) Há uma consciência de que o projeto é açodado, de que é preciso discutir mais", afirmou o presidente da AMB, João Ricardo dos Santos Costa. Um dos exemplos citados pelos representantes das associações é que um magistrado que recebe o teto salarial e que dá aula em uma universidade pública teria o salário da segunda função cortado, trabalhando nela de graça, na prática. "Tivemos a notícia de que no Distrito Federal 500 oficiais da Polícia Militar estão pedindo para ir para a reserva devido ao projeto", afirmou Pauderney Avelino (AM), líder da bancada do DEM. Ele reconhece o desgaste de defender salários maiores do que R$ 33,7 mil, que é quanto ganha um ministro do Supremo Tribunal Federal. "Há algumas questões pontuais, mas não dá para tratar tudo como abusivo porque não o é." Os dirigentes das associações estiveram com os líderes das bancadas de oposição e, depois, com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O peemedebista se comprometeu a discutir com os líderes partidários a viabilidade do adiamento da votação da proposta.
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Associações fazem lobby no Congresso contra corte de supersaláriosOs gabinetes de lideranças partidárias da Câmara dos Deputados foram ocupados na manhã desta terça-feira (1º) por representantes das principais associações de magistrados e de integrantes do Ministério Público, que pressionam por mudanças no projeto que corta os supersalários do funcionalismo. O texto, de autoria do governo federal, faz parte do pacote de ajuste fiscal e projeta economia aos cofres federais de R$ 800 milhões ao ano. A oposição, porém, acertou com as entidades classistas que vai apresentar requerimentos para adiar a votação, marcada para esta quarta (2). Hoje o teto do funcionalismo é de R$ 33,7 mil mensais, mas brechas na legislação permitem acúmulos que levam servidores a ultrapassarem esse rendimento. Aos deputados, os dirigentes das associações de classe afirmaram, entre outras coisas, que o projeto inviabiliza a Justiça Eleitoral, já que corta o extra que os magistrados e integrantes do Ministério Público recebem pela segunda função, caso ele ultrapasse o teto. Estiveram na Câmara dirigentes da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), Anamatra (magistrado da Justiça do Trabalho), Conamp (Associação Nacional dos Membros do Ministério Público) e do Colégio de Presidentes dos Tribunais de Justiça. "Esse projeto desestrutura as carreiras (...) Há uma consciência de que o projeto é açodado, de que é preciso discutir mais", afirmou o presidente da AMB, João Ricardo dos Santos Costa. Um dos exemplos citados pelos representantes das associações é que um magistrado que recebe o teto salarial e que dá aula em uma universidade pública teria o salário da segunda função cortado, trabalhando nela de graça, na prática. "Tivemos a notícia de que no Distrito Federal 500 oficiais da Polícia Militar estão pedindo para ir para a reserva devido ao projeto", afirmou Pauderney Avelino (AM), líder da bancada do DEM. Ele reconhece o desgaste de defender salários maiores do que R$ 33,7 mil, que é quanto ganha um ministro do Supremo Tribunal Federal. "Há algumas questões pontuais, mas não dá para tratar tudo como abusivo porque não o é." Os dirigentes das associações estiveram com os líderes das bancadas de oposição e, depois, com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O peemedebista se comprometeu a discutir com os líderes partidários a viabilidade do adiamento da votação da proposta.
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Presidente do BC japonês diz que há espaço para cortar juros para -0,5%
O presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, disse que há espaço para cortar a taxa de juros para cerca de -0,5%, contrariando a crescente suspeita de que as críticas públicas sobre a decisão de janeiro de adotar juros negativos o impedirá de prosseguir com essa política monetária. Falando no Parlamento, Kuroda disse que não pode indicar quais ferramentas de política monetária o banco central vai usar caso decida aumentar os estímulos novamente, já que a decisão vai depender das condições econômicas no momento. "É claro, há a possibilidade de decidirmos cortar os juros ainda mais", disse Kuroda. "Teoricamente, há espaço para tal", disse ele quando questionado por um parlamentar da oposição se o banco central poderia cortar os juros para cerca de -0,5%. Kuroda também disse que juros negativos funcionam para enfraquecer a moeda nacional, mas enfatizou que o Banco do Japão não tem como meta a taxa de câmbio. O banco central japonês cortou inesperadamente a taxa de juros para -0,1% em janeiro ao acelerar seus esforços para reanimar o crescimento e tirar o Japão de anos de deflação.
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Presidente do BC japonês diz que há espaço para cortar juros para -0,5%O presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, disse que há espaço para cortar a taxa de juros para cerca de -0,5%, contrariando a crescente suspeita de que as críticas públicas sobre a decisão de janeiro de adotar juros negativos o impedirá de prosseguir com essa política monetária. Falando no Parlamento, Kuroda disse que não pode indicar quais ferramentas de política monetária o banco central vai usar caso decida aumentar os estímulos novamente, já que a decisão vai depender das condições econômicas no momento. "É claro, há a possibilidade de decidirmos cortar os juros ainda mais", disse Kuroda. "Teoricamente, há espaço para tal", disse ele quando questionado por um parlamentar da oposição se o banco central poderia cortar os juros para cerca de -0,5%. Kuroda também disse que juros negativos funcionam para enfraquecer a moeda nacional, mas enfatizou que o Banco do Japão não tem como meta a taxa de câmbio. O banco central japonês cortou inesperadamente a taxa de juros para -0,1% em janeiro ao acelerar seus esforços para reanimar o crescimento e tirar o Japão de anos de deflação.
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Internet e celular superam gastos com acessórios, artigos de beleza e diversão
Uma pesquisa encomendada pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pelo portal de educação financeira "Meu Bolso Feliz" mostra que os gastos com internet e celular superam os feitos com acessórios, produtos de beleza e diversão. A pesquisa aponta ainda que 87% dos consumidores entrevistados consideram os gastos com telefonia e acesso à rede mundial de computadores "fundamentais" para o dia a dia. Identificou-se que, independentemente da classe social, o gasto médio mensal com a conta de internet e de celular é de R$ 104 por mês. Se analisarmos por classes sociais, a A e a B têm em média gastos de R$ 115 por mês. Já para as classes C, D e E, a média cai para R$ 98 por mês. A pesquisa abordou 620 pessoas a fim de descobrir com o que as famílias mais gastavam. O gasto de R$ 104 com a conta de celular foi o que mais chamou atenção no estudo. Verificou-se que essa média supera o gasto mensal do brasileiro com itens como shows, teatro e cinema (R$ 96), produtos de beleza (R$ 82), e acessórios (R$ 71). Nos últimos anos, a internet e o celular se transformaram em mecanismos de busca, compartilhamento de informações e interação online. É inegável que, nos dias atuais, manter-se conectado é de extrema importância, mas o consumidor precisa pesquisar com atenção e escolher o plano que melhor caiba no seu orçamento pessoal ou familiar. RANKING DE GASTOS Os maiores gastos entre os itens considerados "necessários" ficaram concentrados na compra de roupas (50%), na conta de celular e de internet (30%) e na compra de calçados (30%). Já os maiores gastos considerados "supérfluos" ficaram concentrados na compra de acessórios de moda (20%), na ida a restaurantes do dia a dia (17%) e na ida a bons restaurantes (17%). Com relação aos "sonhos de consumo", os que mais apareceram na pesquisa foram viagens turísticas nacionais (30%), viagens de fim de semana (19%) e eletroeletrônicos (15%). A pesquisa revela que "quanto maior o bolso, maior o gasto" e que as prioridades variam de acordo com o perfil socioeconômico do pesquisado. Os entrevistados das classes A e B têm habito de gastar mais com lazer e produtos mais caros, como viagens nacionais (42%, contra 17% na classe C, D e E) e carros (29%, contra 10% nas classes C, D e E). COMPRAS ON-LINE Quando o assunto é compras pela internet, os maiores gastos dos participantes da pesquisa são com viagens turísticas nacionais, que chegam a representar 60% contra 13% nas lojas físicas. Para as compras de eletroeletrônicos, 44% do volume total de gastos dos consumidores já são os realizados pela web, contra 34% em lojas de shopping. Já quando olhamos a categoria vestuário, a preferência ainda é pelas lojas físicas: 38% preferem as lojas de shopping, outros 38% as lojas de rua e somente 13% preferem comprar pela internet. Essa predileção é explicada pelo fato de o consumidor poder experimentar as peças desejadas. FORMA DE PAGAMENTO Com relação à forma de pagamento, a pesquisa revela que varia de acordo com o valor do bem a ser adquirido. Os produtos de menor valor são pagos com dinheiro, em detrimento do cartão de crédito. Podemos citar acessórios (55% em dinheiro, 30% com o cartão de crédito), maquiagem e produtos de beleza (53% em dinheiro, 23% com o cartão de crédito) e ingressos de shows, teatro e cinema (60% em dinheiro, 23% com o cartão de crédito). Interessante destacar que, quanto mais alto o valor da compra, maior a preferência do pesquisado pelo uso do cartão de crédito. Para finalizar, a maioria dos gastos sem planejamento foi atribuída à ida a bares (60%), à ida a bons restaurantes (55%), à aquisição de maquiagem e de produtos de beleza (53%) e à compra de calçados (50%). Post em parceria com Adriana Matiuzo
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Internet e celular superam gastos com acessórios, artigos de beleza e diversãoUma pesquisa encomendada pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pelo portal de educação financeira "Meu Bolso Feliz" mostra que os gastos com internet e celular superam os feitos com acessórios, produtos de beleza e diversão. A pesquisa aponta ainda que 87% dos consumidores entrevistados consideram os gastos com telefonia e acesso à rede mundial de computadores "fundamentais" para o dia a dia. Identificou-se que, independentemente da classe social, o gasto médio mensal com a conta de internet e de celular é de R$ 104 por mês. Se analisarmos por classes sociais, a A e a B têm em média gastos de R$ 115 por mês. Já para as classes C, D e E, a média cai para R$ 98 por mês. A pesquisa abordou 620 pessoas a fim de descobrir com o que as famílias mais gastavam. O gasto de R$ 104 com a conta de celular foi o que mais chamou atenção no estudo. Verificou-se que essa média supera o gasto mensal do brasileiro com itens como shows, teatro e cinema (R$ 96), produtos de beleza (R$ 82), e acessórios (R$ 71). Nos últimos anos, a internet e o celular se transformaram em mecanismos de busca, compartilhamento de informações e interação online. É inegável que, nos dias atuais, manter-se conectado é de extrema importância, mas o consumidor precisa pesquisar com atenção e escolher o plano que melhor caiba no seu orçamento pessoal ou familiar. RANKING DE GASTOS Os maiores gastos entre os itens considerados "necessários" ficaram concentrados na compra de roupas (50%), na conta de celular e de internet (30%) e na compra de calçados (30%). Já os maiores gastos considerados "supérfluos" ficaram concentrados na compra de acessórios de moda (20%), na ida a restaurantes do dia a dia (17%) e na ida a bons restaurantes (17%). Com relação aos "sonhos de consumo", os que mais apareceram na pesquisa foram viagens turísticas nacionais (30%), viagens de fim de semana (19%) e eletroeletrônicos (15%). A pesquisa revela que "quanto maior o bolso, maior o gasto" e que as prioridades variam de acordo com o perfil socioeconômico do pesquisado. Os entrevistados das classes A e B têm habito de gastar mais com lazer e produtos mais caros, como viagens nacionais (42%, contra 17% na classe C, D e E) e carros (29%, contra 10% nas classes C, D e E). COMPRAS ON-LINE Quando o assunto é compras pela internet, os maiores gastos dos participantes da pesquisa são com viagens turísticas nacionais, que chegam a representar 60% contra 13% nas lojas físicas. Para as compras de eletroeletrônicos, 44% do volume total de gastos dos consumidores já são os realizados pela web, contra 34% em lojas de shopping. Já quando olhamos a categoria vestuário, a preferência ainda é pelas lojas físicas: 38% preferem as lojas de shopping, outros 38% as lojas de rua e somente 13% preferem comprar pela internet. Essa predileção é explicada pelo fato de o consumidor poder experimentar as peças desejadas. FORMA DE PAGAMENTO Com relação à forma de pagamento, a pesquisa revela que varia de acordo com o valor do bem a ser adquirido. Os produtos de menor valor são pagos com dinheiro, em detrimento do cartão de crédito. Podemos citar acessórios (55% em dinheiro, 30% com o cartão de crédito), maquiagem e produtos de beleza (53% em dinheiro, 23% com o cartão de crédito) e ingressos de shows, teatro e cinema (60% em dinheiro, 23% com o cartão de crédito). Interessante destacar que, quanto mais alto o valor da compra, maior a preferência do pesquisado pelo uso do cartão de crédito. Para finalizar, a maioria dos gastos sem planejamento foi atribuída à ida a bares (60%), à ida a bons restaurantes (55%), à aquisição de maquiagem e de produtos de beleza (53%) e à compra de calçados (50%). Post em parceria com Adriana Matiuzo
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Popularidade de Macron cai 10 pontos em um mês na França, diz pesquisa
A popularidade do presidente francês, Emmanuel Macron, caiu dez pontos percentuais este mês, de acordo com uma pesquisa do instituto Ifop no domingo (23). É o maior declínio para um novo presidente francês desde 1995. A pesquisa, publicada no jornal francês "Journal du Dimanche", aponta que 54% das pessoas na França estavam satisfeitas com Macron em julho, contra 64% em junho. De acordo com o instituto de pesquisa, o último presidente recém-eleito a perder terreno desta maneira foi Jacques Chirac, em 1995. A pesquisa do Ifop trouxe resultado semelhante ao da recente pesquisa BVA. Macron teve um mês difícil, marcado por uma disputa pública sobre cortes de gastos militares com o principal chefe das Forças Armadas, o general Pierre de Villiers, que acabou renunciando. O presidente francês também teve divergências com o seu próprio primeiro-ministro, Edouard Philippe, ao prometer avançar com cortes de impostos em 2018, enquanto os planos para reduzir os benefícios da habitação também foram criticados.
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Popularidade de Macron cai 10 pontos em um mês na França, diz pesquisaA popularidade do presidente francês, Emmanuel Macron, caiu dez pontos percentuais este mês, de acordo com uma pesquisa do instituto Ifop no domingo (23). É o maior declínio para um novo presidente francês desde 1995. A pesquisa, publicada no jornal francês "Journal du Dimanche", aponta que 54% das pessoas na França estavam satisfeitas com Macron em julho, contra 64% em junho. De acordo com o instituto de pesquisa, o último presidente recém-eleito a perder terreno desta maneira foi Jacques Chirac, em 1995. A pesquisa do Ifop trouxe resultado semelhante ao da recente pesquisa BVA. Macron teve um mês difícil, marcado por uma disputa pública sobre cortes de gastos militares com o principal chefe das Forças Armadas, o general Pierre de Villiers, que acabou renunciando. O presidente francês também teve divergências com o seu próprio primeiro-ministro, Edouard Philippe, ao prometer avançar com cortes de impostos em 2018, enquanto os planos para reduzir os benefícios da habitação também foram criticados.
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O governo de 2016
No ano que vem o Brasil terá um novo governo: ou um novo governo Dilma, ou um governo Temer. O que é possível esperar do novo governo? Ninguém aposta em grandes viradas. Dilma já está aí e o PMDB no poder não chega a ser uma Primavera de Praga. Mas algumas mudanças podem começar. Se for possível prever 2016 extrapolando as tendências de 2015 (talvez não seja), o novo governo terá dois traços principais: será um governo mais liberal, e terá mais espaço para partidos que vinham sendo coadjuvantes de PT e PSDB. A adesão ao liberalismo será, em parte, uma imposição da realidade: o dinheiro acabou, e o reequilíbrio das contas públicas é urgente. Mas também é verdade que os liberais venceram a batalha das ideias em 2015. Desde a nomeação de Levy, passando pelos manifestos "O Ajuste Inevitável" e "Uma Ponte para o Futuro", houve uma elevação do teor de liberalismo econômico no debate brasileiro. Em grande parte porque os manifestos de esquerda, como o da Fundação Perseu Abramo, pediam para gastar dinheiro que não existe mais. Nada disso quer dizer que os liberais mais entusiasmados terão razão para se entusiasmar. Acho provável que se inicie a reforma da Previdência e que se discuta alguma abertura comercial. Mais do que isso exigiria bem mais em termos de conquista da opinião pública e de conciliação de interesses. Além disso, se a crise política continuar derrubando a economia, é pouco provável que as massas furiosas ocupem as ruas pedindo mais flexibilização das leis trabalhistas. Na política, se 2016 for parecido com 2015, partidos nem-PT-nem-PSDB ganharão maior destaque. O novo governo terá menos cara de governo paulista (ou PT ou PSDB) e mais cara de governo Sérgio Cabral. Se Dilma sobreviver ao impeachment, terá sido por ter finalmente aceitado compartilhar o poder com os aliados de centro-direita do PT. Isso inclui o PMDB que lhe for (vez ou outra) fiel, e os mini-PMDBs deste mundo, como o PSD. Se Temer for presidente, o PMDB assume a hegemonia da centro-direita, e o PSDB passa a ser seu coadjuvante, ao menos no curto prazo. Além das tendências de 2015 que devem continuar, é possível fazer apostas razoáveis sobre algumas coisas que devem mudar. Nesse ano que Eduardo Cunha não deixa acabar, a política foi política entre elites, de intrigas palacianas, porque entrou em pauta uma transferência de poder sem eleição. Em consequência, a política social, que serve para conquistar eleitores pobres, desapareceu da conversa. O resultado da PNAD, por exemplo, foi recebido com total desinteresse na discussão nacional. Em 2016 teremos eleições para prefeito, e a eleição de 2018 já começará a ser discutida com mais seriedade. Eleição é quando políticos e analistas voltam a prestar atenção nos pobres. Deve voltar, portanto, a discussão sobre políticas sociais. Mas, é claro, há outras tendências que podem prevalecer sobre essas todas. A batalha do impeachment pode levar a uma radicalização generalizada, que seria catastrófica. O filósofo Marcos Nobre detectou na política brasileira uma tendência à conciliação característica do que chamou de "pemedebismo". Em 2016 veremos, enfim, se o pemedebismo continuará funcionando quando é o PMDB indo para a guerra.
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O governo de 2016No ano que vem o Brasil terá um novo governo: ou um novo governo Dilma, ou um governo Temer. O que é possível esperar do novo governo? Ninguém aposta em grandes viradas. Dilma já está aí e o PMDB no poder não chega a ser uma Primavera de Praga. Mas algumas mudanças podem começar. Se for possível prever 2016 extrapolando as tendências de 2015 (talvez não seja), o novo governo terá dois traços principais: será um governo mais liberal, e terá mais espaço para partidos que vinham sendo coadjuvantes de PT e PSDB. A adesão ao liberalismo será, em parte, uma imposição da realidade: o dinheiro acabou, e o reequilíbrio das contas públicas é urgente. Mas também é verdade que os liberais venceram a batalha das ideias em 2015. Desde a nomeação de Levy, passando pelos manifestos "O Ajuste Inevitável" e "Uma Ponte para o Futuro", houve uma elevação do teor de liberalismo econômico no debate brasileiro. Em grande parte porque os manifestos de esquerda, como o da Fundação Perseu Abramo, pediam para gastar dinheiro que não existe mais. Nada disso quer dizer que os liberais mais entusiasmados terão razão para se entusiasmar. Acho provável que se inicie a reforma da Previdência e que se discuta alguma abertura comercial. Mais do que isso exigiria bem mais em termos de conquista da opinião pública e de conciliação de interesses. Além disso, se a crise política continuar derrubando a economia, é pouco provável que as massas furiosas ocupem as ruas pedindo mais flexibilização das leis trabalhistas. Na política, se 2016 for parecido com 2015, partidos nem-PT-nem-PSDB ganharão maior destaque. O novo governo terá menos cara de governo paulista (ou PT ou PSDB) e mais cara de governo Sérgio Cabral. Se Dilma sobreviver ao impeachment, terá sido por ter finalmente aceitado compartilhar o poder com os aliados de centro-direita do PT. Isso inclui o PMDB que lhe for (vez ou outra) fiel, e os mini-PMDBs deste mundo, como o PSD. Se Temer for presidente, o PMDB assume a hegemonia da centro-direita, e o PSDB passa a ser seu coadjuvante, ao menos no curto prazo. Além das tendências de 2015 que devem continuar, é possível fazer apostas razoáveis sobre algumas coisas que devem mudar. Nesse ano que Eduardo Cunha não deixa acabar, a política foi política entre elites, de intrigas palacianas, porque entrou em pauta uma transferência de poder sem eleição. Em consequência, a política social, que serve para conquistar eleitores pobres, desapareceu da conversa. O resultado da PNAD, por exemplo, foi recebido com total desinteresse na discussão nacional. Em 2016 teremos eleições para prefeito, e a eleição de 2018 já começará a ser discutida com mais seriedade. Eleição é quando políticos e analistas voltam a prestar atenção nos pobres. Deve voltar, portanto, a discussão sobre políticas sociais. Mas, é claro, há outras tendências que podem prevalecer sobre essas todas. A batalha do impeachment pode levar a uma radicalização generalizada, que seria catastrófica. O filósofo Marcos Nobre detectou na política brasileira uma tendência à conciliação característica do que chamou de "pemedebismo". Em 2016 veremos, enfim, se o pemedebismo continuará funcionando quando é o PMDB indo para a guerra.
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Tribunal da Indonésia nega recurso a traficantes australianos
Um tribunal da Indonésia rejeitou, nesta segunda-feira (6), o recurso de dois australianos condenados à morte por tráfico de drogas. Myuran Sukumaran e Andrew Chan ingressaram com a medida após a decisão do presidente Joko Widodo, que recusou os pedidos de clemência. O Tribunal Superior Administrativo de Jacarta, onde os australianos ingressaram com a apelação, manteve a mesma decisão de tribunal inferior que justificou que o caso dos apelantes está fora de sua jurisdição, já que a clemência é uma prerrogativa do presidente. Sukumaran e Chan foram condenados por tentar contrabandear heroína para o país asiático. Desde 2006, eles estão no corredor da morte. O governo da Austrália, principal parceiro comercial indonésio, ameaçou publicamente retaliar o país vizinho se os seus dois cidadãos forem fuzilados. Os advogados dos australianos anunciaram que levariam o caso adiante, desta vez, para o Tribunal Constitucional da Indonésia. O procurador-geral do país, Muhammad Prasetyio, disse que a dupla esgotou os recursos legais para evitar a pena capital. A decisão abre um precedente desfavorável para os demais estrangeiros condenados por tráfico de drogas no país, entre eles, o brasileiro Rodrigo Gularte, três nigerianos, três homens da França, Gana e uma mulher filipina. Na Indonésia, a execução se dá por pelotão de fuzilamento. Em janeiro, seis prisioneiros foram executados, entre os quais o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, 53. BRASILEIRO A defesa do brasileiro Rodrigo Gularte prepara recurso, a exemplo do que outros prisioneiros fizeram, para a Suprema Corte da Indonésia. Entre os argumentos está o fato de Gularte ter sido julgado na primeira instância sem a presença de um advogado. No final de fevereiro, o governo indonésio examinou o brasileiro para atestar a esquizofrenia. O resultado não foi divulgado. A ONU condenou a iminência das execuções na Indonésia, assim como entidades indonésias de direitos humanos e a Anistia Internacional. Com agências internacionais.
cotidiano
Tribunal da Indonésia nega recurso a traficantes australianosUm tribunal da Indonésia rejeitou, nesta segunda-feira (6), o recurso de dois australianos condenados à morte por tráfico de drogas. Myuran Sukumaran e Andrew Chan ingressaram com a medida após a decisão do presidente Joko Widodo, que recusou os pedidos de clemência. O Tribunal Superior Administrativo de Jacarta, onde os australianos ingressaram com a apelação, manteve a mesma decisão de tribunal inferior que justificou que o caso dos apelantes está fora de sua jurisdição, já que a clemência é uma prerrogativa do presidente. Sukumaran e Chan foram condenados por tentar contrabandear heroína para o país asiático. Desde 2006, eles estão no corredor da morte. O governo da Austrália, principal parceiro comercial indonésio, ameaçou publicamente retaliar o país vizinho se os seus dois cidadãos forem fuzilados. Os advogados dos australianos anunciaram que levariam o caso adiante, desta vez, para o Tribunal Constitucional da Indonésia. O procurador-geral do país, Muhammad Prasetyio, disse que a dupla esgotou os recursos legais para evitar a pena capital. A decisão abre um precedente desfavorável para os demais estrangeiros condenados por tráfico de drogas no país, entre eles, o brasileiro Rodrigo Gularte, três nigerianos, três homens da França, Gana e uma mulher filipina. Na Indonésia, a execução se dá por pelotão de fuzilamento. Em janeiro, seis prisioneiros foram executados, entre os quais o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, 53. BRASILEIRO A defesa do brasileiro Rodrigo Gularte prepara recurso, a exemplo do que outros prisioneiros fizeram, para a Suprema Corte da Indonésia. Entre os argumentos está o fato de Gularte ter sido julgado na primeira instância sem a presença de um advogado. No final de fevereiro, o governo indonésio examinou o brasileiro para atestar a esquizofrenia. O resultado não foi divulgado. A ONU condenou a iminência das execuções na Indonésia, assim como entidades indonésias de direitos humanos e a Anistia Internacional. Com agências internacionais.
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Paulinho sai do banco, faz seu primeiro gol e dá vitória ao Barcelona
Paulinho mostrou como pode ser útil para o Barcelona neste sábado (16). Em um jogo difícil contra o Getafe, fora de casa, ele saiu do banco de reservas e mostrou a melhor qualidade dele para decidir a partida: com uma rápida infiltração na área, fez o gol que decretou 2 a 1 para o time catalão. O resultado mantém o Barcelona na liderança do Campeonato Espanhol, com 100% de aproveitamento em quatro jogos. O Getafe estacionou nos quatro pontos. No primeiro tempo, o time da casa jogou acima das expectativas, enquanto o Barcelona decepcionou demais. Desde o começo, o Getafe mostrou que daria trabalho, pois encaixou bons contra-ataques e quase marcou com Molina aos 21min. O time catalão só criou chances de gol em lances de bola parada —um cabeceio de Umtiti em escanteio e uma cobrança de falta de Messi, defendida por Guaita. O placar foi aberto aos 38min, com um golaço do japonês Gaku Shibasaki. Na etapa final, o Getafe quis segurar o resultado, em vão. O Barcelona conseguiu o empate aos 16 min, com belo chute de Denis Suárez de dentro da área. O gol deixou o jogo completamente aberto, pois o Barcelona partiu com tudo para o ataque, enquanto o Getafe acordou e tentou buscar a vitória novamente. Surgiram ataques perigosos dos dois lados, mas o time catalão tinha Paulinho, que entrou no jogo aos 31min e conseguiu balançar a rede aos 38min. Após passe no meio-campo, o volante brasileiro carregou a bola em velocidade, invadiu a área, ganhou uma disputa no corpo e acertou um chute cruzado perfeito para o gol, acertando a rede lateral.
esporte
Paulinho sai do banco, faz seu primeiro gol e dá vitória ao BarcelonaPaulinho mostrou como pode ser útil para o Barcelona neste sábado (16). Em um jogo difícil contra o Getafe, fora de casa, ele saiu do banco de reservas e mostrou a melhor qualidade dele para decidir a partida: com uma rápida infiltração na área, fez o gol que decretou 2 a 1 para o time catalão. O resultado mantém o Barcelona na liderança do Campeonato Espanhol, com 100% de aproveitamento em quatro jogos. O Getafe estacionou nos quatro pontos. No primeiro tempo, o time da casa jogou acima das expectativas, enquanto o Barcelona decepcionou demais. Desde o começo, o Getafe mostrou que daria trabalho, pois encaixou bons contra-ataques e quase marcou com Molina aos 21min. O time catalão só criou chances de gol em lances de bola parada —um cabeceio de Umtiti em escanteio e uma cobrança de falta de Messi, defendida por Guaita. O placar foi aberto aos 38min, com um golaço do japonês Gaku Shibasaki. Na etapa final, o Getafe quis segurar o resultado, em vão. O Barcelona conseguiu o empate aos 16 min, com belo chute de Denis Suárez de dentro da área. O gol deixou o jogo completamente aberto, pois o Barcelona partiu com tudo para o ataque, enquanto o Getafe acordou e tentou buscar a vitória novamente. Surgiram ataques perigosos dos dois lados, mas o time catalão tinha Paulinho, que entrou no jogo aos 31min e conseguiu balançar a rede aos 38min. Após passe no meio-campo, o volante brasileiro carregou a bola em velocidade, invadiu a área, ganhou uma disputa no corpo e acertou um chute cruzado perfeito para o gol, acertando a rede lateral.
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Política de drogas é tema de debate da Folha e do Cebrap
A Folha e o Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) realizam o quinto evento da série Diálogos na próxima segunda-feira (28), das 11h30 às 13h. Na edição deste mês, o deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS) e Mauricio Fiore, coordenador científico da Plataforma Brasileira de Política de Drogas e pesquisador do Cebrap, debatem a política brasileira de drogas. A mediação será de Fernanda Mena, repórter especial da Folha. O evento é gratuito e ocorre no auditório do Cebrap (r. Morgado de Mateus, 615, Vila Mariana, São Paulo). Para participar, é preciso se inscrever pelo e-mail [email protected]. Lotação máxima de 30 lugares.
cotidiano
Política de drogas é tema de debate da Folha e do CebrapA Folha e o Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) realizam o quinto evento da série Diálogos na próxima segunda-feira (28), das 11h30 às 13h. Na edição deste mês, o deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS) e Mauricio Fiore, coordenador científico da Plataforma Brasileira de Política de Drogas e pesquisador do Cebrap, debatem a política brasileira de drogas. A mediação será de Fernanda Mena, repórter especial da Folha. O evento é gratuito e ocorre no auditório do Cebrap (r. Morgado de Mateus, 615, Vila Mariana, São Paulo). Para participar, é preciso se inscrever pelo e-mail [email protected]. Lotação máxima de 30 lugares.
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Senado dos EUA aprova Ben Carson para secretário da Habitação de Trump
O Senado nos Estados Unidos confirmou nesta quinta-feira (2) Ben Carson para exercer o cargo de secretário da Habitação. A indicação do neurocirurgião aposentado foi aprovada por 58 votos contra 41. Carson não tem experiência no setor público ou na área de habitação. O departamento que chefiará tem cerca de 8.300 funcionários e um orçamento de US$ 47 bilhões (R$ 147 bilhões). O Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano administra verbas de assistência à moradia e oferece seguro hipotecário para famílias de baixa renda. No ano passado, Carson disputou as prévias presidenciais do Partido Republicano, mas desistiu da candidatura após obter mau desempenho nas urnas. O presidente Donald Trump reclama da demora na aprovação pelo Senado dos nomes indicados para integrar sua equipe. O republicano sofre a maior resistência a um gabinete presidencial desde os anos 1980. ENERGIA Também nesta quinta-feira, o Senado aprovou o nome de Rick Perry para o cargo de secretário de Energia. O ex-governador do Texas foi aprovado por 62 votos contra 37.
mundo
Senado dos EUA aprova Ben Carson para secretário da Habitação de TrumpO Senado nos Estados Unidos confirmou nesta quinta-feira (2) Ben Carson para exercer o cargo de secretário da Habitação. A indicação do neurocirurgião aposentado foi aprovada por 58 votos contra 41. Carson não tem experiência no setor público ou na área de habitação. O departamento que chefiará tem cerca de 8.300 funcionários e um orçamento de US$ 47 bilhões (R$ 147 bilhões). O Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano administra verbas de assistência à moradia e oferece seguro hipotecário para famílias de baixa renda. No ano passado, Carson disputou as prévias presidenciais do Partido Republicano, mas desistiu da candidatura após obter mau desempenho nas urnas. O presidente Donald Trump reclama da demora na aprovação pelo Senado dos nomes indicados para integrar sua equipe. O republicano sofre a maior resistência a um gabinete presidencial desde os anos 1980. ENERGIA Também nesta quinta-feira, o Senado aprovou o nome de Rick Perry para o cargo de secretário de Energia. O ex-governador do Texas foi aprovado por 62 votos contra 37.
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Destino de bateria de carros elétricos será desafio do setor
À medida que os carros elétricos se aproximam mais e mais de uma presença regular no mercado, empresas estão se preparando para tratar de uma grande questão ambiental: o que fazer com suas baterias de lítio-íon quando elas se esgotarem? Os milhões de pequenas baterias de lítio-íon usadas em toda espécie de produto, de smartphones a escovas de dente eletrônicas, já consomem grande volume de recursos -cerca de US$ 2 bilhões em metais e minerais apenas em 2015, de acordo com a consultoria Roskill. Quase todos esses componentes terminam em depósitos de lixo ou como parte de aparelhos que as pessoas deixam de usar, mas ainda guardam em suas casas. As baterias usadas em carros elétricos são muito maiores, duram entre oito e dez anos e responderão por 90% do mercado de baterias de lítio-íon em 2025, estima a Roskill, o que quadruplicará a demanda por lítio e mais que duplicará a demanda por cobalto -duas das matérias-primas essenciais para elas. O preço do cobalto já subiu em mais de 80% neste ano. No entanto, embora a reciclagem das baterias de lítio-íon de pequeno porte não seja uma prática generalizada, algumas empresas esperam que as coisas mudem no caso dos carros elétricos, e esperam lucrar com isso. Um problema é que as baterias dos carros elétricos empregam diversos processos químicos, o que dificulta criar um processo padronizado de reciclagem. "Cada um emprega uma formulação própria", disse Linda Gaines, analista do governo americano. "As baterias chumbo-ácidas são muito mais simples." A americana OnTo Technology quer contornar esse problema ao usar baterias expiradas para produzir materiais para eletrodos que poderão ser usados na fabricação de baterias novas, em lugar de decompor as baterias usadas e extrair seus componentes individuais. "Em 2025, esse certamente será um setor robusto", disse Steve Sloop, fundador da empresa. "Daqui até 2020, vamos aprender sobre como colocar isso em prática." As montadoras também estão pensando na reciclagem. Elon Musk, fundador da Tesla Motors, tuitou em julho que a Gigafactory, a unidade de produção de baterias de sua empresa, em Nevada, seria "plenamente acionada por energia limpa, quando completa e incluirá reciclagem de baterias". A China e a União Europeia já adotaram regras que tornam os fabricantes de automóveis responsáveis pela reciclagem de suas baterias. Ainda assim, resta a questão de determinar se o setor estará disposto a usar materiais reciclados, disse Gaines. Fabricantes de pneus continuam relutantes em usar borracha reciclada, acrescentou. Tradução de PAULO MIGLIACCI
mercado
Destino de bateria de carros elétricos será desafio do setorÀ medida que os carros elétricos se aproximam mais e mais de uma presença regular no mercado, empresas estão se preparando para tratar de uma grande questão ambiental: o que fazer com suas baterias de lítio-íon quando elas se esgotarem? Os milhões de pequenas baterias de lítio-íon usadas em toda espécie de produto, de smartphones a escovas de dente eletrônicas, já consomem grande volume de recursos -cerca de US$ 2 bilhões em metais e minerais apenas em 2015, de acordo com a consultoria Roskill. Quase todos esses componentes terminam em depósitos de lixo ou como parte de aparelhos que as pessoas deixam de usar, mas ainda guardam em suas casas. As baterias usadas em carros elétricos são muito maiores, duram entre oito e dez anos e responderão por 90% do mercado de baterias de lítio-íon em 2025, estima a Roskill, o que quadruplicará a demanda por lítio e mais que duplicará a demanda por cobalto -duas das matérias-primas essenciais para elas. O preço do cobalto já subiu em mais de 80% neste ano. No entanto, embora a reciclagem das baterias de lítio-íon de pequeno porte não seja uma prática generalizada, algumas empresas esperam que as coisas mudem no caso dos carros elétricos, e esperam lucrar com isso. Um problema é que as baterias dos carros elétricos empregam diversos processos químicos, o que dificulta criar um processo padronizado de reciclagem. "Cada um emprega uma formulação própria", disse Linda Gaines, analista do governo americano. "As baterias chumbo-ácidas são muito mais simples." A americana OnTo Technology quer contornar esse problema ao usar baterias expiradas para produzir materiais para eletrodos que poderão ser usados na fabricação de baterias novas, em lugar de decompor as baterias usadas e extrair seus componentes individuais. "Em 2025, esse certamente será um setor robusto", disse Steve Sloop, fundador da empresa. "Daqui até 2020, vamos aprender sobre como colocar isso em prática." As montadoras também estão pensando na reciclagem. Elon Musk, fundador da Tesla Motors, tuitou em julho que a Gigafactory, a unidade de produção de baterias de sua empresa, em Nevada, seria "plenamente acionada por energia limpa, quando completa e incluirá reciclagem de baterias". A China e a União Europeia já adotaram regras que tornam os fabricantes de automóveis responsáveis pela reciclagem de suas baterias. Ainda assim, resta a questão de determinar se o setor estará disposto a usar materiais reciclados, disse Gaines. Fabricantes de pneus continuam relutantes em usar borracha reciclada, acrescentou. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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'Marta pedalou mais de R$ 2 bilhões', diz Fernando Haddad
PAULA REVERBEL DE SÃO PAULO O prefeito e candidato à reeleição na cidade de São Paulo, Fernando Haddad (PT) atacou nesta terça-feira (13) a ex-correligionária e atual oponente Marta Suplicy (PMDB), que segundo ele, pedalou mais de R$ 2 bilhões quando esteve à frente da administração municipal. Haddad havia acabado de discursar na sede da seção paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), onde classificou o valor devido em precatórios —dívidas do poder público reconhecidas pela Justiça— como pedalada. O prefeito foi perguntado sobre como interpretava a atuação de ex-prefeitos que votaram a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT), removida da presidência sob a acusação de cometer manobras contábeis. "É uma contradição, né? Todos pedalaram. O Kassab pedalou, o Serra pedalou, o Pitta pedalou, e todos esses partidos aos quais esses prefeitos eram ligados votaram contra pedalada. E todos pedalaram. A Marta pedalou mais de R$ 2 bilhões. O Serra pedalou, todo mundo pedalou. O único que não pedalou nas finanças mas pedalou nas ciclovia fui eu", afirmou o petista, em referência à Marta, aos ex-prefeitos Gilberto Kassab (PSD) e José Serra (PSDB), e ao prefeito Celso Pitta, morto em 2009. Em sua fala para a OAB, Haddad havia dito que a diferença entre o valor que deveria ter sido pago e o que efetivamente foi pago é "a pedalada que foi dada nos governos anteriores com o não pagamento de precatórios". "Todos os prefeitos, do Pitta ao Kassab, todos, deixaram de cumprir o artigo 100 da Constituição, sem exceção", afirmou.
poder
'Marta pedalou mais de R$ 2 bilhões', diz Fernando HaddadPAULA REVERBEL DE SÃO PAULO O prefeito e candidato à reeleição na cidade de São Paulo, Fernando Haddad (PT) atacou nesta terça-feira (13) a ex-correligionária e atual oponente Marta Suplicy (PMDB), que segundo ele, pedalou mais de R$ 2 bilhões quando esteve à frente da administração municipal. Haddad havia acabado de discursar na sede da seção paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), onde classificou o valor devido em precatórios —dívidas do poder público reconhecidas pela Justiça— como pedalada. O prefeito foi perguntado sobre como interpretava a atuação de ex-prefeitos que votaram a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT), removida da presidência sob a acusação de cometer manobras contábeis. "É uma contradição, né? Todos pedalaram. O Kassab pedalou, o Serra pedalou, o Pitta pedalou, e todos esses partidos aos quais esses prefeitos eram ligados votaram contra pedalada. E todos pedalaram. A Marta pedalou mais de R$ 2 bilhões. O Serra pedalou, todo mundo pedalou. O único que não pedalou nas finanças mas pedalou nas ciclovia fui eu", afirmou o petista, em referência à Marta, aos ex-prefeitos Gilberto Kassab (PSD) e José Serra (PSDB), e ao prefeito Celso Pitta, morto em 2009. Em sua fala para a OAB, Haddad havia dito que a diferença entre o valor que deveria ter sido pago e o que efetivamente foi pago é "a pedalada que foi dada nos governos anteriores com o não pagamento de precatórios". "Todos os prefeitos, do Pitta ao Kassab, todos, deixaram de cumprir o artigo 100 da Constituição, sem exceção", afirmou.
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Gilmar Mendes quer que STF discuta delação da JBS
O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), disse nesta sexta (26) que a homologação da delação premiada dos executivos da JBS deve ser analisada no plenário da corte. O acordo de delação premiada tem gerado polêmica especialmente porque o Ministério Público concordou em oferecer imunidade penal aos delatores. O presidente Michel Temer é investigado a partir das alegações dos executivos da JBS e uma das estratégias de sua defesa é atacar os benefícios concedidos aos colaboradores. Para Mendes, não cabe apenas ao relator homologar um acordo, mas sim, a um colegiado do Supremo –ou uma Turma, composta por cinco ministros, ou o plenário, com os 11 ministros. "Me parece que nesse caso, como envolve o presidente da República, certamente vamos ter que discutir o tema no próprio plenário", disse o ministro a jornalistas. "O que a lei diz? Que o juiz é quem homologa, mas o juiz aqui não é o relator, quando se trata de tribunal, é o próprio órgão. Ele pode até fazer a homologação prévia, mas sujeita a referendo", afirmou. Na terça (23), o ministro Marco Aurélio disse durante evento em Brasília que "o MP não julga" e "quem fixa os benefícios [do delator] é o poder Judiciário". O colega Alexandre de Moraes reforçou que é apenas na sentença que se discute as vantagens que serão concedidas aos delatores. Em sua avaliação, é preciso mensurar a relevância das informações apresentadas pelo colaborador para depois decidir sobre os benefícios. Para a PGR (Procuradoria-Geral da República), cabe ao órgão de persecução penal negociar termos do cumprimento da pena, uma vez que é o Ministério Público o responsável por sustentar a acusação diante do juiz, apurou a Folha. As vantagens para os executivos da JBS foram discutidas na mesma proporção das provas e dos riscos a que os delatores se submeteram, como atuar em ação controlada pela Polícia Federal - executivos monitorados fizeram a entrega de dinheiro vivo aos suspeitos, destacam investigadores da Lava Jato. O perdão judicial é uma das medidas incluídas na lei 12.850/13, que baliza as delações premiadas. Mendes disse ainda que o debate vem sendo tratado internamente há meses. Ele afirmou que já havia discutido o assunto com o então relator da Lava Jato, Teori Zavascki, morto em janeiro. O assunto, segundo ele, ocorreu na época da delação do ex-presidente da Transpetro Sergio Machado. A divulgação do conteúdo, em junho de 2016, provocou a queda do então ministro do Planejamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR). PRISÃO EM SEGUNDA INSTÂNCIA Mendes também tratou de outro tema relativo à Lava Jato: a prisão após condenação em segunda instância. O STF já decidiu que a Justiça pode determinar o cumprimento imediato da prisão após a condenação ser referendada por um tribunal. Mendes disse que o entendimento da corte não implica em "obrigatoriedade" da detenção, e que o assunto pode ser "esclarecido". Ele disse que avalia se é possível encontrar um meio termo entre o trânsito em julgado (quando não há mais chances de recurso) e a prisão em segunda instância. Para ele, uma das alternativas seria que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) apreciasse as condenações antes da prisão ser efetivada. "Manteria o mesmo entendimento só que colocaria mais uma instância que examina essas questões", destacou.
poder
Gilmar Mendes quer que STF discuta delação da JBSO ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), disse nesta sexta (26) que a homologação da delação premiada dos executivos da JBS deve ser analisada no plenário da corte. O acordo de delação premiada tem gerado polêmica especialmente porque o Ministério Público concordou em oferecer imunidade penal aos delatores. O presidente Michel Temer é investigado a partir das alegações dos executivos da JBS e uma das estratégias de sua defesa é atacar os benefícios concedidos aos colaboradores. Para Mendes, não cabe apenas ao relator homologar um acordo, mas sim, a um colegiado do Supremo –ou uma Turma, composta por cinco ministros, ou o plenário, com os 11 ministros. "Me parece que nesse caso, como envolve o presidente da República, certamente vamos ter que discutir o tema no próprio plenário", disse o ministro a jornalistas. "O que a lei diz? Que o juiz é quem homologa, mas o juiz aqui não é o relator, quando se trata de tribunal, é o próprio órgão. Ele pode até fazer a homologação prévia, mas sujeita a referendo", afirmou. Na terça (23), o ministro Marco Aurélio disse durante evento em Brasília que "o MP não julga" e "quem fixa os benefícios [do delator] é o poder Judiciário". O colega Alexandre de Moraes reforçou que é apenas na sentença que se discute as vantagens que serão concedidas aos delatores. Em sua avaliação, é preciso mensurar a relevância das informações apresentadas pelo colaborador para depois decidir sobre os benefícios. Para a PGR (Procuradoria-Geral da República), cabe ao órgão de persecução penal negociar termos do cumprimento da pena, uma vez que é o Ministério Público o responsável por sustentar a acusação diante do juiz, apurou a Folha. As vantagens para os executivos da JBS foram discutidas na mesma proporção das provas e dos riscos a que os delatores se submeteram, como atuar em ação controlada pela Polícia Federal - executivos monitorados fizeram a entrega de dinheiro vivo aos suspeitos, destacam investigadores da Lava Jato. O perdão judicial é uma das medidas incluídas na lei 12.850/13, que baliza as delações premiadas. Mendes disse ainda que o debate vem sendo tratado internamente há meses. Ele afirmou que já havia discutido o assunto com o então relator da Lava Jato, Teori Zavascki, morto em janeiro. O assunto, segundo ele, ocorreu na época da delação do ex-presidente da Transpetro Sergio Machado. A divulgação do conteúdo, em junho de 2016, provocou a queda do então ministro do Planejamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR). PRISÃO EM SEGUNDA INSTÂNCIA Mendes também tratou de outro tema relativo à Lava Jato: a prisão após condenação em segunda instância. O STF já decidiu que a Justiça pode determinar o cumprimento imediato da prisão após a condenação ser referendada por um tribunal. Mendes disse que o entendimento da corte não implica em "obrigatoriedade" da detenção, e que o assunto pode ser "esclarecido". Ele disse que avalia se é possível encontrar um meio termo entre o trânsito em julgado (quando não há mais chances de recurso) e a prisão em segunda instância. Para ele, uma das alternativas seria que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) apreciasse as condenações antes da prisão ser efetivada. "Manteria o mesmo entendimento só que colocaria mais uma instância que examina essas questões", destacou.
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Temperatura sobe na quarta, que tem festival de blues e show com Emicida
DE SÃO PAULO O QUE AFETA SUA VIDA * TEMPO * CULTURA E LAZER * PERSONAGEM DO DIA "Estamos aqui por vários motivos, não em vão. Talvez um bem importante seja a fé. Acreditar que tudo vem pro nosso crescimento, faz bem. Que a dor vem pra gente valorizar a felicidade e que as pequenas coisas são as mais importantes da vida. É isso." Bruna De Carli, 24, professora de Inglês, Vila Buarque * AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas aqui sempre às 20h Coordenação: Wesley Klimpel Reportagem: Ingrid Fagundez (cidades e agenda) e Paulo Troya + Renan Teles (personagem do dia)
saopaulo
Temperatura sobe na quarta, que tem festival de blues e show com EmicidaDE SÃO PAULO O QUE AFETA SUA VIDA * TEMPO * CULTURA E LAZER * PERSONAGEM DO DIA "Estamos aqui por vários motivos, não em vão. Talvez um bem importante seja a fé. Acreditar que tudo vem pro nosso crescimento, faz bem. Que a dor vem pra gente valorizar a felicidade e que as pequenas coisas são as mais importantes da vida. É isso." Bruna De Carli, 24, professora de Inglês, Vila Buarque * AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas aqui sempre às 20h Coordenação: Wesley Klimpel Reportagem: Ingrid Fagundez (cidades e agenda) e Paulo Troya + Renan Teles (personagem do dia)
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Apesar da eliminação, Tite acertou escalação, diz PVC
Para o colunista PVC, Tite acertou na escalação do Corinthians na noite desta quarta-feira, contra o Nacional do Uruguai, em Itaquera. O empate em 2 a 2 acabou eliminando a equipe brasileiro da Libertadores. O colunista da Folha acredita que houve erro do goleiro Cássio e que André também teve responsabilidade na queda, embora não possa ser apontado culpado. PVC também falou sobre seleção brasileira. Ele defende a convocação de Thiago Silva e diz há uma percepção no elenco de que Dunga adota critérios diferentes para tratar com os jogadores.
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Apesar da eliminação, Tite acertou escalação, diz PVCPara o colunista PVC, Tite acertou na escalação do Corinthians na noite desta quarta-feira, contra o Nacional do Uruguai, em Itaquera. O empate em 2 a 2 acabou eliminando a equipe brasileiro da Libertadores. O colunista da Folha acredita que houve erro do goleiro Cássio e que André também teve responsabilidade na queda, embora não possa ser apontado culpado. PVC também falou sobre seleção brasileira. Ele defende a convocação de Thiago Silva e diz há uma percepção no elenco de que Dunga adota critérios diferentes para tratar com os jogadores.
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Documentário mostra lado ruim e pouco conhecido de Steve Jobs
Quem assistiu ao filme "Jobs", estrelado por Ashton Kutcher, pode achar que não precisa mais ver outro filme sobre a vida do criador da Apple. Se você está entre essas pessoas, esqueça esse pensamento e corra assistir "Steve Jobs: Man in the Machine". Dirigido por Alex Gibney ("Um Táxi Para a Escuridão", "Gonzo: Um Delírio Americano"), o filme mostra um Steve Jobs bem mais complexo. Chama atenção a imparcialidade de Gibney, que disseca a vida do empresário e suas qualidades e defeitos na mesma medida. Assim, ao mesmo tempo em que o documentário mostra a incrível sagacidade e capacidade de inovação de Jobs, que podem ser interpretadas como genialidade, também mostra que ele abandonou a primeira namorada, com quem teve uma filha, Lisa, e por muito tempo não quis pagar pensão, apesar de já ser milionário. Outra história detalhada é a de que ele roubou o colega, Steve Wozniack, quando os dois trabalharam juntos em um projeto para a Atari - a dupla foi paga US$5.000, mas Jobs mentiu para o amigo que era apenas US$700 e deu US$350 a ele. Segundo Gibney, a ideia do filme era estudar os valores e a moral do homem por qual tantas pessoas choraram quando Jobs morreu, em 2011, aos 56 anos. "Aquilo me impressionou. Só tinha visto aquilo acontecer quando gente como Martin Luther King e John Lennon morreram, mas Jobs não era um pacificador, nem um artista. Era um empresário", diz, no filme. O resultado é um documentário bem equilibrado, com muita informação - a maior parte dela, inédita na tela - e que cria um retrato muito mais complexo do fundador da Apple, que faz o espectador questionar um pouco a paixão cega pelos produtos da marca. "Ele não conseguia criar uma conexão de verdade com as pessoas, então criou esse outro tipo de conexão", diz Chrisann Brennan, mãe de Lisa, no filme. "O que as pessoas têm com seus iPhones é uma conexão muito poderosa - e perigosa. Todos estão juntos, mas separados." SXSW O festival SXSW (South By Southwest) começou nesta sexta-feira (13) em Austin, no Texas (EUA), e vai até o dia 22 (domingo). O festival tem destaques em cinema, música e tecnologia, mas também abrange outros assuntos, como esportes.
ilustrada
Documentário mostra lado ruim e pouco conhecido de Steve JobsQuem assistiu ao filme "Jobs", estrelado por Ashton Kutcher, pode achar que não precisa mais ver outro filme sobre a vida do criador da Apple. Se você está entre essas pessoas, esqueça esse pensamento e corra assistir "Steve Jobs: Man in the Machine". Dirigido por Alex Gibney ("Um Táxi Para a Escuridão", "Gonzo: Um Delírio Americano"), o filme mostra um Steve Jobs bem mais complexo. Chama atenção a imparcialidade de Gibney, que disseca a vida do empresário e suas qualidades e defeitos na mesma medida. Assim, ao mesmo tempo em que o documentário mostra a incrível sagacidade e capacidade de inovação de Jobs, que podem ser interpretadas como genialidade, também mostra que ele abandonou a primeira namorada, com quem teve uma filha, Lisa, e por muito tempo não quis pagar pensão, apesar de já ser milionário. Outra história detalhada é a de que ele roubou o colega, Steve Wozniack, quando os dois trabalharam juntos em um projeto para a Atari - a dupla foi paga US$5.000, mas Jobs mentiu para o amigo que era apenas US$700 e deu US$350 a ele. Segundo Gibney, a ideia do filme era estudar os valores e a moral do homem por qual tantas pessoas choraram quando Jobs morreu, em 2011, aos 56 anos. "Aquilo me impressionou. Só tinha visto aquilo acontecer quando gente como Martin Luther King e John Lennon morreram, mas Jobs não era um pacificador, nem um artista. Era um empresário", diz, no filme. O resultado é um documentário bem equilibrado, com muita informação - a maior parte dela, inédita na tela - e que cria um retrato muito mais complexo do fundador da Apple, que faz o espectador questionar um pouco a paixão cega pelos produtos da marca. "Ele não conseguia criar uma conexão de verdade com as pessoas, então criou esse outro tipo de conexão", diz Chrisann Brennan, mãe de Lisa, no filme. "O que as pessoas têm com seus iPhones é uma conexão muito poderosa - e perigosa. Todos estão juntos, mas separados." SXSW O festival SXSW (South By Southwest) começou nesta sexta-feira (13) em Austin, no Texas (EUA), e vai até o dia 22 (domingo). O festival tem destaques em cinema, música e tecnologia, mas também abrange outros assuntos, como esportes.
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Cabeleireiros são dicas para fazer escova em casa
A cabeleireira Day Marques, do Hi Salão, ensina como deixar sua escova caseira com cara de salão. Antes de tudo, comece lavando muito bem os fios. "Quanto mais limpo seu cabelo estiver, mais duradoura será sua escova", afirma Day Marques, do Hi Salão. "Lave no mínimo duas vezes. Se o cabelo for oleoso, o primeiro xampu deve ser o de limpeza profunda, para higienizar bem. Em seguida use uma boa dose de xampu neutro, que é para balancear o pH", explica. Marcelo Brito, do Studio Tez, concorda. "Quando usamos um xampu de qualidade, específico para o tipo e as necessidades do cabelo, a escova fica mais bonita, mas brilhante, tem menos chance de frizar e fica muito, mas muito mais fácil de escovar." "A medida de xampu é a dimensão de uma moeda de R$ 1 na mão pra cada lavagem. Não espumou? Sinal de que precisa lavar novamente, e não colocar mais xampu. Esfregue bem sem espumar mesmo, enxágue e lave novamente, até fazer um espumão apenas com essa quantidade". Ao contrário do que muita gente pensa, nunca deixe resíduo de condicionador nos fios, isso interfere no acabamento. Usar condicionadores muito hidratantes pode deixar os fios mais pesados, diminuindo a durabilidade o look liso. Marques dá um belo truque que muita gente esquece: não seque seu cabelo logo após o banho. A umidade arrepia os fios e diminui a durabilidade da escova. Não deixe de usar um produto termoativo, além de proteger os fios contra o calor do secador, muitos ajudam a secar mais rápido. Marques dá outra dica muito importante: nunca comece a secar os cabelos com os fios totalmente secos. Brito diz que eles podem ser usados da raiz às pontas, porém em pequena quantidade. "Se o seu cabelo for muito crespo ou muito resistente ele precisa de um pouco de água para secar na forma lisa e segurar a escova. Neste caso, retire 50% da umidade antes de modelar. Se for mais liso, dá para secar quase 90% antes", afirma Marques. Secar antes de começar o vaivém com a escova também é mais saudável. O excesso de calor acaba ressecando os fios. O tamanho da escova também influencia na modelagem. As redondas e grandes são ideias para o escovão liso, já as menores, são boas para quem gosta de fazer cachos nas pontas. Aquele botão de jato frio que existe no secador não está lá à toa. "O ar quente abre as cutículas, responsável pelos indesejáveis frizz. O vento frio ajuda a fechar as escamas dos fios e deixá-los mais brilhantes", diz. "Evite passar a mão toda hora, porque leva mais oleosidade para os fios. Tente dormir com o cabelo para cima, caso você queria um shape mais liso. Se preferir uma textura natural, faça dois coques, um em cada lateral, antes de ir para a cama. Solte no outro dia e ele estará com um efeito de ondas", indica Marques. Para ressuscitar a escova vencida, Brito indica aplicar xampu a seco na raiz e dar uma passada de secador no comprimento e nas pontas (nunca na raiz).
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Cabeleireiros são dicas para fazer escova em casaA cabeleireira Day Marques, do Hi Salão, ensina como deixar sua escova caseira com cara de salão. Antes de tudo, comece lavando muito bem os fios. "Quanto mais limpo seu cabelo estiver, mais duradoura será sua escova", afirma Day Marques, do Hi Salão. "Lave no mínimo duas vezes. Se o cabelo for oleoso, o primeiro xampu deve ser o de limpeza profunda, para higienizar bem. Em seguida use uma boa dose de xampu neutro, que é para balancear o pH", explica. Marcelo Brito, do Studio Tez, concorda. "Quando usamos um xampu de qualidade, específico para o tipo e as necessidades do cabelo, a escova fica mais bonita, mas brilhante, tem menos chance de frizar e fica muito, mas muito mais fácil de escovar." "A medida de xampu é a dimensão de uma moeda de R$ 1 na mão pra cada lavagem. Não espumou? Sinal de que precisa lavar novamente, e não colocar mais xampu. Esfregue bem sem espumar mesmo, enxágue e lave novamente, até fazer um espumão apenas com essa quantidade". Ao contrário do que muita gente pensa, nunca deixe resíduo de condicionador nos fios, isso interfere no acabamento. Usar condicionadores muito hidratantes pode deixar os fios mais pesados, diminuindo a durabilidade o look liso. Marques dá um belo truque que muita gente esquece: não seque seu cabelo logo após o banho. A umidade arrepia os fios e diminui a durabilidade da escova. Não deixe de usar um produto termoativo, além de proteger os fios contra o calor do secador, muitos ajudam a secar mais rápido. Marques dá outra dica muito importante: nunca comece a secar os cabelos com os fios totalmente secos. Brito diz que eles podem ser usados da raiz às pontas, porém em pequena quantidade. "Se o seu cabelo for muito crespo ou muito resistente ele precisa de um pouco de água para secar na forma lisa e segurar a escova. Neste caso, retire 50% da umidade antes de modelar. Se for mais liso, dá para secar quase 90% antes", afirma Marques. Secar antes de começar o vaivém com a escova também é mais saudável. O excesso de calor acaba ressecando os fios. O tamanho da escova também influencia na modelagem. As redondas e grandes são ideias para o escovão liso, já as menores, são boas para quem gosta de fazer cachos nas pontas. Aquele botão de jato frio que existe no secador não está lá à toa. "O ar quente abre as cutículas, responsável pelos indesejáveis frizz. O vento frio ajuda a fechar as escamas dos fios e deixá-los mais brilhantes", diz. "Evite passar a mão toda hora, porque leva mais oleosidade para os fios. Tente dormir com o cabelo para cima, caso você queria um shape mais liso. Se preferir uma textura natural, faça dois coques, um em cada lateral, antes de ir para a cama. Solte no outro dia e ele estará com um efeito de ondas", indica Marques. Para ressuscitar a escova vencida, Brito indica aplicar xampu a seco na raiz e dar uma passada de secador no comprimento e nas pontas (nunca na raiz).
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Cineasta refaz circuito da morte no centro de São Paulo
Entre túmulos de autoridades e palcos de execuções no século 19, o centro de São Paulo esconde um circuito macabro. Convidado pela Folha, o cineasta Marcelo Masagão (diretor de "Nós que Aqui Estamos por Vós Esperamos") seguiu a história da morte na cidade envolvendo o Pateo do Collegio, as igrejas e a praça da Liberdade narrada no livro: "Dez roteiros históricos a pé em São Paulo", – vários autores–(Editora Narrativa). À época, quem não andava à risca, ia parar na forca. Após horas exposto em praça pública, o corpo do enforcado seguia um circuito: da praça da Liberdade, era velado na Igreja dos Enforcados, logo ao lado, e, na sequência, enterrado onde hoje ainda permanece de pé a pequenina igreja Nossa Senhora dos Aflitos, de 1779. Entre muitos que foram condenados ao enforcamento, um tornou-se célebre: o soldado negro Chaguinhas. Hoje, considerado um mártir, a história do soldado atrai centenas de católicos à Capela dos Aflitos, no Liberdade, em busca de milagres. "Essa história expõe apenas um extrato das contradições de São Paulo. E são elas [as contradições] que tornam essa cidade tão plural, tão viva", diz. Veja imagens A pé, siga em direção a... Fêmur do pe. Anchieta O Pátio do Colégio, local que abriga a primeira construção da capital, de 1554, expõe peças históricas e até o fêmur do padre José de Anchieta, uma relíquia para os católicos. Era ali, no entorno da igreja, que os corpos das famílias mais abastadas eram enterrados. Praça Pateo do Collegio, 2, Centro; (11) 3105-6899. Ter. a dom, das 9h às 16h45 Cripta da Catedral da Sé A cripta da igreja é uma espécie de capela no subsolo do altar. Ali, é possível ver os mausoléus de bispos e de figuras históricas como o regente do Império Diogo Antônio Feijó e do cacique Tibiriçá, que participou da fundação de São Paulo. Praça da Sé, s/nº; Centro; tel. (11) 3107-6832. Seg. a seg, das 9h às 12h e das 13h às 16h30 R$ 5 Estátua do prof. Julius Frank O pátio da faculdade de Direito do Largo de São Francisco guarda um mausoléu que abriga os restos mortais do professor alemão Julius Frank. Protestante, ele não pôde ser enterrado em cemitérios católicos. Frank fundou a sociedade secreta 'Bucha', da qual participaram vários presidentes da Velha República. Largo São Francisco, 9, região central. Seg. a sex. Livre Praça da Liberdade Foi o palco dos enforcamentos em São Paulo. Hoje, a praça abriga um monumento com uma cabeça pendurada no local onde ocorriam as execuções. Av. Liberdade, região central. Livre Igreja dos Enforcados No século 19, a igreja sediou os velórios de pessoas condenadas ao enforcamento na praça da Liberdade. Praça da Liberdade, 238, Liberdade; tel. (11) 3208-7591. Ter e dom, das 8h às 18h Capela dos Aflitos É a única construção que restou do cemitério onde eram enterrados condenados à forca. Reza a lenda que a alma do cabo Chaguinhas, morto no local, paira por lá. Fiéis vão ao local fazer um ritual: batem três vezes na porta em alusão às tentativas frustradas de enforcar Chaguinhas e depositam um bilhete com pedidos. R. dos Aflitos, 70, Liberdade, região central, tel (11) 3208-2336. Ter. a dom.: 9h às 19h. Sáb. e dom.: 10h às 16h. Livre
cotidiano
Cineasta refaz circuito da morte no centro de São PauloEntre túmulos de autoridades e palcos de execuções no século 19, o centro de São Paulo esconde um circuito macabro. Convidado pela Folha, o cineasta Marcelo Masagão (diretor de "Nós que Aqui Estamos por Vós Esperamos") seguiu a história da morte na cidade envolvendo o Pateo do Collegio, as igrejas e a praça da Liberdade narrada no livro: "Dez roteiros históricos a pé em São Paulo", – vários autores–(Editora Narrativa). À época, quem não andava à risca, ia parar na forca. Após horas exposto em praça pública, o corpo do enforcado seguia um circuito: da praça da Liberdade, era velado na Igreja dos Enforcados, logo ao lado, e, na sequência, enterrado onde hoje ainda permanece de pé a pequenina igreja Nossa Senhora dos Aflitos, de 1779. Entre muitos que foram condenados ao enforcamento, um tornou-se célebre: o soldado negro Chaguinhas. Hoje, considerado um mártir, a história do soldado atrai centenas de católicos à Capela dos Aflitos, no Liberdade, em busca de milagres. "Essa história expõe apenas um extrato das contradições de São Paulo. E são elas [as contradições] que tornam essa cidade tão plural, tão viva", diz. Veja imagens A pé, siga em direção a... Fêmur do pe. Anchieta O Pátio do Colégio, local que abriga a primeira construção da capital, de 1554, expõe peças históricas e até o fêmur do padre José de Anchieta, uma relíquia para os católicos. Era ali, no entorno da igreja, que os corpos das famílias mais abastadas eram enterrados. Praça Pateo do Collegio, 2, Centro; (11) 3105-6899. Ter. a dom, das 9h às 16h45 Cripta da Catedral da Sé A cripta da igreja é uma espécie de capela no subsolo do altar. Ali, é possível ver os mausoléus de bispos e de figuras históricas como o regente do Império Diogo Antônio Feijó e do cacique Tibiriçá, que participou da fundação de São Paulo. Praça da Sé, s/nº; Centro; tel. (11) 3107-6832. Seg. a seg, das 9h às 12h e das 13h às 16h30 R$ 5 Estátua do prof. Julius Frank O pátio da faculdade de Direito do Largo de São Francisco guarda um mausoléu que abriga os restos mortais do professor alemão Julius Frank. Protestante, ele não pôde ser enterrado em cemitérios católicos. Frank fundou a sociedade secreta 'Bucha', da qual participaram vários presidentes da Velha República. Largo São Francisco, 9, região central. Seg. a sex. Livre Praça da Liberdade Foi o palco dos enforcamentos em São Paulo. Hoje, a praça abriga um monumento com uma cabeça pendurada no local onde ocorriam as execuções. Av. Liberdade, região central. Livre Igreja dos Enforcados No século 19, a igreja sediou os velórios de pessoas condenadas ao enforcamento na praça da Liberdade. Praça da Liberdade, 238, Liberdade; tel. (11) 3208-7591. Ter e dom, das 8h às 18h Capela dos Aflitos É a única construção que restou do cemitério onde eram enterrados condenados à forca. Reza a lenda que a alma do cabo Chaguinhas, morto no local, paira por lá. Fiéis vão ao local fazer um ritual: batem três vezes na porta em alusão às tentativas frustradas de enforcar Chaguinhas e depositam um bilhete com pedidos. R. dos Aflitos, 70, Liberdade, região central, tel (11) 3208-2336. Ter. a dom.: 9h às 19h. Sáb. e dom.: 10h às 16h. Livre
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Após desmaio, Eunício Oliveira é internado em UTI em Brasília
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), foi internado em uma UTI do hospital Santa Lúcia, em Brasília, na madrugada desta quinta (27). Segundo a Folha apurou, ele chegou a ser sedado pelos médicos para diagnóstico. Em nota, um médico do hospital informa que o senador sofreu um "desmaio" na madrugada. "Encontra-se no momento internado na UTI, mantendo observação. Apresenta-se hemodinamicanente estável, sem necessidade de uso de drogas vasoativas", informa o boletim. Segundo a assessoria do senador, "pensou-se tratar de Acidente Vascular Cerebral, mas os exames não diagnosticaram isso". Eunício presidiu a sessão da noite passada que aprovou o projeto de lei de abuso de autoridade e a PEC que acaba com o foro privilegiado.
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Após desmaio, Eunício Oliveira é internado em UTI em BrasíliaO presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), foi internado em uma UTI do hospital Santa Lúcia, em Brasília, na madrugada desta quinta (27). Segundo a Folha apurou, ele chegou a ser sedado pelos médicos para diagnóstico. Em nota, um médico do hospital informa que o senador sofreu um "desmaio" na madrugada. "Encontra-se no momento internado na UTI, mantendo observação. Apresenta-se hemodinamicanente estável, sem necessidade de uso de drogas vasoativas", informa o boletim. Segundo a assessoria do senador, "pensou-se tratar de Acidente Vascular Cerebral, mas os exames não diagnosticaram isso". Eunício presidiu a sessão da noite passada que aprovou o projeto de lei de abuso de autoridade e a PEC que acaba com o foro privilegiado.
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Bandos de babuínos tomam decisões democraticamente
Por trás da fama de brutamontes dos babuínos se esconde uma sociedade de primatas que toma ao menos algumas de suas decisões de forma democrática. Uma equipe internacional de pesquisadores mostrou que os bichos decidem seus movimentos com base numa regra simples: siga a maioria. O estudo, publicado na edição desta sexta (19) da revista especializada "Science", foi capitaneado por Ariana Strandburg-Peshkin, da Universidade de Princeton (EUA). Para tentar entender como os macacos decidiam para que lado ir em suas andanças em busca de comida e água, a pesquisadora e seus colegas confeccionaram colares equipados com GPS e colocaram os aparelhos em 25 membros de um grupo de babuínos selvagens da espécie Papio anubis, que vivem no Centro de Pesquisa Mpala, no Quênia. Os grupos da espécie, à primeira vista, não parecem um modelo de democracia. Com seus caninos enormes, que mais parecem peixeiras, e seus músculos avantajados, os machos não raro tiranizam as fêmeas e travam combates épicos entre si para definir a estrita hierarquia do bando. Entretanto, o retrato do comportamento dos bichos traçado com a ajuda dos colares-GPS é bem diferente desse estereótipo. Segundo a segundo, os aparelhos foram medindo os movimentos dos animais com base em que indivíduos eram os "iniciadores" e quais eram os "seguidores" - ou seja, quando determinado bicho começava a se deslocar, alguém vinha atrás? Depois, essas interações foram reunidas num retrato geral dos deslocamentos do bando. O resultado é que a probabilidade de certos movimentos arrastarem consigo um grande número de seguidores não tem nada a ver com o sexo, a idade ou a posição de cada babuíno na hierarquia do grupo. O fator mais importante é a concordância entre diversos "iniciadores" - ou seja, quanto mais babuínos indo mais ou menos para o mesmo lado, maior a chance de outros macacos seguirem a onda. E quando não há essa concordância? Os seguidores tendem a esperar até que surja um consenso ou, se os "iniciadores" estão indo para direções muito diferentes, às vezes os membros do grupo se dividem entre mais de um "iniciador". Por outro lado, quando as direções não são exatamente iguais, mas se aproximam, os macacos tendem a adotar um caminho consensual entre uma direção e outra. As conclusões do trabalho se encaixam com uma série de outros estudos recentes, os quais indicam que decisões por consenso são mais comuns do que se imagina na natureza - até bactérias adotam estratégias desse tipo.
ciencia
Bandos de babuínos tomam decisões democraticamentePor trás da fama de brutamontes dos babuínos se esconde uma sociedade de primatas que toma ao menos algumas de suas decisões de forma democrática. Uma equipe internacional de pesquisadores mostrou que os bichos decidem seus movimentos com base numa regra simples: siga a maioria. O estudo, publicado na edição desta sexta (19) da revista especializada "Science", foi capitaneado por Ariana Strandburg-Peshkin, da Universidade de Princeton (EUA). Para tentar entender como os macacos decidiam para que lado ir em suas andanças em busca de comida e água, a pesquisadora e seus colegas confeccionaram colares equipados com GPS e colocaram os aparelhos em 25 membros de um grupo de babuínos selvagens da espécie Papio anubis, que vivem no Centro de Pesquisa Mpala, no Quênia. Os grupos da espécie, à primeira vista, não parecem um modelo de democracia. Com seus caninos enormes, que mais parecem peixeiras, e seus músculos avantajados, os machos não raro tiranizam as fêmeas e travam combates épicos entre si para definir a estrita hierarquia do bando. Entretanto, o retrato do comportamento dos bichos traçado com a ajuda dos colares-GPS é bem diferente desse estereótipo. Segundo a segundo, os aparelhos foram medindo os movimentos dos animais com base em que indivíduos eram os "iniciadores" e quais eram os "seguidores" - ou seja, quando determinado bicho começava a se deslocar, alguém vinha atrás? Depois, essas interações foram reunidas num retrato geral dos deslocamentos do bando. O resultado é que a probabilidade de certos movimentos arrastarem consigo um grande número de seguidores não tem nada a ver com o sexo, a idade ou a posição de cada babuíno na hierarquia do grupo. O fator mais importante é a concordância entre diversos "iniciadores" - ou seja, quanto mais babuínos indo mais ou menos para o mesmo lado, maior a chance de outros macacos seguirem a onda. E quando não há essa concordância? Os seguidores tendem a esperar até que surja um consenso ou, se os "iniciadores" estão indo para direções muito diferentes, às vezes os membros do grupo se dividem entre mais de um "iniciador". Por outro lado, quando as direções não são exatamente iguais, mas se aproximam, os macacos tendem a adotar um caminho consensual entre uma direção e outra. As conclusões do trabalho se encaixam com uma série de outros estudos recentes, os quais indicam que decisões por consenso são mais comuns do que se imagina na natureza - até bactérias adotam estratégias desse tipo.
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Mídia deveria 'ficar de boca fechada', diz principal estrategista de Trump
"A mídia deveria estar envergonhada e humilhada e deveria ficar de boca fechada e só ouvir por um tempo", disse Stephen Bannon, estrategista-chefe do presidente dos EUA, Donald Trump. Em entrevista nesta quarta-feira (25) ao jornal "The New York Times", Bannon, que até agosto dirigia o site de notícias ultraconservador Breitbart News, afirmou que as organizações de mídia foram "humilhadas" pelo resultado da eleição presidencial, que terminou com a vitória de Trump e a derrota da democrata Hillary Clinton. Questionado sobre se o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, perdeu credibilidade ao discordar dos números apresentados pela mídia sobre o público que assistiu à posse de Trump, Bannon respondeu: "Você está brincando comigo? Nós achamos que isso é uma medalha de honra. A mídia tem zero integridade, zero inteligência e zero trabalho duro". Bannon repetidamente descreveu a imprensa como o verdadeiro "partido de oposição" ao governo Trump. "A mídia é o partido de oposição. Eles não entendem este país. Eles ainda não entendem que Donald Trump é o presidente dos Estados Unidos." As declarações de Bannon ocorrem em um momento de tensão entre a Casa Branca e a imprensa americana. Trump afirmou no último sábado (21) que está "em guerra" com a mídia e disse que os jornalistas "estão entre as pessoas mais desonestas do planeta".
mundo
Mídia deveria 'ficar de boca fechada', diz principal estrategista de Trump"A mídia deveria estar envergonhada e humilhada e deveria ficar de boca fechada e só ouvir por um tempo", disse Stephen Bannon, estrategista-chefe do presidente dos EUA, Donald Trump. Em entrevista nesta quarta-feira (25) ao jornal "The New York Times", Bannon, que até agosto dirigia o site de notícias ultraconservador Breitbart News, afirmou que as organizações de mídia foram "humilhadas" pelo resultado da eleição presidencial, que terminou com a vitória de Trump e a derrota da democrata Hillary Clinton. Questionado sobre se o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, perdeu credibilidade ao discordar dos números apresentados pela mídia sobre o público que assistiu à posse de Trump, Bannon respondeu: "Você está brincando comigo? Nós achamos que isso é uma medalha de honra. A mídia tem zero integridade, zero inteligência e zero trabalho duro". Bannon repetidamente descreveu a imprensa como o verdadeiro "partido de oposição" ao governo Trump. "A mídia é o partido de oposição. Eles não entendem este país. Eles ainda não entendem que Donald Trump é o presidente dos Estados Unidos." As declarações de Bannon ocorrem em um momento de tensão entre a Casa Branca e a imprensa americana. Trump afirmou no último sábado (21) que está "em guerra" com a mídia e disse que os jornalistas "estão entre as pessoas mais desonestas do planeta".
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Ferido diz que havia mais pessoas em cima de carro do que em ensaios
Um dos feridos no acidente do carro alegórico da Unidos da Tijuca na madrugada desta terça (28), Ricardo Cardoso Júnior disse que integrantes do grupo coreográfico relataram durante os ensaios que o veículo "balançava bastante". "Passamos isso [aos dirigentes da agremiação], mas eles nos disseram que era seguro", afirmou Júnior, após deixar o hospital com ferimentos nos joelhos. Vinte pessoas foram atendidas nas unidades de saúde próximas do sambódromo após o desabamento da estrutura do último andar de um dos carros da Unidos da Tijuca. Duas permanecem internadas. Júnior disse que os ensaios eram feitos com 16 pessoas em cima do carro, mas tinha "muito mais" integrantes no veículo no desfile. "Acho que, talvez, tenha sido por isso [o desabamento de parte da estrutura]", especulou. Outro ferido, Gabriel Sena, 19, disse que ainda não entendeu o que aconteceu. Logo após deixar um hospital público, o auxiliar de produção contou que ficou impressionado com o acidente. "Não sei ao certo o que aconteceu. Estava pegando uns cordões no chão para jogar ao público, quando tudo caiu. Não sei o que aconteceu", disse o jovem, que reclamava de dores nas costas. "Amo o Carnaval, mas não desfilo mais em cima de um carro", acrescentou. Na manhã desta terça, quatro agentes da Polícia Civil realizaram uma perícia complementar no carro alegórico da Unidos da Tijuca. O laudo ainda não tem data para ser divulgado. Em nota, a Unidos da Tijuca informou que "nesse momento, preocupa-se em dar toda a assistência aos envolvidos no acidente".
cotidiano
Ferido diz que havia mais pessoas em cima de carro do que em ensaiosUm dos feridos no acidente do carro alegórico da Unidos da Tijuca na madrugada desta terça (28), Ricardo Cardoso Júnior disse que integrantes do grupo coreográfico relataram durante os ensaios que o veículo "balançava bastante". "Passamos isso [aos dirigentes da agremiação], mas eles nos disseram que era seguro", afirmou Júnior, após deixar o hospital com ferimentos nos joelhos. Vinte pessoas foram atendidas nas unidades de saúde próximas do sambódromo após o desabamento da estrutura do último andar de um dos carros da Unidos da Tijuca. Duas permanecem internadas. Júnior disse que os ensaios eram feitos com 16 pessoas em cima do carro, mas tinha "muito mais" integrantes no veículo no desfile. "Acho que, talvez, tenha sido por isso [o desabamento de parte da estrutura]", especulou. Outro ferido, Gabriel Sena, 19, disse que ainda não entendeu o que aconteceu. Logo após deixar um hospital público, o auxiliar de produção contou que ficou impressionado com o acidente. "Não sei ao certo o que aconteceu. Estava pegando uns cordões no chão para jogar ao público, quando tudo caiu. Não sei o que aconteceu", disse o jovem, que reclamava de dores nas costas. "Amo o Carnaval, mas não desfilo mais em cima de um carro", acrescentou. Na manhã desta terça, quatro agentes da Polícia Civil realizaram uma perícia complementar no carro alegórico da Unidos da Tijuca. O laudo ainda não tem data para ser divulgado. Em nota, a Unidos da Tijuca informou que "nesse momento, preocupa-se em dar toda a assistência aos envolvidos no acidente".
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Como se comportar à mesa em um país diferente?
Quando você faz viagens internacionais, comer em restaurantes locais é uma oportunidade de aprender mais sobre a cultura e os costumes do país visitado. É o que diz Gert Kopera, vice-presidente mundial do Hakkasan Group, que congrega 41 restaurantes em todo o mundo. Mas, de acordo com Kopera, jantar fora pode causar também certos desconfortos aos viajantes. "A etiqueta e as tradições para jantares variam de país a país. Se você não conhece os costumes do lugar que está visitando, é fácil se sentir como um peixe fora da água", afirma. O executivo já fez milhares de refeições em mais de 70 países, e abaixo oferece dicas sobre como jantar bem em qualquer lugar do planeta. * Descubra em que horário os moradores locais comem para não chegar a restaurantes fechados ou vazios. Nos Estados Unidos, por exemplo, é comum jantar entre as 18h e as 19h, e a refeição é considerada a principal do dia. Mas isso não se aplica aos demais países. Na Inglaterra, por exemplo, o chá das 16h é visto como uma refeição, enquanto o jantar é leve e costuma acontecer depois das 20h. Na Espanha e em alguns países da América do Sul, os jantares costumam acontecer por volta das 22h. Na Índia, o período de jantar varia das 21h às 23h. "Você só vai experimentar a cultura local autêntica se os seus horários estiverem sincronizados com os dos moradores locais." Usar talheres incorretamente pode ser visto como desrespeito em determinados países. Kopera sugere que viajantes observem os moradores em suas refeições e sigam suas práticas. Em locais como China, Japão, Coreia do Sul e Vietnã, os "hashis" (palitos usados para comer) são os mais habituais, mas espetá-los verticalmente no arroz é considerado desrespeito. Na Índia e em algumas áreas do Oriente Médio e África, comer com as mãos é normal, mas cuidado ao usar a mão esquerda -ela pode ser considerada impura. Em países como França e Itália, refeições podem demorar horas e são um momento de confraternização com a família e os amigos. Kopera sugere que os viajantes sigam o exemplo local. "Saboreie a comida e a conversa", aconselha. E, quando chegar a hora de partir, peça a conta, porque em muitos destinos os garçons só a apresentam quando o freguês a solicita. Descubra quais são as normas de etiqueta em relação às gorjetas. Em muitos países, esse dinheiro extra não é prática comum -em alguns deles, como no Japão, podem ser consideradas até um insulto. Na França, dividir a conta é visto como grosseiro. Também é importante se informar com antecedência se o restaurante a que se pretende ir aceita cartões de crédito. Em alguns lugares da Ásia, da África e da América do Sul, a única forma de pagamento é a moeda local -se o cliente não tiver dinheiro em espécie na hora, o final da refeição pode se tornar um momento desconfortável. Tradução de PAULO MIGLIACCI
turismo
Como se comportar à mesa em um país diferente?Quando você faz viagens internacionais, comer em restaurantes locais é uma oportunidade de aprender mais sobre a cultura e os costumes do país visitado. É o que diz Gert Kopera, vice-presidente mundial do Hakkasan Group, que congrega 41 restaurantes em todo o mundo. Mas, de acordo com Kopera, jantar fora pode causar também certos desconfortos aos viajantes. "A etiqueta e as tradições para jantares variam de país a país. Se você não conhece os costumes do lugar que está visitando, é fácil se sentir como um peixe fora da água", afirma. O executivo já fez milhares de refeições em mais de 70 países, e abaixo oferece dicas sobre como jantar bem em qualquer lugar do planeta. * Descubra em que horário os moradores locais comem para não chegar a restaurantes fechados ou vazios. Nos Estados Unidos, por exemplo, é comum jantar entre as 18h e as 19h, e a refeição é considerada a principal do dia. Mas isso não se aplica aos demais países. Na Inglaterra, por exemplo, o chá das 16h é visto como uma refeição, enquanto o jantar é leve e costuma acontecer depois das 20h. Na Espanha e em alguns países da América do Sul, os jantares costumam acontecer por volta das 22h. Na Índia, o período de jantar varia das 21h às 23h. "Você só vai experimentar a cultura local autêntica se os seus horários estiverem sincronizados com os dos moradores locais." Usar talheres incorretamente pode ser visto como desrespeito em determinados países. Kopera sugere que viajantes observem os moradores em suas refeições e sigam suas práticas. Em locais como China, Japão, Coreia do Sul e Vietnã, os "hashis" (palitos usados para comer) são os mais habituais, mas espetá-los verticalmente no arroz é considerado desrespeito. Na Índia e em algumas áreas do Oriente Médio e África, comer com as mãos é normal, mas cuidado ao usar a mão esquerda -ela pode ser considerada impura. Em países como França e Itália, refeições podem demorar horas e são um momento de confraternização com a família e os amigos. Kopera sugere que os viajantes sigam o exemplo local. "Saboreie a comida e a conversa", aconselha. E, quando chegar a hora de partir, peça a conta, porque em muitos destinos os garçons só a apresentam quando o freguês a solicita. Descubra quais são as normas de etiqueta em relação às gorjetas. Em muitos países, esse dinheiro extra não é prática comum -em alguns deles, como no Japão, podem ser consideradas até um insulto. Na França, dividir a conta é visto como grosseiro. Também é importante se informar com antecedência se o restaurante a que se pretende ir aceita cartões de crédito. Em alguns lugares da Ásia, da África e da América do Sul, a única forma de pagamento é a moeda local -se o cliente não tiver dinheiro em espécie na hora, o final da refeição pode se tornar um momento desconfortável. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Doações eleitorais foram discutidas em e-mail interno da Obedrecht
E-mail encontrado nos computadores da Odebrecht pela PF mostra que o presidente da construtora, Marcelo Odebrecht, discutia com seus subordinados como as empresas do grupo deveriam tratar publicamente do tema financiamento eleitoral. O papel indica uma tentativa de minimizar o papel de Marcelo Odebrecht nos processos de decisão interna sobre as doações feitas por empresas do grupo. Numa mensagem em 1º de junho, Marcelo fala a subordinados sobre a eventual publicação de um anúncio nos meios de comunicação a respeito do tema doações eleitorais. Nessa mensagem consta que a Odebrecht planejava dizer publicamente que "centenas de pessoas na Organização podem tomar a decisão de doar" aos políticos e que "esta decisão pode ser ou não informada/coordenada com outros empresários da Organização". Descreve ainda que a Odebrecht funciona como espécie de facilitadora de contatos entre políticos e empresários: "Muitas vezes por pedido de políticos que nossos empresários conhecem, pessoalmente ou em caráter institucional, os apresentamos a empresas e outras pessoas de nossa relação, inclusive promovendo encontros e jantares em conjunto". O e-mail diz que executivos da Odebrecht "tem relações pessoais ou profissionais de maior ou menor proximidade com diversos políticos, cujo perfil, campo ou geografia de atuação pode ser interessante para um ou outro negócio". Instada a comentar, a empresa afirmou: "O e-mail [...] refere-se a orientação interna sobre a política da Organização Odebrecht para contribuições à campanhas e partidos".
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Doações eleitorais foram discutidas em e-mail interno da ObedrechtE-mail encontrado nos computadores da Odebrecht pela PF mostra que o presidente da construtora, Marcelo Odebrecht, discutia com seus subordinados como as empresas do grupo deveriam tratar publicamente do tema financiamento eleitoral. O papel indica uma tentativa de minimizar o papel de Marcelo Odebrecht nos processos de decisão interna sobre as doações feitas por empresas do grupo. Numa mensagem em 1º de junho, Marcelo fala a subordinados sobre a eventual publicação de um anúncio nos meios de comunicação a respeito do tema doações eleitorais. Nessa mensagem consta que a Odebrecht planejava dizer publicamente que "centenas de pessoas na Organização podem tomar a decisão de doar" aos políticos e que "esta decisão pode ser ou não informada/coordenada com outros empresários da Organização". Descreve ainda que a Odebrecht funciona como espécie de facilitadora de contatos entre políticos e empresários: "Muitas vezes por pedido de políticos que nossos empresários conhecem, pessoalmente ou em caráter institucional, os apresentamos a empresas e outras pessoas de nossa relação, inclusive promovendo encontros e jantares em conjunto". O e-mail diz que executivos da Odebrecht "tem relações pessoais ou profissionais de maior ou menor proximidade com diversos políticos, cujo perfil, campo ou geografia de atuação pode ser interessante para um ou outro negócio". Instada a comentar, a empresa afirmou: "O e-mail [...] refere-se a orientação interna sobre a política da Organização Odebrecht para contribuições à campanhas e partidos".
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'TV Folha' entrevista o presidente do Flamengo nesta quinta-feira
O presidente do Flamengo, Eduardo Carvalho Bandeira de Mello, será entrevistado ao vivo na "TV Folha" nesta quinta-feira (17). O programa começa às 11h30 (de Brasília). No domingo (20), às 16h, o estádio do Pacaembu, na região central de São Paulo, será palco de novo Fla-Flu depois de 74 anos, o segundo disputado na capital paulista –o primeiro foi em 1942. Com o Maracanã e o Engenhão em obras para a Rio-2016, as duas equipes têm enfrentado dificuldades para mandar seus jogos. Nesse período itinerante, ambas já atuaram nos estádios Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, e Moacyrzão, em Macaé, ambos no Estado do Rio. A entrevista será conduzida pelos repórteres da Folha Ricardo Gallo e Camila Mattoso direto da sede do jornal, em São Paulo.
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'TV Folha' entrevista o presidente do Flamengo nesta quinta-feiraO presidente do Flamengo, Eduardo Carvalho Bandeira de Mello, será entrevistado ao vivo na "TV Folha" nesta quinta-feira (17). O programa começa às 11h30 (de Brasília). No domingo (20), às 16h, o estádio do Pacaembu, na região central de São Paulo, será palco de novo Fla-Flu depois de 74 anos, o segundo disputado na capital paulista –o primeiro foi em 1942. Com o Maracanã e o Engenhão em obras para a Rio-2016, as duas equipes têm enfrentado dificuldades para mandar seus jogos. Nesse período itinerante, ambas já atuaram nos estádios Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, e Moacyrzão, em Macaé, ambos no Estado do Rio. A entrevista será conduzida pelos repórteres da Folha Ricardo Gallo e Camila Mattoso direto da sede do jornal, em São Paulo.
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Bolsa sugere mudanças em ofertas públicas e segmentos de listagem
A BM&FBovespa apresentou nesta segunda-feira (27) sugestões de mudanças nas regras de listagem de empresas que fazem parte do Novo Mercado e Nível 2, os segmentos com regras mais rígidas de boa governança corporativa. A proposta surgiu após um período de consulta pública que recebeu 143 sugestões, incluindo diretrizes sobre ingresso e saída do Novo Mercado e situações em que empresas ficam sujeitas a sanções, além de prazos de adaptação e tratamento excepcional. Uma das mudanças propostas é de que o volume mínimo de ações em circulação (free float) possa ser reduzido dos atuais 25% para 20% em certas circunstâncias. O projeto também propõe novos critérios para definir quando um membro do conselho de administração pode ser considerado independente. Sobre a saída voluntária de uma companhia dos segmentos citados, o documento sugere realização de OPA, a preço justo, com pagamento à vista em dinheiro, desde que haja quórum de aceitação de 50% dos acionistas O documento também inclui novas regras para compra de participação relevante, fiscalização e controle, auditoria interna e área responsável por adequação a normas (compliance). Concluída a consulta pública, o projeto agora vai para uma segunda fase, em que as propostas serão discutidas em audiência pública por companhias abertas, investidores, intermediários e agentes do mercado, até 9 de setembro. Em seguida, a discussão entra na fase final, envolvendo exclusivamente as empresas listadas Novo Mercado e no Nível 2, no período de 7 de novembro e 6 de fevereiro de 2017. As companhias citadas decidirão sobre as mudanças propostas, que precisam de aval de dois terços para entrarem em vigor.
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Bolsa sugere mudanças em ofertas públicas e segmentos de listagemA BM&FBovespa apresentou nesta segunda-feira (27) sugestões de mudanças nas regras de listagem de empresas que fazem parte do Novo Mercado e Nível 2, os segmentos com regras mais rígidas de boa governança corporativa. A proposta surgiu após um período de consulta pública que recebeu 143 sugestões, incluindo diretrizes sobre ingresso e saída do Novo Mercado e situações em que empresas ficam sujeitas a sanções, além de prazos de adaptação e tratamento excepcional. Uma das mudanças propostas é de que o volume mínimo de ações em circulação (free float) possa ser reduzido dos atuais 25% para 20% em certas circunstâncias. O projeto também propõe novos critérios para definir quando um membro do conselho de administração pode ser considerado independente. Sobre a saída voluntária de uma companhia dos segmentos citados, o documento sugere realização de OPA, a preço justo, com pagamento à vista em dinheiro, desde que haja quórum de aceitação de 50% dos acionistas O documento também inclui novas regras para compra de participação relevante, fiscalização e controle, auditoria interna e área responsável por adequação a normas (compliance). Concluída a consulta pública, o projeto agora vai para uma segunda fase, em que as propostas serão discutidas em audiência pública por companhias abertas, investidores, intermediários e agentes do mercado, até 9 de setembro. Em seguida, a discussão entra na fase final, envolvendo exclusivamente as empresas listadas Novo Mercado e no Nível 2, no período de 7 de novembro e 6 de fevereiro de 2017. As companhias citadas decidirão sobre as mudanças propostas, que precisam de aval de dois terços para entrarem em vigor.
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Quem julga o TCU?
O Tribunal de Contas da União (TCU) rejeitou ontem o julgamento das contas do governo Dilma em 2014. O que seria uma votação protocolar –até então nunca uma conta presidencial havia sido rejeitada– converteu-se em grande evento nacional. O PSDB e a parte do PMDB menos satisfeita com a distribuição do butim ministerial enxergam na rejeição a chance de atribuir crime de responsabilidade à presidenta da República, abrindo caminho para o impeachment. As contas de 2014 tornaram-se o atalho para governar o país sem ganhar eleições. As tais "pedaladas fiscais" –atraso nos repasses orçamentários aos bancos públicos para atingir a meta fiscal– não foram inventadas pelo governo Dilma. Começaram em 2001, na gestão de Fernando Henrique Cardoso e repetiram-se anos a fio. Agora, 14 anos depois, parecem ter virado motivo para derrubar presidentes. É claro que o buraco a que chegou o governo Dilma foi cavado, antes de tudo, por ele próprio. Desde as eleições iniciou-se uma comédia de erros e opções antipopulares. A agenda foi marcada pela política econômica recessiva e ataques a direitos sociais. Quanto mais a direita avança, mais o governo se endireita. A política deste governo é a grande responsável por sua impopularidade recorde e não deve ser defendida. Isso é uma coisa. Outra coisa é usar essa situação para manobras golpistas –seja pelo TCU, pelo TSE ou pelo Congresso– que institucionalizem uma saída à direita ante da crise do governo petista. Ministros do TCU decidiram de uma hora para a outra apresentarem-se como arautos da moralidade pública. E, embora as conspirações de bastidores vazem aqui e acolá, tentam tingir seu julgamento como imparcial e apolítico. Apolítico é tudo o que o TCU não é. Dos nove ministros, seis são indicados pelo Congresso Nacional e três pelo presidente da República, com regras mais restritivas. O atual presidente do Tribunal, Aroldo Cedraz, foi deputado federal pelo então PFL (hoje DEM). O relator das contas de Dilma, Augusto Nardes, começou a carreira na ditadura militar, como vereador pela Arena. Quando foi indicado ministro era deputado pelo PP, o partido mais comprometido na Lava Jato. O ministro Vital do Rego Filho, o Vitalzinho, era senador pelo PMDB. Raimundo Carreiro e Bruno Dantas foram indicados pela proximidade com Renan Calheiros. E por aí vai, passando por PTB, PSB e indicados por Fernando Henrique. A maquiagem "técnica" e "apolítica" fica um tanto desbotada quanto se considera a procedência dos ministros. Quanto à defesa da moralidade pública, convenhamos que há ministros do TCU devendo algumas explicações à sociedade, a começar pelo relator das contas de Dilma. Augusto Nardes, novo herói da oposição, está sendo investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal sob suspeita de ter recebido irregularmente R$ 1,65 milhão de uma empresa envolvida em fraudes fiscais, de acordo com a Operação Zelotes. Em mensagens interceptadas pela PF, os investigadores supõem que o ministro recebia a carinhosa alcunha de "tio", dado que seu sobrinho e sócio também tinha participação no negócio. Nardes –ao lado do também ministro do TCU Mucio Monteiro– já havia aparecido nas páginas de jornais em 2013 no caso conhecido como dos "supersalários". Os ministros acumulavam o salário do TCU com a aposentadoria do Congresso Nacional, chegando a receber até R$ 47 mil por mês, quase o dobro do teto do serviço público. Já Vital do Rego foi alvo de denúncia em julho deste ano por suposto desvio de R$ 10 milhões em contrato da Prefeitura de Campina Grande (PB) com uma empreiteira. O prefeito era seu irmão e, de acordo com o denunciante (ex-tesoureiro da prefeitura), o dinheiro teria ido para a campanha ao Senado do atual ministro. Aroldo Cedraz, atual presidente do Tribunal, e seu vice Raimundo Carreiro foram citados na delação premiada de Ricardo Pessoa, que disse ter comprado por R$1 milhão uma decisão favorável do TCU à continuidade da licitação da usina de Angra 3 (http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/06/1648578-delator-diz-que-comprou-decisao-no-tcu.shtml). Pessoa disse ainda que pagava uma mesada de R$50 mil a Tiago Cedraz, filho de Aroldo, para obter informações sobre o processo. Isso para citar os casos mais recentes e emblemáticos envolvendo ministros do TCU. Causa estranheza que o Tribunal e seus ministros sejam a grande esperança daqueles que dizem querer limpar o país da corrupção. A indignação seletiva está se tornando um mal epidêmico no Brasil. Os novos "caçadores de marajás" andam de mãos dadas com Eduardo Cunha e exaltam a probidade do TCU. Não convencem. As contas do governo foram julgadas pelo TCU. Agora, fica a pergunta: quem julgará as condutas dos ministros do TCU?
colunas
Quem julga o TCU?O Tribunal de Contas da União (TCU) rejeitou ontem o julgamento das contas do governo Dilma em 2014. O que seria uma votação protocolar –até então nunca uma conta presidencial havia sido rejeitada– converteu-se em grande evento nacional. O PSDB e a parte do PMDB menos satisfeita com a distribuição do butim ministerial enxergam na rejeição a chance de atribuir crime de responsabilidade à presidenta da República, abrindo caminho para o impeachment. As contas de 2014 tornaram-se o atalho para governar o país sem ganhar eleições. As tais "pedaladas fiscais" –atraso nos repasses orçamentários aos bancos públicos para atingir a meta fiscal– não foram inventadas pelo governo Dilma. Começaram em 2001, na gestão de Fernando Henrique Cardoso e repetiram-se anos a fio. Agora, 14 anos depois, parecem ter virado motivo para derrubar presidentes. É claro que o buraco a que chegou o governo Dilma foi cavado, antes de tudo, por ele próprio. Desde as eleições iniciou-se uma comédia de erros e opções antipopulares. A agenda foi marcada pela política econômica recessiva e ataques a direitos sociais. Quanto mais a direita avança, mais o governo se endireita. A política deste governo é a grande responsável por sua impopularidade recorde e não deve ser defendida. Isso é uma coisa. Outra coisa é usar essa situação para manobras golpistas –seja pelo TCU, pelo TSE ou pelo Congresso– que institucionalizem uma saída à direita ante da crise do governo petista. Ministros do TCU decidiram de uma hora para a outra apresentarem-se como arautos da moralidade pública. E, embora as conspirações de bastidores vazem aqui e acolá, tentam tingir seu julgamento como imparcial e apolítico. Apolítico é tudo o que o TCU não é. Dos nove ministros, seis são indicados pelo Congresso Nacional e três pelo presidente da República, com regras mais restritivas. O atual presidente do Tribunal, Aroldo Cedraz, foi deputado federal pelo então PFL (hoje DEM). O relator das contas de Dilma, Augusto Nardes, começou a carreira na ditadura militar, como vereador pela Arena. Quando foi indicado ministro era deputado pelo PP, o partido mais comprometido na Lava Jato. O ministro Vital do Rego Filho, o Vitalzinho, era senador pelo PMDB. Raimundo Carreiro e Bruno Dantas foram indicados pela proximidade com Renan Calheiros. E por aí vai, passando por PTB, PSB e indicados por Fernando Henrique. A maquiagem "técnica" e "apolítica" fica um tanto desbotada quanto se considera a procedência dos ministros. Quanto à defesa da moralidade pública, convenhamos que há ministros do TCU devendo algumas explicações à sociedade, a começar pelo relator das contas de Dilma. Augusto Nardes, novo herói da oposição, está sendo investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal sob suspeita de ter recebido irregularmente R$ 1,65 milhão de uma empresa envolvida em fraudes fiscais, de acordo com a Operação Zelotes. Em mensagens interceptadas pela PF, os investigadores supõem que o ministro recebia a carinhosa alcunha de "tio", dado que seu sobrinho e sócio também tinha participação no negócio. Nardes –ao lado do também ministro do TCU Mucio Monteiro– já havia aparecido nas páginas de jornais em 2013 no caso conhecido como dos "supersalários". Os ministros acumulavam o salário do TCU com a aposentadoria do Congresso Nacional, chegando a receber até R$ 47 mil por mês, quase o dobro do teto do serviço público. Já Vital do Rego foi alvo de denúncia em julho deste ano por suposto desvio de R$ 10 milhões em contrato da Prefeitura de Campina Grande (PB) com uma empreiteira. O prefeito era seu irmão e, de acordo com o denunciante (ex-tesoureiro da prefeitura), o dinheiro teria ido para a campanha ao Senado do atual ministro. Aroldo Cedraz, atual presidente do Tribunal, e seu vice Raimundo Carreiro foram citados na delação premiada de Ricardo Pessoa, que disse ter comprado por R$1 milhão uma decisão favorável do TCU à continuidade da licitação da usina de Angra 3 (http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/06/1648578-delator-diz-que-comprou-decisao-no-tcu.shtml). Pessoa disse ainda que pagava uma mesada de R$50 mil a Tiago Cedraz, filho de Aroldo, para obter informações sobre o processo. Isso para citar os casos mais recentes e emblemáticos envolvendo ministros do TCU. Causa estranheza que o Tribunal e seus ministros sejam a grande esperança daqueles que dizem querer limpar o país da corrupção. A indignação seletiva está se tornando um mal epidêmico no Brasil. Os novos "caçadores de marajás" andam de mãos dadas com Eduardo Cunha e exaltam a probidade do TCU. Não convencem. As contas do governo foram julgadas pelo TCU. Agora, fica a pergunta: quem julgará as condutas dos ministros do TCU?
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Mortes: Foi anfitriã de grandes festas em Catanduva
Os vizinhos sabem que a casa mais animada do centro de Catanduva, no interior de SP, fica na rua Sergipe, perto da praça da República. Ali morava tia Eremy. Mais que uma residência, o local era um ponto de encontro. Irmãos, tios, filhos, sobrinhos, netos, todos marcavam presença ali em natais, feriados, noites de carteado, férias escolares e aulas de pintura. As celebrações não eram simplórias. Tia Eremy usava todo seu talento e criatividade para incrementar as festanças: costurava fantasias para as crianças, montava mesas temáticas de personagens. E, é claro, fazia a comida que só ela sabia. Seu cuscuz era incomparável. Assim, tia Eremy espantava a solidão que a ameaçou ainda nova. A vida levou seu marido, Dantas, antes de completar 40 anos. Sofreu um súbito ataque cardíaco. Viúva aos 27, foi morar na casa dos pais, que a ajudaram a criar os dois filhos do casal. Nunca se casou novamente, mas estava sempre rodeada de grandes amigos. Afastou a tristeza com grandes festas. Tinha tanta habilidade como anfitriã que foi convidada para organizar e decorar, nos anos 70, os bailes de debutantes anuais que aconteciam no Tênis Clube. Sua casa reuniu os parentes e amigos pela última vez no dia 18 de agosto, quando tia Eremy comemorou seus 94 anos de vida. Mesmo com os problemas visuais e auditivos típicos da idade, aproveitou cada momento do último aniversário. Morreu na última quinta (15), vítima de uma infecção generalizada. Deixa a irmã, dois filhos, netos, bisnetos e uma legião de amigos. [email protected] - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
cotidiano
Mortes: Foi anfitriã de grandes festas em CatanduvaOs vizinhos sabem que a casa mais animada do centro de Catanduva, no interior de SP, fica na rua Sergipe, perto da praça da República. Ali morava tia Eremy. Mais que uma residência, o local era um ponto de encontro. Irmãos, tios, filhos, sobrinhos, netos, todos marcavam presença ali em natais, feriados, noites de carteado, férias escolares e aulas de pintura. As celebrações não eram simplórias. Tia Eremy usava todo seu talento e criatividade para incrementar as festanças: costurava fantasias para as crianças, montava mesas temáticas de personagens. E, é claro, fazia a comida que só ela sabia. Seu cuscuz era incomparável. Assim, tia Eremy espantava a solidão que a ameaçou ainda nova. A vida levou seu marido, Dantas, antes de completar 40 anos. Sofreu um súbito ataque cardíaco. Viúva aos 27, foi morar na casa dos pais, que a ajudaram a criar os dois filhos do casal. Nunca se casou novamente, mas estava sempre rodeada de grandes amigos. Afastou a tristeza com grandes festas. Tinha tanta habilidade como anfitriã que foi convidada para organizar e decorar, nos anos 70, os bailes de debutantes anuais que aconteciam no Tênis Clube. Sua casa reuniu os parentes e amigos pela última vez no dia 18 de agosto, quando tia Eremy comemorou seus 94 anos de vida. Mesmo com os problemas visuais e auditivos típicos da idade, aproveitou cada momento do último aniversário. Morreu na última quinta (15), vítima de uma infecção generalizada. Deixa a irmã, dois filhos, netos, bisnetos e uma legião de amigos. [email protected] - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
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Morre médico agredido com uma pedrada na cabeça em festa na USP
Morreu na madrugada deste sábado (12), o médico Benício Orlando Saraiva Leão Filho, 39. Ex-aluno da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) ele estava internado no Hospital das Clínicas após ter sido agredido dentro da Cidade Universitária, na zona oeste da cidade, quando saia de uma festa. O crime ocorreu na sexta-feira (4). De acordo com o Hospital das Clínicas a morte ocorreu em decorrência dos ferimentos. Leão Filho foi agredido com uma pedrada na cabeça e estava internado na UTI do hospital desde o dia do crime. Câmeras de seguranças do campus registraram o momento em que o médico foi agredido por um grupo de pessoas. De acordo com a polícia, o médico dirigia seu carro -um Fiat Punto preto- na rua da Reitoria quando esbarrou em uma bicicleta que estava mal estacionada na via. Leão parou o carro e duas pessoas se aproximaram. A polícia diz que o médico saiu do carro com uma barra de ferro, o que motivou o princípio de tumulto. Outras pessoas se aproximaram, quando um dos jovens atirou uma pedra no médico que caiu no chão e foi agredido. Nesse momento, um dos homens entrou no carro e roubou uma mochila, e um objeto que estava dentro do veículo. A USP disse, em nota, que o médico participou de uma festa tradicional, chamada "Quinta e Breja", realizada nas imediações da ECA (Escola de Comunicações e Artes) da instituição. A USP disse que lamenta o fato e que Leão foi "covardemente espancado". O caso é investigado pelo 91° DP (Ceasa). Até o momento ninguém foi preso. Ainda não há informações sobre o local e horário do enterro.
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Morre médico agredido com uma pedrada na cabeça em festa na USPMorreu na madrugada deste sábado (12), o médico Benício Orlando Saraiva Leão Filho, 39. Ex-aluno da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) ele estava internado no Hospital das Clínicas após ter sido agredido dentro da Cidade Universitária, na zona oeste da cidade, quando saia de uma festa. O crime ocorreu na sexta-feira (4). De acordo com o Hospital das Clínicas a morte ocorreu em decorrência dos ferimentos. Leão Filho foi agredido com uma pedrada na cabeça e estava internado na UTI do hospital desde o dia do crime. Câmeras de seguranças do campus registraram o momento em que o médico foi agredido por um grupo de pessoas. De acordo com a polícia, o médico dirigia seu carro -um Fiat Punto preto- na rua da Reitoria quando esbarrou em uma bicicleta que estava mal estacionada na via. Leão parou o carro e duas pessoas se aproximaram. A polícia diz que o médico saiu do carro com uma barra de ferro, o que motivou o princípio de tumulto. Outras pessoas se aproximaram, quando um dos jovens atirou uma pedra no médico que caiu no chão e foi agredido. Nesse momento, um dos homens entrou no carro e roubou uma mochila, e um objeto que estava dentro do veículo. A USP disse, em nota, que o médico participou de uma festa tradicional, chamada "Quinta e Breja", realizada nas imediações da ECA (Escola de Comunicações e Artes) da instituição. A USP disse que lamenta o fato e que Leão foi "covardemente espancado". O caso é investigado pelo 91° DP (Ceasa). Até o momento ninguém foi preso. Ainda não há informações sobre o local e horário do enterro.
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Aluguéis de residências de dois e três quartos têm queda em São Paulo
Apenas aluguéis novos de residências de 1 dormitório tiveram alta dos preços em São Paulo quando considerado um período de 12 meses terminado em abril. A locação desse tipo de imóvel subiu 5,29% no período em termos nominais (sem descontar a inflação), enquanto residências de dois dormitórios tiveram queda de 0,12%, e de 3 dormitórios, de 1,60% em seus preços. Os dados foram divulgados pelo Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário) nesta terça (19) e, além de beneficiarem novos locatários, dão espaço para quem tem contratos antigos negociar ajustes menores com o proprietário. Em média, a alta foi de 1,47% no período, valor que fica abaixo do IGP-M (índice de inflação usado como referência no setor), que teve alta de 3,55%. A defasagem do aumento do aluguel frente a inflação representa ganho para o locatário e ocorre desde agosto de 2014 (veja gráfico abaixo), um reflexo do mau momento da economia. A última vez em que uma defasagem de preços havia ocorrido fora pontualmente, em março de 2013. "Os níveis de desemprego começando a crescer, a desaceleração na indústria, e a expectativa sobre os cortes do governo estão gerando essa reação do mercado imobiliário", afirma Mark Turnbull, diretor de locação do Secovi-SP. Outro indício de que está mais complicado para locatários encontrar inquilinos é o intervalo em que um imóvel vago demora para ser alugado, atualmente de 15 a 40 dias –o maior da série desde janeiro de 2008. A média é menor para casas (15 a 37 dias) do que para apartamentos (23 a 47 dias). "As pessoas estão assustadas com a possibilidade de perder emprego, e os preços do aluguel tendem a cair mais por falta da procura do que por outro motivo", afirma Ricardo Gilius Ferreira, sócio da Parabéns Imóveis, imobiliária da zona oeste de São Paulo. IGP-M HORA DE NEGOCIAR No geral, os contratos de aluguel são fechados por um período de 30 meses, com ajustes anuais que acompanham o IGP-M. Segundo Turnbull, quem paga as contas em dia, mantém o apartamento em bom estado e não causa problemas para o proprietário pode argumentar que, como o preço de um novo contrato cresceu abaixo do valor do índice, não seria justo cobrar o ajuste integral. "Mesmo se ele não der um ajuste percentual menor, para se proteger de alta da inflação mais para a frente, é interessante tentar uma redução de um valor fechado por um certo período; de R$ 100, por exemplo". Outra alternativa é aproveitar para pedir reformas no imóvel, por exemplo. Ele alerta, no entanto, que os índices médios de ajuste não são aplicáveis para quaisquer regiões. Áreas bem servidas de escolas, hospitais e instituições de ensino tendem a ter ajustes mais próximos da inflação. Gilius, da Parabéns Imóveis, concorda que inquilinos ganharam força na negociação. "O proprietário está resguardado pelo contrato, e pode ajustar o aluguel pelo IGP-M para ganhar R$ 200 a mais, por exemplo. Mas o inquilino pode ir a qualquer momento para um imóvel mais barato." Para ele, inquilinos também têm se beneficiado da popularização de cláusulas no contrato de aluguel que permitem deixar de lado a obrigatoriedade de ficar 30 meses no imóvel, ou ao menos diminuem a multa cobrada quando o locatário sai antes do fim do período.
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Aluguéis de residências de dois e três quartos têm queda em São PauloApenas aluguéis novos de residências de 1 dormitório tiveram alta dos preços em São Paulo quando considerado um período de 12 meses terminado em abril. A locação desse tipo de imóvel subiu 5,29% no período em termos nominais (sem descontar a inflação), enquanto residências de dois dormitórios tiveram queda de 0,12%, e de 3 dormitórios, de 1,60% em seus preços. Os dados foram divulgados pelo Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário) nesta terça (19) e, além de beneficiarem novos locatários, dão espaço para quem tem contratos antigos negociar ajustes menores com o proprietário. Em média, a alta foi de 1,47% no período, valor que fica abaixo do IGP-M (índice de inflação usado como referência no setor), que teve alta de 3,55%. A defasagem do aumento do aluguel frente a inflação representa ganho para o locatário e ocorre desde agosto de 2014 (veja gráfico abaixo), um reflexo do mau momento da economia. A última vez em que uma defasagem de preços havia ocorrido fora pontualmente, em março de 2013. "Os níveis de desemprego começando a crescer, a desaceleração na indústria, e a expectativa sobre os cortes do governo estão gerando essa reação do mercado imobiliário", afirma Mark Turnbull, diretor de locação do Secovi-SP. Outro indício de que está mais complicado para locatários encontrar inquilinos é o intervalo em que um imóvel vago demora para ser alugado, atualmente de 15 a 40 dias –o maior da série desde janeiro de 2008. A média é menor para casas (15 a 37 dias) do que para apartamentos (23 a 47 dias). "As pessoas estão assustadas com a possibilidade de perder emprego, e os preços do aluguel tendem a cair mais por falta da procura do que por outro motivo", afirma Ricardo Gilius Ferreira, sócio da Parabéns Imóveis, imobiliária da zona oeste de São Paulo. IGP-M HORA DE NEGOCIAR No geral, os contratos de aluguel são fechados por um período de 30 meses, com ajustes anuais que acompanham o IGP-M. Segundo Turnbull, quem paga as contas em dia, mantém o apartamento em bom estado e não causa problemas para o proprietário pode argumentar que, como o preço de um novo contrato cresceu abaixo do valor do índice, não seria justo cobrar o ajuste integral. "Mesmo se ele não der um ajuste percentual menor, para se proteger de alta da inflação mais para a frente, é interessante tentar uma redução de um valor fechado por um certo período; de R$ 100, por exemplo". Outra alternativa é aproveitar para pedir reformas no imóvel, por exemplo. Ele alerta, no entanto, que os índices médios de ajuste não são aplicáveis para quaisquer regiões. Áreas bem servidas de escolas, hospitais e instituições de ensino tendem a ter ajustes mais próximos da inflação. Gilius, da Parabéns Imóveis, concorda que inquilinos ganharam força na negociação. "O proprietário está resguardado pelo contrato, e pode ajustar o aluguel pelo IGP-M para ganhar R$ 200 a mais, por exemplo. Mas o inquilino pode ir a qualquer momento para um imóvel mais barato." Para ele, inquilinos também têm se beneficiado da popularização de cláusulas no contrato de aluguel que permitem deixar de lado a obrigatoriedade de ficar 30 meses no imóvel, ou ao menos diminuem a multa cobrada quando o locatário sai antes do fim do período.
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Morte de Jesus vira história de detetive em reinvenção com tons realistas
O sucesso dos filmes religiosos desde "A Paixão de Cristo" (2004), de Mel Gibson, é um fenômeno visto no período da Páscoa. Vão de adaptações televisivas ("A Bíblia", "Os Dez Mandamentos") a superproduções ("Noé", "Êxodo: Deuses e Reis"), passando por longas independentes ("O Filho de Deus", "Deus Não Está Morto"). Agora, a Sony utiliza um selo próprio (Affirm Films) para lançar "Ressurreição". A novidade é que o longa é uma espécie de "CSI: Jerusalém" sobre a investigação dos romanos após a crucificação e o desaparecimento do corpo de Jesus (Cliff Curtis) na Judeia. "É uma história de detetive", diz à Folha o ator Joseph Fiennes ("Shakespeare Apaixonado"), dono do papel de Clavius, oficial romano responsável pelo caso. "Lembra a estrutura de investigação de 'Chinatown', de Polanski, porque Clavius entra na toca do coelho sem saber o que vai encontrar e muda suas crenças." A ideia de transformar a morte e ressurreição de Cristo em uma trama com tom realista surgiu quando os produtores se aproximaram do diretor Kevin Reynolds ("Robin Hood: O Príncipe dos Ladrões"), que reescreveu o roteiro. "Queríamos mostrar a ressurreição em uma Jerusalém mais realista, pois todo mundo já conhece a história", diz o roteirista Paul Aiello CONTINUAÇÃO Aiello afirma que o filme foi concebido como uma "continuação de 'A Paixão de Cristo'". E vai mais longe na violência da crucificação e dos ataques aos seguidores do profeta —que, segundo os "detetives da época", poderiam estar escondendo o corpo. Enquanto Gibson seguiu uma linha radical de recriação histórica, inclusive nos diálogos em aramaico, "Ressurreição" tem romanos falando inglês britânico e um personagem principal ficcional. "Para [o fictício] Clavius, tive em mente o imperador Constantino, que teve um sonho com Jesus e se converteu ao cristianismo", conta Fiennes, que "não frequenta a igreja" e ainda está à procura de uma "consciência divina". "A religião pode produzir muros entre as pessoas, então ainda não sei em que acredito. Tenho crenças humanistas. " Já o neozelandês Cliff Curtis, que interpreta Jesus, é devoto desde criança, quando servia como coroinha na igreja local e até pensava em virar padre antes de trabalhar como ator. "Jesus Cristo é meu super-herói", exalta Curtis. E o ator que combate zumbis em "The Fear of the Walking Dead" levou o papel a sério. Durante as filmagens em Almería, Espanha, e na Ilha de Malta, Curtis fez um voto de silêncio para entrar no papel —seu Jesus resume-se a aparições aos apóstolos. Além disso, trocou os hotéis de luxo por uma pequena casa na ilha, onde cozinhava e lia. "Não conversava com meus colegas durante as filmagens. Aprendi muito sobre mim nesse processo." Fiennes tentou seguir a mesma trilha para seu tribuno descrente que termina convertido. "Foi importante para os atores essa seriedade", diz ele, que só teve permissão de encontrar Curtis nas cenas em que dividiam. RESSURREIÇÃO (Risen) DIREÇÃO Kevin Reynolds ELENCO Joseph Fiennes, Tom Felton e Peter Firth PRODUÇÃO EUA, 2016, 12 anos QUANDO em cartaz
ilustrada
Morte de Jesus vira história de detetive em reinvenção com tons realistasO sucesso dos filmes religiosos desde "A Paixão de Cristo" (2004), de Mel Gibson, é um fenômeno visto no período da Páscoa. Vão de adaptações televisivas ("A Bíblia", "Os Dez Mandamentos") a superproduções ("Noé", "Êxodo: Deuses e Reis"), passando por longas independentes ("O Filho de Deus", "Deus Não Está Morto"). Agora, a Sony utiliza um selo próprio (Affirm Films) para lançar "Ressurreição". A novidade é que o longa é uma espécie de "CSI: Jerusalém" sobre a investigação dos romanos após a crucificação e o desaparecimento do corpo de Jesus (Cliff Curtis) na Judeia. "É uma história de detetive", diz à Folha o ator Joseph Fiennes ("Shakespeare Apaixonado"), dono do papel de Clavius, oficial romano responsável pelo caso. "Lembra a estrutura de investigação de 'Chinatown', de Polanski, porque Clavius entra na toca do coelho sem saber o que vai encontrar e muda suas crenças." A ideia de transformar a morte e ressurreição de Cristo em uma trama com tom realista surgiu quando os produtores se aproximaram do diretor Kevin Reynolds ("Robin Hood: O Príncipe dos Ladrões"), que reescreveu o roteiro. "Queríamos mostrar a ressurreição em uma Jerusalém mais realista, pois todo mundo já conhece a história", diz o roteirista Paul Aiello CONTINUAÇÃO Aiello afirma que o filme foi concebido como uma "continuação de 'A Paixão de Cristo'". E vai mais longe na violência da crucificação e dos ataques aos seguidores do profeta —que, segundo os "detetives da época", poderiam estar escondendo o corpo. Enquanto Gibson seguiu uma linha radical de recriação histórica, inclusive nos diálogos em aramaico, "Ressurreição" tem romanos falando inglês britânico e um personagem principal ficcional. "Para [o fictício] Clavius, tive em mente o imperador Constantino, que teve um sonho com Jesus e se converteu ao cristianismo", conta Fiennes, que "não frequenta a igreja" e ainda está à procura de uma "consciência divina". "A religião pode produzir muros entre as pessoas, então ainda não sei em que acredito. Tenho crenças humanistas. " Já o neozelandês Cliff Curtis, que interpreta Jesus, é devoto desde criança, quando servia como coroinha na igreja local e até pensava em virar padre antes de trabalhar como ator. "Jesus Cristo é meu super-herói", exalta Curtis. E o ator que combate zumbis em "The Fear of the Walking Dead" levou o papel a sério. Durante as filmagens em Almería, Espanha, e na Ilha de Malta, Curtis fez um voto de silêncio para entrar no papel —seu Jesus resume-se a aparições aos apóstolos. Além disso, trocou os hotéis de luxo por uma pequena casa na ilha, onde cozinhava e lia. "Não conversava com meus colegas durante as filmagens. Aprendi muito sobre mim nesse processo." Fiennes tentou seguir a mesma trilha para seu tribuno descrente que termina convertido. "Foi importante para os atores essa seriedade", diz ele, que só teve permissão de encontrar Curtis nas cenas em que dividiam. RESSURREIÇÃO (Risen) DIREÇÃO Kevin Reynolds ELENCO Joseph Fiennes, Tom Felton e Peter Firth PRODUÇÃO EUA, 2016, 12 anos QUANDO em cartaz
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Cem dias de Doria terão marginais, chuva e fila de exames como desafios
Aumentar as velocidades nas marginais Tietê e Pinheiros, zerar a fila para exames médicos, evitar alagamentos que travam a cidade no verão, implementar um novo programa de zeladoria e definir um plano oficial de metas a serem cumpridas até 2020 são os principais desafios do novo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), nos primeiros cem dias da gestão iniciada neste domingo (1º). As medidas fazem parte de promessas de campanha formalizadas durante o governo de transição, entre outubro e dezembro, quando passou a receber informações da administração do agora ex-prefeito, Fernando Haddad (PT). Nesta segunda (2), vestidos de gari, Doria e seus novos secretários farão uma espécie de mutirão de limpeza para dar início à primeira das promessas: a operação Cidade Linda, que começará no centro expandido e inclui limpeza de ruas, remoção de pichações e retirada de camelôs ilegais. Com frases de efeito como "não vai ter moleza", Doria diz que a meta com a operação é resgatar a autoestima da cidade. O projeto será estendido às periferias. Para isso, porém, o prefeito deve esbarrar no crescente número de moradores de rua no centro expandido. Medida semelhante foi implementada pela ex-prefeita Marta Suplicy (então no PT e hoje no PMDB) em 2001, com o nome de Operação Belezura. À época, a iniciativa falhou especialmente nos extremos da cidade, onde se via entulho nas vias dias após a passagem das equipes. Doria assume em pleno período chuvoso, e prevenir os impactos dos temporais é outra promessa que ele terá que cumprir de imediato. O prefeito anunciou na última semana um plano de ação que vai da troca de semáforos falhos à instalação de sensores em bueiros que identificam resíduos. A primeira das medidas foi feita pela gestão passada, que alega ter reduzido as panes. São comuns, porém, semáforos apagados em importantes vias do centro após chuvas. As equipes de Doria precisarão agir para retirar pessoas de áreas de risco de alagamentos, como ocupações no entorno de córregos e terrenos que sofrem deslizamentos. Nesses primeiros cem dias, a mais controversa e emblemática das ações da equipe de Doria será o aumento da velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros, medida considerada por engenheiros de tráfego, consultores em transporte e cicloativistas como retrocesso na política de controle da violência no trânsito implementada na gestão Haddad. A partir do dia 25, as velocidades saem dos atuais 50 km/h na pista local, 60 km/h na central e 70 km/h na expressa para 60 km/, 70 km/h e 90 km/h, respectivamente. Apenas a primeira faixa da local será mantida em 50 km/h, em um ajuste na promessa inicial feita pelo tucano. Doria estará sob pressão, já que a marginal Tietê, por exemplo, completou 19 meses sem registrar nenhuma morte por atropelamento. O prefeito também aposta na iniciativa privada para cumprir outra promessa: zerar a fila de exames na rede de saúde. São 417 mil a serem realizados de imediato. Para isso, deve começar na segunda semana de janeiro o programa Corujão da Saúde, no qual hospitais e clínicas privadas, em convênio com a prefeitura, abrem suas portas para exames em horários ociosos, como final de tarde e início de noite. O custo deve ser de R$ 17 milhões. Nessas primeiras semanas, Doria deve fazer reuniões com vereadores, promotores de Justiça e conselheiros do TCM (Tribunal de Contas do Município) para propor revisões na PPP (parceria público-privada) da iluminação e elaborar os editais para a privatização do Anhembi e do autódromo de Interlagos. O novo prefeito também terá que iniciar negociações com a Câmara para eventuais mudanças no Orçamento da cidade, de R$ 54,5 bilhões. Por lei, ele tem 120 dias para, por exemplo, realocar receitas. Também terá que negociar com empresários de ônibus subsídios para bancar o congelamento da tarifa. A diferença entre o arrecadado com as passagens e o que deve ser pago às viações deve chegar à casa dos R$ 3 bilhões em 2017. Por fim, até 90 dias após o início da gestão, Doria terá que apresentar o plano oficial de metas, com diretrizes e projetos da administração, conforme previsto em lei. O programa é a base para acompanhar se as promessas serão cumpridas até 2020. - Mudanças no Orçamento Por lei, o prefeito tem 120 dias pararever o Orçamento da cidade para 2017. Ele pode, por exemplo, realocar receitas para projetos específicos da administração. Também terá que negociar com empresários de ônibus pagamentos de subsídios para bancar o congelamento da tarifa comum de ônibus. Moradores de rua A nova gestão prevê o programa de zeladoria Cidade Linda –que será iniciado nesta segunda (2) na av. Nove de Julho e inclui limpeza e reparo de muros pichados–, mas deve esbarrar no crescente número de moradores de rua no centro expandido, que não poderão ser removidos. Fila da saúde O prefeito promete zerar a fila de exames da rede municipal em um ano. Para isso, dará início na próxima semana ao programa Corujão da Saúde, que prevê parcerias com hospitais privados para realização de exames em horários ociosos de atendimento, como fim de tarde e início de noite. O custo deve ser de R$ 17 mi. Velocidade nas marginais No dia 25, Doria aumentará os limites na Tietê e na Pinheiros para 60 km/h nas pistas locais, 70 km/h nas centrais e 90 km/h nas expressas. Só a faixa da direita da local será mantida em 50 km/h. A partir desta segunda (2), serão iniciadas ações como melhorias viárias e instalação de placas. Especialistas acreditam que haverá um aumento no número de acidentes e mortes. Definição do plano de metas Até 90 dias após a posse, o novo prefeito terá que apresentar o plano de metas, com diretrizes e projetos de governo para o mandato. O programa serve para que se acompanhe e avalie o trabalho dos prefeitos durante a gestão. Chuvas de Verão Doria assumirá o controle no auge da temporada de chuvas, e problemas como falta de luz e queda de árvores devem continuar. Segundo sua equipe, a prioridade nesse primeiro momento será intensificar a limpeza de bueiros, bocas de lobo e galerias. Grandes obras como piscinões só deverão ser iniciadas a médio e longo prazos.
cotidiano
Cem dias de Doria terão marginais, chuva e fila de exames como desafiosAumentar as velocidades nas marginais Tietê e Pinheiros, zerar a fila para exames médicos, evitar alagamentos que travam a cidade no verão, implementar um novo programa de zeladoria e definir um plano oficial de metas a serem cumpridas até 2020 são os principais desafios do novo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), nos primeiros cem dias da gestão iniciada neste domingo (1º). As medidas fazem parte de promessas de campanha formalizadas durante o governo de transição, entre outubro e dezembro, quando passou a receber informações da administração do agora ex-prefeito, Fernando Haddad (PT). Nesta segunda (2), vestidos de gari, Doria e seus novos secretários farão uma espécie de mutirão de limpeza para dar início à primeira das promessas: a operação Cidade Linda, que começará no centro expandido e inclui limpeza de ruas, remoção de pichações e retirada de camelôs ilegais. Com frases de efeito como "não vai ter moleza", Doria diz que a meta com a operação é resgatar a autoestima da cidade. O projeto será estendido às periferias. Para isso, porém, o prefeito deve esbarrar no crescente número de moradores de rua no centro expandido. Medida semelhante foi implementada pela ex-prefeita Marta Suplicy (então no PT e hoje no PMDB) em 2001, com o nome de Operação Belezura. À época, a iniciativa falhou especialmente nos extremos da cidade, onde se via entulho nas vias dias após a passagem das equipes. Doria assume em pleno período chuvoso, e prevenir os impactos dos temporais é outra promessa que ele terá que cumprir de imediato. O prefeito anunciou na última semana um plano de ação que vai da troca de semáforos falhos à instalação de sensores em bueiros que identificam resíduos. A primeira das medidas foi feita pela gestão passada, que alega ter reduzido as panes. São comuns, porém, semáforos apagados em importantes vias do centro após chuvas. As equipes de Doria precisarão agir para retirar pessoas de áreas de risco de alagamentos, como ocupações no entorno de córregos e terrenos que sofrem deslizamentos. Nesses primeiros cem dias, a mais controversa e emblemática das ações da equipe de Doria será o aumento da velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros, medida considerada por engenheiros de tráfego, consultores em transporte e cicloativistas como retrocesso na política de controle da violência no trânsito implementada na gestão Haddad. A partir do dia 25, as velocidades saem dos atuais 50 km/h na pista local, 60 km/h na central e 70 km/h na expressa para 60 km/, 70 km/h e 90 km/h, respectivamente. Apenas a primeira faixa da local será mantida em 50 km/h, em um ajuste na promessa inicial feita pelo tucano. Doria estará sob pressão, já que a marginal Tietê, por exemplo, completou 19 meses sem registrar nenhuma morte por atropelamento. O prefeito também aposta na iniciativa privada para cumprir outra promessa: zerar a fila de exames na rede de saúde. São 417 mil a serem realizados de imediato. Para isso, deve começar na segunda semana de janeiro o programa Corujão da Saúde, no qual hospitais e clínicas privadas, em convênio com a prefeitura, abrem suas portas para exames em horários ociosos, como final de tarde e início de noite. O custo deve ser de R$ 17 milhões. Nessas primeiras semanas, Doria deve fazer reuniões com vereadores, promotores de Justiça e conselheiros do TCM (Tribunal de Contas do Município) para propor revisões na PPP (parceria público-privada) da iluminação e elaborar os editais para a privatização do Anhembi e do autódromo de Interlagos. O novo prefeito também terá que iniciar negociações com a Câmara para eventuais mudanças no Orçamento da cidade, de R$ 54,5 bilhões. Por lei, ele tem 120 dias para, por exemplo, realocar receitas. Também terá que negociar com empresários de ônibus subsídios para bancar o congelamento da tarifa. A diferença entre o arrecadado com as passagens e o que deve ser pago às viações deve chegar à casa dos R$ 3 bilhões em 2017. Por fim, até 90 dias após o início da gestão, Doria terá que apresentar o plano oficial de metas, com diretrizes e projetos da administração, conforme previsto em lei. O programa é a base para acompanhar se as promessas serão cumpridas até 2020. - Mudanças no Orçamento Por lei, o prefeito tem 120 dias pararever o Orçamento da cidade para 2017. Ele pode, por exemplo, realocar receitas para projetos específicos da administração. Também terá que negociar com empresários de ônibus pagamentos de subsídios para bancar o congelamento da tarifa comum de ônibus. Moradores de rua A nova gestão prevê o programa de zeladoria Cidade Linda –que será iniciado nesta segunda (2) na av. Nove de Julho e inclui limpeza e reparo de muros pichados–, mas deve esbarrar no crescente número de moradores de rua no centro expandido, que não poderão ser removidos. Fila da saúde O prefeito promete zerar a fila de exames da rede municipal em um ano. Para isso, dará início na próxima semana ao programa Corujão da Saúde, que prevê parcerias com hospitais privados para realização de exames em horários ociosos de atendimento, como fim de tarde e início de noite. O custo deve ser de R$ 17 mi. Velocidade nas marginais No dia 25, Doria aumentará os limites na Tietê e na Pinheiros para 60 km/h nas pistas locais, 70 km/h nas centrais e 90 km/h nas expressas. Só a faixa da direita da local será mantida em 50 km/h. A partir desta segunda (2), serão iniciadas ações como melhorias viárias e instalação de placas. Especialistas acreditam que haverá um aumento no número de acidentes e mortes. Definição do plano de metas Até 90 dias após a posse, o novo prefeito terá que apresentar o plano de metas, com diretrizes e projetos de governo para o mandato. O programa serve para que se acompanhe e avalie o trabalho dos prefeitos durante a gestão. Chuvas de Verão Doria assumirá o controle no auge da temporada de chuvas, e problemas como falta de luz e queda de árvores devem continuar. Segundo sua equipe, a prioridade nesse primeiro momento será intensificar a limpeza de bueiros, bocas de lobo e galerias. Grandes obras como piscinões só deverão ser iniciadas a médio e longo prazos.
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Com show em Vancouver, no Canadá, U2 testa plateia
Um som de rock sem dúvida feito para arenas, alto e claro, encheu o Pacific Coliseum em Vancouver. The Edge soltou riffs de dois acordes com sua guitarra, os tom-tons e címbalos de Larry Mullen Jr. faziam o ritmo, o baixo de Adam Clayton vibrava, e Bono soltava uivos de "uh-hu" num falsete exultante. O U2 ocupou a casa de shows durante um mês para ensaiar sua turnê "Innocence and Experience", que começa na Rogers Arena, em Vancouver, na quinta-feira. Naquele momento, estava tocando "Elevation". "Faz quatro anos que tocamos isso?" perguntou Bono. "Nada mal!" A banda, que lançou seu álbum de estreia em 1980, testará o lugar que ocupa no presente. Pelo fato de a Apple ter distribuído de graça milhões de exemplares de seu álbum de 2014, "Songs of Innocence" —o 13° álbum de estúdio e o primeiro desde "No Line on the Horizon", de 2009-, a banda não tem como avaliar o impacto do álbum pelas medições de vendas. E "Songs of Innocence" enfrentou uma reação negativa furiosa online de pessoas que não são fãs do U2 e rejeitavam o fato de o álbum ter aparecido em seus acervos de música ou seu iCloud como "comprado", apesar de ter sido gratuito. Enquanto não apresentar as canções do álbum na turnê, o U2 não vai saber ao certo se alguém prestou atenção ao seu trabalho. "A ideia de que pode haver toda uma parte do público ali fora que ainda não sabe se gosta da banda ou não é super instigante para nós", comentou Bono. "Isso nos dá vontade de sair e procurar esse público, se ele existe. Pode ser que não exista." Depois da gigantesca "360° Tour" que a banda fez entre 2009 e 2011, lotando estádios no mundo com um palco enorme e cheio de efeitos, "Innocence and Experience" será mais modesta. A nova turnê vai usar vídeos em alta resolução e adotar uma nova abordagem ao som em arenas; ela é tecnologicamente avançada e está determinada a ser mais íntima. Aparentemente, não foi prejudicada pela reação à iniciativa da Apple. De 1,2 milhão de ingressos disponibilizados para os 68 shows da turnê, 98% estão esgotados, incluindo todos os europeus. Apesar do grande esforço internacional da turnê "360°", o álbum "No Line on the Horizon" não rendeu um single de sucesso, algo que o U2 tanto preza -canções como "Where the Streets Have No Name" e "Pride (In the Name of Love)". A banda se propôs a disciplinar seu método de composição, partindo de elementos fundamentais de guitarra acústica, em lugar dos experimentos sônicos de "No Line on the Horizon". E optou por trabalhar com produtores mais jovens. Mas as letras muitas vezes remetem ao passado, mantendo distância do rock voltado ao público teen. "Chegar à consciência pública neste momento é muito difícil, então procuramos pensar em maneiras para fazer o álbum chamar a atenção das pessoas", comentou The Edge. "A ideia de lançar o álbum e vê-lo desaparecer por uma toca de coelho, que é algo que parece acontecer com tantos álbuns hoje em dia, isso seria arrasador." Um mês depois do lançamento, a Apple anunciou que 26 milhões de pessoas tinham descarregado o álbum inteiro. Mas algo que o U2 e a Apple enxergavam como um presente foi recebido pela blogosfera, onde as reações são instantâneas, como spam, uma invasão dos aparelhos pessoais e um exercício de poder de uma banda de rock e uma grande empresa de tecnologia que exageram sua própria importância. A banda divulgou um pedido parcial de desculpas, e a Apple ofereceu uma maneira de deletar o álbum com um só clique. Mas, mesmo com toda a reação negativa, as vendas da versão física "edição de luxo" do álbum, que saiu em outubro, o levaram a figurar entre os Top 10 da Billboard. A Nielsen SoundScan já contabiliza vendas de 101 mil exemplares. Então, em novembro, a divulgação adicional de "Songs of Innocence" foi interrompida justamente quando a banda estava prestes a passar uma semana aparecendo diariamente no "The Tonight Show Starring Jimmy Fallon". Foi quando Bono sofreu um acidente de bicicleta em Nova York, fraturando sua cavidade ocular, seu ombro, cotovelo e mão esquerda. O vocalista ainda se recupera, mas se diz preparado para os shows, previstos para ter uma primeira parte fixa e uma segunda variável. A plataforma tripla do U2 ocupa quase todo o espaço do Pacific Coliseum. É um palco retangular grande (uma faixa da qual pode se iluminar para formar um "i", de "innocence"), um palco menor ("e" de "experience") e uma passarela unindo as duas. "Eles estão aqui, na arena, e queremos levá-los ao colo da plateia", disse o designer de produção Es Devlin, que já trabalhou com Kanye West e Lady Gaga. "Songs of Innocence" é o álbum mais especificamente autobiográfico do U2 seus títulos incluem "Cedarwood Road", a rua onde Bono passou sua infância, e "Iris", o nome de sua mãe, que morreu quando ele era pequeno. A metade sombria do concerto -"o fim da inocência", como diz Bono- é "Raised by Wolves", sobre um atentado em Dublin que matou 33 pessoas em 1974. Fiel ao passado do U2, a segunda metade promete cura e amor. "No dia 14 vamos descobrir se o álbum funcionou e se a experiência deu certo", disse Bono. "Se as pessoas conhecerem as letras e sentirem as músicas, então terá dado certo."
ilustrada
Com show em Vancouver, no Canadá, U2 testa plateiaUm som de rock sem dúvida feito para arenas, alto e claro, encheu o Pacific Coliseum em Vancouver. The Edge soltou riffs de dois acordes com sua guitarra, os tom-tons e címbalos de Larry Mullen Jr. faziam o ritmo, o baixo de Adam Clayton vibrava, e Bono soltava uivos de "uh-hu" num falsete exultante. O U2 ocupou a casa de shows durante um mês para ensaiar sua turnê "Innocence and Experience", que começa na Rogers Arena, em Vancouver, na quinta-feira. Naquele momento, estava tocando "Elevation". "Faz quatro anos que tocamos isso?" perguntou Bono. "Nada mal!" A banda, que lançou seu álbum de estreia em 1980, testará o lugar que ocupa no presente. Pelo fato de a Apple ter distribuído de graça milhões de exemplares de seu álbum de 2014, "Songs of Innocence" —o 13° álbum de estúdio e o primeiro desde "No Line on the Horizon", de 2009-, a banda não tem como avaliar o impacto do álbum pelas medições de vendas. E "Songs of Innocence" enfrentou uma reação negativa furiosa online de pessoas que não são fãs do U2 e rejeitavam o fato de o álbum ter aparecido em seus acervos de música ou seu iCloud como "comprado", apesar de ter sido gratuito. Enquanto não apresentar as canções do álbum na turnê, o U2 não vai saber ao certo se alguém prestou atenção ao seu trabalho. "A ideia de que pode haver toda uma parte do público ali fora que ainda não sabe se gosta da banda ou não é super instigante para nós", comentou Bono. "Isso nos dá vontade de sair e procurar esse público, se ele existe. Pode ser que não exista." Depois da gigantesca "360° Tour" que a banda fez entre 2009 e 2011, lotando estádios no mundo com um palco enorme e cheio de efeitos, "Innocence and Experience" será mais modesta. A nova turnê vai usar vídeos em alta resolução e adotar uma nova abordagem ao som em arenas; ela é tecnologicamente avançada e está determinada a ser mais íntima. Aparentemente, não foi prejudicada pela reação à iniciativa da Apple. De 1,2 milhão de ingressos disponibilizados para os 68 shows da turnê, 98% estão esgotados, incluindo todos os europeus. Apesar do grande esforço internacional da turnê "360°", o álbum "No Line on the Horizon" não rendeu um single de sucesso, algo que o U2 tanto preza -canções como "Where the Streets Have No Name" e "Pride (In the Name of Love)". A banda se propôs a disciplinar seu método de composição, partindo de elementos fundamentais de guitarra acústica, em lugar dos experimentos sônicos de "No Line on the Horizon". E optou por trabalhar com produtores mais jovens. Mas as letras muitas vezes remetem ao passado, mantendo distância do rock voltado ao público teen. "Chegar à consciência pública neste momento é muito difícil, então procuramos pensar em maneiras para fazer o álbum chamar a atenção das pessoas", comentou The Edge. "A ideia de lançar o álbum e vê-lo desaparecer por uma toca de coelho, que é algo que parece acontecer com tantos álbuns hoje em dia, isso seria arrasador." Um mês depois do lançamento, a Apple anunciou que 26 milhões de pessoas tinham descarregado o álbum inteiro. Mas algo que o U2 e a Apple enxergavam como um presente foi recebido pela blogosfera, onde as reações são instantâneas, como spam, uma invasão dos aparelhos pessoais e um exercício de poder de uma banda de rock e uma grande empresa de tecnologia que exageram sua própria importância. A banda divulgou um pedido parcial de desculpas, e a Apple ofereceu uma maneira de deletar o álbum com um só clique. Mas, mesmo com toda a reação negativa, as vendas da versão física "edição de luxo" do álbum, que saiu em outubro, o levaram a figurar entre os Top 10 da Billboard. A Nielsen SoundScan já contabiliza vendas de 101 mil exemplares. Então, em novembro, a divulgação adicional de "Songs of Innocence" foi interrompida justamente quando a banda estava prestes a passar uma semana aparecendo diariamente no "The Tonight Show Starring Jimmy Fallon". Foi quando Bono sofreu um acidente de bicicleta em Nova York, fraturando sua cavidade ocular, seu ombro, cotovelo e mão esquerda. O vocalista ainda se recupera, mas se diz preparado para os shows, previstos para ter uma primeira parte fixa e uma segunda variável. A plataforma tripla do U2 ocupa quase todo o espaço do Pacific Coliseum. É um palco retangular grande (uma faixa da qual pode se iluminar para formar um "i", de "innocence"), um palco menor ("e" de "experience") e uma passarela unindo as duas. "Eles estão aqui, na arena, e queremos levá-los ao colo da plateia", disse o designer de produção Es Devlin, que já trabalhou com Kanye West e Lady Gaga. "Songs of Innocence" é o álbum mais especificamente autobiográfico do U2 seus títulos incluem "Cedarwood Road", a rua onde Bono passou sua infância, e "Iris", o nome de sua mãe, que morreu quando ele era pequeno. A metade sombria do concerto -"o fim da inocência", como diz Bono- é "Raised by Wolves", sobre um atentado em Dublin que matou 33 pessoas em 1974. Fiel ao passado do U2, a segunda metade promete cura e amor. "No dia 14 vamos descobrir se o álbum funcionou e se a experiência deu certo", disse Bono. "Se as pessoas conhecerem as letras e sentirem as músicas, então terá dado certo."
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'Não estamos fazendo bonito', diz atleta sobre desempenho da natação brasileira
MARIANA LAJOLO PAULO ROBERTO CONDE ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO "A Olimpíada é dentro de nossa casa, e não estamos fazendo bonito." O comentário de Leonardo de Deus, feito logo após ser eliminado na semifinal dos 200 m borboleta, resume o sentimento frustração em torno da participação da seleção brasileira de natação nos Jogos Olímpicos do Rio. Leonardo, que era cotado a final no evento, foi apenas o décimo terceiro colocado no geral, com um tempo quase dois segundos pior do que seu recorde pessoal (1min55s01). O Brasil teve apenas três finalistas até o momento nesta Olimpíada: João Gomes Júnior e Felipe França, nos 100 m peito, e o revezamento 4 X 100 m livre. Nenhum chegou ao pódio. "Agora a minha cabeça está lá embaixo", disse Leonardo, que ainda nadará os 200 m costas. Indagado sobre os motivos de natação brasileira ter desempenho aquém do esperado, ele afirmou não saber o motivo. "Tivemos treinos, apoio, competições, os melhores hotéis e a torcida está empurrando. Mas estamos bem aquém do que podemos fazer." "Teve a saída do Cesão [Cesar Cielo, que perdeu a vaga olímpica], agora aqui [os maus resultados]. O Brasil está precisando de novos heróis", afirmou. Além de Leonardo, Kaio Márcio também disputou a semifinal dos 200 m borboleta e não se classificou. A exemplo de ambos, a maioria dos nadadores brasileiros piorou muito seus tempos no Rio, em relação às melhores marcas pessoais. Etiene Medeiros ficou a dois segundos de seu melhor registro nos 100 m costas. João de Lucca também decaiu nos 200 m livre. Na mesma prova, Larissa Oliveira retrocedeu três segundos em seu melhor. A única exceção do dia foi Manuella Lyrio, que bateu o recorde sul-americano dos 200 m livre, mas também não conseguiu avançar para a final. A CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) chegou a estabelecer uma meta de ao menos três medalhas para os Jogos do Rio. Agora, as melhores oportunidades são Thiago Pereira, nos 200 m medley, e Bruno Fratus, nos 50 m livre. Brasileiros classificados para a Olimpíada
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'Não estamos fazendo bonito', diz atleta sobre desempenho da natação brasileira MARIANA LAJOLO PAULO ROBERTO CONDE ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO "A Olimpíada é dentro de nossa casa, e não estamos fazendo bonito." O comentário de Leonardo de Deus, feito logo após ser eliminado na semifinal dos 200 m borboleta, resume o sentimento frustração em torno da participação da seleção brasileira de natação nos Jogos Olímpicos do Rio. Leonardo, que era cotado a final no evento, foi apenas o décimo terceiro colocado no geral, com um tempo quase dois segundos pior do que seu recorde pessoal (1min55s01). O Brasil teve apenas três finalistas até o momento nesta Olimpíada: João Gomes Júnior e Felipe França, nos 100 m peito, e o revezamento 4 X 100 m livre. Nenhum chegou ao pódio. "Agora a minha cabeça está lá embaixo", disse Leonardo, que ainda nadará os 200 m costas. Indagado sobre os motivos de natação brasileira ter desempenho aquém do esperado, ele afirmou não saber o motivo. "Tivemos treinos, apoio, competições, os melhores hotéis e a torcida está empurrando. Mas estamos bem aquém do que podemos fazer." "Teve a saída do Cesão [Cesar Cielo, que perdeu a vaga olímpica], agora aqui [os maus resultados]. O Brasil está precisando de novos heróis", afirmou. Além de Leonardo, Kaio Márcio também disputou a semifinal dos 200 m borboleta e não se classificou. A exemplo de ambos, a maioria dos nadadores brasileiros piorou muito seus tempos no Rio, em relação às melhores marcas pessoais. Etiene Medeiros ficou a dois segundos de seu melhor registro nos 100 m costas. João de Lucca também decaiu nos 200 m livre. Na mesma prova, Larissa Oliveira retrocedeu três segundos em seu melhor. A única exceção do dia foi Manuella Lyrio, que bateu o recorde sul-americano dos 200 m livre, mas também não conseguiu avançar para a final. A CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) chegou a estabelecer uma meta de ao menos três medalhas para os Jogos do Rio. Agora, as melhores oportunidades são Thiago Pereira, nos 200 m medley, e Bruno Fratus, nos 50 m livre. Brasileiros classificados para a Olimpíada
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'Amor & Sexo' feminista mostra dificuldade de fazer merchan social
Durante a ditadura, com a televisão sob censura, autores de novela tentavam incluir de maneira disfarçada, em meio a diálogos despretensiosos, comentários de crítica política ou social. Era o que Walter Clark (1936-97), o principal executivo da Globo na primeira metade da década de 70, chamava de "contrabando ideológico", atribuindo a Dias Gomes (1922-99) o papel de "rei" nesta especialidade. A partir da segunda metade da década de 80, vivendo a redemocratização, os autores de folhetins passaram a incluir abertamente mensagens educativas e de caráter social em suas tramas. O artifício foi batizado de "merchandising social" e tem em Gloria Perez a sua maior referência. Ainda usada em novelas e séries, a inserção calculada de temas "do bem" hoje alcança outros gêneros na televisão. Um exemplo recente foi o "Na Moral", programa de auditório apresentado por Pedro Bial na Globo entre 2012 e 2014. A atração consistia em debates semanais sobre temas polêmicos, mas frequentemente fazia prevalecer, seja pela escolha dos convidados, seja por intervenções do apresentador, uma visão progressista. Isso ocorreu, entre outros exemplos, em uma marcante edição dedicada a defender o casamento gay. Exibido de forma inconstante desde 2009, "Amor & Sexo" é outro programa de auditório que se arrisca a entrar no terreno do merchandising social. Tratando de forma lúdica os dois temas enunciados em seu título, a atração eventualmente tem a oportunidade de dar dicas de caráter educativo. Na sua volta ao ar, na última semana de janeiro, o programa comandado por Fernanda Lima fez uma experiência radical neste terreno -apresentou uma aula sobre feminismo ao longo de 52 minutos. Todas as brincadeiras, dinâmicas e atividades propostas pela apresentadora tiveram o único propósito de abordar diferentes aspectos envolvidos num tópico maior -os direitos da mulher. Falou-se de quase tudo um pouco: da condenação da violência masculina aos prazeres da masturbação, da atribuição de rótulos ("piranha", "recatada", "vadia" etc.) aos preconceitos sofridos por mulheres negras, de direitos trabalhistas à falta de representação no Parlamento. Em ritmo acelerado, como é normal em um programa de auditório, mais de uma dezena de mulheres passou pelo palco dando depoimentos, cantando e defendendo o "empoderamento" feminino. O saldo final desta edição de "Amor & Sexo" foi intensamente discutido nos dias seguintes em blogs feministas, sites e textos no Facebook. Duas visões principais, grosso modo, se opuseram. De um lado, uma defesa do programa por, ainda que de forma superficial, ter colocado o tema em pauta. De outro, a ideia de que essa leveza, justamente, contribui para difundir uma ideia errada da luta feminista. Concordo que seja motivo de festa a decisão de tratar de um tema tão importante quanto os direitos da mulher em um programa como esse. Mas entendo o desconforto de quem, dedicando-se à causa do feminismo, se chocou com a superficialidade colorida da abordagem. Diferentemente de uma novela, que pode desdobrar um tema de responsabilidade social ao longo de muitos capítulos, um programa de auditório é limitado pelo tempo e pelo espaço. No caso específico desta edição de "Amor & Sexo", tive a impressão de estar assistindo a uma edição caprichada de "Telecurso" -talvez aquela dedicada ao antigo primeiro grau.
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'Amor & Sexo' feminista mostra dificuldade de fazer merchan socialDurante a ditadura, com a televisão sob censura, autores de novela tentavam incluir de maneira disfarçada, em meio a diálogos despretensiosos, comentários de crítica política ou social. Era o que Walter Clark (1936-97), o principal executivo da Globo na primeira metade da década de 70, chamava de "contrabando ideológico", atribuindo a Dias Gomes (1922-99) o papel de "rei" nesta especialidade. A partir da segunda metade da década de 80, vivendo a redemocratização, os autores de folhetins passaram a incluir abertamente mensagens educativas e de caráter social em suas tramas. O artifício foi batizado de "merchandising social" e tem em Gloria Perez a sua maior referência. Ainda usada em novelas e séries, a inserção calculada de temas "do bem" hoje alcança outros gêneros na televisão. Um exemplo recente foi o "Na Moral", programa de auditório apresentado por Pedro Bial na Globo entre 2012 e 2014. A atração consistia em debates semanais sobre temas polêmicos, mas frequentemente fazia prevalecer, seja pela escolha dos convidados, seja por intervenções do apresentador, uma visão progressista. Isso ocorreu, entre outros exemplos, em uma marcante edição dedicada a defender o casamento gay. Exibido de forma inconstante desde 2009, "Amor & Sexo" é outro programa de auditório que se arrisca a entrar no terreno do merchandising social. Tratando de forma lúdica os dois temas enunciados em seu título, a atração eventualmente tem a oportunidade de dar dicas de caráter educativo. Na sua volta ao ar, na última semana de janeiro, o programa comandado por Fernanda Lima fez uma experiência radical neste terreno -apresentou uma aula sobre feminismo ao longo de 52 minutos. Todas as brincadeiras, dinâmicas e atividades propostas pela apresentadora tiveram o único propósito de abordar diferentes aspectos envolvidos num tópico maior -os direitos da mulher. Falou-se de quase tudo um pouco: da condenação da violência masculina aos prazeres da masturbação, da atribuição de rótulos ("piranha", "recatada", "vadia" etc.) aos preconceitos sofridos por mulheres negras, de direitos trabalhistas à falta de representação no Parlamento. Em ritmo acelerado, como é normal em um programa de auditório, mais de uma dezena de mulheres passou pelo palco dando depoimentos, cantando e defendendo o "empoderamento" feminino. O saldo final desta edição de "Amor & Sexo" foi intensamente discutido nos dias seguintes em blogs feministas, sites e textos no Facebook. Duas visões principais, grosso modo, se opuseram. De um lado, uma defesa do programa por, ainda que de forma superficial, ter colocado o tema em pauta. De outro, a ideia de que essa leveza, justamente, contribui para difundir uma ideia errada da luta feminista. Concordo que seja motivo de festa a decisão de tratar de um tema tão importante quanto os direitos da mulher em um programa como esse. Mas entendo o desconforto de quem, dedicando-se à causa do feminismo, se chocou com a superficialidade colorida da abordagem. Diferentemente de uma novela, que pode desdobrar um tema de responsabilidade social ao longo de muitos capítulos, um programa de auditório é limitado pelo tempo e pelo espaço. No caso específico desta edição de "Amor & Sexo", tive a impressão de estar assistindo a uma edição caprichada de "Telecurso" -talvez aquela dedicada ao antigo primeiro grau.
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Mitos da Lava Jato podem levar à depressão
A investigação de irregularidades em contratos da Petrobras é fundamental para o aperfeiçoamento de nossas instituições. A apuração dos fatos e a eventual condenação dos responsáveis são necessárias. Até agora, contudo, o espetáculo na investigação da Operação Lava Jato prevaleceu sobre o conteúdo. E o real objeto de investigação deu lugar a mitos que causam enormes prejuízos ao emprego, à produção e, ao final, retarda o próprio processo de aperfeiçoamento institucional. Há três noções que têm apelo popular e dão boas manchetes, mas que são totalmente equivocadas e geram efeitos devastadores. A primeira é a proposição de que a Petrobras teria sido vítima de um cartel de empreiteiras. Tal noção é insustentável. Do ponto de vista da defesa da concorrência, não faz sentido discutir qualquer infração sem a compreensão de qual é a estrutura do mercado na qual o suposto ilícito teria ocorrido. No caso da Lava Jato, a Petrobras tem enorme poder de compra, para não dizer poder absoluto. O termo técnico é pouco conhecido: trata-se de um monopsônio, situação na qual há apenas um comprador, que pode, portanto, orientar e dirigir o mercado. Não há margem para os fornecedores formarem um cartel e prejudicarem o comprador. Tal fato é ainda mais claro no caso da Petrobras que detém o comando do processo de contratação mediante regime jurídico que limita o raio de manobra de suas contratadas. A lei nº 9.478/97 (Lei do Petróleo) autorizou a companhia a celebrar contratos por meio de procedimento licitatório simplificado. Assim, a Petrobras deixou de seguir o modelo tradicional estabelecido na lei nº 8.666/93 (Lei de Licitações) para desenvolver forma própria de contratação de bens e serviços. Portanto, a barreira à entrada de novos competidores decorre não de uma ação concertada entre empresas, mas do próprio formato de contratação sob o comando da Petrobras. É a Petrobras quem define os participantes das licitações por intermédio das cartas-convite. A segunda noção equivocada é a de pretender que as empresas investigadas deixem de participar de novas licitações. Não há base constitucional para impedir que empresas sob investigação, que não tenham sido condenadas em última instância, participem de licitações. Do ponto de vista econômico, equivale a excluir atores do mercado e diminuir a concorrência. A proposta que pretende defender a concorrência termina por reduzi-la, ampliando os custos para os órgãos públicos contratantes. O terceiro equívoco é o de que os excessos e a espetacularização da Lava Jato são neutros do ponto de vista econômico. Chega-se a argumentar com um misto de cinismo e ingenuidade que grandes empresas nacionais poderiam ser rapidamente substituídas por outras, inclusive estrangeiras. Não se deve admitir que o clamor popular execre e destrua o patrimônio e empresariado brasileiro, com impactos nefastos na economia. Exercício simples utilizando dados do IBGE mostra que o potencial de destruição de renda e emprego de uma Operação Lava Jato mal conduzida pode custar mais de R$ 200 bilhões em termos de PIB e mais de 2 milhões de empregos. É um passo na direção de algo pior que a recessão vivida atualmente: a depressão. Deve-se aperfeiçoar as relações entre público e privado, cobrando transparência e governança. Não se pode, entretanto, querer saciar uma sanha irracional por vingança aniquilando a experiência e o talento empreendedor nacionais. GESNER OLIVEIRA, 59,ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica e da Sabesp, é professor de economia (FGV) e sócio da GO Associados FERNANDO S. MARCATO, 36, é professor de direito na FGV-SP e sócio da GO Associados PEDRO SCAZUFCA, 33, é mestre em economia pela FEA-USP e sócio da GO Associados * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Mitos da Lava Jato podem levar à depressãoA investigação de irregularidades em contratos da Petrobras é fundamental para o aperfeiçoamento de nossas instituições. A apuração dos fatos e a eventual condenação dos responsáveis são necessárias. Até agora, contudo, o espetáculo na investigação da Operação Lava Jato prevaleceu sobre o conteúdo. E o real objeto de investigação deu lugar a mitos que causam enormes prejuízos ao emprego, à produção e, ao final, retarda o próprio processo de aperfeiçoamento institucional. Há três noções que têm apelo popular e dão boas manchetes, mas que são totalmente equivocadas e geram efeitos devastadores. A primeira é a proposição de que a Petrobras teria sido vítima de um cartel de empreiteiras. Tal noção é insustentável. Do ponto de vista da defesa da concorrência, não faz sentido discutir qualquer infração sem a compreensão de qual é a estrutura do mercado na qual o suposto ilícito teria ocorrido. No caso da Lava Jato, a Petrobras tem enorme poder de compra, para não dizer poder absoluto. O termo técnico é pouco conhecido: trata-se de um monopsônio, situação na qual há apenas um comprador, que pode, portanto, orientar e dirigir o mercado. Não há margem para os fornecedores formarem um cartel e prejudicarem o comprador. Tal fato é ainda mais claro no caso da Petrobras que detém o comando do processo de contratação mediante regime jurídico que limita o raio de manobra de suas contratadas. A lei nº 9.478/97 (Lei do Petróleo) autorizou a companhia a celebrar contratos por meio de procedimento licitatório simplificado. Assim, a Petrobras deixou de seguir o modelo tradicional estabelecido na lei nº 8.666/93 (Lei de Licitações) para desenvolver forma própria de contratação de bens e serviços. Portanto, a barreira à entrada de novos competidores decorre não de uma ação concertada entre empresas, mas do próprio formato de contratação sob o comando da Petrobras. É a Petrobras quem define os participantes das licitações por intermédio das cartas-convite. A segunda noção equivocada é a de pretender que as empresas investigadas deixem de participar de novas licitações. Não há base constitucional para impedir que empresas sob investigação, que não tenham sido condenadas em última instância, participem de licitações. Do ponto de vista econômico, equivale a excluir atores do mercado e diminuir a concorrência. A proposta que pretende defender a concorrência termina por reduzi-la, ampliando os custos para os órgãos públicos contratantes. O terceiro equívoco é o de que os excessos e a espetacularização da Lava Jato são neutros do ponto de vista econômico. Chega-se a argumentar com um misto de cinismo e ingenuidade que grandes empresas nacionais poderiam ser rapidamente substituídas por outras, inclusive estrangeiras. Não se deve admitir que o clamor popular execre e destrua o patrimônio e empresariado brasileiro, com impactos nefastos na economia. Exercício simples utilizando dados do IBGE mostra que o potencial de destruição de renda e emprego de uma Operação Lava Jato mal conduzida pode custar mais de R$ 200 bilhões em termos de PIB e mais de 2 milhões de empregos. É um passo na direção de algo pior que a recessão vivida atualmente: a depressão. Deve-se aperfeiçoar as relações entre público e privado, cobrando transparência e governança. Não se pode, entretanto, querer saciar uma sanha irracional por vingança aniquilando a experiência e o talento empreendedor nacionais. GESNER OLIVEIRA, 59,ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica e da Sabesp, é professor de economia (FGV) e sócio da GO Associados FERNANDO S. MARCATO, 36, é professor de direito na FGV-SP e sócio da GO Associados PEDRO SCAZUFCA, 33, é mestre em economia pela FEA-USP e sócio da GO Associados * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Veja o andamento das medidas do governo Temer
O presidente interino, Michel Temer, anunciou uma série de medidas para tentar reanimar a economia brasileira. Uma nova meta fiscal, corte de cargos comissionados, reforma da previdência e desvinculação das receitas são algumas das propostas. Confira: Propostas de Temer
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Veja o andamento das medidas do governo TemerO presidente interino, Michel Temer, anunciou uma série de medidas para tentar reanimar a economia brasileira. Uma nova meta fiscal, corte de cargos comissionados, reforma da previdência e desvinculação das receitas são algumas das propostas. Confira: Propostas de Temer
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Itaúsa pode avaliar consórcio para comprar fatia na Braskem, diz Setubal
A Itaúsa (holding que administra as fortunas das famílias Setubal e Villela, controladoras do Itaú) estuda participar em um consórcio para compra de participação na petroquímica Braskem, segundo o presidente-executivo da controladora do Itaú Unibanco, Alfredo Setubal. "Investir sozinhos não, porque precisa de muito dinheiro, mas podemos avaliar participar em um consórcio", disse em evento do grupo com analistas e investidores. O executivo afirmou durante apresentação que a Itaúsa tem entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões por ano para novos investimentos em ativos não ligados ao setor financeiro e que está sempre atenta a novas oportunidades, embora não planeje novas compras em 2017. Neste ano, a Itaúsa já comprou o controle da fabricante de calçados Alpargatas (que pertencia aos irmãos Batista, donos da JBS) e uma fatia minoritária na empresa de gasodutos NTS. Também neste ano, a Itaúsa chegou a negociar com a Petrobras a compra de uma participação na BR Distribuidora, mas as conversas não evoluíram porque a estatal decidiu abrir o capital da subsidiária na Bolsa. Por outro lado, a Petrobras tem dado sinais de que pode se desfazer de sua fatia minoritária na Braskem, da qual é sócia com a Odebrecht. A Itaúsa já detém ativos no ramo petroquímico por meio da Elekeiroz. Segundo Setubal, com o ciclo de queda dos juros no país, e a consequente diminuição do custo de capital das empresas, a expectativa da Itaúsa é a de que surjam muitas novas boas oportunidades de investimento nos próximos anos. A orientação central do grupo para novas aquisições será para ativos nos quais a Itaúsa possa ter uma participação relevante, que sejam empresas já conhecidas no mercado e que proporcionem bons dividendos. "Não queremos reduzir o nível médio de lucratividade do grupo", disse Setubal. EMPRÉSTIMOS No mesmo evento, o presidente-executivo do Itaú Unibanco, Candido Bracher, afirmou que o segmento de empréstimos do banco logo se tornará rentável novamente. A informação é um sinal de que o maior banco brasileiro está se recuperando da queda do mercado de crédito mais severo do país em duas décadas. Segundo ele, as provisões para perdas com empréstimos –que atingiram recorde em 2016– começarão a cair no médio prazo, sem especificar um cronograma. "A perspectiva para o crédito no médio prazo é positiva, podemos voltar a criar valor com esse negócio", disse o executivo do Itaú Unibanco.
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Itaúsa pode avaliar consórcio para comprar fatia na Braskem, diz SetubalA Itaúsa (holding que administra as fortunas das famílias Setubal e Villela, controladoras do Itaú) estuda participar em um consórcio para compra de participação na petroquímica Braskem, segundo o presidente-executivo da controladora do Itaú Unibanco, Alfredo Setubal. "Investir sozinhos não, porque precisa de muito dinheiro, mas podemos avaliar participar em um consórcio", disse em evento do grupo com analistas e investidores. O executivo afirmou durante apresentação que a Itaúsa tem entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões por ano para novos investimentos em ativos não ligados ao setor financeiro e que está sempre atenta a novas oportunidades, embora não planeje novas compras em 2017. Neste ano, a Itaúsa já comprou o controle da fabricante de calçados Alpargatas (que pertencia aos irmãos Batista, donos da JBS) e uma fatia minoritária na empresa de gasodutos NTS. Também neste ano, a Itaúsa chegou a negociar com a Petrobras a compra de uma participação na BR Distribuidora, mas as conversas não evoluíram porque a estatal decidiu abrir o capital da subsidiária na Bolsa. Por outro lado, a Petrobras tem dado sinais de que pode se desfazer de sua fatia minoritária na Braskem, da qual é sócia com a Odebrecht. A Itaúsa já detém ativos no ramo petroquímico por meio da Elekeiroz. Segundo Setubal, com o ciclo de queda dos juros no país, e a consequente diminuição do custo de capital das empresas, a expectativa da Itaúsa é a de que surjam muitas novas boas oportunidades de investimento nos próximos anos. A orientação central do grupo para novas aquisições será para ativos nos quais a Itaúsa possa ter uma participação relevante, que sejam empresas já conhecidas no mercado e que proporcionem bons dividendos. "Não queremos reduzir o nível médio de lucratividade do grupo", disse Setubal. EMPRÉSTIMOS No mesmo evento, o presidente-executivo do Itaú Unibanco, Candido Bracher, afirmou que o segmento de empréstimos do banco logo se tornará rentável novamente. A informação é um sinal de que o maior banco brasileiro está se recuperando da queda do mercado de crédito mais severo do país em duas décadas. Segundo ele, as provisões para perdas com empréstimos –que atingiram recorde em 2016– começarão a cair no médio prazo, sem especificar um cronograma. "A perspectiva para o crédito no médio prazo é positiva, podemos voltar a criar valor com esse negócio", disse o executivo do Itaú Unibanco.
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Pagamento de propina pode chegar a R$ 50 mil por carga
A corrupção é um dos principais fatores que contribuem para o alto índice de produtos contrabandeados no país, de acordo com estudo realizado pelo Idesf (Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras), antecipado para a Folha e que está sendo apresentado na manhã desta terça-feira (3). O pagamento de propina pode chegar a R$ 50 mil, afirma a pesquisa, que mostra que a corrupção para liberação de cargas ilegais ocorre em vários níveis operacionais e é dividida em quatro momentos. O primeiro momento ocorre próximo à barranca do Rio Paraná e às margens do Lago de Itaipu, em Foz do Iguaçu. Nesse ponto, diz o estudo, o contrabandista paga cerca de R$ 100 ao dia por agente público para que fique indiferente à ilegalidade. O segundo momento é quando o ente público faz um acordo com o contrabandista para o acompanhamento da carga até o limite da sua jurisdição. Isso evita que a carga seja apreendida nos postos de fiscalização e, para isso, o contrabandista paga entre R$ 1.000 e R$ 1.500, afirma o estudo. Já o terceiro momento, diz o estudo, ocorre nos postos de fiscalização, caso o veículo utilizado para transportar a carga seja parado. Nesse caso, pode ocorrer ou não um acordo prévio, e o valor do repasse gira entre R$ 3.000 e R$ 10.000. Por fim, o quarto momento ocorre quando o ente público forja a apreensão, afirma o estudo, tendo como objetivo proporcionar ao contrabandista a oportunidade de negociação para a liberação da carga. O valor pago de propina para a liberação da mercadoria nesse momento varia entre R$ 15 mil e R$ 50 mil, podendo chegar a 50% do valor da carga, que normalmente é pago com a própria mercadoria. A Receita Federal e a Polícia Federal foram procuradas pela reportagem, mas não responderam até o momento.
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Pagamento de propina pode chegar a R$ 50 mil por cargaA corrupção é um dos principais fatores que contribuem para o alto índice de produtos contrabandeados no país, de acordo com estudo realizado pelo Idesf (Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras), antecipado para a Folha e que está sendo apresentado na manhã desta terça-feira (3). O pagamento de propina pode chegar a R$ 50 mil, afirma a pesquisa, que mostra que a corrupção para liberação de cargas ilegais ocorre em vários níveis operacionais e é dividida em quatro momentos. O primeiro momento ocorre próximo à barranca do Rio Paraná e às margens do Lago de Itaipu, em Foz do Iguaçu. Nesse ponto, diz o estudo, o contrabandista paga cerca de R$ 100 ao dia por agente público para que fique indiferente à ilegalidade. O segundo momento é quando o ente público faz um acordo com o contrabandista para o acompanhamento da carga até o limite da sua jurisdição. Isso evita que a carga seja apreendida nos postos de fiscalização e, para isso, o contrabandista paga entre R$ 1.000 e R$ 1.500, afirma o estudo. Já o terceiro momento, diz o estudo, ocorre nos postos de fiscalização, caso o veículo utilizado para transportar a carga seja parado. Nesse caso, pode ocorrer ou não um acordo prévio, e o valor do repasse gira entre R$ 3.000 e R$ 10.000. Por fim, o quarto momento ocorre quando o ente público forja a apreensão, afirma o estudo, tendo como objetivo proporcionar ao contrabandista a oportunidade de negociação para a liberação da carga. O valor pago de propina para a liberação da mercadoria nesse momento varia entre R$ 15 mil e R$ 50 mil, podendo chegar a 50% do valor da carga, que normalmente é pago com a própria mercadoria. A Receita Federal e a Polícia Federal foram procuradas pela reportagem, mas não responderam até o momento.
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Milícia somali promete deixar cidades do Quênia 'vermelhas de sangue'
A milícia islâmica Al Shabaab, que deixou 148 mortos em uma universidade no Quênia, prometeu mais ataques no país do leste africano. Em comunicado divulgado neste sábado (4), a organização radical, que é baseada na vizinha Somália e afiliada à Al Qaeda, exige que o governo queniano retire suas tropas que lutam contra rebeldes em território somali. "Nenhuma precaução ou medida de segurança poderá garantir a sua segurança, impedir outro ataque ou prevenir outro banho de sangue", diz o texto. "As cidades quenianas ficarão vermelhas de sangue. Essa será uma guerra longa e horrível, na qual vocês, o povo queniano, são as primeiras vítimas." A polícia do Quênia afirmou ter prendido cinco homens suspeitos de ligação com os ataques de quinta-feira (2) contra a Universidade de Garissa. O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, disse que não permitirá a criação de um califado em seu país. "Faremos tudo para defender nosso modo de vida", disse o líder em pronunciamento na TV. Kenyatta pediu maior apoio dos países islâmicos para conter os extremistas e disse que essa tarefa é complexa pois "os planejadores e financiadores dessa brutalidade estão profundamente inseridos em nossas comunidades." SOBREVIVENTE Uma sobrevivente do massacre na universidade foi encontrada neste sábado, dois dias após o ataque. Cynthia Cheroitich, 19, disse à Associated Press que se escondeu em um armário e se camuflou atrás de roupas. No ataque, a Al Shabaab enganou estudantes para que saíssem de esconderijos e se concentrou em alvos cristãos.
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Milícia somali promete deixar cidades do Quênia 'vermelhas de sangue'A milícia islâmica Al Shabaab, que deixou 148 mortos em uma universidade no Quênia, prometeu mais ataques no país do leste africano. Em comunicado divulgado neste sábado (4), a organização radical, que é baseada na vizinha Somália e afiliada à Al Qaeda, exige que o governo queniano retire suas tropas que lutam contra rebeldes em território somali. "Nenhuma precaução ou medida de segurança poderá garantir a sua segurança, impedir outro ataque ou prevenir outro banho de sangue", diz o texto. "As cidades quenianas ficarão vermelhas de sangue. Essa será uma guerra longa e horrível, na qual vocês, o povo queniano, são as primeiras vítimas." A polícia do Quênia afirmou ter prendido cinco homens suspeitos de ligação com os ataques de quinta-feira (2) contra a Universidade de Garissa. O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, disse que não permitirá a criação de um califado em seu país. "Faremos tudo para defender nosso modo de vida", disse o líder em pronunciamento na TV. Kenyatta pediu maior apoio dos países islâmicos para conter os extremistas e disse que essa tarefa é complexa pois "os planejadores e financiadores dessa brutalidade estão profundamente inseridos em nossas comunidades." SOBREVIVENTE Uma sobrevivente do massacre na universidade foi encontrada neste sábado, dois dias após o ataque. Cynthia Cheroitich, 19, disse à Associated Press que se escondeu em um armário e se camuflou atrás de roupas. No ataque, a Al Shabaab enganou estudantes para que saíssem de esconderijos e se concentrou em alvos cristãos.
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A madrasta da crise
BRASÍLIA - Alguém se lembra do PAC? Somadas, essas três letrinhas formavam o Programa de Aceleração do Crescimento. Turbinaram o segundo mandato de Lula e o ajudaram a vestir a faixa presidencial na pupila Dilma Rousseff. Há sete anos, em março de 2008, Lula chamou sua então ministra de "mãe do PAC". "É ela que cuida, acompanha, que vai cobrar junto com o Márcio Fortes [então ministro das Cidades] se as obras estão andando ou não estão", disse, em visita a uma favela do Rio. Dilma seguiu o script à risca. Para aparecer nas ruas, viajou o país e tirou fotos com chapéu de operário. Para aparecer nos jornais, apagou as luzes do palácio e pilotou sonolentas apresentações de PowerPoint, cheias de tabelas com números e cronogramas de obras. A oposição dizia que o PAC era um slogan eleitoreiro e que a ministra fazia campanha antes da hora. A imprensa mostrava que as obras estouravam prazos e orçamentos. Não tinha importância. A economia estava crescendo. Os empreiteiros estavam felizes ""naquele tempo, lava jato era só o lugar onde alguém lavava seus carros. A mãe do PAC, que nunca havia disputado uma eleição, virou presidente da República. Desde que Dilma assumiu, a economia patina. Os números divulgados na sexta-feira mostram que o PIB médio de seu primeiro mandato foi o menor desde a catástrofe do governo Collor. O ano passado, com crescimento de 0,1%, foi o pior de todos. O ministro Joaquim Levy avisou que 2015 será ainda pior. Nas palavras dele, o país deu uma "desacelerada forte". Se o trem estava parado, isso significa que começou a andar de marcha a ré. O arrocho não poupa nem o programa-símbolo de Dilma, que teve suas verbas cortadas em fevereiro. A mãe do PAC virou madrasta da crise. A sorte dela é saber que não será mais candidata em 2018. O azar pode ter passado para Lula, que contava os dias até a próxima eleição.
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A madrasta da criseBRASÍLIA - Alguém se lembra do PAC? Somadas, essas três letrinhas formavam o Programa de Aceleração do Crescimento. Turbinaram o segundo mandato de Lula e o ajudaram a vestir a faixa presidencial na pupila Dilma Rousseff. Há sete anos, em março de 2008, Lula chamou sua então ministra de "mãe do PAC". "É ela que cuida, acompanha, que vai cobrar junto com o Márcio Fortes [então ministro das Cidades] se as obras estão andando ou não estão", disse, em visita a uma favela do Rio. Dilma seguiu o script à risca. Para aparecer nas ruas, viajou o país e tirou fotos com chapéu de operário. Para aparecer nos jornais, apagou as luzes do palácio e pilotou sonolentas apresentações de PowerPoint, cheias de tabelas com números e cronogramas de obras. A oposição dizia que o PAC era um slogan eleitoreiro e que a ministra fazia campanha antes da hora. A imprensa mostrava que as obras estouravam prazos e orçamentos. Não tinha importância. A economia estava crescendo. Os empreiteiros estavam felizes ""naquele tempo, lava jato era só o lugar onde alguém lavava seus carros. A mãe do PAC, que nunca havia disputado uma eleição, virou presidente da República. Desde que Dilma assumiu, a economia patina. Os números divulgados na sexta-feira mostram que o PIB médio de seu primeiro mandato foi o menor desde a catástrofe do governo Collor. O ano passado, com crescimento de 0,1%, foi o pior de todos. O ministro Joaquim Levy avisou que 2015 será ainda pior. Nas palavras dele, o país deu uma "desacelerada forte". Se o trem estava parado, isso significa que começou a andar de marcha a ré. O arrocho não poupa nem o programa-símbolo de Dilma, que teve suas verbas cortadas em fevereiro. A mãe do PAC virou madrasta da crise. A sorte dela é saber que não será mais candidata em 2018. O azar pode ter passado para Lula, que contava os dias até a próxima eleição.
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Histórico mostra que mudar Constituição é tarefa de longo prazo
A expectativa do governo e do mercado financeiro é que a reforma da Previdência ganhe o aval do Congresso nos próximos meses. Um estudo do banco Credit Suisse mostra que, caso se concretize, esse cenário será uma exceção estatística, com tramitação muito mais rápida que a normalmente registrada para mudanças desse tipo, que alteram a Constituição. O banco analisou a evolução das mais 3.000 propostas de emendas constitucionais apresentadas desde 1988. Concluiu que apenas uma fração delas —entre 2% e 4% do total dependendo do governo— é aprovada. E que, quando isso ocorre, o tempo médio de tramitação no Congresso é de 45 meses, 35 na Câmara e dez no Senado. Isso é bem mais do que o dobro dos 13 meses que a reforma da Previdência —enviada ao Congresso em dezembro passado— precisa para ser aprovada até o fim de 2017. Apenas seis propostas de emenda constitucional passaram com sucesso pelo Congresso de forma tão rápida desde 2005, quando o cenário de fragmentação política, com número muito elevado de partidos, começou a se acentuar. Uma delas foi a que estabeleceu a adoção de um teto para a expansão dos gastos públicos, aprovada em seis meses no ano passado. Isso indica que a ampla base de apoio ao governo Temer no Congresso e a percepção de urgência de ajuste das contas públicas, exacerbada pela crise, também podem contribuir para a tramitação célere da reforma da Previdência. Segundo Paulo Coutinho, economista do Credit Suisse, o ritmo de progresso até agora tem sido muito bom. "A proposta foi aprovada muito rapidamente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ainda em dezembro." Mas ele ressalta que isso não é garantia de que todo o processo de tramitação será veloz. "Essa reforma é muito abrangente, mexe com praticamente todos os benefícios." LONGO PRAZO - Emendas constitucionais costumam demorar mais de três anos para serem aprovadas A reforma da Previdência é vista por economistas e investidores como crucial para a solvência do governo. As despesas com o pagamento de aposentadorias e outros benefícios têm aumentado a um ritmo rápido, causando um rombo significativo nas contas públicas. Por isso, as mudanças de regras —como a adoção de uma idade mínima de 65 anos para a aposentadoria e a proibição do acúmulo de pensão por morte e aposentadoria— são consideradas urgentes. PASSADO DE MUDANÇAS Nas últimas décadas, ocorreram duas reformas que mexeram na Previdência Social. A mais abrangente foi aprovada na gestão de Fernando Henrique e sua tramitação se estendeu por 45 meses. No governo Lula houve alterações, menos amplas, que demoraram mais de sete meses para serem aprovadas. Veja vídeo
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Histórico mostra que mudar Constituição é tarefa de longo prazoA expectativa do governo e do mercado financeiro é que a reforma da Previdência ganhe o aval do Congresso nos próximos meses. Um estudo do banco Credit Suisse mostra que, caso se concretize, esse cenário será uma exceção estatística, com tramitação muito mais rápida que a normalmente registrada para mudanças desse tipo, que alteram a Constituição. O banco analisou a evolução das mais 3.000 propostas de emendas constitucionais apresentadas desde 1988. Concluiu que apenas uma fração delas —entre 2% e 4% do total dependendo do governo— é aprovada. E que, quando isso ocorre, o tempo médio de tramitação no Congresso é de 45 meses, 35 na Câmara e dez no Senado. Isso é bem mais do que o dobro dos 13 meses que a reforma da Previdência —enviada ao Congresso em dezembro passado— precisa para ser aprovada até o fim de 2017. Apenas seis propostas de emenda constitucional passaram com sucesso pelo Congresso de forma tão rápida desde 2005, quando o cenário de fragmentação política, com número muito elevado de partidos, começou a se acentuar. Uma delas foi a que estabeleceu a adoção de um teto para a expansão dos gastos públicos, aprovada em seis meses no ano passado. Isso indica que a ampla base de apoio ao governo Temer no Congresso e a percepção de urgência de ajuste das contas públicas, exacerbada pela crise, também podem contribuir para a tramitação célere da reforma da Previdência. Segundo Paulo Coutinho, economista do Credit Suisse, o ritmo de progresso até agora tem sido muito bom. "A proposta foi aprovada muito rapidamente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ainda em dezembro." Mas ele ressalta que isso não é garantia de que todo o processo de tramitação será veloz. "Essa reforma é muito abrangente, mexe com praticamente todos os benefícios." LONGO PRAZO - Emendas constitucionais costumam demorar mais de três anos para serem aprovadas A reforma da Previdência é vista por economistas e investidores como crucial para a solvência do governo. As despesas com o pagamento de aposentadorias e outros benefícios têm aumentado a um ritmo rápido, causando um rombo significativo nas contas públicas. Por isso, as mudanças de regras —como a adoção de uma idade mínima de 65 anos para a aposentadoria e a proibição do acúmulo de pensão por morte e aposentadoria— são consideradas urgentes. PASSADO DE MUDANÇAS Nas últimas décadas, ocorreram duas reformas que mexeram na Previdência Social. A mais abrangente foi aprovada na gestão de Fernando Henrique e sua tramitação se estendeu por 45 meses. No governo Lula houve alterações, menos amplas, que demoraram mais de sete meses para serem aprovadas. Veja vídeo
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Os três patéticos
Aécio Neves, Gilmar Mendes e Eduardo Cunha atuam como protagonistas de uma causa falida. Mesmo assim, não perdem uma oportunidade de expor em público sua estreiteza de horizontes. São golpistas declarados. Não importa a lógica, a política, a dialética ou mesmo o senso comum. Suas biografias, já não propriamente admiráveis, dissolvem-se a jato a cada movimento realizado para derrubar um governo eleito. Presidente do PSDB, o senador mineiro-carioca pouco se incomoda com o ridículo de suas atitudes. Aécio sempre defendeu um programa de arrocho contra os pobres. Gabou-se da coragem de adotar medidas impopulares para "consertar o Brasil". Agora sobe em trios elétricos como porta-voz do povo. Critica medidas de ajuste, jura pensar no Brasil e usa qualquer artimanha com uma única finalidade: isolar a presidente. Convoca sabujos para atacar um jornalista que revelou o escândalo do aeroporto construído para atender a ele e à própria família. Maiores informações na página A3 desta Folha publicada ontem (23/08). Seu ajudante de ordens, ou vice-versa, é o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes. Sintoma da fragilidade do equilíbrio de poderes vigente no Brasil, Mendes emite toda sorte de opiniões fora de autos. Muda de ideia conforme as conveniências. De tão tendencioso e parcial, seu comportamento público seria suficiente para impugná-lo como síndico de prédio. Na democracia à brasileira, pontifica como jurista na mais alta corte do país. Quem quiser que leve a sério. Mendes endossou as contas da campanha da presidente eleita alguns meses atrás. Coisas do passado. Esqueçam o que ele votou. De repente, detectou problemas insanáveis na mesma contabilidade e ruge ameaçadoramente contra o que ele mesmo aprovou. No meio tempo, acusa o Planalto de comandar um sindicato de ladrões financiado por empreiteiras envolvidas na roubalheira da Petrobras. Bem, mas as mesmas empresas financiaram a campanha dos outros partidos. O que fazer? Vale lembrar: Mendes até hoje trava o julgamento favorável à proibição do financiamento empresarial de campanhas políticas. Seu pedido de vistas escancara um escândalo jurídico, legal e moral que o STF finge não existir. Ora, isso não vem ao caso, socorreria o juiz paladino Sergio Moro. E aí aparece Eduardo Cunha, o peemedebista dirigente da Câmara. Terceiro na linha de sucessão presidencial, Cunha encenava comandar um exército invencível. Primeiro humilhou o Planalto na eleição para o comando da Casa. Depois, passou a manobrar o regimento para aprovar o que interessa a aliados nem sempre expostos. Tentou ainda se credenciar como alternativa golpista. Curto circuito total. Pego numa mentira de pelo menos 5 milhões de dólares, a acreditar no procurador geral, Cunha atualmente circula como um zumbi rogando piedade de parlamentares muito mais interessados em salvar a própria pele. Cambaleante, o trio parece ter recebido a pá de cal com os pronunciamentos dos verdadeiros comandantes da nossa democracia. O mais recente veio do chefe do maior banco privado do país, Roberto Setubal. Presidente do Itaú Unibanco, Setubal afirmou com todas as letras não haver motivos para tirar Dilma do cargo. Tipo ruim com ela, pior sem ela -que o digam os lucros pornográficos auferidos pela turma financeira. Sem a banca por trás, abandonada pelo pessoal do dinheiro grosso e encrencada em acusações lançadas contra os adversários, à troupe do impeachment não resta muito mais que baixar o pano.
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Os três patéticosAécio Neves, Gilmar Mendes e Eduardo Cunha atuam como protagonistas de uma causa falida. Mesmo assim, não perdem uma oportunidade de expor em público sua estreiteza de horizontes. São golpistas declarados. Não importa a lógica, a política, a dialética ou mesmo o senso comum. Suas biografias, já não propriamente admiráveis, dissolvem-se a jato a cada movimento realizado para derrubar um governo eleito. Presidente do PSDB, o senador mineiro-carioca pouco se incomoda com o ridículo de suas atitudes. Aécio sempre defendeu um programa de arrocho contra os pobres. Gabou-se da coragem de adotar medidas impopulares para "consertar o Brasil". Agora sobe em trios elétricos como porta-voz do povo. Critica medidas de ajuste, jura pensar no Brasil e usa qualquer artimanha com uma única finalidade: isolar a presidente. Convoca sabujos para atacar um jornalista que revelou o escândalo do aeroporto construído para atender a ele e à própria família. Maiores informações na página A3 desta Folha publicada ontem (23/08). Seu ajudante de ordens, ou vice-versa, é o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes. Sintoma da fragilidade do equilíbrio de poderes vigente no Brasil, Mendes emite toda sorte de opiniões fora de autos. Muda de ideia conforme as conveniências. De tão tendencioso e parcial, seu comportamento público seria suficiente para impugná-lo como síndico de prédio. Na democracia à brasileira, pontifica como jurista na mais alta corte do país. Quem quiser que leve a sério. Mendes endossou as contas da campanha da presidente eleita alguns meses atrás. Coisas do passado. Esqueçam o que ele votou. De repente, detectou problemas insanáveis na mesma contabilidade e ruge ameaçadoramente contra o que ele mesmo aprovou. No meio tempo, acusa o Planalto de comandar um sindicato de ladrões financiado por empreiteiras envolvidas na roubalheira da Petrobras. Bem, mas as mesmas empresas financiaram a campanha dos outros partidos. O que fazer? Vale lembrar: Mendes até hoje trava o julgamento favorável à proibição do financiamento empresarial de campanhas políticas. Seu pedido de vistas escancara um escândalo jurídico, legal e moral que o STF finge não existir. Ora, isso não vem ao caso, socorreria o juiz paladino Sergio Moro. E aí aparece Eduardo Cunha, o peemedebista dirigente da Câmara. Terceiro na linha de sucessão presidencial, Cunha encenava comandar um exército invencível. Primeiro humilhou o Planalto na eleição para o comando da Casa. Depois, passou a manobrar o regimento para aprovar o que interessa a aliados nem sempre expostos. Tentou ainda se credenciar como alternativa golpista. Curto circuito total. Pego numa mentira de pelo menos 5 milhões de dólares, a acreditar no procurador geral, Cunha atualmente circula como um zumbi rogando piedade de parlamentares muito mais interessados em salvar a própria pele. Cambaleante, o trio parece ter recebido a pá de cal com os pronunciamentos dos verdadeiros comandantes da nossa democracia. O mais recente veio do chefe do maior banco privado do país, Roberto Setubal. Presidente do Itaú Unibanco, Setubal afirmou com todas as letras não haver motivos para tirar Dilma do cargo. Tipo ruim com ela, pior sem ela -que o digam os lucros pornográficos auferidos pela turma financeira. Sem a banca por trás, abandonada pelo pessoal do dinheiro grosso e encrencada em acusações lançadas contra os adversários, à troupe do impeachment não resta muito mais que baixar o pano.
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Indústria fecha ano com queda de 3,2%, pior resultado desde 2009
Sob impacto, principalmente, da forte redução do setor automotivo, a indústria fechou o ano de 2014 com queda de 3,2% na produção. Foi a perda mais intensa desde 2009, quando o país sofria com os efeitos do auge da crise global e o setor registrou um tombo de 7,1%. Trata-se ainda da primeira taxa negativa desde 2012 (2,3%). Em 2013, a indústria registrou um avanço de 2,1%. Os dados foram divulgados pelo IBGE na manhã desta terça-feira (3). Em dezembro, a produção fabril manteve a tendência de novembro e seguiu no vermelho, com perda de 2,8%. O resultado ficou acima das expectativas do bancos e consultorias, coletados pela agência Bloomberg. O centro das apostas (mediana) era queda de 2,6% no acumulado de 2014. Em novembro, a indústria registrou queda de 1,1%, dado revisado para baixo, originalmente estimado em -0,7%. Na comparação com dezembro de 2013, as fábricas produziram -2,7%, segundo o IBGE. Produção industrial em dezembro Com o ritmo até novembro, já era praticamente certo que o setor industrial fecharia o ano com o mais fraco desempenho desde 2009. Dentre os motivos para tão fraco resultado, estão o acúmulo de estoques em importantes setores, como veículos, e consumidores e empresários mais pessimistas com o cenário econômico –o que posterga decisões de compras e investimentos. Para se ajustar à demanda mais fraca, a indústria pisou no freio e cortou a produção a fim de evitar mais estoques indesejados, movimento mais forte no último trimestre do ano. Com esse quadro, algumas empresas já adotaram medidas como demissões, corte de turnos, suspensão de contratos de trabalho ou férias coletivas para lidar com a conjuntura desfavorável. Pesaram ainda na queda da produção fatores como inflação em alta, custo maior com energia (algumas fábricas decidiram parar para não ter prejuízo), invasão de produtos importados num período de fraca demanda mundial e exportações em declínio. SETORES A recessão da indústria em 2014 foi disseminada e atingiu 20 dos 26 setores pesquisados pelo IBGE. A perda de maior impacto na taxa geral da indústria veio de veículos, com forte retração de 16,8%, a maior da nova série da pesquisa de indústria, inciada em 2013. Trata-se do segundo segmento de maior peso na indústria, atrás apenas de alimentos. O setor de veículos teve esse fraco desempenho a despeito das medidas de estímulo do governo, com a redução do IPI que vigorou na maior parte do ano como o mesmo desconto praticado em anos anteriores –um redução gradual do benefício só veio a partir do segundo trimestre. Também puxaram o setor industrial para baixo as quedas de produtos de metal (-9,8%), metalurgia (-7,4%), máquinas e aparelhos elétricos (-7,2%), máquinas e equipamentos (-5,9%) e outros produtos químicos (-3,6%). Até mesmo a indústria de alimentos, que, em geral, resiste mais em períodos de crises por produzir bens de primeira necessidade registrou perda de 1,4% em 2014. Entre as poucas altas, destacaram-se apenas a indústria extrativa (5,7%) –esta puxada pela retomada do crescimento da produção de petróleo da Petrobras e a expansão da extração de minério de ferro –e o refino de petróleo e a produção de álcool (2,4%). INVESTIMENTO As retrações da produção de máquinas e equipamentos e veículos também lideram as perdas da indústria em dezembro. As quedas de 8,2% e 5,8% foram as de maior peso na taxa geral da indústria de novembro para dezembro. Segundo André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE, os setores sofreram com férias coletivas e redução de jornada para ajustar a produção à menor demanda. Os dois ramos sentiram ainda o baque das menores exportações, sobretudo para os parceiros do Mercosul e do consumo doméstico —apesar do incentivo do governo, com linhas de crédito subsidiadas do BNDES para bens de capital e caminhões que demandou aportes do Tesouro para praticar taxas de juros, inclusive abaixo da inflação. O dado de máquinas e equipamentos sinaliza a queda dos investimentos produtivos na economia. Tal tendência fica mais clara com o resultado da categoria de bens de capital (que é mais ampla e incluí veículos usados na produção e no transporte de mercadorias), que teve retração de 9,6% no ano –maior contração desde 2012. A situação piorou nos últimos meses do ano e, em dezembro, a categoria registrou queda de 23%, a mais intensa desde janeiro de 2012. Para Macedo, o ambiente econômico de incertezas afetou as decisões de investimento, tendência que se intensificou no final do ano. "A indústria fecha o ano de 2014 com uma queda importante. Há ainda um perfil disseminado de resultados negativos", disse. Um dado ilustra essa "queda importante, segundo Macedo. A indústria produzia ao final do ano passado num patamar de produção 10,3% abaixo do seu pico de produção, alcançado em julho de 2013. Outro indicador revela que a recessão da indústria é espalhada, e não concentrada apenas em alguns ramos e itens: a fabricação de 64% dos produtos investigados caiu em 2014. "O cenário do setor industrial se mostra numa trajetória bem menos dinâmica do que ela já esteve em outros momentos." A indústria registrou perdas ao longo de praticamente todo o ano. Só no primeiro trimestre teve uma ligeira alta (0,6% frente ao mesmo período de 2013). Nos trimestres seguintes, as perdas foram de 5,3% no segundo, 3,6% no terceiro e 4,1% no quarto.
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Indústria fecha ano com queda de 3,2%, pior resultado desde 2009Sob impacto, principalmente, da forte redução do setor automotivo, a indústria fechou o ano de 2014 com queda de 3,2% na produção. Foi a perda mais intensa desde 2009, quando o país sofria com os efeitos do auge da crise global e o setor registrou um tombo de 7,1%. Trata-se ainda da primeira taxa negativa desde 2012 (2,3%). Em 2013, a indústria registrou um avanço de 2,1%. Os dados foram divulgados pelo IBGE na manhã desta terça-feira (3). Em dezembro, a produção fabril manteve a tendência de novembro e seguiu no vermelho, com perda de 2,8%. O resultado ficou acima das expectativas do bancos e consultorias, coletados pela agência Bloomberg. O centro das apostas (mediana) era queda de 2,6% no acumulado de 2014. Em novembro, a indústria registrou queda de 1,1%, dado revisado para baixo, originalmente estimado em -0,7%. Na comparação com dezembro de 2013, as fábricas produziram -2,7%, segundo o IBGE. Produção industrial em dezembro Com o ritmo até novembro, já era praticamente certo que o setor industrial fecharia o ano com o mais fraco desempenho desde 2009. Dentre os motivos para tão fraco resultado, estão o acúmulo de estoques em importantes setores, como veículos, e consumidores e empresários mais pessimistas com o cenário econômico –o que posterga decisões de compras e investimentos. Para se ajustar à demanda mais fraca, a indústria pisou no freio e cortou a produção a fim de evitar mais estoques indesejados, movimento mais forte no último trimestre do ano. Com esse quadro, algumas empresas já adotaram medidas como demissões, corte de turnos, suspensão de contratos de trabalho ou férias coletivas para lidar com a conjuntura desfavorável. Pesaram ainda na queda da produção fatores como inflação em alta, custo maior com energia (algumas fábricas decidiram parar para não ter prejuízo), invasão de produtos importados num período de fraca demanda mundial e exportações em declínio. SETORES A recessão da indústria em 2014 foi disseminada e atingiu 20 dos 26 setores pesquisados pelo IBGE. A perda de maior impacto na taxa geral da indústria veio de veículos, com forte retração de 16,8%, a maior da nova série da pesquisa de indústria, inciada em 2013. Trata-se do segundo segmento de maior peso na indústria, atrás apenas de alimentos. O setor de veículos teve esse fraco desempenho a despeito das medidas de estímulo do governo, com a redução do IPI que vigorou na maior parte do ano como o mesmo desconto praticado em anos anteriores –um redução gradual do benefício só veio a partir do segundo trimestre. Também puxaram o setor industrial para baixo as quedas de produtos de metal (-9,8%), metalurgia (-7,4%), máquinas e aparelhos elétricos (-7,2%), máquinas e equipamentos (-5,9%) e outros produtos químicos (-3,6%). Até mesmo a indústria de alimentos, que, em geral, resiste mais em períodos de crises por produzir bens de primeira necessidade registrou perda de 1,4% em 2014. Entre as poucas altas, destacaram-se apenas a indústria extrativa (5,7%) –esta puxada pela retomada do crescimento da produção de petróleo da Petrobras e a expansão da extração de minério de ferro –e o refino de petróleo e a produção de álcool (2,4%). INVESTIMENTO As retrações da produção de máquinas e equipamentos e veículos também lideram as perdas da indústria em dezembro. As quedas de 8,2% e 5,8% foram as de maior peso na taxa geral da indústria de novembro para dezembro. Segundo André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE, os setores sofreram com férias coletivas e redução de jornada para ajustar a produção à menor demanda. Os dois ramos sentiram ainda o baque das menores exportações, sobretudo para os parceiros do Mercosul e do consumo doméstico —apesar do incentivo do governo, com linhas de crédito subsidiadas do BNDES para bens de capital e caminhões que demandou aportes do Tesouro para praticar taxas de juros, inclusive abaixo da inflação. O dado de máquinas e equipamentos sinaliza a queda dos investimentos produtivos na economia. Tal tendência fica mais clara com o resultado da categoria de bens de capital (que é mais ampla e incluí veículos usados na produção e no transporte de mercadorias), que teve retração de 9,6% no ano –maior contração desde 2012. A situação piorou nos últimos meses do ano e, em dezembro, a categoria registrou queda de 23%, a mais intensa desde janeiro de 2012. Para Macedo, o ambiente econômico de incertezas afetou as decisões de investimento, tendência que se intensificou no final do ano. "A indústria fecha o ano de 2014 com uma queda importante. Há ainda um perfil disseminado de resultados negativos", disse. Um dado ilustra essa "queda importante, segundo Macedo. A indústria produzia ao final do ano passado num patamar de produção 10,3% abaixo do seu pico de produção, alcançado em julho de 2013. Outro indicador revela que a recessão da indústria é espalhada, e não concentrada apenas em alguns ramos e itens: a fabricação de 64% dos produtos investigados caiu em 2014. "O cenário do setor industrial se mostra numa trajetória bem menos dinâmica do que ela já esteve em outros momentos." A indústria registrou perdas ao longo de praticamente todo o ano. Só no primeiro trimestre teve uma ligeira alta (0,6% frente ao mesmo período de 2013). Nos trimestres seguintes, as perdas foram de 5,3% no segundo, 3,6% no terceiro e 4,1% no quarto.
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Com técnicos estrangeiros, África revive colonialismo no futebol
Cabo Verde não teve dúvidas quando o local Lúcio Antunes deixou o comando da seleção, no ano passado. Seus dirigentes visitaram Portugal, antiga metrópole do país para buscar um novo treinador. Rui Águas, 54, não tinha uma grande carreira no seu país até então. Mas trabalhava na Europa e falava o mesmo idioma dos atletas. Cerca de 50 anos depois do fim do período colonial e da independência dos principais países africanos, essa ainda é uma prática bem recorrente no futebol do continente. Das 16 seleções que disputam desde sábado (17) a Copa Africana de Nações (CAN), em Guiné Equatorial, sete são dirigidas por técnicos dos seus colonizadores. É por isso que a competição reúne tantos técnicos que nasceram na França. São cinco no total. Eles estão à frente de Argélia, Senegal, Costa do Marfim, Guiné e Congo. Camarões também adotou esse expediente e entregou sua seleção nas mãos do alemão Volker Finke. Antes de ser colonizado pela França, o país africano foi dominado pela Alemanha, entre o fim do século 19 e o início do 20. Os dirigentes africanos costumam justificar a preferência por técnicos estrangeiros com o argumento de que eles são mais rígidos taticamente, atualizados e estariam acostumados a lidar com a elite do futebol –que inclui jogadores africanos, como o volante marfinense Yaya Touré, estrela do inglês Manchester City. Se o treinador vem da antiga metrópole, melhor ainda, já que domina o idioma dos jogadores. Essa espécie de colonialismo existente no futebol praticamente afastou os treinadores africanos das seleções mais fortes do continente. Só três participantes do torneio continental - África do Sul, Zâmbia e República Democrática do Congo - são dirigidas por técnicos locais. São ainda os únicos treinadores negros na competição. Esse é o menor número de comandantes africanos desde que a CAN passou a ter 16 participantes, em 1996. A preferência por treinadores europeus para dirigir as seleções africanas recebe críticas de jogadores é técnicos do continente. O nigeriano Stephen Keshi que comandou o seu país no título da CAN em 2013 já reclamou repetidas vezes do preconceito que os treinadores africanos enfrentam no seu continente. "Os estrangeiros têm mais oportunidades que os africanos. Quando isso for superado, a África dará um salto gigantesco", disse, em 2010. "O africano tem uma forma própria de trabalhar e seus jogadores, povos entendem-se melhor, porque existem vários fatores. Há, por exemplo, o orgulho de ser africano e ajudar seu companheiro a crescer", completou. Os resultados dão razão a Keshi. Quatro das últimas cinco seleções campeãs eram comandadas por treinadores do próprio continente. Mesmo assim, a África não abandonou o colonialismo. Ao menos, no futebol.
esporte
Com técnicos estrangeiros, África revive colonialismo no futebolCabo Verde não teve dúvidas quando o local Lúcio Antunes deixou o comando da seleção, no ano passado. Seus dirigentes visitaram Portugal, antiga metrópole do país para buscar um novo treinador. Rui Águas, 54, não tinha uma grande carreira no seu país até então. Mas trabalhava na Europa e falava o mesmo idioma dos atletas. Cerca de 50 anos depois do fim do período colonial e da independência dos principais países africanos, essa ainda é uma prática bem recorrente no futebol do continente. Das 16 seleções que disputam desde sábado (17) a Copa Africana de Nações (CAN), em Guiné Equatorial, sete são dirigidas por técnicos dos seus colonizadores. É por isso que a competição reúne tantos técnicos que nasceram na França. São cinco no total. Eles estão à frente de Argélia, Senegal, Costa do Marfim, Guiné e Congo. Camarões também adotou esse expediente e entregou sua seleção nas mãos do alemão Volker Finke. Antes de ser colonizado pela França, o país africano foi dominado pela Alemanha, entre o fim do século 19 e o início do 20. Os dirigentes africanos costumam justificar a preferência por técnicos estrangeiros com o argumento de que eles são mais rígidos taticamente, atualizados e estariam acostumados a lidar com a elite do futebol –que inclui jogadores africanos, como o volante marfinense Yaya Touré, estrela do inglês Manchester City. Se o treinador vem da antiga metrópole, melhor ainda, já que domina o idioma dos jogadores. Essa espécie de colonialismo existente no futebol praticamente afastou os treinadores africanos das seleções mais fortes do continente. Só três participantes do torneio continental - África do Sul, Zâmbia e República Democrática do Congo - são dirigidas por técnicos locais. São ainda os únicos treinadores negros na competição. Esse é o menor número de comandantes africanos desde que a CAN passou a ter 16 participantes, em 1996. A preferência por treinadores europeus para dirigir as seleções africanas recebe críticas de jogadores é técnicos do continente. O nigeriano Stephen Keshi que comandou o seu país no título da CAN em 2013 já reclamou repetidas vezes do preconceito que os treinadores africanos enfrentam no seu continente. "Os estrangeiros têm mais oportunidades que os africanos. Quando isso for superado, a África dará um salto gigantesco", disse, em 2010. "O africano tem uma forma própria de trabalhar e seus jogadores, povos entendem-se melhor, porque existem vários fatores. Há, por exemplo, o orgulho de ser africano e ajudar seu companheiro a crescer", completou. Os resultados dão razão a Keshi. Quatro das últimas cinco seleções campeãs eram comandadas por treinadores do próprio continente. Mesmo assim, a África não abandonou o colonialismo. Ao menos, no futebol.
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Seleção vai bem nas estatísticas, mas história não permite empolgação
A seleção faz campanha espetacular nas eliminatórias desde que Tite a assumiu: em um ano, nove jogos, nove vitórias, 27 pontos que somados aos nove anteriores ganhos pelo time de Dunga em seis partidas (duas vitórias, três empates e uma derrota) totalizam os 36 pontos que garantem o "título" antecipado do torneio quando ainda faltam três rodadas. De fato, é formidável. Só não é a primeira vez. Apenas neste século as venceu para as Copas do Mundo de 2006 e 2010, em ambas com 34 pontos e nove vitórias. E quebrou a cara nas duas. Quando, para a Copa de 2002, acabou atrás de argentinos e equatorianos, em terceiro lugar, com 30 pontos, ganhou o pentacampeonato na Ásia! Tudo isso para dizer que se não há como deixar de elogiar o desempenho de Neymar e companhia é também muito cedo para achar que daqui para frente está tudo resolvido, porque não está. Lembremos da Copa das Confederações, em 2013... O próprio Neymar, por exemplo. Alguém precisa dizer a ele, de novo, que futebol é jogo de equipe e que dar piti não fica bem para quem pretende ser o número 1 do mundo. Alguém que o desafie a lembrar de um piti de Romário, dos Ronaldos, Cristiano incluído, de Rivaldo ou Lionel Messi. Que conte a ele como Pelé fazia ao reagir às agressões de adversários, às vezes até com violência, mas jamais ao dar espetáculos neurastênicos. Contra o Equador, Neymar jogou para ele e não para o time, se descontrolou sem motivos, pareceu mais irritado consigo mesmo, por não conseguir se dar bem nas tentativas que fez, do que com as provocações, de resto comuns dos rivais. A seleção jogou para o gasto. Tite pôde ver que Philippe Coutinho é ótima opção pelo meio, sem precisar viver exilado pelos lados, com talento superior ao de Renato Augusto, embora menos inteligente na visão de jogo, mas capaz de curar dores nas costas tomando voos transatlânticos na veia. Bastaram pouco mais de meia hora de futebol e determinação para pulverizar a retranca equatoriana e manter a incrível margem de 100% de aproveitamento em jogos oficiais sob o comando de Tite, embora a expectativa, que perdurará até março do ano que vem, seja pelo amistoso com a Alemanha. De se lamentar a cegueira da CBF incapaz de aproveitar este raro momento em que a torcida está de bem com a seleção. Com preços extorsivos, pôs apenas 37 mil pagantes num estádio com capacidade para 60 mil, com ingressos ao preço médio de 215 reais. Imagine se fosse a CBF quem pagasse o salário de Neymar. GESTOR PINÓQUIO No dia 29 de junho o prefeito paulistano foi enfático ao dizer que o estádio do Pacaembu seguiria como palco apenas de atividades esportivas. Seu plano de concessão do estádio, aprovado pela Câmara Municipal, ao contrário, admite que venha a ser usado para atividades culturais e de entretenimento. Nem se discute aqui se é correto privatizar o estádio ou se é incorreto utilizá-lo para shows. Mas por que mentir? Não foi um dos pecados da campanha de Dilma Rousseff? Dizer uma coisa e fazer outra? Pois João Doria e seu nariz comprido seguem o mesmo caminho. De avião a jato.
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Seleção vai bem nas estatísticas, mas história não permite empolgaçãoA seleção faz campanha espetacular nas eliminatórias desde que Tite a assumiu: em um ano, nove jogos, nove vitórias, 27 pontos que somados aos nove anteriores ganhos pelo time de Dunga em seis partidas (duas vitórias, três empates e uma derrota) totalizam os 36 pontos que garantem o "título" antecipado do torneio quando ainda faltam três rodadas. De fato, é formidável. Só não é a primeira vez. Apenas neste século as venceu para as Copas do Mundo de 2006 e 2010, em ambas com 34 pontos e nove vitórias. E quebrou a cara nas duas. Quando, para a Copa de 2002, acabou atrás de argentinos e equatorianos, em terceiro lugar, com 30 pontos, ganhou o pentacampeonato na Ásia! Tudo isso para dizer que se não há como deixar de elogiar o desempenho de Neymar e companhia é também muito cedo para achar que daqui para frente está tudo resolvido, porque não está. Lembremos da Copa das Confederações, em 2013... O próprio Neymar, por exemplo. Alguém precisa dizer a ele, de novo, que futebol é jogo de equipe e que dar piti não fica bem para quem pretende ser o número 1 do mundo. Alguém que o desafie a lembrar de um piti de Romário, dos Ronaldos, Cristiano incluído, de Rivaldo ou Lionel Messi. Que conte a ele como Pelé fazia ao reagir às agressões de adversários, às vezes até com violência, mas jamais ao dar espetáculos neurastênicos. Contra o Equador, Neymar jogou para ele e não para o time, se descontrolou sem motivos, pareceu mais irritado consigo mesmo, por não conseguir se dar bem nas tentativas que fez, do que com as provocações, de resto comuns dos rivais. A seleção jogou para o gasto. Tite pôde ver que Philippe Coutinho é ótima opção pelo meio, sem precisar viver exilado pelos lados, com talento superior ao de Renato Augusto, embora menos inteligente na visão de jogo, mas capaz de curar dores nas costas tomando voos transatlânticos na veia. Bastaram pouco mais de meia hora de futebol e determinação para pulverizar a retranca equatoriana e manter a incrível margem de 100% de aproveitamento em jogos oficiais sob o comando de Tite, embora a expectativa, que perdurará até março do ano que vem, seja pelo amistoso com a Alemanha. De se lamentar a cegueira da CBF incapaz de aproveitar este raro momento em que a torcida está de bem com a seleção. Com preços extorsivos, pôs apenas 37 mil pagantes num estádio com capacidade para 60 mil, com ingressos ao preço médio de 215 reais. Imagine se fosse a CBF quem pagasse o salário de Neymar. GESTOR PINÓQUIO No dia 29 de junho o prefeito paulistano foi enfático ao dizer que o estádio do Pacaembu seguiria como palco apenas de atividades esportivas. Seu plano de concessão do estádio, aprovado pela Câmara Municipal, ao contrário, admite que venha a ser usado para atividades culturais e de entretenimento. Nem se discute aqui se é correto privatizar o estádio ou se é incorreto utilizá-lo para shows. Mas por que mentir? Não foi um dos pecados da campanha de Dilma Rousseff? Dizer uma coisa e fazer outra? Pois João Doria e seu nariz comprido seguem o mesmo caminho. De avião a jato.
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Torcedores cochilam em vitória de Bellucci sobre ex-número um
O tenista Thomaz Bellucci quebrou a sequência negativa de oito derrotas e voltou a vencer. Na madrugada desta sexta-feira (27), o brasileiro derrotou o australiano Lleyton Hewitt, ex-número um e agora 107º do mundo, por 2 sets a 1, com parciais de 7/5, 6/7 (2-7) e 6/4, pelo Masters 1.000 de Miami Com a vitória, Bellucci enfrentará agora o uruguaio Pablo Cuevas, 21º do ranking, que entra diretamente na segunda rodada do torneio. Cuevas venceu os dois confrontos contra o brasileiro. Bellucci não vencia desde 6 de fevereiro, quando derrotou o espanhol  Albert Montañes e avançou à semifinal do ATP 250 de Quinto. Desde então, acumulou uma sequência de derrotas. A primeira foi para o dominicano Victor Estrella Burgos em 7 de fevereiro. Logo depois, caiu nas estreias dos Abertos do Brasil (São Paulo), do Rio, de Buenos Aires, no Masters 1.000 de Indian Wells e no challenger de Irving, nos EUA. Ele também perdeu os dois jogos pelo Brasil contra a Argentina na Copa Davis No confronto entre Bellucci e Hewitt durou quase três horas e alguns torcedores tiraram um cochilo durante a partida.
esporte
Torcedores cochilam em vitória de Bellucci sobre ex-número umO tenista Thomaz Bellucci quebrou a sequência negativa de oito derrotas e voltou a vencer. Na madrugada desta sexta-feira (27), o brasileiro derrotou o australiano Lleyton Hewitt, ex-número um e agora 107º do mundo, por 2 sets a 1, com parciais de 7/5, 6/7 (2-7) e 6/4, pelo Masters 1.000 de Miami Com a vitória, Bellucci enfrentará agora o uruguaio Pablo Cuevas, 21º do ranking, que entra diretamente na segunda rodada do torneio. Cuevas venceu os dois confrontos contra o brasileiro. Bellucci não vencia desde 6 de fevereiro, quando derrotou o espanhol  Albert Montañes e avançou à semifinal do ATP 250 de Quinto. Desde então, acumulou uma sequência de derrotas. A primeira foi para o dominicano Victor Estrella Burgos em 7 de fevereiro. Logo depois, caiu nas estreias dos Abertos do Brasil (São Paulo), do Rio, de Buenos Aires, no Masters 1.000 de Indian Wells e no challenger de Irving, nos EUA. Ele também perdeu os dois jogos pelo Brasil contra a Argentina na Copa Davis No confronto entre Bellucci e Hewitt durou quase três horas e alguns torcedores tiraram um cochilo durante a partida.
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Procuradores da Lava Jato defendem revisão de delações premiadas
Procuradores da Operação Lava Jato defendem a revisão de algumas delações premiadas –como, por exemplo, a do dono da UTC, Ricardo Pessoa. Não há consenso na força-tarefa sobre essa possibilidade. FALA TUDO A revisão ocorreria porque os primeiros empreiteiros a colaborar com a Justiça podem, na visão de alguns investigadores, não ter contado tudo o que sabem. DE VOLTA Na hipótese levantada, os delatores perdem os benefícios que obtiveram, de diminuição de penas e de cumprirem as sentenças condenatórias fora da prisão. Leia a coluna completa aqui.
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Procuradores da Lava Jato defendem revisão de delações premiadasProcuradores da Operação Lava Jato defendem a revisão de algumas delações premiadas –como, por exemplo, a do dono da UTC, Ricardo Pessoa. Não há consenso na força-tarefa sobre essa possibilidade. FALA TUDO A revisão ocorreria porque os primeiros empreiteiros a colaborar com a Justiça podem, na visão de alguns investigadores, não ter contado tudo o que sabem. DE VOLTA Na hipótese levantada, os delatores perdem os benefícios que obtiveram, de diminuição de penas e de cumprirem as sentenças condenatórias fora da prisão. Leia a coluna completa aqui.
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Skaf critica política econômica de Levy e sugere saída de ministro
O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, atacou a política econômica conduzida pelo ministro Joaquim Levy (Fazenda) e sugeriu a sua saída do governo ao comentar a proposta de volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). "Em vez de reduzir impostos para estimular a recuperação da economia, ele (Levy) está fazendo o oposto. Ele está aumentando juros, reduzindo o crédito e aumentando impostos. Com isso, não vai haver fim do ajuste fiscal. Ele vai derrubar a economia de tal forma que a arrecadação vai continuar caindo e você sempre vai precisar de outro ajuste", disse Skaf, que é filiado ao PMDB, à Folha. "Se o ministro da Fazenda não tiver a competência para encontrar caminhos para resolver a questão econômica brasileira a não ser o caminho do aumento de impostos, é melhor ele arrumar a mala dele e ir fazer outra coisa. Ele vai prejudicar muito o Brasil." O representante das indústrias paulistas disse que o ministro deve buscar reduzir as despesas do governo e não aumentar a receita por meio de aumento de impostos. "Ou o ministro Levy muda a política econômica ou a presidente Dilma que mude o ministro Levy. Da maneira que ele está cuidando dos assuntos econômicos vai levar o Brasil a um caos", afirmou. Skaf chamou o ministro da Fazenda de "insensível" diante do aumento do desemprego no país. "A economia brasileira está afundando, o desemprego está aumentando e o ministro da Fazenda só fala em aumento de impostos e não toma as providências que deveriam ser tomadas. Se ele não consegue enxergar alternativas para o ajuste fiscal, a vontade de toda a população é de que volte para casa." Para Skaf, a proposta de volta da CPMF é "balão de ensaio" e, se avançar, enfrentará forte resistência. "A sociedade não vai aceitar nem a CPMF nem qualquer imposto que o governo queira impor além dos que as pessoas já pagam por um péssimo serviço público. Se o governo encaminhar pedido de retorno de CPMF ou qualquer novo imposto, haverá uma reação muito forte, começando pela Fiesp." Skaf, que na noite desta quinta recebe Michel Temer (PMDB) em um jantar na Fiesp, disse que levará a preocupação com a economia brasileira e com o aumento de impostos ao vice-presidente.
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Skaf critica política econômica de Levy e sugere saída de ministroO presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, atacou a política econômica conduzida pelo ministro Joaquim Levy (Fazenda) e sugeriu a sua saída do governo ao comentar a proposta de volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). "Em vez de reduzir impostos para estimular a recuperação da economia, ele (Levy) está fazendo o oposto. Ele está aumentando juros, reduzindo o crédito e aumentando impostos. Com isso, não vai haver fim do ajuste fiscal. Ele vai derrubar a economia de tal forma que a arrecadação vai continuar caindo e você sempre vai precisar de outro ajuste", disse Skaf, que é filiado ao PMDB, à Folha. "Se o ministro da Fazenda não tiver a competência para encontrar caminhos para resolver a questão econômica brasileira a não ser o caminho do aumento de impostos, é melhor ele arrumar a mala dele e ir fazer outra coisa. Ele vai prejudicar muito o Brasil." O representante das indústrias paulistas disse que o ministro deve buscar reduzir as despesas do governo e não aumentar a receita por meio de aumento de impostos. "Ou o ministro Levy muda a política econômica ou a presidente Dilma que mude o ministro Levy. Da maneira que ele está cuidando dos assuntos econômicos vai levar o Brasil a um caos", afirmou. Skaf chamou o ministro da Fazenda de "insensível" diante do aumento do desemprego no país. "A economia brasileira está afundando, o desemprego está aumentando e o ministro da Fazenda só fala em aumento de impostos e não toma as providências que deveriam ser tomadas. Se ele não consegue enxergar alternativas para o ajuste fiscal, a vontade de toda a população é de que volte para casa." Para Skaf, a proposta de volta da CPMF é "balão de ensaio" e, se avançar, enfrentará forte resistência. "A sociedade não vai aceitar nem a CPMF nem qualquer imposto que o governo queira impor além dos que as pessoas já pagam por um péssimo serviço público. Se o governo encaminhar pedido de retorno de CPMF ou qualquer novo imposto, haverá uma reação muito forte, começando pela Fiesp." Skaf, que na noite desta quinta recebe Michel Temer (PMDB) em um jantar na Fiesp, disse que levará a preocupação com a economia brasileira e com o aumento de impostos ao vice-presidente.
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Cuba desponta como paraíso turístico para a comunidade gay
Em meio ao "boom" turístico que Cuba está experimentando, a ilha desponta como destino favorito para a comunidade gay, onde já funciona a primeira agência de viagens on-line especializada em passeios turísticos voltados para o coletivo LGBT. Os pioneiros nesse negócio foram os responsáveis do Mi Cayito Cuba, um site intermediário entre a "iniciativa privada cubana gay friendly e os clientes no resto do mundo", segundo contou à agência Efe seu diretor, Alain Castillo, um cubano residente em Madri. "A ilha tem um grande potencial como espaço de convivência. Estamos abertos a todos, acreditamos em um espaço livre e tolerante no qual o respeito é valorizado", assegura este jovem empreendedor de 35 anos, que quer colaborar "na visibilidade e na melhora do coletivo (LGBT)" em seu país. Apesar de ser uma sociedade ainda dominada por uma visão patriarcal e machista, em Cuba já são notados avanços quanto aos direitos e a maneira em que a comunidade LGBT é vista –que incluem novos espaços de tolerância e respeito. Mi Cayito, na costa leste de Havana, é o nome da provavelmente única praia gay da ilha, por isso Castillo pensou que seria uma boa ideia denominar assim sua empresa, que funciona desde agosto de 2014 com um escritório virtual na capital espanhola e representantes em Havana. "É tempo de férias. É tempo de Cuba. O novo paraíso gay", é possível ler nos folhetos publicitários promovidos nas redes sociais. Os destinos mais populares entre os usuários da Mi Cayito Cuba até agora são Havana, Viñales, um paraíso verde situado na ocidental província de Pinar del Río, e a praia de Varadero, segundo Castillo. O site só está disponível em espanhol, mas Castillo afirma que foi utilizado por clientes da Alemanha, Estados Unidos e Rússia, assim como da Espanha e da América Latina. Usuários podem escolher entre excursões como "Havana Gay" ou um serviço de guias personalizados que chega a custar até € 120 (cerca de R$ 450). Outras opções às quais os visitantes têm acesso são as listas de alojamentos em várias cidades da ilha e veículos para os trajetos, administrados por pessoas com as quais o turista "pode se sentir perfeitamente compreendido em sua orientação sexual". "Oferecemos qualidade, seriedade, discrição e liberdade. Se alguma dessas características não forem cumpridas, é porque não foi ofertada por nós", aponta o empresário cubano, que insiste no termo "heterofriendly" para qualificar sua gestão frente à iniciativa, que não é exclusiva para o coletivo LGBT. Mais de dois milhões de turistas estrangeiros chegaram a Cuba neste ano, número atingido 39 dias antes do que em 2014 e que demonstra o quão atrativo é o destino caribenho, sobretudo para visitantes do Canadá, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos e Argentina. "As mudanças em Cuba se traduziram em um incentivo e aumentaram a demanda", garantiu Alain Castillo, que anunciou que a ilha está sendo preparada para uma possível chegada em massa de norte-americanos, incentivados pelo degelo nas relações entre a ilha e os EUA, que em 20 de julho retomaram vínculos diplomáticos após mais de 50 anos de inimizade. "Em breve haverá uma oferta especial para este mercado", anunciou Castillo, que deve traduzir seu site não só para o inglês, mas também para francês, alemão, russo e chinês.
turismo
Cuba desponta como paraíso turístico para a comunidade gayEm meio ao "boom" turístico que Cuba está experimentando, a ilha desponta como destino favorito para a comunidade gay, onde já funciona a primeira agência de viagens on-line especializada em passeios turísticos voltados para o coletivo LGBT. Os pioneiros nesse negócio foram os responsáveis do Mi Cayito Cuba, um site intermediário entre a "iniciativa privada cubana gay friendly e os clientes no resto do mundo", segundo contou à agência Efe seu diretor, Alain Castillo, um cubano residente em Madri. "A ilha tem um grande potencial como espaço de convivência. Estamos abertos a todos, acreditamos em um espaço livre e tolerante no qual o respeito é valorizado", assegura este jovem empreendedor de 35 anos, que quer colaborar "na visibilidade e na melhora do coletivo (LGBT)" em seu país. Apesar de ser uma sociedade ainda dominada por uma visão patriarcal e machista, em Cuba já são notados avanços quanto aos direitos e a maneira em que a comunidade LGBT é vista –que incluem novos espaços de tolerância e respeito. Mi Cayito, na costa leste de Havana, é o nome da provavelmente única praia gay da ilha, por isso Castillo pensou que seria uma boa ideia denominar assim sua empresa, que funciona desde agosto de 2014 com um escritório virtual na capital espanhola e representantes em Havana. "É tempo de férias. É tempo de Cuba. O novo paraíso gay", é possível ler nos folhetos publicitários promovidos nas redes sociais. Os destinos mais populares entre os usuários da Mi Cayito Cuba até agora são Havana, Viñales, um paraíso verde situado na ocidental província de Pinar del Río, e a praia de Varadero, segundo Castillo. O site só está disponível em espanhol, mas Castillo afirma que foi utilizado por clientes da Alemanha, Estados Unidos e Rússia, assim como da Espanha e da América Latina. Usuários podem escolher entre excursões como "Havana Gay" ou um serviço de guias personalizados que chega a custar até € 120 (cerca de R$ 450). Outras opções às quais os visitantes têm acesso são as listas de alojamentos em várias cidades da ilha e veículos para os trajetos, administrados por pessoas com as quais o turista "pode se sentir perfeitamente compreendido em sua orientação sexual". "Oferecemos qualidade, seriedade, discrição e liberdade. Se alguma dessas características não forem cumpridas, é porque não foi ofertada por nós", aponta o empresário cubano, que insiste no termo "heterofriendly" para qualificar sua gestão frente à iniciativa, que não é exclusiva para o coletivo LGBT. Mais de dois milhões de turistas estrangeiros chegaram a Cuba neste ano, número atingido 39 dias antes do que em 2014 e que demonstra o quão atrativo é o destino caribenho, sobretudo para visitantes do Canadá, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos e Argentina. "As mudanças em Cuba se traduziram em um incentivo e aumentaram a demanda", garantiu Alain Castillo, que anunciou que a ilha está sendo preparada para uma possível chegada em massa de norte-americanos, incentivados pelo degelo nas relações entre a ilha e os EUA, que em 20 de julho retomaram vínculos diplomáticos após mais de 50 anos de inimizade. "Em breve haverá uma oferta especial para este mercado", anunciou Castillo, que deve traduzir seu site não só para o inglês, mas também para francês, alemão, russo e chinês.
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Dono da Cosac tem 'Meu Mundo Caiu' como resposta automática em e-mail
Quem escrever para Charles Cosac na manhã desta terça-feira (1) vai receber como resposta automática a letra da canção "Meu Mundo Caiu", imortalizada na voz de Maysa. O fundador da Cosac Naify anunciou, na noite desta segunda-feira (30), o encerramento das atividades da editora, depois de quase 20 anos no mercado. "Meu mundo caiu/ E me fez ficar assim/ Você conseguiu/ E agora diz que tem pena de mim", diz a letra da canção, que termina com os versos "Se meu mundo caiu/ Eu que aprenda a levantar". "Meu Mundo Caiu", na voz de Maysa Charles Cosac anunciou o fim da editora, depois de quase 20 anos de funcionamento. "A editora não está falindo, mas encerrando, e esse é um direito que me cabe", disse o fundador da casa editorial, em comunicado enviado ontem às 23h aos funcionários. Em maio deste ano, a editora havia realizado um corte de 30% em sua folha de pagamento, com algumas demissões. O departamento de livros infantojuvenis, por exemplo, foi encerrado. Apesar do anúncio, ainda não há data oficial para o fim da editora. A casa, porém, garante que vai honrar seus compromissos com clientes e fornecedores. Criada há cerca de 20 anos, a Cosac Naify se especializou em publicar edições especiais, em pequenas tiragens, mas com grande cuidado com o design. Seu primeiro livro foi "Barroco de Lírios", de Tunga, que trazia mais de dez tipos de papéis e 200 ilustrações. A obra tinha recursos sofisticados, como a fotografia de uma trança que, desdobrada, chegava a um metro de comprimento.
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Dono da Cosac tem 'Meu Mundo Caiu' como resposta automática em e-mailQuem escrever para Charles Cosac na manhã desta terça-feira (1) vai receber como resposta automática a letra da canção "Meu Mundo Caiu", imortalizada na voz de Maysa. O fundador da Cosac Naify anunciou, na noite desta segunda-feira (30), o encerramento das atividades da editora, depois de quase 20 anos no mercado. "Meu mundo caiu/ E me fez ficar assim/ Você conseguiu/ E agora diz que tem pena de mim", diz a letra da canção, que termina com os versos "Se meu mundo caiu/ Eu que aprenda a levantar". "Meu Mundo Caiu", na voz de Maysa Charles Cosac anunciou o fim da editora, depois de quase 20 anos de funcionamento. "A editora não está falindo, mas encerrando, e esse é um direito que me cabe", disse o fundador da casa editorial, em comunicado enviado ontem às 23h aos funcionários. Em maio deste ano, a editora havia realizado um corte de 30% em sua folha de pagamento, com algumas demissões. O departamento de livros infantojuvenis, por exemplo, foi encerrado. Apesar do anúncio, ainda não há data oficial para o fim da editora. A casa, porém, garante que vai honrar seus compromissos com clientes e fornecedores. Criada há cerca de 20 anos, a Cosac Naify se especializou em publicar edições especiais, em pequenas tiragens, mas com grande cuidado com o design. Seu primeiro livro foi "Barroco de Lírios", de Tunga, que trazia mais de dez tipos de papéis e 200 ilustrações. A obra tinha recursos sofisticados, como a fotografia de uma trança que, desdobrada, chegava a um metro de comprimento.
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'Meus Lados B' explora repertório menos conhecido de Erasmo Carlos
Há mais coisas entre o rock e a balada romântica do que supõem muitos fãs de Erasmo Carlos. Por seus mais de 50 anos de carreira e 74 de vida passaram o samba, o baião e letras com toques sociais e existenciais. É o que mostra "Meus Lados B", DVD (com CD na mesma caixa) que reúne itens menos conhecidos do seu repertório. Foi gravado no Tom Jazz em janeiro e terá shows neste sábado (19) e domingo (20) no Sesc Pinheiros. No encarte, ele escreve que nunca foi tão feliz no palco: "Essas músicas representam muito para mim. Estou revivendo a emoção de cantá-las. Como não tocaram no rádio, muita gente não conhece". Algumas até fizeram sucesso, mas não costumam entrar em shows por não serem rock, caso do samba "De Noite na Cama", que Caetano compôs para ele quando estava exilado em Londres, em 1971. "O samba foi importantíssimo na minha vida. Fui criado na Tijuca [Zona Norte do Rio], saía em bloco de Carnaval tocando surdo. Depois veio a bossa nova, eu adorei, mas não tive acesso ao pessoal, não recebi incentivo. Meus incentivos foram todos no rock, que surgiu na mesma época", conta. Ele lembra já ter gravado até "Aquarela do Brasil", mas só fez sucesso no samba com "Coqueiro Verde", em 1970. Voltaria a fazer, em grau menor, com "Cachaça Mecânica" em 1973. Sobre a música, que está em "Meus Lados B", recaiu a suspeita de ser plágio de "Construção", o que Chico Buarque negou. Em "Mané João" (1972) o que transparece é a influência da tradição nordestina. "Ouvi muito Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. Meu maestro, José Lourenço, me disse outro dia que minhas frases melódicas são de baião, não de música americana." As fusões entre gêneros musicais são um aspecto da obra de Erasmo que, se é menos conhecido pelo público, é muito admirado pelos artistas mais jovens, como Marcelo Camelo e Marcelo Jeneci. "Isso é bonito, me deixa muito honrado. E olha que, quando eu surgi na música, tinha gente que me dava só três meses de vida", diz. A longevidade permite a ele agora cantar em público, enfim, "Maria Joana", reverência à maconha que a Censura proibiu, em 1971, que se tocasse no rádio. E Erasmo ainda mostra canções feitas para ele, como "Queremos Saber" (por Gilberto Gil) e "Dois Animais na Selva Suja da Rua" (por Taiguara). "Paralelas" também lhe foi entregue para lançar, mas Belchior, num gesto eticamente discutível, resolveu dar também para Vanusa, a quem coube fazer sucesso. "São coisas da vida", desconversa Erasmo, que gravou o DVD apenas oito meses após seu filho Alexandre morrer em função de um acidente de moto. "Faria com ele ou sem ele. Sou um cara muito determinado nos sonhos." Sempre se renovando, ele está escrevendo um livro de poemas e cuida pessoalmente (com "ajudinha" de sua equipe) de suas contas em Facebook, Twitter e Instagram. No Rock in Rio, no próximo sábado (26), Erasmo dividirá com o Ultraje a Rigor o palco Sunset. Ele esteve no primeiro festival, em 1985. "Foi quando eu descobri que havia as tribos e que os metaleiros, por exemplo, não gostavam dos outros rocks. Eles acreditavam piamente que o Ozzy Osbourne comia morcego no palco", diz o cantor, que se orgulha de ter encontrado uma linha brasileira de rock. "Mas o tapete vermelho aqui é sempre para os estrangeiros. Quando estão recolhendo o tapete, chega o rock brasileiro." MEUS LADOS B ARTISTA Erasmo Carlos GRAVADORA Coqueiro Verde QUANTO R$ 29,90 SHOWS QUANDO sáb., às 21h, e dom., às 18h ONDE Sesc Pinheiros, r. Paes Leme, 195, tel. (11) 3095-9400 QUANTO R$ 15 a R$ 50 LUIZ FERNANDO VIANNA é autor de "Aldir Blanc - Resposta ao Tempo" (Casa da Palavra)
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'Meus Lados B' explora repertório menos conhecido de Erasmo CarlosHá mais coisas entre o rock e a balada romântica do que supõem muitos fãs de Erasmo Carlos. Por seus mais de 50 anos de carreira e 74 de vida passaram o samba, o baião e letras com toques sociais e existenciais. É o que mostra "Meus Lados B", DVD (com CD na mesma caixa) que reúne itens menos conhecidos do seu repertório. Foi gravado no Tom Jazz em janeiro e terá shows neste sábado (19) e domingo (20) no Sesc Pinheiros. No encarte, ele escreve que nunca foi tão feliz no palco: "Essas músicas representam muito para mim. Estou revivendo a emoção de cantá-las. Como não tocaram no rádio, muita gente não conhece". Algumas até fizeram sucesso, mas não costumam entrar em shows por não serem rock, caso do samba "De Noite na Cama", que Caetano compôs para ele quando estava exilado em Londres, em 1971. "O samba foi importantíssimo na minha vida. Fui criado na Tijuca [Zona Norte do Rio], saía em bloco de Carnaval tocando surdo. Depois veio a bossa nova, eu adorei, mas não tive acesso ao pessoal, não recebi incentivo. Meus incentivos foram todos no rock, que surgiu na mesma época", conta. Ele lembra já ter gravado até "Aquarela do Brasil", mas só fez sucesso no samba com "Coqueiro Verde", em 1970. Voltaria a fazer, em grau menor, com "Cachaça Mecânica" em 1973. Sobre a música, que está em "Meus Lados B", recaiu a suspeita de ser plágio de "Construção", o que Chico Buarque negou. Em "Mané João" (1972) o que transparece é a influência da tradição nordestina. "Ouvi muito Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. Meu maestro, José Lourenço, me disse outro dia que minhas frases melódicas são de baião, não de música americana." As fusões entre gêneros musicais são um aspecto da obra de Erasmo que, se é menos conhecido pelo público, é muito admirado pelos artistas mais jovens, como Marcelo Camelo e Marcelo Jeneci. "Isso é bonito, me deixa muito honrado. E olha que, quando eu surgi na música, tinha gente que me dava só três meses de vida", diz. A longevidade permite a ele agora cantar em público, enfim, "Maria Joana", reverência à maconha que a Censura proibiu, em 1971, que se tocasse no rádio. E Erasmo ainda mostra canções feitas para ele, como "Queremos Saber" (por Gilberto Gil) e "Dois Animais na Selva Suja da Rua" (por Taiguara). "Paralelas" também lhe foi entregue para lançar, mas Belchior, num gesto eticamente discutível, resolveu dar também para Vanusa, a quem coube fazer sucesso. "São coisas da vida", desconversa Erasmo, que gravou o DVD apenas oito meses após seu filho Alexandre morrer em função de um acidente de moto. "Faria com ele ou sem ele. Sou um cara muito determinado nos sonhos." Sempre se renovando, ele está escrevendo um livro de poemas e cuida pessoalmente (com "ajudinha" de sua equipe) de suas contas em Facebook, Twitter e Instagram. No Rock in Rio, no próximo sábado (26), Erasmo dividirá com o Ultraje a Rigor o palco Sunset. Ele esteve no primeiro festival, em 1985. "Foi quando eu descobri que havia as tribos e que os metaleiros, por exemplo, não gostavam dos outros rocks. Eles acreditavam piamente que o Ozzy Osbourne comia morcego no palco", diz o cantor, que se orgulha de ter encontrado uma linha brasileira de rock. "Mas o tapete vermelho aqui é sempre para os estrangeiros. Quando estão recolhendo o tapete, chega o rock brasileiro." MEUS LADOS B ARTISTA Erasmo Carlos GRAVADORA Coqueiro Verde QUANTO R$ 29,90 SHOWS QUANDO sáb., às 21h, e dom., às 18h ONDE Sesc Pinheiros, r. Paes Leme, 195, tel. (11) 3095-9400 QUANTO R$ 15 a R$ 50 LUIZ FERNANDO VIANNA é autor de "Aldir Blanc - Resposta ao Tempo" (Casa da Palavra)
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